Conversa com o empresário que quer reerguer o nome de Angola no sector do café. P24

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1 Alwaleed Bin Talal, um príncipe multitaskingeed Bin TalalAlwaleed Bin Talal O perfil, a carreira e a postura do fundador da Kingdom Holding Company. P38 Brunch with... Cláudio Augusto Conversa com o empresário que quer reerguer o nome de Angola no sector do café. P24 Fundo Soberano solidário com Kamba Dyami José Filomeno dos Santos entregou portáteis a crianças em idade escolar no Cuanza Sul. P Director: Aylton Melo Terça-feira 8 de Setembro 2015 Ano 1 Número 15 Periodicidade: Semanal Preço: 500 Kz / 2,5 MANUEL GONÇALVES, CHAIRMAN DA ENSA Vamos criar um novo modelo de gestão do seguro agrícola O gestor defende ainda a existência de seguros obrigatórios e a importância do seguro de saúde para racionalizar custos adicionais. P10 Njoi Fontes A QUATRO MESES DO FINAL DO ANO BODIVA negoceia 36,7% das obrigações previstas A Bolsa de Valores transaccionou 43,5 mil milhões Kz no Mercado de Registo de Títulos do Tesouro. P14 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Uber investe em Lagos, a maior cidade africana Empresa norte-americana quer chegar aos 3 mil motoristas na capital da Nigéria até final do ano. P27 PUB HEDGE FUNDS E-commerce: Alibaba perde para JD.com Os investidores estão a trocar as acções da maior empresa de comércio electrónico da Ásia por uma concorrente de menor tamanho, que se está a tornar a favorita dos fundos de investimento. P8 BUSINESS Lixo electrónico é o grande tesouro da China Cerca de 70% do chamado e-waste mundial acaba nas oficinas de reciclagem chinesas, num negócio de milhares de milhões de dólares. P ,48 MARKETS 17792,16 Nikkei em queda Os receios em relação à economia global levaram a bolsa de Tóquio a cair para o nível mais baixo em sete meses, com a queda semanal a ser mesmo a maior desde Abril de P4

2 2 MERCADO A semana num minuto CONSULTORIA A MAIS, RESULTADOS A MENOS? Primeiro Plano Os dois dias mais importante na nossa vida são aquele em que nascemos e o dia em que percebemos porquê Mark Twain É inegável a criação de valor por empresas de consultoria, algumas de renome internacional, na prestação de serviço de natureza estratégica, operacional e da formação de quadros. Angola tem investido avultadas verbas em consultoria. E os resultados? A consultoria pode limitar-se à elaboração de um plano estratégico ou, então, ir mais além, e incluir o businessplan, ou, mais longe ainda, incidir no plano operacional e na sua implementação. Ficando no primeiro ou no segundo estádio, essa consultaria corre o risco de não ser consequente no objectivo final pretendido, antes não passando de bonitos quadros em PowerPoint e incorporando cenários que são no essencial copy/paste de outros processos. Valem, muitas vezes, pelo simples logótipo da empresa consultora que, só por si, gera no destinatário (bancos, accionistas, etc.) um efeito positivo imediato, mas cujo conteúdo traz pouco benefício substantivo no plano da gestão interna da empresa. Porém, se a prestação do serviço se materializar essencialmente no plano operacional e na sua implementação, com toda a envolvente organizacional de meios materiais, humanos, formação, etc., então estamos num estádio implicando um verdadeiro compromisso por parte da consultora no êxito do projecto e, por isso, exigindo um alto sentido prático e de resultado efectivo. Os empresários e gestores angolanos, recorrendo a consultoras, saberão avaliar em que estádio de participação se encontram essas entidades externas e se os gastos dessa natureza se traduzem em benefícios palpáveis no plano operacional e de negócio. Esta análise a nível empresarial é válida, por maioria de razão, na esfera ministerial, em que estão em causa gastos públicos, e o risco de se ficar pelas estratégias gerais é bem maior. Damos um exemplo: certamente que existirão dossiês enormes a definir estratégias de política sectorial (v.g.: ordenamento do território), com recurso a consultoras, mas continuamos com as nossas avenidas, ruas e travessas sem número de polícia identificando as casas, o que afecta sobremaneira, entre outras áreas vitais do funcionamento básico da economia e da sociedade, os correios, a banca, a justiça e a administração pública em geral. Numa conjuntura em que o processo de diversificação da economia se reclama como prioritário, sucedendo-se anos de avaliação e reavaliação de estratégias, o que interessa agora são programas urgentes de implementação e, se tal implicar o concurso de consultores, então que se faça para estarem no terreno a montarem e organizarem as operações, e não nos gabinetes a produzirem dossiês que poucos lêem ou aplicam. Por outro lado, essas entidades de consultoria, muitas das quais afirmando-se como grandes escolas de gestão, devem integrar em maior escala quadros angolanos e proporcionar, ainda que a prazo, a transmissão de know-how em várias áreas e a redução de custos. Essa será a forma de compatibilizar o interesse nacional com os objectivos das empresas de consultoria. No final, tudo se ajuíza em função dos resultados percebidos na óptica quer financeira quer social, no caso sobre os investimentos em consultoria das empresas e entidades públicas angolanas, o que pressupõe a avaliação nesse domínio do que foi feito no passado e, acima de tudo, do que se perspectiva fazer no futuro. CAMPOS VIEIRA geral.mediarumo@gmail.com FICHA TÉCNICA DIRECTOR Aylton Melo (aylton.melo@mercado.co.ao) REDACÇÃO editorial@mediarumo.co.ao; Tel: ; Agostinho Rodrigues, Ana Maria Simões, Estêvão Martins, Fernando Baxi, Paulo Narigão Reis FOTOGRAFIA Walter Fernandes (coordenador), Carlos Graça Muyenga, Njoi Roque Fontes DESIGN Pedro Guedes PROJECTO GRÁFICO: +2 Designers Impressão Lisgráfica e Naveprinter Tiragem 5 mil exemplares Alvará Comercial n.º /10/04/2011 Registo no MCS n.º MCS-760/B/15 Rosa Pacavira, ministra do Comércio 600 milhões USD de investimento estrangeiro O investimento estrangeiro em Angola atingiu 600 milhões USD nos primeiros sete meses de O número foi revelado por Maria Luísa Abrantes, presidente da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), durante uma reunião de quadros realizada em Luanda. No balanço da actividade da agora extinta ANIP, divulgado pelo Jornal de Angola, a responsável revelou ainda terem sido visitadas 406 empresas em nove províncias de Janeiro a Julho, contra 502 empresas visitadas ao longo de Recorde-se que a ANIP foi substituída pela Apiex Angola Agência Angolana para Promoção do Investimento e das Exportações, que fica sob a tutela do Ministério do Comércio. SÁBADO 29 BNA faz leilão de divisas O Banco Nacional de Angola (BNA) realizou o primeiro leilão de venda de moeda estrangeira directamente a casas de câmbio, tendo as transacções atingido 10 milhões USD à taxa de câmbio média de 138,245 Kz por dólar. De acordo com um comunicado publicado no seu site, o banco central informou ainda que, no leilão dirigido às casas de câmbio, as taxas de câmbio das transacções se situaram no intervalo entre 145 Kz e 135 Kz. O BNA adiantou que 33 das 48 casas de câmbio autorizadas e em condições regulares de funcionamento participaram no leilão, uma operação enquadrada no Novo Quadro Operacional da Política Cambial, instituído em Julho. Na semana de 24 a 28 de Agosto, o BNA vendeu divisas no montante de 381,1 milhões USD, com uma taxa de câmbio média de referência, apurada ao final da semana, de 126,409 Kz por dólar. Carlos Muyenga

