A ESPACIALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE LUTA PELA TERRA NO MUNICIPIO DE ITUIUTABA (MG) 1

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1 A ESPACIALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE LUTA PELA TERRA NO MUNICIPIO DE ITUIUTABA (MG) 1 Elaine Aparecida Ramos 2 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Campus Rio Claro elaineramos9@gmail.com Prof. Dra. Ana Claudia Giannini Borges 3 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Campus Jaboticabal agiannini@fcav.unesp.br INTRODUÇÃO A estrutura fundiária brasileira marcada pela concentração de terras intensifica a desigualdade social no país. Assim a inserção do capital no campo amplia as demandas de trabalhadores rurais em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Diante da apropriação da terra pelo capital e da própria subordinação do campo ao capital a formação de movimentos sociais constituem-se como meio de organização de resistência e luta por terra e trabalho Na busca pela mudança da estrutura fundiária da região, os movimentos sociais de luta pela terra exercem sua importância ao buscar alcançar os direitos dos trabalhadores que foram expropriados pelo processo produtivo no campo. As ocupações realizadas pelos trabalhadores, demonstra uma importante forma de lutar contra as desigualdades presentes no campo e uma maior democratização do acesso à terra. No munícipio de Ituiutaba (MG), houve conflitos na luta pela terra, é um município que há concentração fundiária, e a organização dos movimentos 1 Este texto é resultado de uma parte da pesquisa de mestrado em desenvolvimento no Programa de Pós- Graduação em Geografia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Rio Claro (SP) 2 Mestranda em Geografia no Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Rio Claro. Bolsista CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). 3 Professora Assistente Doutora nos Cursos de Administração, Agronomia e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Jaboticabal. Credenciada no Programa de Pós- Graduação em Geografia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus Rio Claro.

2 socioterritoriais são instrumentos de luta contra essa estrutura fundiária no município. Percebe-se principalmente a partir da década de 1990 que há um aumento da organização dos trabalhadores rurais, frente a luta pela terra. O processo de espacialização realizado pelos movimentos de luta pela terra no município de Ituiutaba (MG) é resultado de articulação entre trabalhadores que lutam pelos seus direitos, pelo acesso a terra e este se consolida através de ocupações realizadas pelas famílias de trabalhadores. OBJETIVOS O objetivo do artigo é discutir a questão agrária do país, assim como identificar a espacialização dos movimentos de luta pela terra no município de Ituiutaba (MG). PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos metodológicos utilizados para realização do trabalho consistiu de revisão bibliográfica, para pensar sobre a questão agrária no Brasil foram utilizados os seguintes autores MARTINS (1979) PRADO Jr (1979) e OLIVEIRA (2001). Com o objetivo de entender o processo de espacialização dos movimentos sociais de luta pela terra foram utilizadas as pesquisas e reflexões de FERNANDES (2001, 2005) Na identificação dos movimentos sociais de luta pela terra espacializados no município de Ituiutaba (MG), foi realizado o levantamento de dados no Banco de Dados de Luta pela Terra em Minas Gerais (2014), referentes ao período de 1990 a A realização do trabalho consistiu na reflexão com base nos referenciais teóricos utilizados, atrelando a teoria aos dados coletados no relatório do DATALUTA. Foram realizadas sistematização e análise qualitativa dos dados e por fim a redação final deste artigo. DISCUSSÃO SOBRE A QUESTÃO AGRÁRIA

