A DINÂMICA DA LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA: avaliação do período de 2001 a

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1 A DINÂMICA DA LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA: avaliação do período de 2001 a JOÃO CLEPS JUNIOR Prof. do Instituto de Geografia IG/UFU Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais NEAT Laboratório de Geografia Agrária LAGEA jcleps@ufu.br ANDRÊZA GOMES DE SOUZA CAMILLA FERREIRA GOUVEIA EDUARDO ROZETTI DE CARVALHO GILBERTA MARIA P. O. S. BENEDETTI PAULO ROBERTO GARCIA RAPHAEL MEDINA RIBEIRO Resumo: O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar os resultados da pesquisa sobre os movimentos de luta pela terra na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba no período de 2001 a Foram analisados os dados sobre os movimentos socioterritoriais, as ocupações de terras e os assentamentos legitimados na região. A metodologia consiste na consulta, sistematização e conferência diária das informações obtidas nos informes dos principais movimentos e em fontes da mídia impressa e eletrônica de Minas Gerais e região. Em Minas Gerais, atuam mais de 18 movimentos socioterritoriais, sendo que no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba atuam cerca da metade desses movimentos. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra MST é, atualmente, o maior movimento individual de luta na região, perfazendo aproximadamente 40% das ocupações no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. Por meio do estudo e sistematização das ocupações de terras, é possível observar as ações territorializadas dos movimentos. A pesquisa mostra a forte relação das ações de legitimação dos assentamentos com as ocupações realizadas pelos diferentes movimentos de luta. Também demonstra que os focos de tensões coincidem com as áreas de maior concentração da propriedade rural e em áreas de maior concentração da desigualdade sócio-econômica regional. As ocupações de terras estão concentradas no município de Uberlândia, alcançando cerca de 30% das ações realizadas no período Com relação aos assentamentos realizados pelo INCRA, verificou-se que foram implantados 27 projetos, sendo que cerca de 35% estão instalados no município de Uberlândia. Palavras-chave: Reforma Agrária, Movimentos Socioterritoriais, Ocupações de Terras, Assentamentos Rurais, Projeto DATALUTA-MG. 1 Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais NEAT e Laboratório de Geografia Agrária LAGEA/UFU.

2 1 INTRODUÇÃO O objetivo principal deste trabalho é analisar a luta pela terra na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba no período de 2001 a 2005, enfocando a dinâmica dos principais movimentos socioterritoriais, as ocupações e os assentamentos implantados na região. O período compreendido pela análise justifica-se devido os dados sobre a ação dos movimentos socioterritoriais estarem sistematizados somente a partir do ano 2000, sendo possível estabelecer a sua relação com as ocupações promovidas pelos movimentos diferenciados e os assentamentos rurais legitimados. Cabe ainda destacar, que o projeto é desenvolvido no Laboratório de Geografia Agrária LAGEA, do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia UFU, em convênio com o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos sobre Reforma Agrária NERA, do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP, Campus de Presidente Prudente. 2 DISCUSSÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA 2.1 A QUESTÃO AGRÁRIA E A LUTA PELA TERRA Para a compreensão da dinâmica da luta pela terra e das diversas ações e estratégias de atuação dos movimentos socioterritoriais organizados pelo país, bem como, refletir sobre as conquistas e desafios relativos à democratização do acesso a terra no país, torna-se necessário considerar alguns elementos que compõem a questão agrária. Nossa análise da realidade do campo brasileiro considera a tese do desenvolvimento contraditório e desigual do capitalismo no campo, na medida em que a reprodução das relações tipicamente capitalistas de produção engendra, ao mesmo tempo, a criação e recriação de relação não-capitalistas de produção, iguais e contraditoriamente necessárias à reprodução ampliada do capital (OLIVEIRA, 1991; 2004).

