FÓRUM DE PESQUISAS CIES 2009 OLHARES SOCIOLÓGICOS SOBRE O EMPREGO RELAÇÕES LABORAIS, EMPRESAS E PROFISSÕES

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1 FÓRUM DE PESQUISAS CIES 2009 OLHARES SOCIOLÓGICOS SOBRE O EMPREGO RELAÇÕES LABORAIS, EMPRESAS E PROFISSÕES 18 de Dezembro de 2009 Rosário Mauritti rosario.mauritti@iscte.pt

2 O EMPREGO COMO OBJECTO DE PESQUISA Principais áreas temáticas Estudos centrados numa caracterização extensiva das dinâmicas de emprego e qualificações Analisam indicadores estatísticos em diversas escalas e unidades de observação (nacionais e internacionais) Pesquisas focalizadas na temática da transição para o trabalho Analisam padrões de integração no MT de jovens de ambos os sexos com perfis de escolarização e origens familiares diferenciados Investigações sobre trajectórias profissionais Analisam percursos biográficos e de empregabilidade em diversos perfis qualificacionais e contextos sociais.

3 Projectos e Publicações sobre emprego decorrentes de investigação desenvolvida no CIES nos últimos anos Contributos teóricos e substantivos nas três dimensões assinaladas Incluindo também uma estrutura, em constante actualização, investida na divulgação de estudos e indicadores sobre o emprego, em Portugal e na Europa: o Observatório das Desigualdades

4 Emprego e Qualificações A mudança nos modelos de regulação, expressa numa nova relação salarial neo-concorrencial ou na liberalização das relações de emprego, seja pela via do despedimento, seja pela expansão do trabalho precário, em função da maior ou menor rigidez da legislação laboral e de uma multiplicidade complexa de outros factores relacionados nomeadamente com a estrutura produtiva e qualificacional de cada país. Oliveira, Luísa e Helena Carvalho (2009), Regulação e Mercado de Trabalho: Portugal e a Europa, Lisboa, Edições Sílabo (no prelo). Oliveira, Luísa and Helena Carvalho (2009), Towards the Liberalization of Labor Markets in Europe, Portuguese Journal of Social Science, (forthcoming). Oliveira, Luísa e Helena Carvalho (2008), A precarização do emprego na Europa, Dados: Revista de Ciências Sociais, 51 (3), pp

5 Transição para o Trabalho Trajectórias escolares e profissionais de jovens (até 30 anos) com baixas qualificações Abandono precoce do sistema escolar e ingresso no MT está significativamente relacionado com origens sociais de desfavorecimento que se reproduzem também nos espaços e contextos de sociabilidade amical. Embora na sua maioria inseridos em empregos pouco qualificados, simbolicamente, na avaliação que fazem dos seus percursos reconhecem no MT um espaço de promoção de melhoria das suas condições de partida, pela aquisição de novas competências profissionais e relacionais. Guerreiro, Maria das Dores (coord.), Frederico Cantante e Margarida Barroso (2007), Trajectórias Escolares e Profissionais de Jovens Com Baixas Qualificações., Lisboa, CIES.

6 Transição para o Trabalho Caracterização socioeconómica dos estudantes do ensino superior: Eurostudent III Dissociação entre ser estudante e ser trabalhador : em Portugal, maioria destes estudantes não exerce qualquer actividade remunerada. Factores culturais e institucionais, também ligados ao sistema de oferta de formação são apontados como causas da desmobilização face ao emprego. Minoria (20%) que exerce uma actividade remunerada ao contrário de outros estudantes europeus, tende a trabalhar a tempo inteiro. Orr, Dominic (ed.) (2008), Social and Economic Conditions of Student Life in Europe: Eurostudent III, Beterlsmann, Deutsche Nationalbibliothek (Contributos para Portugal: Martins, Susana da Cruz, Rosário Mauritti e António Firmino da Costa). Martins, Susana da Cruz, Rosário Mauritti e António Firmino da Costa (2008), Estudantes do Ensino Superior: Inquérito às Condições Socioeconómicas, Col. Temas e Estudos de Acção Social (7), Lisboa, DGES. Mauritti, Rosário e Susana da Cruz Martins (2007), Estudantes do ensino superior: condições de vida e contextos sociais, em Costa, Machado e Ávila (orgs.), Portugal no Contexto Europeu (vol. II), Oeiras, Celta Editora.

7 Trajectórias profissionais Percursos académicos, científicos e profissionais dos Jovens Cientistas premiados pelo Programa Estímulo à Investigação, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian Maioria seguiu carreiras científicas, mas as mesmas são diferenciáveis em função de uma complexidade de dimensões relacionadas com as suas experiências e trajectórias científicas, a que se sobrepõem outros efeitos de idade, efeitos da área disciplinar e do campo científico. Cinco perfis-tipo de trajectórias: Investigadores potenciais Investigadores em formação Novos investigadores Investigadores universitários Investigadores intensivos Costa, António Firmino da, Cristina Palma Conceição, Ana Rita Coelho, e Ângela Dias (2009), Trajectórias de Jovens Cientistas: O Prémio Estímulo à Investigação , Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Gradiva.

8 Trajectórias profissionais (cont.) Prpic, Katarina, Luísa Oliveira and Sven Hemlin (ed.), (2009), Women in Science and Technology, ed. Institute for Social Research, Zagreb and Sociology of Science and Technology Network of the European Sociological Association. Duarte, Alexandra (2008), A Dinâmica do Mercado de Trabalho dos Profissionais TIC, Dissertação de Mestrado em Sociologia, especialidade em Sociologia do Trabalho, das Organizações e do Emprego, Lisboa, ISCTE. Oliveira, Luísa, Maria de Lurdes Rodrigues e Helena Carvalho (2007), Profissionais Qualificados e Sociedade do Conhecimento em Costa, Machado e Ávila (orgs.), Portugal no Contexto Europeu (vol. II), Oeiras, Celta Editora.