3 DOMINGO 30 Ligação marítima ao Brasil A abertura de uma ligação marítima entre o Brasil e Angola é fundamental para intensificar as trocas comerciais bilaterais, afirmou o novo embaixador brasileiro em Luanda, Norton Rapesta (na foto). Citado pela Angop, o diplomata adiantou que, caso a ligação venha a acontecer, o nosso País pode tornar-se numa plataforma para exportação de produtos brasileiros para outros países africanos e numa nova fronteira agrícola para o Brasil. Norton Rapesta anunciou ainda uma nova dinâmica na concessão de vistos. Bits MERCADO QUARTA MUNDO 2 Washington - O Fundo Monetário Internacional avisa que a Obama garante apoio no Senado a acordo com Irão O presidente desaceleração do crescimento dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu obter no Senado os votos económico na China poderá ter necessários para impedir que a oposição republicana bloqueasse o acordo nuclear um impacto pior do que o esperado com o Irão. Ao conseguir o voto da democrata Barbara Mikulski, do estado nas economias dos outros países. de Maryland, Obama conseguiu o apoio de um número suficiente de senadores A transição da China para um ritmo 34 para fazer passar o acordo. O Congresso, dominado pelos republicanos, de crescimento mais moderado, tem até 17 de Setembro para analisar e votar o acordo. Concluí que o acordo era embora amplamente esperada, a melhor opção para bloquear os planos iranianos de produção de uma arma parece ter repercussões nuclear, afirmou Mikulski. transfronteiriças mais graves do que o inicialmente previsto, reflectindo- -se na baixa do preço das matérias- -primas e dos mercados bolsistas, refere o FMI, num relatório citado pela AFP, advertindo que a situação na China possa conduzir a uma perspectiva muito mais débil da economia global sem uma resposta coordenada. 3 SEGUNDA 31 Código de Valores Mobiliários entra em vigor O novo Código de Valores Mobiliários entrou em vigor no último dia de Agosto, data da sua publicação no Diário da República de Angola, de modo a garantir a segurança jurídica e a confiança dos investidores no País. Ao longo de 484 artigos, o novo código clarifica conceitos de valores mobiliários, define serviços e actividades de investimento e estabelece, de forma exaustiva, o quadro de negociação de instrumentos financeiros em mercados regulamentados de bolsa e de balcão. TERÇA 1 Novo logo da Google Depois da reorganização administrativa e financeira com o nascimento da holding Alphabet, a Google lançou um novo logótipo, bem como a reformulação da identidade visual de alguns dos seus serviços. QUINTA 3 As melhores cidades para mulheres empreendedoras O relatório Global Startup Ecosystem da Compass criou um ranking das melhores cidades do mundo no que toca ao empreendedorismo feminino. Eis o top 20: 1 Chicago (EUA) 2 Boston (EUA) 3 São Francisco (EUA) 4 Los Angeles (EUA) 5 Montreal (Canadá) 6 Paris (França) 7 Telavive (Israel) 8 Toronto (Canadá) 9 Singapura (Singapura) 10 Kuala Lumpur (Malásia) Fonte: Compass 11 Londres (Reino Unido) 12 Moscovo (Rússia) 13 Nova Iorque (EUA) 14 Vancouver (Canadá) 15 Austin (EUA) 16 Sydney (Austrália) 17 Amesterdão (Holanda) 18 São Paulo (Brasil) 19 Bangalore (Índia) 20 Berlim (Alemanha) Bloomberg Bona Os objectivos de redução dos gases com efeito de estufa anunciados até agora levariam a um aquecimento climático bem superior a 2 graus, limite fixado pela ONU, segundo um estudo divulgado em Bona, na Alemanha. O planeta continua numa trajectória de subida de 2,9 a 3,1 graus até 2100, segundo o Climate Action Tracker, organismo que integra quatro centros de investigação e que analisa as emissões e os compromissos dos países, no estudo divulgado à margem de negociações prévias à conferência de Paris sobre o clima, marcado para Dezembro. A conferência visa conseguir um acordo para limitar o aumento da temperatura a 2 graus. Segundo os cientistas, um aquecimento além deste limite terá consequências irreversíveis. 5 Pequim - Venezuela e China assinaram 14 acordos de cooperação e a atribuição de um crédito de Pequim a Caracas no valor de 5 mil milhões USD para o desenvolvimento da indústria petrolífera. O presidente Nicolás Maduro assistiu ao desfile comemorativo do 70.º aniversário do fim da II Guerra Mundial. Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) poderá prolongar o programa de compra de dívida, o chamado Quantitative Easing, previsto para terminar em Setembro de 2016 se tal for necessário, afirmou o presidente da instituição, Mario Draghi. Draghi fez a revelação numa conferência de imprensa realizada após uma reunião de política monetária do BCE, que deixou inalteradas as taxas de juro. O presidente do BCE admitiu também que a inflação na Europa poderá ser negativa nos próximos meses, mas ressalvou que será uma situação temporária.

4 4 MERCADO Markets 28/08 04/09 semana fechou em queda para as bolsas europeias, ansiosas pela decisão da Reserva Federal norte-americana quanto à subida da taxa de juro de referência. A maior descida veio, porém, do Japão, onde o Nikkei sofreu a maior desvalorização dos últimos sete meses. Já o petróleo registou uma semana Ade sobe-e-desce. 5,1% STOXX 600 foi a taxa de desemprego dos Estados Unidos em Agosto PSI ,15 362,79 NIKKEI 18890, , , , ,37 31 AGOSTO 01 SETEMBRO 02 SETEMBRO 03 SETEMBRO 04 SETEMBRO A Bolsa de Lisboa concluiu a sétima semana consecutiva de queda, com a sessão de sexta-feira a ficar marcada pela desvalorização de todas as cotadas. O índice PSI 20 perdeu 2%, situando-se nos 5057,37 pontos. A banca foi o sector que mais caiu, com o BPI a desvalorizar 4,37%, o BCP a perder 3,26% e o Banif a resvalar 9,8%, atingindo o seu mínimo histórico. O possível adiamento da venda do Novo Banco pressionou a performance bolsista da banca portuguesa. Queda significativa registou também a Jerónimo Martins, que desvalorizou 1,82%. Já a sua grande concorrente no mercado do retalho, a Sonae, perdeu 3,21%. No sector da energia, a maior queda pertenceu, no último dia da semana, à Galp Energia, que recuou 4,37% num dia em que o petróleo sofreu nova desvalorização. 353,11 31 AGOSTO 04 SETEMBRO Os mercados europeus encerraram a semana em baixa, à espera da decisão da Reserva Federal norte-americana quanto ao aumento da taxa de juro de referência. A queda no desemprego nos Estados Unidos aumenta as probabilidades de subida da taxa de juro ainda este mês, pressionando as decisões dos investidores. O índice Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, recuou 2,52% na última sessão semanal, com a queda a estender-se a todas as praças do continente. A maior queda europeia veio de Milão, onde o FTSE MIB depreciou 3,18%. Em Frankfurt, o DAX perdeu 2,71%, e em Paris, o CAC 40 caiu 2,81%, enquanto o FTSE 100 Londrino perdeu 2,44%. 31 AGOSTO 17792,16 04 SETEMBRO O mercado de capitais do Japão caiu para o nível mais baixo em sete meses no último dia da semana, pressionado pelos receios dos investidores em relação à economia global, nomeadamente no que diz respeito ao estado da economia chinesa. O Nikkei desvalorizou 2,2%, para os 17792,16 pontos, o nível mais baixo desde 10 de Fevereiro. No acumulado da semana, o índice da bolsa de Tóquio resvalou 7%, a maior queda semanal desde Abril de A sessão de sexta-feira até começou bem, animada pela possibilidade de o Banco Central Europeu prolongar o programa de quantitative easing para além de Setembro de 2016, mas o mercado acabou por arrefecer e fechar em baixa.

