PERFIL DOS HIPERTENSOS DE WITMARSUM SOBRE CONHECIMENTO DE PREVENÇÃO E OU REABILITAÇÃO DA PATOLOGIA EM RELAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO E HÁBITOS DE VIDA.

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. BÁRBARA MAURÍCIO NASCIMENTO PERFIL DOS HIPERTENSOS DE WITMARSUM SOBRE CONHECIMENTO DE PREVENÇÃO E OU REABILITAÇÃO DA PATOLOGIA EM RELAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO E HÁBITOS DE VIDA. CRICIÚMA, FEVEREIRO DE 2008.

2 BÁRBARA MAURÍCIO NASCIMENTO PERFIL DOS HIPERTENSOS DE WITMARSUM SOBRE CONHECIMENTO DE PREVENÇÃO E OU REABILITAÇÃO DA PATOLOGIA EM RELAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO E HÁBITOS DE VIDA. Monografia apresentada à Diretoria de Pós- Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obtenção do título de especialista em Fisiologia do Exercício. Orientador: Prof. MSc. Rita de Cassia Clark Teodoroski. CRICIÚMA, FEVEREIRO DE 2008.

3 Dedico este documento àqueles que se dedicam em criarem ambientes e incentivos a prática de saúde, buscam sempre aperfeiçoamentos e se interessam pela pesquisa, porque pelo fruto da pesquisa é que nascem as descobertas para a evolução da ciência. É através dela que melhoramos nossas vidas.

4 AGRADECIMENTOS A Deus por colocar em meu caminho tantas pessoas maravilhosas e fazer acontecer todos os meus sonhos; Agradeço meus pais José Duarte Nascimento e Marta Janete Maurício Nascimento por todo carinho e amor eternos. Ao Fernando Kammer pelos momentos mais felizes da minha vida. À Iria Kammer e Leogário Kammer pelo incentivo nos estudos. À minha família que me impulsiona a querer sempre mais, e está ao meu lado em todos os momentos da minha vida. À minha orientadora Rita de Cassia Clark Teodoroski que se dedicou ao máximo saudar minhas dúvidas. Ao Secretário de Saúde de Witmarsun SC pelo apoio à pesquisa. Às agentes de saúde nos PSF s (Programa Saúde da Família) de Witmarsun que contribuíram para a realização da pesquisa. Aos colegas de profissão na área da saúde que compartilharam momentos dessa jornada.

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15 , ). RESUMO Neste estudo objetivou-se traçar um perfil dos hipertensos do município de Witmarsum (SC) preocupando-se em mostrar se os munícipes estão preparados para identificar, prevenir ou tratar a hipertensão arterial sistêmica. Esta é uma pesquisa de levantamentos de dados com caráter descritivo e abordagem qualitativa, e usou como ferramenta um questionário elaborado pelo autor com bases em referências bibliográficas. Foram coletados 323 questionários e os resultados obtidos foram expressos na forma de gráficos. Concluindo-se que ainda é necessária uma maior intervenção para conscientizar os hipertensos e governantes municipais que é preciso aperfeiçoar prevenção, tratamento e reabilitação desta patologia e criar ambientes para que isso seja possível, além de aperfeiçoamento do profissional da área da saúde nessa área.. Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Exercício Físico, Hábitos de Vida..

16 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO HIPERTENSÃO ARTERIAL Conceito de Hipertensão Arterial, Perfil Clínico e Achados Epidemiológicos Hipertensão Primária Hipertensão Secundária Casos Especiais de Hipertensão Princípios de Tratamento da Hipertensão Arterial Perspectivas Futuras em Reabilitação Cardíaca O EXERCÍCIO FÍSICO O Exercício Físico X Atividade Física Tipos De Exercícios Físicos Efeitos Clínicos do Exercício Físico na Hipertensão Arterial ATENÇÃO PREVENTIVA E REABILITATIVA À HIPERTENSÃO ARTERIAL História Natural E Bases Epidemiológicas Da Prevenção Medidas Governamentais de Atenção à Hipertensão Arterial O MUNICÍPIO DE WITMARSUM SC Pontos Turisticos do Município DELINEAMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA Pesquisa de levantamento de dados com caráter descritivo e abordagem qualitativa População, Cálculo da Amostra e Amostragem: Critérios de inclusão e exclusão: Relação Risco / Benefício do Participante: Instrumento, Procedimento de Coleta e Análise de Dados: Classificação dos resultados APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE...142

17 11 1 INTRODUÇÃO A hipertensão é uma enfermidade que assustadoramente vem atingindo populações mais diversificadas possíveis, desde jovens a idosos, homens e mulheres, raças e classes sociais indiscriminadamente. Para profissionais da área da saúde, ou pessoas envolvidas no acompanhamento do público hipertenso, essa patologia já não é tão misteriosa assim. Entretanto, os mais interessados em desvendar a hipertensão são os indivíduos atingidos. É necessário investigar o quanto à população hipertensa conhece a respeito de sua condição, desde a forma preventiva até a parte reabilitativa, e o quão importante julga-se o tratamento desta doença na prática. Acerca do tratamento sabe-se que além da forma medicinal e química existe também uma mudança de hábitos de vida e a essencial prática de exercício físico tanto para prevenção como reabilitação. Diante deste contexto, é importante saber se a população com aumento de pressão arterial verdadeiramente patológica entende o exercício como forma preventiva ou de tratamento auxiliar no combate as afecções que a enfermidade causa, se praticam exercício físico ou descobrir quais as causas que impedem exercitar-se ou mudar os seus hábitos de vida. Conhecendo esses fatos, poder-se-ia assim intervir na atenção municipal de maneira mais efetiva no combate a essa doença. Quando aceitamos que o exercício físico se constitui em uma intervenção terapêutica benéfica que pode ter um papel significativo em medicina preventiva e reabilitação, devemos então concentrar novas energias para o fornecimento de um direcionamento adequado, requerendo-se o estabelecimento e promoção de programas profissionalmente completos, treinamento apropriado de pessoal e maior informação ao público, (FARDY; YANOWITZ; WILSON, 1998, p.3). Quando o município empenha-se na saúde pública oferecendo

