ANEXO I - ANÁLISE SETORIAL AZEITE

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1 ANEXO I - ANÁLISE SETORIAL AZEITE O AUMENTO DA PRODUÇÃO DE AZEITE REFLETE O FORTE CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE AZEITONA, RESULTADO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS FAVORÁVEIS E DA ENTRADA EM PRODUÇÃO DE NOVOS OLIVAIS, INTENSIVOS E SUPERINTENSIVOS, QUE OCUPAM UMA GRANDE ÁREA DO ALENTEJO INSERIDOS NOS NOVOS EMPREENDIMENTOS HIDROAGRÍCOLAS E TAMBÉM DE OLIVAIS TRADICIONAIS REESTRUTURADOS. O azeite representou, em , 2% da produção agrícola nacional. Na última década, a produção de azeite aumentou 70% a preços correntes (5% ao ano) e 22% a preços constantes (2% ao ano). Já a azeitona para azeite cresceu 173,6% 2 em volume (média anual 10,6%) mas diminuiu 12,4% em valor (média anual -1,3%) devido à forte quebra nos preços implícitos (- 68%). GRÁFICO A1: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE AZEITONA PARA AZEITE EM VALOR, VOLUME E PREÇO (2000=100) P Valor Volume Preço P- Dados provisórios Fonte: CEA, INE Entre 1999 e 2009, a superfície de olival estabilizou, apesar de registar situações diferenciadas ao nível das regiões agrárias, destacando-se pela evolução positiva o Alentejo (variação de 19%) e Trás-os-Montes (variação de 4%). Apesar da estabilidade na área de olival, o sector tem passado por uma forte reestruturação da sua produção. O abandono de olivais tradicionais que deixaram de ser competitivos é 1 Segundo CEA Base 2000, INE. 2 Segundo as CEA Base Pág. 1

2 compensado pelo aparecimento de novas plantações de olivais mais modernos e mais adaptados às condições de mercado. O número de explorações diminuiu 17,9% em todo continente, embora de forma menos acentuada em Trás-os-Montes (-2,7%), traduzindo-se num aumento de dimensão média por exploração (2,1 ha em 1999 face a 2,6ha em 2009), em particular no Alentejo que se destaca por em 1999 deter 6,1 ha/exploração e em 2009 assumir uma dimensão média de 8,3ha, valor significativamente superior à média do continente (2,6 ha /exploração). Ainda assim, apenas 38% da área de olival provem de explorações especializadas, predominando as explorações de muito pequena e de pequena dimensão económica (60%). As explorações de média e de grande dimensão económica localizam-se sobretudo no Alentejo (ver mapa). PREDOMINAM OS OLIVAIS TRADICIONAIS, MENOS PRODUTIVOS, EXPLORAÇÕES DE PEQUENA DIMENSÃO, E POUCO MECANIZADOS Apesar da entrada em produção de novos olivais e da reestruturação de olivais tradicionais, ainda existem explorações com olivais degradados e pouco produtivos. Em termos de área, predominam ainda largamente os olivais tradicionais. No entanto, os olivais intensivos 3 representam cerca de 6,0% da área de olival e os superintensivos 4 3,4%, concentrando-se na região do Alentejo. APENAS 20% DO OLIVAL É REGADO, SENDO 95% DA ÁREA COM REGA LOCALIZADA GOTA-A-GOTA A maioria dos olivais tradicionais sucede em explorações de pequena dimensão e pouco mecanizadas, com baixo recurso ao regadio (apenas 20% do olival é regado, sendo 95% da área com rega localizada gota-a-gota) e com elevados custos de produção. MAIS DE 80% DO AZEITE É DO TIPO VIRGEM-EXTRA, NO ENTANTO APENAS 3% É DOP A azeitona para azeite encontra em Portugal as condições adequadas para o desenvolvimento de azeite de qualidade que é reconhecido no exterior pelas suas características e especificidade, reunindo inúmeros prémios internacionais. Ainda assim, apesar do azeite DOP ser ainda pouco significativo, com uma quota de, aproximadamente, 3% no total, no qual se incluem seis azeites DOP, mais de 80% do azeite é do tipo virgem-extra. O ano de 2011 foi 3 Densidades médias de 301 a 1500 árvores por hectare 4 Densidades médias superiores a 1500 árvores por hectare Pág. 2

3 uma exceção, com 76% deste tipo de azeite, no entanto, em termos absolutos, a produção de azeite virgem-extra atingiu o valor mais elevado dos últimos anos. 58% DA ÁREA DE CULTURAS PERMANENTES EM MPB É OLIVAL; APENAS 5,4% DOS OLIVAIS SÃO BIOLÓGICOS O olival é, em termos de superfície, a cultura permanente mais importante em modo de produção biológico (MPB) 5, representando 58% desta área. Contudo, apenas 5,4% dos olivais são biológicos. Em 2011, produtores cultivaram olival em MPB numa área de hectares (-7,6% face a 2000), em particular nas regiões do Alentejo (41,9%), Trás-os-Montes (33,9%) e Beira Interior (20,2%). VOCAÇÃO EXPORTADORA - 3º MAIOR EXPORTADOR DE AZEITE DA UNIÃO EUROPEIA E 4º A NÍVEL MUNDIAL Portugal é responsável por cerca de 3% da produção de azeite da União Europeia, a qual representou 70% da produção mundial. Sendo o 3º maior exportador de azeite da União Europeia e o 4º a nível mundial, revelador da grande capacidade exportadora do sector, que representa atualmente 5% das exportações agroalimentares nacionais, apresentando um saldo da balança comercial positivo, pela primeira vez em O ritmo de crescimento das exportações (média anual de 11,2% para o período 2000/2011) tem superado o das importações (média anual de 7,4% para o período 2000/2011), no qual se destaca o crescimento acentuado das exportações de azeite de maior valor acrescentado, azeite virgem extra. Os principais compradores de azeite português em 2011 foram o Brasil (57%), com mais de metade das exportações, e Espanha (21%). Atualmente os grandes produtores de azeite a nível mundial, e portanto concorrentes de Portugal, que representa 2% da produção mundial, são a Espanha (40%), a Itália (29%) e os países da margem esquerda do Mediterrâneo (15%). GRAU DE AUTOAPROVISIONAMENTO ULTRAPASSOU OS 75% O grau de autoaprovisionamento de azeite cresceu nos últimos anos, ultrapassando em 2009 e 2010 os 75%, nomeadamente pelo desenvolvimento de uma capacidade exportadora sustentável. 5 Modo de produção agrícola que não utiliza fertilizantes químicos nem pesticidas de síntese. Utiliza técnicas e produtos que permitem uma agricultura suficientemente produtiva e sustentável a longo prazo, sem afetar o ambiente e a saúde do Homem. Para a prática deste tipo de agricultura existem normas de produção definidas no Regulamento (CE) nº 834/2007 modificado, relativo ao modo de produção biológico (fertilizantes, produtos fitossanitários, rotulagem). Este modo de produção obriga a que nas parcelas onde se pratica agricultura biológica tenha de existir um período de conversão de, pelo menos, dois anos antes da sementeira ou, no caso das culturas perenes, com exceção dos prados, de pelo menos três anos antes da primeira colheita dos produtos vegetais (Fonte: INE). Pág. 3