5 MERCADO Carlos Slim O empresário está a apostar forte na marca Philosophy para competir com as grandes cadeias internacionais, especialmente com a Zara de Amancio Ortega. Análise BILL GROSS Gestor de fundos da Janus Capital BRENT 50,05 50,68 28 AGOSTO 03 SETEMBRO O petróleo viveu uma semana de alguma volatilidade, num sobe-e-desce marcado negativamente pela continuação do excesso de oferta e positivamente pelo acordo entre Rússia e Venezuela para a implementação de iniciativas destinadas a estabilizar o preço da matéria-prima. Na sessão de quinta-feira, o Brent, negociado em Londres, ganhou 2,57%, cotando-se nos 51,80 USD por barril. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, valorizou 3,37%, para os 47,81 USD por barril. 44 milhões de pessoas utilizaram o Apple Music no primeiro mês do serviço Medidas do Fed serão tardias e insuficientes Bill Gross diz que a Reserva Federal dos EUA esperou tanto para elevar as taxas de juro, que qualquer medida agora poderá ser considerada insuficiente e tardia, pois a agitação do mercado reduz o espaço de acção para os responsáveis pela política económica. O tardia refere-se ao facto de que o Fed pode ter perdido uma hipótese no início de 2015, e o insuficiente fala do meu conceito de uma nova taxa de política neutra que deveria ficar mais perto de 2% nominal, mas que agora não pode ser abordada sem assustar os mercados, escreveu Gross numa perspectiva de investimento para a Janus Capital, com sede em Denver. Os responsáveis pela política económica reunir-se-ão em Washington, nos dias 16 e 17 de Setembro, pela primeira vez desde O presidente do Federal Reserve Bank de Boston, Eric Rosengren, considera que a incerteza em relação à inflação e ao crescimento global justifica um ritmo modesto de aumentos da taxa de juro, independentemente de quando o banco central começará a fazer os ajustes. Os traders de futuros apostam que o Fed adiará o aumento da taxa. As probabilidades de um aumento em Setembro caíram para 34%, contra 40% no fim de Julho, conforme dados compilados pela Bloomberg. As probabilidades para Outubro são de 46%, e para Dezembro, de 60%. O Fed parece determinado a aumentar a taxa de fundos federal nem que seja para provar que é capaz de entrar no caminho da normalização, escreveu Gross. A linguagem da reunião de Setembro deve ser muito cuidadosa, porque a dose única representa uma possibilidade cada vez maior pelo menos para os próximos seis meses. Gross, de 71 anos, entrou na Janus há quase um ano depois de deixar a PIMCO, onde administrou o maior fundo mútuo do mundo. Agora, gere o Janus Global Unconstrained Bond Fund, de 1,5 mil milhões USD. O fundo perdeu 1,9% este ano até 31 de Agosto e ficou à frente de 46% dos seus pares, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Gross, que previra que o Fed iria elevar as taxas de juro dos EUA em 25 pontos-base este mês, reiterou a advertência de que as taxas de juro extremamente baixas dos últimos anos implicam o risco de distorcer o capitalismo. A única forma de consertar a economia seria se os governos de todo o mundo começassem a investir para criar procura. A recente volatilidade do mercado é só um sinal de que talvez haja algo errado na própria economia mundial apesar da China, escreveu. Como as políticas mundiais estão a desencorajar a expansão económica, os investidores deveriam apoiar-se em dinheiro ou em instrumentos de alta liquidez, como bonds corporativos de curto prazo. Gross cita Will Rogers, que, durante a Grande Depressão, disse que estava mais preocupado com o retorno do seu dinheiro do que com o rendimento dele. No longo prazo, no entanto, o retorno do seu dinheiro provavelmente não será suficiente para pagar a universidade, o plano de saúde ou as obrigações previdenciárias, escreve Gross. O capitalismo baseado no sector financeiro, com as suas taxas de juros a zero, produziu agora desequilíbrios mundiais que prejudicam o crescimento produtivo e, com isso, as hipóteses de prosperidade da antiga normalidade.

6 6 MERCADO Destaque da semana CMC e sociedades de investimento reduzem riscos do sector imobiliário Apenas as SII podem praticar a actividade de intermediação financeira de recolha de contribuições junto do público, através da oferta pública de acções, para posterior aplicação em investimento imobiliário. POR ANDRÉ SAMUEL FOTOGRAFIA WALTER FERNANDES

