A LUTA PELA TERRA EM SERGIPE: OS IMPACTOS TERRITORIAIS DO/NO ASSENTAMENTO JOÃO AMAZONAS SE

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1 A LUTA PELA TERRA EM SERGIPE: OS IMPACTOS TERRITORIAIS DO/NO ASSENTAMENTO JOÃO AMAZONAS SE Fábio Ferreira Santos Universidade Federal de Sergipe Prof. Drº Marco Antonio Mitidiero Junior Universidade Federal de Sergipe INTRODUÇÃO A partir da década de 1980 e principalmente na década de 1990 intensificaram a luta pela terra no campo brasileiro. A luta contra o latifúndio tomou uma grande proporção no território nacional, espalhando-se por todos os Estados da federação brasileira intensificando a luta pela reforma agrária. Essa luta é a mais do que tudo uma luta por transformações na estrutura agrária do país. OLIVEIRA (2007, p.119) afirma que, a luta pela terra não se pode restringir apenas e especificamente, à luta pelo direito do acesso à terra; deve, isto sim, ser a luta contra quem está por trás da propriedade capitalista da terra, ou seja, o capital. A luta pela terra está explicita na luta do movimento dos trabalhadores rurais sem-terra (MST), que surgiu no Inicio dos Anos de 1980, tendo como base as transformações nas estruturas agrárias do país. Segundo OLIVEIRA (p.2007, 139) O MST como o movimento soci-territorial rural mais organizado no final do Século XX e início do Século XXI, representa no conjunto da história recente deste país, mais um passo na longa marcha dos camponeses brasileiros em sua luta cotidiana pela terra. Essa luta camponesa revela a todos interessados na questão agrária, um lado novo e moderno. Não se está diante de um processo de luta para não deixar a terra, mas sim, diante um processo de luta para entrar na terra. Terra que tem sido mantida improdutiva e apropriada privadamente para servir de reserva de valor e/ou reserva patrimonial às classes dominantes. Trata-se, pois, de uma luta de expropriados, que na maioria das vezes, experimentaram a proletarização urbana ou rural, mas que resolveram construir o futuro baseado na negação do presente. Não se trata, pois, de uma luta que apenas revela uma nova opção de vida para esta parcela pobre da sociedade brasileira, mas revela muito mais, revela uma estratégia de luta acreditando ser 1 1

2 possível hoje, a construção de uma nova sociedade. Uma nova sociedade dotada de justiça, dignidade e cidadania Nesse contexto, os movimentos sociais trazem à tona a luta por uma vida mais digna, onde o direito a posse da terra decorre da necessidade de sobreviver às barbáries que muitos trabalhadores rurais vivenciam ou vivenciaram no decorrer das suas vidas. Desse modo, a luta pela reforma agrária é a luta pela terra onde o movimento sem-terra enfrenta diretamente os grandes latifundiários e lideranças políticas que possuem terras ou são representantes daqueles que detém milhares de hectares de terra. Segundo MARTINS, (...) A luta pela terra atrai e polariza um conjunto bem maior de descontentamentos sociais, políticos e ideológicos (e religiosos) que de modo algum poderão ser resolvidos por uma reforma agrária cujo alcance é muito restrito em face de tantos e tão amplos questionamentos e das complexas necessidades históricas de que derivam. (2004, p.19) A luta pela terra tem no seu primeiro ato de reivindicação tem-se a ocupação da terra e a formação do acampamento, evento que inicia na prática a luta pela posse da terra e que mobiliza os integrantes do movimento sem-terra. O enfrentamento no acampamento ocorre através do enfrentamento contra os latifúndios e até mesmo da policia que instrui a força o despejo desses trabalhadores do campo. Contudo, os trabalhadores sem-terra não desistem da luta pela terra e instalam-se as margens de rodovias onde acampam e mobilizam frentes de luta para combater os latifundiários.. Assim, o acampamento é o ponto mais critico e mais efervescente da luta pela terra, onde sem-terra e latifundiários travam um duelo de posse do território. Segundo FERNANDES, na luta pela terra, o espaço de luta e resistência é construído quando o movimento traz a público a sua situação ao ocupar uma propriedade um latifúndio. Conquistar a terra, uma fração do território, e se territorializar é um modo eficaz de reação e de demonstração da sua forma de organização. (...) a prática de ocupação de terra foi à única forma encontrada pelos trabalhadores rurais sem-terra para resistir ao processo de expropriação e exploração e lutar pela libertação. No espaço de luta e resistência, diante desta nova realidade, os trabalhadores constroem novas práticas. (1996, p.238) 2 2