4 AUMENTOU O CONSUMO INTERNO DE AZEITE O consumo interno de azeite tem aumentado (3,3% ao ano entre 2000 e 2010), atingindo em 2010 o valor mais elevado dos últimos anos. Contudo, Portugal ainda regista um baixo consumo per capita (7,7 kg) quando comparado com a Grécia em 2009, cada habitante consumiu em média 20 kg de azeite, Espanha 12 kg ou Itália 11 kg. POUCA PROMOÇÃO DO AZEITE PORTUGUÊS NOS MERCADOS INTERNO E EXTERNO Quanto à comercialização, nota-se ainda pouca promoção nos mercados interno e externo do azeite português. FRACA ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO ASSOCIADA À FRACA CAPACIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DOS LAGARES Destaca-se ainda a fraca organização da produção (aproximadamente 30% do azeite é produzido em lagares cooperativos), o que limita a capacidade de negociação do preço na produção. Relativamente à indústria, embora se tenha assistido a uma concentração, modernização e adaptação tecnológica dos lagares, como resposta às exigências da regulamentação comunitária em matéria de higiene e condições ambientais, subsiste uma insuficiente modernização e uma fraca capacidade de transformação. VINHO A VINHA, IMPLANTADA EM QUASE TODO O TERRITÓRIO PORTUGUÊS, É EMBLEMÁTICA DA AGRICULTURA PORTUGUESA, QUER PELA IMPORTÂNCIA SOCIOECONÓMICA, EM PARTICULAR EM ALGUMAS REGIÕES, ONDE AS ATIVIDADES LIGADAS AO VINHO, DESDE A PRODUÇÃO PROPRIAMENTE DITA ÀS ATIVIDADES CONEXAS, TAIS COMO O ENOTURISMO, ASSUMEM UM PAPEL RELEVANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO, QUER AMBIENTAL E TERRITORIAL, NOMEADAMENTE ATRAVÉS DA IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM ASSOCIADA À PRODUÇÃO DE VINHO. O VINHO REPRESENTA 14% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA, TENDO VINDO A DIMINUIR Em , o vinho foi responsável por 14% da produção agrícola nacional. Na última década, a produção de vinho diminuiu 9%, a preços correntes, (-0,9% ao ano) e 2,6% em preços constantes (-0,3% ao ano). A uva para vinho cresceu 8,2% 7 em volume (média anual 0,8%) mas 6 CEA, base 2000, INE. 7 Segundo as CEA Base Pág. 4

5 diminuiu 39,5% em valor (média anual -4,9%) devido à forte quebra nos preços implícitos (- 44,1%). GRÁFICO A2: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE UVA PARA VINHO EM VALOR, VOLUME E PREÇO (2000=100) P2009P2010P Valor Volume Preço P- Dados provisórios Fonte: CEA, INE ÁREA PREDOMINA EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS, DE MUITO PEQUENA E PEQUENA DIMENSÃO ECONÓMICA SUPERFÍCIE E NÚMERO DE EXPLORAÇÕES DIMINUÍRAM EXCETO NO ALENTEJO; PRODUÇÃO DIMINUIU A área de vinha encontra-se maioritariamente em explorações especializadas na produção de vinho (62%), predominando a área das explorações de muito pequena e pequena dimensão económica (58%). Já as explorações de média e de grande dimensão económica localizam-se sobretudo no Sado, Cartaxo, Oeste, Bairrada, em diferentes zonas do Alentejo e na região do Douro (ver mapa). Entre 1999 e 2009, a superfície e o número de explorações de vinha decresceram significativamente em todas as regiões, -17% e -37% respetivamente. Excetua-se o Alentejo que apresentou uma evolução positiva da superfície (38,7%), também a região com a maior área por exploração (6,8 ha), o que se traduziu num aumento de dimensão média por exploração (0,9 ha em 1999 face a 1,2ha em 2009), mais evidente no Alentejo (4,4 ha em 1999 e 6,8 ha em 2009), valor bastante superior à média do continente (1,2 ha /exploração). CULTURA DA UVA PARA VINHO ADAPTADA ÀS CONDIÇÕES EDAFO-CLIMÁTICAS DE PORTUGAL; GRANDE POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE VINHOS DE QUALIDADE Pág. 5

6 Portugal é um país com grande potencial de produção de vinhos de qualidade. As condições edafo-climáticas ideais para a cultura da vinha, a presença de castas únicas e a própria tradição da produção de vinho, são determinantes para a especificidade do produto, reconhecido internacionalmente. Os vinhos DOP e IGP representaram, em 2011, aproximadamente 70% da produção total. EXPANSÃO DA SUPERFÍCIE DEDICADA À PRODUÇÃO DE VINHO BIOLÓGICO; APENAS 1,4% DA VINHA É BIOLÓGICA Apenas 1,4% da vinha é biológica. Em 2011, 527 produtores cultivaram vinha em MPB numa área de 2527 hectares (mais 1659 ha face a 2000), em particular nas regiões da Beira Interior (42,4%) e Trás-os-Montes (34,7%). Em 2008, Portugal era o 6º maior país da UE com área em MPB. CAPACIDADE EXPORTADOR - 5º MAIOR EXPORTADOR DA UNIÃO EUROPEIA E 10º A NÍVEL MUNDIAL Portugal é um país com tradição na exportação de vinho, apresentando um grau de autoaprovisionamento superior a 100%. Em 2011, com 3,2% das exportações mundiais, Portugal foi o 5º maior exportador da União Europeia e o 10º a nível mundial, revelador da grande capacidade exportadora do sector, que representa atualmente 16% das exportações agroalimentares nacionais. As exportações têm crescido anualmente e atingiram, em 2011, o valor mais elevado da última década (652 milhões de euros). Os principais compradores de vinho português em 2011 foram a França (16,7%) e Angola (11,2%). O reforço de posição no mercado mundial de novos países produtores das Américas, África e Oceânia, poderá constituir um aumento de concorrência. CONSUMO INTERNO DE VINHO TEM-SE MANTIDO ESTÁVEL, AUMENTO DO CONSUMO EXTERNO O consumo interno de vinho tem-se mantido estável na última década. A nível comunitário, Portugal é o 6º maior consumidor, atrás da França, da Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha. Contudo, o Reino Unido é o único que tem apresentado uma evolução positiva do consumo, que tem crescido 2,4% ao ano. A nível mundial, entre os 10 maiores consumidores de vinho, registou-se um aumento do consumo por parte da China, Rússia e EUA. METADE DA PRODUÇÃO DE VINHO É ASSOCIADA EM COOPERATIVAS Aproximadamente metade da produção de vinho é associada em cooperativas. Contudo, verifica-se que a produção associada tem vindo a perder peso desde 2000 (50,4% em 2000 Pág. 6