3 O capital altera a organização da produção no campo, em que este está subordinado ao capital, mas para além da organização produtiva se insere nas relações não-capitalistas. As contradições existentes são essenciais para a reprodução do capitalismo no campo. (MARTINS, 1979) A terra é um elemento importante na interpretação da dinâmica espacial do campo, em que esta é apropriada pelo capital, e a partir da apropriação possibilita extrair a renda da terra, assim a terra é de muita importância para a produção capitalista no campo. (MARTINS, 1979) A concentração de terras no sistema capitalista de produção é um instrumento para a acumulação de capital, em que a terra possui um preço e aquele que a detém consegue ampliar a possibilidade de mais-valia. A reforma agrária constitui-se então de uma maneira de sanar os problemas ocasionados pela concentração de terras. É uma forma de lutar pelo acesso a terra, mas também contra o capital. (OLIVEIRA,2001) Ao pensar a luta pela reforma agrária deve-se atentar a realidade do país e dos trabalhadores, em que a implementação desta política deve consistir na elevação dos padrões de vida da população rural, por meio de leis que assegurem essas condições ao trabalhador rural bem como a mudança na estrutura fundiária, afim de corrigir a concentração de terras, proporcionando a esses trabalhadores maiores oportunidades de acesso à terra. (PRADO Jr, 1979) Segundo PRADO Jr (1979) outra variável importante para pensar a reforma agrária no país refere-se a grande concentração da propriedade rural, que acaba dando condições aos trabalhadores se sujeitarem às condições desfavoráveis de trabalho. No campo brasileiro evidencia-se a subordinação do trabalhador rural a esse sistema produtivo caracterizado pela concentração de terras e situações de intensa exploração de trabalho. Ao pensar a reforma agrária PRADO Jr (1979) salienta que: A reforma agrária entre nós, e nas circunstâncias atuais, precisa se desenvolver simultaneamente na base das duas

4 ordens de medidas que visam respectivamente, de um lado, à regulamentação legal das relações de trabalho no campo; doutro, à facilitação do acesso à propriedade e uso da terra, por parte da população trabalhadora rural. (p.92) Desse modo, pensar na mudança da estrutura fundiária brasileira caracterizada pela exploração e concentração, afim de realizar uma mudança na sociedade brasileira, deve-se atentar tanto para melhores condições do trabalhador rural, assegurado por leis que os contemplem, bem como a desconcentração fundiária. Ao pensar a reforma agrária nos dias atuais é necessário ressaltar que o objetivo dos trabalhadores rurais consiste de um modo estratégico de rompimento com o monopólio da terra, não se reduz apenas na distribuição da terra e sim alcançar uma mudança na estrutura politica e social no país. (SILVA, 2001) Assim a luta pela terra dos trabalhadores rurais constitui-se de elemento importante para atingir os objetivos de transformações no âmbito social, político e econômico. O PROCESSO DE LUTA PELA TERRA A formação do Brasil é marcado pela invasão e exploração pelos europeus. A luta pela terra sempre esteve presente no território brasileiro, pois seu processo de formação é caracterizado por invasões, escravidão e apropriações. Pode-se afirmar que a luta de resistência inicia-se com as lutas dos indígenas, a partir de então tem-se no território brasileiro lutas contra o cativeiro, a exploração, a exclusão. As lutas dos escravos, dos imigrantes, dos camponeses são lutas de resistência que marcaram a historia. (FERNANDES, 2001) Os camponeses estavam sempre lutando contra a classe dominante, seja contra coronéis ou contra o próprio Estado que legitimava os anseios da elite. A partir do século XX via-se então a necessidade de uma organização política de luta pela terra e pela reforma agrária, o cenário do campo brasileiro já era marcado pelos mais diversos conflitos.

5 Diante dessa realidade o surgimento das Ligas Camponesas em 1945 se estabelece como uma organização politica de camponeses que resistiam as expropriações, expulsões e ao assalariamento. O cenário político brasileiro em que houve o golpe de estado em 1964 refletiu diretamente no tratamento dos movimentos sociais, em que inibiam toda e qualquer movimentação por meio de repressão e agressões e acabaram com toda forma de movimento social de luta pela terra e os trabalhadores foram perseguidos, torturados, exilados. O modelo de desenvolvimento adotado pelos militares contribuiu para o aumento das desigualdades sociais, para a concentração de terra e de riquezas gerando ainda mais miséria. Foi no período militar que se iniciou o processo de modernização. O processo de modernização transformou o campo brasileiro, em que a inserção do modelo capitalista de produção aumentou a miséria, a acumulação e a concentração da riqueza, além expropriar e expulsar os trabalhadores rurais. (FERNANDES, 2001) O modelo de desenvolvimento econômico do período militar ofereceu subsídios e incentivos fiscais, propiciaram ao país um aumento da concentração fundiária bem como a precarização de vida e de trabalho do trabalhador camponês. A ditadura militar foi um regime em que não houve democracia no país em que os movimentos eram reprimidos e não se fazia reforma agraria, mesmo diante de todo empecilho e condição político-econômica excludente, a resistência dos camponeses frente as contradições do sistema, corroboraram para o surgimento do MST. A organização dos movimentos sociais de luta pela terra, contribuem para com o processo de espacialização que por meio de reuniões, formação política, ocupações realizados pela luta de trabalhadores rurais, na busca das transformações de ordem politica e econômica. Assim, identificar o processo de espacialização em Ituiutaba (MG), contribui para conhecer a dinâmica socioterritorial no município. O PROCESSO DE ESPACIALIZAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA (MG)

