ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, GEOGRAFIA DO CRIME E TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL Análise da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV, Espírito Santo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, GEOGRAFIA DO CRIME E TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL Análise da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV, Espírito Santo"

Transcrição

1 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, GEOGRAFIA DO CRIME E TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL Análise da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV, Espírito Santo PABLO LIRA 1 Resumo: Este artigo analisa a segurança pública, segundo a organização e estrutura social, a partir da criminalidade violenta urbana. Nos últimos anos no estado do Espírito Santo, Brasil, a atuação integrada, recomposição, investimento e qualificação do efetivo policial e implementação de mecanismos e sistemas de inteligência e tecnologia no campo da segurança pública e defesa social veem favorecendo a redução da taxa de homicídios. Mesmo assim, ao longo das três últimas décadas, os homicídios capixabas mostram-se potencialmente concentrados na Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV. A distribuição espacial dos crimes na RMGV não ocorre de maneira homogênea pela trama urbana, desdobrando-se a partir das desigualdades sociais, econômicas e de infraestrutura. Nessa perspectiva, a análise da organização social do território, bem como dos aspectos demográficos, muito contribui para interpretar possíveis fatores que influenciam as dinâmicas espaciais de crimes registrados na referida área de estudo. Palavras-chave: Aspectos demográficos; Geografia do crime; Tipologia socioespacial Abstract: This paper analyzes the public security, according to the organization and social structure, from the urban violent crime point of view. In last years the state of Espírito Santo, Brazil, integrated operations, recovery, investment and qualification of the police force and implementation mechanisms and intelligence systems and technology in the field of public security and social protection are contributing to reducing the homicides rates. Still, over the past three decades, the Espírito Santo homicides show up potentially concentrated in the Metropolitan Region of Grande Vitória - RMGV. The spatial distribution of crimes in RMGV not occur homogeneously by the urban area, deriving from social, economic and infrastructure inequalities. In this perspective, the analysis of the social organization of territory, as well demographics aspects, contributes to understand possible factors that influencing the special dynamics of crimes recorded in that study area. Key-words: Demographics aspects; Geography of crime; Socio-spatial typology 1 - Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES; Professor Adjunto da Universidade Vila Velha - UVV; Especialista em Estudos e Pesquisas do Instituto Jones dos Santos Neves - IJSN e Coordenador do Núcleo Vitória do INCT Observatório das Metrópoles. de contato: pabloslira@gmail.com 473

2 1 Introdução De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 1980 foram registrados no Brasil e Espírito Santo, respectivamente, 11,7 e 15,1 homicídios por 100 mil habitantes. Passados 30 anos, em 2010, essas mesmas taxas mais que dobraram para o caso brasileiro (27,4 homicídios por 100 mil habitantes) e mais que triplicaram para o caso capixaba (51,0 homicídios por 100 mil habitantes), evidenciando a necessidade da priorização da segurança pública no planejamento, nas políticas, nas ações e na mobilização da sociedade, com a finalidade de redução dos índices de violência criminal. Crime, delitos, infrações, desvios ou qualquer tipo de comportamento humano que possa ser caracterizado como transgressão são eventos que de alguma forma, com maior ou menor intensidade, violam normas sociais ou regras legais - instituídas por leis. Em suma, são eventos que além de motivar e demandar explicações sobre porque acontecem, requerem ou mesmo exigem intervenções coercitivas e punitivas por parte do Estado, mas também políticas públicas e ações da sociedade voltadas para a prevenção primária (avanços no campo da educação, saúde, assistência social, habitação e outras áreas), prevenção secundária (intervenções no desenho arquitetônico e urbanístico, ordenamento territorial, implantação de sistema de vídeo-monitoramento nas ruas e imóveis, policiamento ostensivo, entre outros) e prevenção terciária (programas de diminuição de reincidência criminal e ressocialização de internos do sistema prisional). De causalidades e motivações múltiplas, o comportamento caracterizado como desviante da normalidade, nas suas variadas formas de expressão, desde o pequeno delito ao crime de morte, não deve ser, portanto, visto e interpretado na perspectiva apenas do indivíduo enquanto indivíduo, mas sim enquanto resultado de complexas relações deste em grupos sociais e ambientes específicos. O controle do comportamento desviante, portanto, deve combinar um conjunto amplo de ações preventivas e repressivas. E se o objetivo de qualquer sociedade é reduzir o número de eventos indesejáveis, a exemplo dos homicídios, que comprometem a segurança de pessoas e da sociedade, torna-se fundamental 474

3 promover, principalmente, iniciativas no campo da proteção social, segurança pública e justiça criminal. Na perspectiva da segurança pública e justiça criminal, alguns avanços se fizeram perceptíveis na última década e se intensificaram nos últimos anos, a saber, atuação integrada das agências de segurança pública, recomposição do efetivo policial, investimento na formação e qualificação contínua dos profissionais de segurança pública, ampliação do número de delegacias, incremento e modernização do sistema prisional, construção e expansão do Centro Integrado Operacional de Defesa Social - CIODES, implementação de mecanismos e sistemas de inteligência e vídeo-monitoramento, construção e aquisição equipamentos de laboratórios técnico-científicos de investigação e sistematização do mapeamento criminal por meio de geotecnologias, entre outros. Com base nos dados georreferenciados do mapa do crime da Gerência de Estatística e Análise Criminal - GEAC da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SESP, este texto busca analisar possíveis correlações espaciais entre as estatísticas criminais e a organização social do território, por meio dos produtos cartográficos da tipologia socioespacial, que possibilita uma aproximação da organização social do território e foi desenvolvida, no âmbito da rede de pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - INCT Observatório das Metrópoles (RIBEIRO; RIBEIRO, 2011). Além dessa introdução, o texto é composto por mais 4 seções que desenvolvem um breve diagnóstico dos dados de segurança pública no estado do Espírito Santo e em especial na Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV 2 e uma análise espacial dos crimes e da tipologia socioespacial. 2 Um breve diagnóstico sobre os aspectos demográficos dos homicídios No ano 2000, foram registrados 50,8 homicídios por 100 mil habitantes no estado. Em 2009, este indicador alcançou o patamar de 58,3 homicídios por 100 mil 2 A Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV é composta pelos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória. Com exceção de Fundão e Guarapari, os demais municípios da RMGV formam a Aglomeração da Grande Vitória, que se caracteriza como uma típica conurbação. 475

4 habitantes. De 2000 a 2009, a taxa de homicídio evidenciou um aumento médio de 1,6% ao ano. Desde 2009, os índices de homicídios dolosos do estado destacam uma tendência de redução. De 2010 (52,5 homicídios por 100 mil habitantes) para 2011 (48,2 homicídios por 100 mil habitantes) foi computada uma redução de 8,1% na taxa de homicídios dolosos. Em 2012, esta tendência de redução foi mantida com o registro de 46,4 homicídios por 100 mil habitantes. De 2009 até 2012, o estado destacou uma redução de 20,4% na taxa de homicídios, o que representou uma diminuição de 374 vítimas de homicídios dolosos, sendo que em 2009 foram computadas vítimas e em 2012 foram registradas vítimas. Apesar da taxa de 46,4 homicídios por 100 mil habitantes ser a menor dos últimos 15 anos, este ainda não é um indicador favorável de segurança pública. A taxa nacional de homicídios é praticamente duas vezes menor do que a taxa capixaba. Nesse sentido, os esforços no campo do enfrentamento e prevenção da violência merecem ser cada vez mais integrados e potencializados, sobretudo, nas áreas de maior vulnerabilidade social e que registram historicamente os maiores índices de criminalidade. A tendência de redução da taxa de homicídio é, em larga medida, resultado das ações de enfrentamento qualificado e prevenção da criminalidade, executadas tanto pelos órgãos policiais quanto pelas demais instâncias governamentais. Como visto, esta estratégia se demonstrou eficiente e eficaz em casos de destaque internacional, contudo a efetiva redução dos índices de violência não ocorre de maneira súbita e imediata. As experiências de Nova Iorque e Bogotá demonstram que resultados positivos no campo da segurança pública devem ser galgados com persistência e inteligência, integrando esforços no campo da proteção social e investimentos em infraestrutura, tecnologia e inteligência policial. 476