7 face a 43% em 2010). Em 2010, 60% da produção associada era apta a vinhos certificados (DOP: 37% e IGP: 23%). FRUTAS, HORTÍCOLAS E FLORES A PRODUÇÃO HORTOFRUTÍCOLA MARCA A PAISAGEM DE ALGUMAS REGIÕES DO PAÍS COM OS SEUS POMARES E CAMPOS DE HORTÍCOLAS. O CLIMA E O SOLO SÃO PARTICULARMENTE FAVORÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO DESTAS CULTURAS, PRINCIPALMENTE EM REGIÕES QUE RESPONDAM ÀS SUAS GRANDES EXIGÊNCIAS HÍDRICAS, QUER EM QUANTIDADE QUER EM QUALIDADE. DA ATIVIDADE AGRÍCOLA RESULTAM PRODUTOS BEM RECONHECIDOS, NO MERCADO INTERNO E EXTERNO, PELAS SUAS PROPRIEDADES ORGANOLÉTICAS E NUTRICIONAIS, PELA SUA QUALIDADE INTRÍNSECA, E PELAS SUAS CARACTERÍSTICAS DE PRECOCIDADE, SALIENTANDO-SE ALGUNS PRODUTOS DE QUALIDADE COMO A PERA ROCHA DO OESTE OU A MAÇÃ DE ALCOBAÇA. GRÁFICO A3: ESTRUTURA DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA DESTACANDO HORTOFRUTÍCOLAS EM 2010 (%) Frutos 12% Outros 67% Vegetais e produtos hortícolas 21% Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE OS FRUTOS REPRESENTAM 12,2% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E OS VEGETAIS E PRODUTOS HORTÍCOLAS 20,5%, EM CONJUNTO É A COMPONENTE MAIS REPRESENTATIVA DA ESTRUTURA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA Os frutos representaram, em 2010, 12,2% da produção agrícola e os vegetais e produtos hortícolas, que incluem os hortícolas frescos e as plantas e flores, representaram 20,5% da produção agrícola nacional. O sector hortofrutícola é a componente com maior peso na produção. OS FRUTOS FRESCOS SÃO A RÚBRICA MAIS IMPORTANTE DA PRODUÇÃO DE FRUTOS Entre 2000 e 2008, nota-se uma alteração da estrutura da produção de frutos, com os frutos frescos (45,2% em 2000 em relação a 57% em 2008) a ganharem importância, e a uva a perder Pág. 7

8 importância na estrutura (23,7% em 2000 face a 16,8% em 2008) assim como a azeitona (14,5% em 2000 face a 9,7% em 2008). Os frutos frescos são a rubrica mais importante da produção de frutos, dos quais a maçã é a mais expressiva representando 18,2% da produção, seguida da pêra (8,3%). GRÁFICO A4: ESTRUTURA DA PRODUÇÃO DE FRUTOS EM 2008 (%) Uvas 17% Azeitonas 10% Frutos subtropicais 3% Citrinos 13% Frutos frescos 57% Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE FORTE AUMENTO DOS PREÇOS IMPLÍCITOS NA PRODUÇÃO HORTOFRUTÍCOLA Na última década, a produção de frutos cresceu 6,6% em valor (média anual 0,6%) mas diminuiu 3,8% em volume (média anual -0,4%), diferença justificada pelo aumento de 10,8% dos preços implícitos (média anual 1%). GRÁFICO A5: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE FRUTOS EM VALOR, VOLUME E PREÇO (2000=100) P Valor Volume Preço Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE Pág. 8

9 Já a produção dos vegetais e produtos hortícolas cresceu 47,6% em valor (4% média anual) e apenas 7,9% em volume (0,8% média anual) devido ao forte aumento dos preços implícitos (36,7% com uma média anual de 3,2%). A produção de batata contrasta com a evolução verificada no sector hortofrutícola, a produção diminuiu 17,7% em valor sobretudo devido à quebra de 25,9% da produção em volume. GRÁFICO A6: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE VEGETAIS E PRODUTOS HORTÍCOLAS EM VALOR, VOLUME E PREÇO (2000=100) P 2009P 2010P Valor Volume Preço Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE ÁREA DEDICADA À PRODUÇÃO BIOLÓGICA HORTOFRUTÍCOLA TRIPLICOU Em 2011, 1481 produtores produziam frutos (inclui frutos secos) em modo de produção biológico numa área de hectares, em particular nas regiões de Entre-Douro-e-Minho e Alentejo e, no caso específico dos frutos secos, em Trás-os-Montes e Beira Interior. Quanto aos hortícolas em modo de produção biológico, no mesmo ano, 407 numa área de 766 hectares, em particular nas regiões de Ribatejo e Oeste e Alentejo. Na última década, a superfície de frutos e de hortícolas triplicou. Contudo, apenas 8,6% da área de fruticultura e 2,5% da área de horticultura é biológica. Pág. 9

10 PRODUÇÃO HORTOFRUTÍCOLA EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS, DE MUITO PEQUENA E DE PEQUENA DIMENSÃO ECONÓMICA, CONCENTRADA NO RIBATEJO E OESTE E, NO CASO DOS CITRINOS, NO ALGARVE Os frutos frescos, os hortícolas e as flores são produzidos, na sua maioria, em explorações especializadas (frutos frescos: 78%; hortícolas: 68%; flores: 96%), predominando, no caso dos frutos e hortícolas, as explorações de pequena e de muito pequena dimensão económica (frutos frescos: 90%; hortícolas: 75%), embora a superfície se concentre nas explorações de média e de grande dimensão económica (frutos frescos: 60%; hortícolas: 80%; flores: 96% nas de grande DE). A produção de frutos frescos e de hortícolas predomina no Ribatejo e Oeste, com exceção dos citrinos que prevalecem no Algarve. FRUTOS FRESCOS (EXCETO CITRINOS): DIMENSÃO MÉDIA DAS EXPLORAÇÕES É BAIXA; DECRÉSCIMO DA SUPERFÍCIE E DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES Quase metade da área dedicada à fruticultura (exceto citrinos) concentra-se na região do Ribatejo e Oeste. A área média por exploração é baixa (1ha) tendo-se mantido praticamente estável na última década, destacando-se o Alentejo (2,3ha) e Ribatejo e Oeste (2,1ha) com as maiores áreas por exploração. Entre 2000 e 2011, a superfície diminuiu (-24%) assim como o número de explorações (-37%). Quanto à rega, 60% da superfície de pomares de frutos frescos e 92% de citrinos é regada, sobretudo gota-a-gota (85% para os frutos frescos e 81% para os citrinos). HORTICULTURA CONCENTRADA NO RIBATEJO E OESTE; DECRÉSCIMO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E AUMENTO DA ÁREA MÉDIA POR EXPLORAÇÃO Quanto aos hortícolas, verifica-se uma elevada concentração territorial do setor, com 2/3 da área localizada no Ribatejo e Oeste. Na última década, a superfície decresceu 2,2%, com exceção do Ribatejo e Oeste que aumentou a área, mas o número de explorações diminuiu (- 59%), o que resultou num aumento da área média por exploração (1,1 ha em 1999 face a 2,6ha em 2009). Especificamente o tomate para a indústria, apresenta 80% da área fortemente concentrada no Ribatejo e Oeste, tendo aumentado, na última década, a superfície (18,7%) embora o número de explorações tenha diminuído acentuadamente (-73%), o que resultou num aumento significativo da área média por exploração, (6,1ha em 1999 face a 26,4ha em 2009). A superfície com flores e plantas ornamentais aumentou mais de metade entre 2000 e 2011 assim como a área média por exploração (1,4ha), destacando-se o Alentejo que em 1999 apresentava uma área média de 2,3ha e passados 10 anos a dimensão média passou a 12,5 ha. Pág. 10

