A LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO: REFLEXÕES A PARTIR DO ASSENTAMENTO FAZENDA NOVA TANGARÁ, UBERLÂNDIA (MG)

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1 A LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO: REFLEXÕES A PARTIR DO ASSENTAMENTO FAZENDA NOVA TANGARÁ, UBERLÂNDIA (MG) Lucimeire de Fátima Cardoso Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia UFU Bolsista CNPq ludageo@yahoo.com.br João Cleps Junior Professor do Instituto de Geografia Universidade Federal de Uberlândia jcleps@ufu.br INTRODUÇÃO A importância dos movimentos de luta pela terra, para a conquista e a construção de assentamentos rurais é fundamental para compreendermos o movimento de acesso à terra em nosso país. Dessa forma, os movimentos se apresentam como agentes atuantes, que com suas reivindicações e dinâmica de ocupações, são responsáveis pela possibilidade de conquista da terra por trabalhadores rurais, privados desse direito pelos grandes proprietários. O presente artigo tem como principal objetivo a compreensão da luta pela terra, bem como seus desafios, conquistas e dificuldades. Nessa perspectiva, o estudo do assentamento da Fazenda Tangará, em Uberlândia-MG, se faz pertinente, pois é uma das mais importantes áreas que foram ocupadas no Triângulo Mineiro. A ocupação da Fazenda Tangará representa um marco importante para o movimento de luta pela terra, uma vez que, a fazenda possui uma dimensão territorial de mais de ha, era uma área ocupada pela monocultura do eucalipto e a proprietária da fazenda era uma empresa denominada CIF Companhia de Integração Florestal, que recebeu vultosos recursos financeiros no período do governo militar para investimento em reflorestamento. A metodologia utilizada baseia-se em revisões teóricas e bibliográficas acerca da temática contemplada. Os trabalhos de campo foram fundamentais para a visualização in loco do cotidiano do assentamento rural. A importância do contato direto com a população, configura-se na necessidade da compreensão das dificuldades e conquistas que permeiam a luta pela terra e suas complexidades. A aplicação dos roteiros de entrevista foi o principal recurso metodológico utilizado para a compreensão da realidade e atividades cotidianas dos agricultores. É importante ressaltar que, a aplicação dos roteiros foi realiza com os assentados 1

2 que integram a ATTL (Associação Terra Trabalho e Liberdade), uma das associações do assentamento. Essa associação possui, em sua composição 56 famílias, dentre as quais 42 foram contempladas com a aplicação do roteiro. Portanto, o percentual abrangido corresponde a 75% da população total. A OCUPAÇÃO DA FAZENDA TANGÁRA: UM MARCO NA LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA A ocupação da fazenda Tangará traz aspectos relevantes ao longo do histórico de luta dos trabalhadores: a área pertencia a uma grande empresa do setor de reflorestamento - a Companhia de Integração Florestal (CIF) - que, além de pertencer a famílias tradicionais de Uberlândia, recebeu vultosos recursos financeiros do governo militar para investimento em reflorestamento. A Fazenda Tangará foi ocupada pela primeira vez no ano de 1999, tendo como cenário político a primeira gestão presidencial de FHC e Itamar Franco no governo de Minas Gerais. Em 23 de agosto de 1999 ocorre a primeira ocupação da Fazenda Tangará, ação que desencadeia o processo administrativo de discriminação de terra para verificação sobre o cumprimento da função social do imóvel, a partir do qual o INCRA por meio de vistoria constatou a improdutividade da área. A ocupação da Fazenda Tangará gerou uma grande repercussão social, tendo, inclusive, sido convocada pelo INCRA, uma audiência pública com vistas a fazer uma consulta à sociedade acerca do caso Tangará. (GOMES, 2004, p. 174). Com isso, verifica-se a importância dessa ocupação para o fortalecimento e reafirmação dos sem terra na região e a demonstração de enfrentamento frente aos grandes proprietários, presentes historicamente na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. A luta realizada na Tangará foi uma das primeiras ações do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra). A ação alcançou grande visibilidade, até mesmo nos meios de comunicação, uma vez que os sem terra demonstraram persistência e resistência frente às dificuldades enfrentadas na área ocupada. No ano de 1999, a área foi ocupada por aproximadamente 450 famílias, que foram organizadas a partir do trabalho de base realizada pelo MLST, sendo que a maioria era originária de bairros periféricos da cidade de Uberlândia. (GOMES, 2004, p. 174). Nesse primeiro momento a área ficou ocupada por 2

