UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA CLAUDIANE TIBOLLA

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1 UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA CLAUDIANE TIBOLLA PREVALÊNCIA DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE SANTO EXPEDITO DO SUL-RS PASSO FUNDO 2008

2 2 CLAUDIANE TIBOLLA PREVALÊNCIA DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE SANTO EXPEDITO DO SUL-RS Monografia apresentada à unidade de Pósgraduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ortodontia Orientadora: Ms. Lilian Rigo Co-orientador: Dr. Lincoln I. Nojima PASSO FUNDO 2008

3 3 CLAUDIANE TIBOLLA PREVALÊNCIA DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE SANTO EXPEDITO DO SUL-RS Monografia apresentada à comissão julgadora da Unidade de Pós-graduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo FundoRS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ortodontia Aprovada em / /. BANCA EXAMINADORA: Ms. Lilian Rigo - Orientador Prof. Ms. Graziela Cericato Prof. Dr. César Garbin

4 4 DEDICATÓRIA Aos meus pais, André Tibolla e Eudes Fracasso Tibolla, pelo apoio, compreensão, dedicação e principalmente pelo exemplo de amor, vida e humildade que me deram. Ao meu namorado Marlo Cristiano Regoso pela dedicação, amor, paciência e compreensão na minha ausência e principalmente pela sua presença em minha vida. Aos meus irmãos Rosiméri, Rildo e Rosane pelo incentivo, amor companheirismo, compreensão e pelo apoio nas horas difíceis. Aos meus queridos e simpáticos sobrinhos Milena, Julia, Eduarda, Rafael, Joana, Eloísa e André pela alegria constante que trazem em minha vida. A minha querida Orientadora Lilian Rigo pela constante dedicação, esforço, ajuda e pela confiança em mim depositada.

5 5 AGRADECIMENTOS Oferecer agradecimentos? E p or que não pedir desculpas? Acredito ser o momento ideal para pedir desculpas pela minha ausência, pelo esquecimento, pelo stress tão presente nesta fase, pela falta de paciência, enfim, por todas as falhas cometidas ao longo destes anos. Porém não serei eu a quebrar este protocolo, pois entendo que cada pessoa que participou direta ou indiretamente na realização deste trabalho mereça meus sinceros agradecimentos. Ao Deus da minha vida, Jesus Cristo; o qual creio que tenha sustentado, alegrando meu coração e guiando a minha vida. Aos meus pais, irmãos, cunhados e sobrinhos, por fazer parte da minha família, pelo incentivo, apoio e principalmente por acreditarem no meu objetivo. Ao meu namorado Marlo, pela sua presença em minha vida, fortalecendo e apoiando meus passos. À orientadora Lilian Rigo, por não medir esforços em me ajudar na realização deste trabalho, e principalmente por acreditar em minha capacidade. E ao seu esposo César Garbin, por entender as vezes que ausentei sua companheira, a fim de me ajudar neste estudo. À coordenadora do curso de Ortodontia Ms. Anamaria Estacia, pela constante dedicação e profissionalismo dispensados nestes anos. Ao Co-Orientador Dr. Lincoln Nojima pelo seu apoio neste trabalho. Aos professores do Curso de Ortodontia Anamaria, Andréa, Giovana, João Batista, Lincoln e Rogério, por nos ensinarem sem medir esforços e pela dedicação e apoio. Ao professor João Batista Côrrea, pelo apoio, incentivo e companheirismo nestes anos.

6 6 Aos professores que por algum momento passaram em nossas vidas ao longo deste curso, passando o que eles têm de muito valioso o saber. Aos funcionários do CEOM, pela dedicação, prontidão em atender em todos os dias de minha passagem pelo curso. Aos pacientes da clínica de ortodontia do CEOM, pela colaboração e paciência. A minha amiga e colega de trabalho Ersa Pistore, pela ajuda na realização desta pesquisa, e também pelo incentivo e dedicação. Aos colegas de trabalho e secretário da Saúde, por entender a importância deste trabalho e disponibilizar o tempo e o consultório dentário para a realização deste estudo. Ao colega Edson Pelisser, pelo incentivo e estímulo na realização desta especialização. Aos pais e escolares da escola Santos Dumunt, Cristiano Kern, Genoveva Pelisser, Creche Criança Feliz e as crianças do Programa PIM, pela disposição em fornecerem as informações e por aceitarem participar desta pesquisa. Aos meus colegas Anderson, Celso, Fernanda, Flávia, Gabriela, Lauter, Luíse, Michelli e Rúbia que participaram dos momentos alegres, difíceis e também dos momentos de lágrimas, fica aqui a eterna gratidão pela convivência e troca de aprendizado, pelos materiais emprestados e quem sabe aqueles não devolvidos por esquecimento. Aos meus colegas Andressa, Marcos e Vera que procuraram alcançar seus objetivos em outros lugares, o pouco tempo de convivência também vão ser guardados com muito carinho. Aos colegas Anderson e Celso pelo companheirismo durante estes anos, pela troca de conhecimentos nos casos clínicos, sentirem saudades.

7 7 As minhas amigas e colegas Luíse, Rúbia e Gabriela pela companhia agradável que vocês me proporcionaram durante estes anos, estarão sempre presentes em meu coração. E, finalmente, agradeço minha profissão, a missão de devolver o sorriso às pessoas, agradeço também a todos meus pacientes é por eles que busco o aprimoramento de meus conhecimentos e é por causa deles que chego todo dia em casa alegre pois é através de meus clientes que me realizo como pessoa. O desânimo, o cansaço, a lágrima, e as dificuldades encontradas durante o percurso deste estudo pareciam barreiras intransponíveis. Mas não eram. Várias vezes, achei que estava só. Mas não estava... Obrigada!

8 8 Na vida, alguém pode escolher entre se deixar levar ou conduzir os próprios passos em direção àquilo que se acredita; E, o primeiro para se realizar um objetivo, é ter a convicção de que é possível alcançá-lo, não importa em quantas tentativas!! Vana Paula de Matos

9 9 RESUMO A mordida aberta anterior é uma maloclusão que consiste de um desvio no relacionamento vertical do arco maxilar e mandibular, no qual há falta de contato entre os dentes ântero-superiores com os inferiores, enquanto os demais dentes permanecem em oclusão. O objetivo do presente estudo foi verificar a partir de um levantamento epidemiológico de base escolar a prevalência de maloclusão, em especial a mordida aberta anterior, bem como analisar a possível influência de hábitos orais deletérios no estabelecimento desta maloclusão. A pesquisa foi realizada em duas etapas. Na primeira foi aplicado um questionário aos pais ou responsáveis. Em uma segunda etapa, foi realizado um exame clínico na Unidade de Saúde do município, com 237 escolares entre 3 a 14 anos de ambos os sexos, matriculados em escolas municipais e estaduais da cidade de Santo Expedito do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. O tamanho da população segundo o sexo foi de 50,3% (120) meninos e 49,4% (117) meninas, sendo que 16% (38) possuíam dentição decídua, 50,2% (119) dentição mista e 33,8% (80) dentição permanente. A média de idade da amostra foi de 8,63 anos (dp 3,03) anos. O hábito bucal mais freqüente foi o de sucção de chupeta com 53,2% (126). Verificou-se um percentual de maloclusão de 54,9% (130) entre os escolares. A prevalência de mordida aberta anterior foi de 22,8% (54). Na análise bivariada, através do Qui-quadrado, verificouse associação significativa entre a variável mordida aberta anterior e o hábito de sucção de chupeta nas três dentições (p<0,000). Os escolares que fizeram uso do hábito de sucção de chupeta e apresentaram a maloclusão mordida aberta anterior totalizaram um percentual de 36,5% (n=46), tendo quase 7,5 vezes mais chance de possuir esta maloclusão do que os que não tinham o hábito de sucção de chupeta (OR= 7,40, IC 95% 3,30-16,56). Verificou-se haver associação estatística em relação a variável mordida aberta anterior e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta (p<0,000) nas dentições decídua e mista. A duração em anos e a freqüência diária do uso do hábito de sucção de chupeta estiveram associadas à maloclusão de mordida aberta anterior nas dentições decídua e mista (p<0,000 e p<0,001), porém na dentição permanente ambas as variáveis não estiveram associada. Palavras-chave: Maloclusão. Prevalência. Mordida aberta.

10 10 ABSTRACT The anterior open bite is a malocclusion associated with the vertical problems, consists of a vertical deviation in the relationship of the maxillary and mandible arch, where there is a lack of contact between the teeth anterior-superior with lower, while the other teeth remain in occlusion. The purpose of this study was to verify, through an epidemiological survey of basic school, the prevalence of malocclusion, especially the anterior open bite, as well as examine the possible deleterious influence of oral habits in the establishment of malocclusion. The research was conducted in two stages, the first a self-administered questionnaire directed to parents or guardians. In a second step, a clinical examination was conducted in the Health Unit of the municipality, with 237 children between 3 to 14 years old for both sexes, enrolled in municipal schools and state schools of the city of Santo Expedito do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil. The size of the population according to gender was 50.3% (120) boys and 49.4% (117) girls, with 16% (38) had deciduous teeth, 50.2% (119) mixed dentition and 33, 8% (80) permanent dentition. The average age of the sample was 8.63 (dp 3.03) years. The most common was the habit of sucking a pacifier 53.2% (126). There was a percentage of malocclusion of 54.9% (130) among the students. The prevalence of anterior open bite was 22.8% (54). In bivariate analysis, through the Qui-square, there is a significant association between the outcome anterior open bite and the habit of sucking a pacifier in the three dentitions (p<0,000). The students that has the habit of sucking a pacifier and made the anterior open bite malocclusion totaled a percentage of 36.5% (n = 46), with almost 7.5 times more likely to have this malocclusion than those who had no habit of sucking a pacifier (OR = 7.40, 95% CI 3,30-16,56). There was statistical association there for variable anterior open bite and duration in years of the habit of sucking a pacifier (p <0000) in deciduous and mixed dentitions. The duration in years and the diary frequency of the habit of sucking a pacifier was also associated with malocclusion of anterior open bite in deciduous and mixed dentitions (p<0,000 e p<0,001), however, in the permanent dentition both variables were not associated. Key-words: Malocclusion. Prevalence. Open Bite.

11 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa da localização do município de Santo Expedito do Sul-RS, Figura 2 - Descrição da amostra segundo o sexo dos escolares, Santo Expedito do Sul-RS, Figura 3 - Descrição da amostra segundo o tipo de dentição, Santo Expedito do Sul RS, Figura 4 - Descrição da amostra segundo a idade dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 5 - Descrição da amostra segundo a localização geográfica da moradia. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 6 - Descrição da amostra segundo a raça dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 7 - Distribuição da amostra segundo os tipos de hábitos bucais deletérios. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 8 - Distribuição da amostra segundo tipo de oclusão. Santo Expedito do SulRS, Figura 9 - Distribuição dos escolares com dentição decídua, segundo a severidade da maloclusão, Santo Expedito do Sul-RS Figura 10 Distribuição dos escolares com dentição mista segundo a severidade da maloclusão. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 11 Distribuição dos escolares com dentição permanente segundo a severidade da maloclusão. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 12 - Prevalência de mordida aberta anterior nos escolares de Santo Expedito do Sul RS, Figura 13 - Prevalência de mordida aberta anterior nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS...61 Figura 14 - Prevalência de apinhamento anterior nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 15 - Relação entre mordida aberta anterior e o hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS, Figura 16 - Relação entre mordida aberta anterior e duração em anosdo hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS,

12 12 Figura 17 - Relação entre mordida aberta anterior e freqüência diária do hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS,

13 13 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Freqüência das maloclusões nas três dentições dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Tabela 2 - Relação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta nos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Tabela 3 - Relação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Tabela 4 - Relação entre mordida aberta anterior e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta nas dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Tabela 5 - Relação entre mordida aberta anterior e a freqüência diária do hábito de sucção de chupeta nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS,

14 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA OCLUSÃO NORMAL X MALOCLUSAO MORDIDA ABERTA ANTERIOR ALEITAMENTO NATURAL X ALEITAMENTO ARTIFICIAL RESPIRAÇÃO NASAL X RESPIRAÇÃO BUCAL HÁBITOS BUCAIS EPIDEMIOLOGIA DOS FATORES RELACIONADOS À MORDIDA ABERTA ANTERIOR... 3 OBJETIVOS METODOLOGIA DELINEAMENTO AMOSTRA CRITÉRIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO DA EXAMINADORA COLETA DOS DADOS TESTE PILOTO ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES ÉTICAS RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 75

15 15 APÊNDICES ANEXO... 83

16 16 1 INTRODUÇÃO Maloclusões são desvios morfológicos de natureza biofísica do sistema estomatognático. Devido à sua alta prevalência, são consideradas um problema de saúde pública. Vários autores têm considerado o padrão normal de oclusão quase uma exceção. O estudo das maloclusões e de sua etiologia é de fundamental importância para o cirurgião-dentista que, por meio do diagnóstico precoce e de medidas preventivas, inclusive com a conscientização do paciente e/ou responsáveis, consegue impedir e/ou interceptar problemas de difícil solução a longo prazo (GIMENEZ et al. 2008). A maloclusão, segundo Moyers (1987), tem origem devido aos desequilíbrios entre os sistemas em desenvolvimento que formam o complexo craniofacial, desequilíbrios com os quais a face em crescimento não pode lutar. Constituindo um grande desafio aos profissionais da Odontologia. O desenvolvimento da oclusão dentária está totalmente interliga d o a o crescimento craniofacial e aos maxilares. As maloclusões são resultados das alterações que ocorrerem no crescimento de alguns destes componentes, dependendo da interação de variáveis relacionadas à hereditariedade e ao meio ambiente, incluindo os estímulos positivos e nocivos, presentes principalmente na formação e desenvolvimento do complexo orofacial durante a infância e adolescência. A maloclusão pode ser compreendida como a disposição dos dentes no arco dentário e a relação destes com as bases ósseas e estruturas relacionadas de forma desarmônica. (MEDEIROS-BEZERRA et al., 2005; ROCHELLE, 2005; PEREIRA, 2005). A mordida aberta anterior é um tipo comum de maloclusão, sendo compreendida como uma deficiência no contato vertical normal entre os dentes antagonistas, podendo ocorrer numa região limitada ou raramente em todo arco dentário. Consiste em uma discrepância no sentido vertical, o que a torna mais difícil de ser corrigida e seus resultados finais parecem ser menos estáveis (SOUSA et al., 2007). Os pacientes que apresentam mordida aberta anterior não possuem equilíbrio muscular, resultado que ocorre da falta de relação entre os maxilares, interferindo na harmonia facial. O posicionamento correto da língua e dos lábios bem como o desempenho normal da deglutição, são de fundamental importância para a

17 17 manutenção do equilíbrio no posicionamento dos dentes nos maxilares e da musculatura circundante (FORTE; BOSCO, 2001). A amamentação natural é muito importante principalmente nos 6 primeiros meses de vida, tanto no ponto de vista nutricional e imunológico, como no desenvolvimento da função e oclusão das crianças. As funções desempenhadas pela amamentação proporcionam estímulos neurais adequados ao crescimento ósseo e muscular. Já a amamentação artificial, não exige esforços, nem satisfaz as necessidades de sucção, fazendo com que a criança não desenvolva normalmente a musculatura e alguns componentes ósseos da face. A criança com uma amamentação inadequada geralmente se apega a hábitos orais deletérios (MEDEIROS-BEZERRA et al. 2005). Os hábitos bucais deletérios são compreendidos como padrões de contração muscular aprendidos de natureza complexa e de caráter inconsciente, podendo atuar como fatores deformadores do crescimento e desenvolvimento ósseo, posições dentárias, no processo respiratório e na fala (ALBUQUERQUE JUNIOR et al., 2007). É importante salientar que os efeitos dos hábitos deletérios sobre a dentição dependem da freqüência, da intensidade, da duração, da predisposição individual, da idade e também das condições de nutrição e saúde do indivíduo. Na falta de um dos requisitos tempo-intensidade-freqüência não haverá modificações nas arcadas dentárias (FAYYAT, 1999). Em virtude da importância deste tema da maioria dos estudos epidemiológicos relatarem a elevada prevalência das maloclusões nas diversas idades, determinouse realizar uma pesquisa para conhecer a freqüência de mordida aberta anterior e sua relação com os hábitos bucais nas crianças do município de Santo Expedito do Sul RS. Este estudo de campo, além de ser um trabalho inédito nesta localidade, tem o papel de orientar e conscientizar por meio de informações educativas o reconhecimento das maloclusões e a importância da prevenção das mesmas.