18 12 tratamentos e reabilitação ele valoriza o que a ciência descobre para favorecer a qualidade de vida do ser humano, apesar dos custos. Porém os gastos com esse tipo de intervenção custam cifras que podem ser reduzidas ou melhor aproveitadas se o trabalho realizado for bem direcionado, atingindo o ponto certo de intervenção. Por exemplo, uma abordagem preventiva evitaria custos de uma população que sofreria de determinado acometimento, ou um enfoque no que a população necessita para realizar o tratamento evitaria maiores gastos nos postos de saúde em consultas e medicamentos e exames. Vivendo sob condições rurais, os habitantes hipertensos do município de Witmarsum em Santa Catarina reconhecem sua patologia e aceitam a prática de exercício físico e mudança dos hábitos de vida como forma de reabilitação e tratamento da enfermidade? Identificar se a população tem condições de realizar seu tratamento adequado ou enumerar razões que podem impedir o tratamento para corrigí-las, torna-se uma alternativa fundamental ao governo munícipe que deseja o bem-estar de seus contribuintes viabilizando o máximo potencial da renda destinada a saúde. Um programa efetivo de atividades físicas regulares, bem orientadas e direcionadas seria capaz, portanto, de intervir primariamente na saúde assim como também servir de meios reabilitativos à população em diversos outros acometimentos biopsicossociais. A temática deste estudo preocupou-se na prática de exercícios físico e a mudança dos hábitos de vida dos hipertensos municipais, questionando-se se a população do município de Witmarsum SC está preparada para identificar, prevenir ou tratar a hipertensão arterial sistêmica. Como objetivo geral deste estudo pretendeu-se identificar o quanto à

19 13 população hipertensa do município de Witmarsum SC conhece a respeito dessa patologia em relação à prática de exercício físico e mudanças nos hábitos de vida como forma de reabilitação ou prevenção. Especificamente consideramos, investigar junto à população hipertensa o nível de conhecimento a respeito de sua patologia e seu histórico enfermo; esclarecer o nível de prática ou não dos exercícios físicos, quais seus hábitos alimentares e identificar sua qualidade de vida. Para essa realização o nível da pesquisa realizada será do tipo pesquisa de levantamento de dados com caráter descritivo e abordagem qualitativa. A metodologia utilizada baseou-se em verificar o perfil dos hipertensos do município de Witmarsun SC em relação à prática do exercício físico e mudança nos hábitos de vida. Apresentando o corpo deste trabalho tem-se a seguinte maneira: no primeiro capítulo ilustramos a introdução. No segundo, terceiro quarto e quinto capítulos aborda-se um referencial teórico dos assuntos trabalhados neste estudo. Já no sexto capítulo, descreve-se o delineamento da pesquisa. Concluídos esses se passam então ao sétimo capítulo que se trata da análise e discussão dos dados obtidos na pesquisa, finalizando com um último capítulo, o qual seria o oitavo, que traz as considerações finais deste trabalho e sugestões para próximas pesquisas. Nas demais páginas finais, encontram-se anexos e apêndices deste estudo, bem como todas as suas referências.

20 14 2 HIPERTENSÃO ARTERIAL Hipertensão arterial foi um termo cunhado por Traube em 1856 definindo um quadro hipertensivo crônico sem uma causa aparente e compreensível, (TIBIRIÇÁ, 2001). 2.1 Conceito de Hipertensão Arterial, Perfil Clínico e Achados Epidemiológicos. Quando se refere à hipertensão arterial sistêmica, trata-se de uma alteração da regulação da pressão arterial que a mantém em níveis mais elevados do que o normal correspondente a esse indivíduo; alem disso, trata-se de uma perturbação que se mantém no tempo, ou seja, tem características de cronicidade, (DOUGLAS, 2002). Brum et al (In:NEGRÃO; BARRETO, 2005), descrevem a hipertensão arterial como uma síndrome multicausal e multifatorial caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados e normalmente associados a distúrbios metabólicos, hormonais e hipertrofias cardíacas e vascular. Tibiriçá, 2001, relata que o conceito de que a hipertensão é uma doença multifatorial foi levantada por George Pickering em 1968 afirmando na época que a hipertensão arterial resultaria de uma constelação de fatores poligenéticos e ambientais atuando por longo tempo, como também o autor Invine Page que propôs a teoria do mosaico caracterizando a hipertensão como uma disease of regulation, onde as interações de inúmeros fatores predisponentes podem desencadear o aparecimento da doença hipertensiva. A hipertensão arterial é conceituada por Pérez-Riera (2000 apud SIMON,2005), como um conjunto de entidades com etiopatogenia multifatorial,

21 15 caracterizado por um aumento sustentado de cifras de pressão arterial sistodiastólicas ou apenas sistólicas, acima da considerada normal para a idade, quando a aferição é feita com metodologia e condições apropriadas ou quando o paciente está tomando medicação anti-hipertensiva. A Organização mundial de saúde (OMS), em 1999, propôs que pressões de 140/90 mmhg ou mais deveriam ser consideradas acima do normal ou elevadas, e limítrofes pressão sistólica entre 140 e 149 mmhg e 90 e 94 mmhg na pressão diastólica, segundo citação de Porto (2005). O mesmo autor supracitado comenta que no VII Joint National Commitee on Prevention, Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure, em 2003, estabeleceu novos valores de referência, considerando pré hipertensos indivíduos com pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mmhg ou pressão arterial diastólica entre 80 e 89 mmhg, sendo esta uma categoria inédita de risco. A intenção desse novo conceito é deixar explicito a necessidade de diagnosticar precocemente a hipertensão na população em geral. Hanson (In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003), demonstra a hipertensão de acordo com valores médios da pressão arterial em repouso da população, considerando pressão arteriais normais aquelas em que todos os valores estão abaixo de 130/85 mmhg, limítrofe ou normal alta, estágio I, estágio II (moderada), estágio III (grave) e estágio IV (muito grave), estes dados são demonstrados na tabela 1: Tabela 1: Classificação da Hipertensão Arterial Pressão Arterial (mmhg) Diastólica Sistólica Normal Normal alta Hipertensão Leve (borderline) Hipertensão Moderada Hipertensão Grave Hipertensão Sistólica Isolada < >109 Normal ou Limítrofe < >179 >160

