ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: OS DESAFIOS DE PERMANÊNCIA DA FAZENDA NOVA TANGARÁ, UBERLÂNDIA (MG).

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1 ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA: OS DESAFIOS DE PERMANÊNCIA DA FAZENDA NOVA TANGARÁ, UBERLÂNDIA (MG). Lucimeire de Fátima Cardoso NEAT-UFU / LAGEA Estagiária IG-UFU ludageo@yahoo.com.br João Cleps Junior NEAT-UFU / LAGEA Professor Adjunto do Instituto de Geografia UFU jcleps@ufu.br RESUMO O presente artigo tem como objetivo realizar uma análise da questão agrária brasileira, especificadamente no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (MG), bem como apontar algumas questões que são entraves para o desenvolvimento em assentamentos de reforma agrária. Nesse artigo são discutidas e apresentadas questões pertinentes ao Assentamento Fazenda Nova Tangará, localizado no município de Uberlândia (MG). A metodologia utilizada tem como base a análise bibliográfica da temática, voltada para a questão agrária brasileira bem como para compreensão e articulação dos movimentos de luta pela terra na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em especial o histórico de criação e desenvolvimento do Assentamento Fazenda Nova Tangará, localizado no município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Os trabalhos de campo foram utilizados, bem como a aplicação de roteiro de entrevistas, para que fosse possível compreender e refletir sobre as dificuldades encontradas no cotidiano das famílias no assentamento. PALAVRAS-CHAVES Reforma Agrária, Assentamentos Rurais, Fazenda Nova Tangará, Uberlândia (MG).

2 INTRODUÇÃO A concentração fundiária brasileira remete ao período da colonização, por meio da distribuição de imensas glebas de terras denominadas sesmarias, pela Coroa Portuguesa para os colonizadores-capitalistas, com o intuito de que esses pudessem investir em produtos destinados à exportação, especialmente gêneros agrícolas. A compreensão deste aspecto da questão agrária brasileira está presente na análise de Oliveira, Podemos afirmar com segurança que a estrutura fundiária brasileira herdada do regime das capitanias/sesmarias muito pouco foi alterado ao longo dos 400 anos de história do Brasil e, particularmente na segunda metade deste século, o processo de incorporação de novos espaços [...] tem feito aumentar ainda mais a concentração das terras em mãos de poucos proprietários. (OLIVEIRA, 1994, p. 56). Porém, até esse momento histórico a terra não poderia ser vendida, ou seja, não havia propriedade privada da terra. A partir de 1850, com a criação da Lei de Terras, ocorre o processo de capitalização da terra, sendo que, a mesma deixa de ser apenas um meio produtivo e se torna mercadoria. No sistema capitalista, a terra passa a ser incorporada à economia comercial, que deixa de ter caráter apenas produtivo e passa a ter caráter de mercadoria, modificando a relação do proprietário com este bem, gerando lucro tanto pela sua capacidade produtiva de gêneros agrícolas, quanto pelo seu caráter de valor de troca. Segundo Stédile (2005, p. 25) a lei nº 601, de 1850, foi então o batistério do latifúndio no Brasil. Ela regulamentou e consolidou o modelo da grande propriedade rural, que é a base legal, até os dias atuais, para a estrutura injusta da propriedade de terras no Brasil. A Lei de Terras é um documento fundamental para a compreensão da organização e estrutura agrária existente ainda hoje em nosso país. O seu objetivo maior era a organização dos registros de terras doadas desde o período colonial e a legalização das terras ocupadas sem autorização, para que depois ocorresse o reconhecimento das chamadas terras devolutas pertencentes ao Estado.

