A Emigração Portuguesa. Julho, 2010
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- Baltazar Ximenes Gesser
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1 Julho, 2010
2 As Remessas dos Emigrantes 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa 4. Anexos Julho
3 1. Crescimento da população. Entre 2000 e 2009, verifica-se uma desaceleração na taxa de crescimento efectivo da população que é resultado de uma desaceleração na taxa de crescimento migratório, bem como na taxa de crescimento natural da população (em 2007 e 2009, apresenta taxas negativas, de -0.01% e -0.05%, respectivamente). Em 2009, a população em Portugal cresceu ligeiramente, cerca de 0.1% (10.5 mil pessoas), resultado do efeito positivo do saldo migratório de 15.4 mil pessoas (o crescimento natural foi de -4.9 mil pessoas). Estimativas de crescimento da população residente, (Percentagem) Taxa de crescimento efectivo Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório Fontes: INE, ES Research. Julho
4 1. Saldo migratório. Entre 2000 e 2006, é notória a entrada de imigrantes em Portugal e a regularidade na saída de pessoas, que oscila entre os 8.9 mil e os 12.7 mil. Em 2007, verifica-se um claro salto nas saídas que ascenderam a 26.8 mil pessoas. Em 2008 ocorre já uma ligeira redução nas saídas, que baixam novamente em Saldo migratório, (Milhares) Saldo migratório Fluxos de saídas Fluxos de entradas Ver Anexo 1, com a explicação das limitações dos dados do INE, que mais à frente no trabalho se verá apresenta dados muito diferentes da OCDE e do Observatório da Emigração. Fontes: INE, ES Research. Julho
5 1. Emigrantes portugueses (stock). Estimativas apontam para que o número de emigrantes portugueses ascenda a cerca de 1.9 milhões, destacando-se como país de destino a França, que concentra 28.9% deste valor, seguindo-se o Brasil com 10.9%, os EUA com 8.8%, e a Suíça (8%). Emigrantes portugueses por país de destino (stock), (Milhares) Total dos emigrantes mil França Brasil EUA Suiça Canadá Espanha Alemanha Reino Unido Venezuela Luxemburgo Outros 1 Considerou-se população residente de nacionalidade portuguesa. Para alguns países são dados anteriores a 2009 (os últimos disponíveis). Fontes: Observatório da Emigração, Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE), ES Research. Julho
6 1. Movimentos da população (I). Verifica-se um movimento significativo de emigrantes portugueses para países como a Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Angola, e Reino Unido (ainda que apresente uma ligeira descida no último ano). Destaca-se a evolução do movimento de portugueses para Angola que, em 2009, terá ascendido a cerca de 23 mil pessoas. Movimentos da população Entrada de portugueses em alguns países de destino da emigração (Pessoas) Espanha Angola Suiça % X x Reino Unido França % % Fontes: Observatório da Emigração, ES Research. Julho
7 1. Movimentos da população (II). Movimentos da população Entrada de portugueses em alguns países de destino da emigração (Unidades) Luxemburgo Alemanha % % Canadá Brasil EUA % % % Fontes: Observatório da Emigração, ES Research. Julho
8 As Remessas dos Emigrantes 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa 4. Anexos Julho
9 2. As Remessas dos Emigrantes Evolução. Em 2009, as remessas de emigrantes ascenderam a cerca de EUR 2.3 mil milhões, o que representou cerca de 1.4% do PIB. Destaca-se positivamente o final dos anos 70 (em 1979 as remessas de emigrantes representaram 10.6% do PIB) e a 1ª metade da década de % 2.9% Peso das remessas no PIB Evolução das remessas de emigrantes, (EUR mil milhões) % 2.6% 2.7% 2.8% 2.0% Evolução do peso das remessas de emigrantes no PIB, (Percentagens) % 1.6% 1.5% 1.5% 1.5% 1.4% 1.4% Fontes: Banco de Portugal, ES Research. Julho
