Emigração portuguesa contemporânea. Resumos

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1 Conferência internacional Emigração portuguesa contemporânea Organização: Joana Azevedo e Cláudia Pereira CIES-IUL, Instituto Universitário de Lisboa, Rede Migra, Observatório da Emigração Local: ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Av. das Forças Armadas, Lisboa 12 de Março, 9:00-19:30, Auditório B203, Edifício II 13 de Março, 18:00 - Auditório C104, Edifício II Resumos Painel 1: Tendências atuais da emigração portuguesa Rui Pena Pires - A emigração portuguesa hoje ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, CIES-IUL, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, Observatório da Emigração A emigração portuguesa, interrompida em 1974, tem desde então crescido de modo sustentado, sobretudo a partir da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Para esse crescimento foi decisivo o regime de livre circulação no espaço europeu, pelo que a Europa se tornou cada vez mais o destino principal nesta nova fase da emigração. Os efeitos da crise que eclodiu em finais de 2008 naquela dinâmica migratória foram complexos. Num primeiro momento, o facto de a crise ter sido global traduziu-se numa retração da emigração. O fenómeno não foi exclusivo de Portugal, tendo sido observado um pouco por todo o mundo, em particular nos países da OCDE. Num segundo momento, assistimos a um novo crescimento muito rápido da emigração portuguesa mas com alterações na hierarquia dos destinos. A maior dessas alterações foi o declínio abrupto das saídas para Espanha, país entretanto substituído pelo Reino Unido como principal destino da emigração portuguesa. Resta a incógnita do que estará a acontecer nas migrações para África, em particular para Angola, dada a deficiente cobertura estatística do fenómeno. Para finalizar, identificam-se, numa perspectiva comparada, os efeitos conjugados do crescimento da emigração e da estagnação da imigração que fazem hoje de Portugal um dos países mais deprimidos da Europa no plano populacional. João Peixoto - A nova emigração e a relação com a sociedade portuguesa: primeiros resultados do projeto ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa, SOCIUS, Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações O projecto Regresso ao futuro: a nova emigração e a relação com a sociedade portuguesa, 1

2 financiado pela FCT, teve início em Junho de 2013 e irá prolongar-se por dois anos. Envolve investigadores do ISEG e IGOT, ambos da Universidade de Lisboa, ISCTE-IUL e Universidade de Coimbra. O projecto procura compreender a dimensão e características da nova emigração, tendo sobretudo em conta as relações que os novos emigrantes mantêm com o país de origem. No plano empírico, são considerados os fluxos ocorridos na última década (depois da viragem do século) e aprofundadas duas das suas modalidades mais exemplares, a mobilidade de jovens qualificados e a de trabalhadores manuais pouco qualificados, no contexto de alguns países de destino. Pretende-se avaliar a dinâmica e dimensão dos fluxos, ao longo do tempo e por países; as características sociodemográficas dos emigrantes; as suas principais motivações (factores do lado da procura ou da oferta?, factores individuais ou familiares?); os percursos e estratégias migratórias (migrações temporárias ou de longa duração?, migração isolada ou familiar?); a natureza dos contactos com Portugal (viagens, contactos familiares, dupla residência, dupla actividade, remessas, investimentos); e os planos futuros (retorno, transnacionalismo ou integração no destino). O conhecimento da natureza temporária ou duradoura dos movimentos, bem como dos laços estabelecidos com Portugal, permitirá avaliar se os novos emigrantes são extensões temporárias do país para o exterior das suas fronteiras, ou marcas de uma reconfiguração e mudança social profundas. Uma vez que o projecto se encontra numa fase inicial, os resultados disponíveis ainda são escassos. Marta Vilar Rosales - Travessias do Atlântico: a emigração portuguesa para o Brasil ICS, Instituto de Ciências Sociais, FCSH, Universidade Nova de Lisboa O projeto pretende estudar uma dimensão significativa da cultura material e dos consumos contemporâneos a sua capacidade de enquadrar, organizar e portanto produzir realidade social através da análise dos movimentos contemporâneos entre Portugal e Brasil. Embora tanto a cultura material como as migrações sejam objetos de estudo centrais em ciências sociais, é escassa a pesquisa empírica em torno das suas relações. E contudo, a deslocação de pessoas implica habitualmente substituição de objetos, uma vez que acarreta obrigatoriamente, além de continuidades materiais, a tarefa de lidar com outro mundo de coisas, com outras normas e valores. Isto afecta as relações entre quem parte e quem fica, a produção de identificações e alteridades, e os modos como a migração é vivida e objetificada no quotidiano. Seguindo os objetos, pretende-se investigar outras perspectivas da vida quotidiana migrante, observar como são geridas as pertenças e discutir as influências mútuas do aqui e do lá. Tendo em conta o âmbito da conferência, a comunicação centrar-se-á na informação recolhida sobre os movimentos migratórios recentes de Portugal para o Brasil, relativizando-se as intersecções destes, quer com a cultura material e consumos, quer com os fluxos de pessoas que se observam em direção contrária. Assim sendo, enunciam-se os seguintes objectivos: a) apresentar o projeto e as suas principais linhas de trabalho e discussão; b) discutir os dados recolhidos até ao momento sobre a saída de portugueses para o Brasil; c) observar alguns exemplos do modo como os media portugueses têm abordado a temática da emigração contemporânea em geral, e da emigração para o brasil em particular. João Teixeira Lopes: "Geração Europa?" - Retratos da jovem emigração qualificada para França Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de 2