3 Partindo desse contexto, passamos para o ano de 1964, na análise do Estatuto da Terra, que se constituiu, efetivamente como a primeira lei brasileira de reforma agrária. O Estatuto da Terra foi promulgado em novembro de 1964 durante o regime militar, que chegara ao poder por meio de um golpe em abril daquele ano. Sua criação tem uma forte ligação com o ambiente de insatisfação no meio rural e ainda como forma de atenuar uma iminente levante da população camponesa. A Lei nº 4504/64 (Estatuto da Terra) é até os dias atuais o mais importante instrumento para a desapropriação de terras para fins de reforma agrária, tendo como base conceito fundamental a função social da terra 1, termo utilizado para designar pré-requisitos básicos para a terra estar cumprindo a sua função, não sendo passível nesse caso de desapropriação para a realização da reforma agrária. Porém, é importante ressaltar que o Estatuto da Terra foi utilizado como instrumento para o desenvolvimento da agricultura e não com o objetivo de realizar a reforma agrária. A partir de um intenso investimento governamental na expansão agrícola e aumento da produtividade, por meio dos pacotes tecnológicos e da modernização da agricultura, o quadro social dos camponeses se agrava, uma vez que, o plantio de commodities exige grandes áreas de plantio, o que acarreta uma maior concentração fundiária especialmente em áreas de fronteira agrícola. Em decorrência da respectiva modernização agrícola, principalmente a partir da década de 1970 e o grande investimento econômico nas grandes propriedades, inclusive em terras públicas, a reforma agrária ficou em segundo plano. As iniciativas de modernização do processo produtivo foram utilizadas como indicativos de que a reforma agrária não era condição necessária ao desenvolvimento do campo. Dessa forma, os governantes da ditadura militar optaram pela capitalização do campo, por meio de projetos de colonização 2, especialmente nas áreas de 1 A função social é cumprida através da existência dos seguintes requisitos: 1. Aproveitamento racional e adequado, 2. Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente. 3. Observância das disposições que regulam as relações de trabalho. 4. Exploração que forneça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (MAESTRI, 2005). 2 PADAD, PRODECER, dentre outros. Para maiores esclarecimentos consultar: FRANÇA. M. 1984

4 cerrado brasileiro e a ocupação de áreas até então ditas desocupadas, tais como, Amazônia, Mato Grosso e Goiás. Nesse período uma das questões mais relevantes da ditadura é que estas regiões de cerrado que não estavam suficientemente e devidamente ocupadas, seriam transformadas em silo mundial, ou seja, teria a produção voltada especificamente para o mercado externo. (ORTEGA, 1997). De acordo com Ortega, O modelo agrícola adotado no cerrado brasileiro é o mesmo, salvo as adaptações necessárias, que foi propiciado pela internacionalização do pacote tecnológico da Revolução Verde, e que foi difundido no Brasil depois de meados da década de 60. Este pacote está baseado na utilização de sementes melhoradas, utilização de máquinas e insumos químicos. (ORTEGA, p. 324). Os projetos de colonização custaram altos investimentos aos cofres públicos e geraram também um alto custo social, uma vez que, beneficiou apenas poucas famílias, não cumprindo suas metas. Ao mesmo tempo em que esse processo não contribui com a desconcentração fundiária, ao contrário, agravou-a. Os projetos fortaleceram os grandes latifundiários que tiveram suas terras valorizadas, acompanhada de uma modernização capitalista, o que agravou ainda mais as dificuldades de acesso à terra pelos pequenos produtores. Em contraposição a essa lógica desenvolvimentista, baseada na utilização de máquinas e insumos, do aumento da produtividade e da expansão da fronteira agrícola, a vida dos camponeses e trabalhadores rurais foram diretamente atingidas, por meio de condições de trabalho degradantes e por relações essencialmente exploratórias e expropriatórias, o que ocasionou um saldo social negativo. A partir desse cenário de exclusão e pauperização e expropriação dos pequenos produtores, a demanda por terras aumenta significativamente, sendo esse momento propício ao (re)surgimento e fortalecimento de movimentos de luta pela terra por todo o Brasil.

5 O (re)surgimento dos movimentos de luta pela terra A retomada da luta pela terra se dá em virtude do enfraquecimento da ditadura militar e possibilidade de manifestações dos movimentos sociais. Em 1975, surge na cidade de Goiânia a Comissão Pastoral de Terra CPT uma entidade ligada aos setores progressistas da Igreja Católica que tinha como principal objetivo o apoio à luta dos trabalhadores rurais em diferentes regiões do país, sistematizando e criando uma organização de apoio à luta pela terra. A Comissão Pastoral teve um papel fundamental em relação à mobilização e apoio aos trabalhadores de uma maneira geral, especialmente dos trabalhadores rurais, e serviu como base de sustentação ao fortalecimento e concretização dos movimentos de luta pela terra. A CPT teve uma participação decisiva nas mobilizações dos sem-terra, na organização da maioria das ocupações e acampamentos e no apoio material aos trabalhadores em luta, através de campanhas de arrecadação de alimentos, remédios, roupas, e, até mesmo, dinheiro para a compra de terras, como no episódio do acampamento Encruzilhada Natalino. Não se pode deixar de falar, também, no papel decisivo desenvolvido pelos bispos, padres, pastores e leigos na conscientização política dos trabalhadores em busca da terra prometida. Em cada ocupação ou acampamento, os sem-terra erguiam uma cruz, símbolo da importância que a religiosidade adquiria na resistência desses trabalhadores. As celebrações religiosas, por outro lado, eram um elemento sempre presente nos acampamentos e nas ocupações. (COLETTI, 2005, p.27). Na década de 1980, surge na região metropolitana de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores PT. O partido apresenta como principal reivindicação a realização da reforma agrária e o rompimento com a política neoliberal imposta pela ditadura militar, fator esse que cria uma identidade próxima às necessidades da população, crucial para o fortalecimento dos movimentos de luta pela terra. A Central Única dos Trabalhadores CUT, criada em 1983, tem como ponto de pauta a reforma agrária, apresentando uma proximidade de ideologia junto ao PT, na concepção teórica e também uma grande proximidade com os movimentos de luta pela terra, trazendo essa discussão sobre a reforma agrária para o campo político e para o debate nacional. O surgimento de um sindicato como a CUT e de um partido popular como o PT demonstra uma grande mobilização popular, uma vez que,