22 16 No Brasil, a doença hipertensiva é um dos problemas de saúde pública de maior prevalência na população representando o maior e mais perigoso fator de risco para a progressão e/ou desenvolvimento de doenças cardiovasculares. De acordo com estatísticas, a hipertensão arterial sistêmica é capaz de levar ao óbito, aproximadamente, 40% dos indivíduos acometidos, apresentando altos índices de morbi-mortalidade, pelo acometimento dos chamados órgãos-alvo, tais como o cérebro, o coração, os rins e os vasos sangüíneos, com aumentos na incidência de infarto agudo do miocárdio (IAM), acidentes vasculares encefálicos (AVE), insuficiência cardíaca, e morte súbita, (SOTER; MARTINS; DANTAS, 2007). O reconhecimento de que a hipertensão está ligada ao aumento do risco de doença cardíaca, derrama e morte surgiu nos anos 20, onde experimentos pioneiros que tiveram sucesso utilizaram a pressão arterial diastólica como objetivo eficaz, levando a uma ênfase sobre a pressão arterial diastólica como foco primário da terapia. Porém, somente por volta dos anos 30 a pressão arterial sistólica tem sido reconhecida como um indicador de morbidade e morte igual, senão melhor, para hipertensão. Embora os efeitos deletérios da hipertensão sistólica sejam reconhecidos há algum tempo, não foi antes da década de 80 que testes clínicos centraram especificamente nos méritos do tratamento da hipertensão sistólica, (HESS, 2002). O aumento predominantemente sistólico, da pressão arterial com o envelhecimento deve-se ao enrijecimento da parede das grandes artérias, com diminuição da complacência, associada à reflexão da onda de pulso mais precoce. Durante a sístole, a parede arterial não se distende adequadamente, como quando a elasticidade estava preservada. O sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo flui rapidamente, uma vez que a capacidade de amortecimento está reduzida e os

23 17 grandes vasos não funcionam mais como reservatório. Como a onda de pulso fica mais rápida, sua reflexão ao encontrar a resistência periférica, que também pode estar aumentada faz-se precocemente. Esta onda refletida atinge as artérias centrais, ainda durante a sístole sobrecarregando o ventrículo esquerdo e elevando a pressão sistólica. Ademais há diminuição da pressão diastólica com menor perfusão coronariana. Com o aumento da pressão arterial sistólica e redução da diastólica, observamos que a pressão diferencial maior, ou seja, maior que a pressão de pulso, (PORTO, 2005). Uma série de fatores de risco contribui para a probabilidade do desenvolvimento da hipertensão arterial. Entre eles podemos citar fatores genéticos, metabólicos e comportamentais. Geralmente a história familiar hipertensa aumenta a probabilidade de desenvolver hipertensão. Os homens apresentam a hipertensão mais precocemente que as mulheres, a população negra é maior incidente do que os caucasianos ou asiáticos, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT,2003). Define-se como fator de risco uma característica ou elemento, endógeno ou exógeno, que se associa a maior probabilidade de desenvolvimento de uma enfermidade. As medidas preventivas dependem do reconhecimento dos fatores de risco, estes necessários para definir a importância de cada um dos fatores e suas associações, (PORTO, 2005). Simon, citando outros autores (2005), declara que quanto à classificação, os fatores de riscos cardiovasculares dividem-se em dois grupos: aqueles não suscetíveis à modificação e / ou eliminação, ditos não modificáveis, e os que podem ser modificados ou atenuados por mudanças nos hábitos de vida e /ou medicamentos. A hereditariedade, idade, raça, sexo se encaixam no primeiro grupo,

24 18 já a hipertensão arterial sistêmica, o tabagismo, as dislipidemias, o diabetes mellitus, a hipertrigliceridemia, a obesidade, vida sedentária, o uso de anticoncepcionais hormonais e o estresse emocional pertencem ao segundo grupo. As mulheres são relativamente protegidas de doenças cardiovasculares, m em geral, e de hipertensão arterial, em particular, durante a fase reprodutiva. Porém a menopausa, a incidência de infarto agudo do miocárdio aumenta dramaticamente, e a hipertensão arterial torna-se progressivamente mais freqüente e mais intensa nas mulheres que nos homens, (PASCOAL, I.F; In: MION JR;NOBRE, 2000). A hipertensão usualmente começa no adulto jovem, ocorrendo em 5% a 10% das pessoas entre 20 e 30 anos. A incidência da hipertensão continua a subir com a idade, e é encontrada em 20% a 25% dos adultos de meia idade e em 50% a 60% dos adultos acima de 65 anos de idade, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). A hipertensão arterial é o fator de risco mais importante para cardiopatia isquêmica e acomete 64% dos pacientes com infarto agudo do miocárdio no Brasil, sendo responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e absenteísmo no trabalho, (BRUM et al. In: NEGRÃO; BARRETO, 2005). A causa responsável pela hipertensão pode ser identificada em cerca de 5% dos casos. A hipertensão primária ou idiopática ocorre quando não é possível identificar o agente causador, já hipertensão secundária ocorre quando o aumento da pressão pode ser atribuído a um desses fatores, (JULIAN; COWAN, 2000).

25 Hipertensão Primária A hipertensão arterial primária ou essencial é o tipo mais freqüente observado na clinica, que aprece estar relacionado com fatores genéticos. É caracterizada pela reduzida complacência periférica total e conseqüente aumento significativo e conspícuo da pressão arterial diastólica, enquanto que o volume sistólico apresenta poucas modificações (pressão máxima não se altera muito), (DOUGLAS, 2002). Inúmeros são os fatores não-genéticos que participam da gênese da hipertensão primária, entre estes citamos: disfunção neurogênica do estresse, dieta rica em sal, obesidade, dislipidemia, resistência a insulina, sedentarismo, e excessiva ingestão de bebidas alcoólicas, (TIBIRIÇÁ, 2001). Esse tipo de hipertensão corresponde cerca de 95% das hipertensões crônicas. Múltiplos fatores de mecanismos regulatórios contribuem para a evolução da hipertensão primária como o controle neurorreflexo e simpático anormal do débito cardíaco e da resistência periférica, controle renal e metabólico anormal do volume vascular e complacência e controle local da resistência vascular pelo endotélio e musculatura lisa, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). Caracteristicamente, os hipertensos não apresentam sintomas atribuíveis à hipertensão. Em conseqüência, a medida objetiva da pressão arterial representa o único meio valido para o diagnostico. Na ausência de lesões em órgãos-alvo, entretanto, o diagnóstico de hipertensão não deve ser feito ate que a pressão arterial tenha sido aferida em pelo menos 3 a 6 consultas médicas, com intervalo de dias ou semanas entre elas. Isso se justifica tanto em indivíduos normais como nos hipertensos, verifica-se significativa e continua variabilidade dos níveis pressóricos,