11 AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES DO SETOR HORTOFRUTÍCOLA; SALDO COMERCIAL POSITIVO DA PERA E DO TOMATE PARA A INDÚSTRIA Na última década, as exportações de fruta fresca, de hortícolas e de flores têm crescido anualmente a uma taxa de, respetivamente, 12%, 8,5% e 14,2%, com as frutas frescas a representarem 7% das exportações do complexo agroalimentar e os hortícolas 4%. Embora se verifique uma dinâmica positiva das exportações de frutas, hortícolas e flores, o saldo comercial permanece negativo, com exceção de alguns produtos como o tomate para a indústria ou a pera. Em 2011, os principais países de destino de fruta portuguesa foram a Espanha (35,1%) e o Brasil (12,3%), de hortícolas a Espanha (36,1%) e o Reino Unido (12,4%), e de flores a Espanha (41,8%) e os Países Baixos (28,4%). Do lado dos frutos, destacam-se a pêra e os pequenos frutos (inclui morango, framboesa, amora, airela, mirtilo e groselha) com as exportações a crescerem a um ritmo superior ao das importações (pera: 14,5% face a 1,1%; pequenos frutos: 30,8% face a 9,2%) e com um saldo comercial positivo, representando a pêra 2% das exportações agroalimentares. Os principais compradores de pera são o Brasil (37,4%), França (18,6%) e Reino Unido (16,3%) e de pequenos frutos os Países Baixos (65,7%) e a Espanha (23%). Embora as exportações de maçã, de citrinos e de kiwi estejam a crescer a um ritmo superior ao das importações (maçã: 13% face a 1%; citrinos: 28,5% face a 9,4%; kiwi: 24% face a 0,3%), o saldo comercial permanece negativo. Os principais compradores de maçã são a Espanha (31,7%), Reino Unido (27,3%) e Brasil (11%), de citrinos a Espanha (76,1%) e França (11,8%) e de kiwi a Espanha (90,2%). Quanto aos hortícolas destaca-se o tomate preparado ou conservado que regista uma melhoria do saldo comercial, embora as exportações estejam a crescer menos que as importações (5,2% face a 6,6% entre 2000 e 2011), representa 4% das exportações agroalimentares, sendo os maiores compradores o Reino Unido (29,7%), Espanha (12,9%) e Japão (12,3%). NOS ÚLTIMOS 20 ANOS, O CONSUMO DE FRUTOS CRESCEU MAIS QUE A PRODUÇÃO NACIONAL AGRAVANDO SALDO COMERCIAL O consumo de frutos, que duplicou nos últimos vinte anos (120kg/habitante/ano), não foi acompanhado por um correspondente acréscimo da oferta proveniente da produção nacional, em muito devido à maior procura de frutos exóticos e outros com preço inferior, agravando o Pág. 11

12 défice comercial. Nota-se uma ligeira diminuição do consumo de frutos frescos, sobretudo de maçã. PRODUÇÃO DOMINADA POR EXPLORAÇÕES DE PEQUENA DIMENSÃO, POR VEZES EM REGIÕES COM ESCASSEZ DE ÁGUA DE REGA, ASSOCIADAS A UMA FRACA ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM AS ATIVIDADES A JUSANTE; ELEVADOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA ENERGIA E PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS Ao nível da produção, o sector das frutas e hortícolas, embora tendo evoluído positivamente nos últimos anos, apresenta-se ainda dominado por muitas explorações de pequena dimensão, algumas com uma área média por exploração baixa, por vezes em regiões com escassez de água de rega (em quantidade e qualidade), associadas a uma fraca organização e integração com as atividades a jusante, o que o torna particularmente vulnerável na apropriação de valor na cadeia de comercialização e distribuição, e à baixa qualificação e envelhecimento dos produtores, é desfavorável ao desenvolvimento do sector. Acrescentam-se os elevados custos de produção, sobretudo ao nível dos produtos fitofarmacêuticos, e da energia, consumida na conservação e armazenamento dos produtos, que limitam a concorrência das empresas portuguesas no mercado externo. Portugal continua a ser um dos Estados Membros com menor representatividade de produtores organizados em OP. Em 2012 existem 91 organizações de produtores (OP) reconhecidas num universo de 1919 OP na UE27 (4,7%). O valor da produção organizada nacional é da ordem dos 18% em 2010, representando cerca de 270 milhões de euros. Ao nível da indústria, predominam algumas empresas com reduzida dimensão e fraca estruturação, com um índice de industrialização modesto e fortemente suportado pela indústria do tomate, com pouca adaptação às novas exigências dos consumidores, com promoção incipiente e escassa estratégia interna e externa. CEREAIS A CULTURA CEREALÍFERA, QUE DESDE SEMPRE OCUPOU UM PAPEL RELEVANTE A NÍVEL DA SEGURANÇA ALIMENTAR DAS POPULAÇÕES, LIGADA À PRODUÇÃO DE PÃO, E TAMBÉM À ALIMENTAÇÃO ANIMAL, CONTINUA A SER UMA CULTURA COM IMPORTÂNCIA SOCIOECONÓMICA EM ALGUMAS REGIÕES DO PAÍS, E TAMBÉM AMBIENTAL, NOMEADAMENTE AO NÍVEL DA CULTURA DO ARROZ QUE SE ENCONTRA ASSOCIADA A ZONAS HÚMIDAS, COMO NOS ESTUÁRIOS DOS RIOS, TORNANDO-SE RELEVANTE PARA A BIODIVERSIDADE DESTAS ZONAS OU ASSOCIADA AOS SISTEMAS CEREALÍFEROS DE SEQUEIRO, QUE ESTÃO NA BASE DA DELIMITAÇÃO DE ALGUMAS ZONAS NATURA, QUE SERVEM DE HABITAT A AVES ESTEPÁRIAS. Pág. 12