18 18 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 OCLUSÃO NORMAL X MALOCLUSÃO A oclusão dentária é definida como uma relação estática e funcional que os dentes guardam entre si, com os maxilares, com a musculatura peribucal, bem como o esqueleto craniofacial como um todo, levando-se em consideração os dentes (número, tamanho e posição), tamanho das bases apicais (maxila e mandíbula), assim como a relação que as mesmas guardam entre si, com a base do crânio e com a musculatura adjacente em função ativa e postura (FEITOSA, 1999). Sadakyio et al. (2004) definem a oclusão dentária como um complexo formado pelos maxilares, pela articulação temporomandibular, pelos músculos depressores e elevadores da mandíbula. Os fatores que podem afetar a oclusão compreendem o desenvolvimento dos dentes, os ossos e todo o sistema neuromuscular orofacial. O desenvolvimento dentário está indissoluvelmente interligado ao crescimento craniofacial, e aos maxilares. As alterações que ocorrem no crescimento de alguns destes componentes resultará na posição incorreta dos dentes, adicionando os problemas inerentes ao desenvolvimento dentário e as possíveis alterações causadas por agentes externos e de influência direta no estabelecimento de uma oclusão aceitável normal. O desenvolvimento dentário começa por volta da 5 semana de vida intra-uterina e finaliza após a erupção e oclusão do terceiro molar (PEREIRA, 2005). A dentição decídua é importante para um correto estabelecimento da dentição permanente, uma vez que o conhecimento da normalidade das características dentofaciais na primeira dentadura é fundamental, pois a prevenção precoce proporciona o impedimento do surgimento de várias anormalidades no desenvolvimento dos dentes e da oclusão (MEDEIROS-BEZERRA et al., 2005). Durante o curso normal de erupção dentária, é de se esperar que os dentes, juntamente com o osso alveolar que os circunda, desenvolvam-se até encontrar seu antagonista oclusal no arco oposto. Porém, certos fatores hereditários, congênitos ou adquiridos podem dar origem a um desequilíbrio oclusal, determinando uma maloclusão dentária, que pode ser caracterizada por um desvio morfológico da

19 19 oclusão normal, representado pela deficiência em uma ou mais relações dentárias, podendo acarretar problemas de ordem funcional e ou estética, que justificam uma intervenção ortodôntica (FEITOSA, 1999). Segundo Alimere, Thomazinho e Felício (2005), Angle já preconizava em 1907, que o profissional deveria conscientizar-se do inter-relacionamento dos dentes e dos maxilares com a face, necessitando, portanto de um conhecimento mais adequado do crescimento das partes que a constituem. Maloclusão consiste de anomalias do crescimento e desenvolvimento, afetando principalmente os ossos maxilares e os músculos no período da infância e da adolescência, e que podem produzir alterações tanto do ponto de vista estético nos dentes e / ou face, quanto do ponto de vista funcional na oclusão mastigatória e fonação (ROCHELLE, 2005). As maloclusões são resultantes da interação de variáveis relacionadas à hereditariedade e ao meio ambiente, incluindo os estímulos positivos e nocivos, presentes principalmente na formação e desenvolvimento do complexo orofacial durante a infância e adolescência. A disposição dos dentes nos arcos dentários, a forma e tamanho dos ossos maxilares, a maneira pela qual se relacionam os músculos e as articulações envolvidas, não permanecem estáticas durante toda a vida, mudando continuamente em resposta aos processos de crescimento, influência do meio ambiente, tratamento dentários, patologias e envelhecimento (ROCHELLE, 2005). 2.2 MORDIDA ABERTA ANTERIOR A mordida aberta anterior é uma situação na qual ocorre um desvio no relacionamento vertical do arco maxilar e mandibular. Neste tipo de maloclusão há falta de contato dos dentes ântero-superiores e inferiores, enquanto os demais dentes podem ou não permanecer em oclusão (FEITOSA, 1999). Segundo Oliveira (1999), uma mordida aberta anterior pode ser definida como uma deficiência de contato vertical normal entre os dentes oponentes numa região ou, como raramente ocorre, em todo o arco dentário. Pode estar presente desde o início do desenvolvimento da dentição, com grande freqüência na dentadura decídua. Esta condição pode ocorrer em uma maloclusão de classe II /1 severa com uma grande sobressaliência, onde os incisivos inferiores não tenham irrompido

20 20 completamente, assim, as bordas incisais dos incisivos inferiores não alcançam o palato, permanecendo alguns espaços entre eles. A mordida aberta anterior é uma característica oclusal, na qual os dentes superiores e inferiores não se tocam, e uma sobreposição vertical inexiste. Embora esse tipo de maloclusão pode ocorrer uni ou bilateralmente nos segmentos bucais é geralmente visto no segmento anterior. A maloclusão de mordida aberta anterior é mais evidente quando um espaço é observado entre os incisivos superiores e inferiores de uma vista frontal. Cronologicamente, quando as crianças se desenvolvem dentalmente, a incidência de mordida aberta anterior decresce, e ela tende a se autocorrigir durante a fase da dentição mista (URIBE; NANDA, 2007). Pacientes portadores de mordida aberta anterior não possuem equilíbrio muscular, resultado da falta de relação entre os maxilares, interferindo na harmonia facial. O desempenho normal da deglutição, assim como o posicionamento correto da língua e dos lábios são de fundamental importância, para a manutenção do equilíbrio no posicionamento dos dentes nos maxilares e da musculatura circundante (FORTE; BOSCO, 2001). Ao ocorrer uma alteração no tônus muscular os dentes se movimentam até se equilibrarem novamente, ou seja, qualquer mudança na quantidade, qualidade ou ordem dessas contrações musculares implicará no aparecimento de alterações clínicas. O equilíbrio entre os dentes é devido a duas forças antagônicas: uma de contenção externa (lábios e bochechas, representados pelo músculo bucinador) e uma de contenção interna (língua). Quando ocorrer uma alteração destas forças provocarão deformações dento-faciais nas regiões das pressões atípicas, isto acontece nos hábitos de sucção. O desequilíbrio muscular ocasiona modificações ósseas tanto na arcada superior quanto na inferior, devido ao pressionamento anterior ou lateral, entre as conseqüências nota-se o estabelecimento da mordida aberta anterior (SIQUEIRA; NEGREIROS; BENITES, 2002). A mordida aberta anterior proporciona uma dificuldade para criança na realização do correto selamento labial, provocando uma pressão negativa, requerida para a deglutição normal. Para compensar esta situação, os músculos mentonianos tornam-se hipertônicos, e a língua é projetada para frente, a fim de realizar o selamento labial. Isso leva a um ciclo, pois a mordida aberta anterior presente na região anterior, se acentua cada vez mais com o hábito de sucção do lábio, e a pressão exercida pela língua durante a deglutição, aumenta salientando cada vez

21 21 mais a inclinação dos incisivos superiores para a vestibular (FEITOSA, 1999). De acordo com a literatura, a mordida aberta anterior pode ser classificada como dentária ou esquelética. As mordidas abertas dentárias são de origem funcional, por sofrerem distúrbios na erupção dos dentes e no crescimento alveolar, estando os componentes esqueléticos do indivíduo relativamente normais. No caso das mordidas abertas anteriores esqueléticas, o indivíduo apresenta, além dos distúrbios dentoalveolares, uma desproporção entre os diversos ossos que compõem o complexo craniofacial (FEITOSA, 1999). A mordida aberta anterior dentária, geralmente é resultado da interposição passiva de algum objeto ou da sucção de dedos ou chupeta. Os molares e prémolares estão em oclusão, os caninos podem estar ou não e os incisivos estão completamente desocluídos, havendo também projeção lingual. Na esquelética, o indivíduo apresenta aumento do terço inferior da face, os lábios são incompetentes para o vedamento labial, sendo portanto, necessário um esforço consciente para mantê-los unidos e normalmente a língua é projetada através da abertura anterior (FORTE; BOSCO, 2001). A mordida aberta anterior pode estar limitada a dois dentes antagonistas ou envolver uma grande área. A mordida aberta total é a forma mais extensa, na qual nenhum dos dentes ocluem. No diagnóstico desta maloclusão a ausência de uma boa relação transversa entre os dentes posteriores e a falta de máximo contato possível nas regiões posterior e anterior, são critérios importantes. Um problema particular no diagnóstico das mordidas abertas é a impressão irrealista que é obtida quando os pacientes são solicitados a contactarem os dentes. Em resposta a isto, eles geralmente interpõem a língua dentro dos arcos dentários, os dentes são levados em contato e podem tocar em vários pontos, e a mordida aberta total não se mostra como tal (OLIVEIRA, 1999). Quando a mordida aberta anterior é causada exclusivamente por sucção do polegar ou dedo, em geral corrige espontaneamente quando o hábito anormal é interrompido. A protrusão e a posição assimétrica dos incisivos superiores freqüentemente também desaparecem naturalmente. Estas correlações usualmente ocorrem de modo espontâneo se o hábito anormal é eliminado antes da transição dos incisivos. Contudo, em fases mais tardias a autocorreção, ainda pode ocorrer (OLIVEIRA, 1999).

22 ALEITAMENTO NATURAL X ALEITAMENTO ARTIFICIAL Amamentar, além de ser um ato de amor, é um precioso exercício para o bebê, pois auxilia no correto desenvolvimento crânio-facial, em sua saúde mental e psíquica (HERINGER, 2005). O aleitamento natural é muito mais que nutrição, é ponto decisivo e primordial para a correta maturação e crescimento das estruturas, mantendo-as aptas para executarem o desenvolvimento da musculatura orofacial, o qual irá estimular o desenvolvimento das funções fisiológicas, proporcionando sobrevivência e qualidade de vida, já que a amamentação natural é realizada mediante um grande esforço muscular. A amamentação é o melhor aparelho ortopédico que se pode oferecer ao rosto de um adulto em termos de desenvolvimento harmonioso (ROCHELLE, 2005). Ao sugar o seio materno, o bebê estabelece uma postura correta de língua e um padrão adequado de respiração nasal. Durante a fase de sucção no peito materno, os músculos envolvidos estão adequadamente sendo estimulados, aumentando o tônus e promovendo a postura correta para exercer futuramente a função de mastigação. A mamadeira propicia o trabalho apenas dos músculos bucinadores e do orbicular da boca deixando de estimular os músculos pterigóideo lateral e medial, masseter, temporal, digástrico, gênio-hióideo e milo-hióideo. A sucção não nutritiva está ligeiramente associada com a instalação de maloclusão, especialmente a mordida aberta anterior (PEREIRA, 2005). O aleitamento materno exclusivo é considerado indispensável nos seis primeiros meses de vida da criança, tanto para seu desenvolvimento físico como emocional, além de prevenir a instalação de hábitos viciosos promove o crescimento e desenvolvimento normal da face. Tem a função de alimentar o bebê bem como de satisfazer a sucção, devido ao esforço realizado pelos músculos durante a mamada. A não satisfação das necessidades psicoemocionais em decorrência do tempo inadequado de amamentação natural, induz a criança a supri-las utilizando chupetas ou o próprio polegar (SOUSA et al., 2004). Tomita et al. (2004) constatou que o bebê ao ser alimentado naturalmente, executa de a movimentos da mandíbula ao passo que na alimentação com a mamadeira os movimentos se reduzem a a Então durante o aleitamento natural, o bebê terá melhores condições de estimulação do sistema sensório-motor-oral, já que a força muscular necessária para que seja mantido um

23 23 fluxo de leite satisfatório deva ser maior. Os autores relatam também, que a amamentação supre a necessidade de sucção do bebê, prevenindo a introdução de hábitos de sucção como a mamadeira, sucção de dedo e chupeta, que são responsáveis pela maioria dos casos de mordida aberta anterior, seguida, geralmente, de deglutição atípica e respiração bucal. Ao realizar o aleitamento natural as crianças realizam um intenso trabalho muscular ao sugar o seio materno, ficando a musculatura peribucal fatigada, o que faz com que a criança durma e não necessite da sucção da chupeta, dedo ou objetos. Com a deficiência do leite materno não há o amadurecimento físico e emocional da criança, ocasionando com isso o aparecimento dos hábitos de sucção persistentes. A sucção é um reflexo natural e essencial só no início da vida e a tendência é desaparecer naturalmente por volta dos quatro anos de idade (ROCHELLE, 2005). A sucção do leite materno é completamente fisiológica, favorecendo o desenvolvimento da musculatura perioral, da língua e dos músculos supra-hióideos predominantemente e o aprimoramento dos maxilares. Já a alimentação artificial é ingerida rapidamente através do orifício criado, não levando a atividade muscular perioral, como realizado na amamentação no peito, além de não satisfazer as necessidades psicológicas do bebê, facilita o hábito de sucção, levando às alterações como protrusão maxilar, protrusão dos incisivos superiores, contribuindo para a origem da mordida aberta anterior (FEITOSA, 1999). Moss e Yong (1960, apud Rochelle 2005) relatam que os músculos são os modeladores dos ossos, e se a função muscular não for plena e equilibrada, os ossos que têm origem e inserção nestes músculos terão desenvolvimento de maneira insatisfatória. A função desequilibrada conduzirá a uma arquitetura óssea também desequilibrada. O aleitamento materno é fundamental para a promoção e proteção da saúde das crianças, oferecendo benefícios não só para o bebê, mas também para as mães. A amamentação natural é importante à criança pelo fato de reduzir os índices de mortalidade infantil, diminuir a ocorrência de processos alérgicos e problemas gastrointestinais, proporcionar melhores índices de desenvolvimento cognitivo e motor além de ser imprescindível para um correto desenvolvimento da articulação temporomandibular (ATM), maxilares e oclusão. Para a mãe o aleitamento materno tem a importância de diminuir a ocorrência de câncer de mama, maior espaçamento

24 24 entre os partos, rápida involução uterina, com conseqüente diminuição do sangramento pós-parto (TOMITA et al., 2004). Quando o aleitamento materno é substituído por mamadeiras e chupetas, o bebê, além de não ser estimulado na área sensório-motora, pode também perder o interesse pela sucção do leite materno. A partir disso, a musculatura perioral e de língua podem tornar-se hipotônicas, levando a uma alteração na deglutição normal e deformação da arcada dentária e palato, podendo causar a mordida aberta anterior (HERINGER et al., 2005). 2.4 RESPIRAÇÃO NASAL X BUCAL A respiração nasal deve ser sempre priorizada uma vez que o nariz não é condutor passivo pelo qual o ar é captado e dirigido pela faringe. Diferente da cavidade bucal, o nariz é um órgão altamente especializado exercendo funções de filtragem ou purificação, aquecimento e umidificação do ar inspirado. Na respiração bucal, a mandíbula é posicionada inferiormente com a língua em repouso no assoalho da boca e seria esta alteração postural que induziria as modificações dentárias e esqueléticas, semelhantes às causadas pela sucção digital. Devido a postura da língua, ocorre também a erupção contínua dos dentes posteriores, aumentando as dimensões verticais do paciente, e em conseqüência a mordida aberta anterior. Já quando respiramos pelo nariz há estímulo de crescimento e desenvolvimento facial pela ação da musculatura que estimula os ossos de modo correto. Se ocorrer respiração bucal, essa estimulação pode se dar de modo inadequado, favorecendo um crescimento e desenvolvimento desarmônico (FAYYAT, 1999). O autor relata também que a respiração bucal pode provocar alterações morfológicas definidas na região dentofacial, como uma mordida aberta anterior. Estas alterações ocorrem durante o crescimento e são conseqüências de pressões musculares inadequadas sobre o esqueleto craniofacial. A respiração bucal interfere negativamente na postura adequada da língua em repouso e em ação, deixando de ter a importante massagem e pressionamento de ar junto à região bucosinusial (nariz e seios paranasais), um dos principais fatores estimuladores do crescimento e desenvolvimento do terço médio da face. Uma vez instalada a respiração bucal, serão grandes as chances das