3 A luta pela terra traz a tonicidade de uma reivindicação pelas injustiças sociais no campo. Assim, a difícil batalha de conquista da terra, os trabalhadores rurais sem-terra só passam a ter posse da terra com o aval do Estado Federal, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). A partir daí dar-se o processo de territorialização, conceito que visa explicar o processo de assentamento das famílias. FERNANDES (1996, p.241), afirma que, O assentamento é o território conquistado, é, portanto um novo recurso na luta pela terra que significa parte das possíveis conquistas representa, sobretudo a possibilidade da territorializaçaõ. No assentamento, os trabalhadores rurais enfrentam enormes dificuldades, desde a falta de água e energia, a necessidade de produzir os seus alimentos. Assim, a luta pela terra passa agora a ser a luta na terra, fato que atinge os assentamentos rurais em todo o território brasileiro. Em Sergipe, a luta pela terra no assentamento João Amazonas inicio-se no final dos anos 1990 e teve participação de varias famílias do interior do estado de Sergipe. O processo de acampamento teve foco à região próxima ao município de Lagarto onde foi organizado o acampamento como espaço de luta e reivindicação. Apesar dos despejos por parte da policia, os trabalhadores rurais sem-terra não desistiram e ocuparam a fazenda João Rubens, onde conquistaram a terra e ergueram o assentamento João Amazonas. A conquista do assentamento teve como protagonista a ação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Sergipe (FETASE), que intermediou a negociação junto ao Instituto Nacional de Colonização e de Reforma Agrária (INCRA), obtendo êxito e a conquista da terra pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST). Nesse processo de assentamento, devem-se observar os impactos territoriais que acontecem e vem acontecendo no campo a partir da instalação de um assentamento rural. Nesse viés, pode dizer que de uma terra vazia, sem ninguém, passa agora para uma terra onde se planta, produz e diversifica o território. Assim, o assentamento João Amazonas vem assumindo um papel importante na transformação do território. Portanto, a vitória de uma fração do território passa a ser a luta na terra no assentamento. Todo esse processo de materialização do assentamento pode produzir e muito freqüentemente produz - impactos territoriais. 3 3

4 I A LUTA PELA TERRA E A CONQUISTA DO ASSENTAMENTO A estrutura fundiária no Brasil é caracterizada por uma elevada concentração de terras nas mãos de poucas pessoas, resultando em um agravamento das lutas sociais no espaço agrário brasileiro. Nesse ponto, GONÇALVES afirma que a apropriação desigual das terras é um dos fatores mais importantes responsáveis por grande parte dos conflitos sociais que ocorrem no país e está na origem da desigualdade de poder político, econômico e de prestigio na sociedade brasileira como um todo. (2005, p.50) Segundo OLIVEIRA, as transformações profundas que a agricultura brasileira passou nas últimas décadas do Século XX, revela suas contradições presentes no interior da estrutura agrária e revela sua componente contemporânea: a luta pela reforma agrária. Mais do que isso, revela a relação orgânica entre a luta pela terra e a conquista da democracia por esses excluídos. Conquista da democracia que se consuma na conquista da terra, na conquista de sua identidade camponesa, enfim, na conquista da cidadania. (2007, p. 139) Nesse sentido, a luta pela reforma agrária não se constrói apenas na efetivação burocrática da reforma agrária ou no aceso a terra, mas na conquista de um espaço de cidadania que garante aos trabalhadores rurais sem-terra uma condição de vida mais digna e justa. Para FERNANDES, A luta pela terra, pela propriedade da terra, a luta por um direito de propriedade diverso, não a propriedade capitalista, é a característica fundamental das experiências de resistência, construídas dia a dia pelos trabalhadores sem-terra. Mexer no direito de propriedade implica mudanças de poder. (1996, p.55) Toda essa situação de lutas e conflitos demonstra claramente um confronto à estrutura fundiária brasileira que preza o latifúndio e exclui a maior parte da sociedade do acesso a propriedade de terra. Assim, o inicio dessa luta ocorre através dos acampamentos às margens de rodovia e em fazenda improdutivas onde o movimento sem-terra faz a ocupação e espera do INCRA uma resolução que culmine, a princípio, na desapropriação de terra. Sendo que os inúmeros despejos acontecem freqüentemente, mas a luta não é extinta, ao contrario cresce cada vez mais as mobilizações pelo acesso a 4 4