5 Taxa de homicídio (por 100 mil hab.) A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 55,4 54,8 56,5 58,3 53,1 53,4 53,8 50,8 50,4 52,5 49,9 48,2 46, Figura 1 - Taxa de homicídio doloso por 100 mil habitantes - Espírito Santo Fonte: SESP; SEAE, As taxas nacional e capixaba possuem em comum o mesmo padrão demográfico, isto é, perfil de vítima de homicídio, ou seja, jovens do sexo masculino, com idade entre 15 a 29 anos, e geralmente assassinados por arma de fogo. No Espírito em 2012, 90,7% das vítimas, dos homicídios dolosos registrados, eram do sexo masculino. A taxa masculina de homicídios foi de 85,5 por 100 mil homens, enquanto a feminina foi de 8,5 por 100 mil mulheres 3. Ainda tomando como base o Espírito Santo no ano de 2012, identifica-se que o grupo etário de 15 a 29 anos responde por mais de 60% dos homicídios dolosos registrados 4. Os recortes de 15 a 19, 20 a 24 e 25 a 29 anos evidenciam as maiores taxas de homicídios por faixas etárias no Espírito Santo, de acordo com a Figura 3. 9,3% 90,7% Masculino Feminino Figura 2 - Participação percentual de homicídio doloso, por gênero - Espírito Santo 2012 Fonte: SESP; SEAE, Utilizando dados do Ministério da Saúde de 2011 constata-se que o percentual de homicídios masculinos e femininos no Brasil foi de, respectivamente, 91% e 9%. A taxa brasileira de homicídios masculina foi de 50,5 por 100 mil homens, enquanto a taxa de homicídios feminina foi de 4,6 por 100 mil mulheres. 4 Em 2011, os jovens no grupo etário de 15 a 29 anos responderam por mais de 52% dos homicídios registrados no Brasil (Ministério da Saúde). 477

6 a 4 5 a 9 10 a a a a a a a a a a a a a a 79 acima de 80 Taxa de homicídio por 100 mil (segundo as faixas etárias) 2,92 0,90 8,67 56,44 52,05 42,79 37,68 22,72 16,35 14,51 11,32 10,91 2,52 4,57 118,18 115,37 81,60 A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 Faixa etária Figura 3 - Taxa de homicídio doloso por 100 mil habitantes, segundo as faixas etárias Espírito Santo 2012 Fonte: SESP; SEAE, Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV: violência metropolitana De acordo com Lira e Sampaio (2011), a participação relativa da RMGV e dos demais municípios no total de homicídios registrados no estado ao longo das últimas três décadas revela fases distintas. Durante a década de 80, os Demais Municípios evidenciavam uma maior participação percentual nos homicídios. Os municípios que compõem hoje a RMGV passaram a apresentar uma maior representatividade no total de homicídios registrados a partir da década de 90. Nas duas últimas décadas, os homicídios capixabas mostraram-se concentrados na RMGV. Entre 1999 e 2005 os municípios que hoje compõem a RMGV chegaram a concentrar 75,4% dos homicídios do Espírito Santo. Desde 2005, essa participação relativa vem reduzindo, até alcançar o percentual de 63,7% em % 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75,4% 65,8% 63,7% 34,2% 36,3% 24,6% RMGV Demais Municípios Figura 4 - Participação relativa dos homicídios, segundo região - Espírito Santo Fonte: MS; SESP,

7 Esse padrão de concentração dos homicídios deriva, sobretudo, do processo de urbanização do Espírito Santo que se evidenciou centrado e concentrado na atual área da RMGV, que congrega aproximadamente 48% da população estadual. A organização socioespacial observada hoje nessa região é, em grande parte, reflexo da acumulação histórica dos processos desencadeados a partir da década de 70, cujos quais promoveram significativas alterações nas estruturas sociais, econômicas, demográficas, dentre outras. Diversos fatores estruturais, a saber, inchaço populacional, ineficiência de planejamento urbano e políticas sociais adequadas, degradação urbana, acirramento das desigualdades socioeconômicas e segregação socioespacial se correlacionaram nas décadas posteriores à urbanização da década de 70 e passaram a influenciar o aumento dos índices criminais na RMGV. Para analisar esses índices foram confeccionados dois mapas de concentração criminal, por meio do método de densidade de kernel, que favorecem a identificação dos hotspots ou manchas quentes de crimes (SILVERMAN, 1986). O primeiro apresenta a concentração dos crimes de homicídios dolosos e o outro dos crimes de roubos a pessoa em via pública, de residência/condomínio e de veículo. Assim o geoprocessamento, implementado por ferramentas do Sistema de Informação Geográfica - SIG, dos crimes violentos contra a pessoa e contra o patrimônio é analisado e correlacionado com a tipologia socioespacial de 2010 (RIBEIRO; RIBEIRO, 2011). Nesse sentido, os registros criminais foram trabalhados tendo como recorte temporal este mesmo ano. 4 Análise espacial dos crimes e da tipologia socioespacial na RMGV Em 2010, a RMGV registrou homicídios dolosos. O mapa dos homicídios dolosos demonstra que aglomerados (clusters) de bairros de Serra (grandes Planalto Serrano e Carapina, Feu Rosa e Vila Nova de Colares), Vitória (grande São Pedro e conjunto de bairros da Ilha do Príncipe e seu entorno), Vila Velha (conjuntos de bairros de São Torquato, Primeiro de Maio, Divino Espírito 479

8 Santo, Terra Vermelha e seus entornos) e Cariacica (conjuntos de bairros de Flexal, Bela Aurora e seus entornos) evidenciaram alta concentração de crimes letais. No ano de 2010, a RMGV computou roubos a pessoa em via pública, de residência/condomínio e de veículo. O mapa dos roubos apresenta os clusters de Vitória (Enseada do Suá, Praia do Canto, Barro Vermelho, Jardim da Penha, Centro e Parque Moscoso), Vila Velha (Praia da Costa, Centro, Praia de Itaparica, Coqueiral de Itaparica e Cobilândia) e Cariacica (conjunto de bairros de Campo Grande e seu entorno) com alta concentração de crimes violentos contra o patrimônio. Insta ressaltar que a causalidade da criminalidade violenta, devido à sua complexidade, nunca se deve a um único fator, mas sempre a um conjunto de fatores. Outra observação importante diz respeito às correlações espaciais. A identificação de uma correlação geo-estatística entre duas variáveis, não implica, necessariamente, que uma delas tenha como consequência a outra. Uma correlação geo-estatística aponta para a existência de uma relação espacial entre dois fatores. O nexo causal entre estes pode ser estabelecido por meio do desenvolvimento de análises com outras variáveis, aprofundamento empírico, exploração da literatura especializada e de estudos de casos em outras unidades geográficas que corroboram ou não as correlações identificadas. A análise cartográfica conjugada dos mapas de homicídios dolosos (Figura 5) e de roubos (Figura 6) permite identificar certa correlação espacial negativa dos hotspots criminais, ou seja, a criminalidade violenta destaca comportamento diferencial para os delitos analisados. Os clusters de bairros que apresentaram altos níveis de concentração de homicídios dolosos, na maioria dos casos, não computaram altos níveis de concentração de roubos. Esse padrão de distribuição espacial dos crimes pode ser influenciado por uma série de fatores ligados à dinâmica criminal, aspectos demográficos, estrutura socioeconômica e características do meio e infraestruturas urbanas (problemas de iluminação dos espaços públicos, espaços residenciais desprovidos de elementos de segurança, terrenos abandonados que propiciam locais de esconderijo para infratores etc.). Ao analisar o comportamento espacial dos crimes de homicídios e roubos, tendo a tipologia socioespacial da RMGV (Figura 7) como pano de fundo, constata- 480