25 25 crianças virem a apresentar distúrbios miofuncionais, pois haverá uma alteração de todo equilíbrio neuromuscular da face. Dependendo da predisposição genética o desenvolvimento facial poderá se agravar (FEITOSA, 1999). 2.5 HÁBITOS BUCAIS Os hábitos bucais são definidos como sendo prováveis de determinar direta ou indiretamente desvios na morfologia dentoalveolar, e são resultados da repetição de um ato, que em sua essência primordial, tem uma determinada finalidade. O hábito se implantaria por ser agradável e proporcionar alguma satisfação ao indivíduo, e surgiriam de necessidades psicológicas (FAYYAT, 1999). Como hábitos bucais deletérios potencialmente causadores da maloclusão, podemos citar a respiração bucal, sucção de chupeta e/ou digital e pressionamento lingual atípico e a fonação. Porém, a presença de condições favoráveis nem sempre significa o surgimento de maloclusão, pois existem características individuais com relação ao desenvolvimento e crescimento que podem modificar o desenvolvimento e até certo ponto levar o indivíduo a um desenvolvimento normal. Deve-se considerar que para haver uma deformação dentária é preciso levar em conta fatores como freqüência, intensidade, predisposição, duração, idade e condições de nutrição e saúde do indivíduo (FEITOSA, 1999). Segundo Galvão, Menezes e Nemr (2006) os hábitos são padrões de contração muscular aprendidos, de natureza complexa, que se diferenciam dos hábitos bucais anormais e deletérios por interferirem no padrão regular do crescimento facial. Tal crescimento ocorre de acordo com as características genéticas de cada indivíduo, tendo como fatores determinantes hereditariedade, desnutrição, doenças e variações desfavoráveis do clima. Os hábitos de sucção podem tanto levar ao desmame precoce como ser conseqüência desse ato. A primeira situação pode ser decorrente da confusão de bico provocada pelo modo diferente de sucção entre o seio (movimento de ordenha) e a mamadeira (sucção negativa). Em razão da facilidade de sucção da mamadeira, o bebê passa gradualmente a recusar o peito, culminando no desmame precoce. Por outro lado, o desmame pode ser devido a outros fatores e levar a introdução de hábitos, sendo o primeiro a ser introduzido a mamadeira, pelo fato de suprir apenas

26 26 a fome fisiológica do bebê e não a necessidade de sucção, sendo seguida geralmente pela introdução da chupeta (TOMITA et al., 2004). As possíveis causas dos hábitos bucais podem ser fisiológicas, emocionais ou de aprendizado condicionado, devendo ser buscada na latência ou na primeira infância. A forma de aleitamento infantil tem uma forte influência na instalação de hábitos orais deletérios. Crianças que não foram aleitadas no seio das mães tem maiores probabilidades de desenvolverem hábitos bucais deletérios em relação àquelas que foram aleitadas, mesmo que por um período menor (GALVÃO; MENEZES; NEMR, 2006). Os hábitos bucais, sob o ponto de vista ortodôntico, devem merecer a atenção do profissional sempre que perdurarem ou se manifestarem em criança com idade acima de três anos, porque segundo a literatura, os efeitos dos hábitos, porventura existentes antes dessa idade, passam por um processo de correção espontânea na maioria dos casos (TOMITA; BIJELLA; FRANCO, 2000). Os distúrbios miofuncionais orofaciais geralmente estão presentes nos casos de mordida aberta anterior. Distúrbios estes que podem estar interligados aos hábitos deletérios, entre eles os de sucção. Consideram-se que os hábitos deletérios, acompanhados pelas alterações funcionais podem originar a mordida aberta dentoalveolar. Nos casos de mordida aberta esquelética, os hábitos atuariam como fatores agravantes e os distúrbios miofuncionais orofaciais seriam adaptações à condição morfológica alterada (ALIMERE; THOMAZINHO; FELÍCIO, 2005). Conforme Feitosa (1999), o comportamento do músculo é adaptativo à morfologia esquelética e que o hábito persistente de sucção poderia desencadear amplamente as diferenças esqueléticas ou contribuir para elas. A maloclusão associada com a sucção vem de uma combinação de pressão direta sobre os dentes e uma alteração no padrão de repouso das bochechas e da pressão dos lábios. Apesar de quase toda criança apresentar o hábito não nutritivo da sucção, o prolongamento deste hábito pode levar a uma anomalia. Como regra geral, os hábitos de sucção durante a dentição decídua têm pouco efeito, ou nenhum efeito em longo prazo. Entretanto, se esses hábitos persistirem além da época do início da erupção dos dentes permanentes, o resultado será uma maloclusão caracterizada por incisivos superiores separados e projetados, posicionamento lingual, de incisivos inferiores, mordida aberta anterior e arco dentário superior estreito. Fayyat (1999) comenta que os hábitos são padrões de contração muscular

27 27 aprendidos, de natureza complexa, alguns deles servindo como estímulo para o crescimento normal dos maxilares, por exemplo, o que ocorre na ação normal do lábio e na correta mastigação. Já os hábitos anormais podem interferir no padrão regular de crescimento e devem ser diferenciados dos hábitos normais desejáveis que são uma parte da função buco-faríngea normal e conseqüentemente exercem um importante papel no crescimento crânio-facial e na fisiologia oclusal. Os hábitos bucais considerados nocivos constituem motivo de agitação na atmosfera familiar e despertam a atenção de todos aqueles que têm uma parcela de responsabilidade sobre a saúde da criança. Constituem, pois, objeto de estudo de médicos, psicológicos, fonoaudiológicos, odontopediatras e ortodontistas (BARRETO; FARIA; CASTRO, 2003). Os hábitos se instalam geralmente em crianças que não tiveram amamentação natural, já que o impulso neural de sucção está presente desde a vida intra-uterina e é normal na criança, garantindo sua sobrevivência, sendo considerada até mesmo a primeira fase da mastigação. Quando a criança tem a amamentação por mamadeiras, o fluxo de leite é bem maior do que a amamentação natural, proporcionando a satisfação nutricional em menor esforço e tempo. Contudo a êxtase emocional com relação ao impulso de sucção não é atingido, levando a criança a procurar substitutos como o dedo, a chupeta e objetos para satisfazer sua necessidade (SOUSA et al., 2004). 2.6 EPIDEMIOLOGIA DOS FATORES RELACIONADOS À MORDIDA ABERTA ANTERIOR Clemens e Sanchez (1979/82) realizaram um estudo para estabelecer a prevalência de mordida aberta anterior em escolares de Porto Alegre. O trabalho constou de 2060 alunos, de vinte escolas públicas, divididas em grupos, com a finalidade de abranger todos os períodos de evolução da dentadura humana. O grupo I foi constituído de 509 crianças de 3 a 5 anos, o grupo II formado de 515 escolares com idade média de 8 a 11 anos, o grupo III apresentou 507 alunos com idade média de 12 a 15 anos e o grupo IV constituído de 529 estudantes universitários com idade média entre 18 e 25 anos. Verificou-se que no grupo I, formado pela dentadura decídua, mostrou um percentual de 62,38% de escolares

28 28 com mordida aberta anterior. No grupo II, formado pela dentadura mista, o percentual foi de 16,72%. No grupo III, constituído pela dentadura permanente jovem, apresentou um percentual de 13,18% e no grupo IV representado pela dentadura permanente um percentual de 7,72%. Dos 2060 escolares examinados, 311 apresentaram mordida aberta anterior, totalizando um percentual de 15,10%. Fato importante demonstrado neste trabalho, foi a diminuição progressiva da prevalência de mordida aberta anterior com o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Valente e Mussolino (1989), em um estudo transversal analisaram a freqüência de sobressaliência, sobremordida e mordida aberta anterior na dentição decídua, em 120 crianças entre 2 a 6 anos, da cidade de Ribeirão Preto. Observaram que da amostra examinada, 28 crianças (23,32%), apresentavam mordida aberta anterior. Observaram também que houve diminuição da mordida aberta anterior com a idade do paciente, provavelmente devido a interrupção de hábitos de sucção. Uma pesquisa de associação entre aleitamento, hábitos bucais e maloclusões foi realizado por Serra-Negra, Pordeus e Rocha Jr. (1997) com 357 crianças na faixa etária de 3 a 5 anos de quatro escolas e creches particulares e públicas de diferentes classes sociais da cidade de Belo Horizonte - MG. Os resultados indicaram que 221 crianças (75%) apresentaram um tipo, pelo menos, de hábito deletério, sendo o mais freqüente a chupeta (75,1%), seguido por onicofagia (10,3%), sucção de dedo (10,0%) e ato de morder objetos (6,8%). Constatou-se também que 86,1% das crianças que não apresentaram hábitos bucais deletérios receberam aleitamento natural por seis meses ou mais. Os resultados indicaram que aquelas crianças que nunca receberam aleitamento materno ou se fizeram, foi por um período de até um mês, apresentavam um risco de desenvolver hábitos deletérios sete vezes superior com relação àquelas que foram amamentadas por um período de no mínimo, seis meses. A mordida aberta anterior foi a maloclusão mais freqüente (31,9%). O risco relativo observado para mordida aberta anterior em crianças portadoras de hábitos deletérios foi, aproximadamente, 14 vezes superior em comparação àquelas que não apresentaram esse comportamento. Concluindo haver associação entre menor tempo de aleitamento materno e instalação de hábitos bucais deletérios, sendo estes fortemente associados às maloclusões como a mordida aberta anterior.

29 29 Tomita et al. (1998) analisaram a prevalência de maloclusão em crianças, de 3 a 6 anos de idade, matriculados em creche municipal e particular e escolas de educação municipal e particular da cidade de Bauru - SP. Verificou-se uma prevalência de maloclusão de 51,3% entre os meninos e de 56,9% entre as meninas. A prevalência de mordida aberta foi de 26,9% para o sexo masculino e 31,8% para o sexo feminino. Os autores observaram maior prevalência de maloclusão no grupo etário de três anos, decrescendo com a idade. Uma pesquisa realizada por Fayyat (1999) abrangeu 106 alunos com dentição decídua de 4 a 6 anos, da cidade de Foz do Iguaçu - PR, com o intuito de verificar a influência dos hábitos bucais (chupeta, mamadeira, sucção de dedo) e da respiração bucal no aparecimento de mordida aberta anterior. Os resultados mostraram que das 106 crianças, 5 nunca usaram chupeta, não apresentando mordida aberta anterior e 2 nunca usaram mamadeira. Quatro crianças nunca sugaram o dedo. Das 23 crianças que usaram chupeta até os 2 ½ anos de idade e das 13 crianças que usaram mamadeira até esta idade, nenhuma delas apresentou mordida aberta anterior. Das 25 crianças que usaram chupeta dos 2 anos e 7 meses aos 4 anos de idade, 4 delas apresentaram mordida aberta anterior. E das 15 crianças que ainda usavam chupeta, 13 mostraram mordida aberta anterior. Desta pesquisa obteve-se que 62 (58,5%) crianças usavam mamadeira; 15 (14,15%) ainda usavam chupeta; 5 (4,7%) sugavam o dedo; 44 (41,5%) apresentavam respiração naso-bucal; 2 (1,88%) mostraram respiração predominantemente bucal e 19 (18%) apresentaram mordida aberta anterior. Concluindo assim que o uso de chupeta e mamadeira até 2 ½ anos não provoca mordida aberta anterior. A sucção digital, apesar de menos freqüente que os outros hábitos, é o que mais interfere no aparecimento de mordida aberta anterior. Tomita, Bijella e Franco (2000) analisaram uma amostra de crianças de 3 a 5 anos, matriculadas em instituições públicas e privadas do município de Bauru SP. Observou-se nos resultados, uma prevalência da maloclusão de 51,3% para o sexo masculino e 56,9% para o sexo feminino. Entre os meninos com hábito de sucção de chupeta, 83,5% apresentaram anomalia de oclusão, o mesmo ocorrendo com 79% das meninas. Para o hábito de sucção digital, a taxa de maloclusão entre meninos e meninas foi de 73,3% e 60%, respectivamente. Os autores concluíram que o hábito de sucção de chupeta foi o mais importante na associação com maloclusão.

30 30 Martinez e Assencio-Ferreira (2001) realizaram um trabalho com 54 crianças pré-escolares entre 3 e 4 anos de idade matriculadas em creches municipais em Salto - SP, verificando a associação entre hábitos bucais viciosos e oclusão dentária. Das 54 crianças examinadas, verificou-se que 22 (40,74%) apresentaram mordida aberta anterior; 21 (38,88%) apresentaram oclusão normal. Quanto aos hábitos, mamadeira e chupeta 6 (28,57%) das crianças faziam uso; mamadeira e dedo 1 (4,76%) criança apresentou; somente mamadeira 6 (28,57%) crianças apresentaram; mamadeira, chupeta, roer unhas 4 (19,04%) crianças faziam uso e ausência de hábitos 4 (19,04%). Não se observou associação estatisticamente significante entre oclusão dentária normal e ausência de hábitos bucais. Um trabalho realizado por López et al. (2001) teve por objetivo verificar a prevalência de maloclusão na dentição decídua em escolas municipais da cidade de Porto Alegre - RS. A amostra constou de 567 crianças de 3 a 5 anos de idade. Entre as crianças com maloclusão, foi observado que 38,80% da amostra apresentavam mordida aberta anterior. A prevalência de maloclusão foi de 78,66% das crianças analisadas sem diferenças significativas entre os sexos. Avaliando a prevalência de mordida aberta anterior e sua relação com hábitos de sucção não nutritiva, Forte e Bosco (2001) realizaram um estudo em que foram examinadas 233 crianças, com idade entre 3 e 6 anos freqüentadoras de quatro creches da rede municipal de ensino de Florianópolis - SC. A prevalência de mordida aberta anterior foi de 24,8%. Foi observado uma discreta diminuição da prevalência da mordida aberta anterior, de 27,1% aos 3 a 4 anos para 22,0% aos 5 a 6 anos. Na relação entre a presença de hábitos não nutritivos e a prevalência de mordida aberta anterior observou-se que das crianças que apresentaram mordida aberta anterior, 20,6% faziam uso de hábitos de sucção não nutritiva. Concluindo assim haver relação estatisticamente significante entre os hábitos de sucção não nutritiva e a mordida aberta anterior. Pires, Rocha e Cangussu (2001) avaliaram 141 crianças de 7 a 9 anos, de duas escolas públicas, da cidade de Salvador - BA, a fim de verificar a prevalência de maloclusões na dentadura mista em escolares nesta cidade. Foi utilizada a idade dentária e não a faixa etária para selecionar os escolares participantes e o período intertransitório da dentição mista (quatro incisivos e os primeiros molares permanentes) foi escolhido para determinar esta prevalência. Os resultados indicaram uma prevalência de 71% de oclusopatias, além disso o estudo mostrou