6 Na cidade, das greves dos metalúrgicos, professores, bancários e outras categorias, reunidas na formação de um movimento sindical autêntico, que formou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), nasceu o Partido dos Trabalhadores (PT). Na década de 1980, as lutas populares dos movimentos e dos sindicatos pelas conquistas dos direitos e pelo restabelecimento da democracia constituíram-se nas bandeiras de lutas que transformaram o PT em um dos mais importantes partidos brasileiros. (FERNANDES, 2003, p.32). A partir da mobilização dos movimentos camponeses, de mobilização popular de modo geral, da CUT, do PT e CPT, a reforma agrária é colocada novamente em pauta nas discussões políticas, processo esse interrompido pelo golpe de A retomada desta luta representava igualmente a intensificação do enfrentamento entre camponeses e latifundiários. (FERNANDES, 2003, p. 32) No ano de 1984 surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST. O seu primeiro encontro ocorre em Cascavel, no Paraná, com aproximadamente cem pessoas de doze estados brasileiros. Nesse encontro se afirmou a necessidade de manter a autonomia política e de lutar para que a terra estivesse em mãos de quem produzisse nela. Em 1985 ocorreu em Curitiba o primeiro congresso nacional do MST, com a participação de cerca de 1500 trabalhadores, com representantes de quase todos os estados brasileiros, o que demonstra o grande e rápido avanço desse movimento de luta pela terra. Nesse momento o MST além de todas as propostas articuladas em 1984, levanta a bandeira da ocupação como forma de acesso à terra, que demonstra claramente a disposição de luta que esse movimento demonstra frente ao poder público e aos grandes latifundiários brasileiros. Neste mesmo ano, o governo de José Sarney primeiro presidente da Nova República aprova o I Plano Nacional de Reforma Agrária PNRA, que tinha como principal objetivo dar aplicabilidade ao Estatuto da Terra e viabilizar a reforma agrária até o fim do mandato do presidente, com meta de assentamento de 1,4 milhões de famílias. Porém Sarney conseguiu assentar apenas 90 mil famílias, ou seja, apenas 6% das metas estabelecidas no I PNRA.

7 Nesse mesmo período surge a União Democrática Rural UDR na cidade de Presidente Prudente, em oposição aos interesses dos trabalhadores sem-terra, com o intuito de defender os interesses dos latifundiários, tendo como princípios a preservação do direito de propriedade e a manutenção da ordem e respeito às leis do país. Segundo análise de Fernandes (2003, p. 33) vinculados ao governo, influenciaram politicamente para a derrubada do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e impediram que o PNRA fosse implantado Com a elaboração da nova Constituição em 1988, a reforma agrária sofre um retrocesso por meio da atuação da bancada ruralista, uma vez que, seria necessária uma lei complementar para a sua realização, sendo que, somente em 1993 com a aprovação de uma lei complementar é que foi possível executar a desapropriação de terras. De acordo com Fernandes, [...] mesmo com a existência desta nova Lei, os ruralistas conseguem impedir a desapropriação de terras, arrolando os processos desapropriatórios, conseguindo até mesmo reverter situações em processos já assinados pelo presidente da República. (FERNANDES, 2003, p.33). A partir do exposto anteriormente é evidente o poder político e amplitude de atuação da UDR junto ao governo, por meio da bancada ruralista presente no Congresso Nacional, que tenta e por muitas vezes consegue o impedimento da efetivação da reforma agrária, privilegiando interesses particulares em detrimento à grande massa de população expropriada do campo brasileiro. A questão agrária em Minas Gerais: a concentração das terras no Triângulo Mineiro A análise e compreensão da estrutura fundiária no estado de Minas Gerais, especificamente no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba 3, remete às transformações ocorridas no Cerrado brasileiro a partir da sua inserção no cenário produtivo agrícola nacional, a partir da expansão da fronteira agrícola, 3 Mesorregião Geográfica do IBGE (1990) e Região de Planejamento do Governo de Minas Gerais (FJP).

