LIVRO DO MÊS - DEZEMBRO 2010

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1 Serviços de Informação e Documentação Avenida das Forças Armadas Lisboa Tel: Fax: URL: biblioteca@iscte.pt LIVRO DO MÊS - DEZEMBRO 2010

2 NOTA INTRODUTÓRIA DA OBRA* Na década de sessenta, assistindo ao aumento acelerado da taxa de divorcialidade e do número de recasamentos no total dos casamentos, os cientistas sociais norte-americanos começaram a interessar-se pelo recasamento e pelas crianças que viviam com um padrasto ou uma madrasta. No entanto, entre 1930 e 1960, já tinha surgido um conjunto de pesquisas sobre o recasamento e a consequente organização familiar a que este acontecimento obriga, e cujos resultados nelas alcançados se tornaram pontos de partida para um grande número de investigações. É certo que ao longo de quase um século de investigações ( ) se ficou a saber muito mais sobre as configurações familiares recompostas: crescimento demográfico, diversidade estrutural, dinâmicas de interacção e processos de consolidação. Contudo, na década de oitenta, os sociólogos franceses da família retomam a ideia, anteriormente avançada por alguns sociólogos norte-americanos: de que a recomposição não é, tal como o primeiro casamento, o divórcio ou a monoparentalidade, um momento estático e isolado num percurso de vida, mas uma fase de transição herdeira de transições anteriores e condicionante das seguintes. Assim, esta comunicação passa por dar conta das recomposições familiares enquanto objecto de análise sociológica, contemplando a dimensão temporal das transições, com o objectivo de captar dinâmicas - integração e exclusão -, inscritas nos dois eixos do processo de recomposição familiar conjugalidade e parentalidade - e materializadas em práticas e representações dos seus protagonistas. Dos procedimentos de recolha da informação através de entrevistas semi-directivas às mães guardiãs e padrastos, bem como da análise dos conteúdos dos seus discursos, resultou a comprovação da interdependência entre classes sociais e dinâmicas de recomposição familiar; o entrelaçamento entre as transições passadas numa trajectória conjugal e parental e as referidas dinâmicas; e, por último, a coincidência entre os modos de construção social do papel de padrasto e outros factores intervenientes no processo de recomposição familiar. NOTA BIOGRÁFICA DA AUTORA Cristina Lobo é professora do Departamento de Sociologia do ISCTE-IUL Instituto Universitário de Lisboa, e investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES). Da sua formação em Sociologia, feita no ISCTE, destacam-se a dissertação de mestrado Processos de Recomposição Familiar: Estratégias e Trajectórias nas Famílias Recompostas com a qual obteve o grau de mestre em Sociologia (ISCTE, 1994), e a tese de doutoramento Recomposições Familiares: Dinâmicas de um Processo de Transição com a qual obteve o grau de Doutor em Sociologia da Família e da Vida Quotidiana (conferido pelo ISCTE em 2007). Tem publicado vários artigos sobre as famílias recompostas e a parentalidade social em revistas especializadas na área da sociologia. * Índice disponível em:

3 O OUTRO LADO Lugar de sonho? Grécia. Autor preferido? Orhan Pamuk. Presente ideal? Livro. Livro de referência? O Monte dos Vendavais. Música preferida? Bossa Nova e Jazz. Quadro? Nymphéas.

4 Pintor? Monet. Desporto? Matraquilhos. Filme? Johnny Guitar. Frase/pensamento? Amanhã é outro dia. Carro de sonho? Jaguar.

5 *O levantamento bibliográfico apresentado foi seleccionado pela Autora. NOTA BIBLIOGRÁFICA DA AUTORA* LIVROS PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Artigos: Autoria: LOBO, Cristina - Recomposições familiares: dinâmicas de um processo de transição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Capítulos: LOBO, Cristina; GUERREIRO, Maria das Dores; TORRES, Anália - Changing families: configurations, values and recomposition process. In GUERREIRO, Maria das Dores; TORRES, Anália; CAPUCHA, Luís Portugal in the european context. Lisboa: CIES-ISCTE/Celta Editora, Vol. III. p LOBO, Cristina - Parentalidade social, fratrias e relações intergeracionais nas recomposições familiares. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 59 (2009), p LOBO, Cristina; FERREIRA, Ana Cristina; OLIVEIRA, Isabel Tiago de; RAMOS, Madalena - O recasamento: tendências recentes. Revista de Estudos Demográficos. Nº42 (2008), p LOBO, Cristina - Famílias recompostas: revisitar a produção americana ( ). Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 48 (2005), p LOBO, Cristina; GUERREIRO, Maria das Dores; TORRES, Anália - Famílias em mudança: configurações, valores e processos de recomposição. In GUERREIRO, Maria das Dores; TORRES, Anália; CAPUCHA, Luís Portugal no contexto europeu. Lisboa: CIES- ISCTE/Celta Editora, Vol. III. p LOBO, Cristina; CONCEIÇÃO, Cristina - O recasamento em Portugal. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 42 (2003), p LOBO, Cristina; WAAL, Karin - Famílias monoparentais em Portugal. Análise Social. Vol. XXXIV, nº 150 (1999), p LOBO, Cristina; ALMEIDA, Ana Nunes; TORRES, Anália; WAAL, Karin; GUERREIRO, Maria das Dores - Relações familiares: mudança e diversidade. In VEIGAS, José Manuel; COSTA, António Firmino da, orgs. - Portugal, que modernidade. Oeiras: Celta Editora, p LOBO, Cristina - Padrastos no quotidiano: estratégias de construção social do papel de padrasto. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 19 (1996), p

6 LOBO, Cristina - Os congressos de sociologia em Portugal. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 20 (1996), p LOBO, Cristina - Do (re) casamento às estratégias de recomposição familiar. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 18 (1995), p LOBO, Cristina; WAAL, Karin - Bibliografia: a família na sociedade portuguesa. Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 18 (1995), p NOTA: Esta iniciativa só se tornou possível com a total colaboração da Autora, pela mesma os SID apresentam o seu agradecimento.