3 Nos liames do processo de desenvolvimento capitalista no campo, ocorre continuamente a criação e recriação do campesinato, que de forma contraditória e combinada enfrenta situações de sujeição e resistência. Nesse contexto, Fernandes (2006) assinala que os camponeses desenvolvem sua estratégia de criação política enquanto classe social: a luta pela terra; sendo que no passado e no presente as ocupações têm representado a principal forma de acesso à terra. O papel social desempenhado pelos camponeses na sociedade capitalista expresso, por exemplo, nas lutas e reivindicações dos movimentos sociais do campo, demarca um elemento importante presente na questão agrária durante a década de 1990 e o início desta, qual seja, o embate/disputa por distintos modelos de desenvolvimento para o campo brasileiro, que acabam por envolver o conjunto da sociedade, na esfera econômica, política e social. Em cada estado brasileiro a questão agrária se manifesta, principalmente, nas ocupações e nos acampamentos, nas estradas e nas praças. Igualmente está presente nos latifúndios, no agronegócio e nas commodities ; nas teses, livros e relatórios. No dia-a-dia é exposta nas manchetes dos jornais e de todas as mídias que explicitam a sua conflitualidade. (FERNANDES, 2006). Os movimentos de luta pela terra e as comunidades de agricultores camponeses projetam um modelo de desenvolvimento baseado na fixação e permanência da população no campo, com sua atividade agrícola voltada em grande medida ao abastecimento alimentar do país. As reivindicações dos movimentos sociais, associações de agricultores e entidades que lutam pela reforma agrária alcançam os setores de educação, saúde, meio ambiente, produção, buscando assim, reestruturar e valorizar a vida social no campo, concebendo este espaço para a além da sua dimensão agrícola. Os assentamentos rurais, conquistados mediante a ocupação de terras e a pressão sobre os governos federais, têm sinalizado para a dinamização das economias locais e regionais, além da melhoria das condições de vida de milhares de famílias no país. A agricultura capitalista ou, nos termos atuais, o agronegócio projeta um modelo distinto para o desenvolvimento do campo brasileiro, assentado sob a matriz do produtivismo, isto é, a produção em grande escala sob a forma de monoculturas, direcionado em grande proporção à exportação. A concentração de terras e riquezas, o

4 processo de expropriação de trabalhadores do campo em razão da intensa mecanização e uso de tecnologias, bem como a emergência de centenas de conflitos no campo, têm manifestado nos últimos anos os efeitos sociais e ambientais desse modelo produtivo. Dessa forma, a questão agrária revela os embates estabelecidos entre os distintos modelos de desenvolvimento da agricultura no país, que expõem o jogo de forças existentes no seio da sociedade brasileira e trazem à tona os interesses e anseios de classes sociais distintas: os movimentos de luta pela terra/agricultores camponeses e os empresários do agronegócio/latifundiários. A despeito de conjunturas políticas menos ou mais favoráveis ao avanço da luta pela terra, o expressivo número de movimentos socioterritoriais atuantes, de ocupações de terras realizadas e de famílias e militantes que se envolvem nas mobilizações, têm demarcado o espaço/território dos grupos sociais que lutam pela democratização do acesso à terra no país. 2.2 METODOLOGIA DO BANCO DE DADOS DA PESQUISA DATALUTA A coleta de informações para o Banco de Dados da Luta pela Terra DATALUTA-MG aqui apresentada resultou do levantamento de dados em escala municipal e a sua representação em três escalas geográficas - nacional, estadual e microrregional - que estão correlacionadas a três versões: ocupações, assentamentos e movimentos socioterritoriais. Para este artigo, foram analisadas as ocupações e assentamentos rurais em nível municipal da Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. A delimitação regional adotada na pesquisa DATALUTA-MG parte da divisão elaborada pelo IBGE (1990), que apresenta o Estado de Minas Gerais dividido em 12 Mesorregiões e 66 Microrregiões Geográficas. Adota-se a denominação Triângulo Mineiro a Mesorregião Geográfica Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, composta pelas