6 Para identificar a espacialização no município de Ituiutaba (MG) é importante entender a produção do espaço por meio das relações sociais, em que os processos geográficos são também processos sociais (FERNANDES, 2005). Os movimentos dos espaços sociais são manifestados mediante as ações realizadas pelos trabalhadores que integram os movimentos socioterritoriais no município. Segundo Fernandes (p. 29, 2005) a espacialização é movimento concreto das ações e sua reprodução no espaço geográfico e no território. Assim a espacialização consiste de uma ação concretizada, que não pode ser destruída. É a partir da ocupação que o processo de espacialização dos movimentos sociais de luta pela terra garantem o acesso à terra. Segundo FERNANDES (2001) a luta pela terra é um dos principais elementos para compreendermos a questão agrária. A ocupação e a resistência na terra são formas dessa luta. FERNANDES (2001) afirma que: Portanto, a luta pela terra é uma luta constante contra o capital. É a luta contra a expropriação e contra a exploração. E a ocupação é uma ação que os trabalhadores sem-terra desenvolvem, lutando contra a exclusão causada pelos capitalistas e ou pelos proprietários de terra. A ocupação é, portanto uma forma de materialização da luta de classes. (p. 20) Assim pode-se entender a luta pela terra como um instrumento de luta contra o capital, que nas mais diversas contradições evidenciadas no espaço e nas relações sociais, e as ocupações se mostram importante forma de resistência a essas contradições do capital. A ocupação surge a partir das necessidades e expectativas frente a realidade dos trabalhadores que ali estão, em geral em oposição ao Estado que até os dias atuais se coloca como representante dos interesses de capitalistas e da elite agrária. A ocupação se constitui de um movimento de resistência que busca atender as demandas dos trabalhadores, objetivando a desapropriação de latifúndios, o estabelecimento de assentamentos para as famílias, meios de produção e reprodução do trabalho no campo,

7 políticas agrícolas para o desenvolvimento da agricultura camponesa, além de políticas públicas que garantam os direitos dos cidadãos. (FERNANDES, 2001) A espacialização é um elemento importante para a compreensão da reprodução desses sujeitos no espaço. Segundo FERNANDES (p.22, 2001) a espacialização é um processo do movimento concreto da ação em sua reprodução no espaço e território. Por meio desse processo definido por FERNANDES entende-se que a espacialização é composta por sujeitos com diferentes vivencias, assim os espaços de formação politica se faz tão importante para pensar as ações do movimento. Para identificar a espacialização dos movimentos socioterritoriais a tabela abaixo contem dados sobre o número de ocupações em Minas Gerais entre os anos 1990 a Tabela 01. Minas Gerais Municípios com maior número de ocupações, CLASS. MUNICÍPIOS Nº OCUPAÇÕES Nº FAMÍLIAS 1º Uberlândia º Unaí º Prata º Buritis Santa Vitória º Frei Inocêncio Montes Claros Ituiutaba º Rio Pardo de Minas São João da Ponte º Porteirinha º Varzelândia

8 9º Paracatu Araxá Itacarambi º Campina Verde Matias Cardoso Coromandel Capitão Enéas Ibiá º Manga Arinos 9 03 Campo do Meio Almenara º Lagoa Grande 700 Patrocínio 325 Pirapora Tumiritinga 1.00 Uberaba 716 Verdelândia 415 Total Fonte: DATALUTA MG - Banco de Dados de Luta pela Terra-Minas Gerais, 2014 De acordo com a Tabela 01 o município de Ituiutaba (MG) entre os anos de 1990 a 2013 ocorreram dezesseis ocupações no município em que contou com a participação de mil duzentos e cinco famílias. No município de Ituiutaba os movimentos socioterritoriais presentes em ocupações entre os anos 2000 e 2013 foram: MST, CONTAG, MLST, MPST e MTL. O