9 se que a estrutura social e a organização social do território evidenciam indícios que favorecem o entendimento de determinados padrões da violência. A interpretação cartográfica, por meio do método overlay, dos mapas de homicídios, roubos e da tipologia socioespacial da RMGV revela que as áreas com concentração de crimes letais, geralmente, apresentam predomínio do tipo Popular, ao passo que as áreas com concentração de crimes violentos contra o patrimônio, na maioria dos casos, evidenciam predominância do tipo Superior-médio. As áreas com prevalência do tipo Médio, em alguns exemplos, demonstraram concentração tanto de homicídios (clusters de bairros de Divino Espírito Santo/Centro em Vila Velha e Carapina/Jardim Limoeiro no município de Serra), quanto de roubos (Cobilândia em Vila Velha). As regiões com predomínio do tipo Popular-agrícola não registraram concentração significativa dos crimes aqui estudados. A leitura conjugada dos três mapas citados permite identificar que as áreas com predomínio do tipo Popular são mais vulneráveis aos crimes letais e as áreas com prevalência do tipo Superior-médio estão mais suscetíveis aos crimes violentos contra o patrimônio. Essa constatação pode parecer óbvia, pois, de acordo com a literatura especializada (LIRA, 2007; MATTOS, 2011; ZANOTELLI et al., 2011; SCHABBACH, 2013), as regiões mais privilegiadas das cidades, constituídas por famílias com alta renda e que ostentam bens móveis e imóveis sofisticados, tem uma maior propensão a registrar com maior frequência crimes com finalidade patrimonial e financeira. Todavia, precisar os padrões de distribuição espacial dos crimes, por meio do geoprocessamento, é fundamental para compreender a criminalidade violenta e para a elaboração de ações preventivas e repressivas no campo da segurança pública. A análise espacial dos crimes de homicídios dolosos e roubos reforçam as hipóteses trabalhadas na criminologia da desordem e desorganização social para o primeiro tipo de crime, e por outro lado, de alvo atrativo, oportunidade e baixo controle para o segundo tipo. Ou seja, crimes violentos, como homicídios, tendem a ocorrer em espaços desorganizados física e socialmente, enquanto que, os roubos costumam ocorrer em regiões economicamente atrativas, e em momentos de pouca vigilância policial e comunitária. Consequentemente, a tipologia socioespacial reafirma a presente análise, pois como visto, apontam ligação das regiões de tipo 481

10 Popular com os crimes de homicídios (geralmente mais desorganizadas), e as regiões Superior-médio com os roubos (geralmente mais atrativas economicamente). Figura 5 - Mapa de concentração dos homicídios dolosos, RMGV 2010 Fonte: SESP (2010). 482

11 Figura 6 - Mapa de concentração dos roubos, RMGV 2010 Fonte: SESP (2010). Figura 7 - Tipologia socioespacial, RMGV 2010 Fonte: IBGE ( ); INCT - Observatório das Metrópoles - Núcleo Vitória (2013). 483

12 5 Considerações finais Como visto, a distribuição espacial dos crimes não ocorre de maneira homogênea pela trama urbana, desdobrando-se a partir de nuanças ligadas às especificidades geográficas das diferentes zonas da região metropolitana estudada. Dessa forma, o comportamento diferencial da violência urbana, evidenciado pelos mapas de homicídios dolosos e roubos, provavelmente está em larga escala influenciado pelas desigualdades sociais, econômicas e de infraestrutura. Tais desigualdades evidenciam, em termo de processos, a segregação urbana, cuja tendência de isolamento social é largamente criticada por Jacobs (2007). Esta última autora, em especial, salienta a importância dos desenhos arquitetônicos e urbanísticos privilegiarem os componentes da vigilância natural e da convivência cidadã em prol de bairros e cidades mais seguras. O aprofundamento da análise da tipologia socioespacial vinculada às hipóteses já consagradas por estudos demográficos e pesquisas criminais, como a desorganização social, oportunidade e vitimização, pode contribuir com o desenvolvimento de pesquisas de grande relevância para a compreensão do complexo fenômeno da criminalidade, sobretudo, em ambientes metropolitanos. Referências CALDEIRA, T. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34 / Edusp Violência, direitos e cidadania: relações paradoxais. In: Ciência e Cultura. V. 54, n. 1, p Disponível em: < Acesso em 20 dez FERREIRA, L. R. O Papel das guardas municipais na redução dos homicídios: evidências empíricas para o Brasil. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FGV, FBSP, Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: FBSP JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes

13 LIRA, P. Geografia do Crime: construção e geoprocessamento do Índice de Criminalidade Violenta - IVC no município de Vitória-ES. Pesquisa Acadêmica. Vitória: UFES LIRA, P.; SAMPAIO, A. P. S. Balanço preliminar dos homicídios Texto para discussão, Instituto Jones dos Santos Neves, Vitória, Janeiro MATTOS, R. Expansão urbana, segregação e violência: um estudo sobre a Região Metropolitana da Grande Vitória. Vitória: EDUFES, MISSE, Michel. As ligações perigosas: mercado informal ilegal, narcotráfico e violência no Rio. Contemporaneidade e educação. Rio de Janeiro - RJ, v. 2, n. 1, Crime e violência no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro - RJ: Lúmen Júris RIBEIRO, L.; RIBEIRO, M. Análise social do espaço urbano-metropolitano: fundamentos teórico-metodológicos e descrição dos procedimentos técnicos. Rio de Janeiro: INCT- Observatório das Metrópoles, SCHABBACH, L. Desigualdade, pobreza e violência em Porto Alegre. In: ANDRADE, L.; SOUZA, D.; FREIRE, F. Homicídios nas regiões metropolitanas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013, pp WORLD, Bank. Crime and violence in Central America: a development Challenge. Washington DC: World Bank LAC ZANOTELLI, C. et al. Atlas da Criminalidade no Espírito Santo. 1. ed. São Paulo: Annablume

DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO AOS CRIMES LETAIS INTENCIONAIS NO ESPÍRITO SANTO

DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO AOS CRIMES LETAIS INTENCIONAIS NO ESPÍRITO SANTO DESAFIOS DO ENFRENTAMENTO AOS CRIMES LETAIS INTENCIONAIS NO ESPÍRITO SANTO ANTECEDENTES HISTÓRICOS O processo de concentração demográfica nos centros metropolitanos do país nas últimas décadas foi acompanhado

Leia mais

Índice de Bem Estar Urbano - IBEU da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV: avaliação das condições de vida urbana 1

Índice de Bem Estar Urbano - IBEU da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV: avaliação das condições de vida urbana 1 1 Índice de Bem Estar Urbano - IBEU da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV: avaliação das condições de vida urbana 1 Pablo Lira 2 Latussa Laranja 3 Larissa Magalhães 4 1. Introdução No início

Leia mais

SEMINÁRIO NACIONAL Núcleo Vitória

SEMINÁRIO NACIONAL Núcleo Vitória SEMINÁRIO NACIONAL Núcleo Vitória As metrópoles e as transformações urbanas: Desigualdades, coesão social e governança democrática Rio de Janeiro - dezembro 2015 Roteiro 1. A METRÓPOLE NA REDE URBANA BRASILEIRA