13 CEREAIS REPRESENTAM 2,8% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NACIONAL Os cereais representam 2,8% da produção agrícola nacional, constituindo o milho para grão, a componente com maior peso (1,9%), seguida do arroz (1,0%). Destaca-se o ano de 2005, em que se verificou um decréscimo significativo no volume dos cereais (-47,7% face a 2000), resultado da alteração da PAC que desligou da produção os regimes de GRÁFICO A7: ESTRUTURA DE PRODUÇÃO DOS CEREAIS EM 2008 (%) Outros cereais 3% Milho em grão 36% Centeio e Trigo e Espelta Mistura de trigo 18% e centeio Cevada 2% 9% apoio à agricultura o que desincentivou o investimento em sementeiras. Especificamente a produção de milho em grão diminuiu 38,6% em valor (média anual -4,8%) devido à forte quebra da produção em volume (-28,5%) e da diminuição dos preços implícitos (-14,2%). Já a produção de arroz, manteve-se praticamente estável em valor (-0,8%), com o aumento em Arroz 26% Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE volume (17,4%) a ser contrariado pela diminuição dos preços implícitos (-15,5%). Aveia e Mistura de cereais de verão 6% GRÁFICO A8: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE CEREAIS EM VALOR, VOLUME E PREÇO (2000=100) P Valor Volume Preço Fonte: Contas Económicas da Agricultura, INE PORTUGAL É O MAIOR CONSUMIDOR DE ARROZ DA UNIÃO EUROPEIA Portugal, o maior consumidor de arroz da EU (17,1 kg per capita), é um país com potencial de produção de arroz de qualidade, um produto que importa valorizar através, nomeadamente, Pág. 13

14 da especialização dos produtos, como já foi conseguido através da IGP arroz carolino das Lezírias Ribatejanas. DECRÉSCIMO DA ÁREA DE CULTURAS ARVENSES EM MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO; REDUÇÃO DO PESO DA ÁREA DE CULTURAS ARVENSES NO TOTAL DE ÁREA MPB Em 2011, 424 produtores produziam culturas arvenses em modo de produção biológico numa área de 9386 hectares (-21,1% entre 2000 e 2011), principalmente nas regiões de Alentejo (57,4%) e Beira Interior (33,1%). Em 2000, a área de culturas arvenses em MPB representava 23,8% do total de área em MBP e em 2011 apenas 4,3%. PREDOMINAM AS EXPLORAÇÕES DE MUITO PEQUENA E PEQUENA DIMENSÃO ECONÓMICA; ARROZ PREDOMINA EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE GRANDE DIMENSÃO ECONÓMICA Apenas 36% da área de milho para grão provem de explorações especializadas, predominando as explorações de muito pequena e de pequena dimensão económica. As explorações de média e de grande dimensão económica localizam-se sobretudo no Ribatejo e Oeste e Alentejo (ver mapa). O arroz, ao contrário do milho, encontra-se maioritariamente em explorações especializadas (66,7%), predominando as unidades produtivas de grande dimensão económica (60% da área), concentrando-se a produção sobretudo em Alcácer do Sal, Vale do Mondego e Baixo Sorraia (ver mapa). SUPERFÍCIE E NÚMERO DE EXPLORAÇÕES DE CEREAIS DECRESCERAM Na última década, a superfície de cereais decresceu 42,5%, resultado de uma extensificação do sector pecuário que aumentou as áreas de pastagens, com o número de explorações a evoluir no mesmo sentido (-43%). A dimensão média por exploração manteve-se nos 3,2 ha continuando o Alentejo a registar a maior área por exploração (30,8 ha). PRINCIPAL DESTINO DOS CEREAIS SÃO AS INDÚSTRIAS DAS RAÇÕES O principal destino dos cereais são as indústrias de rações, sendo exceção o caso do trigo mole, em que 2/3 da produção se destinam à indústria de panificação, enquanto que na cevada se tem verificado um aumento da produção nacional utilizada na indústria cervejeira, decorrente do aumento da área de cevada dística. O trigo duro, que viu reduzida drasticamente a sua área de produção em resultado da reforma da PAC, tem toda a sua produção absorvida pelas indústrias de massas alimentícias. Pág. 14

15 SALDO DA BALANÇA COMERCIAL MUITO NEGATIVO O saldo da balança comercial dos cereais é, em geral, muito negativo, tendo atingido em 2011 os -779 milhões de euros, o valor absoluto mais elevado desde 2000, com as importações a representarem 11% do total do sector Agroalimentar. Em 2011, Portugal comprou cereais, sobretudo a França (22,6%) e Ucrânia (15,7%). DEPENDÊNCIA DE CEREAIS IMPORTADOS, SOBRETUDO PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL Portugal é muito dependente de cereais importados destinados, na sua maioria, à alimentação animal. De facto, as condições edafo-climáticas não permitem níveis de produção de cereais compatíveis com as necessidades da indústria, embora a expansão do regadio no Alentejo possa vir a atenuar a dependência externa, em particular de milho em grão para a alimentação animal. O grau de autoaprovisionamento de cereais (exceto arroz) rondou, nos últimos anos, os 20 a 27%. A par desta dependência, o preço mundial dos cereais, que tem apresentado um comportamento volátil e incerto, e a posição geográfica de Portugal, afastado dos centros de produção, dificulta o acesso ao mercado. Contudo, somos praticamente autossuficientes em arroz. IMPORTÂNCIA DO REGADIO NA ATENUAÇÃO DA DEPENDÊNCIA DE CEREAIS Para atenuar a dependência externa de cereais, há que atender à importância do regadio no incremento da produção nacional. De facto, o solo (presença de solos pobres e esqueléticos) e o clima (irregular com riscos de seca) não apresentam as condições ideais para a produção de forma competitiva, daí a necessidade de rega das culturas. Atualmente 96% do milho em grão é produzido em regadio, recorrendo sobretudo à rega por sulcos (48,7%) e por aspersão (48%). 21,4% DA PRODUÇÃO DE CEREAIS É ASSOCIADA Quanto ao setor dos cereais (exceto milho), a produção associada representa 21,4% da produção total. Especificamente, a produção associada de milho e de arroz representam respetivamente 36,1 % e 42,2 % da produção total. LEITE E LACTICÍNIOS O LEITE REPRESENTA 9,7% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NACIONAL A nível nacional, o leite tem um papel relevante em termos de produção agrícola, representando, em 2010, aproximadamente 9,7% da produção agrícola. Entre 2000 e 2010, a Pág. 15