10 2. As Remessas dos Emigrantes Por país de origem. Em 2009, as remessas de emigrantes ascenderam a cerca de EUR 2.3 mil milhões, destacando-se as originárias de França, que representaram 38.9% das remessas nesse ano, seguindo-se as provenientes da Suiça (23.3%) e dos EUA (5.6%). Os emigrantes portugueses que vão para a Suíça são aqueles que enviam mais remessas, por emigrante, para Portugal. Remessas de emigrantes, 2009 (EUR milhões) 3.37 Remessas por emigrante, 2009 (EUR Milhares/Emigrantes) -1.6% % Total das remessas de emigrantes (2009): milhões, 1.4% do PIB TCMA =-1.3% Suíça 1.97 Luxemburgo 1.57 França 1.32 Alemanha 1.23 RU Angola Espanha 0.59 EUA 0.36 Venezuela 0.28 Canadá 0.04 Brasil -11.3% 15.2% -7.5% 38.0% -12.2% 1.7% % 20.9% 6.2% França Suiça EUA Espanha Taxa de crescimento médio anual, (TCMA ) 1 Observatório da Emigração (restantes países, valores retirados do Banco de Portugal). Fontes: Banco de Portugal, Observatório da Emigração, ES Research. Alemanha Angola 1 Reino Unido Luxemburgo Canadá Venezuela Brasil Outros Julho
11 2. As Remessas dos Emigrantes Por país de origem. A alteração no padrão dos países de destino dos emigrantes portugueses na última década é verificada na redução do peso das remessas de países como os EUA e a Alemanha e no incremento do peso de países como o Reino Unido e Angola. França e Espanha ainda que apresentem uma redução nas remessas em 2009 face a 2005, se compararmos o volume de 2009 com o ano de 1996 verifica-se um incremento. Remessas de emigrantes para alguns países seleccionados, 1996, 2005, 2009 (Percentagens) 38% 44% 39% França Suiça EUA Espanha Alemanha Angola Reino Unido Luxemburgo Canadá 12% 1% 9% 7% 5% 3% 6% 4% 3% 3% 4% 2% 3% 2% 0% 1% 1% 1% 0% 0% 19% 23% 23% Venezuela Brasil 7% 6% 6% 5% 0% 1% 5% Fontes: Banco de Portugal, ES Research. Julho
12 2. As Remessas dos Emigrantes Por país de origem. Considerando o valor médio de remessas enviadas por emigrante, em 2009 (slide 10), e o fluxo de emigrantes por país em 2009 (ou 2008 quando 2009 não disponível), verificamos que o país que apresentou maior volume foi a Suíça, seguida de Angola. A importância relativa dos países, enquanto mercados emissores de remessas de emigrantes, considerando só a emigração ocorrida em 2009, é diferente da que considera o stock total de emigrantes (slide 10), o que, a prazo, poderá alterar os mercados mais relevantes de origem de remessas Volume de remessas por país (fluxo), 2009 (Milhões) Suiça Angola Espanha RU França Luxemburgo Alemanha EUA Canadá Brasil Fontes: Banco de Portugal, Observatório da Emigração, Banco de Portugal, ES Research. Julho
13 As Remessas dos Emigrantes 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa 4. Anexos Julho
14 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa Emigração e PIB. Verificou-se, na última década, um claro incremento nos níveis de emigração portuguesa, correlacionado com o nível de estagnação económica que se estão a viver em Portugal, bem como com o aumento no nível de desemprego. Emigração portuguesa e o crescimento do PIB português, (Milhares, percentagens) Emigração portuguesa anual (Milhares, escala esquerda) Crescimento do PIB (Percentagens, escala direita) Na sequência das previsões económicas apresentadas para Portugal ao nível do crescimento e do desemprego, é espectável que a emigração portuguesa continue a aumentar nos próximos anos. Fontes: OCDE, INE, ES Research. Julho