8 do aumento significativo de grandes propriedades rurais, bem como das contradições sócio-econômicas, processo intrínseco à modernização conservadora. A região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba constituiu-se nos anos 1970 uma fronteira que necessitava ser ocupada pelo capital. Isso tanto pelo fato de sua posição geográfica, próxima aos mercados consumidores, quanto também pelas características físico-ambientais que possibilitavam a expansão da produção agrícola altamente mecanizada. A partir da ampliação da fronteira agrícola, a principal modificação ocorreu na utilização das terras, com a substituição das grandes pastagens por monoculturas voltadas em grande parte às exportações, cujos principais produtos foram a soja, o milho e o café. Conforme Narciso Shiki (1998), os programas governamentais ocasionaram a capitalização da agricultura, e contribuíram para o desenvolvimento da produção e conseqüente aumento da produtividade. A partir de então, o Cerrado passa a ser competitivo com as demais regiões agrícolas do país. As transformações produtivas ocorridas no Cerrado mineiro, fortemente influenciada pela modernização no campo e conseqüente êxodo rural, teve um significativo aumento da concentração fundiária, realidade já existente, porém acentuada a partir dessas transformações. Nessa perspectiva, houve o aumento da produtividade agrícola, bem como o aumento das desigualdades, característica intrínseca ao sistema capitalista vigente. Outra questão a ser abordada é a sub-ocupação do trabalhador rural, que é uma das conseqüências mais perversas da modernização da agricultura, uma vez que, [...] na medida em que aumentam a produtividade da terra, aumentam as exigências de mão-de-obra não-qualificada por ocasião das colheitas. A mecanização, na medida em que atinge (por questões tecnológicas) principalmente outras atividades que não a colheita, acentua a sazonalidade de ocupação dessa mão-de-obra. Desse modo, a modernização aumenta as exigências e diminui o período da ocupação da mão-de-obra não-qualificada numa dada propriedade agrícola. A solução mais econômica para o proprietário que moderniza passa a ser a substituição do trabalhador permanente pelo volante, com o conseqüente aumento da sazonalidade do emprego dos trabalhadores rurais. (GRAZIANO DA SILVA, 1981, p. 30).

9 As consequências da modernização do cerrado foram inúmeras, especificamente nas regiões do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, (re)configurando dessa maneira a postura dos trabalhadores rurais frente à exclusão à que foram submetidos: A política de modernização da agricultura implementada na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, por meio dos planos de desenvolvimento e ocupação do cerrado, foi marcada por uma forte exclusão social, produzindo efeitos perversos para os trabalhadores rurais e constituindo, assim, um cenário em que os trabalhadores travaram suas lutas para a conquista da terra. (GUIMARÃES, 2001, p. 46). Os movimentos de luta pela terra, grupos organizados presentes no cenário nacional, a partir de suas lutas, vêm ocupando um lugar de destaque frente à sociedade, se articulando e mobilizando suas ações, como forma de questionamento da estrutura fundiária e do padrão de acumulação do sistema capitalista vigente. (GOMES, 2004). Ao mesmo tempo em que esses sujeitos foram excluídos pelo processo modernizante, os mesmos afirmaram-se como sujeitos atuantes, buscando novas maneiras de reivindicar e exigir direitos de cidadania, criando novos espaços políticos, estabelecendo, assim, novas relações com a esfera pública. (GUIMARÃES, 2001, p.47), à medida que desencadearam ações coletivas na conquista e desapropriação de latifúndios, por meio das ocupações de terra e o enfrentamento das oligarquias rurais. Histórico da luta pela terra no Triângulo Mineiro A análise da modernização da agricultura no Triângulo Mineiro se faz importante não apenas pelo grau de produção e produtividade da região no setor agrícola, mas também porque traz as contradições sócio-econômicas, processo característico da modernização conservadora, onde a exploração e a miséria de muitos se materializa na riqueza de poucos. Outro fator relevante para a compreensão da luta pela terra na região é que a mesma é considerada como a de maior número de conflitos por terra no Estado de Minas Gerais, em especial a região do Pontal do Triângulo, que está entre as mais violentas do país. (GOMES, 2004, p. 86).