26 20 com inúmeros fatores contribuindo para esse fenômeno, tais como atividades laborativas, emoções e, possivelmente raça e idade, (PASCOAL, I.F; In: MION JR; NOBRE, 2000). As causas da hipertensão primária no adolescente, no jovem adulto, no adulto de meia idade e no idoso são multifatoriais, mas o denominador comum é genético, conclusão retirada por observação na clínica de hipertensos em certas famílias, (CHINTANADILOK; LOWENTHAL, In: THOMPSON, 2004). 2.3 Hipertensão Secundária. A denominação Hipertensão Arterial Secundária define uma condição em que é possível identificar uma causa específica para o aumento da pressão, representando, muitas vezes, uma forma curável desta síndrome, (PORTO, 2005). A hipertensão secundária responde por aproximadamente 5% das hipertensões crônicas, e tem como principais causas anormalidades em nível renal, endócrino e vascular. Essas causas devem ser consideradas quando a hipertensão atinge jovens ou surge de maneira rápida em adultos sem história prévia de hipertensão, considerada também quando a elevação da pressão arterial responde mal a terapia anti-hipertensiva de rotina, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). A hipertensão secundária pode ser devida a uma série de fatores sendo os mais importantes: as nefropatias, tais como glomerulonefrite, pielonefrite, rim policístico, tumor renal e estenose da artéria renal; certas endocrinopatias, inclusive as afecções das supra-renais tais como aldosteronismo primário, Síndrome de Cushing e feocrocitoma; a coarctação da aorta; certos medicamentos e alimentos,

27 21 inclusive contraceptivos orais, alcaçuz, carbenoxolona. ACTH e corticoesteróides, (JULIAN; COWAN, 2000). Chintanadilok e Lowenthal, (In: THOMPSON, 2004) acrescentam ainda a síndrome de apnéia do sono como causa da hipertensão secundária. E afirmam que o médico deve pesquisar as causas secundárias da hipertensão quando ela for grave ou refratária apesar de altas does de múltiplos medicamentos antihipertensivos; a idade do inicio é abaixo dos 20 anos ou acima de 70; há um sopro abdominal localizado; a creatinina sérica eleva-se agudamente após a atividade de inibidores da enzima conversora de angiotensina; ou há evidencias de aterosclerose difusa. Segundo Ripley e Sica (apud HESS, 2002), a hipertensão pode ser considerada um doença grave quando pode apresentar lesão em de órgão alvo, descrita na tabela 2: Tabela 2: Manifestações de Lesão em Órgão-Alvo Órgão / Sistema Achados Clínicos Retina Hemorragias ou exsudatos, com ou sem papiledema. Cardíaco Evidencia clínica, eletrocardiográfica ou radiológica de doença de artéria coronária. Hipertrofia ventricular esquerda ou sobrecarga no eletrocardiograma, ou disfunção ventricular esquerda no ecocardiograma. Cerebrovascular Ataque isquêmico transitório ou acidente vascular cerebral Vascular periférico Ausência de um ou mais pulsos principais nos membros, claudicação ou dor em repouso, presença de aneurisma. Renal Microalbuminúria ou proteinúria Nível sérico de creatininia > 1,5 mg/dl

28 Casos Especiais de Hipertensão. A. Hipertensão do Avental Branco: Cerca de um quarto dos pacientes, hipertensos ou não, podem apresentar elevação tensional de alarme durante o atendimento médico, (MALACHIAS, 2006). Em 1983, Mancia e colaboradores (apud RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005), propuseram o termo síndrome do jaleco branco para descrever aumento da pressão arterial sistólica e diastólica d e27 mmhg e 15 mmhg, respectivamente, quando o medico entrava no quarto do paciente durante monitorização intra-arterial da pressão arterial. Ao passar dos tempos a hipertensão do jaleco branco começou a se identificar como a pressão arterial elevada que ocorre num ambiente médico, apesar da pressão arterial normal durante monitorização ambulatorial. Este tipo de hipertensão pode afetar homens em ate 20% e mulheres em 54%. B. Hipertensão Renovascular: A causa de até 5 por cento de todos os casos de hipertensão pode ser estar relacionada com algum problema existente no funcionamento dos rins. De um modo geral, qualquer lesão, dano ou enfermidade nos rins pode interferir na sua capacidade de eliminação do sódio e líquidos. O resultado pode ser uma retenção

29 23 excessiva de sódio e líquidos, o aumento do volume de líquidos no sistema circulatório e uma elevação da pressão nos vasos. Os pacientes que já apresentam uma hipertensão severa podem sofrer alguma lesão nos rins como resultado da existência de uma alta pressão no sangue. Nesses casos, a hipertensão pode ser a causa de danos nos tecidos dos rins o que, por sua vez, agrava ainda mais a hipertensão,como exemplo citamos os rins policísticos que podem causar esse tipo de dano desencadeando a hipertensão, (COOPER, 1991). A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona pode comprometer o fluxo arterial para um ou ambos os rins. Dependendo das condições e participação do rim contra lateral, o estimulo isquêmico pode levar a renina, favorecer a retenção hídrica, ou ambos, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). O diagnóstico frequentemente é confirmado de maneira retrospectivas, e alguma correção de estenose por angiografia ou cirurgia resulte em diminuição da pressão arterial ou diminuição no número de drogas anti-hipertensivas necessárias. O tratamento da doença consiste em atenuar ou eliminar a estenose por meio de baypass da artéria renal ou angioplastia, coronária percutânea transluminal, (RIPLEY; SICA, In: HESS, 2002). Os tratamentos para esses tipos de hipertensão secundaria associada a problemas renais são semelhantes aqueles empregados em algumas formas de hipertensão primaria: prescrição de diuréticos de alça; uma dieta que restrinja o consumo de sódio; e nos casos mais extremos diálise, (COOPER, 1991). O problema específico pode ser a existência de tumores da glândula supra-renal (feocromocitoma) que provoca flutuações extremas nas pressão do sangue. O tratamento usual: alfa-bloqueadores e, caso eles não funcionem a cirurgia seria indicada, (COOPER, 1991).