Leia mais

O Papel do Município na Segurança Pública

O Papel do Município na Segurança Pública O Papel do Município na Segurança Pública FATORES INDUTORES DA VIOLÊNCIA Êxodo rural Crescimento urbano desordenado Desigualdade social IMPUNIDADE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA Responsabilidade recai predominantemente

Leia mais

O Estudo Metodologia Equipe responsável Tipos de crimes Quem é a vítima Quem é o agressor Crimes X Delegacias da Mulher Regiões mais violentas SUMÁRIO

O Estudo Metodologia Equipe responsável Tipos de crimes Quem é a vítima Quem é o agressor Crimes X Delegacias da Mulher Regiões mais violentas SUMÁRIO SUMÁRIO O Estudo Metodologia Equipe responsável Tipos de crimes Quem é a vítima Quem é o agressor Crimes X Delegacias da Mulher Regiões mais violentas O ESTUDO O Panorama da Violência Contra a Mulher tem

Leia mais

Mapeamento dos equipamentos comunitários de Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) Rodrigo Bettim Bergamaschi Rodrigo Borrego Lorena

Mapeamento dos equipamentos comunitários de Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) Rodrigo Bettim Bergamaschi Rodrigo Borrego Lorena Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.4768 Mapeamento dos equipamentos comunitários de Região Metropolitana da Grande

Leia mais

A CONSTRUÇÃO CIVIL NO ES: CENÁRIO ECONÔMICO E PERSPECTIVAS

A CONSTRUÇÃO CIVIL NO ES: CENÁRIO ECONÔMICO E PERSPECTIVAS A CONSTRUÇÃO CIVIL NO ES: CENÁRIO ECONÔMICO E PERSPECTIVAS Junho de 2009 Percepção da Crise PERCEPÇÃO DA CRISE Evolução das Expectativas 02.01.2009 22.05.2009 5,50% 6,00% 5,26% 4,00% 2,40% 2,70% 1,90%

Leia mais

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO INSTITUCIONAL

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO INSTITUCIONAL REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO INSTITUCIONAL ÍNDICE 1. Metodologia; 2. Resultados 26º Censo; 2.1 Dados gerais e municipais 2.2 Dados por regiões (agrupamento de bairros) 3. Série Histórica ÍNDICE 1. Metodologia;

Leia mais

Violência: Brasil tem o maior número absoluto de homicídios no mundo

Violência: Brasil tem o maior número absoluto de homicídios no mundo Violência: Brasil tem o maior número absoluto de homicídios no mundo COMENTE PONTOS-CHAVE 1. Resultados do Atlas da Violência 2016 mostram que o Brasil tem o maior número absoluto de homicídios no mundo.

Leia mais

PROPOSTAS GT SEGURANÇA CIDADÃ

PROPOSTAS GT SEGURANÇA CIDADÃ PROPOSTAS GT SEGURANÇA CIDADÃ O PAPEL DO MUNICÍPIO NA SEGURANÇA CIDADÃ A Segurança Pública Cidadã é responsabilidade de todos e demanda a construção de ações que combinem controle qualificado e prevenção,

Leia mais

Desigualdade, pobreza e violência em Porto Alegre

Desigualdade, pobreza e violência em Porto Alegre Desigualdade, pobreza e violência em Porto Alegre Letícia Maria Schabbach Depto. Sociologia/Curso de Políticas Públicas UFRGS leticiams65@gmail.com 1 Homicídio Barômetro bastante confiável da criminalidade

Leia mais

NOTA TÉCNICA N 05/2018 INDICADORES DE HOMICÍDIO DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA

NOTA TÉCNICA N 05/2018 INDICADORES DE HOMICÍDIO DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA NOTA TÉCNICA N 05/2018 INDICADORES DE HOMICÍDIO DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA David Pimentel Barbosa de Siena Resumo executivo A presente nota técnica tem como objeto os indicadores de homicídio da Região

Leia mais

Debate sobre o desenvolvimento do Espírito Santo. Pontos para um programa de governo Região Metropolitana. Vitória, 05/04/2014

Debate sobre o desenvolvimento do Espírito Santo. Pontos para um programa de governo Região Metropolitana. Vitória, 05/04/2014 Debate sobre o desenvolvimento do Espírito Santo Pontos para um programa de governo Região Metropolitana. Vitória, 05/04/2014 EIXOS Infraestrutura e logística; Desenvolvimento Social Saúde, Educação, Cultura,

Leia mais

Distribuição Espacial dos Casos de Mortes por Agressão na Cidade de Cuiabá- MT entre os anos 2000 e 2010.

Distribuição Espacial dos Casos de Mortes por Agressão na Cidade de Cuiabá- MT entre os anos 2000 e 2010. Priscilla Mona de Amorim a,1 Roselaine Ten Caten Piper a,2 Eronaldo Assunção Valles a,3 a Departamento de Geografia ICHS UFMT (PET/FNDE) 1 priscilla_amorim_22@hotmail, ² rosetencatenpiper@hotmail.com,

Leia mais

Segurança Pública e municípios

Segurança Pública e municípios Segurança Pública e municípios apontamentos regionais Paula Miraglia Segurança e municípios singularidade das políticas de segurança pública no Brasil: tema se apresenta como um problema cada vez mais

Leia mais

AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA

AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA Graduanda em Geografia, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus

Leia mais

PERFIL E MAPEAMENTO DA VIOLÊNCIA NO DISTRITO FEDRAL E OS REFLEXOS COM O ENTORNO

PERFIL E MAPEAMENTO DA VIOLÊNCIA NO DISTRITO FEDRAL E OS REFLEXOS COM O ENTORNO CAMPANHA DA FRATERNIDADE CF- 2018 Tema: Fraternidade e a Superação da Violência Lema: Vós sois todos irmãos PERFIL E MAPEAMENTO DA VIOLÊNCIA NO DISTRITO FEDRAL E OS REFLEXOS COM O ENTORNO Profª. Drª. MARCELLE

Leia mais

Contra a corrente. Evolução recente e desafios da criminalidade no RS Com ênfase em POA. Júlio Francisco Gregory Brunet & Luiz Tadeu Viapiana

Contra a corrente. Evolução recente e desafios da criminalidade no RS Com ênfase em POA. Júlio Francisco Gregory Brunet & Luiz Tadeu Viapiana Contra a corrente Evolução recente e desafios da criminalidade no RS Com ênfase em POA Júlio Francisco Gregory Brunet & Luiz Tadeu Viapiana 2. Comparação RS x Porto Alegre PROPÓSITO DE MELHORIA Nossas

Leia mais

Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005)

Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005) Ministério da Justiça Perfil das Vítimas e Agressores das Ocorrências Registradas pelas Polícias Civis (Janeiro de 2004 a Dezembro de 2005) Agosto/2006 Secretaria Nacional de Segurança Pública Departamento

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR BAIRROS EM CORUMBÁ-MS. UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79, Dourados-MS,

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR BAIRROS EM CORUMBÁ-MS. UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79, Dourados-MS, EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO POR BAIRROS EM CORUMBÁ-MS Graciela Gonçalves de Almeida 1 ; Ana Paula Vieira da Silva 1 ; Andressa Freire dos Santos 1 ; Joelson Gonçalves Pereira 2 UFGD/FCBA Caixa Postal 533, 79,804-970-Dourados-MS,

Leia mais

Morte brasileira: a trajetória de um país

Morte brasileira: a trajetória de um país Morte brasileira: a trajetória de um país A morte é um grande personagem. De capuz e foice na mão, comove plateias no mundo todo. Mas será esse mesmo o perfil da morte brasileira? A morte brasileira usa