5 7 microrregiões (MRGs IBGE 17, 18, 19, 20, 21, 22 e 23): Ituiutaba, Uberlândia, Patrocínio, Patos de Minas, Frutal, Uberaba e Araxá 2. Em termos mais amplos para o Estado de Minas Gerais, a pesquisa DATALUTA realiza o levantamento diário em 16 fontes da mídia disponível em meio eletrônico. Para o Triângulo Mineiro, foram consultados o Estado de Minas (Belo Horizonte) e Correio (Uberlândia), além dos informes específicos dos movimentos sociais. Destaca-se, porém, que nem todas as ocupações de terras que são catalogadas no banco de dados (DATALUTA) apresentam a identificação dos movimentos socioterritoriais devido à omissão nas fontes. Assim, neste trabalho são analisadas apenas as ocupações onde são identificados os movimentos atuantes. A representação gráfica e cartográfica é feita por meio de mapas, gráficos, tabelas e quadros gerados pelo DATALUTA, que possibilita a compreensão dos processos de espacialização e territorialização da luta pela terra. Na etapa de sistematização, é feita uma leitura geográfica desses processos como, por exemplo, a organização dos dados em diferentes escalas geográficas e a leitura da produção do espaço geográfico. Por último, como referencial teórico da pesquisa, as leituras teóricas sobre a questão agrária permitem dar suporte para a compreensão socioespacial da luta pela terra e a reforma agrária no Brasil. São referências importantes para análise das ações dos movimentos socioterritoriais que permitem contribuir para a compreensão da dinâmica da luta pela terra na região e no Estado de Minas Gerais. 3 A DINÂMICA DA LUTA PELA TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO 3.1 AS OCUPAÇÕES DE TERRAS No Brasil, especialmente no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, a ocupação de terras tornou-se um importante meio de acesso à mesma, bem como uma alternativa de 2 Esta divisão coincide também com as Regiões de Planejamento Triângulo (RP 4 35 municípios) e Alto Paranaíba (RP 5 31 municípios) elaborada pela Fundação João Pinheiro, do Governo de Minas Gerais em 2000.

6 pressionar o estado para a realização da reforma agrária (CARVALHO, CLEPS JUNIOR, 2006). De acordo com os dados coletados pelo Projeto DATALUTA/MG, sobre as ocupações de terras no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, no que concerne às informações que apresentam os movimentos socioterritoriais que praticaram à ação de ocupação, foram verificados que em 17 dos 66 municípios que fazem parte da área estudada, ocorreram ocupações de terras de 2001 a 2005 (Tabela 1). Foi possível observar a ocorrência de um pequeno decréscimo seguido de um novo aumento das ocupações de terras com movimentos identificados nas ações, tanto que registramos respectivamente nos anos de 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005, 12, 6, 5, 6 e 10 ocupações, com o acumulado de 1.315, 337, 553, e 796 famílias atuando nessas ações. Tabela 1: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Ocupações de terras e Famílias de por município MUNICÍPIO Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam Araguari Araxá 1 70 Campina Verde 1 23 Canápolis Gurinhatã Ituiutaba 1 56 Iturama 1 30 Monte Alegre de Minas Patrocínio Perdizes Prata Sacramento Santa Vitória Tiros 1 68 Uberaba 1 30 Uberlândia Veríssimo Total Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, De acordo com a tabela 2, que durante o período de , o município de Uberlândia destacou-se dos demais com 11 das 39 ocupações em seu território,

7 perfazendo um total de 28%. Além disso, esse município lidera o número acumulado de famílias nas ocupações de terras com de um total de 4.237, que equivale a 30%. Tabela 2: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Acumulado das Ocupações e Número de Famílias por município entre MUNICÍPIO Total Ocupações Famílias Araguari Araxá 1 70 Campina Verde 1 23 Canápolis Gurinhatã Ituiutaba 1 56 Iturama 1 30 Monte Alegre de Minas Patrocínio Perdizes Prata Sacramento Santa Vitória 2 78 Tiros 1 68 Uberaba 1 30 Uberlândia Veríssimo Total Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, Em decorrência da elaboração do mapa de distribuição das ocupações de terras no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba demonstrado na figura 1, constatou-se que Uberlândia foi o único município que sofreu ocupações de terras em todos os anos analisados. Isso demonstra que os movimentos socioterritoriais locais estão centralizados neste município para desenvolver e manifestar a luta pela terra, uma vez que este é considerado o mais importante da área de estudo. Os municípios que sofreram ocupações de terras constituem grandes propriedades. Fator esse central, na dinâmica das ocupações que focam a recolocação do camponês/agricultor expropriado para a reforma agrária.