15 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa Nível de instrução do emigrante. Em 2003 (últimos dados disponíveis do INE referentes ao tema), os emigrantes portugueses apresentavam um baixo nível de instrução, 13.6% do total de emigrantes não sabia ler nem tinha qualquer nível de instrução. Por outro lado, os emigrantes com um nível de formação secundário ou superior ascendiam apenas a 9%. Nesta data, os emigrantes iletrados eram em muito maior número na emigração permanente comparativamente à emigração temporária (28.2% e 8.8%, respectivamente). Nível de instrução do emigrante português, 2003 (Percentagens) Total Permanente Temporária Iletrados e pessoas sem qualquer instrução formal Escola primária (1ºnível - 4 anos de instrução) Escolaridade obrigatória (2ºe 3ºníveis - entre 6 a nove anos de escola) Secundário ou Universitário Total Apesar de não existirem dados estatísticos a demonstrá-lo, tem sido frequentemente comentado a saída de cérebros do país, brain drain, bem como de pessoas de nível de formação superior que procuram emprego e valorização pessoal (mais notório para países como Espanha, Inglaterra, EUA). Note-se, no entanto, que este tipo de emigrantes é, também, resultado natural da cada vez maior mobilidade das pessoas a nível do trabalho e da subida nos níveis de qualificação da população portuguesa. Fontes: INE, Observatório da Emigração, ES Research. Julho
16 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa As remessas dos emigrantes (I). Analisando as variações no número de emigrantes portugueses no estrangeiro nos principais países de destino da emigração portuguesa, e a variação nas remessas enviadas para Portugal, entre 2005 e Variação nos emigrantes portugueses e nas remessas enviadas para Portugal em alguns países de destino da emigração portuguesa entre 2005 e 2009 Espanha Emigrantes França 83.7% Remessas Alemanha 13.4% -19.9% -2.0% -4.0% -11.0% Suiça 43.9% Reino Unido Angola 343.1% 18.6% 1.2% n.d % Com o incremento no nível dos emigrantes seria de prever um incremento ao nível das remessas superior ao que actualmente se regista. Fontes: Banco de Portugal, OCDE, Observatório da Emigração, The return of portuguese emigration - Álvaro Santos Pereira, ES Research. Julho
17 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa As remessas dos emigrantes (II). Para o conjunto dos emigrantes que em 2009 sairam para Espanha, Angola, Suíça, Reino Unido, França e Alemanha, e considerando que irão transferir para Portugal pelo menos 5% do seu rendimento (hip: auferem o rendimento médio anual líquido do país de destino 1 ), teríamos, em 2010, uma variação positiva nas remessas provenientes destes países de cerca de EUR 81 milhões. Espanha Angola Suiça RU França Emigrantes (2009) Rendimento anual líquido (EUR) Emigrantes enviam 5% do seu rendimento anual Incremento anual de cerca de EUR 81 milhões de remessas (se considerarmos 10%, esta variação ascende a EUR 161 milhões 1 ) Alemanha Nos últimos anos temos assistido a um renascer nos níveis de emigração portuguesa que, em 2007 e 2008, chegou a representar cerca de 1% da população em cada ano, valores que representam picos históricos (os valores mais elevados desde os anos 70). No entanto, as remessas não estão a evoluir no mesmo sentido. O efeito positivo desta emigração poderá fazer-se sentir, ao nível das remessas, uns anos mais tarde. A contrariar este efeito positivo da emigração nas transferências para Portugal, poderão estar dois factores: a crise internacional e perfil do novo emigrante (que gasta mais no país onde está a viver e consequentemente transfere menos para Portugal). 1 Para Angola considerou-se o Rendimento médio anual líquido de Portugal, partindo do pressuposto que os emigrantes portugueses que se desloquem para Angola não irão ganhar menos do que ganhariam em Portugal. Fontes: Eurostat, OCDE, ES Research. Julho