31 31 que dessas crianças que apresentavam desordens oclusais, 28% demonstravam mais de um tipo destas. O apinhamento foi a mais presente com 21%, a mordida aberta anterior foi a segunda condição mais freqüente encontrada, com um percentual de 18%. O estudo mostrou que 63% das crianças que relataram uso de hábitos bucais, permaneceram com o hábito até os dias da pesquisa, e 37% confirmaram o abandono do hábito. Em relação ao tipo de hábito, foi verificado que 64% faziam sucção de dedo, 34% usavam chupeta e 2% outros. Os autores concluíram que a prevalência de oclusopatias mostrou-se bastante elevada em relação à oclusão normal. A mordida aberta anterior foi a segunda maloclusão mais freqüente encontrada, sendo fortemente associada à presença de hábitos deletérios. Amary et al. (2002) desenvolveram um estudo com o objetivo de verificar se o uso de hábitos deletérios, como mamadeira, chupeta e dedo, aumentam a prevalência de alterações oclusais. A amostra contou com 418 crianças, sendo 183 do sexo feminino e 235 do sexo masculino, com idade entre 3 a 6 anos, que estudavam em creches e escolas particulares nos Municípios de São Vicente, Praia Grande, Sorocaba e Itaberá - SP. A partir das análises observou-se que das crianças que não fizeram uso de hábitos deletérios, 50% apresentaram alterações de oclusão e 50% não apresentaram alterações de oclusão, relatando que a presença dessas alterações não depende somente da instalação dos hábitos deletérios, mas das características próprias de cada criança. Com relação ao uso de hábitos deletérios 70,9% apresentavam alterações dentárias. Das crianças que usavam chupeta 72,73%, apresentavam alterações de oclusão. Das crianças que utilizavam mamadeira, 55,65% demonstraram alterações dentárias. Quanto ao hábito de sucção digital foi encontrado 83,33% de crianças com alterações oclusais. As crianças que usavam mais de um hábito deletério, 78,38% apresentavam alterações dentárias, verificando que o alto índice de alterações oclusais podem ser decorrentes da associação dos hábitos. Não foi encontrado diferença entre os sexos considerando o uso de hábitos deletérios em relação às alterações oclusais. Souza e Vasconcelo (2003) verificaram a prevalência de mordida aberta anterior em crianças de 3 a 5 anos de idade, que haviam feito uso de hábitos orais deletérios e aquelas que ainda faziam uso. Para este estudo foram avaliadas 35 crianças, matriculadas em instituições particulares do município de Governador Valadares - MG. A pesquisa foi realizada em duas etapas, um questionário enviado aos pais para coletas de dados relacionados aos hábitos orais das crianças, e uma

32 32 segunda etapa de exame clínico das crianças. Destas crianças avaliadas, 6 (17,14%) mostraram mordida aberta anterior, sendo que 3 destas (8,57%) fizeram uso de madeira até os quatro anos de idade. A pesquisa mostrou que a maioria das crianças analisadas deixou o hábito de sucção de chupeta entre os 2 e 3 anos de idade (25,71% e 20%, respectivamente). Somente 1 (2,85%) relatou sucção digital, perdurando o hábito até os 2 anos. Os autores concluíram que o uso prolongado da chupeta contribui mais no aparecimento da mordida aberta anterior que a mamadeira. Quanto mais cedo o hábito deletério for eliminado, menos alteração se observa. Um estudo realizado por Ignacchiti et al. (2003) constituído de 168 crianças entre 3 e 6 anos teve como objetivo relacionar o hábito da sucção de chupeta e a presença da mordida aberta anterior, classificados em dois grupos. Grupo A (não suctores) com 51 crianças, e grupo B (suctores de chupeta) com 117 crianças observou-se que dos 51 (100%) não sugadores, 4 (7,8%) apresentaram mordida aberta anterior, e 47 (92,2%) não mostraram mordida aberta anterior. Dos 117 (100%) sugadores de chupeta, 31 (26,5%) apresentaram mordida aberta anterior e 86 (73,5%) não tinham mordida anterior. Quanto a freqüência da sucção de chupeta, 17 (100%) crianças que sugavam de 1 a 3 horas por dia, 17 (100%) não apresentaram mordida aberta anterior, 13 (100%) crianças que sugavam de 3 a 6 horas por dia, 3 (23,1%) mostraram mordida aberta anterior, 10 (76,9%) não apresentaram mordida aberta anterior, 82 (100%) crianças que sugavam mais de 6 horas por dia, 28 (34, 1%) exibiram mordida aberta anterior e 54 (65,9%) não apresentaram mordida aberta anterior. Quanto à intensidade da sucção de chupeta, das 94 (100%) crianças que usavam pouca força de sucção, 20 (21,2%) apresentaram mordida aberta anterior e 74 (78,8%) não mostraram mordida aberta anterior. E das 17 (100%) crianças que usavam muita força de sucção 10 (58,8%) apresentaram mordida aberta anterior enquanto 7 (41,2%) não mostraram mordida aberta anterior. Concluindo que o hábito de sucção da chupeta é um fator causal significante para o aparecimento da mordida aberta anterior. Um estudo realizado por Tomita et al. (2004) teve por objetivo avaliar a relação entre o tempo de aleitamento, a introdução de hábitos bucais e a ocorrência de maloclusões em 155 crianças de 3 a 5 anos que freqüentavam o Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais (CEPAE FOP/Unicamp) no ano de A pesquisa foi realizada em duas etapas, a primeira

33 33 consistia na consulta aos prontuários clínicos de todas as crianças, a fim de verificar a época de interrupção do aleitamento materno. Em seguida as crianças foram examinadas clinicamente, verificando a presença ou ausência de hábitos (sucção digital, chupeta e mamadeira), além das características das arcadas dentárias e as maloclusões presentes. Em relação à época de interrupção do aleitamento materno, observou-se que 39,4% das crianças estudas realizou o desmame antes do sexto mês de vida. O hábito de sucção encontrado com maior freqüência foi o da mamadeira, representando 67,7%, seguido do hábito de chupeta (40%) e do hábito de sucção digital (4,5%). Dentre as maloclusões observadas a mordida aberta anterior teve a percentagem de 27,7% das crianças estudadas. Entre as crianças que apresentavam o hábito de sucção de chupeta, observou-se a maior ocorrência de mordida aberta (46,8%). Observaram que o hábito mais freqüente foi o da mamadeira, porém a chupeta foi estatisticamente relacionado com a ocorrência de mordida aberta anterior. Emerich et al. (2004) realizaram um estudo na cidade de Vitória - ES, para avaliar a relação entre hábitos bucais, alterações oronasofaringianas e maloclusões em pré-escolares 3 anos de idade que freqüentavam os Centros de Educação Infantil do município. A pesquisa foi realizada em duas etapas, sendo que a primeira estabeleceu a prevalência das maloclusões, as variáveis oclusais e alterações oronasofaringianas, e a segunda, uma entrevista familial, evidenciando os hábitos e costumes individuais. Participaram da amostra 291 crianças, sendo que 59,1% apresentaram algum tipo de maloclusão. A mordida aberta atingiu 25,8%. Os resultados do estudo da associação de maloclusões com hábitos deletérios foi demonstrado em relação à mordida aberta (40,5%) entre aquelas que faziam sucção de chupeta. Os autores concluíram que o risco de uma criança com mordida aberta anterior apresentar alterações oronasofaringianas é sempre maior que o dobro da chance de uma criança com sobremordida normal. Sousa et al. (2004) avaliando 126 crianças de 2 a 6 anos, com dentição decídua completa, na cidade de João Pessoa - PB verificaram a influência da duração do aleitamento natural na prevalência de hábitos de sucção persistentes em crianças relacionando a presença destes com a ocorrência da maloclusão. Observou-se que 45 (35,71%) das crianças apresentaram maloclusão dentária, e destas 17 (37,78%) crianças mostraram mordida aberta anterior, sendo o uso da chupeta o hábito mais encontrado, 71 (49,65%), e a forma de aleitamento mista foi a

34 34 mais freqüente em 92 (73,02%), seguida da natural 26 (20,63%). Concluiu-se que a duração insuficiente do aleitamento natural está associada à presença de hábitos de sucção, e a presença destes hábitos está associada com à ocorrência de maloclusão. Coser et al. (2004) analisando a mordida aberta anterior associada ao hábito de sucção de chupeta realizaram um levantamento escolar prévio, onde foram selecionadas 50 crianças com 6 anos que persistiram com o hábito pelo tempo de 4 anos ou mais de idade residentes no Município de Cambe - PR. O resultado foi o seguinte: das 50 crianças examinadas, 28 interromperam o hábito de sucção de chupeta por volta dos 4 anos e 6 meses, dessas 5 crianças (17%) possuem mordida aberta anterior. Treze deixaram por volta dos 5 anos e 6 meses, 6 crianças (46%) apresentaram mordida aberta anterior. As 9 crianças que perduraram com o hábito, todas (100%) apresentaram mordida aberta anterior. Vinte (40%) das crianças avaliadas apresentaram mordida aberta anterior. Concluindo que os hábitos de sucção de chupeta são comuns entre as crianças, porém se não interrompidos até os 4 anos podem levar ao desenvolvimento de maloclusões e a necessidade de intervenção ortodôntica. Um estudo realizado por Sadakyio et al. (2004) para verificar a prevalência de maloclusão em pré-escolares de Piracicaba - SP, foi composto por 243 crianças na faixa etária de 3 anos e 6 meses a 6 anos e 11 meses, que freqüentavam creches municipais. Como resultado observou-s e q u e, das crianças avaliadas, 71,6% apresentavam prevalência de maloclusão. Observando a relação de incisivos, a maior prevalência de maloclusão no sentido vertical, foi a mordida aberta anterior, totalizando 40,08% das crianças. Concluiu-se uma alta prevalência de maloclusão, encontrando-se maior freqüência para a mordida aberta anterior. Medeiros-Bezerra et al. (2005) realizaram um estudo para verificar a associação entre maloclusões, tipo de aleitamento e hábitos bucais em préescolares matriculados nas creches municipais da cidade de Campina Grande - PB. A amostra foi composta por 106 crianças, sendo 48 do gênero feminino e 58 do gênero masculino, com idades entre 3 a 5 anos. A presença de maloclusão foi diagnosticada em 80,2% das crianças. Analisando a distribuição das maloclusões verificou-se que as mais freqüentes foram a sobressaliência acentuada (49,1%), seguido da mordida aberta anterior (45,3%). Quanto à presença de hábitos bucais deletérios, observou-se que 78 crianças (73,6%) possuíam um ou mais tipos de

35 35 hábitos, sendo que a maioria (79,5%) tinha um único hábito, 19,2% possuíam 2 diferentes hábitos e apenas 3 crianças (1,3%) apresentaram 3 distintos hábitos. Quanto ao uso de hábitos, a chupeta apresentou-se como o hábito mais freqüente, com 65,4% das crianças. Ao associar a presença de hábitos bucais deletérios com a existência de maloclusões, verificou-se que das 78 crianças portadoras de hábitos, 72 mostraram maloclusão. O aleitamento natural foi verificado em 83,0% das crianças. A análise entre hábitos bucais e aleitamento natural revelou que das 79 crianças que foram aleitadas naturalmente por um período igual ou inferior a 24 meses, 78,5% demonstraram hábitos bucais. E quanto ao aleitamento artificial, 94 crianças (88,7%) fizeram uso da mamadeira. Desse total, 80 (85,1%) eram portadoras de maloclusões, sendo que 72 apresentaram hábitos bucais deletérios. Os autores concluíram que a prevalência de maloclusões está associada com a presença de hábitos bucais deletérios. Marques et al. (2005) realizaram uma pesquisa com o objetivo de determinar a prevalência da maloclusão em 333 escolares com idades entre 10 e 14 anos, de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte - MG. A prevalência de maloclusão foi de 62,0%. Mordida aberta anterior foi uma das alterações menos prevalente com 3,3% dos escolares examinados. Os autores concluíram haver alta prevalência de maloclusão entre estes escolares. Um estudo transversal realizado por Rochelle (2005) com o objetivo de avaliar as interferências no desenvolvimento da oclusão na primeira dentição, analisou a forma de aleitamento, a instalação de hábitos e o desenvolvimento de maloclusões, em 162 crianças na faixa etária de 5 anos, matriculadas nas creches Municipais da cidade de São Pedro - SP. O estudo foi realizado em etapas, primeiramente um questionário com informações do período e tipo de aleitamento e os hábitos de sucção. Em uma outra fase foi realizado um levantamento das maloclusões mais freqüentes. Os resultados dos questionários mostraram que 11,1% das crianças nunca foram amamentadas no peito, 55,5% foram amamentadas até seis meses e 33,3% mamaram no seio acima de seis meses. Quanto aos hábitos bucais deletérios 95,6% das crianças apresentavam algum tipo de hábito, sendo o mais prevalente o uso da mamadeira. Verificou-se também que 4,3% das crianças mostraram oclusão normal, 58,6% maloclusões leves e 37,1% moderadas/severas. Em relação a mordida aberta a pesquisa demonstrou uma porcentagem de 22,2% crianças apresentavam esta maloclusão. Quanto a associação entre mordida aberta anterior,

36 36 aleitamento materno e hábitos bucais deletérios obteve-se que das 108 crianças que foram amamentadas de zero a seis meses, 27 (25%) apresentaram mordida aberta, amamentadas por mais de seis meses nove (16,98%) das 53 mostraram mordida aberta. Das crianças que foram amamentadas exclusivamente no peito de zero a três meses 23 (26,14%) das 88 demonstraram mordida aberta anterior. As que foram amamentadas por mais de três meses 13 (18,06) das 72, uma tinha mordida aberta anterior. O tempo de uso de mamadeira de zero a três anos mostrou que das 75 crianças que fizeram uso 12 (16%) apresentaram mordida aberta anterior, mais de três anos, 24 (27,59%) das 87 crianças desenvolveram esta maloclusão. As crianças que fizeram uso de chupeta de zero a três anos 13 (12,15%) das 107 crianças mostraram mordida aberta anterior, as que fizeram uso por mais de três anos 23 (41,82%) das 55 apresentaram esta maloclusão, e em relação a sucção de dedo das 14 que fizeram uso, 2 (14,29%) mostraram mordida aberta anterior. A autora concluiu que houve baixa freqüência de amamentação natural, favorecendo a instalação de hábitos deletérios bucais, apresentando valores epidemiológicos altos para maloclusões, dentre elas a mordida aberta anterior foi a segunda mais freqüente. Uma pesquisa realizada por Maciel e Leite (2005) com 130 crianças de 8 a 12 anos, na cidade de Juiz de Fora - MG teve a finalidade de verificar a possível associação existente entre o histórico de hábitos orais deletérios e mordida aberta anterior, bem como alterações das funções orofaciais. A pesquisa foi realizada em duas etapas, primeiramente entregue um questionário às mães (e/ou responsáveis) das crianças, com perguntas sobre padrão de aleitamento, aspectos respiratórios, tratamentos realizados e hábitos de sucção não nutritiva, levando-se em conta a freqüência, duração e intensidade dos hábitos. Na segunda etapa do estudo foi realizado um exame clínico nas crianças. Na análise da avaliação dos hábitos nocivos, observou-se que o uso de chupeta foi o hábito mais prevalente, acometendo 76,2% da amostra. Em seguida, apareceu o uso da mamadeira, em que 62% da amostra foram amamentadas exclusivamente por aleitamento artificial, num tempo médio de 41 meses. O hábito de sucção digital foi encontrado em 12,3 dos casos. As principais maloclusões identificadas foram mordida aberta anterior com trespasse (33,8%) e mordida aberta anterior sem trespasse (11,5%). Concluindo haver uma correlação etiológica da mordida aberta anterior com hábitos bucais deletérios.