Leia mais

Reduzindo os Homicídios e a Violência Letal no Brasil. Ciclo de Ações e Mobilização

Reduzindo os Homicídios e a Violência Letal no Brasil. Ciclo de Ações e Mobilização Reduzindo os Homicídios e a Violência Letal no Brasil Ciclo de Ações e Mobilização Inovações que têm sido propostas Compreender e tratar a violência como fenômeno multifacetado, demandando, portanto, a

Leia mais

GEOGRAFIA DO CRIME. Análise espacial dos crimes violentos e da tipologia socioespacial da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV

GEOGRAFIA DO CRIME. Análise espacial dos crimes violentos e da tipologia socioespacial da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV GEOGRAFIA DO CRIME Análise espacial dos crimes violentos e da tipologia socioespacial da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV Pablo Lira 1 RESUMO Este estudo analisa a segurança pública, segundo

Leia mais

Caminhos de superação da violência Dra. Marlene Inês Spaniol

Caminhos de superação da violência Dra. Marlene Inês Spaniol Dra. Marlene Inês Spaniol Encontro de Abertura 22/11/2017 Teatro Dante Barone Porto Alegre/RS Tema a ser desenvolvido: Os (difíceis mas possíveis) caminhos de superação da violência partindo do objetivo

Leia mais

UNIVERSIDADE VILA VELHA ES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA

UNIVERSIDADE VILA VELHA ES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA UNIVERSIDADE VILA VELHA ES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA AS RELAÇÕES ENTRE HOMICÍDIO E A SEGREGAÇÃO URBANA: ESTUDO DO BAIRRO DE JARDIM CARAPINA, SERRA, ES BONIFACIO RANGEL VILELA FILHO

Leia mais

A NECESSÁRIA MODERNIZAÇÃO DA POLÍCIA BRASILEIRA

A NECESSÁRIA MODERNIZAÇÃO DA POLÍCIA BRASILEIRA A NECESSÁRIA MODERNIZAÇÃO DA POLÍCIA BRASILEIRA Prof. Dr. Michel Misse Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diretor do NECVU Núcleo de Estudos

Leia mais

A escalada da violência diante dos avanços econômico-sociais na (re)produção das metrópoles

A escalada da violência diante dos avanços econômico-sociais na (re)produção das metrópoles A escalada da violência diante dos avanços econômico-sociais na (re)produção das metrópoles Luis Flavio Sapori Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Brasil A criminalidade violenta é o principal

Leia mais

SINTESE DO DIAGNÓSTICO TERRITÓRIO DE PAZ GRANDE VARGAS SAPUCAIA DO SUL 2010/2011

SINTESE DO DIAGNÓSTICO TERRITÓRIO DE PAZ GRANDE VARGAS SAPUCAIA DO SUL 2010/2011 SINTESE DO DIAGNÓSTICO TERRITÓRIO DE PAZ GRANDE VARGAS SAPUCAIA DO SUL 2010/2011 REALIZAÇÃO: Diagnóstico Local - Território de Paz Grande Vargas Sapucaia do Sul Página 1 DIAGNÓSTICO LOCAL TERRITÓRIO DE

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Atualização e Capacitação Sobre Formulação e Gestão de Políticas Públicas Módulo III Políticas Públicas e Direitos Humanos Aula 7 Gestão em Segurança

Leia mais

MOTIVO DA URBANIZAÇÃO:

MOTIVO DA URBANIZAÇÃO: URBANIZAÇÃO CONCEITO: É a transformação de espaços naturais e rurais em espaços urbanos, concomitantemente à transferência em larga escala da população do campo para a cidade êxodo rural em razão de diversos

Leia mais

Atlas da Violência mostra que 75% das vítimas de homicídio no País são negras

Atlas da Violência mostra que 75% das vítimas de homicídio no País são negras Atlas da Violência mostra que 75% das vítimas de homicídio no País são negras (Foto:Divulgação)-Taxa de mortes para essa parcela da população chega a 43,1 por 100 mil habitantes O Atlas da Violência, estudo

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE. Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos

HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE. Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos HETEROGENEIDADE ESPACIAL COMO INDICADOR DE RISCO PARA DENGUE Regina Fernandes Flauzino Reinaldo Souza-Santos OBJETIVO: Identificar fatores associados à ocorrência da dengue levando-se em conta a unidade

Leia mais

Laboratório de Análise da Violência

Laboratório de Análise da Violência Laboratório de Análise da Violência Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Coordenador: João Trajano Sento-Sé Co-coordenador: Ignácio Cano www.lav.uerj.br Rua São Francisco Xavier 524, 9 andar -

Leia mais

2004 ago. de 2007 Coordenadora da Área de Estudos Sociais do Instituto de Apoio á Pesquisa e ao Desenvolvimento Jones dos Santos Neves- IJSN

2004 ago. de 2007 Coordenadora da Área de Estudos Sociais do Instituto de Apoio á Pesquisa e ao Desenvolvimento Jones dos Santos Neves- IJSN 1. FORMAÇÃO ACADÊMICA 1995-1997 Mestrado em Demografia ( conclusão de créditos ) Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Minas Gerais, Brasil 1987-1993 Graduação em Ciências Econômicas Universidade

Leia mais

Considerações finais

Considerações finais Considerações finais Rodrigo de Souza Vieira SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros VIEIRA, RS. Crescimento econômico no estado de São Paulo: uma análise espacial [online]. São Paulo: Editora UNESP;

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CURSO TECNICO INTEGRADO EM INSTRUMENTO MUSICAL PLANO DE ENSINO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CURSO TECNICO INTEGRADO EM INSTRUMENTO MUSICAL PLANO DE ENSINO PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO CURSO: TECNICO INTEGRADO EM NOME DA UNIDADE ACADÊMICA: IV COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas DOCENTE RESPONSÁVEL: DIVERSOS EMENTA ANO/SÉRIE:

Leia mais

Projeto. Água+ Soci. Chefia imediata: Luciano Santos Sobral R-DCN

Projeto. Água+ Soci. Chefia imediata: Luciano Santos Sobral R-DCN 1 Projeto 2 Água+ Soci l Equipe: Fernanda Ferreira Ribeiro - R-EVV; Livia Pereira Nunes - R-ESE; Luzinete do Nascimento P. Santos - R-ESE; Maria José Paixão Fernandes - R-GRC ; Wanusa Pereira dos Santos

Leia mais

Reunião LIGHT Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2017

Reunião LIGHT Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2017 Determinantes Socioeconômicos de Áreas com Severas Restrições Operacionais e de Perdas Não Técnicas de Energia: O Caso da Light no Estado do Rio de Janeiro Reunião LIGHT Rio de Janeiro, 2 de outubro de

Leia mais

Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo

Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo Vulnerabilidade e segregação ocupacional dos jovens em regiões de favelas em Belo Horizonte Resumo A vulnerabilidade social da juventude resulta de uma série de fatores, frequentemente sobrepostos. A combinação

Leia mais

JUVENTUDE E VIOLÊNCIA NA CIDADE DE SÃO PAULO

JUVENTUDE E VIOLÊNCIA NA CIDADE DE SÃO PAULO JUVENTUDE E VIOLÊNCIA NA CIDADE DE SÃO PAULO Prefeitura Municipal de São Paulo SÃO PAULO, NOVEMBRO 2015 Objetivos desta comunicação Objetivo 1: analisar os dados sobre violência na cidade de São Paulo

Leia mais

Fortaleza. 5ª cidade em população: 2,45 milhões 9ª colocada em PIB 18ª capital em rendimento mensal total domiciliar per capita nominal (R$ 701,00)

Fortaleza. 5ª cidade em população: 2,45 milhões 9ª colocada em PIB 18ª capital em rendimento mensal total domiciliar per capita nominal (R$ 701,00) 5ª cidade em população: 2,45 milhões 9ª colocada em PIB 18ª capital em rendimento mensal total domiciliar per capita nominal (R$ 701,00) Classificação por renda domiciliar per capita Renda Domiciliar Per

Leia mais

Caso prefira preencher o questionário online, uma cópia está disponível em:

Caso prefira preencher o questionário online, uma cópia está disponível em: Participe da primeira pesquisa realizada pelo CIPC (www.crime-prevention.intl.org) sobre estratégias municipais de prevenção do crime e segurança pública! A segurança urbana é um assunto cada vez mais

Leia mais

Palavras chave: acidente, análise, espacial, distribuição, trânsito.