10 Entre os anos de ocorre no Triângulo Mineiro, o primeiro conflito de pela posse da terra na região, localizado no município de Iturama, na Fazenda Barreiro, ação essa que será uma referência na luta pela terra na região e que inspirou uma das maiores mobilizações de luta e resistência dos sem terra no Triângulo Mineiro (FONSECA, 2001, p. 109). Outra ocupação que teve grande importância para a organização dos sem-terra foi o processo de luta pela terra na Fazenda Santo Inácio-Ranchinho no ano de 1990, localizada no município de Campo Florido. A organização dos trabalhadores, objetivando as discussões sobre as ocupações de fazendas improdutivas da região, se deu no ano de 1989, em Limeira do Oeste, contando inclusive com o apoio de lideranças da Fazenda Barreiro. Teve com um dos principais coordenadores Zé Pretinho, que começou a reunir o pessoal em sua própria casa, com a crescente participação de trabalhadores rurais do Pontal do Triângulo Mineiro. A partir do crescente apoio de diversas entidades, tais como, CPT, CUT estadual, PT e MST, inclusive em ações de ocupações, o movimento de luta pela terra ocupa em janeiro de 1990, a Fazenda Colorado, de onde as famílias são, logo no dia seguinte, despejadas, sem ordem judicial, pela Polícia Militar e por membros da UDR. De acordo com Gomes (2004, p. 119) recém-criada, a UDR já demonstrava seu poder de pressão [...] desqualificando e criminalizando o movimento, não permitindo sequer a realização de vistorias em fazendas da região pelo INCRA. Após um desgaste do movimento devido a promessas não cumpridas e áreas não desapropriadas, os trabalhadores rurais decidem ocupar em dezembro de 1990 a Fazenda Santo Inácio Ranchinho. Essa ocupação acarretou diversas batalhas judiciais entre os trabalhadores e os herdeiros da fazenda. A ocupação dessa fazenda e o longo período de ocupação ficou marcado na memória das pessoas como um momento de resistência e de esperança (GOMES, 2004, p. 119), sendo que, a organização dos acampados nesse momento era o trabalho coletivo, concretizado na produção de hortaliças, arroz e feijão para abastecerem as famílias que estavam ali nesse momento. Finalmente em outubro de 1993, a Justiça derrubou a liminar favorável aos antigos proprietários através da Lei Agrária, que estabelecia mecanismos de

11 desapropriação e em maio de 1994, o Incra criou o P.A. (projeto de assentamento) Nova Santo Inácio Ranchinho, assentando 115 famílias, podendo dessa forma, iniciarem a efetiva transformação da fazenda em lugar de produção e moradia dos assentados. (GOMES, 2004). A experiência de luta dos trabalhadores rurais de Campo Florido, especialmente pela criação do P.A. Nova Santo Inácio Ranchinho, fortalece e renova os ânimos por busca da reforma agrária na região, consolidando a ocupação como principal e eficaz forma de conquista por terra, exercendo pressão sobre as autoridades responsáveis pela reforma agrária. A ocupação da Fazenda Tangará pela primeira vez em 1999, também teve grande visibilidade para os trabalhadores rurais no Triângulo Mineiro, que foi ocupada pela primeira vez em 1999 e traz em seu histórico uma particularidade muito relevante. A área ocupada pertencia a uma grande empresa do ramo de reflorestamento a Companhia de Integração Florestal (CIF), pertencente a pessoas influentes e abastadas da cidade de Uberlândia. A ocupação da Fazenda Tangará gerou uma grande repercussão social, tendo, inclusive, sido convocada pelo INCRA, uma audiência pública com vistas a fazer uma consulta à sociedade acerca do caso Tangará. (GOMES, 2004, p. 174). Dessa forma, é possível notar a importância dessa ocupação para o fortalecimento e reafirmação dos sem-terra na região e a demonstração de enfrentamento frente aos grandes latifundiários, presentes historicamente na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. HISTÓRICO DA FAZENDA NOVA TANGARÁ A luta realizada na Fazenda Tangará foi uma das primeiras ações do Movimento de Libertação dos Sem-Terra MLST. A ação alcançou grande visibilidade, até mesmo nos meios de comunicação, uma vez que os sem-terra demonstraram persistência e resistência frente às dificuldades enfrentadas na área ocupada. Em 23 de agosto de 1999, ocorre a primeira ocupação da Fazenda Tangará, ação essa que desencadeia o processo administrativo para verificação do