3 Sociologia da Universidade do Porto A partir de um estudo exploratório sobre a recente vaga de jovens emigrantes qualificados para França, assente numa triangulação entre observação etnográfica, inquérito por questionário e entrevistas de cariz biográfico, apresentar-se-á uma caraterização sociodemográfica destes protagonistas, das suas origens sociais e demográficas; da sua trajetória escolar e de classe; das suas (des) inserções no mercado de trabalho; das razões para emigra; da forma como o processo se desenrolou e da integração em França. De igual modo, dar-se-á "voz" às experiências que impregnam as entrevistas, sob o dispositivo do retrato sociológico, apresentando percursos, e procurando, na sua intrínseca diversidade, captar tanto as singularidades como as regularidades mais marcantes. Painel 2: Emigração portuguesa qualificada Rui Machado Gomes: a crise e a emigração qualificada portuguesa Universidade de Coimbra A fuga de cérebros refere-se à transferência de capital humano com elevados níveis de educação e competências dos países menos desenvolvidos para os países mais desenvolvidos. Esta migração desigual acentua a distribuição assimétrica de recursos nos processos de globalização educativa, cultural e económica. A saída de profissionais altamente qualificados dos países menos desenvolvidos limitaria a rentabilização dos investimentos educativos realizados por entidades públicas e privadas, criando condições favoráveis à sua reutilização pelos países mais desenvolvidos. Embora as estatísticas existentes sobre este fenómeno sejam bastante precárias na metodologia de recolha de informação usada e limitadas no seu alcance, é reconhecido em estudos internacionais publicados nos últimos anos que Portugal, a par da Irlanda, é um dos países europeus em que a fuga de cérebros mais se acentuou na última década. Docquier e Marfouk (2007) estimam em 19,5% a proporção de trabalhadores com grau académico superior que emigraram nos últimos anos. A emigração qualificada tem sido estudada a partir de modelos contrastantes. A presente investigação, financiada pela FCT (PTDC/IVC-PEC/5049/2012), pretende pôr à prova o poder analítico e explicativo de cada uma das hipóteses teóricas apresentadas na literatura internacional especializada, a saber: a) a hipótese do brain drain; b) a hipótese do beneficial brain drain; c) a hipótese da circulação fertilizante das elites; d) a hipótese do brain circulation através da criação de redes; e) a hipótese do brain drain latente durante a mobilidade formativa. A estratégia de investigação articula a pesquisa extensiva com uma análise em profundidade, intensiva, que pretende identificar a subjectividade dos actores directos da emigração em alguns dos seus principais contextos de trabalho. Assume-se assim uma estratégia mista, multilateral, que recorre a técnicas quantitativas e qualitativas de recolha de informação como são os inquéritos por questionário, sobretudo com vista à caracterização dos factores de atracção e repulsão presentes na decisão de emigrar e as entrevistas individuais e em grupos focais que pretendem caracterizar os projectos de vida, as trajectórias e as estratégias de rentabilização do capital escolar dos emigrantes qualificados. 3