3 vinte dias, sempre contando com a vigilância de policiais militares, bloqueando a saída e a entrada de novas famílias e de alimentos. Segundo Fonseca: Considerada improdutiva, a ocupação da Tangará (5.097,6098 ha) foi a maior já registrada na região (450 famílias). No segundo dia houve um cerco na estrada por fazendeiros e polícia com o intuito de impedir a entrada de alimentos e novas famílias. Em massa, os trabalhadores de dentro e de fora da fazenda, obrigaram os bloqueadores ao recuo, garantindo domínio sobre o território. O acampamento passou a ser vigiado 24 horas por dia pela Polícia (FONSECA, 2001, p. 119). A primeira liminar de despejo foi concedida aos proprietários em 10 de setembro de 1999 onde os trabalhadores foram obrigados a deixar a área ocupada. Entretanto, no dia 13 de março de 2000, foi realizada a segunda ocupação da Fazenda Tangará, essa ação contou com a participação de aproximadamente 700 famílias. A segunda ocupação gerou violentos e relevantes embates entre os sem terra e a Polícia Militar, que contou com um aparato significativo, tais como helicópteros, tropa de elite da corporação, dentre outros instrumentos, para cumprir a reintegração de posse da propriedade. Porém, os trabalhadores resistiram e não desocuparam a área. Em 2001, após alguns meses de ocupação e resistência por parte dos trabalhadores, a situação começa a ter uma nova configuração, sendo que: [...] após 20 meses da segunda ocupação e após 9 meses da tomada e paralisação da empresa, com o descumprimento da liminar de reintegração de posse, entre a pressão dos ruralistas e dos sem terras, o proprietário anuncia a disposição de negociar com o INCRA todo o imóvel (FONSECA, 2001, p. 121). A partir desse conflito, é notável a necessidade que os ruralistas da região tinham em não permitir a desapropriação da Fazenda Tangará, uma vez que essa conquista promoveria o movimento e incentivaria novas lutas por terra na região. Apesar de toda a resistência dos fazendeiros, muitas vezes aliados ao Poder Judiciário, a fazenda foi desapropriada e adquirida pelo INCRA no ano de A área da fazenda, com cerca de 5 mil hectares, foi então desapropriada em 09/05/2002. O valor estipulado pela fazenda foi de R$ 13 milhões, sendo 3 milhões pagos em dinheiro correspondentes às benfeitorias e à plantação de eucaliptos, e 3

4 R$ 10 milhões pagos por meio de títulos da dívida agrária. O assentamento foi oficializado e a divisão dos lotes ocorreu em janeiro de O P. A. Fazenda Nova Tangará está localizado no Km 33 da rodovia BR 497, no município de Uberlândia (Mapa 2). Mapa 1 P. A. Fazenda Nova Tangará no município de Uberlândia (MG). A CRIAÇÃO DO ASSENTAMENTO RURAL: CONQUISTAS E DESAFIOS Ao refletirmos sobre o estudo do P.A. Fazenda Tangará e a Reforma Agrária no Brasil percebemos que luta pela terra por meio das ocupações e a criação do assentamento têm-se configurado como formas de resistência e enfrentamento ao modelo econômico e 4