12 cumprimento da função social do imóvel, a partir do qual o INCRA constata a improdutividade da área vistoriada. Naquele momento a área foi ocupada por aproximadamente 450 famílias que foram organizadas a partir do trabalho de base realizada pelo MLST, sendo que a maioria era originária de bairros periféricos da cidade de Uberlândia. (GOMES, 2004, p. 174). Assim, a área ficou ocupada por vinte dias, sempre contando com a vigilância de policiais militares, bloqueando a saída e a entrada de novas famílias e de alimentos. De acordo com relato de Fonseca, Considerada improdutiva, a ocupação da Tangará (5.097,6098 ha) foi a maior já registrada na região (450 famílias). No segundo dia houve um cerco na estrada por fazendeiros e polícia com o intuito de impedir a entrada de alimentos e novas famílias. Em massa, os trabalhadores de dentro e de fora da fazenda, obrigaram os bloqueadores ao recuo, garantindo domínio sobre o território. O acampamento passou a ser vigiado 24 horas por dia pela Polícia. (FONSECA, 2001, p. 119). A primeira liminar de despejo foi concedida aos proprietários em 10 de setembro de 1999, sendo que os trabalhadores foram obrigados a deixar a área ocupada. Porém, logo em seguida ocuparam uma fazenda vizinha, a Fazenda Carajás, onde foram novamente obrigados a desocupar a área por meio de outra limiar. Após esses despejos, os trabalhadores acamparam a beira de estrada, onde permaneceram por seis meses. No dia 13 de março de 2000, foi realizada a reocupação da Fazenda Tangará, agora com aproximadamente 700 famílias. Essa segunda ocupação gerou violentos e relevantes embates entre os sem-terra e a Polícia Militar que contou com um aparato significativo, tais como, helicópteros, tropa de elite da corporação, dentre outros instrumentos para cumprirem a reintegração de posse da propriedade, porém os sem-terra resistiram e não deixaram a área. A tentativa de reintegração de posse no ano de 2000 e a resistência dos semterras na área, demonstraram que eles não hesitariam em lutar pela conquista da terra. Assim, a repressão assumiu também a forma de criminalização das lideranças do MLST. Onze integrantes do movimento chegaram a ser presos por transporte de madeira (...). Algumas

13 lideranças também sofreram processo judicial por formação de quadrilha. (GOMES, 2004, p. 176). No ano de 2001, após alguns meses de ocupação e resistência por parte dos trabalhadores, a situação começa a ter uma nova configuração, sendo que Em novembro de 2001, após 20 meses da segunda ocupação e após 9 meses da tomada e paralisação da empresa, com o descumprimento da liminar de reintegração de posse, entre a pressão dos ruralistas e dos sem terras, o proprietário anuncia a disposição de negociar com o INCRA todo o imóvel. (FONSECA, 2001, p. 121). Neste cenário é notável a necessidade que os ruralistas da região tinham em não permitirem a desapropriação da Fazenda Tangará, uma vez que essa conquista promoveria o movimento e incentivaria novas lutas por terra na região. Apesar de todos os esforços dos fazendeiros, muitas vezes aliados ao Poder Judiciário, a fazenda foi desapropriada e adquirida pelo INCRA no ano de Assim a área de cerca de 5 mil hectares da fazenda foi desapropriada em 09/05/2002, e o assentamento oficializado em janeiro de O assentamento da Fazenda Nova Tangará está localizado no Km 33 da rodovia BR 497, no município de Uberlândia. As relações organizacionais internas na Fazenda Tangará sofreram rupturas, a partir do momento em que houveram divergências de grupos e/ou indivíduos em relação às bases organizacionais propostas pelo MLST, movimento atuante na ocupação da Fazenda Tangará, dirigido nacionalmente por Bruno Maranhão. A região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, área com grande número de acampamentos e assentamentos ligados ao MLST, se configura como uma região importante para o movimento. Essa região estava sob a direção de duas lideranças João Batista da Fonseca e Luiz Carlos Galante (Barroso), com importante apoio de Marilda Fonseca, companheira de João Batista e exadvogada do MLST. Devido a divergências de idéias e projetos, as lideranças rompem relações com o dirigente nacional Bruno Maranhão. A partir dessa ruptura surge o Movimento de Libertação dos Sem Terra de Luta ou o MLST de Luta, posteriormente, esse

14 movimento passou a se denominar MTL Movimento Terra Trabalho e Liberdade. De acordo com Mitidiero Junior, Foi com estas três importantes lideranças do Triângulo Mineiro que ocorreu o racha interno no MLST, devido a uma discussão direta com o principal líder deste movimento, Bruno Maranhão. Acontecido o racha, toda a base do movimento nesta região seguiu as posições ditadas por Barroso, João Batista e Marilda formando um novo movimento social no campo: o Movimento de Libertação dos Sem Terra de Luta ou o MLST de Luta. Apenas uma antiga liderança dos sindicatos rurais desta região (Divinão) e uma destacada militante do movimento (Ana Rita) foram a favor das argumentações de Bruno Maranhão, permanecendo no movimento inicial. (MITIDIERO JUNIOR, 2002, p. 242). Nas relações cotidianas da Fazenda Tangará também ocorreram divergências e outra ruptura aconteceu no grupo que estava acampado na fazenda. Devido a desacordos com relação à utilização da madeira de eucalipto existente na área houve outro processo de desentendimento. A partir disso, o grupo foi divido e foram criadas duas associações, a Associação dos Moradores da Fazenda Tangará (AMFT) com 137 famílias e a Associação Terra Trabalho e Liberdade (ATTL) com 113 famílias, sendo esta última objeto de estudo desse trabalho. ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA DOS ASSENTADOS DA FAZENDA NOVA TANGARÁ A organização produtiva e política são experiências fundamentais para a sobrevivência e êxito nas lutas cotidianas enfrentadas pelo sem-terras, partindo das lutas existentes na Fazenda Tangará. No assentamento todas as atividades realizadas na área são discutidas coletivamente, por intermédio da associação de moradores, com a participação de todos os membros. As atividades produtivas desde o período de acampamento se davam por meio de grupos de trabalhos, tais como, artesanato, produção de milho, hortaliças, maracujá, criação de galinhas, suínos, dentre outros.