5 terra. Vale ressaltar que nesse processo de luta, as mobilizações ocorrem em diversas esferas. Sendo assim, OLIVEIRA ressalta que, As greves no campo e nas cidades mostram que cidade e campo não podem ser separados: estamos diante de greves de trabalhadores do campo que são feitas nas cidades. Movimentos de trabalhadores rurais sem-terra caminham pelas estradas, acampam e lutam no campo, e na cidade marcham pela reforma agrária. A luta pela terra no campo só poderá ser feita na cidade. (1991, p.7) Assim, é necessário que a luta pela terra se desdobre pelo campo e espalhe-se pela cidade, onde também pode ser visível a espacialização das lutas sociais no campo. Os manifestos na cidade são importantes na conquista da terra e na territorialização do assentamento. Fato consumado nas palavras de OLIVEIRA (1991, p.27) ao exemplificar que a cidade e campo estão unidos dialeticamente, que no processo produtivo, quer no processo de luta. A necessidade de reforma agrária bate de frente ao capitalismo, onde a luta pela terra é uma luta contra o capital. Nesse âmbito, FERNANDES mostra que: A expansão do capitalismo no campo e, conseqüentemente, com a sujeição da renda da terra ao capital, a luta pela terra é, antes de mais nada, uma luta contra a essência do capital: a expropriação e a exploração. Entendo o desenvolvimento capitalista como desigual e contraditório, compreendemos que o capitalismo não é capaz de conter apenas um modelo de relação social, logo, o trabalho assalariado não é a única via. Desta forma, a luta pela reforma agrária não passa apenas pela distribuição de terras, vai além... Vai em direção da construção de novas formas de organização social que possibilitem a (re) conquista de terra de trabalho- a propriedade familiar. Vai em direção a (re) construção da propriedade coletiva dos meios de produção, e mais importante ainda, vai em direção a construção de novas experiências realizadas cotidianamente pelos trabalhadores rurais no movimento de luta pela terra. (1996, 53) A luta pela terra, e por mudanças na propriedade da terra implica nas transformações do direito de propriedade que pode implicar em mudanças no poder e mudanças na estrutura agrária brasileira. Assim, a ocupação é o inicio da luta pela terra. FERNANDES (1996, p.238) afirma que a prática de ocupação de terras foi à única 5 5

6 forma encontradas pelos trabalhadores rurais sem-terra para resistir ao processo de expropriação e exploração e lutar pela libertação. No espaço de luta e resistência, diante desta nova realidade, os trabalhadores constroem novas práticas. Dessa forma, o acampamento é um processo de enfrentamento ao capital, ao latifúndio. E nessa luta, os trabalhadores rurais sem-terra se unem e constrói barracos na lona, onde passam dias e noites na esperança de conquistar uma fração do território. A conquista da terra é mais que uma vitoria para os trabalhadores rurais, é a conquista do direito a uma vida mais digna. Entretanto, as dificuldades na construção dos assentamentos estabelecem uma árdua luta na terra. Em Sergipe, a luta pela terra deu-se a partir dos anos 1980 e desde então tem se intensificado com os inúmeros atos de luta pela reforma agrária no estado. Na região de Lagarto materializam-se inúmeros acampamentos e assentamentos na região, onde o MST está presente em muitas das manifestações. O assentamento João Amazonas, local da pesquisa de campo e foco do projeto de pesquisa, nos permite observar a luta pela terra desde o acampamento até a conquista de uma fração de terra, ou seja, até a construção do assentamento. O camponês-assentado tem-se um modo de vida, conforme MOURA (1986, p.20) nos mostra que O camponês nasce, vive e morre, e para cada um desses processos existenciais ele tem concepções e práticas que tenta fazer prevalecer sobre as práticas e regras vindas da sociedade que o envolve e domina. No assentamento João Amazonas, pode-se observar os impactos territoriais oriundos da construção do assentamento. Hoje, o antigo latifúndio improdutivo, é habitado por 15 famílias, sendo que esse dado, por si só, já pode evidenciar transformações na área em análise. Assim, a luta pela reforma agrária é mais do que tudo a luta pelo direito a cidadania. Nesse aspecto, SANTOS nos afirma que, a reforma agrária, portanto, persiste como símbolo e bandeira da luta, é idéia-força, é identidade social permeada de conteúdo simbólico e incorporada a prática política dos movimentos sociais no campo. Porém, é acrescida da busca de um desenvolvimento rural que garanta melhores condições de vida e acesso a todos à educação, cultura, lazer. (2001, p.271) 6 6