37 37 Um estudo realizado por Pereira (2005) em 39 alunos de 12 anos da escola Oeste Barroso em Caracará Sobral - CE observou-se que 79,5% dos indivíduos analisados apresentaram hábitos de sucção não nutritiva por mais de 18 meses, sendo, 71,8% por uso de chupeta e 7,7% por sucção digital. Foi constatado também o uso prolongado da mamadeira por 74,4% das crianças em estudo. Ainda, constatou-se que 33,3% das crianças dormem com a boca aberta, 38,5% têm constantes amigdalites e 28,2% roncam ao dormir. Concluindo assim, um elevado número de mordida aberta anterior com 43,6% e posterior com 23,1%. Lima (2005) realizou uma pesquisa em Natal - RN, no período de março de 2004 a janeiro de 2005, nas diversas fases de desenvolvimento da dentição, com o objetivo de verificar a prevalência de maloclusões. A amostra foi composta por criança na faixa etária de 5, 8 e 12 anos, distribuídos em escolas públicas e privadas, respectivamente nas fases de dentição decídua, mista e permanente. A prevalência geral de maloclusões observando as três dentições, foi de 76,5%. As crianças examinadas com 5 anos foi de 326, destas 246 (75,5%) apresentavam alteração oclusal. A prevalência de maloclusões na dentição mista dentre as 198 crianças analisadas foi de 168 (84,8%). No que se refere à dentição permanente dos 241 escolares 170 (70,5%) apresentaram maloclusão. A mordida aberta anterior foi a oclusopatia mais encontrada na dentição decídua, com 20,6% das crianças, na dentição mista mostrou um percentual de 12,10% e na permanente apresentou um percentual de 0,40% das crianças analisadas. Os autores concluíram q u e a prevalência de maloclusão nos pré-escolares e escolares da cidade é alta. Os dados revelaram que determinadas maloclusões, como mordida aberta anterior e sobremordida tendem a decrescer em termos percentuais na mudança entre os tipos de dentição. Thomas e Valença (2005) realizaram uma pesquisa com o objetivo de verificar a prevalência de maloclusão na dentição em crianças de 3 a 6 anos matriculados em pré-escolas da cidade de São Luís - MA. Evidenciou-se uma prevalência de 71,4% de maloclusão nos escolares avaliados. A mordida aberta anterior apresentou um percentual de 15,05% entre as crianças avaliadas. Concluiuse neste trabalho haver grande índice de maloclusão na dentição decídua, o que reflete a importância da adoção de medidas e estratégias de combate a esse problema nesta idade. Um estudo transversal realizado por Alves et al. (2006) teve o objetivo de

38 38 estimar a prevalência de maloclusão em 97 escolares de 12 anos no município de Feira de Santana - BA. O grau de severidade de maloclusão encontrado foi de 58,8% normal, 19,6% definida, 11,3% severa e 10,3% incapacitante. Para a mordida aberta anterior foi encontrado um percentual de 9,3% entre os indivíduos analisadas. Os autores ressaltam a importância do tratamento nesta idade e da realização de medidas interceptativas e programas continuados de educação em saúde coletiva para a prevenção de maloclusões. Galvão, Menezes e Nemr (2006) verificaram a correlação de hábitos bucais deletérios entre crianças de 4 a 6 anos de escola pública e privada da cidade de Manaus - AM. Foram enviados 240 questionários distribuídos entre a escola particular e pública, havendo retorno de 106 questionários devidamente preenchido, o questionário foi enviado aos responsáveis dos alunos da pré-escola. O tempo de uso de hábitos foi considerado menor ou igual a 36 meses e maior que 36 meses. Os grupos analisados foram descritos como grupo A, referentes a crianças da escola particular e grupo B, às crianças da escola pública. Constatou-se que 34 (94,4%) crianças do grupo A fizeram ou ainda faziam uso da mamadeira; e no grupo B o resultado foi de 59 (84,3%) crianças. No grupo A, predominou o tempo de uso maior que 36 meses, uma prevalência de 18 (52,9%) crianças em relação a 16 (47,1%) com o tempo de uso menor ou igual a 36 meses. No que diz respeito ao grupo B, verificou-se um número mais elevado de crianças, 33 (55,9%) com tal hábito em idade superior a 36 meses e 26 (44,1%) com idade menor a 36 meses. Quanto ao uso de chupeta, 19 (52,8%) crianças do grupo A fizeram ou faziam uso, sendo que 12 (63,2%) a utilizava com idade menor ou igual a 36 meses e sete (36,8%) com mais de 36 meses. No grupo B, a incidência foi de 32 (45,7%), dessas 24 (74,4%) a usaram por período menor ou igual a 36 meses e sete (22,6%) com tempo maior que 36 meses. Apenas uma criança (2,8%) do grupo A teve o hábito de sucção digital, mantendo por menos de 36 meses, e cinco crianças (7,1%) do grupo B, das quais quatro (80%) fizeram ou faziam com mais de 36 meses e um (20%) com idade igual ou inferior a 36 meses. Nove (25%) crianças do grupo A com onicofagia, sendo que uma (11,1%) manteve o hábito, no período menor ou igual a 36 meses e oito (88,9%) por um tempo maior. No grupo B, das 27 (38,5%), duas (7,4%) apresentaram este hábito, na faixa etária menor ou igual a 36 meses e de 25 (92,6%) maior que 36 meses. Os autores concluíram que a chupeta e a mamadeira foram os hábitos orais mais encontrados e a presença dos hábitos foi referida pelos

39 39 responsáveis das crianças analisadas. Menezes et al. (2006) estudaram a prevalência e fatores associados à respiração oral em escolares participantes do projeto Santo Amaro-Recife - PE. Foram examinadas 150 crianças entre 8 e 10 anos observando que a prevalência da respiração oral foi de 53,3%. Na comparação de respiração oral com nasal, verificando os percentuais de alterações faciais a mordida aberta anterior teve um percentual de 60,0% e 30,0% respectivamente. Souza, Valle e Pacheco (2006) avaliaram a relação clínica entre hábitos de sucção, maloclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães em 79 crianças de 2 a 5 anos, no departamento de clínica Odontológica da Universidade Federal do Espírito Santo em Vitória. As crianças foram divididas em dois grupos, grupo caso com 39 crianças, que presença de hábitos de sucção não nutritiva (chupeta, sucção digital e sucção de lábio) e o grupo controle formado por 40 crianças com ausência de hábito de sucção não nutritiva. Os resultados mostraram que a forma de aleitamento artificial desde o nascimento foi de 17 (43,6%) para o grupo caso e 3 (7,5%) para o grupo controle. Aleitamento misto antes dos 3 meses foi de 14 (35,9%) para o grupo caso, 4 (10,25%) para o grupo controle. Aleitamento natural exclusivo até 3 meses mostrou 4 (10,20%) para o grupo caso, 8 (20,5%) para o grupo controle. O aleitamento natural exclusivo até 6 meses para o grupo caso foi de 4 (10,20%) e para o grupo controle foi de 25 (62,5%) crianças. A presença de maloclusão foi de 29 (74,4%) para o grupo caso e 8 (20%) para o caso controle. A mordida aberta anterior mostrou uma prevalência de 17 (43,6%) para o grupo caso e 3 (7,5%) para o grupo controle. Quanto às orientações prévias recebidas pela mãe responderam que sim 16 (41%) do grupo caso e 26 (65%) no grupo controle e responderam que não 23 (59%) do grupo caso e 14 (35%) do grupo controle. Os resultados sugerem que o grau de informação das mães e o prolongamento de aleitamento natural estão diretamente relacionados com a menor incidência de maloclusões nesta fase de desenvolvimento da criança. A pesquisa realizada por Albuquerque Jr et al. (2007) teve o objetivo de investigar a relação entre hábito bucal deletério e maloclusão em 130 indivíduos de 4 a 13 anos do Curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza. Como resultados obteve-se das crianças examinadas 105 (80,8%) apresentavam hábito bucal deletério, destes, 52 (49,5%) não apresentavam maloclusão, enquanto 53 (50,5%) apresentavam. Das crianças que apresentavam maloclusão (53), verificou-

40 40 se que 27 (51%) encontrava-se no período transitório na fase de dentição mista. Os hábitos mais encontrados foram onicofagia (n= 28; 24%), sucção de chupeta (n=24; 21%) e respiração bucal (n=23; 20%). Das maloclusões mais prevalentes, a mordida aberta anterior foi a segunda mais encontrada, com 23 (35%) das crianças que mostraram uso de hábitos orais. Os autores concluíram a necessidade de ações educativo-preventivas e de interceptação precoce de maloclusões, enfatizando a remoção de hábitos bucais deletérios. Fernandes, Amaral e Mônico (2007) analisaram a oclusão de 354 crianças com idade entre 3 e 6 anos, estudantes da rede privada de estudo do município de Niterói - RJ. Os resultados quanto à presença de maloclusão mordida aberta anterior foi de 9,88% das crianças analisadas. Os autores concluíram a baixa freqüência de uma oclusão ideal na dentição decídua irá dificultar o estabelecimento de uma oclusão normal na dentição permanente. Uma pesquisa realizada por Sousa et al. (2007) teve o objetivo de estimar a prevalência da mordida aberta anterior em pré-escolares, de 5 anos, na cidade de Natal - RN e associação desta aos fatores de risco. A amostra foi composta por 172 crianças da escola pública e 154 da escola privada, totalizando 326 escolares. A pesquisa foi composta por um questionário e um exame clínico. Dentre as variáveis analisadas o tipo de aleitamento foi observado, sendo o exclusivo o que apresentou maior percentual (85,8%). No que se refere ao tempo de aleitamento, observou-se que 70,1% do aleitamento materno exclusivo foi realizado por um período igual ou superior aos 6 meses de idade. Observando-se o tempo de aleitamento materno artificial, verificou-se uma maior prevalência para o tempo igual ou superior aos 6 meses de idade (66,7%). Quanto ao uso de hábito, um percentual de 27,8% foi encontrado. Quanto ao tempo de realização do hábito o percentual foi de 69,1% com duração acima dos 3 anos de idade. A prevalência de mordida aberta anterior, para a população do estudo que apresentou as características anteriormente citadas foi de 20,6%. Os autores concluíram haver associação entre a classe econômica, renda e a presença de hábito. Na associação entre os fatores extrínsecos e a ocorrência de mordida aberta anterior, verificou-se associação apenas para a presença de hábito. Furtado e Vedovello Filho (2007) examinaram 146 crianças entre 3 e 6 anos, de 2 escolas do município de Tubarão - SC, com o objetivo de associar o período do aleitamento materno, a instalação dos hábitos de sucção não nutritivos e a

41 41 ocorrência de maloclusões na dentição decídua. No presente estudo observou-se uma prevalência de hábitos de sucção não nutritivo (sucção de chupeta e sucção de dedo) de 69,8% das crianças examinadas. A porcentagem de crianças que foram amamentadas por um período inferior a seis meses e adquiriram hábitos de sucção não nutritivos foi de 43,8%. A relação entre hábitos de sucção não nutritivos e mordida aberta anterior mostrou uma prevalência 1 (0,7%) até 3 anos nas crianças analisadas e 41 (28, 1%) nas crianças acima de 3 anos. Os autores observaram que o período de aleitamento materno afetou diretamente a instalação dos hábitos de sucção não nutritivos, apresentando relação com a presença de maloclusão. Observaram também que quanto maior o tempo de manutenção do hábito, maior a proporção de crianças com a presença de mordida aberta dentre outras maloclusões. Cavalcanti et al. (2008) estudaram a prevalência de maloclusão em 516 escolares de 6 a 12 anos matriculados em escolas municipais urbanas do município de Campina Grande - PB. Ao se avaliar a presença de maloclusão verificou-se que 80,6% dos escolares apresentavam alterações oclusais. Com relação ao grau de mordida aberta anterior, 59,1% apresentavam em grau severo, 27,9% grau leve e apenas 13,0% apresentavam grau moderado. Os autores concluíram haver uma elevada prevalência de maloclusões entre os escolares analisados, e relatam ainda ser importante o reconhecimento das alterações oclusais, não somente em relação ao tratamento mas também no que se refere as ações preventivas. Um estudo verificando a associação entre aleitamento, hábitos de sucção não nutritivo e maloclusões, foi realizado em 733 escolares de 3 a 5 anos, matriculados em creches municipais de João Pessoa - PB. No presente estudo, verificou-se que 16,4% das crianças receberam aleitamento natural, 10,9% aleitamento artificial e 72,7% se serviram de aleitamento misto. Os hábitos de sucção não nutritivos estiveram presentes em 64,1% das crianças examinadas, sendo a sucção de chupeta e sucção digital observadas em 53,7% e 10,4% respectivamente. A prevalência de maloclusão esteve presente em 92,6%, sendo a mordida aberta anterior com uma freqüência de 29,7% dos escolares examinados. Os autores concluíram que há diferenças entre os tipos de aleitamento com o hábito de sucção de chupeta, bem como entre este hábito e a presença de algumas maloclusões (MENDES; VALENÇA; LIMA, 2008).

42 42 3 OBJETIVOS 3.2 GERAL Determinar a prevalência de mordida aberta em crianças de 3 a 14 anos do município de Santo Expedito do Sul, Rio Grande do Sul. 3.2 ESPECÍFICOS Verificar a prevalência de maloclusão na dentição decídua, mista e permanente na amostra estudada Verificar a influência dos hábitos bucais no estabelecimento de maloclusões como a mordida aberta anterior em crianças entre 3 a 14 anos do município de Santo Expedito do Sul-RS Relacionar a duração e a freqüência dos hábitos bucais no estabelecimento de mordida aberta anterior.

43 43 4 METODOLOGIA 4.1 DELINEAMENTO A presente pesquisa é de corte transversal de base escolar realizada em duas etapas. Primeiramente, foi enviado um questionário auto-aplicável aos pais e/ou responsáveis, a ser respondido. Em uma segunda etapa, foi feito um exame clínico nas crianças e adolescentes de escolas do município. Figura 1 Mapa da localização do município de Santo Expedito do Sul-RS, Fonte: AMOSTRA A população alvo possui 300 escolares de 3 a 14 anos de idade, sendo que 237 foram efetivamente avaliadas, fazendo parte da amostra a ser analisada

44 44 estatisticamente. Participaram da pesquisa os escolares matriculados na escola municipal Santos Dumunt, escola municipal Cristiano Kern, escola estadual Genoveva Pelisser, creche municipal Criança Feliz e também as crianças participantes do projeto PIM (Programa de Primeira Infância Melhor) do município de Santo Expedito do Sul, Rio Grande do Sul, caracterizando um censo. Dados do IBGE descrevem a população de Santo Expedito do Sul como tendo habitantes residentes no município em todas as faixas etárias. O município se encontra localizado a noroeste do Rio Grande do Sul (IBGE, 2000). Os 237 escolares foram divididos por época da dentição em três grupos, como segue: dentição decídua - 3 a 5 anos (16 do sexo feminino e 22 do masculino), totalizando 38 crianças. dentição mista 6 a 10 anos (62 do sexo feminino e 57 do masculino), totalizando 119 crianças. d entição permanente 11 a 14 anos (39 do sexo feminino e 41 do masculino), totalizando 80 adolescentes. 4.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Todas as crianças matriculadas nas escolas estaduais e municipais alocadas pela pesquisadora, apresentando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais/responsáveis. 4.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Não fizeram parte da pesquisa os escolares que já usaram ou estavam utilizando algum tipo de aparelho ortodôntico. Não fizeram parte também, os escolares que apresentaram mutilações dentárias na área anterior dos arcos dentários.