30 24 Tumores localizados em uma glândula supra-renal podem ocasionar uma condição conhecida como aldosteronismo. Este distúrbio é caracterizado por perda excessiva do potássio existente no sangue, por uma possível paralisia e pela hipertensão. Neste caso também, o tratamento usual é a remoção cirúrgica, (COOPER, 1991). Existem dois subgrupos clínicos desse tipo de hipertensão: a displasia fibrimuscular e a doença aterosclerótica. A displasia fibromuscular das artérias renais é responsável por mais de 10% de todos os casos de hipertensão renovascular e ocorre geralmente em jovens e em especial mulheres. A doença aterosclerótica, que abrange cerca de 90% do total das causas, geralmente envolve o terço proximal da artéria renal com ou sem invasão do próprio óstio. São lesões comumente bilaterais ou com predominância de um dos lados. Não tendo tratamento, a maior parte das lesões evolui para oclusão total e insuficiência renal. Se a estenose exceder a 75%,a probabilidade de progressão para oclusão total se aproxima de 40% num período de 1 ano, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). C. Coarctação da Aorta: A coarctação da aorta consiste na redução da luz da aorta, a estenose geralmente se localiza logo abaixo da raiz da artéria subclávia esquerda. É quase sempre acentuada e geralmente se acompanha de válvula aórtica bicúspide, a qual pode ou não se tornar estenosada ou insuficiente, (JULIAN; COWAN,2000).

31 25 A supradescrição do autor reflete numa pressão sistólica na aorta e nos seus ramos acima da coarctação. Essa hipertensão é capaz de provocar alterações irreversíveis nas paredes das arteríolas, de modo que a pressão arterial nem sempre se normaliza, mesmo após cirurgia da coarctação. A hipertensão acaba provocando insuficiência ventricular esquerda, ou outros riscos podem estar presentes como infecção da coarctação ou da válvula aórtica bicúspide, ruptura ou dissecação da parede da aorta ascendente e hemorragia cerebral. A angioplastia e a cirurgia permanecem os tratamentos de escolha embora as complicações desses procedimentos incluam distúrbio funcional, ruptura aórtica, formação de aneurisma e reestenose, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). D. Doença da Tireóide: Tanto hipertireoidismo como hipotireoidismo tem sido associados com hipertensão. O hipertireoidismo é caracterizado por debito cardíaco, freqüência cardíaca e volume de ejeção e pressão sistólica aumentados e por resistência vascular periférica e pressão diastólica diminuídas. No hipotireoidismo o débito cardíaco e o volume de ejeção diminuído, resistência vascular periférica aumentada e hipertensão diastólica, (JULIAN; COWAN, 2000).

32 26 E. Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing espontânea pode ser classificada em formas corticotropina ectópica (p.ex, doença de Cushing, síndrome de corticotropina ectópica e rara síndrome hormonal de liberação ectópica de corticotropina) e formas corticotropinas independentes (p.ex. adenomas e carcinomas unilaterais produtores de cortisol). As características são marcantes na maioria dos pacientes como obesidade de tronco, fácies em lua, acne, gibosidade, estrias e equimoses juntamente com a osteoporose, hipertrigliceridemia e hipertensão. A maioria desses pacientes são submetidos a exploração transfenóide com índices de remissão de cerca de 80% especialmente para tumores localizados, relativamente pequenos, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). F. Hipertensão na Gestação: A hipertensão gestacional é uma pressão arterial maior que 140/90 mmhg que se desenvolve durante a gestação ou nas primeira 24 horas após o parto, sem outros sinais de pré-eclampsia ou hipertensão preexistente, (RIPLEY; SICA, In: HESS, 2002). O mesmo autor refere-se a hipertensão gestacional crônica quando esta é diagnosticada antes da 20ª semana de gestação. Durante a gravidez a pressão sangüínea na mulher normalmente declina nos primeiros seis meses para níveis relativamente baixos. Contudo, nos três

33 27 últimos meses, a pressão sangüínea pode elevar-se como resultado de uma condição conhecida como hipertensão induzida pela gravidez. Esta hipertensão associada à gravidez envolve tipicamente uma elevação da pressão sangüínea normal de 30/15 mmhg, ou mais, e as medições podem ultrapassar o limite padrão da hipertensão, que é de 140/90 mmhg, (COOPER, 1991). G. Aldosteronismo Primário: Para Ripley e Sica (In: HESS, 2002) normalmente resulta de secreção autônoma de aldosterona a partir de um adenoma ou hiperplasia de adrenal. Apresentando como sinais clínicos a presença de hipocalemia espontânea, hipocalemia induzida por diuréticos, dificuldade em manter um nível sérico de potássio normal durante a terapia diurética, apesar da suplementação aparentemente adequada, e hipertensão refratária. Uma vez secretada, a aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e secreção de potássio nos túbulos distais, aumento o volume intravascular e suprime a secreção de renina. Quando secretada em excesso, a aldosterona produz uma hipertensão volume-dependente, embora haja um escape fisiológico decorrente da retenção ininterrupta de sódio antes do desenvolvimento de edema franco, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). O autor complementa que os sintomas nesses pacientes não diferem tanto dos pacientes com hipertensão embora eles possam mostrar fadiga, poliúria, ou câimbras presumivelmente traduzindo hipocalemia.

34 28 Se for encontrado um adenoma e o paciente for possível candidato a cirurgia, a remoção cirúrgica torna-se o tratamento escolhido, normalmente resultando em normalização da pressão arterial ou pelo menos melhora no controle da pressão arterial, (RIPLEY; SICA, In: HESS, 2002). H. Hipertensão Refratária: A hipertensão refratária ou resistente é definida como sendo incapacidade de diminuir a pressão arterial para 140/90 mmhg apesar de uma programação de tratamento com 3 agentes anti-hipertensivos; podendo ocorrer inclusive durante o preparo do adequado do paciente com eliminação de substancias intervenientes, e uso de instrumentos e técnicas adequados, (RUDD; OSTERBERG, In: TOPOL, 2005). I. Hipertensão por contraceptivos orais: As pílulas anticoncepcionais provocam quase sempre aumento da pressão arterial. Este aumento é geralmente discreto, regredindo após a suspensão do medicamento. É necessário portanto controlar a pressão arterial, pelo menos durante o primeiro ano de tratamento anticoncepcional, (JULIAN; COWAN, 2000).