5 social imposto pelo sistema capitalista, assim como a situação de miséria e precariedade em que se encontram milhões de brasileiros. As ocupações, como uma forma de acesso à terra, estratégia comum aos movimentos, além de serem uma expressão de luta conjunta são também um ato político e social, uma vez que pressionam as autoridades a resolver o problema posto, ou seja, a distribuição de terras e a desconcentração fundiária. No entanto, a chamada reforma agrária realizada no Brasil é concebida como uma medida paliativa, ou seja, apenas como meio de atender às reivindicações e focos de tensões geradas pelos movimentos de luta pela terra, pelas ocupações de áreas improdutivas. Não pode ser considerada como reforma no sentido estrito da palavra, uma vez que não muda a estrutura agrária em nosso país. Essa realidade provocou uma distribuição espacial generalizada de assentamentos rurais por todas as regiões do país, com assentamentos cercados de latifúndios por todos os lados. Esse desarranjo é uma das muitas evidências da não existência de uma política de reforma agrária. Pois o que determinou a implantação desses assentamentos foram lutas populares e conjunturas políticas e não um projeto estruturado pelo Estado (FERNANDES, 2003, p.39). A reforma agrária pode ser vista apenas como política compensatória de criação de assentamentos rurais, conforme é analisada por Fernandes (2003). Contudo, apesar de todas as dificuldades, os assentamentos têm alcançado posição de destaque e influência nos municípios nos quais estão inseridos, uma vez que se constituem em espaços de consolidação e aumento da população no meio rural. De acordo com Medeiros (2003, p ), de alguma forma, o aumento da população municipal decorrente da criação de assentamentos implica, em alguns casos, ampliação do mercado de trabalho e de consumo, dinamizando o comércio local, incremento da arrecadação de impostos, etc.. A luta pela sobrevivência e reprodução, nos assentamentos de reforma agrária, é uma realidade árdua, onde: [...] as unidades criadas são espacialmente dispersas, muitas vezes sem nenhuma infra-estrutura viária (dificultando ou mesmo inviabilizando mercados para os produtos gerados), com apoio financeiro, de assistência técnica, sanitário e educacional em geral muito deficientes (LEITE, 2000, p. 42). 5

6 Nos projetos de assentamento rural a situação dos agricultores é bastante adversa, principalmente no período em que eles se configuram, ainda, como acampamentos, pois nesse momento não contam com apoio governamental, no que se refere aos créditos e assistência técnica.tais fatores dificultam o desenvolvimento das atividades produtivas, principalmente a produção de alimentos, principalmente na fase de acampamento, seja pela incerteza na divisão dos lotes, seja também pela baixa qualidade das terras e ausência de créditos ou de infra-estruturas onde a maioria não consegue produzir para sua própria subsistência. Outra dificuldade comum aos assentamentos consiste na falta de infraestrutura viária; conforme Medeiros (2003, p. 82), dificultando ou mesmo inviabilizando acesso a mercado para os produtos gerados e locomoção dos assentados, principalmente a distribuição da produção dos assentados para os mercados, com a elevação dos custos, tornando-os menos competitivos no mercado local. Os problemas precisam ser superados, porém o trabalho coletivo realizado encontra diversos entraves na sua consolidação e ampliação, uma vez que: [...] a ordem capitalista tem valorizado cada vez mais as práticas individuais, aumentando o descrédito nas práticas coletivas, principalmente aquelas voltadas para organização econômica e produtiva. A sociedade capitalista, assentada na concorrência e na livre iniciativa, faz com que os princípios de solidariedade e da cooperação se tornem um meio pouco eficiente de organização social. Portanto, numa sociedade onde os valores individuais assumem cada vez mais importância, os ideais de trabalho comunitário e coletivo, participação e cooperação tornam-se cada vez mais difíceis de serem colocados em prática (FABRINI, 2003, p. 80). Os assentados se deparam com diversos obstáculos para a manutenção e reprodução sócioeconômica em seus lotes havendo, para isso, a necessidade de criar formas alternativas de organização, tanto na produção quanto na comercialização dos seus produtos, no mercado consumidor. Nessa perspectiva é que o trabalho coletivo apresenta-se como uma importante ferramenta nas relações produtivas, ou seja, um caminho viável, em contraposição ao trabalho individual. 6