45 TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO DA EXAMINADORA Previamente ao estudo piloto foi realizado a calibração e aferição da examinadora, utilizado como referência o índice preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (1987), modificado pela Faculdade de Saúde Pública da USP em 1996 para dentição decídua e mista e o índice de Estética Dental (DAI) determinado pela OMS para estudos epidemiológicos para a dentição permanente.o DAÍ foi criado nos Estados Unidos da América em 1986, é reconhecido e indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (WHO, 1997) para realização de estudos epidemiológicos. Leva-se em consideração aspectos oclusais, importantes para bom funcionamento e para a longevidade do aparelho mastigatório, e percepções da estética dentária. Estes índices possuem objetivos de quantificar a severidade da maloclusão (SANTOS, 2006). 4.6 COLETA DOS DADOS O instrumento da pesquisa utilizado foi um questionário direcionado aos pais ou responsáveis das crianças com perguntas abertas e fechadas referente aos dados de informações gerais, questões demográficas e hábitos das crianças. E um exame clínico utilizando para medida uma sonda milimetrada devidamente esterilizada, seguindo as normas de biossegurança preconizada pela OMS. Enquanto a pesquisadora examinava os dados clínicos das crianças e a auxiliar anotava os dados na ficha clínica, os pais ou responsáveis respondiam ao questionário e assinavam o termo de consentimento (APÊNDICES A, B e C). Os exames clínicos foram realizados nas dependências da Unidade de saúde do Município de Santo Expedito do Sul. Foram utilizadas luvas, máscaras, gorros, sonda milimitrada, espelho, uma ficha clínica em um consultório dentário, devidamente iluminado. O paciente encontrava-se posicionado na cadeira deitado, e a examinadora sentada. Para estimar a prevalência de maloclusão nas dentições decídua e mista foi utilizado o índice preconizado pela OMS (1987), modificado pela Faculdade de Saúde Pública da USP em 1996, conforme critérios descritos a seguir: Normal: ausência de alterações oclusais;

46 46 Leve: quando há um ou mais dentes com giroversão ou ligeiro apinhamento ou espaçamento prejudicando o alinhamento regular; Moderada/ Severa: quando há um efeito inaceitável sobre a aparência facial, ou uma significativa redução da função mastigatória, ou problemas fonéticos observados pela presença de uma ou mais das seguintes condições nos quatro incisivos anteriores: o transpasse horizontal maxilar estimado em 9 mm ou mais (overjet positivo); o transpasse horizontal mandibular, mordida cruzada anterior igual ou maior que o tamanho de um dente (overjet negativo); o mordida aberta anterior; o desvio de linha média estimado em 4 mm ou mais; o apinhamento ou espaçamento estimado em 4 mm ou mais. o as alterações oclusais não explicadas nos critérios acima, como, por exemplo, mordida cruzada posterior (uni ou bilateral), sobremordida ou transpasse vertical acima de 2 mm, foram incluídas na categoria leve. Para estimar a prevalência de maloclusão na dentição permanente foi utilizado o índice DAI (Índice de Estética Dental), introduzido, pela primeira vez, como proposta para levantamentos epidemiológicos em saúde bucal, na 4 Edição do Manual da OMS de 1997 (PERES; TOMITA, 2006). Trata-se de um índice composto de que diversas variáveis, cujos valores são colocados em uma equação, tendo-se, ao final, um valor numérico. Quanto mais alto este valor, pior a situação do indivíduo examinado, conforme critérios estabelecidos previamente seguem os valores estabelecidos: oclusão normal ou maloclusão leve: 25 maloclusão definida: maloclusão severa: maloclusão muito severa: 36 Todos os valores encontrados para as 10 variáveis que compõem o DAI são: 1 dentição, expressa pelo número de incisivos, caninos e pré-molares permanentes perdidos que causam problemas estéticos, no arco superior e

47 47 no arco inferior; 2 apinhamento em segmentos incisais (0=sem; 1= apinhamento em 1 segmento; 2= apinhamento. em 2 segmentos); 3 espaçamento em segmentos incisais (0=sem; 1= espaçamento em 1 segmento; 2= espaçamento em 2 segmentos); 4 diastema incisal (em milímetros); 5 irregularidade maxilar anterior (em milímetros); 6 irregularidade mandibular anterior (em milímetros); 7 sobressaliência maxilar anterior overjet (em milímetros); 8 sobressaliência mandibular anterior overjet (em milímetros); 9 mordida aberta vertical anterior (em milímetros); 10 relação molar antero-posterior (0= normal; 1= meia cúspide para mesial ou distal; 2= uma cúspide para mesial ou distal). As ilustrações das anormalidades dentofaciais estão demonstradas a seguir: 1- DENTIÇÃO Expressa pelo número de incisivos, caninos e pré-molares permanentes perdidos que causam problemas estéticos, no arco superior e no arco inferior. Os dentes não devem ser considerados ausentes caso seus espaços estejam fechados, caso um dente decíduo ainda esteja em posição, e seu sucessor ainda não tenha erupcionado, ou se um incisivo, canino ou pré-molar ausente tiver sido substituído por uma prótese fixa. ESPAÇO 2- APINHAMENTO EM SEGMENTO INCISAIS O segmento é definido de canino a canino. O apinhamento no segmento anterior é a condição na qual o espaço disponível entre os caninos direito e esquerdo é insuficiente para acomodar todos os quatro incisivos em alinhamento normal. O apinhamento não deve ser registrado caso os quatro incisivos estivessem

48 48 em um alinhamento adequado, mas um ou ambos os caninos estivessem deslocados. 3- ESPAÇAMENTO EM SEGMENTOS INCISAIS É a condição na qual a quantidade de espaço disponível entre os caninos direito e esquerdo excede aquela necessária para acomodar todos os 4 incisivos em alinhamento normal. Caso um ou mais incisivos tenham suas faces proximais sem quaisquer contatos interdentários, o segmento é considerado como tendo espaçamento. O espaço oriundo de um dente decíduo recentemente esfoliado não deve ser registrado caso pareça que o dente sucessor irá erupcionar logo. 4- DIASTEMA INCISAL Espaço em milímetros entre os dois incisivos centrais superiores permanentes, quando estes perdem o ponto de contato. 5- IRREGULARIDADE MAXILAR ANTERIOR EM MILÍMETROS Rotações ou deslocamentos em relação ao alinhamento normal, medido com uma sonda milimetrada, registrando a maior irregularidade. O local de maior irregularidade entre os dentes adjacentes é mensurado.

49 49 6- IRREGULARIDADE MANDIBULAR ANTERIOR EM MILÍMETRO Procedimentos e considerações utilizados foram semelhantes ao do arco Superior. OCLUSÃO 7- SOBRESSALIÊNCIA MAXILAR ANTERIOR EM MILÍMETROS A relação horizontal entre os incisivos foi medida com os dentes em relação cêntrica, utilizando a sonda CPI, posicionada em plano paralelo ao plano oclusal. O overjet é distância em milímetros entre as superfícies vestibulares do incisivo superior permanente mais proeminente e do incisivo inferior correspondente. A sobressaliência maxilar não deve ser registrada caso todos os incisivos superiores estiver ausentes ou em mordida cruzada lingual. Caso os incisivos ocluam em topo a topo, o valor será zero.

50 50 8- SOBRESSALIÊNCIA MANDIBULAR ANTERIOR EM MILÍMETROS Foi registrado quando um incisivo inferior se posicionava anteriormente ou por vestibular em relação ao seu correspondente superior, isto é em mordida cruzada. Os procedimentos para mensuração são os mesmos descritos para o Overjet maxilar. A sobressaliência mandibular não deve ser registrada caso um incisivo inferior esteja girovertido de modo que uma porção do bordo incisal esteja em mordida cruzada (isto é, esteja vestibular ao incisivo superior), mas uma outra porção do bordo incisal não esteja.

51 51 9- MORDIDA ABERTA VERTICAL ANTERIOR Registrada quando havia falta de ultrapassagem vertical entre os incisivos opostos caracterizou-se uma situação de mordida aberta. O tamanho da distância entre as bordas incisais foi medido com sonda CPI e o valor e m m ilímetros registrado no campo correspondente. 10- RELAÇÃO MOLAR ANTERO-POSTERIOR: A avaliação foi feita com base na relação entre os primeiros molares permanentes, superior e inferior. Caso esta avaliação não possa ser baseada nos primeiros molares pois um ou ambos estão ausentes, não totalmente erupcionados, ou com anatomia alterada devido a cáries extensas ou restaurações, toma-se como referência a relação entre os caninos e pré-molares. Os lados direito e esquerdo são avaliados com os dentes em oclusão e somente registraremos o maior desvio da relação molar. Os seguintes códigos foram empregados: 0- normal; 1- meia-cúspide: o primeiro molar inferior está deslocado meia cúspide para mesial ou distal em relação à posição normal; 2- cúspide inteira: o primeiro molar inferior está deslocado uma cúspide para mesial ou distal em relação à posição normal.

52 TESTE PILOTO O teste piloto foi realizado com o objetivo de testar a operacionalização do método proposto para o levantamento epidemiológico, padronizando a conduta no trabalho de campo, a utilização dos instrumentos da avaliação e a aferição da examinadora, b e m c o m o de sua anotadora (ou auxiliar), assegurando a confiabilidade dos achados. Esta etapa da pesquisa constituiu em examinar 18 crianças, da escola municipal Santos Dumunt. O teste foi realizado nas dependências da Unidade de Saúde, do Município de Santo Expedito do Sul.

53 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Os dados foram digitados e armazenados em um banco de dados específico do SPSS versão A análise estatística seguiu uma análise descritiva dos dados e a aplicação de testes específicos para verificação dos objetivos. O teste utilizado permitiu verificar as relações entre variáveis de natureza qualitativa e cuja apresentação foi feita na forma de freqüências pelo teste do qui-quadrado. O nível de significância utilizado foi de 5% CONSIDERAÇÕES ÉTICAS O Projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Maringá/Uningá, segundo Resolução 196/96, determinado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CONEP), sendo aprovado sob nº de protocolo 0082/08 (ANEXO). Foi entregue e assinado pelos pais/responsáveis das crianças um Termo Livre e Esclarecido informando os objetivos da pesquisa (APÊNDICE C).

54 54 5 RESULTADOS 5. 1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA A coleta de dados foi realizada mediante exames clínicos bucais e questionário aplicado aos pais ou responsáveis pelas crianças. O total da amostra foi de 237 alunos entre 3 e 14 anos, matriculados em cinco escolas da zona rural e urbana do município de Santo Expedito do Sul, Rio Grande do Sul. O tamanho da amostra segundo o sexo foi de 50,6% (120) meninos e 49,4% (117) meninas (Figura 1), sendo que 16% (38) possuíam dentição decídua, 50,2% (119) dentição mista e 33,8% (80) dentição permanente (Figura 2). A média de idade da amostra foi de 8,63 (dp 3,03) anos (Figura 3). A maioria dos escolares residia na zona rural: 92% (218), e somente 8% (19) em zona urbana (Figura 4), sendo 85,2% (202) de raça branca e 14,8% (35) negra e parda (Figura 5) ,6% 49,4% a Freqüência masculino feminino sexo Figura 2 Descrição da amostra segundo o sexo dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

55 Freqüência ,2% ,8% 40 16% 20 0 decídua mista permanente tipo de dentição Figura 3 - Descrição da amostra segundo o tipo de dentição. Santo Expedito do Sul-RS, Freqüência idade da criança Figura 4 Descrição da amostra segundo a idade dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

56 Freqüência % % 0 urbana rural localização geográfica Figura 5 Descrição da amostra segundo a localização geográfica da moradia. Santo Expedito do Sul-RS, Freqüência ,2% ,7% 5,1% 0 branco pardo negro raça Figura 6 - Descrição da amostra segundo a raça dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, O hábito deletério mais freqüente investigado no questionário foi o de sucção de chupeta (53,2%), os demais hábitos observados foram onicofagia (24,5%), ranger os dentes (14,8%), respiração bucal (8%), morder objetos (7,2%) e sucção digital (6,8%) (Figura 6).

57 57 Figura 7 Distribuição da amostra segundo os tipos de hábitos bucais deletérios. Santo Expedito do Sul-RS, ANÁLISE DESCRITIVA EM RELAÇÃO À MALOCLUSÃO A prevalência de maloclusão nas três dentições foi de 54,9% (130), sendo que 45,1% (130) apresentaram oclusão normal, segundo os índices utilizados (Figura 7) % normal maloclusão Figura 8 Distribuição da amostra segundo tipo de oclusão. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

58 58 A prevalência de maloclusão na dentição decídua foi de 42,1% (n=16), a freqüência na dentição mista foi de 52,1% (62), e na dentição permanente obteve-se uma prevalência de 63,8% (n=51) (Tabela 1) dos escolares examinados. Os valores absolutos e as porcentagens da maloclusão em cada uma das três dentições encontram-se na Tabela 1. Tabela 1 Freqüência das maloclusões nas três dentições dos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Dentições Maloclusão Decídua n Mista % n Permanente % n % Ausente 22 57, , ,2 Presente 16 42, , ,8 Total , , ,0 5.3 ANÁLISE DESCRITIVA EM RELAÇÃO A SEVERIDADE DA MALOCLUSÃO Os valores de severidade de maloclusão avaliados na dentição decídua foram classificados em normal 57,9% (n=22), maloclusão leve 7,9% (n=3), maloclusão moderada/severa 34,2% (n=13) (Figura 9). Em relação a dentição mista os valores observados foram oclusão normal 47,9% (57), maloclusão leve 23,5 (n=28), maloclusão moderada/severa 28,6% (n=34) (Figura 10). Quanto à severidade avaliada na dentição permanente 22,5% (n=18) dos escolares examinados foram classificados em maloclusão definida, 17,5% (n=14) em maloclusão severa e 23,8% (n=19) em maloclusão muito severa ou deformadora e 36,2% (29) apresentavam oclusão normal ou maloclusão leve (Figura 11).

59 59 maloclusdecíduos tipo de dentição: decídua normal maloclusão leve maloclusão moderada/severa 34,2 % 57,9 % 7,9 % Figura 9 - Distribuição dos escolares com dentição decídua segundo a severidade da maloclusão. Santo Expedito do Sul-RS, maloclusdecíduos tipo de dentição: mista normal maloclusão leve maloclusão moderada/severa 28,6 % 47,9 % 23,5 % Figura 10 - Distribuição dos escolares com dentição mista segundo a severidade da maloclusão. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

60 60 severidade tipo de dentição: permanente oclusão normal ou má oclusão leve (nenhuma ou pequena necessidade tratamento) má oclusão definida (necessidade eletiva de tratamento) má oclusão severa (necessidade altamnete desejável de tratamento) má oclusão muito severa ou deformadora (necessidade obrigatória de tratamento) 23,8 % 36,2 % 17,5 % 22,5 % Figura 11 - Distribuição dos escolares com dentição permanente segundo a severidade da maloclusão. Santo Expedito do Sul-RS, ANÁLISE DESCRITIVA EM RELAÇÃO AOS TIPOS DE MALOCLUSÃO A prevalência geral nas três dentições da mordida aberta anterior, variável de especial interesse nesta pesquisa foi de 22,8% (n=54), sendo que 77,2% (n=183) mordidaanterior aberta (Figura 12). não apresentaram mordida aberta 80 Percent 60 77,2% ,8% 0 sem mordida aberta mordida aberta mordida aberta Figura 12 Prevalência de mordida aberta anterior nos escolares de Santo Expedito do Sul RS, 2008.

61 61 A principal alteração oclusal observada na dentição decídua foi a mordida aberta anterior com 34,2% (n=13). Na dentição mista, as principais alterações oclusais observadas foram: apinhamento com 36,1% (n=43) e mordida aberta anterior com 24,4% (n=29). Na dentição permanente, as principais alterações foram: apinhamento com 43,8% (n=35), sobremordida exagerada acima de 3 mm 30% (n=24), overjet maxilar acima de 3 mm 25% (n=20) e mordida aberta anterior 15% (n=12). Observa-se na figura 13 e 14 as prevalências de mordida aberta anterior e apinhamento nas três dentições, respectivamente , ,8 % com mordida aberta sem mordida aberta 34,2 24, decídua mista permanente Figura 13 Prevalência de mordida aberta anterior nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

62 62 tipo de dentição 80 decídua mista permanente 43,8% 40 36,1% a Freqüência % 0 sem apinhamento prevalência de apinhamento Figura 14 Prevalência de apinhamento anterior nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, ANÁLISE INFERENCIAL DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR E CHUPETA Na análise bivariada, através do Qui-quadrado (nível de significância de 5%), verificou-se associação significativa entre a variável mordida aberta anterior e o hábito de sucção de chupeta nas três dentições com valor de p<0,000. Os escolares que fizeram uso do hábito de sucção de chupeta e apresentaram a maloclusão mordida aberta anterior totalizaram um percentual de 36,5% (n=46), tendo quase 7,5 vezes mais chance de possuir esta maloclusão do que os que não tinham o hábito de sucção de chupeta (OR= 7,40, IC 95% 3,30-16,56) (Tabela 2).