8 TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA: DISTRIBUIÇÃO ANUAL DAS OCUPAÇÕES DE TERRAS ENTRE Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, Figura 1 Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Ocupações de Terras Ao apresentar a ocupação como forma de acesso à terra, devemos compreendê-la como uma ação de resistência ligada essencialmente à formação camponesa no interior do processo de desenvolvimento do capitalismo, conforme destaca Oliveira (1991). Por meio da ocupação da terra, os trabalhadores se socializam, lutando contra o capital e subordinando-se a ele mais uma vez, visto como apresenta Martins (1981) ao ocuparem e conquistarem a terra, os trabalhadores se inserem novamente na produção capitalista das relações não capitalistas de produção.

9 Segundo Fernandes (2000), os trabalhadores rurais consideram as ocupações o seu espaço/momento de luta e resistência, construído cotidianamente a partir do enfrentamento com os latifundiários e o Estado. Tendo em vista que os camponeses engajados em movimentos de vasta representatividade e de melhor organização, articulam ações e manifestações que visam à garantia de sua sobrevivência e seu direito de voz na sociedade capitalista. Pela ocupação de terras, os trabalhadores rurais pressionam o Estado e elites a realizar projetos, direcionar recursos para a agricultura familiar, em conseqüência se desenvolvem politicamente entre os movimentos sociais, se internacionalizam e adquirem características peculiares, como sua autonomia sobre o processo produtivo. As ocupações e ações promovidas na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, assim como em outras áreas abrangentes no Estado de Minas Gerais, configuram-se e foram construídas localmente, sendo portanto necessário remeter-se ao conceito território para considerar as ações de resistência localmente estabelecidas. Partindo deste principio, compreendem-se como os movimentos dos trabalhadores rurais sem terras tornaram-se símbolo e referência de luta tanto em meios rurais quanto no meio urbano. Outra observação a cerca da atuação camponesa refere-se a sua disposição para com a concretização de eventos e manifestações (marchas, encontros), o que determina e evidencia o fato social/político e institui bases sólidas ao movimento sem terra no âmbito nacional, promovendo uma repercussão de sua eficiência e capacidade de se organizar, uma vez que as manifestações menores e isoladas não produzem impacto que possibilitem transformações concretas para sua sobrevivência. As ocupações e ações promovidas na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, assim como em outras áreas abrangentes no Estado de Minas Gerais, configuram-se e foram construídas localmente sendo, portanto, importante remeter-se ao conceito território para considerar as ações de resistência localmente estabelecidas.

10 3.2 OS MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS No Triângulo Mineiro/AltoParanaíba, nas últimas décadas, ocupações de latifúndios improdutivos tem sido a principal ação da luta dos movimentos socioterritoriais, pois ela é uma forma de pressionar o governo a acelerar o processo de reforma agrária (CARVALHO, CLEPS JUNIOR, 2005). É importante observar que, por meio das ocupações, os trabalhadores sem-terra espacializam a luta, conquistando a terra e territorializam à ação de seus movimentos com o objetivo de desenvolver e potencializar a influência dos movimentos socioterritoriais. Entre 2001 a 2005 foram catalogados 10 movimentos socioterritorias nas ocupações de terras no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (Tabela 3). Entre eles, destacam-se: 1) Caminho, Campo e Liberdade - CCL; 2) Confederação de Libertação dos Sem Terra - CLST; 3) Sindicato dos Trabalhadores Rurais - STR, ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG; 4) Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais - FETAEMG; 5) Federação dos Sem Terra - FST; 6) Liga dos Camponeses Pobres do Centro Oeste - LCPCO; 7) Movimento de Libertação dos Sem Terra Luta - MLSTL; 8) Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST; 9) Movimento Terra, Trabalho e Liberdade MTL; 10) Movimento dos Trabalhadores Rurais - MTR. Tabela 3: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Ocupações de terras e Famílias de por movimento socioterritorial MOVIMENTO SOCIAL Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam Ocup Fam CCL CLST 1 40 STR / CONTAG FETAEMG FST LCPCO MLSTL MST MTL MTR 1 30 Total Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, 2007.