7 MERCADO ,2 mil milhões USD O intercâmbio comercial do Brasil para Angola está avaliado em cerca de 2,2 mil milhões USD, segundo o embaixador brasileiro em Angola, Norton de Andrade Mello Rapesta A Indonésia, um dos maiores emissores de gases do efeito de estufa, compromete-se a reduzir as emissões em 29% até 2030, numa antevisão da Conferência Internacional sobre Mudança Climática em Paris. A presença da Comissão do Mercado de Capitais (CMC) no sector imobiliário vem, como definem os próprios operadores do sector, conferir confiança e transparência ao mercado, sendo essencial para os investidores nacionais e estrangeiros, que podem mitigar o risco dos seus investimentos no País. No entanto, coloca-se, com preocupante frequência, a questão de se saber se carece ou não de prévia autorização da CMC a constituição de qualquer empresa que coloque na sua firma a palavra Imobiliária e tenha como actividade social, entre outras, a compra e venda de bens imóveis. Nestes termos, a CMC esclareceu, recentemente, que, à luz da Lei dos Valores Mobiliários, o organismo é quem regula e promove o mercado de capitais e as actividades dos agentes que nele intervêm directa ou indirectamente. Entre os referidos participantes no mercado de valores mobiliários, a CMC dedica redobrada atenção às designadas instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais. A LBIF Lei de Base das Instituições Financeiras, diploma que regula o processo de estabelecimento, exercício de actividade, supervisão e o saneamento das instituições financeiras, define para o investimento imobiliário em particular as sociedades de investimento que se assumem como uma espécie de instituição financeira com base nos organismos de investimento colectivo imobiliários sob a forma societária. O seu objecto consiste na recolha de contribuições junto do público, tendo por fim o investimento em activos imobiliários. Diferenciação das sociedades Para diferenciar uma sociedade de investimento das demais instituições comerciais ligadas ao sector imobiliário existem vários pressupostos. A CMC esclarece que, do ponto de vista formal, o primeiro item indicativo de se estar diante de uma Sociedade de Investimento Imobiliário (SII), sujeita a supervisão da CMC, é a utilização, na firma da sociedade, a expressão «SII», acrescida das expressões «CV» (Capital Variável) ou «CF» (Capital Fixo). Posteriormente, já sob o ponto de vista substancial e porventura mais importante, só se está diante de uma SII quando vem acompanhada do carácter exclusivo do seu objecto. Dito de outro modo, apenas as SII podem praticar a actividade de intermediação financeira de recolha de contribuições junto do público, através da oferta pública de acções, para posterior aplicação em investimento imobiliário. Assim sendo, se determinada sociedade se dedica, tão-somente, à compra e à venda de bens imóveis, sem que, para o efeito, pretenda constituir-se por subscrição pública ou a ela se apliquem os elementos típicos e identitários dos organismos de investimento colectivo, não estaremos diante do exercício de qualquer actividade de intermediação financeira ou de investimento em mercado de valores mobiliários susceptível de justificar a intervenção da CMC, enquanto seu órgão regulador, aclara a CMC em relação aos organismos que devem estar sob sua supervisão. os agentes do mercado imobiliário e financeiro de colaborar uns com os outros para um sadio funcionamento do mercado imobiliário, pondera. Acrescenta que as SII oferecem aos investidores mais benefícios fiscais. Ou seja, empresas imobiliárias e SII, ambas desenvolvem a mesma actividade, oferecendo ao mercado mais benefícios fiscais. Ainda sobre a presença da CMC no mercado imobiliário, o CEO da Proimóveis, Cleber Corrêa, sustenta que a função de se fiscalizar o funcionamento dos fundos, por parte da CMC, dá credibilidade às operações, evita deslizes financeiros e faz com que cada vez mais surjam operações credíveis no mercado. É mais dinheiro para o sector, aponta. Sector imobiliário no primeiro semestre O sector imobiliário encontra-se num momento de ajuste face à actual conjuntura económica do País, em função da crise económica, ajuste que passa pelo abrandamento da produção no desenvolvimento de novos produtos a serem lançados no mercado. Segundo declarações do director executivo da ProPrime, Francisco Virgolino, neste momento assiste-se a um aumento da oferta basicamente devido à dificuldade de escoamento dos produtos novos, e também a saída de expatriados do País fez com que os espaços que estavam ocupados ficassem disponíveis. Francisco Virgolino explica igualmente que os preços tendem a baixar, mas de forma paulatina, o que é normal no mercado, pois tem de se ajustar, que em determinados casos ou segmentos será mais ou menos forte. Este ajuste tende a acontecer mais nos imóveis usados e não novos, quer a nível de escritórios quer a nível de moradias, nomeadamente na cidade e em Talatona, onde há muitos apartamentos. Os preços tendem a baixar 10% a 15%. Assistimos, no primeiro trimestre do ano, a uma tendência para quem detinha valores refugiar-se no imobiliário, com uma forte procura de imóveis. Disse ainda que neste segundo trimestre se verifica uma redução da procura neste segmento. Comparativamente aos anos anteriores (em tempos de crise), o sector está a reagir de forma diferente, sendo que em 2008 não houve um ajuste dos valores de transacção por metro quadrado, mas sim um ajustamento na dimensão do imóvel, segundo aquele responsável. Se até 2008 um imóvel da tipologia T3 tinha 180 metros quadrados, de 2009 em diante passou a ter 140 ou 150 metros quadrados, ou seja, houve uma diminuição na dimensão do imóvel, mantendo-se o preço por metro quadrado, frisou Francisco Virgolino. No entanto, nota que o valor global do imóvel baixou. Este modelo de actuação é ainda possível de ser ajustado por parte das empresas de promoção imobiliária. O que se tem verificado na prática, como explica o director executivo da ProPrime, é uma mudança no foco das entidades promotoras. No passado, apostou-se demais no segmento médio-alto. Actualmente, o foco passou a ser o segmento médio-baixo. Como consequência directa desta acção, afirma, tem havido pouca promoção no centro da cidade, onde é caro e não há quase espaços para construção. Reforma legislativa do sector Para o director da Abacus, Paulo Trindade, tudo o que venha ajudar a clarificar o mercado é positivo. Os temas administrativos/legais, felizmente, começam a fazer parte da realidade imobiliária de Angola, e estes passarão a fazer parte dos processos imobiliários, como em qualquer país do mundo, dando garantias administrativas nas transacções imobiliárias. A Lei da Mediação Imobiliária surge para tentar disciplinar um segmento da economia que tem muita actividade paralela, ou seja, principalmente muitos agentes individuais, não qualificados, que não pagam impostos, não cumprem quaisquer obrigações e que por força da sua não qualificação criam problemas, penalizando o mercado. É importante que esta lei seja implementada rapidamente e seja auditada, na prática, observa Paulo Trindade, pois a Lei do Crédito à Habitação, por exemplo, é crítica para o desenvolvimento de um segmento que tem muito para explorar. Ou seja, a maioria dos angolanos não pode comprar uma habitação, pagando a pronto. A lei procurará responder ao que o mercado pede, potenciando-o. Por sua vez, o CEO da Proimóveis, Cleber Corrêa, compreende que cada vez mais a população tem procurado regularizar os imóveis na medida em que as instituições estão a modernizar-se, mas o custo para fazer uma escritura continua muito alto. O mais sacrificado é o proprietário de imóvel de menor valor, pois a tabela dos emolumentos para registo, por exemplo, aumenta para os imóveis com preço de venda acima de 400 mil Kz, finaliza. Zonas caras do mercado imobiliário em Luanda, segundo estudo 2014 da Proprime O mercado de escritórios de Luanda tem continuado a registar uma procura dinâmica, impulsionada por uma actividade económica saudável, tendência que deverá manter-se. Na Baixa, CBD, que é a zona prime de escritórios, a renda média é de 130USD/m/mês, e uma yield de 16%. A zona de Talatona começa agora a constituir-se para muitas empresas como uma localização de escritórios alternativa à Baixa de Luanda Os intervenientes no mercado Em conversa com o jornal Mercado, o director executivo da imobiliária ProPrime, Francisco Virgolino, considera que a CMC, enquanto órgão regulador do sector imobiliário nacional, vai certificar-se de que estes novos players, no caso das SII, actuem segundo as regras por si estabelecidas. Defendeu que as sociedades de investimento e os organismos de investimento colectivo são, no caso imobiliário, os dois tipos de novos operadores que vêm facilitar de algum modo o desenvolvimento de novos projectos. Para Francisco Virgolino, torna-se mais fácil para os investidores mitigarem o risco associado ao desenvolvimento do produto imobiliário, uma vez que as sociedades e os organismos de investimento colectivos têm a capacidade de angariar capital de uma forma mais expedita. Isto, segundo disse, poderá dinamizar novos projectos para o mercado, tanto para no surgimento de escritório e residenciais. Por sua vez, o managing director da Abacus, Paulo Trindade, entende que uma nova actividade no mercado necessita de uma entidade que defina as regras e verifique a sua boa aplicabilidade. Julgo que a CMC vai realizar um bom trabalho, mas tem de se dar tempo ao tempo, não se pode pedir tudo de uma só vez, ou seja, têm todos CBD Praia do Bispo NOVOS Valor unitário médio (USD/m2) 9750 Renda média (USD/m2) 130 Yield (%) 16 NOVOS Valor unitário médio (USD/m2) 8471 Renda média (USD/m2) 120 Yield (%) 17 USADOS Valor unitário médio (USD/m2) 5333 Renda média (USD/m2) 80 Yield (%) 18 Legenda: CBD Central Business District é a zona prime da escritório de Luanda, na Cidade Baixa, que integra a Marginal de Luanda e zonas adjacentes.

8 8 MERCADO Banca 250 mil Postos de trabalho criados pelas empresas alemãs, entre 2005 e 2014, com os investimentos que fizeram pela Europa. Só a Volkswagen foi responsável por 31 mil José de Lima Massano, CEO do BAI BANCA EM ANÁLISE Crédito do BAI sobe 26,92% no primeiro semestre Walter Fernandes O valor do crédito referente ao primeiro semestre de 2015 supera em 70,83 milhões Kz o montante obtido pelo BAI no exercício económico-financeiro homólogo de 2014, como se pode calcular, face aos dados extraídos dos balancetes dos citados semestres POR FERNANDO BAXI Apesar da subida das taxas de referência do BNA, o volume de crédito do Banco Angolano de Investimento (BAI) ficou avaliado em 333,96 mil milhões Kz, no primeiro semestre de 2015, um crescimento de 26,92%, face ao período homólogo de 2014, cuja cifra foi de 236,13 mil milhões Kz, segundo cálculos feitos pelo semanário Mercado. O valor do crédito referente ao primeiro semestre de 2015 supera em 70,83 milhões Kz o montante obtido pelo BAI no exercício económico-financeiro homólogo de 2014, como se pode calcular, face aos dados extraídos dos balancetes dos citados semestres. O volume de crédito do BAI ficou avaliado em 333,96 mil milhões Kz, no primeiro semestre de 2015 Os resultados do banco cresceram 7% em relação ao período homólogo anterior Ainda no primeiro semestre de 2015, o BAI registou um crescimento de 69,29%, relativamente ao montante dos títulos e valores imobiliários, que orçou em 375,12 mil milhões Kz, enquanto no período transacto foi de 221,57 mil milhões Kz, o que representa um excedente na ordem dos 153,54 mil milhões Kz. Ainda neste período, a conta do activo registou um decréscimo de 45,051 mil milhões Kz, comparativamente ao período em comparação, representando uma queda de 3,7%. As disponibilidades no presente exercício são de 280,0 mil milhões Kz, enquanto no segundo trimestre de 2014 eram de 312,9 mil milhões Kz, demostrando uma diferença de 32,9 mil milhões Kz e o decréscimo de 10,5%. Também no segundo trimestre do presente exercício económico-financeiro, a respectiva instituição bancária obteve diminuição do passivo, avaliado em 54,63 mil milhões Kz, representando uma queda de 4,94%, se comparado com o do passado. O BAI registou ainda, no primeiro trimestre de 2015, uma quebra nos depósitos, avaliada em 54,842 mil milhões Kz, comparativamente ao Indicadores do 1.º semestre 2014 e 2015, BAI (mil milhões Kz) período homólogo analisado, o que corresponde ao decréscimo de 5,1% desta conta no banco. Relativamente aos resultados nos primeiros seis meses do ano económico em curso, o banco que vê o regresso de José Massano, na presidência da Comissão Executiva, obteve 8,98 mil milhões Kz, face ao exercício económico-financeiro análogo, cujo montante foi de 8,38 mil milhões Kz, correspondendo a um crescimento de 7% Activos 1.214, ,422 Disponibilidades 312,9 280,0 Títulos e valores mobiliários 221,57 375,12 Créditos 236,13 333,96 Passivos 1.105, ,641 Depósitos 1.074, ,973 Resultados 8,38 8,98