16 produção de leite manteve-se relativamente estável, quer em volume quer em valor. A última década ficou marcada pela melhoria de produtividade do efetivo leiteiro, o que conduziu a um aumento significativo da produção em volume. Destaca-se o ano de 2008 que regista a maior produção em valor da década, resultado do aumento dos preços. Este aumento deveu-se, em parte, ao crescimento da procura por parte da indústria face à queda generalizada da produção, em volume, na união europeia a partir de EFETIVOS LOCALIZADOS EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE GRANDE DIMENSÃO ECONÓMICA, NAS REGIÕES DO ENTRE-DOURO-E MINHO E BEIRA LITORAL Mais de 96% dos efetivos localizam-se em explorações especializadas em bovinos de leite, predominando as explorações de grande dimensão económica (75%), concentrando-se sobretudo nas regiões do Entre-Douro-e-Minho, que apresenta metade do efetivo de animais, e Beira Litoral (ver mapa). DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE VACAS LEITEIRAS, EXCETO NO ALENTEJO Em termos evolutivos, o número de vacas leiteiras do continente tem vindo a diminuir em todas as regiões (-27,5% entre ), exceto no Alentejo que cresceu 2,2% ao ano na década, resultado nomeadamente da reorientação da agricultura portuguesa para sistemas mais extensivos e agravamento dos custos de produção em explorações vocacionadas para produção de leite, a par do número de explorações, que registaram uma quebra muito acentuada no continente (-74,3%). NÍVEL DE CONCENTRAÇÃO DA PRODUÇÃO É MUITO ALTO; AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DOS ANIMAIS O nível de concentração da produção é muito alto, sendo maioritariamente organizado em cooperativas, representando entre 70 a 75% dos produtores. Este nível de concentração foi determinante para o crescimento da produção e das produtividades associadas nos últimos 20 anos, mas aumentou a pressão ambiental sobre essas regiões. NÍVEL DE CONCENTRAÇÃO NA INDÚSTRIA É ELEVADO Ao nível da indústria, a concentração é igualmente elevada. No total, a recolha de leite é realizada por cerca de 70 entidades que representam 83,5% do total da recolha de leite em Portugal. Pág. 16

17 SALDO DA BALANÇA COMERCIAL NEGATIVO, PRINCIPALMENTE DEVIDO AO CONTRIBUTO DOS IOGURTES E QUEIJOS; BAIXA DIFERENCIAÇÃO DOS PRODUTOS O sector do leite e lacticínios apresenta um saldo da balança comercial negativo, apresentando ainda uma incipiente vocação exportadora, que tem piorado ao longo da última década, resultado, em parte, do contributo dos iogurtes e dos queijos, que registam um significativo défice comercial. Embora do lado do leite e da manteiga, o saldo comercial seja, em geral, positivo, não é suficiente para contrariar o efeito dos défices do queijo e do iogurte. De facto, em relação ao iogurte, nota-se que o consumo interno tem crescido mais que a produção, conduzindo ao aumento das importações e, em relação ao queijo, verifica-se a estabilidade da produção e do consumo, ainda assim com os níveis de consumo interno superiores aos da produção, obrigando a importar o produto. Salienta-se que as importações têm crescido a um ritmo superior ao das exportações (7,1% ao ano face a 4,4%), representando cada uma delas, em 2011, 6,4% do sector agroalimentar. Ao nível do queijo, embora o saldo comercial seja negativo, nota-se que as exportações estão a crescer anualmente a um ritmo superior ao das importações. (9,2% face a 6,3%). Os principais compradores de leite nacional, em 2011, foram a Espanha (51,8%) e Angola (12%). AUTOSSUFICIÊNCIA NO LEITE Quanto ao grau de autoaprovisionamento, verifica-se que somos autossuficientes em leite (108,6%) e na quase generalidade de produtos com menor grau de diferenciação, e que ainda nos encontramos afastados da autossuficiência nos de maior diferenciação como os queijos (78,4%) e os iogurtes (48,3%). APENAS 2% DA PRODUÇÃO DE QUEIJO É DOP E IGP Quanto à produção de qualidade destacam-se os queijos DOP e IGP, que têm registado um ligeiro aumento na década, contudo com um peso pouco expressivo em relação à produção total (aproximadamente 2%). CARNES RITMO DE CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CARNE SUPERIOR AO DA PRODUÇÃO; AUMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO ANIMAL A carne tem ocupado, desde a adesão de Portugal à CEE, um papel de destaque tendo aumentado o seu consumo de forma significativa. Com o aumento do consumo interno Pág. 17

18 aumentou a produção, embora a um ritmo inferior ao das exigências do consumidor português, resultando no aumento da importação destes produtos. Associado ao aumento do consumo de carne encontra-se o aumento dos custos de produção, em particular da importação de cereais para alimentação animal, do qual somos profundamente dependentes. Destaca-se ainda o aumento das preocupações do consumidor quanto ao ambiente, segurança alimentar e bem-estar animal, o que implica o aumento os custos de produção, assim como das crises de confiança do consumidor devido a crises sanitárias. Todos estes pontos condicionam o comportamento do setor da carne. Apesar de tudo, somos um país com um património genético importante que deve ser cada vez mais valorizado designadamente através da diferenciação de produtos, sobretudo na presença de um mundo cada vez mais globalizado. QUOTA DE PRODUÇÃO DA CARNE DE QUALIDADE PERMANECE BAIXA A produção de carne de qualidade encontra-se intimamente ligada ao mundo rural, tendo ocupado durante muito tempo um papel importante na subsistência das populações rurais. O reconhecimento das características organoléticas destes produtos e dos seus métodos de produção resultou na certificação DOP/IGP de alguns produtos. Ainda assim, a quota de produção destes produtos é baixa. Por exemplo, a produção certificada de carne de bovino DOP e IGP representa apenas cerca de 2% da produção total de carne de bovino, constituída na sua maioria pela Carnalentejana DOP. AUMENTOU O NÚMERO DE EFETIVOS EM MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO Entre 2002 e 2011, o número de efetivos em modo de produção biológica tem crescido em todos os subsectores a uma média anual de 26% nos bovinos, 21% nos caprinos, 10,5% nos ovinos, 23,2% nas aves, e em menor grau nos suínos (0,7%). Mas o peso desta produção no total permanece baixo. ANIMAIS REPRESENTAM 25,1% DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NACIONAL Os animais representam 25,1% da produção agrícola nacional, destacando-se os suínos com um peso de 8,7% da produção agrícola, seguidos das aves de capoeira (6,0% e se junto com a rúbrica ovos perfaz um peso de 7,5% em 2008) e dos bovinos (6,9%). Dos animais destacamse as aves de capoeira que aumentaram a sua importância na produção agrícola e os ovinos e caprinos que diminuíram. A produção de animais cresceu em valor e em volume. Para o crescimento em valor contribuiu o comportamento, em particular, da produção de aves de Pág. 18