11 Dentre os movimentos de luta, se destacam o MST, o MLSTL, o MTL, o STR/CONTAG e a FETAEMG, que participaram respectivamente 12, 6, 5, 5 e 4 ocupações totalizando, respectivamente, 1164, 1130, 507, 841 e 105 famílias em ações de luta pela terra (Tabelas 3 e 4). Tabela 4: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Acumulado das Ocupações e Número de Famílias por movimento socioterritorial entre MOVIMENTO SOCIAL Total Ocupações Famílias CCL CLST 1 40 STR / CONTAG FETAEMG FST LCPCO MLSTL MST MTL MTR 1 30 Total Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, No Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, os movimentos socioterritoriais citados realizaram ocupações de terras em 17 dos 66 municípios. (Figura 2). Por outro lado, os movimentos socioterritoriais apresentaram espacializações diferenciadas dos municípios onde ocuparam, sendo pouco observado uma mesma territorialidade entre esses movimentos. Neste sentido, alguns têm suas ações mais territorializadas, atuando em diversos municípios da área estudada (MST, MLSTL e o MTL). Outros são locais, atuando muitas vezes em apenas um município (MTR, CCL e o CLST).

12 TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA: DISTRIBUIÇÃO DAS OCUPAÇÕES DE TERRAS DE POR MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, Figura 2 Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Ocupações de Terras por Movimentos Socioterritoriais

13 3.3 OS ASSENTAMENTOS RURAIS A experiência dos assentamentos na atualidade constitui-se numa das principais justificativas das potencialidades encerradas por uma política de reforma agrária, ao mesmo tempo em que inauguram um espaço no qual, a complexidade das relações sociais exige um novo tratamento por parte das políticas públicas a serem implantadas. O assentamento como um território conquistado na luta constitui uma nova coletividade, marcada pela confluência de trajetórias individuais que ao se manifestarem denotam a diversidade de um público que no momento da luta se via e era visto unificado em torno da identidade de sem-terra. A conquista da terra inaugura um novo tempo, onde a condição de assentado traz a tona às expectativas individuais em torno do viver e do produzir na terra (ROS, 2002). Em referência aos assentamentos oficializados no Triângulo Mineiro no ano de 2001 e apresentados na Tabela 5, pode-se verificar a ocorrência de quatro Projetos de Assentamentos (PA) legitimados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA: o PA Maringá-Monte Castelo, localizado no município de Uberlândia, com 60 famílias em uma área de 999 hectares, o PA Nova Rosada, em Gurinhatã, com 64 famílias e com área total de hectares, o PA Douradinho, em Ituiutaba, com 17 famílias e uma área de 553 hectares e o PA Nova São José Da Boa Vista, localizado em Campina Verde, com 28 famílias e área de 963 hectares. Destes, verifica-se que o número de hectares distribuídos para cada família de assentados foi diferente, uma vez que no PA Nova Rosada e no PA Douradinho cada família ficou com aproximadamente 32 hectares, no PA de Maringá Monte Castelo a média para cada família foi de 16 hectares e no PA Nova São José da Boa Vista a média foi de 34 hectares.