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10 10 MERCADO Entrevista da semana Manuel Gonçalves Seguro agrícola deverá ter instrutivo jurídico ainda este ano O chairman da ENSA, a maior seguradora nacional, propõe a criação de seguros obrigatórios e defende a importância do seguro de saúde como forma de racionalizar os custos com os tratamentos médicos. POR ESTÊVÃO MARTINS FOTOGRAFIA NJOI FONTES

11 MERCADO No portefólio da ENSA, o peso maior da carteira de seguros está nos ramos saúde, automóvel, acidentes de trabalho e viagens A sua opinião em relação ao mercado segurador nacional, que regista crescimento com o surgimento de novas seguradoras, qual é? O mercado segurador foi acompanhando o crescimento económico ocorrido no País nos últimos anos. Neste período, aumentou o número de players no mercado, de prémios, de produtos, e houve também evolução em termos regulatórios. Em 2000 verificou-se a abertura do mercado de seguro, que era monopolista, com o surgimento de mais uma seguradora para além da ENSA. E, nos últimos 15 anos, o mercado tem crescido a uma média superior a uma seguradora por ano, assim como o volume de prémios, que tem crescido consideravelmente, tendo mais que duplicado durante este período. Da mesma forma, surgiram vários seguros obrigatórios, como é o caso do seguro de acidentes de trabalho e o seguro automóvel para a protecção de terceiros. Verificaram-se igualmente mudanças muito sensíveis ao nível da regulação do sector segurador, até no plano institucional, com o surgimento da ARSEG Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros. Qual é o balanço que faz do primeiro semestre do ano em curso? Tivemos, no primeiro semestre do ano corrente, apólices (entre novas e antigas) que geraram recibos e um volume de prémios equivalente a 219 milhões USD. Deste número, a maioria são apólices relacionadas com empresas, que integram um número determinado de trabalhadores. De uma maneira geral, registámos um crescimento na ordem dos 10% em comparação ao mesmo período do ano passado. O ramo automóvel representa o principal negócio das seguradoras nacionais. Em relação à ENSA, qual é a principal carteira de negócio? No portefólio da ENSA, o peso maior da carteira de seguros está efectivamente nos ramos saúde, automóvel, acidentes de trabalho e viagens. O produto saúde tem um peso muito significativo na nossa carteira de negócios. Trata-se de um produto de elevado risco e sinistralidade, mas a ENSA tem encarado este produto com uma margem de responsabilidade social, que tem conduzido ao seu significativo crescimento, que é muito maior relativamente ao que acontece nas demais seguradoras do País. Por outro lado, crescem rapidamente os ramos de acidentes de trabalho e automóvel. Os ramos marítimos/ /cargas, petroquímica e acidentes de trabalho cresceram demais neste último semestre do ano, o que permitiu este crescimento. Os segurados queixam-se da morosidade da ENSA na resolução de um sinistro. Como tem sido a resposta da seguradora relativamente a esta questão? Temos uma grande preocupação com a distribuição de produtos de seguros, mas preocupa-nos também a nossa relação com o cliente sempre que acontece um sinistro. O nosso grande cuidado tem que ver com a optimização dos processos de gestão de sinistros, com o objectivo essencial de diminuirmos a taxa média de regularização de sinistro. No que diz respeito à sinistralidade rodoviária, considerada a segunda causa de morte no País, logo após a malária, na ENSA registamos uma taxa de sinistralidade de 18,6%. No primeiro semestre do ano, registámos uma taxa de sinistralidade global, dos produtos comercializados pela ENSA, de 74,2%. A ENSA é uma das poucas seguradoras que comercializam o seguro de saúde, considerado pouco rentável pelos outros players do mercado. Como encara a situação? Se fizermos uma análise do produto em si, veremos que é de admitir a possibilidade de termos um rácio de sinistralidade superior a 100%. O que significa que o resultado técnico, que permite a comparação entre os prémios pagos pelos segurados e o volume de indemnizações pagos às clínicas pela seguradora, não é positivo. Não sendo rentável, qual é a vantagem da manutenção do negócio? Trata-se de um produto-âncora, com o qual fazemos venda cruzada, que constitui elemento de atracção das empresas e dos particulares para a realização deste e de outros seguros. A ENSA tem transformado este aspecto, aparentemente negativo, numa oportunidade de oferecer um produto de elevada qualidade para os nossos clientes, fundamentalmente para os clientes de empresas. Daí o crescimento na ordem dos 10% no primeiro semestre do ano em relação ao ano passado e uma taxa de sinistralidade global muito inferior à taxa de sinistralidade do produto de seguro de saúde. Qual é a razão que faz com que o produto de saúde se torne crítico no nosso mercado em comparação, por exemplo, ao seguro automóvel, como advoga? Temos um país com sérios problemas a nível da saúde pública, o que naturalmente impacta na relação entre prémios e indemnizações e no rácio de sinistralidade. Isto faz com que tenhamos um índice de evacuação para o exterior do País para tratamento bastante elevado. Em termos de preços, só o transporte de um paciente em avião-hospital para a África do Sul, por exemplo, tem um custo actual de 54 mil USD. Este valor duplicou, porque até à última década era apenas de 27 mil USD. Certo também é que, ao longo da última década, a ENSA não fez aumentos significativos da sua tarifa do seguro de saúde. Fizemos apenas uma pequena subida das tarifas, comparativamente aos cenários que seriam mais compatíveis, tendo em conta os parâmetros de natureza O grande desafio da indústria seguradora do País está relacionado com o aumento da cultura de seguro macroeconómica de aumento que foram tidos em consideração no caso do transporte. Qual é a quota de mercado da ENSA? A nossa quota de mercado oscila entre os 35% e os 40%, que, disputada com as 17 seguradoras que operam no mercado, é extremamente significativa. O ramo saúde tem contribuído para o nosso crescimento, daí que continuamos a utilizar este produto nestas condições por termos consciência de que se trata de um produto muito importante para os particulares e para as empresas. Também porque, independentemente do lucro que perseguimos, enquanto seguradora, temos grandes responsabilidades sociais, e uma política em sentido contrário poderia criar situações de desconforto ao nível das empresas, na medida em que sabemos que o seguro de saúde é para as empresas um dos elementos mais importantes para a retenção dos trabalhadores. Nesta altura, o índice de penetração dos seguros no Produto Interno Bruto (PIB) anda à volta de 1%, e a ENSA, como maior seguradora nacional, joga um papel fundamental para o aumento deste valor percentual. Na sua opinião, quais são as acções que devem ser desenvolvidas para a subida destes níveis? A meu ver, o grande desafio que a indústria seguradora do País possui, no sentido de melhorar a taxa de penetração dos seguros no PIB, e melhorar a taxa de densidade, que são os principais indicadores de performances do sector segurador, está relacionado com o aumento da cultura de seguro no País. Para tal, temos de aumentar também a literacia financeira com o apoio das seguradoras. Isto tem de ser feito por intermédio dos meios de comunicação social e dos mais diversos projectos. Portanto, não basta fazer o marketing apelativo aos potenciais ou aos segurados para a aquisição de seguros. É preciso, fundamentalmente, explicar o que é um seguro, a sua importância para a sociedade e as suas vantagens. As pessoas precisam de perceber que os riscos existem em todo o lado, e os seguros existem precisamente para a protecção das vítimas. A deixa serve para contrariar a ideia segundo a qual os seguros de natureza obrigatória têm por objectivo facilitar a vida às seguradoras. Portanto, é preciso incutir nas pessoas a ideia de que o foco dos seguros está na protecção das vítimas ou na protecção de importantes interesses económicos de natureza pública ou privada, por exemplo. O que mais deverá ser realizado para o fortalecimento do mercado? O segundo ponto para o aumento dos indicadores macroeconómicos de performance do sector segurador é a criação de seguros obrigatórios, que seriam adquiridos de forma intensiva em função do aumento da cultura de seguros dos cidadãos e das empresas. É preciso cuidar da criação de incentivos, designadamente de natureza fiscal, para que os particulares e as empresas possam fazer seguros, mas também aderir a fundos de pensões. A protecção social no País é composta pelo sistema nacional de segurança social, mas também por um sistema complementar, consubstanciado por fundos de pensões e seguros de vida. Nos países com menos maturidade, são os seguros não vida que têm maior projecção, ao passo que, nos países com maior maturidade económica, são os seguros de vida com uma projecção maior e justificam