9 MST realizou uma ocupação no município com a participação de 56 famílias, CONTAG realizou duas ocupações com a participação de 64 famílias, o MLST com quatro ocupações e 356 famílias participantes, o MPST duas ocupações e 235 famílias participantes e o MTL realizou uma ocupação com a participação de 200 famílias. Além de outros movimentos com cinco ocupações e a participação de 259 famílias, o município de Ituiutaba (MG) teve um total de quinze ocupações e 1170 famílias participando do processo de ocupação no período. (DATALUTA MG, 2014) De acordo com Fernandes, no início da década de 1960, diante do crescimento das organizações camponesas, a criação de sindicados era o meio de organização defendida pelo governo federal, em que estes acabam sendo subordinados ao governo e assim enfraqueciam os movimentos camponeses. Fernandes salienta: Em 1962, com a regulamentação da sindicalização rural, começou a arrancada com a finalidade de transformar as organizações em sindicados para depois formar as federações e a confederação. Foram realizados vários encontros locais e estaduais, mas, de fato, a maioria dos trabalhadores estava à margem desse processo de disputa, que acontecia no âmbito das cúpulas das organizações. (p.35, 2001) É nesse cenário político que surge a CONTAG. A CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) surge em dezembro de 1963, constituída de trabalhadores(as) rurais decidiram pela criação da CONTAG, que foi reconhecida em 31 de janeiro de A CONTAG discutia reformas de base e a reforma agrária. (CONTAG, 2013) O MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) surgiu no estado de Goiás, com a junção do MLS (Movimento de Luta Socialista), do MT (Movimento dos Trabalhadores), e do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra de Luta). Esses três movimentos unificaram a luta do campo com a luta social urbana, em que lutam pela Reforma Agrária e Reforma Urbana.(MTL, 2002)

10 O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) o movimento surge no início da década de 190, resultado de um processo histórico de resistência e luta de trabalhadores rurais. A partir de experiências com ocupações de terra, da construção política, espaços de formação e a participação de trabalhadores neste processo contribuíram para a formação do MST. (FERNANDES, 2001) O MLST foi o movimento socioterritorial que até o ano 2013 realizou o maior número de ocupações no município e também com o maior número de famílias participantes no processo de espacialização. CONSIDERAÇÕES FINAIS O município de Ituiutaba (MG) entre os períodos de 1990 a 2013 ocupa a quinta posição em relação ao número de ocupações no estado de Minas Gerais. O número de ocupações realizadas no município no período permite relacionar as ações dos movimentos socioterritoriais como elemento importante para o processo de espacialização. A participação volumosa nas ocupações, o munícipio contou com mais de mil e duzentas famílias no processo de espacialização, é um fator que reafirma a ocupação de terras como um instrumento importante, para a conquista de acesso à terra. Assim a ação dos movimentos socioterritoriais no município, por meio de sua organização social e política, participação de trabalhadores e ocupações, são importantes, em primeiro momento ao acesso à terra e ao trabalho, mas principalmente na luta para melhores condições de vida da população trabalhadora. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA. Documento de Lutas e Conquistas no Campo Disponível em: Acesso 16 de junho de 2016.

11 DATALUTA. Relatórios Dataluta Disponível em: FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária, pesquisa e MST. São Paulo. Ed Cortez Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera. v., n. 6, p , jan/jun MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da terra. São Paulo : Livraria Editora Ciências Humanas, MOVIMENTO TERRA TRABALHO E LIBERDADE. Documento de fundação: nova estratégia socialista. Goiânia, agosto Disponível em: Acesso: 16 de junho de PRADO JÚNIOR, Caio. A questão agrária no Brasil. 5.ed. São Paulo. Ed Brasiliense, SILVA, José Graziano da. O que é questão agrária. São Paulo. Ed Brasiliense. 2001

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