35 29 A hipertensão resultante do uso de anticoncepcionais é típico de mulheres que usam anticoncepcionais orais a base de estrogênio. A terapia de substituição com estrogênio indicada no caso de mulheres que já passaram pela menopausa para combater a osteoporose, não provoca a hipertensão. Mas a situação é diferente no caso de mulheres que estão tomando pílulas: a pressão sangüínea em cerca de 5 por cento daquelas que usam anticoncepcionais orais eleva-se de 140/90 no espaço de cinco anos, (COOPER, 1991). As razoes para este aumento nos níveis de pressão do sangue são desconhecidas, embora muitos especialistas considerem que as pílulas podem, de algum modo, estimular o crescimento dos níveis de renina produzida pelos rins. E este aumento da renina pode, por sua vez, levar a uma maior quantidade de angiotensina II, e a uma conseqüente elevação na pressão sangüínea, (COOPER, 1991). J. Outras Razões: Imediatamente após uma cirurgia, a pressão sangüínea pode elevar-se por diversas razoes, seja por estar havendo um fornecimento inadequado de oxigênio para os pulmões e o sangue, seja simplesmente por causa da tensão e do estresse que acompanham a dor, o fenômeno da hipertensão cirurgicamente induzida é especialmente comum após cirurgias de bypass nas coronárias, (COOPER, 1991).

36 30 As queimaduras graves podem ser uma causa correlata de hipertensão; aqueles que apresentam queimaduras de terceiro grau em mais de um quinto do corpo muito provavelmente irão desenvolver uma hipertensão que vai exigir tratamento, (COOPER, 1991). Um perigo, frequentemente subestimado, provavelmente do uso de drogas como cocaína, anfetaminas e heroína é o de que elas podem causar problemas como hipertensão. De um modo geral, a pressão do sangue se eleva de modo significativo com o uso de cocaína, mas depois retorna rapidamente aos níveis normais, na medida em que a droga vai sendo eliminada do corpo. Contudo, a despeito do fato de produzir um efeito usualmente temporário, a cocaína pode agravar um problema preexistente relacionado hipertensão. As anfetaminas podem não só provocar elevação na pressão do sangue, mas também atuar contra medicações anti-hipertensivas que a pessoa está tomando. Drogas intravenosas, como heroína, podem ocasionar serias lesões nos rins, com uma conseqüente elevação na pressão sangüínea, (COOPER, Princípios de Tratamento da Hipertensão Arterial. O tratamento da hipertensão teve progressos a partir dos primeiros agentes disponíveis na década de 50 até os medicamentos efetivos e bem tolerados disponíveis atualmente, (HESS, 2002). O mesmo autor supracitado afirma que nos anos 60 foi provado que o tratamento da hipertensão não maligna reduzia significativamente a incidência de eventos cardiovasculares. Encorajados por esses dados, o Programa de Educação

37 31 da Pressão Arterial Elevada, estabelecido em 1972, começou a publicar a importância do diagnóstico e do tratamento da hipertensão, desde então os benefícios têm sido demonstrados por meio de vários estudos. O objetivo principal do tratamento é prevenir morbidade e mortalidade cardiovasculares associadas à hipertensão arterial. O tratamento não medicamentoso reduz a pressão arterial e, se associado ao uso de medicamentos, melhora a eficácia deles, (PORTO, 2005). Modificações no estilo de vida, incluindo exercício físico, são recomendadas no tratamento da hipertensão arterial, (MONTEIRO; FILHO, 2004). O mesmo autor cita um estudo envolvendo 217 pacientes de ambos os sexos, com idade variando de 35 a 83 anos, mostrou que a adesão a medidas não farmacológicas, dentre as quais a prática de exercício físico, promoveu sensível efeito na redução dos níveis pressóricos. Concordando com o autor anteriormente citado, Hess (2002) afirma que modificações no estilo de vida é agora o termo preferido em relação a terapia não farmacológica. A recente ênfase sobre o tratamento da hipertensão para diminuir as taxas de morbidade e mortalidade tem auxiliado a enfatizar a importância primaria ou adjuvante da modificação no estilo de vida. Hansen e Streff (In: POLLOCK; SCHMIDT,2003), tornam lúcido que a visão da educação do paciente, ou seja, a experiência pessoal e a história poderiam dar múltiplas oportunidades para aproveitar a experiência passada como um recurso para o aprendizado. Encontra-se a partir desse ponto dois desafios, primeiramente os pacientes podem ter concepções equivocadas por causa de informações incorretas, recebidas no passado, ligadas a novas informações, o segundo ponto é

38 32 que eles poderiam precisar de ajuda ao descongelar comportamentos não saudáveis, derivados de anos de hábitos fixos adquiridos e padrões imaginados. As informações devem ser públicas sobre medidas de prevenção, bem como as possíveis saídas para as recusas dos clientes do serviço de saúde ao novo padrão comportamental no que diz respeito às atividades físicas, mudanças no padrão alimentar, e ações em prol da saúde mental considerados hábitos saudáveis. Deve ficar claro que somente a exposição de conteúdos não garante a instrução das pessoas sobre como agir para implementar mudanças, (SILVA; LIMA, 2006). Para Taveira, 2005, a hipertensão arterial é uma doença crônica, muitas vezes não tem nenhum sintoma aparente, fazendo com que o paciente não tenha a real dimensão de sua gravidade. O grande desafio para os hipertensos é aceitar a sua cronicidade, adaptar-se a este novo modo de vida e seguir o tratamento proposto. Para isso é importante que haja o conhecimento sobre a doença como seus sinais, vontade de cooperar e ser persistente em seu tratamento, pois a patologia, quando não controlada, pode trazer complicações graves como : doenças cardiovasculares, doenças arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades. A maioria dos participantes motivados o suficiente para iniciar um programa de reabilitação cardíaca tem metas em mente. Infelizmente, o paciente que inicia motivado nem sempre permanece, pois sem uma estrutura determinação de objetivos entre o participante e a equipe reabilitativa, no inicio do programa, é difícil ajudar o paciente a visualizar as metas predeterminadas e as necessidades de aprendizagem, se a motivação começar a enfraquecer, (HANSEN; STREFF In POLLOCK; SCHMIDT, 2003).