63 63 Tabela 2 Relação entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta nos escolares. Santo Expedito do Sul-RS, Mordida aberta Não n % Sim n Total % n p OR IC95% 7,403 3,308- % Sucção de *<0,000 Chupeta 16,569 Ausente ,8 8 7, Presente 80 63, , Total , , * p<0,005= significância estatística Na Figura 15 pode-se visualizar as diferenças entre mordida aberta anterior e hábito de sucção de chupeta dos escolares examinados. mordida aberta 120 sem mordida aberta mordida aberta a Freqüência não sim chupeta Figura 15 Relação entre mordida aberta anterior e o hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS, Quando avaliadas as dentições separadamente, verificou-se também haver associação estatística em relação a variável mordida aberta anterior e o hábito de

64 64 sucção de chupeta, com valores de p<0,000, p=0,001 e p=0,010, respectivamente (Tabela 3). Os escolares que possuíam dentição decídua e tinham o hábito de sucção de chupeta na infância tiveram 65,0% ( n= 13) de mordida aberta anterior. Na análise bivariada, estas crianças com dentição decídua que possuíam o hábito referido apresentaram quase 3 vezes mais chance de ter mordida aberta do que as que não tinham o hábito de chupeta (OR= 2,85, IC 95% 1,57-5,19). Os escolares que possuíam dentição mista tinham o hábito de sucção de chupeta na infância tiveram 37,3% (n= 22) mordida aberta anterior. Na análise bivariada, os que tinham o hábito tiveram 1,5 vezes mais chance de possuir mordida aberta do que os que não tinham o hábito de sucção de chupeta (OR= 1,40, IC 95% 1,13-1,75). Os escolares com dentição permanente e hábito tiveram uma ocorrência de 23,4% (n=11) de mordida aberta, tendo 1,2 mais chance de ter mordida aberta anterior do que os não tiveram o hábito de sucção na infância (OR= 1,40, IC 95% 1,13-1,75). Tabela 3 Relação entre mordida aberta anterior e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Mordida aberta Sucção de Chupeta Não n Sim % n Total % p n OR IC95% % Decídua *<0,000 2,857 1,5725,192 Ausente , Presente 7 35, , Total 25 65, , Mista *0,001 Ausente 53 88,3 7 11, Presente 37 62, , Total 90 75, , Permanent 1,409 1,1341,750 1,266 1,0691,499 *0,010 e Ausente 32 97,0 1 3, Presente 36 76, , Total 68 85, , *p<0,005= significância estatística.

65 65 A figura 16 mostra a freqüência entre mordida aberta anterior de todos os escolares e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta. mordida aberta sem mordida aberta mordida aberta 125 Freqüência a 2 anos 3 a 9 anos Tempo Figura 16 Relação entre mordida aberta anterior e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS, Verificou-se haver associação estatística em relação a variável mordida aberta anterior e a duração em anos do hábito de sucção de chupeta, com valores de p<0,000 nas dentições decídua e mista. Porém, não houve associação estatística nos escolares com dentição permanente (p>0,05). (Tabela 4). Os escolares com dentição decídua que utilizaram a chupeta por mais de 2 anos na infância tiveram 83,3% (n=10) de mordida aberta anterior. Na análise bivariada, estas crianças apresentaram 38 vezes mais chance de ter mordida aberta do que as que utilizaram a chupeta por menos de 2 anos (OR= 38,33, IC 95% 5,25-265,98). Os escolares com dentição mista tiveram 47,6% ( n=20) mordida aberta anterior. Na análise bivariada, estas crianças apresentaram quase 7 vezes mais chance de ter mordida aberta do que as que utilizaram a chupeta por menos de 2 anos (OR= 6,86, IC 95% 2,73-17,26). Os escolares com dentição permanente tiveram 25,9% (n= 7) de mordida aberta anterior, porém sem associação estatística com a duração do hábito.

66 66 Tabela 4 Relação entre mordida aberta e duração em anos do hábito de sucção de chupeta nas dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Mordida aberta Duração do Não Sim Total p OR IC95% Hábito n % n % n % Decídua *<0,000 0 a 2 anos 23 88,5 3 11, > 2 a 9 anos 2 16, , Total 25 65, , Mista *<0,000 0 a 2 anos 68 88,3 9 11, > 2 a 9 anos 22 52, , Total 90 75, , Permanente 0,055 0 a 2 anos 48 90,6 5 9, > 2 a 9 anos 20 74,1 7 25, Total 68 85, , ,333 5,525265,98 6,869 2,73217,269 3,360 0,95211,853 *p<0,005= significância estatística. A figura 17 mostra a ocorrência entre mordida aberta anterior de todos os escolares e a freqüência diária do hábito de sucção de chupeta. Bar Chart mordida aberta 150 sem mordida aberta mordida aberta Freqüência Count tempo todo não usou ou só para dormir DURAÇÂO-freqüência do uso Figura 17 Relação entre mordida aberta anterior e a freqüência diária do hábito de sucção de chupeta. Santo Expedito do Sul-RS, 2008.

67 67 Verificou-se também haver associação estatística em relação a variável mordida aberta anterior e a freqüência do uso diário do hábito de sucção de chupeta, com valores de p<0,000 e de p<0,001, respectivamente nas dentições decídua e mista. Porém, não houve associação estatística nos escolares com dentição permanente (p>0,05). (Tabela 5). Tabela 5 Relação entre mordida aberta anterior e a freqüência do hábito de chupeta nas três dentições. Santo Expedito do Sul-RS, Freqüência do Mordida aberta Hábito Não n Sim % n Total % n p OR IC 95% <*0,000 0,026 0,003- % Decídua 0,257 Não ou/e só para 24 82,8 5 17, tempo todo 1 11,1 8 88, Total 25 65, , dormir Mista *0,001 0,232 0,0960,562 Não ou/e só para 70 84, , tempo todo 20 55, , Total 90 75, , dormir Permanente 1,00 0,360 0,1031,261 Não ou/e só para 50 89,3 6 10, tempo todo 18 75,0 6 25, Total 68 85, , dormir *p<0,005= significância estatística. Os escolares com dentição decídua que não utilizaram a chupeta ou usaram só para dormir tiveram um percentual 11,5% (n= 3) de mordida aberta anterior. Já os escolares com dentição decídua que utilizaram a chupeta o tempo todo, isto é, durante o dia e noite, na infância tiveram 83,3 % (n= 10) de mordida aberta anterior. Na análise bivariada, as crianças que chuparam somente para dormir apresentaram menor chance de ter mordida aberta do que as que utilizaram o tempo todo (OR=

68 68 0,02, IC 95% 0,00-0,25). Na dentição mista, os que não usaram chupeta ou usaram somente para dormir e tiveram mordida aberta anterior foram 11,7% (n= 9) e os que chuparam durante todo o tempo e tiveram mordida aberta anterior foram 47,6% (n= 20). Na análise bivariada, as crianças que chuparam somente para dormir apresentaram menor chance de ter mordida aberta anterior do que as que utilizaram o tempo todo (OR= 0,23, IC 95% 0,09-0,56). Os escolares com dentição permanente que não usaram chupeta ou usaram somente para dormir e tem mordida aberta foram 9,4% (n= 5), sendo 25,9% (n= 7) os que chuparam durante todo o tempo e tiveram mordida aberta anterior. Na análise bivariada não houve associação estatisticamente significante.

69 69 6 DISCUSSÃO A amplitude de condições consideradas para avaliação das características de oclusão, tanto para a dentadura decídua, mista quanto para a permanente, confere aos estudos epidemiológicos características muito variadas, dificultando as análises comparativas. A magnitude da tendência da prevalência e severidade das maloclusões têm sido difícil de ser mensurada, em razão da dificuldade de calibração dos índices e da variedade de indicadores. Apesar do grande número de estudos, os diferentes critérios para registro da condição oclusal limitam as comparações entre os resultados de diferentes levantamentos epidemiológicos. No entanto, pode-se considerar as maloclusões como um problema de Saúde Pública, pelo fato da alta prevalência, interferindo na qualidade de vida das pessoas. Contudo, há a possibilidade de prevenção e tratamento quando bem diagnosticados nos diversas localidades (PERES; TOMITA, 2006). Na análise da ocorrência de maloclusões pode-se perceber que pelos estudos relatados neste trabalho a prevalência é alta entre os escolares, consistindo em um problema real de Saúde Pública (ALVES et al. 2006). A prevalência encontrada entre os escolares avaliados nesta pesquisa foi de 54,9%. Resultado semelhante ocorreu na pesquisa realizada por Albuquerque Jr et al. (2007), em que os escolares de 3 a 13 anos mostraram um percentual de 53% de maloclusão. Já no estudo realizado por Lima (2005), a porcentagem foi mais alta entre os escolares que possuíam algum tipo de maloclusão totalizando 76,5%. No presente trabalho, verificou-se uma prevalência de 34,2% de mordida aberta anterior na dentição decídua, assemelhando-se ao estudo realizado por Mendes, Valença e Lima, (2008) e Tomita et al. (2004) em que a freqüência de mordida aberta anterior na dentição decídua teve um percentual de 29,7% e 27,7% respectivamente entre os escolares avaliados. Uma prevalência maior ocorreu no estudo de Clemens e Sanchez (1979/82) em que se obteve um percentual de 62,38% de mordida aberta anterior na dentição decídua. Já no trabalho realizado por Thomas e Valença (2005) a mordida aberta anterior apresentou um percentual inferior totalizando 15,5% das crianças avaliadas, contrariando os estudos que apontam esta maloclusão como uma das alterações mais comuns observadas na dentição decídua. Em relação à dentição mista, a mordida aberta anterior foi a segunda

70 70 maloclusão mais freqüente neste estudo com 24,4%, semelhante ao encontrado por Pires, Rocha e Cangussu (2001), com um percentual de18%. Já no trabalho realizado por Lima (2005) o percentual de mordida aberta anterior foi um pouco menor de 12,10% das crianças analisadas com dentição mista. O percentual de mordida aberta anterior encontrada na dentição permanente nesta pesquisa foi de 15%, resultado que se assemelha ao encontrado por Clemens e Sanchez (1979/82) em que obteve-se uma freqüência de 15,1%. Embora Lima (2005), tenha relatado valores inferiores em seu estudo, totalizando uma porcentagem de 0,40% das crianças avaliadas. Também, no estudo realizado por Marques et al. (2005) a mordida aberta anterior apresentou um percentual baixo com 3,3% dos escolares avaliados. Entre os hábitos deletérios encontrados neste estudo o mais freqüente foi o hábito de sucção de chupeta com 53,2%, que pode ser comparado com o estudo realizado por Serra-Negra, Pordeus e Rocha Jr (1997), na cidade de Belo HorizonteMG, em que o hábito mais freqüente foi o de sucção de chupeta com 75,1% dos escolares avaliados. No estudo verificou-se haver associação estatística (p<0,05) entre hábito de sucção de chupeta e a presença de mordida aberta anterior com um percentual de 36,5%,o que pode ser comparado com os estudos realizados pelos autores Forte e Bosco (2001), Pires, Rocha e Cangussu (2001), Souza e Vasconcello (2003), Ignacchiti et al. (2003), Tomita et al. (2004), Rochelle (2005), Maciel e Leite (2005) e Albuquerque Jr et al. (2007) em que a presença de mordida aberta anterior está fortemente associada ao hábito de sucção de chupeta. Grande parte da população infantil apresenta hábito não nutritivo de sucção de chupeta, cujo prolongamento pode levar a uma mordida aberta anterior, embora a literatura admita que os hábitos, durante a dentição decídua, têm pouco ou nenhum efeito, em longo prazo, sobre os dentes. Porém a persistência destes na dentição mista poderá acarretar uma mordida aberta anterior (MACIEL; LEITE, 2006). Quanto à influência dos hábitos bucais deletérios no estabelecimento da maloclusão mordida aberta anterior, a chupeta foi o hábito de sucção mais prevalente com 53,2%. Neste estudo comprovou-se haver associação entre este hábito e o aparecimento da mordida aberta anterior (p<0,05). Autores ressaltam o estabelecimento da mordida aberta anterior associado a hábitos bucais deletérios, a

71 71 intensidade, duração e freqüência dos mesmos (FAYYAT, 1999). Estas afirmações confirmam os achados encontrados no presente trabalho. Quando o hábito persiste até por volta de 3 anos de idade provoca menos alterações na oclusão, de modo geral afetando somente a região anterior dos maxilares e, depois do estímulo retirado, os mesmos seguem seu crescimento normal com equilíbrio oclusal. Porém quando o hábito persistir após essa idade, geralmente produz deformações significativas na oclusão, tais como a mordida aberta anterior (ROCHELLE, 2005). A não satisfação das necessidades psicoemocionais em decorrência do tempo inadequado de amamentação natural induz a criança a supri-las utilizando chupetas ou o próprio polegar (SOUSA et al., 2004). Essa afirmação vem de encontro às conclusões relatadas por alguns autores que o tempo de amamentação natural influencia na presença dos hábitos e como conseqüência o aparecimento de maloclusões (SERRA-NEGRA; PORDEUS; ROCHA JR, 1997; SOUSA et al., 2004; SOUZA; VALLE; PACHECO, 2006; FURTADO; VEDOVELLO FILHO, 2007). Apesar de vários autores citarem que é recomendado o aleitamento materno até os 6 meses de idade e que as crianças amamentadas no peito possuem menor probabilidade de adquirir hábitos orais nocivos (SOUSA et al., 2004; TOMITA et al. 2004) neste trabalho não houve relação entre o tempo de aleitamento materno e a presença de hábitos bucais deletérios. Já o estudo realizado por Barreto, Faria e Castro (2003), em que selecionou de forma aleatória profissionais de cinco especialidades Odontopediatra (ODP), Ortodontia (ORTO), Fonoaudiologia (FONO), Pediatria (PED) e Psicologia (PSICO). Todos os profissionais foram unânimes em afirmar ser o aleitamento materno a principal forma de prevenir a aquisição de hábito deletério. A mordida aberta anterior representa um grande problema na área de saúde bucal dada sua alta incidência e o caráter precoce de seu aparecimento. Esta maloclusão é freqüente e está associada a um desequilíbrio no sistema neuromuscular, com repercussões sobre as estruturas e funções do sistema estomatológico (BRONZI et al., 2002). Um fato importante, encontrado neste trabalho, foi a diminuição progressiva da prevalência de mordida aberta anterior com o crescimento e desenvolvimento do indivíduo, fato que vem de encontro com os trabalhos realizados por Clemens e

72 72 Sanchez (1979/82), Valente e Mussolino (1989) e Lima (2005). Percebe-se uma tendência à autocorreção do problema, principalmente, quando passa da fase da dentadura decídua, para a dentadura mista. As crianças que possuem hábitos bucais viciosos com o desenvolvimento físico e psicológico tendem a abandonar estes hábitos que favorecem a ocorrência de mordida aberta anterior. Com a causa eliminada, o equilíbrio funcional normaliza a situação espontaneamente. Daí a importância de enfatizar a eliminação de hábitos viciosos nas idades precoces (CLEMENS; SANCHEZ 1979/82). A p revalência de maloclusão neste estudo foi elevada, demonstrando ser fundamental o reconhecimento das maloclusões como um fator importante não somente no que se refere a necessidade de tratamento mas em relação as atividades educativas e preventivas, as quais devem fazer parte de uma elaboração de programa que contemple a saúde para este município. Fundamentando a importância da eliminação precoce dos hábitos bucais nocivos, e o correto diagnóstico por parte do cirurgião dentista e ortodontista, para a prevenção de maloclusões em especial da mordida aberta anterior. Conscientizar significa lidar com o comportamento do paciente e da família por meio das informações individualizadas e de estratégias psicológicas de intervenção, destinadas à mudança de comportamentos e à manutenção dos padrões adequados de saúde bucal (GIMENEZ et al., 2008).

73 73 7 CONCLUSÃO Diante dos resultados obtidos pode se concluir que: A prevalência de mordida aberta anterior foi de 22,8% para os escolares do município de Santo Expedito do Sul-RS. A prevalência de maloclusão nas três dentições totalizou um percentual de 54,9%. Sendo que na dentição decídua mostrou um percentual de 42,1%, na dentição mista de 52,1%, e na dentição permanente obteve-s e u m a prevalência de 63,8% dos escolares examinados. Os hábitos bucais deletérios mostraram-se bastante freqüentes entre os escolares, especialmente a sucção de chupeta, seguida pelo hábito de roer unhas e ranger os dentes. A presença de hábitos bucais deletérios do tipo sucção de chupeta teve uma forte associação com a maloclusão mordida aberta anterior. A freqüência do uso diário e a duração em anos do hábito de sucção da chupeta estiveram fortemente associadas a maloclusão de mordida aberta anterior nas dentições decídua e mista, porém, ambas as variáveis não estiveram associadas na dentição permanente.