14 ANO MUNICÍPIO Tabela 5: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba Assentamentos Legitimados, NOME DO PROJETO DE ASSENTAMENTO NÚMERO DE FAMÍLIAS ÁREA (ha) UBERLÂNDIA MARINGÁ-MONTE-CASTELO ITUIUTABA DOURADINHO CAMPINA VERDE NOVA SÃO JOSÉ DA BOA VISTA GURINHATÃ NOVA ROSADA SANTA VITÓRIA NOVA JUBRAN SÃO FRANCISCO DE SALES BOA VISTA UBERLÂNDIA NOVA TANGARÁ UBERLÂNDIA FLÁVIA NUNES ITUIUTABA NOVA PÂNTANO MARIANO UBERABA TEREZA DO CEDRO UBERLÂNDIA CANUDOS UBERLÂNDIA EMILIANO ZAPATA PERDIZES BOM SUCESSO II CAMPOS ALTOS SANTA CECÍLIA COROMANDEL RECANTO DOS PÁSSAROS LIMEIRA DO OESTE RESERVA UBERLÂNDIA PACIÊNCIA UBERABA DANDARA VERISSIMO RIO DO PEIXE PRATA SIDAMAR PRATA PAULO FARIA CAMPO FLORIDO FRANCISCA VERAS PRATA NOVA CACHOEIRINHA UBERLÂNDIA JOSÉ DOS ANJOS VERISSIMO 21 DE ABRIL UBERLÂNDIA FLORESTAN FERNANDES VERISSIMO IRMÃ DOROTY Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, De acordo com os dados DATALUTA, em 2002 houve apenas dois assentamentos regularizados pelo INCRA. No PA Nova Jubran, localizado em Santa Vitória, foram assentadas 148 famílias em uma área de ha, distribuindo dessa maneira uma área de aproximadamente 36 hectares por família. No PA Boa Vista, localizado em São Francisco de Sales, foram assentadas 17 famílias em uma área de 464 hectares, perfazendo uma área média de 27 ha. por família. No ano de 2003 o INCRA regularizou apenas um assentamento, o PA Nova Tangará, localizado no município de Uberlândia, com área de hectares, sendo distribuída entre 250 famílias na qual, cada uma recebeu aproximadamente 20ha.

15 Em 2004 foram regularizados cinco assentamentos em três municípios do Triângulo Mineiro, sendo: Uberlândia: PA Flávia Nunes, com 17 famílias e área de 433 hectares, PA Canudos, com 24 famílias e área de 585 hectares e PA Emiliano Zapata, com 24 famílias e área de 645 hectares; Ituiutaba: PA Novo Pântano Mariano, com 17 famílias e área de 837 hectares; Uberaba: PA Tereza do Cedro, com 30 famílias e área de 972 hectares. Neste mesmo ano o número de Projetos de Assentamentos legitimados, foi maior do que nos anos anteriores (2001, 2002, 2003), totalizando cinco assentamentos e destes, três no município de Uberlândia. Ao se comparar o PA Flávia Nunes e PA Nova Pântano Mariano, percebe-se que a área disponibilizada para cada família nos assentamentos foi diferente. Nos dois assentamentos o número de famílias foi o mesmo (17), porém, enquanto que no PA Flávia Nunes a área recebida foi 433 hectares, no PA Nova Pântano Mariano a área é quase o dobro da área do primeiro, 837 hectares. Percebe-se que o PA Flávia Nunes cada família recebeu em torno de 25 hectares e no PA Nova Pântano Mariano, cada família recebeu 49 hectares, exatamente o dobro. No ano de 2005, foram regularizados 15 assentamentos pelo INCRA nessa região, sendo que destes os municípios de Uberlândia, Prata e Veríssimo concentraram o maior número de assentamentos por município, cada um com três assentamentos reconhecidos. O PA Paulo Faria, possui o maior número de famílias assentadas (310) e a maior área (5.854ha) se comparado aos outros assentamentos legalizados no mesmo ano (2005). Já o PA Dandara, localizado no município de Uberaba, ao contrário, apresentou o menor número de famílias assentadas (20) e menor área (479ha), se comparado aos outros assentamentos legalizados no mesmo ano. Ainda, de acordo com o Gráfico 1, em 2005, ao totalizar o número de famílias assentadas por municípios nos PA s oficializados, o município do Prata foi destaque, com 415 famílias.