7 A conquista do assentamento João Amazonas foi uma conquista dos trabalhadores rurais sem-terra na região, mas essa luta passa a ser agora a luta pela permanência na terra. Sendo assim, o acesso a terra, é uma das conquistas do movimento sem-terra, porém congrega as enormes dificuldades que a situação de ex-sem terra, agora assentado, passa a viver. II - AÇÃO DA FETASE (FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA DE SERGIPE) E A IMPLANTAÇÃO DO ASSENTAMENTO JOÃO AMAZONAS No Estado de Sergipe, as primeiras ocupações de terras estavam ligadas a ação da Diocese de Própria que tinha como arcebispo Dom José Brandão de Castro, que foi um ferrenho defensor das lutas dos trabalhadores rurais. A partir de então, segundo ELIANO (2007, P.3) A FETASE e os STR s estavam mais preocupados em reivindicar medidas de alteração na política agrícola e solicitar ajuda do governo estadual na concessão de crédito, sementes e outros insumos para os pequenos produtores rurais do estado que já dispõem de terra, e não conseguem mobilizar seus associados para a luta política, quiçá para a ocupação de terras. Nesse quadro, assume solitariamente a luta pela reforma agrária no estado, o MST. O arcebispo Dom José Brandão de Castro tinha influência nos municípios do sertão e do Baixo São Francisco, enquanto a FETASE obtinha influencia no norte do estado e na região centro-sul do estado. Nesse processo, o MST começa a adquirir força no Estado. Conforme LOPES (2007, P.3), nessa época, o MST estava começando a criar uma base entre os trabalhadores rurais sergipanos, para daí em diante passar a atuar de forma autônoma como condutor dos processos de mobilização e organização de trabalhadores nas ocupações de terras. Segundo LOPES (2007, P.4), a FETASE só passa a participar de ocupações de terras a partir de 1995, muito mais como forma de marcar posição no cenário das lutas no campo e, assim mesmo, obedecendo a uma orientação nacional da CONTAG de não deixar o MST como o único movimento de representação nacional na luta pela reforma agrária. Até porque as ocupações que a FETASE comandou em Sergipe têm uma marca 7 7

8 curiosa: a de prestar contas, antecipadamente, do que pretende realizar, no caso, a ocupação, ao INCRA, abdicando de sua independência e autonomia frente ao governo, dada a sua condição de entidade de representação dos trabalhadores rurais, ao contrário do que faz o MST. Nesse processo de participação das lutas por terras em Sergipe, a FETASE participou da luta pela terra na região de Lagarto ajudando institucionalmente o MST consolidar o assentamento João Amazonas frente ao INCRA. Nesse ponto, MARTINS afirma que, a reforma agrária passa necessariamente pelos canais institucionais da estrutura do estado, mesmo nos casos das ocupações de terras privadas, mas ociosas, usadas como reserva de valor e meio de especulação, que dependem sempre de legalização, sem a qual sua ocupação não representaria a menor conquista. Não basta a condenação moral do latifúndio. Essa condenação só se torna efetiva se os gestos dela decorrentes tiveram o aval do estado e a consumação materializada em assentamentos e regularizações fundiárias, ou seja, se ela torna também solução para que o é a questão agrária para o estado nacional, enquanto questão política do território.(2004, p.41) Segundo o líder do assentamento houve uma articulação entre o antigo líder do assentamento com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária que concretizaram a construção do assentamento na região. Segundo ele, "seu Rojedo era ligado a FETASE (Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Sergipe) é junto, faz parte do INCRA, e trabaia junto com o sindicato." Foi nesse processo de reivindicação da FETASE junto ao INCRA que se consolidou o assentamento João Amazonas no ano de Segundo um dos entrevistados, o nome do assentamento João Amazonas, foi colocado porque veio da tiveram a idéia de colocar, o nome João Amazonas que era líder de luta sindical, mas a idéia veio mesmo da FETASE, quem decidiu esse nome. Os impactos territoriais no Assentamento João Amazonas podem ser evidenciado na consolidação do assentamento. Nesse espaço de moradia e produção, podemos observar os impactos territoriais oriundos do assentamento, antes caracterizado como uma terra sem ninguém para uma terra de gente, uma terra de trabalho e produção. A construção do assentamento inicia-se com a divisão de lotes, conforme CASTRO nos ressalta, 8 8