7 A partir do caso estudado sobre a experiência coletiva de produção iniciada no P.A. Fazenda Tangará, a oposição entre o trabalho individual e o coletivo, é expressa pelo MTL por meio de seu Manifesto, conforme fragmento a seguir: O caminho da produção individual apresenta mais espinhos e muito menor viabilidade econômica do que o caminho da produção coletiva. O pequeno proprietário individual, no campo ou na cidade, tende a desenvolver ideologias voltadas para acumulação de capital e para a exploração do trabalho alheio. Além disso, por sua fragilidade econômica, apresenta muito mais rapidamente a possibilidade de ir à falência. Consideramos, portanto, que o enfrentamento com o problema da produção só pode ter chance de sucesso através da organização de empresas coletivas baseadas no trabalho solidário de seus membros, sem a utilização do trabalho assalariado ou de qualquer outra forma de exploração do trabalho alheio, consorciando iniciativas espalhadas em todo país, que vise constituir um mercado alternativo de massas (Manifesto do MTL, 2002, s/p). Contudo, na prática, apesar de a maioria dos assentados ter a consciência de que o trabalho coletivo é facilitador nas atividades, ele é realizado com muita dificuldade, especialmente devido a questões culturais e falta de experiência para o trabalho em grupo: são poucas as pessoas que querem trabalhar no coletivo, mesmo porque isso já vem desde o nascimento, é o individual. Coletivo, assim pra pessoa acostumar a trabalhar todos com a mesma idéia é difícil, então acho que... é cultural. (Assentado 1). Essas dificuldades são concretas, ou seja, os problemas de convivência, de produção e os entraves que surgem durante o acampamento, mas especialmente durante o assentamento, são desafios que permeiam a vida dos assentados e apresentam-se como obstáculos a serem superados para o avanço das áreas de reforma agrária. 7

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A atuação dos movimentos de luta pela terra no país e no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba é uma questão que merece ser estudada e reconhecida, pois é a partir da luta e resistência que muitos trabalhadores rurais conseguem o acesso à terra. O presente trabalho possibilitou a compreensão da evolução dos movimentos de luta pela terra, bem como as transformações territoriais que a dinâmica dos assentamentos engendram nos espaços agrários. A pesquisa no assentamento possibilitou perceber a complexidade das relações, que são construídas entre os assentados, bem como a heterogeneidades dos sujeitos e os desafios de convivência, de organização e de construção de um projeto coletivo que consiga agregar tantos sujeitos com perspectivas, anseios e posturas diferenciadas, pois além das dificuldades de recursos financeiros e assistência técnica, a convivência harmoniosa no grupo apresenta-se também como um grande desafio após a conquista da terra. A criação dos assentamentos constitui-se num avanço na luta pela reforma agrária, apesar de sua criação apenas não ser suficiente, uma vez que é apenas o começo de grandes desafios, é um progresso que precisa ser valorizado e a partir dessa conquista, a possibilidade do rompimento de relações expropriadoras que sempre permearam a vida dos trabalhadores rurais sem terra. O P. A. Fazenda Nova Tangará é um marco na luta pela terra no Triângulo Mineiro, configura-se em território de desafios, pois foi palco do enfrentamento entre o latifúndio e os trabalhadores rurais, que buscaram mudanças a partir das rupturas e embates com os grandes proprietários de terra na região. REFERÊNCIAS FABRINI, J.E. A resistência camponesa nos assentamentos de sem-terra. Cascavel: Edunioeste, p. FERNANDES, B. M. A formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes, O MST e os desafios para a realização da reforma agrária no governo Lula. OSAL, n. 11, p.37-53, maio/ago Disponível em: < Acesso em: 21. ago

9 FONSECA, J. B. Reforma Agrária e sustentabilidade: luta pela terra, realidade e perspectivas dos assentamentos rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Dissertação (Mestrado em Economia) Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, GOMES, R. M. Ofensiva do capital e transformações no mundo rural: A resistência camponesa e a luta pela terra no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, LEITE, S. Impactos Regionais da Reforma Agrária no Brasil: aspectos políticos, econômicos e sociais. In: Reforma agrária e desenvolvimento sustentável. Brasília: Paralelo 15/Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento/Ministério do Desenvolvimento Agrário, p , LEITE, S. et al. Impactos dos assentamentos: um estudo sobre o meio rural brasileiro. São Paulo: Ed. UNESP/NEAD/INCRA/MDA, p. MEDEIROS, R. M. V. Território, espaço de identidade. In: SAQUET, M. A. SPOSITO, E. S. (org). Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, p. p MEDEIROS, L.S. Reforma Agrária no Brasil. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, p. MITIDIERO JR., M.A. O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e as contradições da luta pela terra no Brasil f. Dissertação (Mestrado em Geografia) Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, MOVIMENTO TERRA TRABALHO E LIBERDADE. Manifesto do Movimento Terra Trabalho Liberdade. Disponível em: < Acesso em: 16 abr

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