19 capoeira e de suínos. Destaca-se ainda que as componentes com maior peso na rubrica animais (bovinos, suínos e aves de capoeira) cresceram em valor e em volume. A CARNE DE SUÍNOS É A MAIS CONSUMIDA A carne de suínos é a mais consumida (2011: 44,6 kg per capita), seguida da carne de aves (2011: 35 kg per capita) e de bovinos (2011: 17,1 kg per capita). BOVINOS EFETIVOS DE VACAS ALEITANTES EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE MÉDIA E DE GRANDE DIMENSÃO ECONÓMICA SOBRETUDO NO ALENTEJO Aproximadamente 67% dos efetivos de vacas aleitantes localiza-se em explorações especializadas em bovinos de carne, mas ainda existem 22%, que se encontram em explorações mistas, predominando (83%) as unidades produtivas de média e grande dimensão económica, que se localizam sobretudo no Alentejo (ver mapa) EXPLORAÇÕES NO ENTRE-DOURO-E-MINHO E EFETIVO NO ALENTEJO O Entre Douro e Minho é a região agrária com maior número de explorações de bovinos de carne 8 no continente (46,3% do total), embora o efetivo predomine no Alentejo (63,3% do total), a região que apresenta o maior efetivo por exploração (72 cabeças), superando largamente a dimensão média do continente (14,3 cabeças). AUMENTO DA DIMENSÃO MÉDIA POR EXPLORAÇÃO Entre os dois últimos recenseamentos, o número de explorações diminuiu (-37,9%) e o número de animais aumentou no continente (35,7%), o que se traduziu no aumento do número de animais por exploração (6,5 animais em 1999 face a 14,3 animais em 2009). SALDO COMERCIAL NEGATIVO, CONTUDO RITMO DE CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES TEM SUPERADO O DAS IMPORTAÇÕES O ritmo de crescimento das exportações de carne de bovino (média anual de 16,8%) tem superado o das importações (3,2%), que representam 4,8% do sector agroalimentar, ainda assim, o saldo comercial tem-se mantido negativo, embora apresentando uma ligeira melhoria no último ano, e tendo em 2007 atingido o valor absoluto mais alto, precisamente o 8 Inclui vitelos de carne, fêmeas para abate, novilhas para abate e outras vacas Pág. 19

20 ano em que as entradas foram mais elevadas no período em análise. Os principais compradores de carne de bovino em 2011 foram a Espanha (61%) e os Países Baixos (17,5%). BAIXO GRAU DE AUTOAPROVISIONAMENTO O grau de autoaprovisionamento de carne de bovino revela uma dependência do exterior em cerca de 50%. Já o consumo per capita de carne de bovino não apresentou variações muito significativas, estabelecendo-se em 17,1 Kg/habitante/ano em SETOR FRAGMENTADO COM BAIXA INTEGRAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL O setor da carne de bovino encontra-se fragmentado, apresentando um baixo nível de integração, quer vertical quer horizontal, e reduzida participação da produção a jusante. Em 2011, 537 produtores detinham bovinos em modo de produção biológico, em particular nas regiões do Alentejo e Beira Interior. OVINOS E CAPRINOS EFETIVOS OVINOS EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE TODAS AS DIMENSÕES ECONÓMICAS NA BEIRA INTERIOR E ALENTEJO Quase 70% dos ovinos proveem de explorações especializadas, mas 23% encontram-se em explorações mistas, distribuídos por unidades produtivas de muito pequena (20%), pequena (23%), média (33%) e grande (24%) dimensão económica, que se localizam, sobretudo, na Beira Interior e Alentejo. EFETIVOS CAPRINOS EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE PEQUENA E MUITO PEQUENA DIMENSÃO ECONÓMICA DISSEMINADOS POR TODO O CONTINENTE Os efetivos de caprinos provêm maioritariamente de explorações especializadas na produção de ruminantes (71%), mas 21% dos animais encontram-se em explorações mistas, predominando as unidades produtivas de pequena (30%) e muito pequena (34%) dimensão económica, disseminados por todo o continente. EXPLORAÇÕES DISTRIBUÍDAS PELO PAÍS E EFETIVO NO ALENTEJO As explorações de ovinos e de caprinos encontram-se distribuídas pelo país, embora as de ovinos predominem nas regiões do Entre-Douro-e-Minho e Beira Litoral e os caprinos na Beira Pág. 20

21 Litoral e Beira Interior. Quanto ao número de efetivos ovinos destaca-se a região do Alentejo, também com o maior número de animais por exploração. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E EFETIVO NO CONTINENTE Tanto o número de explorações (ovinos: -27,6%; caprinos: -42%) como de efetivos (ovinos: - 24,2%; caprinos: -21,8%) decresceu entre os dois últimos recenseamentos. SALDO COMERCIAL NEGATIVO, CONTUDO RITMO DE CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES TEM SUPERADO O DAS IMPORTAÇÕES O ritmo de crescimento das exportações de carne de ovino e caprino (média anual de 16,9%) tem superado largamente o das importações (0,4%), que representam 0,1% do sector agroalimentar, ainda assim, o saldo comercial tem-se mantido negativo. Os principais compradores de carne de ovino e caprino em 2011 foram Angola (44,5%) e a Alemanha (25,8%). Este setor encontra-se em declínio por dificuldades inerentes à atividade e à baixa rentabilidade das explorações. A expansão da fileira passa pelo reconhecimento da utilidade destes animais no aproveitamento de zonas marginais do território, pela inversão da tendência para a redução do consumo que atualmente se verifica, concentração da oferta e pela valorização de produtos que não apenas a carne, como o leite e a lã. SETOR FRAGMENTADO COM BAIXA INTEGRAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL O setor da carne de bovino encontra-se fragmentado, apresentando um baixo nível de integração, quer vertical quer horizontal, e reduzida participação da produção a jusante. Em 2011, 444 produtores possuíam 100 mil ovinos e caprinos em modo de produção biológico, em particular nas regiões do Alentejo e Beira Interior. SUÍNOS EFETIVOS SUÍNOS EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE GRANDE DIMENSÃO ECONÓMICA NO RIBATEJO E OESTE E ALENTEJO Pág. 21

22 Os suínos são produzidos maioritariamente em explorações especializadas, predominando as unidades produtivas de grande dimensão económica (87%), que se localizam, sobretudo, no Ribatejo e Oeste e Alentejo EXPLORAÇÕES NA BEIRA LITORAL E EFETIVO NO RIBATEJO E OESTE E ALENTEJO As explorações dedicadas à produção suína predominam na região da Beira Litoral (43,3% do total). Contudo, em termos de número de efetivos, destacam-se as regiões do Ribatejo e Oeste (45,9% do total) e Alentejo (25,6% do total), que também apresentam o maior número de animais por exploração. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E EFETIVO NO CONTINENTE Na última década, diminuiu quer o número de explorações (-63,2%) quer o número de efetivos (-20,5%) em todas as regiões com exceção do Alentejo cujo número de efetivos aumentou 1,6%. PREDOMINA A PRODUÇÃO INTENSIVA APRESENTANDO UM GRAU DE INDUSTRIALIZAÇÃO ELEVADO É um sector que assenta maioritariamente na produção pecuária intensiva, com um grau de industrialização elevado, no entanto a polarização entre produção e indústria leva a que não exista verdadeiramente uma integração vertical da fileira. SALDO COMERCIAL NEGATIVO, CONTUDO RITMO DE CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES SUPERIOR AO DAS IMPORTAÇÕES O ritmo de crescimento das exportações de carne de suíno (média anual de 16,4%) tem superado o das importações (2,7%), que representam 1,2% do sector agroalimentar, ainda assim, o saldo comercial tem-se mantido negativo. Os principais compradores de carne de suíno em 2011 foram a Espanha (34,6%) e Angola (22,5%). O grau de autoaprovisionamento de carne de suíno é de aproximadamente 65%. Já em relação aos suínos, no mesmo ano, 42 produtores tinham suínos em MPB, principalmente na região do Alentejo. BAIXO GRAU DE INTEGRAÇÃO A possibilidade de expansão deste sector está dependente de um aumento da concentração da oferta, assim como uma maior ligação da produção à indústria. Por outro lado, sendo um sector particularmente afetado por normas exigentes nos domínios do ambiente, segurança Pág. 22