4 Joana Azevedo Emigração portuguesa qualificada no contexto europeu ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, CIES-IUL, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia Apresentam-se os resultados preliminares de um estudo sobre a emigração dos Estados-Membros do Sul da União Europeia (UE) e da Irlanda realizado no âmbito de um projecto coordenado a nível internacional pelo Global Governance Programme do Instituto Universitário Europeu, em Itália, incluindo ainda o Real Instituto Elcano, em Espanha, o Trinity College Dublin, na Irlanda, o SOCIUS/ISEG da Universidade de Lisboa e o CIES-IUL do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, em Portugal. No âmbito deste projecto foi realizado um inquérito online com o objectivo de compreender se a crise actual tem afectado a migração e a mobilidade no conjunto da EU e, em particular, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal. A partir dos resultados obtidos (3322 inquéritos) procura-se debater alguns aspectos do perfil da emigração portuguesa qualificada actual, trajectórias migratórias e países de destino, motivações de saída, inserção laboral e intenções de retorno. Cláudia Pereira Estava empregado e decidi emigrar. Portugueses qualificados emigrados em Londres ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, CIES-IUL, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, Observatório da Emigração O Reino Unido tornou-se o principal país de destino dos emigrantes portugueses, depois da crise do subprime em Parte destes emigrantes são qualificados e metade residem em Londres, sobre os quais a comunicação se irá debruçar, enquadrada numa pesquisa de pós-doutoramento, financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A investigação é baseada no trabalho de terreno e nas entrevistas em profundidade a 80 emigrantes portugueses em Lisboa (a alguns antes de saírem do país) e em Londres (entre os que tinham chegado recentemente e os que já lá residem há mais de um ano). Entre estes, 20 portugueses foram seguidos em diferentes momentos do quotidiano e do percurso. Estes dados serão articulados com os resultados estatísticos dos Censos de 2011 de Inglaterra e do País de Gales, os valores de entrada dos portugueses por ano, bem como os de duas ordens profissionais, a dos enfermeiros e a dos arquitectos, que permitem seguir estatisticamente o fluxo de portugueses por profissão. As motivações e as trajectórias dos portugueses qualificados são bastante heterogéneas. O foco da apresentação serão os que estavam a trabalhar na sua área profissional em Portugal e decidiram sair, os quais apontam novas razões, para além da económica. Entre outras, a oportunidade de progredirem na carreira; o desejo de se deslocarem para uma cultura de trabalho que percepcionam como baseada no mérito e saírem de uma que consideram hierárquica; o facto de alguns já terem estudado num país estrangeiro e querem voltar a viver uma experiência num país diferente. Ana Delicado: "Puxados" ou "empurrados"? A emigração de cientistas portugueses ICS, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa 4

5 A literatura sobre mobilidade internacional dos altamente qualificados faz frequentemente a distinção entre os factores de pull (que atraem os trabalhadores qualificados a um país) e de push (que os repelem do país de origem). Estes factores estão associados, entre outras condições, a diferenciais de recursos materiais e simbólicos entre os países. Assim, os fluxos migratórios nas profissões científicas fazem-se geralmente da periferia para o centro do sistema mundial de ciência. Portugal, como país semi-periférico, tem sido tradicionalmente mais um país de saída que de entrada de cientistas. Esta saída foi durante as últimas décadas activamente encorajada por políticas científicas nacionais (de formação de recursos humanos que proporcionavam oportunidades de estudo e trabalho no estrangeiro) e europeias (de mobilidade intracomunitária), sustentadas num objectivo de desenvolvimento de capacidades que seriam mais tarde capitalizadas pela investigação científica no país de origem (através do retorno destes cientistas ou da formação de redes de diáspora). De igual modo, o crescimento dos recursos no sistema científico português chegou a constituir um factor de atração de cientistas estrangeiros para Portugal. Porém, a actual conjuntura de crise económica e redução do investimento na ciência poderá estar a ditar um acréscimo dos fluxos de saída e uma alteração dos factores de atração ou repulsão dos cientistas portugueses em mobilidade. Esta apresentação visa discutir algumas destas questões, tendo por base um projecto de investigação realizado entre 2007 e 2009 sobre mobilidade internacional dos cientistas portugueses. Painel 3: Impacto no país de origem e de destino Filipa Pinho Indicadores da emigração portuguesa: questões metodológicas ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, CIES-IUL, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia Nos últimos anos, a emigração portuguesa voltou a receber a atenção de cientistas sociais, média e opinião pública devido às notícias sobre o seu crescimento e às relações entre esse crescimento e a crise económica, em particular o aumento da taxa de desemprego. Com a criação, em 2008, do Observatório da Emigração, deu-se início à recolha e disponibilização de indicadores sobre a emigração portuguesa com recurso a informação de, entre outras fontes, os institutos nacionais de estatística, os serviços de estrangeiros e os serviços de segurança social dos países de destino. Nesta comunicação apresentam-se as principais orientações metodológicas a que obedeceu a recolha sistemática de indicadores da emigração portuguesa nos principais países de destino, em resultado da experiência de trabalho no Observatório. São utilizados exemplos e apresentadas soluções que foram adotadas para estimar, com o maior rigor possível, o volume da emigração portuguesa atual, bem como para proceder à sua caracterização. João Sardinha - Regressei entusiasmado, vou-me embora desiludido": narrativas de re-regresso de luso-descendentes do Canadá Universidade Aberta - UAb, CEMRI - Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais Atraídos por um cenário de crescimento económico, desenvolvimento e modernidade ao longo das 5