Palavras chave: acidente, análise, espacial, distribuição, trânsito. Distribuição espacial dos acidentes de trânsito com vítima envolvendo motociclistas no perímetro urbano de Teresina-PI, através de elipses de desvio padrão. Danilo de Sousa Miranda 1 Benavenuto José Santiago

Leia mais

OFICINA: VIGILÂNCIA SOCIAL. CLARICE IMPERIAL Fortaleza, março de 2012

OFICINA: VIGILÂNCIA SOCIAL. CLARICE IMPERIAL Fortaleza, março de 2012 OFICINA: VIGILÂNCIA SOCIAL CLARICE IMPERIAL Fortaleza, março de 2012 FOTO Capital do Espírito Santo Possui 327.801 habitantes Censo 2010 Compõem com outros seis municípios (Cariacica, Fundão, Guarapari,

Leia mais

A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO. Diversos fatores levaram à situação atual

A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO. Diversos fatores levaram à situação atual A SEGURANÇA É HOJE A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO BRASILEIRO Diversos fatores levaram à situação atual O problema foi tratado com uma série de OUs Natureza ou policial ou social Responsabilidade ou Federal

Leia mais

Mapa da Violência 2012: Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil. Consolidação dos Dados da Violência Homicida por Unidade Federada

Mapa da Violência 2012: Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil. Consolidação dos Dados da Violência Homicida por Unidade Federada Mapa da Violência 2012: Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil Consolidação dos Dados da Violência Homicida por Unidade Federada Julgamos que seria de grande utilidade consolidar as informações

Leia mais

DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DEPARTAMENTO DE TRABALHO SOCIAL

DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DEPARTAMENTO DE TRABALHO SOCIAL DEPARTAMENTO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DEPARTAMENTO DE TRABALHO SOCIAL NOVEMBRO DE 2015 Dez anos da Política Habitacional: Avanços, Potencialidades e a Continuação de uma Política Principais Urbanizações

Leia mais

Como enfrentar a epidemia de violência no Brasil

Como enfrentar a epidemia de violência no Brasil Como enfrentar a epidemia de violência no Brasil Fortalecendo a gestão e a governança do setor de segurança pública AGO 2018 1 PRINCIPAIS DESAFIOS COMO ENFRENTAR A EPIDEMIA DE VIOLÊNCIA NO BRASIL Deterioração

Leia mais

Temas de Redação / Atualidades Tema: Desafios da urbanização no contexto contemporâneo

Temas de Redação / Atualidades   Tema: Desafios da urbanização no contexto contemporâneo Tema: Desafios da urbanização no contexto contemporâneo Com o novo acordo, os líderes mundiais se comprometeram a aumentar o uso de energia renovável, proporcionar um sistema de transporte mais ecológico

Leia mais

NOTA TÉCNICA N 06/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA

NOTA TÉCNICA N 06/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA NOTA TÉCNICA N 06/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA David Pimentel Barbosa de Siena Resumo executivo A presente análise tem como objeto as informações criminais

Leia mais

Criminalidade e Segurança Pública na Região Sudeste: Um balanço da última década

Criminalidade e Segurança Pública na Região Sudeste: Um balanço da última década Criminalidade e Segurança Pública na Região Sudeste: Um balanço da última década Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública

Leia mais

Comunicado de Imprensa

Comunicado de Imprensa Comunicado de Imprensa s representam quase metade das causas de mortes de jovens de 16 e 17 anos no Brasil. As principais vítimas são adolescentes do sexo masculino, negros e com baixa escolaridade O homicídio

Leia mais

PERCEPÇÃO DE MEDO NO ESTADO DE MINAS GERAIS. Aspectos Sócio-econômicos e Criminalidade Violenta

PERCEPÇÃO DE MEDO NO ESTADO DE MINAS GERAIS. Aspectos Sócio-econômicos e Criminalidade Violenta PERCEPÇÃO DE MEDO NO ESTADO DE MINAS GERAIS Aspectos Sócio-econômicos e Criminalidade Violenta Setembro de 2009 EQUIPE: Coordenação Geral da Pesquisa: Cláudio Chaves Beato Filho Equipe de Pesquisadores:

Leia mais

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias RESUMO Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias As transformações demográficas se intensificaram na segunda metade do século XX em todo o país e se encontram em curso nas

Leia mais

POLICIAMENTO COMUNITÁRIO Segurança Urbana Lisboa Cidade da Praia

POLICIAMENTO COMUNITÁRIO Segurança Urbana Lisboa Cidade da Praia POLICIAMENTO COMUNITÁRIO Segurança Urbana Lisboa Cidade da Praia Cidades mais seguras, mais inclusivas, com maior participação dos cidadãos e com maior qualidade de vida Desafio às organizações policiais:

Leia mais

Geografia do Crime estudo do Índice de Violência Criminalizada - IVC e da Tipologia Sociespacial

Geografia do Crime estudo do Índice de Violência Criminalizada - IVC e da Tipologia Sociespacial Pablo Lira Geografia do Crime estudo do Índice de Violência Criminalizada - IVC e da Tipologia Sociespacial Resumo Este artigo consiste em uma análise da distribuição espacial da criminalidade violenta

Leia mais

O USO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) PARA SUBSIDIAR POLÍTICAS PÚBLICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL

O USO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) PARA SUBSIDIAR POLÍTICAS PÚBLICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL P á g i n a 15 O USO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) PARA SUBSIDIAR POLÍTICAS PÚBLICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL Larissa da Silva Ferreira Professora Me do CGE/CAMEAM/UERN larissaferreira@uern.br

Leia mais

Dia da ONU em Alagoas Diálogos sobre Desenvolvimento Urbano, Social e Econômico

Dia da ONU em Alagoas Diálogos sobre Desenvolvimento Urbano, Social e Econômico Dia da ONU em Alagoas Diálogos sobre Desenvolvimento Urbano, Social e Econômico Eduardo Pazinato Escritório de Ligação e Parceria do UNODC Maceió/AL, 05 de junho de 2018 Escritório da Nações Unidas sobre

Leia mais

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Inteligência Criminal

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Inteligência Criminal Seminário de Apresentação de Trabalhos de Conclusão dos cursos de Pós- Graduação em Gestão de Segurança Pública e em Inteligência Criminal. Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Inteligência Criminal Florianópolis,

Leia mais

RELAÇÕES ENTRE ÍNDICES DE CRIMINALIDADE E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO FEDERAL

RELAÇÕES ENTRE ÍNDICES DE CRIMINALIDADE E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO FEDERAL RELAÇÕES ENTRE ÍNDICES DE CRIMINALIDADE E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO FEDERAL Victor Hugo Costa Dias Engenheiro de Controle e Automação pela Universidade de Brasília

Leia mais

A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP

A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP Introdução: Vitor Koiti Miyazaki Faculdade de Ciências

Leia mais

BRASÍLIA EM RISCO. O que os números da criminalidade dizem? O que os cidadãos percebem? O que a cidade perde?