12 12 MERCADO Temos a perspectiva de cooperar, ao mesmo tempo que competimos, com as outras seguradoras Jurista, músico e gestor público Manuel Gonçalves, 57 anos, é jurista de formação, gestor de profissão e músico por vocação. Licenciou-se na Faculdade de Direito entre 1981 e Trabalhou como advogado durante vários anos. Foi consultor jurídico do gabinete do Presidente da República e foi também o primeiro bastonário da Ordem dos Advogados de Angola entre 1997 e Além de presidente da ASAN, Manuel Gonçalves é também presidente do conselho de administração do Standard Chartered Bank Angola (SCBA) para o mandato e cônsul honorário da República da Finlândia em Angola. Como músico, Né Gonçalves lançou o disco Luanda, Meu Semba em Em 2013 gravou o álbum Luanda, Meu Semba Instrumental. Este ano, deverá sair no mercado o Semba Mar. Em 1994 ganhou o prémio revelação da UNACA, tendo uma das canções sido considerada música do ano. os índices de crescimento que os seguros têm e a relação que possuem com o PIB. Portanto, precisamos de fazer crescer os seguros de vida e fundos de pensões. E isto pode também acontecer com incentivos de natureza fiscal. E como é feita a gestão dos fundos de pensões na ENSA? Além do fundo de pensões para os seus trabalhadores, o que faz com que tenhamos uma importante protecção sobre eles e uma garantia do asseguramento do seu futuro, temos um crescimento cada vez maior em relação a fundos de pensões de terceiros. Para o efeito, temos fundos de pensões abertos e fechados. Estes últimos são criados por empresas e geridos pela ENSA. Temos também fundos abertos, como é o caso do Fundo Vida Tranquila, que tem por objectivo a protecção das pessoas em caso de velhice e em caso de acidentes, e o Futuro Garantido, voltado para crianças e jovens, para a salvaguarda da sua actividade futura. A ENSA nesta altura possui cerca de 38 produtos de seguros nos ramos vida e não vida. Quais são os programas da seguradora com vista à criação de novos seguros? A ENSA possui 36 agências em todo o País, e temos uma perspectiva de cooperar, ao mesmo tempo que competimos, com as outras seguradoras. Esta cooperação é tanto no plano bilateral como no plano multilateral, por intermédio da ASAN Associação de Seguradoras de Angola, da qual sou presidente, que coopera com as instituições competentes como a ARSEG e os diferentes sectores do Executivo. Assim sendo, temos preocupações como, por exemplo, com o seguro agrícola, marítimo/ /cargas. Quais são os projectos em curso em relação à implementação do seguro agrícola no País? Pretendemos criar um novo modelo de gestão do seguro agrícola, através de um sistema de co-seguro, que deverá envolver várias seguradoras Pretendemos criar um novo modelo de gestão do seguro agrícola, através de um sistema de co-seguro sob a liderança de uma delas. Neste momento, a ENSA, as outras seguradoras e a ASAN estão a trabalhar com a ARSEG, para que, tão breve quanto possível, seja publicada uma regulação sobre seguro agrícola mediante um regime de co-seguro. O programa está avançado e já existe um projecto de instrutivo, que está a ser trabalhado pela ARSEG. E esperamos que seja publicado brevemente, ainda este ano, e nessa altura teremos conhecimento das seguradoras envolvidas neste co-seguro e da seguradora líder do produto. Qual é a sua opinião em relação ao projecto de criação da Ango- Re, resseguradora nacional que deverá reter no País grande parte dos valores que vão para o resseguro no estrangeiro? Trata-se de um projecto que tende a reforçar a nossa capacidade interna de gestão e de pulverização dos riscos, pois a concentração de riscos dentro de uma companhia seguradora constitui um perigo perante a possibilidade de ocorrência de um dano, que obrigará a seguradora a assumir responsabilidades muito elevadas para as quais pode não estar financeiramente preparada. Daí a pulverização dos riscos pelas seguradoras, que é feita mediante modelos de co-seguros, juntando-se várias seguradoras para assumir a mesma responsabilidade, ou regime de resseguro, colocando o risco no mercado internacional. Como tem estado a ENSA em relação ao resseguro? Temos excelentes relações com o mercado internacional de resseguro, operando com as principais resseguradoras mundiais e também com os grandes brokers ou corretores mundiais, nomeadamente a SwissRe, MunichRe, Marsh. Temos subscrito vários tratados de resseguros para a cobertura automática de produtos como incêndios, engenharia, acidentes, marítimo/carga, responsabilidade civil, vida, assistência em viagens e assistência a catões de crédito. Algumas seguradoras advogam que o regime de co-seguro funciona mal no País, sendo que a ENSA, por exemplo, concentra em si certos riscos que deveriam ser partilhados com as demais seguradoras. O que julga a respeito? No País existem algumas modalidades de co-seguro especial e obrigatório nos domínios dos petróleos, da aviação pública, dos diamantes e no domínio agrícola. De acordo com este modelo, a ENSA faz a gestão do seguro de aviação do sector público, designadamente a TAAG, e no sector dos diamantes. Trata-se de uma prerrogativa para fazer a gestão em nome de algumas seguradoras em regime de coseguro. Nem todas as seguradas fazem parte desde sistema, pois há regras a ter em conta. É preciso ter um determinado tempo de actividade e a partir do terceiro ano é possível entrar para este regime, havendo uma nova repartição do risco para as seguradoras participantes. É uma espécie de consórcio. Ainda assim, a ENSA ressegura no mercado internacional a fim de pulverizar o risco. Neste caso, a que se devem as reivindicações das seguradoras? As reivindicações das seguradoras nada têm que ver com a participação de cada uma no regime de co-seguro, mas, sim, com os níveis de transparência com que a gestão é feita, tendo em vista a repartição dos valores de acordo com a percentagem que cada seguradora tem no consórcio.