6 décadas de 1980, 1990 e primeira metade dos anos 2000, Portugal assistiu a um crescimento de retorno dos emigrantes portugueses durante estas décadas. Entre estes regressados estavam também filhos de emigrantes, muitos que acompanhavam os seus pais, outros que vieram sozinhos. Muitos regressaram não só com o objectivo de encontrar as suas raízes no novo Portugal membro da União Europeia, mas também com a plena consciência das oportunidades que poderiam encontrar e as formas como poderiam contribuir para o desenvolvimento do país. Contudo, após o regresso numa altura de maior prosperidade, encontramos agora cenários re-regresso, sendo que alguns descendentes já re-regressaram para os países de emigração dos seus pais, outros possuem o desejo de re-regressar. O catalisador desta mobilidade deve-se à crise económica que atinge Portugal. Tendo como base o estudo REPOR Luso-descendentes Regressados em Portugal: Identidade, Pertença e Transnacionalismo, que tem como objetivo analisar histórias de regresso/re-regresso de luso-descendentes oriundos da Alemanha, Canadá e França, os resultados a serem apresentados nesta comunicação limitam-se a aprofundar narrativas fornecidas por 10 luso-canadianos, recolhidas através de entrevistas semi-estruturadas e conversas informais que se tem vindo a realizar de forma longitudinal, desde 2008 até ao presente. A análise tem como objetivo, primeiro, olhar para a integração social, profissional e educacional destes indivíduos após a sua instalação em Portugal, numa altura em que o país passava por uma fase de crescimento, e, segundo, analisar os motivos por detrás dos actos e desejos de re-regresso. Painel 4: Trabalho e empreendedorismo José Carlos Marques Empresários emigrantes: o caso dos portugueses no Luxemburgo CesNova - Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, Instituto Politécnico de Leiria A presente comunicação constitui uma abordagem inicial à questão dos empresários portugueses no exterior, utilizando como caso de estudo os portugueses no Luxemburgo. A apresentação assume, por isso, natureza eminentemente descritiva, caracterizando, numa primeira parte, a evolução da emigração portuguesa para aquele país e a sua inserção no mercado de trabalho luxemburguês. Numa segunda parte, procura-se aprofundar o conhecimento sobre as actividades empreendedoras dos emigrantes portugueses (uma área que tem estado praticamente ausente dos estudos sobre a emigração portuguesa) e analisar os diferentes aspectos que exercem impacto sobre a criação e desenvolvimento de práticas empreendedoras entre os portugueses no estrangeiro. João Queirós Condição operária e experiência emigrante: apresentação de resultados de dois estudos de caso Universidade do Porto, Instituto de Sociologia da Universidade do Porto Nesta comunicação apresentar-se-ão alguns resultados de dois estudos de caso desenvolvidos no âmbito de um projeto de investigação em curso no Instituto de Sociologia da Universidade do Porto intitulado "Dinâmicas recentes dos movimentos emigratórios no Noroeste português: o caso dos 6

7 trabalhadores da construção civil". Em particular, discutir-se-ão resultados de um trabalho de pesquisa de terreno realizado em Espanha - em 2008 e, depois, em com o objetivo de escrutinar as consequências sociais do forte crescimento e subsequente refluxo da emigração de operários da construção civil residentes no Noroeste português para o território espanhol. Na comunicação, esses resultados serão ainda confrontados com os resultados que puderam ser obtidos através de um outro processo de pesquisa de terreno igualmente realizado em 2013, mas desta feita no leste de França. Neste caso, aproveitar-se-á a oportunidade para cruzar informações acerca da configuração atual dos fluxos migratórios protagonizados por alguns dos menos estabilizados e mais precários segmentos do operariado português com informações acerca da realidade da migração que, oriunda do nosso país, há várias décadas está estabelecida naquela zona de França. Carlos Sangreman e Maria Sousa Galito A diáspora portuguesa em Angola , perfis e modos de estar Cesa - Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina, Universidade de Aveiro A investigação insere-se no âmbito das migrações internacionais, com vista a caracterizar os fluxos de emigrantes portugueses para Angola, mormente entre 2002 e 2012 e contextualizar a diáspora lusa no quadro socioeconómico do país de destino. Ou seja, observam-se os movimentos de portugueses desde o final da guerra civil angolana até à actualidade, tendo presente que houve uma comunidade lusa que viveu o período de transição para a independência e se manteve em Angola mesmo durante esse conflito. Através do tratamento de dados oficiais, de entrevistas e de um inquérito, procurou-se avaliar o número de portugueses a residir em Angola e a sua distribuição geográfica pelas províncias, bem como as principais actividades a que se dedicam e que tipo de integração estão a ter num país que passa por um período de paz e de expansão económica, conferindo oportunidades de emprego atractivas para trabalhadores provenientes de Portugal mesmo com um nível alto de habilitações. Apoios: 7

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