15 No período de 6 anos de acampamento, apesar das dificuldades e da indefinição quanto ao local de moradia, os grupos de trabalho apresentavam maior proximidade, fator esse que de certa forma facilitava o trabalho coletivo. Uma experiência relevante e que tem como importante característica na sua gestão os princípios da economia solidária é a Empresa Rural Comunitária, composta por 13 famílias que a integram desde o período de préassentamento, que dividem tarefas de forma igualitária e rotativa nas diversas fases do ciclo produtivo, bem como nos processos decisórios e administrativos na cooperativa por meio de eletividade dos representantes. Os produtos obtidos são destinados à subsistência das famílias e à comercialização, e os recursos obtidos com a venda são reinvestidos na aquisição de equipamentos e insumos, bem como posteriormente distribuídos entre os cooperados. A Empresa Rural Comunitária tem como principais atividades a horticultura, a minhocultura, avicultura de corte e postura, inclusive a de codornas, a suinocultura e atividades agrícolas em geral, cujos principais produtos são o milho e a mandioca. Um fator decisivo e facilitador das atividades dos cooperados foi a decisão dos agricultores em terem seus lotes próximos uns aos outros, por ocasião do sorteio realizado em janeiro de 2006, e a possibilidade de escolher lotes em grupo, o que facilitou a continuidade e expansão das relações de produção entre os grupos de assentados. Porém na fase de assentamento, ou seja, de cada assentado em seu lote, a distância cria dificuldades de encontro e trabalho coletivo, uma vez que a maioria das pessoas não possui veículos para o seu deslocamento e, portanto ficam isoladas em seus lotes, fato esse que contribuiu para a desmobilização e individualização dos grupos coletivos, contribuindo em certo grau para a dificuldade de permanência dos assentados em seus lotes. Não obstante à mudança dos assentados para os seus lotes definitivos em 2006, acarretou a paralisação da Empresa Rural Comunitária atual, pois isso veio a acarretar um entrave no desenvolvimento da cooperativa. A mudança para os lotes definitivos, por outro lado beneficiará a potencialização das atividades paralisadas em virtude da contigüidade espacial para o desenvolvimento das mesmas, como característica de avanço para o projeto.

16 Atualmente a empresa Rural Comunitária encontra-se em fase de paralisação de suas atividades, uma vez que a mudança dos seus integrantes para os lotes definitivos direcionou os agricultores para as atividades cotidianas de subsistência, a exemplo, a construção de casas para moradia e atividades desenvolvidas individualmente, como por exemplo, criação de galinhas, hortaliças, dentre outras. As atividades produtivas, tais como a criação de animais e plantação de lavouras, também estão relacionadas à questão financeira dos assentados, sendo que alguns que possuem outras fontes de renda, ou mesmo aposentadoria, têm a possibilidade de realizar mais investimentos e consequentemente obter renda e estar em um estágio mais avançado de desenvolvimento em seu respectivo lote. Os assentados que não possuem renda fixa e vivem apenas de trabalho eventual, encontram mais dificuldades para produzirem em seus lotes. Porém, é importante ressaltar que a assistência técnica eficiente, a relação com a terra e a vontade de produzir e sobreviver da renda obtida no lote são diferenciais importantes e que precisam ser considerados no êxito de cada assentado. No estágio atual (ano de 2009) a maioria dos assentados que estão produzindo em seus lotes estão fazendo de forma individual, uma vez que os mesmos consideram o trabalho coletivo difícil, pois o mesmo envolve muitas pessoas que possuem práticas diferenciadas de trabalho e postura profissional. De acordo com as pesquisas 4 realizadas com alguns assentados, essa dificuldade de relacionamento e até mesmo níveis de comprometimento diferenciados são apontados como os principais entraves na continuidade dos grupos de trabalho coletivo. Os assentados que vivenciaram alguma experiência coletiva, mas que não teve continuidade e o grupo foi diluído, por diversas situações e divergências que os mesmos se depararam, apresentam receio de participarem de outras experiências, o que claramente enfraquece o projeto coletivo que poderá ser um ponto positivo e fundamental na organização dos assentados. A experiência com o trabalho coletivo em um momento anterior à vinda para a Fazenda Nova Tangará também é outra questão a ser considerada. Dos treze 4 As entrevistas foram realizadas no dia 29 de agosto de 2007.