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14 14 MERCADO Bolsa MERCADOS BODIVA transacciona 36,7% de obrigações previstas em 2015 A Bolsa de Valores negociou 43,5 mil milhões Kz no Mercado de Títulos de Registo do Tesouro, entre Maio e Agosto, o que corresponde a obrigações e bilhetes do Tesouro emitidos, com o BFA a assumir a liderança num ranking produzido pelo jornal Mercado. POR ANTÓNIO PEDRO A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) registou, de Maio a Agosto do ano corrente, a negociação de obrigações do Tesouro, resultando na movimentação de 43,5 mil milhões Kz (367,1 milhões USD), segundo cálculos do jornal Mercado com base nos relatórios mensais da Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados. As transacções movimentadas atingiram 36,7% de 1000 milhões USD previsto para negociação em obrigações do Tesouro, até fim do ano corrente, segundo expectativa da BODIVA, no Mercado de Registo de Títulos do Tesouro. Em Junho, a BODIVA registou a maior transacção, com obrigações e bilhetes do Tesouro (55,29% do total), movimentando, desta forma, 22,7 mil milhões Kz (197 milhões USD), um indicador que representa 52,15% do total do montante negociado. Segue-se Julho com a negociação de obrigações do Tesouro (21,67%), com financiamentos de 9,7 mil milhões Kz (71 milhões USD), o que equivale a 22,28% do total dos financiamentos entre Maio e Agosto. Maio e Agosto apresentam ligeira diferença em quantidade de obrigações do Tesouro negociadas. No primeiro foram registadas (9,52%), ao passo que no segundo foram (13,51%), proporcionado assim 5,1 mil milhões Kz (11,8% do total) e 5,9 mil milhões Kz (13,75%) para Agosto último. Quanto às obrigações do Tesouro negociadas, de Maio a Agosto, pelos bancos intermediários da BODIVA, o BFA lidera o ranking, com (82,16%). Segue-se o Millennium Angola, com (7,9%), o BAI ocupa a terceira posição, com obrigações (7,39%), enquanto o BNI, com 7392 negociadas apenas em Agosto, entrou para a bolsa em Julho, representando 2,53% da carteira de títulos emitidos. Os financiamentos obtidos na bolsa, através do mercado de títulos do Tesouro, colocam também o BFA na liderança, de Maio a Agosto, com um movimento de 36,3 mil milhões Kz (83,35% do total), seguido de Millennium Angola, com 3,3 mil milhões Kz (7,8%), BAI na terceira posição do ranking, com 2,7 mil milhões Kz (6,19%), e BNI, com 1,1 mil milhões Kz (2,66%), que entrou na BODIVA em Julho passado. Ranking MRTT Desempenho de membros de negociação consolidado (Maio a Agosto 2015) Intermediário Montante negociado (mil milhões Kz) % do total BFA 36,3 83,5 BMA 3,3 7,8 BAI 2,7 6,19 BNI 1,1 2,66 Intermediário Quantidade obrigações negociadas % do total BFA ,16 BMA ,81 BAI ,39 BNI ,53 Fonte: BODIVA NI: montantes negociados e total (%) são cálculos do jornal Mercado Pedro Pitta-Groz, CEO da BODIVA Obrigações em queda A BODIVA continua a registar obrigações do Tesouro abaixo das e dos 22,7 mil milhões Kz de Junho, sobre os quais o BFA assumiu a liderança representando 84,61% do total nos dois aspectos. Em Julho, as obrigações fixaram-se em , mas quedaram para em Agosto. O relatório de Agosto do Mercado de Registo de Títulos do Tesouro da BODIVA apresenta o BNI a intermediar a sua primeira transacção na bolsa, que se fixou em 19,35% de um total de 5,9 mil milhões Kz (47 milhões USD, convertidos à taxa média diária do BNA, correspondente a 125,78 Kz o dólar), superando o BAI, que ficou com 2,24% do total. As transacções de Agosto foram registadas pelo BFA (78,41%), BNI (19,35%) e pelo BAI com uma quota de mercado bolsista de 2,24%. A BODIVA diz no relatório citado que o registo das transacções no MRTT, ao dar a conhecer a todo o mercado os termos dos negócios, como preço e quantidade efectuados, concorre para o aumento da transparência e da confiança dos investidores, bem como para a formação de uma curva de preços para os activos nele registados, que deverão servir de referência para futuras transacções. Walter Fernandes Bits ÁFRICA Monróvia A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, pela segunda vez, a Libéria livre do ébola, 42 dias depois de não ter sido confirmado qualquer caso em laboratório. A OMS sublinha que o país da África Ocidental deverá observar 90 dias de vigilância para verificar se não há novos casos do vírus. A Libéria já havia sido oficialmente declarada livre da epidemia em 9 de Maio último, mas o vírus reapareceu no final de Junho, contaminando seis pessoas, das quais duas morreram. A OMS saudou também as autoridades locais por causa da sua vigilância consistente e da resposta rápida do governo e seus parceiros no combate a uma doença que terá feito mais de 11 mil mortos. Pretória O governo da África do Sul, os sindicatos e as empresas mineiras assinaram um acordo para travar o desemprego causado pela queda do preço das matérias- -primas, ao mesmo tempo que ficou decidida a promoção da platina como activo de reserva do banco central. 5,8 Praia O fundo de apoio para a reconstrução da ilha cabo- -verdiana do Fogo, criado após a erupção vulcânica de Novembro a Fevereiro últimos, já tem 5,8 milhões USD, informou o presidente do Gabinete de Reconstrução, António Nascimento. O valor resulta da ajuda de vários parceiros, com destaque para a União Europeia. Maputo Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) adquiriram 70 carruagens novas para transporte de passageiros, no valor de 49 milhões USD, para aliviar as enchentes nas suas composições. Quinze das carruagens de terceira classe, adquiridas na China, já se encontram em Maputo, de um total de 35 composições destinadas à região sul, informaram os CFM.

15 MS UPLEMENTO Fundo Soberano solidário com Projecto Kamba Dyami Njoi Fontes

16 16 MERCADO dias > 7 propostas 1. The World Goes Pop A Tate Modern, em Londres, está empenhada em revelar ao mundo que a pop art vai da América Latina à Ásia passando pela Europa e pelo Médio Oriente. A exposição mostra o que se fez no mundo nos anos de 1960 e 1970 e como, em vários países, diferentes culturas responderam ao movimento. A pop não foi apenas uma celebração da cultura ocidental mas muitas vezes era uma língua internacional subversiva e de protesto - uma linguagem que é mais relevante hoje do que nunca. Até Janeiro de Saiba mais em: whats-on/tate-modern/exhibition/eyexhibition-world-goes-pop Doll Festival 1966, Hyogo Prefectural Museum of Art (Yamamura Collection, Ushio and Noriko Shinohara A Conexão Lusófona, na 4.ª edição, faz-se no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, com Don Kikas (Angola), Kataleya (Brasil), Elida Almeida (Cabo Verde), Binhan Quimor (Guiné-Bissau), Costa Neto (Moçambique), Filipe Santo (São Tomé e Príncipe) e Benvinda de Jesus (Timor) um diálogo de gerações na promoção da cultura em língua portuguesa. Em Londres, a Tate Modern revela The World Goes Pop como um movimento global de protesto contra a sociedade de consumo. Outras sugestões: a pintura de Picasso transformada num ballet; ou Benedict Cumberbatch na mais clássica das personagens, Hamlet; ou a leitura de Purity, de Jonathan Frazen.

17 MERCADO Uma praça de museus Em Amesterdão, reabriu o novo complementando o antigo Museu Van Gogh. Fica na Praça dos Museus, ao lado do Rijksmuseum (com o melhor de Rembrandt e Vermeer) e do Stedelijk (o museu de arte moderna), enquadrados por um campo de 125 mil girassóis. São pretextos irresistíveis para uma visita obrigatória à cidade holandesa. Sublinhamos que o museu tem a mais completa mostra de Vicent van Gogh o homem que um dia se tentou suicidar e ficou sem uma orelha. Saiba mais em: wwwvangoghmuseum.nl Bailado de uma pintura Picasso e o ballet, uma relação de paixão e dor. Assim o entendem os críticos que vêem Les Trois Danseuses como uma pintura cheia de ódio e violência, inspirada pelos tiroteios e suicídios que tragicamente envolveram os amigos de Picasso. Mas é também sobre a própria relação turbulenta do artista com a dança? Provavelmente, ele que foi casado com Olga Khokhlova, uma bailarina russa. The 3 Dancers, a ver no Theatre Royal Plymouth, no Reino Unido. Saiba mais em: com/whats-on/2015/rambert Tianzhuo Chen em Paris Um dos mais promissores artistas da China, Tianzhuo Chen (nasceu em 1985 em Pequim, onde vive) apresenta a sua primeira exposição individual no Palais de Tokyo, em Paris. Através de um imaginário colorido, grotesco, kitsch, uma estranha onda hip-hop, a cultura do delírio de Londres, da butoh japonesa, da voguing em Nova Iorque e do universo moda são as referências nas obras de Tianzhuo Chen. Até 13 de Setembro. Saiba mais em: palaisdetokyo.com/fr/exposition/ tianzhuo-chen Nutrição enquanto cultura é tema de uma exposição da pintora angolana Erika Jamêce para ver no pavilhão de Angola na Expo Milão até 16 de Setembro Os tons da lusofonia A 4.ª edição do Festival Conexão Lusófona acontece no dia 18, às 22:00, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, na promoção do diálogo entre gerações e na partilha da cultura lusófona. Don Kikas é o angolano que fará parte desta enorme conexão que conta com sons e vozes de Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor. Um espectáculo único. DR 6. To be or not to be Em Londres, no palco do Barbican, Benedict Cumberbatch é Hamlet numa das mais simbólicas peças de teatro sobre os temas da traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade. Benedict Cumberbatch assume o papel na tragédia de Shakespeare, dirigido por Lyndsey Turner. As críticas não têm poupado elogios à contenção do actor que designam por o mais são dos dinamarqueses. Até 31 de Outubro. Saiba mais em: A Casa de Cultura de Angola Malta da Paz e da Alegria, localizada no bairro Benfica, município de Belas, em Luanda, promove até dia 9 a 1ª edição da Feira do Livro Infantil Malta da Paz e da Alegria 7. A história de Pip Tyler Purity é o mais recente livro de Jonathan Frazen, um dos mais talentosos escritores da sua geração, nos Estados Unidos. Capa da Time, em A queda do muro de Berlim, os arquivos da Stasi, uma ogiva nuclear no Texas e uma jovem californiana à procura do pai fazem um romance, a ler.