18 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa A mobilidade (I). O nível de mobilidade das pessoas é claramente responsável pelos níveis de emigração: mobilidade em termos de propensão/disposição, de necessidade, mobilidade do trabalho, mobilidade familiar, entre outras. Este tema é analisado no Eurobarómetro da Comissão Europeia 1. Destacamos as seguintes questões analisadas neste barómetro: Alguma vez se deslocou por mais de dois meses ao estrangeiro para estudar? 2 (Percentagens) Sim, fazer formação Sim, para a universidade Sim, para a escola Não 52 Checoslov. Espanha Alemanha França UE 27 Portugal R. U. Luxemburgo A percentagem de portugueses que nunca se deslocou ao estrangeiro para estudar ascende a cerca de 84%, de notar que se situa melhor do que a média da UE 27 (e também acima do valor observado para Espanha). 1 Eurobarometer Geographical and labour market mobility (ver Anexo 2 detalhes técnicos da amostra utilizada pelo Barómetro). 2 Possibilidade de escolha múltipla pelo que soma poderá ser superior a 100%. Fontes: Comissão Europeia, ES Research. Julho
19 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa A mobilidade (II). Coloca a hipótese de no futuro poder vir a trabalhar no estrangeiro? (Percentagens) Não sabe/não responde Não Sim Dinamarca Reino Unido França Portugal UE 27 Espanha Alemanha Itália 4 A predisposição dos portugueses para a mobilidade ao nível do trabalho posiciona-se acima da média da UE 27 e da vizinha Espanha, ainda que apenas 21% das pessoas coloquem a hipótese de trabalhar no estrangeiro. Fontes: Comissão Europeia, ES Research. Julho
20 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa A mobilidade. (III) Se estivesse desempregado e tivesse dificuldades em arranjar emprego no seu país, estaria pronto para ir para o estrangeiro? (Percentagens) Não sabe/não responde Não Sim Chipre França Espanha Reino Unido UE 27 Alemanha Itália Portugal No entanto, numa hipótese de desemprego, a grande maioria dos portugueses não se encontra pronto para ir trabalhar para o estrangeiro, apresentando neste item alguma falta de flexibilidade para a mobilidade (cerca de 61% dos portugueses não estaria pronto, o que compara com 45% na média da UE 27). Fontes: Comissão Europeia, ES Research. Julho
21 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa A mobilidade. (IV) O que o motivaria a trabalhar no estrangeiro (pode escolher 3 hipóteses no máximo)? (Percentagens) Portugal UE 27 Espanha Alemanha Reino Unido França Maiores hipóteses de encontrar emprego Melhores condições de emprego Melhores hipóteses de carreira Para estar perto de amigos ou familiares Experiência de vida Melhorar qualificações Melhores condições de vida Melhores condições políticas Melhor clima económico Melhor sistema social de saúde Outros Nenhuma Não sabe/não responde As principais razões para os portugueses procurarem emprego no estrangeiro são a melhoria das condições de emprego e das condições de vida. Fontes: Comissão Europeia, ES Research. Julho
22 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa Notas finais (I). Algumas perspectivas A emigração nacional aumentou bastante nos últimos anos (também impulsionada pelo aumento do desemprego), o que fará provavelmente subir as remessas nos próximos anos. A emigração nacional tem permitido atenuar os níveis de desemprego (provavelmente as taxas de desemprego em Portugal, nos últimos anos, teriam sido superiores às registadas sem os níveis de emigração verificados 1 ). Fuga dos cérebros (brain drain): pessoas com nível de formação superior e especializadas em determinadas áreas de trabalho encontram no estrangeiro melhores condições para aí trabalharem. No entanto, a fuga de cérebros é e será inevitável mesmo com um crescimento mais acelerado da economia portuguesa, devido às desigualdades internacionais e à atracção de economias que continuarão a ser, num futuro próximo, muito mais desenvolvidas do que a portuguesa (por exemplo o Reino Unido é um dos países que mais "cérebros" exporta, em especial para os EUA). Alteração do perfil do emigrante português (maior poder de compra de nível de formação mais elevado comparativamente a décadas passadas). A predisposição dos portugueses para a mobilidade ao nível do trabalho posiciona-se acima da média da UE 27 e da vizinha Espanha, ainda