16 Gráfico 1: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: Número de Famílias Assentadas no ano de 2005 Nº de Famílias assentadas no ano de 2005 nas regiões do T. Mineiro e Alto Paranaíba Perdizes Coromandel Uberaba Campos Altos Limeira do Oeste Prata Campo Florido Uberlândia Veríssimo Nº de Famílias Municípios Fonte: Projeto DATALUTA-MG/ LAGEA-UFU, Nos anos analisados ( ), o município de Uberlândia concentrou o maior número de ocupações (11) e assentamentos criados (8), mostrando que os municípios onde os movimentos socioterritoriais realizam mais ocupações são também onde se efetivam os assentamentos. Uberlândia teve assentamentos oficializados em quatro dos cinco anos analisados e apenas no ano de 2002 não houve assentamento legitimado. Diante disso, pode-se inferir que onde há maior pressão por parte dos movimentos, há também maior número de assentamentos legitimados por parte do Incra e do Governo.

17 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a pesquisa DATALUTA, a ocupação da terra é uma forma de intervenção dos trabalhadores no processo político e econômico de expropriação da terra. A ocupação de terras deve ser vista como uma ação que os trabalhadores sem-terra desenvolvem, lutando contra a exclusão causada pelos capitalistas e/ou pelos proprietários de terra. A ocupação é, portanto, uma forma de materialização da luta de classes. A formação dos movimentos socioterritorias é uma das formas encontradas para essa materialização ser desenvolvida. Neste sentido, os movimentos de luta pela terra têm demarcado um território importante na sociedade brasileira, a partir de reivindicações e mobilizações pelo avanço da reforma agrária, da pressão sobre o governo federal pela criação de políticas públicas nos setores de produção, educação, saúde, etc, que atendam as demandas dos movimentos e das famílias assentadas, impulsionando dessa maneira, um novo modelo de desenvolvimento ao campo brasileiro, pautado pelos valores e práticas da agricultura camponesa. As ocupações de terras e a conseqüente implementação dos assentamentos representam a conquista e o avanço das ações dos movimentos de luta pela terra, em direção à democratização do acesso a terra no Brasil, a partir do tensionamento e do enfrentamento com as forças políticas e econômicas que dominam e influenciam a estrutura política, jurídica e econômica do estado brasileiro, notadamente expressa pelos interesses de grupos econômicos que concentram terras e riquezas no país (a exemplo dos latifundiários). Por sua vez, a efetivação dos assentamentos rurais na região do Triângulo Mineiro, no período analisado, na sua maior parte, é resultado das pressões dos movimentos de luta pela terra e, de acordo com a pesquisa, possui forte relação com as ocupações de terras.

18 5 REFERÊNCIAS CARVALHO, E. R.; CLEPS JR., J. A Territorialização da Luta pela Terra em Minas Gerais: O projeto DATALUTA e a compreensão dos movimentos sociais do campo. In: VI Encontro Nacional da ANPEGE, Fortaleza, CARVALHO, E. R.; CLEPS JR., J.; RICETO, A. Territorialização da Luta pela Terra em Minas Gerais: dados de ocupações do Projeto DATALUTA In: II Encontro de Grupos de Pesquisa: agricultura, desenvolvimento regional e transformações socioespaciais, Uberlândia, FERNANDES, B. M. F. A Formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes, FERNANDES, B. M. Questão Agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. 57 p. Disponível em: www2.prudente.unesp.br/dgeo/nera/. Acesso em: 30, jun MARTINS, J. S. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, OLIVEIRA, A. U. A agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: Contexto, OLIVEIRA, A. U. Geografia Agrária: perspectivas no início do século XXI. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de; MARQUES, Marta Inez M. (Org.) O campo no século XXI. São Paulo: Casa Amarela; Paz e Terra, 2004, p ROS, C. A. O MST, os assentamentos e a construção de novas dinâmicas sociais no campo. Desenvolvimento Rural Sustentável: Registros de Novas Ruralidades. Rio de Janeiro: CPDA, UFRRJ, n. 4, outubro, 2002.

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