39 33 O tratamento da hipertensão inicia-se com medidas não farmacológicas, incluindo restrição dietética parcial de sal, redução de peso no obeso, exercícios aeróbicos regulares e supressão do excesso de bebida alcoólica. O uso de drogas anti-hipertensivas, pode ser necessária e conveniente considerando os benefícios e riscos de sua utilização ser ponderado apenas na hipertensão leve, pois na hipertensão moderada e grave os benefícios são superiores, (PASCOAL, I.F; In: MION JR;NOBRE, 2000). Os programas de reabilitação ajudam os médicos do atendimento primário com o tratamento e o acompanhamento de hipertensos com doença arterial coronária. Embora a redução de peso, o exercício e a restrição de sal tenham todos, sido associados às modestas reduções da PA sistêmica, não foram demonstrados benefícios definidos no programa de reabilitação cardíaca. Controle freqüente da Pressão arterial, aprendizado de técnicas de automonitoramento, instrução nutricional e ajuste da medicação são todas as medidas úteis (ADES, In:TOPOL,2005). Nas ultimas décadas, o tratamento farmacológico da hipertensão arterial modificou totalmente a história clinica desta doença. Até a descoberta dos diuréticos e betabloqueadores no final dos anos 50, eram comuns os achados de pacientes com hipertensão maligna e ainda com freqüência os pacientes com hipertensão grave evoluírem rapidamente para eventos fatais, como acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio ou uremia. Com o surgimento dos novos antihipertensivos descobertos após o uso dos diuréticos e betabloqueadores, observouse que uma redução ou quase extinção dos casos de hipertensão maligna e, o que é mais importante, hoje grande numero de pacientes hipertensos tem sua doença

40 34 hipertensiva controlada, e ainda com grande redução dos eventos causados pela hipertensão, (MOURA, In:TIBIRIÇÁ, 2001). Pacientes que tem a hipertensão limítrofe ou leve em repouso e que não demonstrem respostas hipertensivas diante o esforço podem ser capazes de reduzir suas pressões arteriais apenas com o exercício. Porém pacientes com níveis de pressão arterial maiores no repouso ou no exercício devem controlar a elevação da pressão arterial farmacologicamente, antes de iniciar um programa de treinamento físico. Após alguns meses de treinamento e se acompanhado de perda de peso, talvez seja possível diminuir a dose dos medicamentos anti-hipertensivos ou até mesmo suspender seu uso. Uma atenção deve ser dada quanto a observação de pacientes sob uso de drogas anti-hipertensivas quanto aos potenciais efeitos colaterais durante o exercício, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). 2.5 Perspectivas Futuras em Reabilitação Cardíaca. A reabilitação cardíaca é um processo bem definido que mudou ao longo dos anos de um programa de exercícios, para pacientes coronários, de um foco estreito e meticulosamente monitorado para um processo de prevenção secundário extensamente aplicado, disponível para uma ampla gama de pacientes com doença cardiovascular, ( ADES, In:TOPOL,2005). A abrangência da população considerada apta para a reabilitação física foi ampliada substancialmente desde as primeiras observações descrições dos

41 35 benefícios do treinamento físico para pacientes com doença arterial coronariana, (WENGER. In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003, p. 423). Dados da Organização Mundial de Saúde em 1997 indicam que as doenças cardiovasculares foram responsáveis por cerca de 30% de todas as mortes que ocorreram no mundo, o que corresponde a quase 15 milhões de óbitos a cada ano sendo a maioria proveniente dos paises em desenvolvimento. A partir desses dados as doenças cardiovasculares assumem a importância de uma verdadeira pandemia, e para o seu tratamento exige-se a adoção de medidas preventivas efetivas tanto primárias como secundarias, (BRANDÃO, apud SIMÃO, 2005). O futuro da reabilitação cardíaca será definido pelo sistema de assistência médica dentro do qual opera e pelo envelhecimento da população cardíaca. A prevenção de reinternações caras será uma grande prioridade, já que irá prevenir a incapacidade coronária em pacientes idosos. O sempre decrescente tempo de internação para eventos coronários agudos e procedimentos intervencionais aumentarão a necessidade de prevenção no programa de paciente externo, (ADES, In:TOPOL,2005). Simon, 2005, ainda relata que a hipertensão arterial sistêmica tem sido indicada como fator de risco de maior valor para morbidade e mortalidade precoces causadas por doenças cardiovasculares. Os maiores efeitos benéficos são freqüentemente manifestados nos pacientes de alto risco e se estendem a mulheres, idosos e pacientes com insuficiência cardíaca. O melhor determinante de participação na reabilitação cardíaca é à força das recomendações do médico do atendimento primário, (ADES, In:TOPOL, 2005).

42 36 Sendo assim, os objetivos da reabilitação cardíaca são para facilitar o retorno do paciente aos seus papeis e tarefas de desenvolvimento anteriores e para ajudá-los a enfrentar novos desafios, (HANSEN; STREFF. In: POLLOCK; SCHMIDT 2003). O mesmo autor supracitado afirma que as fundamentações cientificas da reabilitação cardíaca e prevenção secundária estão em chão firme, auxiliadas por recentes diretrizes da pratica clinica e ensaios clínicos autorizados. Quando os profissionais de saúde educarem seus pacientes sobre mudanças de estilo de vida, estes profissionais devem desenvolver um entendimento da habilidade do aprendiz, para absorver a informação e adotar as mudanças necessárias. Algumas das características que podem nos ajudar a entender melhor este processo são predisposição para mudanças, auto-eficácia (acreditar que o novo comportamento é possível), amor próprio e estilos de aprendizagem, (HANSEN; STREFF In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). Alguns pacientes entram na reabilitação cardíaca com a expectativa de que o único propósito é o exercício [...], o que torna um desafio para os profissionais esclarecerem alguns pontos, segundo a mesma obra do autor supracitado, os profissionais necessitam ajudar o paciente a reconhecer a reabilitação cardíaca como uma oportunidade para múltiplas mudanças do estilo de vida, enquanto provem recursos consistentes em uma maneira tempo custo-eficiente. Para que haja despertar para autocuidado é necessário que as pessoas percebam as próprias necessidades, ou seja, passem a indagar-se sobre que é realmente preciso ter no estilo de vida para manter a saúde. A percepção do individuo sobre um problema a ser enfrentado é um fator importante que influencia na reação para a busca de melhorias. A partir desde ponto, há possibilidade de