23 alimentar e bem-estar animal, a progressão da fileira está também dependente da capacidade de adaptação das explorações a estas novas regras, sendo neste âmbito determinantes as soluções coletivas associadas à requalificação ambiental. Há ainda a referir, pelo seu potencial de desenvolvimento, as produções baseadas em regimes extensivos, com particular destaque para o porco da raça alentejana, que se enquadram numa ótica de qualidade e diferenciação, com o consequente aumento da competitividade das explorações. CARNE DE AVES E OVOS EFETIVOS AVES EM EXPLORAÇÕES ESPECIALIZADAS DE GRANDE DIMENSÃO ECONÓMICA NO RIBATEJO E OESTE E CENTRO As aves são produzidas maioritariamente em explorações especializadas (91% dos efetivos), predominando as unidades produtivas de grande dimensão económica (86%). As explorações encontram-se localizadas, sobretudo do Ribatejo e Oeste e Centro. EXPLORAÇÕES NO NORTE LITORAL E EFETIVO NO RIBATEJO E OESTE E BEIRA LITORAL As explorações de aves localizam-se preferencialmente no norte litoral do Continente, e os efetivos na Beira Litoral e Ribatejo e Oeste, também as regiões com mais animais por exploração e com maiores registos de abate. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E EFETIVO, COM EXCEÇÃO DO NÚMERO DE EFETIVOS QUE AUMENTOU NA BEIRA LITORAL Em termos evolutivos nota-se um decréscimo do número de explorações e também do número de animais com exceção da Beira Litoral com um aumento de 4,9% no efetivo. AUMENTO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE AVES Constata-se um aumento de 13,8% (média anual 1,2%) na produção de carne de aves de capoeira nos últimos dez anos. SALDO COMERCIAL NEGATIVO, CONTUDO RITMO DE CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES TEM SUPERADO O DAS IMPORTAÇÕES As exportações de carne de aves têm crescido mais rapidamente ao ano que as importações (21,3% face a 12,6%), representando 0,6% do sector agroalimentar, ainda assim, o saldo Pág. 23

24 comercial tem-se mantido negativo e tem piorado na última década. Os principais compradores de carne de aves em 2011 foram a Espanha (38,8%) e Angola (20,1%). GRAU DE AUTOAPROVISIONAMENTO DE 94% O setor da avicultura no que se refere à carne caracteriza-se por ser um dos poucos sectores da agricultura nacional com um Grau de Autoaprovisionamento ao nível da autossuficiência, com cerca de 94% na carne de aves. E em relação às aves, 43 produtores dedicavam-se à produção biológica de mais de 46 mil animais sobretudo no Ribatejo e Oeste e Beira Litoral. SETOR INDUSTRIAL COM INTEGRAÇÃO VERTICAL DA FILEIRA Este sector é essencialmente industrial e concentra num número diminuto de operadores de criação intensiva de estirpes de crescimento rápido. A organização em sistemas de integração é a sua dominante: com base em contratos entre os principais grupos económicos, em integração vertical de toda a fileira, os produtores obtêm matéria-prima (pintos do dia), apoio logístico e técnico, e canal de escoamento. As denominadas criações especiais correspondem a produção diferenciada em sistemas de certificação, e representam cerca de 2% do mercado. MAIS EXIGÊNCIAS NOS DOMÍNIOS AMBIENTAIS, SEGURANÇA ALIMENTAR E DE BEM-ESTAR ANIMAL O sector da carne sofre, em particular, a pressão de fatores conjunturais relacionados com crises sanitárias e de confiança do consumidor, bem como de custos acrescidos resultantes duma constante exigência para toda a cadeia alimentar relacionada com as normas nos domínios ambientais, segurança alimentar e de bem-estar animal, e num contexto internacional de maior concorrência e abertura de mercados. OVOS EXPLORAÇÕES NO NORTE LITORAL E EFETIVO NO RIBATEJO E OESTE E BEIRA LITORAL As explorações de galinhas poedeiras localizam-se preferencialmente no norte litoral do Continente, e os efetivos na Beira Litoral e Ribatejo e Oeste, também as regiões com mais animais por exploração e com maiores registos de abate. DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE EXPLORAÇÕES E MANUTENÇÃO DO EFETIVO Pág. 24

25 O sector assistiu a uma concentração muito significativa na última década: o número de explorações passou de em 1999 para em Entre 2000 e 2011 assistiu-se a um aumento ligeiro da produção de ovos de galinha para consumo (média anual de 0,1%) e o consumo anual per capita tem-se mantido nos 9 kg. A nível comunitário, os problemas com a necessidade de conversão de gaiolas e exclusão de produção do mercado das empresas que não cumpram com requisitos de bem-estar animal (BEA), levou a uma redução, em 2012, da produção UE, e a um grande aumento do preço na páscoa, e diminuição posterior, conforme tendência sazonal, mas em valores muito superiores ao padrão normal de anos anteriores. As exportações de ovos e ovoprodutos têm crescido a um ritmo superior ao das importações (14,4% face a 5,6%). Os principais compradores de ovos e ovoprodutos, em 2011, foram a Espanha (67,1%) e a Alemanha (6,8%). É de assinalar que em 2012 se verificou a nível comunitário um aumento considerável de importações de ovoprodutos, mas sem variação nos ovos em casca (cuja importação é muito difícil face a exigências sanitárias do espaço da união para ovos frescos), que revelam tendência de substituição da redução de produção UE em consequência das regras de bemestar animal, o que é uma contradição pois nos países de origem destas importações não se verificam exigências equivalentes, resultando numa concorrência desleal para os produtores UE, em particular de em menos competitivos em termos económicos. O grau de autoaprovisionamento de ovos é de aproximadamente 100%. O setor da produção de ovos passou desde janeiro de 2012 por uma reestruturação, na sequência da imposição comunitária de regras de bem-estar animal, que obriga à reconversão das gaiolas para poedeiras, e que se reflete numa redução do potencial produtivo por unidade de área implantada, pondo em causa a tendência de autossustentabilidade que se vinha a registar no passado recente e comprometendo a evolução positiva do setor. A obrigação de utilização de gaiolas melhoradas, com menor densidade de poedeiras, levou a que, para manter o mesmo potencial de poedeiras, fosse necessário não apenas o investimento na reconversão das gaiolas mas também o aumento de área dos pavilhões, o que se afigurou muito difícil para a maioria das empresas por problemas de capacidade de investimento mas também de licenciamento, resultantes de legislação ambiental e de ordenamento do território. Pág. 25

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