9 O espaço do lote e do assentamento são construídos a partir da materialização das relações sociais travadas por esses assentados e suas famílias. Esse espaço não é uma coisa pronta, acabada, mero palco para que as relações sociais se desenvolvam, ele é fruto de uma construção. Construção essa que diz respeito, ao habitus dessas famílias, combinadas ao projeto que têm para si nesse novo lugar, aliadas às opções objetivas que se descortinam à sua frente. (2006, p.94) Desse modo, o espaço é fruto de uma construção, de um processo social, que se consolida com a construção de casas. Os espaços do lote e do assentamento são resultado da objetivação das relações sociais que as famílias desenvolvem ao longo de sua história de vida no assentamento. (CASTRO, 2006, p. 94) Assim, a construção desse novo espaço, o assentamento João Amazonas, é mais um fruto da luta pela terra e das lutas para sua conquista e de todas as relações que vão se formando e se transformando no dia a dia no assentamento. Relações que se dão em laços de parentesco, de amizade, religioso, de compadrio, e acima de tudo de coletividade entre os assentados. RESULTADOS PRELIMINARES A partir da pesquisa de campo foi possível observar que a luta pela terra inicia-se na ocupação da terra podendo resultar na conquista da mesma. A luta começa no acampamento, onde camponeses sem-terra acampam em fazendas improdutivas ou na beira de rodovias e vão reivindicar e fazer protestos contra as injustiças sociais no campo na cidade, onde é o placo das decisões judiciais. Após ter conquistado a terra, os camponeses sem-terra, agora assentados passam pela difícil tarefa de permanecer na terra, pois as circunstâncias e a improdutividade dos terrenos tornam-se um obstáculo para a permanência na terra, mesmo assim, os assentados perpetuam sonho de tornar-se produtor rural. Assim, no processo de espacialização da luta pela terra empreendida em Sergipe, a ação do MST foi decisiva para a territorialização dos movimentos sociais no Estado e para a conquista de assentamentos em todo o estado. As experiências de luta e 9 9

10 organização dos trabalhadores rurais sem-terra no estado serviram de base para os assentados em Lagarto. Sendo assim, o assentamento João Amazonas vem passando por diversas transformações e que causam impactos territoriais na região de Lagarto e que possibilita melhores condições de vida para as pessoas assentadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, Eduardo. O campo e a cidade na reforma agrária: uma análise do trabalho e do território. In: revista Agrária, São Paulo, 2006, Nº 5, pp FERNANDES, Bernardo Mançano. MST. Formação e territorialização. São Paulo: Hucitec, GONÇALVES, Carlos Walter porto. Amazônia, Amazônias. São Paulo: contexto, LOPES, Eliano Sérgio Azevedo. Um Balanço da Luta pela Terra em Sergipe 1985/2005. IN: MARTINS, José Souza. Reforma Agrária: O impossível diálogo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, MOURA, margarida Maria; Camponeses. São Paulo, Editora ática, 1986; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: contexto, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Modo de Produção Capitalista, Agricultura e Reforma Agrária. São Paulo: Labur Edições, SANTOS, Marleide Maria. territorialização dos movimentos sociais no sertão sergipano. Aracaju: Gráfica e editora triunfo Ltda,

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