17 assentados que declararam ter tido experiências anteriores em trabalhos coletivos, apenas oito assentados participam atualmente de grupos de trabalho coletivo. Enquanto cinco assentados que representam 38% não participam de nenhum grupo no assentamento. A partir dessa constatação é possível ressaltar a importância da experiência anterior com o trabalho coletivo e da prática do mesmo, para que a sua importância e viabilidade econômica seja consolidada no cotidiano dos assentados. CONSIDERAÇÕES FINAIS A discussão sobre a reforma agrária e sua consolidação é um processo complexo, uma vez que envolve diversos atores sociais, que apresentam precárias condições de acesso a terra, sendo que a conquista da terra é apenas um passo na trajetória de famílias que pretendem permanecer em seus lotes em áreas destinadas à reforma agrária. As necessidades de melhorias em áreas de assentamentos rurais é evidente, especialmente em relação à infraestrutura necessária para a sobrevivência e (re)produção nessas áreas, sendo que o trabalho coletivo apresenta-se como importante e eficaz ferramenta para contornar obstáculos que os assentados encontram em seu cotidiano. Dessa forma é possível concluir que os movimentos de luta pela terra enfrentam muitas dificuldades, tanto no momento da ocupação, das reivindicações e sobretudo na permanência nos lotes, uma vez que a infraestrutura existente é insuficiente e a liberação de créditos é burocrática e morosa, dificultando e por muitas vezes inviabilizando a continuidade dos assentados em seus lotes. Para tanto, o projeto coletivo precisa ser bem gerido por todos assentados, e levando em consideração o bem estar da maioria, e não apenas como interesse de pequenos grupos de liderança nos assentamentos, ressaltando que a partir do momento que um projeto é acolhido pela maioria o mesmo apresenta maiores chances de obter sucesso, uma vez que, todos estão empenhados no sucesso do grupo e consequentemente de cada assentado, fortalecendo o projeto e dessa forma viabilizando as atividades que serão realizadas coletivamente.

18 REFERÊNCIAS COLETTI. C. A trajetória política do MST: da crise da ditadura ao período neoliberal. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, FABRINI, J.E. A resistência camponesa nos assentamentos de sem-terra. Cascavel, Edunioeste, FERNANDES, B.M. A Formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes, FERNANDES, B.M. Questão Agrária, Pesquisa e MST. São Paulo: Cortez, FERNANDES. B. M. O MST e os desafios para a realização da reforma agrária no governo Lula. OSAL (Observatório Social da América Latina), nº 11, p , maio/ago Disponível em: < Acesso em 16 fev FONSECA, J.B. Reforma Agrária e sustentabilidade: luta pela terra, realidade e perspectivas dos assentamentos rurais no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Dissertação (Mestrado em Economia) Instituto de Economia, Universidade Federal de Uberlândia, FRANÇA, M. O cerrado e a evolução recente da agricultura capitalista: a experiência de Minas Gerais Dissertação (Mestrado em Economia)- CEDEPLAR, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, GOMES, R.M. Ofensiva do capital e transformações no mundo rural: a resistência camponesa e a luta pela terra no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Dissertação (Mestrado em Geografia), Universidade Federal de Uberlândia, INCRA-MG. Projeto Básico do Assentamento. PA Nova Tangará - Uberlândia-MG. Elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, MAESTRI, M. A aldeia ausente: índios, caboclos, cativos, moradores e imigrantes na formação da classe camponesa brasileira. In: STEDILE, J.P. A questão agrária no Brasil: O debate na esquerda: São Paulo: Expressão Popular, p. p MEDEIROS, L.S. Reforma Agrária no Brasil. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2003.

19 MITIDIERO JUNIOR, M.A. O Movimento de libertação dos sem terra (MLST) e as contradições da luta pela terra no Brasil. Dissertação (Mestrado em Geografia) Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, NARCISO SHIKI, S. F. Desenvolvimento agrícola nos Cerrados: trajetórias de acumulação, degradação ambiental e exclusão social no entorno de Iraí de Minas. Dissertação (Mestrado em Economia) Instituto de Economia, Universidade Federal de Uberlândia, OLIVEIRA. A.U. A agricultura camponesa no Brasil. São Paulo, Contexto, SINGER, P. SOUZA, A.R. (Org.) A economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego. Petrópolis, Editora Vozes, 1999.

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