43 37 harmonizar a saúde com o viver do cotidiano (SILVA, SOUZA, 2004 apud, SILVA; LIMA, 2006). A variabilidade nas aplicações dos exercícios tem reforçado a importância da individualização da reabilitação para suprir as necessidades de cada paciente. Contrastando com os programas de reabilitação cardíaca altamente estruturados e padronizados de antigamente, nos quais os pacientes precisavam se adequar aos horários e aos componentes relativamente elaborados e não seletivos de um tratamento, percebidos por muitos como excessivamente complexo e caro, (WENGER, In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). Segundo idéias de Hanson, (In POLLOCK; SCHMIDT, 2003), alguns estudos recentes sugerem que as respostas pressóricas podem propiciar critérios adicionais para diagnosticar e tratar a hipertensão arterial. Uma decisão de se iniciar o tratamento pode ser tomada naqueles indivíduos que têm pressão arterial limítrofe ao repouso, mas exibem respostas pressóricas elevadas durante períodos de maior atividade.

44 38 3 O EXERCÍCIO FÍSICO. 3.1 O Exercício Físico X Atividade Física. Para Monteiro e Filho, 2004, o exercício físico é uma atividade realizada com repetições sistemáticas de movimentos orientados, com conseqüente aumento no consumo de oxigênio devido à solicitação muscular, gerando, portanto, trabalho. O exercício representa um subgrupo de atividade física planejada com a finalidade de manter o condicionamento. Pode também ser definido como qualquer atividade muscular que gere força e interrompa a homeostase. A atividade física, na opinião de Topol (2005), é a contração muscular que resulta em movimento do corpo e exige energia. A intensidade da atividade física pode ser descrita como sendo a energia necessária por unidade de tempo para realização de uma atividade e pode ser obtida medindo-se a captação de oxigênio necessário para a atividade. Muitos fatores contribuem para a inatividade física nos adultos, mas as razões mais freqüentes são a falta de tempo e risco de lesão. Outras importantes barreiras são falta de companhia ou incentivo e ausência de um meio ambiente apropriado para o exercício físico (por exemplo, ausência de pistas de caminhadas ou ciclismo, tempo ruim ou vizinhos perigosos). A atividade física regular está mais fortemente associada a prazer pelo exercício, confiança na capacidade atlética e participação de atividade a níveis baixos moderados, (SHERMAN; CEBULLA; BALADY, In: TOPOL, 2005).

45 39 Uma conclusão prudente foi feita a partir de estudos até o momento: a atividade de intensidade moderada durante 30 minutos por dia leva a saúde, portanto a benefícios na mortalidade. Propriedades inerentes e essas recomendações são dose (energia total gasta por semana) e intensidade (necessidades de energia por unidade de tempo para uma determinada atividade)., (SHERMAN; CEBULLA; BALADY, In: TOPOL, 2005). A prescrição do exercício para Hanson e Rueckert (In POLLOCK; SCHMIDT, 2003), deve ser centralizada no exercício dinâmico utilizando os membros inferiores ou com exercícios que mobilizem os membros superiores e inferiores. Cita como exemplo caminhadas rápidas ou caminhadas e corridas intercaladas como modos fáceis para pacientes jovens e ativos. 3.2 Tipos De Exercícios Físicos. A resposta cardiovascular durante a prática do exercício físico é determinada pelo tipo de exercício realizado, que se caracteriza basicamente pela natureza da contração muscular envolvida. Geralmente, o exercício físico pode ser realizado com contração dinâmica ou estática, ou ainda a participação de ambas as formas com a predominância de uma delas, (NERY, 2005). Com o exercício dinâmico o débito cardíaco aumenta como resultado do aumento da freqüência cardíaca, do volume sistólico e da contratilidade miocárdica. O fluxo sanguíneo para os músculos em atividade esta aumentado pela vasodilatação local, enquanto o fluxo para os músculos em repouso e as víceras estão diminuídos pela vasoconstrição simpática. O resultado final é um aumento na pressão sistólica, com pouca

46 40 alteração da pressão diastólica, e uma redução da resistência vascular periférica, (HANSON; RUECKERT; In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003). As diferenças na pressão arterial entre normotensos e hipertensos estão relacionadas à resistência vascular sistêmica porque não há diferenças no debito cardíaco, e aqueles que têm a pressão arterial mais alta em repouso tem a resistência vascular mais elevada durante o exercício. Desta forma a pressão arterial máxima no pico do exercício em hipertensos é maior do que em normotensos em conseqüência dos níveis mais altos, em ergômetros, sugerindo com esses resultados que a pressão arterial é redefinida em indivíduos hipertensos e mantida em níveis mais altos durante o espectro da atividade, do repouso ao exercício máximo, do que seria nos normotensos, (CHINTANADILOK; LOWENTHAL, In: THOMPSON, 2004). Para Hanson e Rueckert, (In: POLLOCK; SCHMIDT, 2003) na hipertensão leve a moderada o debito cardíaco aumenta normalmente, entretanto as pressões arteriais sistólica e diastólica e a resistência vascular são maiores em todos os níveis de exercício se comparadas a indivíduos normotensos. Já nos pacientes com hipertensão grave o débito cardíaco ajustado para a idade, é menor que nos indivíduos-controle devido ao menor volume sistólico. Deixando as pressões sistólica e diastólica e a resistência vascular visivelmente marcada. Muitos autores segundo Brum et al (In: NEGRÃO; BARRETO, 2005), sugerem que o treinamento físico dinâmico, envolvendo exercícios de resistência aeróbia, reduz de modo significativo a pressão arterial de indivíduos hipertensos, sendo observada uma redução média de 7 a 10 mmhg nas pressões tanto sistólica como diastólica. O treinamento de resistência em indivíduos usando anti-hipertensivos pode reduzir a pressão arterial de forma significativa e talvez eliminar ou reduzir a

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