BRASÍLIA EM RISCO. O que os números da criminalidade dizem? O que os cidadãos percebem? O que a cidade perde? BRASÍLIA EM RISCO O que os números da criminalidade dizem? O que os cidadãos percebem? O que a cidade perde? Se você torturar os dados por tempo suficiente, eles confessam (Ronald Coase, economista britânico)

Leia mais

NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, JURÍDICA E DE ESTUDOS SOBRE A PESSOA IDOSA - NASJEPI

NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, JURÍDICA E DE ESTUDOS SOBRE A PESSOA IDOSA - NASJEPI 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( x ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA

Leia mais

NOTA TÉCNICA N 03/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA

NOTA TÉCNICA N 03/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA NOTA TÉCNICA N 03/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018 DO GRANDE ABC PAULISTA David Pimentel Barbosa de Siena Resumo executivo A presente análise tem como objeto as informações criminais

Leia mais

DIAGNÓSTICO DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE A PARTIR DE FONTES SECUNDÁRIAS DE INFORMAÇÕES

DIAGNÓSTICO DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE A PARTIR DE FONTES SECUNDÁRIAS DE INFORMAÇÕES DIAGNÓSTICO DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE A PARTIR DE FONTES SECUNDÁRIAS DE INFORMAÇÕES 2011. 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 3 1. POPULAÇÃO... 4 2. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), RENDA E MERCADO DE TRABALHO.. 7

Leia mais

Experienciasde inclusión social juvenil em

Experienciasde inclusión social juvenil em Experienciasde inclusión social juvenil em participación Vinicius Macário Coordenador do Observatório de Políticas Públicas de Juventude Política Nacional de Participação Social Decreto 8243 (2014) Conselho

Leia mais

II. Violência contra a mulher: dados 2015

II. Violência contra a mulher: dados 2015 Dossiê Mulher 2016 7 II. Violência contra a mulher: dados 2015 No estado Rio de Janeiro, as mulheres representam cerca de 52,0% da população total. Em 2015, o percentual de mulheres vítimas de algum delito

Leia mais

DIRETORIA DE INTELIGÊNCIA

DIRETORIA DE INTELIGÊNCIA DIRETORIA DE INTELIGÊNCIA Desde 1948, provendo informações na PMMG II Encontro de Inteligência e Estratégia 2014 Polícia orientada pela Inteligência de Segurança Pública Belo Horizonte, 05 de novembro

Leia mais

ESPACIALIZAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS POLICIAIS NA CIDADE DE VIÇOSA-MG SPATIALIZATION AND ANALYSIS OF OCCURRENCES POLICE IN THE CITY OF VIÇOSA-MG

ESPACIALIZAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS POLICIAIS NA CIDADE DE VIÇOSA-MG SPATIALIZATION AND ANALYSIS OF OCCURRENCES POLICE IN THE CITY OF VIÇOSA-MG Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2018 Maceió - AL 21 a 24 de agosto de 2018 ESPACIALIZAÇÃO E ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS POLICIAIS NA CIDADE DE VIÇOSA-MG VICENTE MARTINS PAIVA

Leia mais

Violência doméstica e familiar contra a mulher em Manaus: análise dos casos atendidos pelo Projeto Ronda Maria da Penha.

Violência doméstica e familiar contra a mulher em Manaus: análise dos casos atendidos pelo Projeto Ronda Maria da Penha. Violência doméstica e familiar contra a mulher em Manaus: análise dos casos atendidos pelo Projeto Ronda Maria da Penha. Resumo Esse estudo de caráter descritivo e analítico aborda o contexto de violência

Leia mais

SEGURANÇA PÚBLICA NORDESTE DESAFIOS E OPORTUNIDADES

SEGURANÇA PÚBLICA NORDESTE DESAFIOS E OPORTUNIDADES SEGURANÇA PÚBLICA NORDESTE DESAFIOS E OPORTUNIDADES TEMA RECORRENTE ÍNDICES DE SEGURANÇA PÚBLICA BRASIL 61.283 Vítimas 29,7 assassinatos/100.000 hab. Média ONU Média Brasil: 3X NORDESTE 24.825 Vítimas

Leia mais

Secretaria Municipal de Defesa Social PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

Secretaria Municipal de Defesa Social PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE SETEMBRO 2008 Santa Cruz do Capibaribe é a cidade líder do segundo maior pólo de confecções do Brasil. Sua população é de aproximadamente 75.000 habitantes.

Leia mais

Caminhos para a Efetividade da Segurança Pública no Brasil. Daniel Cerqueira (IPEA)

Caminhos para a Efetividade da Segurança Pública no Brasil. Daniel Cerqueira (IPEA) Caminhos para a Efetividade da Segurança Pública no Brasil Daniel Cerqueira (IPEA) EPGE/FGV, Rio de Janeiro, em 17/11/2017 A escalada dos homicídios nas últimas décadas AED DED Não há uma receita única,

Leia mais

Taxa de homicídios no Brasil aumenta mais de 10% de 2005 a 2015

Taxa de homicídios no Brasil aumenta mais de 10% de 2005 a 2015 Taxa de homicídios no Brasil aumenta mais de 10% de 2005 a 2015 Ipea mostra desigualdade entre os estados, com o Rio Grande do Norte apresentando alta de mais de 200% no mesmo período e São Paulo, queda

Leia mais

Rondônia. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Rondônia (1991, 2000 e 2010)

Rondônia. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Rondônia (1991, 2000 e 2010) Rondônia Em, no estado de Rondônia (RO), moravam 1,6 milhões de habitantes, onde uma parcela ainda discreta (4,7%, 73,3 mil habitantes) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 52 municípios,

Leia mais

Acesse as apresentações e vídeos do evento em:

Acesse as apresentações e vídeos do evento em: Acesse as apresentações e vídeos do evento em: www.ggp.uerj.br. Iniciativas e desafios da integração das políticas públicas e ações técnicas: Geotecnologias como ferramenta para Saúde Renata Gracie gracie.renata@gmail.com

Leia mais

Salvador: Transformações Sociais e Demográficas

Salvador: Transformações Sociais e Demográficas Leitura de Bordo No. 06 (*) NOTA TEMÁTICA Salvador: Transformações Sociais e Demográficas Gilberto Corso (**) Em termos de densidade populacional, o estado da Bahia apresenta uma nítida concentração espacial

Leia mais

Cartografias Socioassistenciais sobre a Violação de Direitos, Riscos e Vulnerabilidades Sociais nos Territórios Municipais em Roraima

Cartografias Socioassistenciais sobre a Violação de Direitos, Riscos e Vulnerabilidades Sociais nos Territórios Municipais em Roraima GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO E BEM ESTAR SOCIAL (SETRABES) COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO (CMAGI) Cartografias Socioassistenciais sobre

Leia mais

Análise espacial da distribuição de roubos e furtos ocorridos em Presidente Prudente em 2010

Análise espacial da distribuição de roubos e furtos ocorridos em Presidente Prudente em 2010 Análise espacial da distribuição de roubos e furtos ocorridos em Presidente Prudente em 2010 Fabiano José dos Santos 1 Vilma Mayumi Tachibana 1 Edilson Ferreira Flores 1 1.Introdução Os crimes de roubo

Leia mais

Geoprocessamento aplicado ao monitoramento dos índices de criminalidade no agreste meridional de Pernambuco

Geoprocessamento aplicado ao monitoramento dos índices de criminalidade no agreste meridional de Pernambuco http://dx.doi.org/10.5902/2236117011074 Revista do Centro do Ciências Naturais e Exatas - UFSM, Santa Maria Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental - REGET e-issn 2236 1170 - V. 18