que apenas 21% das pessoas coloquem a hipótese de trabalhar no estrangeiro. No entanto, numa hipótese de desemprego, a grande maioria dos portugueses não se encontra pronto para ir trabalhar para o estrangeiro, o que revela alguma falta de flexibilidade para a mobilidade (cerca de 61% dos portugueses não estaria pronto, o que compara com 45% na média da UE 27). As principais razões para os portugueses procurarem emprego no estrangeiro são a melhoria das condições de emprego e das condições de vida. 1 Os actuais 10% poderiam ascender a 15% (Álvaro Santos Pereira). Fontes: Observatório da Emigração, OCDE SOPEMI 2010, ES Research. Julho
23 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa Notas finais (II). Algumas perspectivas (continuação) No contexto internacional destaca-se a importância da emigração temporária, que tem vindo a crescer desde 2000, tendo apenas verificado uma quebra em 2008 devido à crise económica. O trabalho sazonal, os programas de trabalho de férias e as transferências intra-empresas são factores que têm impulsionado a emigração temporária. Destaca-se também, a nível internacional, a crescente mobilidade dos estudantes que levam a que alguns acabem por ficar permanentemente. O número de estudantes internacionais mais do que duplicou entre 2000 e 2007, para mais de 2 milhões, sendo os EUA, o R.U., a Alemanha, a França e a Austrália os principais países de destino. Os estudantes internacionais constituem uma fonte potencial de trabalhadores imigrantes altamente qualificados. Fontes: Observatório da Emigração, OCDE SOPEMI 2010, ES Research. Julho
24 As Remessas dos Emigrantes 3. Perspectivas da Emigração Portuguesa 4. Anexos Julho
25 4. Anexo 1. As estatísticas da emigração portuguesa são bastante difíceis de obter pois até 1988 todos os emigrantes tinham que obter um passaporte do emigrante (Junta de Emigração) mas, a partir desse ano, esses passaportes foram abolidos e passou a ser o INE a efectuar os inquéritos dos movimentos migratórios de saída (última análise data de 2003). Quanto aos saldos migratórios, tanto a nível nacional como regional, face à inexistência de fontes de informação detalhadas e adequadas ao detalhe geográfico exigido, são incorporados os valores estimados com base em diversas fontes de informação externas, como sejam o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e internas, como sejam o Inquérito ao Emprego, o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída (IMMS), bem como a informação censitária mais recente (Censos 2001). Os resultados obtidos a nível dos saldos migratórios reveste-se assim de particular fragilidade, devendo sublinharse o carácter provisório das estimativas de população residente, que deverão ser revistas após a realização de um novo recenseamento (censos 2011). É através dos vários países de destino da emigração portuguesa que, analisando os valores dos imigrantes desses países, obtemos alguns valores (no entanto a metodologia subjacente à sua obtenção varia de país para país). É também frequente que os país de saída subestimem os seus valores de emigração relativamente aos valores apresentados pelos países de destino. As principais fontes utilizadas foram o INE, a OCDE, a Comissão Europeia, o estudo do Prof. Álvaro Santos Pereira The Return of Portuguese Emigration e uma comunicação apresentada na Assembleia da República pela Srª Drª Mafalda Durão Ferreira. Julho
26 4. Anexo 2. O Eurobarómetro utilizou uma amostra das NUTS II dos vários países, onde realizou entrevistas pessoais em zonas urbanas e rurais, a pessoas com mais de 15 anos. Em Portugal entrevistaram cerca de mil pessoas. Os resultados foram posteriormente extrapolados para o universo da população residente com mais de 15 anos. Fontes: Observatório da Emigração, ES Research. Julho
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