18 18 MERCADO LIÇÃO DE UM FILME Os Sete Pecados Mortais Lançado nos Estados Unidos da América em 1995 e hoje o filme continua actual na sua essência,na mensagem que pretende passar. FERNANDO BAXI Jornalista Ofilme Os Sete Pecados Mortais conta a história de dois polícias, o jovem e impetuoso David Mills (Brad Pitt), que trabalhou durante cinco anos numa divisão de homicídios, e o experimentado, culto e prestes a reformar-se William Somerset Smiley (Morgan Freeman), encarregados de uma perigosa bem como intrigante investigação criminal. Um serial killer, John Doe (Kevin Spacey), assassina as vítimas inspirando-se nos sete pecados mortais bíblicos (gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e vaidade). O filme leva-nos a uma viagem ao mundo fascinante da sétima arte norte-americana, onde a ficção se aproxima do real, porque os factos exibidos nesta longa-metragem, produzida por Arnold Kopelson e Phyllis Carlyle, são vivenciados no dia-a-dia e dimanam do âmago do homem, enquanto indivíduo inserido numa sociedade. Esta película, cuja direcção coube a David Fincher, ilustra como o comportamento do indivíduo, influenciado pelo sentimento inato, pode causar discórdia até entre homens ligados à alta estrutura social, caso uma terceira pessoa (ponderada) não interceda. Os primeiros contactos entre Mills e Somerset foram minados por um clima de desconfiança. Tal facto influenciava negativamente no cumprimento da missão incumbida, capturar o astuto e perigoso serial killer John Doe. A interacção melhorou com a intervenção de Tracy Mills (Gwyneth Paltrow), esposa do jovem detective. Considerado um filme intemporal pela peculiaridade temática, Os Sete Pecados Mortais procura aconselhar um indivíduo a agir de forma consciente, ponderada e com audácia, sob pena de cometer-se um erro maior, capaz de condicionar a própria vida. David Mills foi incapaz de se conter da cólera ao tomar conhecimento da decapitação de Tracy Mills, a esposa, por John Doe. O jovem detective, mesmo com a advertência de William Somerset, matou o serial killer, cometendo assim o sétimo pecado capital, a ira. A brilhante carreira de detective ficou assim arruinada num simples momento. Seven (sete), através da representação de John Doe, procura também passar a ideia do perigo quando a mensagem religiosa é mal interpretada, inclusive dá lugar ao fundamentalismo religioso, um dos principais problemas mundiais nos dias de hoje. Os Sete Pecados Mortais foi um trabalho importante para a filmografia de David Fincher, tendo impelido o seu sucesso no mundo da sétima arte, sobretudo pela participação de Brad Pitt. O director da película deu característica identificativa do artista ao filme. Fincher apresentou um trabalho aplaudido, relativamente à conjugação dos vários elementos essenciais ao sucesso do filme, tais como a luz, som e tipografia. O filme procura aconselhar um indivíduo a agir de forma consciente, ponderada e com audácia, sob pena de cometer-se um erro maior, capaz de condicionar a própria vida Seven ou Os Sete Pecados Mortais foi lançado nos EUA em 1995, custou 30 milhões USD, rendeu 327,3 milhões USD. Venceu os MTV Movie Awards de melhor filme, melhor vilão (Kevin Spacey) e de homem mais desejável (Brad Pitt). Também foi indicado ao Óscar de melhor edição, BAFTA de melhor argumento original e ainda MTV Movie Award de melhor dupla (Brad Pitt e Morgan Freeman).

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20 20 MERCADO TEMA DE CAPA 1 Fundo Soberano investe em tecnologia às crianças do meio rural A zona rural de Quitila, província do Cuanza Sul, recebeu computadores portáteis concebidos para crianças em idade escolar. POR ANTÓNIO PEDRO FOTOS NJOI FONTES C Crianças felizes, num ambiente de festa, entoam canções que retratam o quotidiano da vida, o amor ao próximo, a irmandade que as une, ao som de instrumentos de uma banda musical de irmãos Salesianos Dom Bosco, como forma de receber visitas. É um estilo de vida no meio rural. E foi este o ambiente encontrado na antiga Fazenda Quitila, depois de percorridos 18 quilómetros de terra batida da cidade de Calulu à Escola Maria Mazzarelo pertencente aos Salesianos Dom Bosco. Mas desta vez há um motivo nobre, pois o Fundo Soberano de Angola faz entrega de computadores portáteis às crianças de Quitila, em Calulu, como extensão do programa Kamba Dyami Um portátil por Criança, das Escolas Dom Bosco, afectas à Igreja Católica, já em funcionamento em Luanda e Benguela, com patrocínio do fundo. Kamba Dyami, que na língua nativa kimbundu, falada no Norte de Angola, significa Meu Amigo, encontrou de facto muitos amigos em Quitila, ao todo são 200 crianças em idade escolar e ávidas por aprender a ligar, trabalhar e desligar um computador. O patrocínio do Fundo Soberano de Angola em responsabilidade social resulta do padrão adoptado por instituições de investimento pelo mundo capazes de assumir participações significativas em empresas, e os fundos soberanos possuem esta particularidade, tal como China Investment Corporation, Government Pension Fund Global (Noruega), Adu Dhabi Investment Authority, e outros, que adoptam melhores práticas de responsabilidade social corporativa. José Filomeno dos Santos pediu ao padre Santiago Christophersen, director das Escolas Dom Bosco e do Projecto Kamba Dyami, para alterar o roteiro da cerimónia. Ao invés de acontecer num ambiente ao estilo moderno, que fosse realizada debaixo de árvores que enfeitam a antiga fazenda Quitila, produzia café na era colonial, bem ao estilo e costume autóctone. E assim aconteceu. Debaixo de árvores, petizes como António Augusto, que estuda a terceira classe, falaram ao jornal Mercado sobre os seus sonhos, aspirações, ideias próprias de meninos. É a primeira vez que António toma contacto com um Kamba Dyami, foi assim que os petizes apelidaram o computador portátil. Ele está curioso, ansioso, para aprender a escrever e a jogar pelo computador, quer ser médico quando concluir os estudos da idade adulta, justifica que é assim que gosta de ajudar o próximo. Emília Alfredo estuda também a terceira classe, sonha ser professora dizendo que quer ensinar a ler, a escrever e a contar as crianças que puder. Pelo computador, ela quer aprender a escrever, diz que é a primeira curiosidade que gostaria de ver concretizada. A menina Esperança Maria, colega de Emília e de António, gostou do computador e não quer algo diferente das demais crianças: pensa em aprender a escrever, praticar jogos que ajudam no exercício da matemática. Sonha também ser professora, para ensinar o abecedário aos outros, a contar e a escrever. O patrocínio do Fundo Soberano de Angola em responsabilidade social resulta do padrão adoptado por instituições de investimento pelo mundo capazes de assumir participações significativas em empresas Os três frequentam a lavra e contam como é o dia-a-dia da vida agrícola. Sabem trabalhar com enxada, apesar de serem pequenos, levam da lavra para a casa produtos como banana, batatadoce, mandioca, feijão, milho, contam os petizes. E acrescentam que sabem também aplicar sementes sobre a terra de diferentes produtos agrícolas.

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