74 74 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE JUNIOR, H. R. et al. Hábito bucal deletério e má-oclusão em pacientes da clínica infantil do curso de odontologia da Universidade de Fortaleza. Revista Brasileira em Promoção de Saúde, Fortaleza- CE, v. 20, n. 1, p ALIMERE, C.H. ; THOMAZINHO, A.; FELÍCIO, C. M. Mordida aberta anterior: uma fórmula para o diagnóstico diferencial. Pro Fono Revista de Atualização Científica, Barueri- SP, v. 17, n. 3, set/dez ALVES, T. D. B. et al. Prevalência de Oclusopatia em escolares de 12 anos de idade: Estudo realizado em uma escola pública do município de Feira de SantanaBA.Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, v. 54, n. 3, p , jul./set AMARY, I. C. M. et al. Hábitos Deletérios Alterações de Oclusão. Revista. Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo, v.4, p , BARRÊTTO, E. P.R.; FARIA, M. M.G.; CASTRO, P. R. S. Hábitos Bucais de Sucção Não-nutritiva, Dedo e Chupeta: Abordagem Multidisciplinar. Jornal Brasileiro de Odontopediatria e Odontologia do Bebê, Curitiba, v.6, n.29, p , jan./fev BRONZI, E. S. et al. Mordida aberta em pacientes jovens. Relato clínico. FOLFaculdade de Odontologia de Lins/ UNIMEP, Piracicaba, v. 14, n. 1, jan./jun CAVALCANTI, A. L. et al. Prevalência de maloclusões em escolares de 6 a 12 anos de idade em Campina Grande, PB, Brasil. Pesquisa Brasileira de Odontopediatria e Clinica Integrada, João Pessoa, v. 8, n. 1, p , jan./abr CLEMENS, C.; SANCHEZ, M. F. Prevalência de Mordida Aberta Anterior em Escolares de Porto Alegre. Revista da Faculdade de Odontologia, Porto Alegre, ; p , 1979/82. COSER, R. M. et al. Mordida Aberta Anterior Associada ao Hábito de Sucção de Chupeta. Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, v. 52 n.5 p nov./dez, EMMERICH, A. et al. Relação entre hábitos bucais, alterações oronasofaringianas e mal-oclusões em pré-escolares de Vitória, Espírito Santo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, maio/jun FAYYAT, E. L. R. C. A Influência de Hábitos Orais e Respiração Bucal no Aparecimento de Mordida Aberta Anterior em Crianças com Dentição Decídua. Belo Horizonte CEFAC, [Monografia] Especialização em Motricidade Oral, Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, 1999.

75 75 FEITOSA, L. M. G. R. Intervenção Fonodiológica em Mordida Aberta Anterior. Recife CEFAC, [Monografia] Especialização em Motricidade Oral, curso de Especialização em Fonodiologia Clínica, FERNANDES, K. P.; AMARAL, M. A. T.; MONICO, M. A. Ocorrência de maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico na dentição decídua. Revista Gaúcha de Odontologia. Porto Alegre, v. 55, n. 3, p , jul./set FORTE, F. D. S.; BOSCO, V. L. Prevalência de mordida abeta anterior e sua relação com hábitos de sucção não nutritiva. Pesquisa Brasileira de Odontopediatria e Clínica Integrada. João Pessoa-PB, v. 1, n. 1, jan./abr FURTADO, A. N. M.; VEDOVELLO FILHO, M. A influência do período de aleitamento materno na instalação dos hábitos de sucção não nutritivos e na ocorrência de maloclusão na dentição decídua. Revista Gaúcha de odontologia. Porto Alegre, v. 55, n.4, p , out./dez GALVÃO, A. C. U.; MENEZES, S. F. L.; NEMR, K. Correlação de hábitos orais deletérios entre crianças de 4:00 a 6:00 anos de escola pública e escola particular da cidade de Manaus AM. Revista Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo, v.8, n.3, , jul./set., GIMENEZ, C. M. M. et al. Prevalência da más oclusões na primeira infância e sua relação com as formas de aleitamento e hábitos infantis. Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial. Maringá, v. 13, n. 2, p , mar./abr HERINGER, M. R. et al. A influência da amamentação natural no desenvolvimento dos hábitos orais. Revista Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo, v.7, n. 3, , jul./set., IBGE. Censo Demográfico, Disponível em: Acesso em 17 nov IGNACCHITTI, P. R. et al. Hábitos de sucção de chupeta e mordida aberta anterior na criança com dentição decídua. Revista Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo v.5 p LIMA, R. B. Prevalência e determinantes de oclusopatias nas dentições decídua, mista e permanente na cidade do Natal/RN. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte [Dissertação] Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração em Odontologia Preventiva e Social LOPÉZ, F. U. et al. Prevalência de maloclusão na dentição decídua. Revista da Faculdade de Odontologia, Porto Alegre, v. 43, n. 2, p. 8-11, dez MACIEL, C. T. V.; LEITE, I.C.G. Aspectos etiológicos da mordida aberta anterior e suas implicações na funções orofaciais. Pro-Fono Revista de Atualização científica, Barueri-SP, v. 17, n. 3. set./dez

76 76 MARQUES, L. S. et al. Prevalência de maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico em escolares de 10 a 14 anos de idade em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: enfoque psicossocial. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p jul./ago MARTINEZ, M. I. ASSENCIO-FERREIRA, V.J. Hábitos orais viciosos versus alterações de oclusão dentária: prevalência de criança com oclusão normal e hábitos orais viciosos. Revista Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo, v. 3 p MEDEIROS-BEZERRA, P. K. M. et al. Maloclusões, Tipos de Aleitamento e Hábitos Bucais Deletérios em Pré-Escolares Um Estudo de Associação. Pesquisa Brasileira de Odontopediatria e Clínica Integrada, João Pessoa, v. 5, n. 3, p , set./dez MENDES, A. C. R.; VALENÇA, A. M. G.; LIMA, C. C. M. Associação entre aleitamento, hábitos de sucção não-nutritivos e maloclusões em crianças de 3 a 5 anos. Ciência odontológica Brasileira, São José dos Campos, v. 11, n. 1, p , jan./mar MENEZES, V. A. et al. Prevalência e fatores associados à respiração oral em escolares participantes do projeto Santo Amaro-Recife, Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, v. 72, n. 3, maio/jun MOSS, M. L.; YOUNG, R. A functional approach to craniology. Am J Phys, v. 58, n. 1, p , 1960 apud ROCHELLE, I. M. F. Amamentação, hábitos deletérios bucais e o equilíbrio funcional da oclusão decídua. Piracicaba: Universidade Estadual de Campinas [Dissertação] Faculdade de Odontologia de Piracicaba, MOYERS, R. Etiologia da má oclusão. In: MOYERS, R. Ortodontia. 3º edição. Rio de Janeiro: Guanabara p OLIVEIRA, A. N. Mordida Aberta Anterior x Hábitos Orais. Belo Horizonte CEFAC, 1999, [Monografia] Especialização em Motricidade Oral, Centro de Estudos em Fonoaudiologia Clínica, Belo Horizonte, Paróquia Santo Expedito.Disponível em Acesso em 10 de Dezembro de PEREIRA, R.S. Prevalência das maloclusões nos alunos de 12 anos da escola Odete Barboso do Distrito de Caracará, Sobral, Ceará, 2005, Universidade Estadual Vale do Acaraú. Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia. Curso de especialização com Caráter de residência em Saúde da família, Sobral CE, PERES, K. G.; TOMITA, N. E. Oclusopatias. In: ANTUNES, J.L.F.; PERES, M. A. Epidemiologia da Saúde Bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2006, p PIRES, D. M.; ROCHA, M. C. S.; CANGUSSU, M.C.T. Prevalência de oclusopatias

77 77 na dentadura mista em escolares Salvador/BA. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 58, n. 6, nov./dez., ROCHELLE, I. M. F. Amamentação, hábitos deletérios bucais e o equilíbrio funcional da oclusão decídua. Piracicaba: Universidade Estadual de Campinas [Dissertação] Faculdade de Odontologia de Piracicaba, SADAKYIO, A. C. et al. Prevalência de má oclusão em pré-escolares de Piracicaba SP. Ciência Odontológica Brasileira, São José dos Campos, v.7, n.2, p.92-99, abr./jun SANTOS, P.C.F. Estudo da prevalência das más oclusões e da necessidade de tratamento ortodôntico em pacientes da disciplina de clínica integrada da faculdade de odontologia da Universidade de São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo [Tese] Faculdade de Odontologia SERRA-NEGRA, J. M. C.; PORDEUS, I. A.; ROCHA JR, J. F. Estudo da associação entre aleitamento, hábitos bucais e maloclusões. Revista Odontologia da Universidade São Paulo, v. 11, n. 2, p , abr./jun SIQUEIRA, V. C. V.; NEGREIROS, P. E.; BENITES, W. R. C. A etiologia da mordida aberta anterior na dentadura decídua. Revista Gaúcha de odontologia, Porto Alegre, v. 50, n. 2, p , abr./maio/jun SOUSA, F. R. N. et al. O aleitamento Materno e sua Relação com Hábitos Deletérios e Maloclusão Dentária. Pesquisa Brasileira de Odontopediatria e Clínica Integrada, João Pessoa, v. 4, n. 3, p , set./dez SOUSA, R. L. S. et al. Prevalência e fatores de risco da mordida aberta anterior na dentadura decídua completa em pré-escolares na cidade de Natal/RN. Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial, Maringá, v. 12, n. 2, p , mar./abr SOUZA, D. F. R. K.; VALLE. M. A. S.; PACHECO, M. C. T. Relação clínica entre hábitos de sucção, má-oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial. Maringá, v. 11, n. 6, nov./dez SOUZA, N. B.; VASCONCELOS, T. C. A influência de hábitos orais como fator etiológico de mordida aberta anterior. Revista Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica, São Paulo, v.5, p , THOMAS, E. B. A. F.; VALENÇA, A. M. G. Prevalência de má-oclusão e fatores relacionados à sua ocorrência em pré-escolares da cidade de São Luís-MA- Brasil. Revista de Pós Graduação, São Paulo, v. 12, n. 2, p , TOMITA, L.M. et al. Relação entre tempo de aleitamento materno, introdução de hábitos orais e ocorrência de maloclusões. Revista da Faculdade de Odontologia. Passo Fundo, v. 9, n. 2, p , jul./dez

78 78 TOMITA, N. E.; BIJELLA, V. T.; FRANCO, L. J. Relação entre hábitos bucais e má oclusão em pré-escolares. Revista. Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3. jun TOMITA, N. E. et al. Prevalência de má oclusão em pré-escolares de Bauru-SPBrasil. Revista Faculdade de Odontologia de Bauru, Bauru, v. 6, n. 3, p , jul./set URIBE, F. ; NANDA, R. Tratamento da má oclusão de mordida aberta. In: NANDA, R. Estratégias Biomecânicas e Estéticas na Clínica Ortodôntica. São Paulo: Santos p VALENTE, A.; MUSSOLINO, Z. M. Freqüência de sobressaliência, sobremordida e mordida aberta na dentição decídua. Revista Odontológica da Universidade de São Paulo. São Paulo, v. 3, n. 3, p , jul./set

79 79 APÊNDICE A Ficha Nº: Data do exame: / / Nome: Sexo: M( ) F( ) Idade: Data nascimento: / / Grupo étnico: Branco( ) Amarelo( ) Pardo( ) Negro( ) Indígena( ) Escola: Localização geográfica: Urbana( ) Rural( ) Exame Clínico TIPO DE DENTIÇÃO DECÍDUA MISTA/ PERMANENTE TIPO DE ARCO (BAUME) CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE RELAÇÃO MOLAR ANORMALIDADES DENTOFACIAIS (OCLUSOPATIAS) DENTIÇÃO Número de I, C e PM perdidos ESPAÇO Apinhamento na região de Incisivos Espaçamento na Diastema em região de Incisivos milímetros Desalinhamento maxilar anterior em mm Desalinhamento mandibular anterior em mm OCLUSÃO Overjet maxilar anterior em mm Overjet mandibular anterior em mm Mordida aberta vertical Sobremordida exagerada Relação Molar antero posterior

80 80 APÊNDICE B QUESTIONÁRIO 1. Idade Sexo Raça 2. Zona de moradia: urbana ( ) rural ( ) 3. Cuidador : mãe ( ) pai ( ) parente ( ) outro ( ) 4. Foi amamentado (a) no seio? Até quando? 5. Usou mamadeira? Quando começou? Até quando? 6. Usou chupeta? Quando começou? Até quando? 7. Freqüência do uso de chupeta (pode marcar mais que um) ( ) O tempo todo ( ) Durante o dia ( ) Somente para dormir ( ) Quando está aborrecido (a) 8. Chupa o dedo? Quando começou? Até quando? 9. Chupa mais o dedo quando: Está com fome? ( ) sim ( ) não Está agitado ou ansioso? ( ) sim ( ) não Esta bravo ou contrariado? ( ) sim ( ) não Está com sono? ( ) sim ( ) não O tempo todo? ( ) sim ( ) não 7. Tem ou teve outro tipo de hábito? 8. Qual? ( ) Roer unhas ( ) sim ( ) não Até quando? ( ) Ranger os dentes Até quando? ( ) Chupar ou morder objetos Até quando? 9. Seu filho é respirador ( ) nasal ( ) bucal ( ) ambos 10. Seu filho ronca ( ) sim ( ) não 11. Você acha que algum dos hábitos orais acima pode causar algum problema no seu filho ( ) sim ( ) não Qual? 12. Você já recebeu alguma orientação sobre os prejuízos causados pelos hábitos orais acima? ( ) sim ( )não 13. De quem? ( )Dentista ( )Médico ( )Fonoaudiólogo ( )outro 14. Já tentou retirar o(s) hábitos oral(is) que seu filho apresenta? ( )sim ( )não

81 81 APÊNDICE C TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Este é um trabalho de pesquisa denominado: Prevalência de mordida aberta anterior em crianças do município de Santo Expedito do Sul-RS, o qual constitui o Trabalho Final monografia do Curso de Especialização em Ortodontia da Unidade de Pós-graduação da Uningá de Passo Fundo, RS tem com o objetivo conhecer a freqüência da maloclusão mordida aberta nas crianças e verificar se há a influência de alguns hábitos bucais ruins neste problema, que afeta a estética e funções mastigatórias da criança. Para isso, será realizado um exame clínico nas crianças e um questionário com perguntas referentes a alguns dados de seu (sua) filho (a). A sua privacidade e da criança será respeitada, ou seja, sua face não será exibida, seu nome ou qualquer outro dado pessoal, será mantido em sigilo. A elaboração final dos dados e resultados da pesquisa serão feitos assegurando a manutenção do anonimato, de modo que você não possa ser identificado (a). Solicitamos a sua autorização para que possamos publicar o trabalho em revistas científicas da área, bem como, apresentá-lo em eventos científicos. Asseguramos que se houverem dentes com necessidades de atenção primária, como cáries, problemas gengivais e urgências odontológicas, o tratamento será realizado sem custo para os senhores, bem como encaminhamentos e orientações de esclarecimento, caso seja detectado o problema de maloclusão mordida aberta. O retorno aos responsáveis fica assegurado pelas pesquisadoras no intuito de beneficiar a saúde bucal das crianças examinadas e buscando melhorar as ações de educação em saúde no município de Santo Expedito do Sul. Caso o senhor (a) se recusar a participar, posteriormente, do estudo, poderá retirar seu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, nem sofrer qualquer prejuízo. A pesquisa somente será executada após este documento ter sido revisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Ingá- Uningá. Asseguramos que o senhor (a) poderá solicitar informações dos pesquisadores, antes, durante e depois do estudo. As pesquisadoras envolvidas com o referido projeto com os quais o senhor (a) poderá fazer contato são:

82 82 Claudiane Tibolla, CD : aluna do Curso de Especialização em Ortodontia da Unidade de Pós-graduação da Uningá de Passo Fundo, RS. Contato: Avenida José Pilonetto, 383, Santo Expedito do Sul. Fone (54) Lilian Rigo, CD: orientadora da Pesquisa e Professora de Metodologia da Pós-graduação da Uningá - Unidade de Passo Fundo RS. Contato: Av. Major João Schell, Fone(54) ; (54) Li este termo, fui orientado quanto ao teor da pesquisa acima mencionada e compreendi a natureza e o objetivo do estudo do qual fui convidado a participar. Concordo, voluntariamente, em participar desta pesquisa, expressando minha concordância com a assinatura abaixo: Santo Expedito do Sul, / /. Nome e assinatura do responsável Assinatura da professora orientadora e pesquisadora

83 83 ANEXO

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