Leia mais

Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5

Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 1. (UEMG) circunscrito aos países que primeiro se industrializaram. Após

Leia mais

VITÓRIA 459 ANOS. Tâmara Freitas Barros

VITÓRIA 459 ANOS. Tâmara Freitas Barros VITÓRIA 459 ANOS Tâmara Freitas Barros Com 459 anos de existência, Vitória tem arte, beleza, cultura, turismo e negócios. Aproveitando o aniversário da cidade, a Futura foi às ruas captar a percepção dos

Leia mais

Laboratório de Análise da Violência

Laboratório de Análise da Violência Laboratório de Análise da Violência Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Coordenador: João Trajano Sento-Sé Co-coordenador: Ignácio Cano www.lav.uerj.br Rua São Francisco Xavier 524, 9 andar -

Leia mais

Cidadania na Metrópole Desigual: a cultura política na metrópole fluminense 1

Cidadania na Metrópole Desigual: a cultura política na metrópole fluminense 1 Cidadania na Metrópole Desigual: a cultura política na metrópole fluminense 1 Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro (IPPUR/UFRJ) Sérgio de Azevedo (UENF) Orlando Alves dos Santos Junior (IPPUR/UFRJ) Discutir a

Leia mais

Prevenindo homicídios: O Programa Fica Vivo em Belo Horizonte. Seminário Espaços Urbanos Seguros Recife, 17/09/2008 Andréa Maria Silveira

Prevenindo homicídios: O Programa Fica Vivo em Belo Horizonte. Seminário Espaços Urbanos Seguros Recife, 17/09/2008 Andréa Maria Silveira Prevenindo homicídios: O Programa Fica Vivo em Belo Horizonte Seminário Espaços Urbanos Seguros Recife, 17/09/2008 Andréa Maria Silveira Cenário Crescimento dos homicídios, principalmente entre jovens

Leia mais

PLANO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA JUNDIAÍ, SP

PLANO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA JUNDIAÍ, SP PLANO MUNICIPAL DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA JUNDIAÍ, SP JUNDIAÍ SEGURA V e r s ã o P r e l i m i n a r Junho de 2006 Universidade de São Paulo Núcleo de Estudos da Violência

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA D E C R E T O Nº 8.948, de 18 de março de 2010 EMENTA: Cria e regulamenta o Gabinete de Gestão Integrada do Município de Itabuna GGI-M e, dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, no uso

Leia mais

Laboratório de Análise da Violência

Laboratório de Análise da Violência Laboratório de Análise da Violência Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Coordenador: João Trajano Sento-Sé Co-coordenador: Ignácio Cano www.lav.uerj.br Rua São Francisco Xavier 524, 9 andar -

Leia mais

A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES

A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES 47 A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES Nathália Oliveira Silva Costa 1 ; Alexandre Carvalho de Andrade 2. 1 nathaliacosta40@hotmail.com;

Leia mais

NOTA TÉCNICA N 01/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO QUARTO TRIMESTRE DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA

NOTA TÉCNICA N 01/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO QUARTO TRIMESTRE DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA NOTA TÉCNICA N 01/2018 INDICADORES CRIMINAIS DO QUARTO TRIMESTRE DE 2017 DO GRANDE ABC PAULISTA David Pimentel Barbosa de Siena Resumo executivo A presente análise tem como objeto as informações criminais

Leia mais

Palavras Chave: segunda residência; produção do espaço urbano; dinâmica imobiliária; Santos SP; segregação socioespacial 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Palavras Chave: segunda residência; produção do espaço urbano; dinâmica imobiliária; Santos SP; segregação socioespacial 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA INSTITUCIONAL/IFSP PROJETO DE PESQUISA TÍTULO DO PROJETO: O turismo de segunda residência na Baixada Santista e a dinâmica imobiliária em Santos - SP Área do Conhecimento (Tabela do CNPq): 6. 1 3. 0 0.

Leia mais

Uso da força sob uma perspectiva de complexidade

Uso da força sob uma perspectiva de complexidade NOTAS Nº 12/2017 BRASIL Uso da força sob uma perspectiva de complexidade Cristina Gross Villanova OUTUBRO DE 2017 A ideia central do programa era que segurança pública não se faz apenas com ações policiais,

Leia mais

TEMA I. A POPULAÇÃO, UTILIZADORA DE RECURSOS E ORGANIZADORA DE ESPAÇOS

TEMA I. A POPULAÇÃO, UTILIZADORA DE RECURSOS E ORGANIZADORA DE ESPAÇOS 1.1. A população: evolução e diferenças regionais 1.1.1. A evolução da população na 2ª metade do século XX Preparação para exame nacional Geografia A 1/8 Síntese: Evolução demográfica da população portuguesa

Leia mais

IBEU LOCAL: REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

IBEU LOCAL: REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS IBEU LOCAL: REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS Marcelo Gomes Ribeiro Gustavo Henrique P. Costa INTRODUÇÃO O Observatório das Metrópoles divulgou recentemente a publicação referente ao Índice de Bem Estar

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CRIMES CONTRA PESSOA ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2015 NO MUNICÍPIO DE SERRA ES

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CRIMES CONTRA PESSOA ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2015 NO MUNICÍPIO DE SERRA ES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II STANLEY SULKE BARBOSA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CRIMES CONTRA PESSOA

Leia mais

População da Grande Vitória/ES por gênero e idade de acordo com o Censo de 2010

População da Grande Vitória/ES por gênero e idade de acordo com o Censo de 2010 Página64 Revista Sinais n.13, Junho, 2013 População da Grande Vitória/ES por gênero e idade de acordo com o Censo de 2010 Gabriel Meneguelli Soella 1 Resumo: Este trabalho consiste na realização de aplicação

Leia mais

SEGURANÇA PÚBLICA. Sobre a atuação policial, os capixabas também opinaram e, na avaliação deles, as ações. Dihego Pansini de Souza

SEGURANÇA PÚBLICA. Sobre a atuação policial, os capixabas também opinaram e, na avaliação deles, as ações. Dihego Pansini de Souza SEGURANÇA PÚBLICA Dihego Pansini de Souza O tema Segurança Pública pressupõe relações complexas envolvendo poder público, iniciativa privada e sociedade. A população não pode se furtar de discutir uma

Leia mais

OPERAÇÃO LAVA-JATO E FICHA LIMPA

OPERAÇÃO LAVA-JATO E FICHA LIMPA CERTIFICADA PELA ABEP/ESOMAR* PESQUISA FLEXCONSULT/TRANSPARÊNCIA OPERAÇÃO LAVA-JATO E FICHA LIMPA GRANDE VITÓRIA Março de 2018 * O Certificado de Qualidade da ABEP/ESOMAR (Associação Brasileira de Empresas

Leia mais

2. DADOS SOBRE HOMICÍDIOS DE JOVENS E LETALIDADE POLICIAL

2. DADOS SOBRE HOMICÍDIOS DE JOVENS E LETALIDADE POLICIAL NOTA TÉCNICA Nº 25 /2016/SPAA/SEPPIR Assunto: Projeto de Lei 2438/2015 que Institui o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, estabelece a sua avaliação e dá outras providências. 1. SUMÁRIO

Leia mais

MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE ANÁLISE CRIMINAL

MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE ANÁLISE CRIMINAL CESeC Centro de Estudos de Segurança e Cidadania MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE ANÁLISE CRIMINAL Doriam Borges UERJ / LAV Abril 2011 Instrumentos de Análise Tabelas Objetivo das Tabelas Apresentar de forma simples

Leia mais