Políticas regulatórias de serviços públicos: uma perspectiva constitucional

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1 Página 1 de 7 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO DISCIPLINA: Tópicos Especiais Avançados 4 TÓPICO: Políticas Regulatórias de Serviços Públicos: uma perspectiva constitucional PROFESSORES: Carlos Eduardo Vieira de Carvalho e Márcio Nunes Iorio Aranha Oliveira PERÍODO: 1º/ Tema central Políticas regulatórias de serviços públicos: uma perspectiva constitucional 2. Justificativa e proposta básica A introdução da linha de pesquisa Direito, Estado e Economia no Programa de Pós- Graduação da Faculdade de Direito da UnB põe em destaque a interdisciplinaridade do Direito e da Economia. Evidencia a necessidade de aprofundamento do estudo da atividade regulatória do Estado; da relação que estabelece entre Estado e mercado; da formulação e implementação de políticas econômicas que têm em vista organizar determinado setor. Quando se trata de atividades econômicas desenvolvidas em setores qualificados como serviços públicos, essas políticas objetivam mais do que corrigir falhas de mercado ou estritamente prevenir externalidades negativas. Faz-se menção a um sentido social de regulação, a qual, sem abstrair objetivos econômicos, visa direcionar o comportamento dos agentes econômicos a fins socialmente desejáveis. É um tema próprio do Direito Econômico, ainda que se imponha considerar o atendimento aos grandes princípios dos serviços públicos, identificados e doutrinariamente desenvolvidos pelos cultores do Direito Administrativo: universalização, modicidade das tarifas continuidade, regularidade, cumprimento de metas de qualidade. A interpretação dos dispositivos da Constituição Brasileira (mais especificamente da Constituição Econômica Brasileira, assim denominada pelos doutrinadores) conduz à delimitação do espaço público e do espaço privado. Serviços públicos são de titularidade estatal, de modo que o ingresso do agente privado nesses setores tais como telecomunicações, energia, transporte, saneamento demanda um instrumento jurídico formal de delegação de execução desses serviços. Há, aí, um contexto de forte atuação regulatória pública: concessão, permissão ou mesmo autorização. Adite-se que o Estado poderá, em opção de política econômica, atuar diretamente nessas áreas mediante o seu próprio aparato administrativo. Em contrapartida, a exploração de atividades econômicas em seu sentido estrito é campo do agente privado, em que prevalece a economia de mercado, o regime concorrencial sempre que possível, de modo que a atuação das empresas estatais se fará em caráter excepcional, ainda que aqui também se façam presentes políticas regulatórias. É indispensável considerar em toda essa matéria, a ideologia constitucionalmente adotada no Brasil, que norteia a tarefa do intérprete e do aplicador da lei. Cumpre registrar que a adequada compreensão desse tema demanda o estudo da evolução do Estado de Direito; uma evolução que reflete, em um desenrolar histórico, uma maior ou menor participação do Estado no domínio econômico. No curso do processo, chega-se, neste início de milênio, a uma nova feição do Estado Social, que absorveu diretivas neoliberais, mas que preservou as grandes linhas do ideário que lhe deu uma fisionomia própria e o levou a superar o liberalismo econômico.

2 Página 2 de 7 3. Ementa Características e objeto do Direito Econômico; as políticas econômicas. A evolução do Estado de Direito: o liberalismo, o Estado Social, o impacto da ideologia neoliberal. A nova feição do Estado Social. O conceito de Constituição Econômica. A regulação como opção de política econômica ou como instrumento de realização de política econômica. A ideologia constitucionalmente adotada no Brasil: a delimitação do espaço público e do espaço privado. Os princípios inerentes ao serviço público. Políticas regulatórias de serviços públicos, no Brasil. Opções de políticas econômicas: a prestação direta dos serviços pelo Estado e a delegação a particulares; a adoção do regime de não-exclusividade da prestação do serviço (o ambiente concorrencial ). Setores de serviços públicos de infra-estrutura: telecomunicações, energia elétrica, saneamento básico. 4. Programa Unidade I - Atuação pública no domínio econômico e evolução do Estado de Direito A evolução do Estado de Direito relaciona-se diretamente com os movimentos de aproximação e retração pública nos setores econômicos. O Estado Social se foi consolidando em razão de acontecimentos históricos que o impulsionaram em direção à economia; não resultou de concepções doutrinárias ou de programas partidários. Aos poucos deixou de ser estritamente um instrumento formal de garantia dos cidadãos e passou a assumir uma atitude política de interferência sócio-econômica. Superou a ideologia econômica liberal. Nem sempre cumpriu compromissos com o regime democrático, ainda que não se confundisse com o Estado Socialista, face aos postulados capitalistas a que tradicionalmente atendeu. A adoção do sufrágio universal contribuiu para a integração do Estado Social à democracia política. A reconciliação entre capital e trabalho foi o caminho escolhido para tentar superar a contradição entre a igualdade política proclamada no liberalismo e a desigualdade social. Viabilizou uma mais ampla participação popular no processo político. Titulou-se Estado Social e Democrático de Direito. O ideário generoso do modelo foi recepcionado pelas Constituições democráticas no transcorrer do século findo. No auge do seu desempenho entre as décadas de 40 e 70 o Estado Social se viu transformado em prestador de serviços públicos (dos quais assumiu a titularidade), em Estado empresário, em Estado investidor. Assumiu os ônus das prestações sociais; instituiu empresas para atuar nos mais diversos setores econômicos. Os resultados dessa ampla e diversificada atuação foram extremamente positivos: corrigiram-se sérias distorções de índole socioeconômica herdadas do liberalismo econômico; atingiu-se um estágio bem mais evoluído de aperfeiçoamento da vida comunitária. Tais resultados não aconteceram tão satisfatoriamente em todos os lugares submetidos a áreas de influência do Estado Social. A partir da década de 70, o modelo começa a revelar sinais de desgaste: sucederam-se crises fiscais, períodos de recessão combinados com altos índices de inflação, desemprego e elevação das taxas de juros. Reduziu-se sensivelmente a capacidade de investimento estatal. Os serviços públicos se tornaram menos eficientes. As propostas liberais encontraram campo fértil para voltarem suas críticas contra o modelo do Estado Social. Seus adeptos se proclamam então neoliberais, no sentido de atualização das teses clássicas do liberalismo econômico às condições do moderno capitalismo. Prevalecia a convicção utilitarista da indispensabilidade da atuação estatal, ao implementar programas sociais que asseguravam o ambiente de tranqüilidade ao mercado para os investimentos privados e ao patrocinar pesados encargos em infraestrutura. O neoliberalismo apresentava como idéias nucleares: a estabilidade monetária; o controle orçamentário; o afastamento da atuação estatal direta na área econômica. A crença maior estava no mecanismo de preços funcionando em mercados livres. Pregava-se um vasto programa de privatização de estatais atuantes em setores básicos: eletricidade, água, gás, telecomunicações, mineração. A Europa pôs em prática os programas neoliberais, que revelaram êxitos e fracassos nas duas primeiras décadas de experiência. Nos Estados Unidos também se implementaram esses programas, mas sem respeito à disciplina orçamentária. Na América Latina (onde predominavam modelos incompletos de Estados Sociais), o neoliberalismo assumiu proporções de hegemonia ideológica entre as elites dirigentes: a iniciativa privada era enaltecida como sinônimo de eficiência, enquanto a gestão estatal era associada à corrupção e ao desperdício. O Brasil (dentre outros países) sofreu pesadamente as conseqüências da adesão governamental às diretivas neoliberais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco

3 Página 3 de 7 Mundial (BIRD) desempenharam papel relevante nesse processo. As crises estruturais que o país enfrentou o haviam conduzido a solicitar empréstimos àquelas instituições, as quais estabeleciam orientações que se revestiam de características disciplinadoras da economia, em consonância com um conjunto de proposições conhecidas como Consenso de Washington. A drástica retração de investimentos governamentais em setores de serviços públicos de infra-estrutura é um dos indicadores do quadro de desacertos sociais. A lógica de atração de capitais privados fez com que não se adotassem, em muitos casos, adequados marcos regulatórios para setores essenciais de serviços que foram privatizados. Esses serviços apresentam, no momento atual, sérias deficiências. Acentuaram-se desigualdades regionais e não evoluiu uma efetiva proposta de desenvolvimento econômico. A partir dos anos 2000, determinados resultados positivos foram alcançados: discreta diminuição do nível de desemprego; robustecimento das contas externas, redução da vulnerabilidade da economia. Esta a realidade brasileira. Em um contexto mais amplo, é constatável que o ideário do Estado Social se revitaliza neste início de milênio, adquirindo, todavia, nova feição. Não propõe ruptura com o modelo capitalista de produção. Afasta-se da atuação em setores econômicos que podem ser mais bem atendidos pela empresa privada. Não exclui, todavia, a possibilidade de retomar concepções intervencionistas em setores mais sensíveis, basicamente serviços públicos, dos quais preserva a titularidade. A regulação sem se dissociar de objetivos caracteristicamente econômicos é utilizada como instrumento para alcançar a justiça social. Textos indicados, na seqüência de desenvolvimento dos temas: 1.1 MONCADA, Luís S. Cabral. Direito económico (especialmente item 4 do capítulo I: A intervenção dos poderes públicos e a sua problemática jurídica, p ). 3. ed. Coimbra: Coimbra Editora, VENANCIO FILHO, Alberto. A intervenção do estado no domínio econômico: o direito público econômico no Brasil (especialmente capítulo 1: Aspectos gerais da intervenção do Estado no domínio econômico, p. 3-19). Rio de Janeiro: Renovar, BONAVIDES, Paulo. Do estado liberal ao estado social (especialmente: capítulo I: Das origens do liberalismo ao advento do estado social, p ; capítulo VII: O Estado social e a democracia, p ). 7. ed. São Paulo: Malheiros, ANDERSON, Perry. Balanço do neoliberalismo (capítulo 1, p. 9-23). In: SADER, Emir; GENTILI, Pablo (Orgs.). Posneoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, SADER, Emir. Era uma vez o neoliberalismo? Correio Braziliense, Brasília, p. 19, 11 maio Unidade II Políticas regulatórias: objetivos maiores Na segunda metade do século XX, com os movimentos de retração da atuação direta do Estado em setores econômicos, abriu-se espaço para a iniciativa privada. Estabeleceram-se, contudo, medidas condicionadoras de sua atuação. Ganharam relevância as políticas regulatórias. A regulação estatal é entendida como expressão de políticas econômicas ou como instrumento de realização dessas políticas. Visa organizar determinado setor; necessariamente interfere no mercado. Pressupõe um aparato administrativo peculiar, cuja importância se revela na implementação dessas políticas. Na perspectiva do modo capitalista de produção que tem em vista a eficiência alocativa ou produtiva a regulação econômica não visa apenas respaldar o funcionamento espontâneo dos mercados, mas corrigir disfunções (falhas de mercado) que as concepções do liberalismo econômico não lograram identificar. Nas situações de monopólio, o regulador procura reproduzir as forças do mercado, controlando preços e estabelecendo padrões de qualidade; em outros casos, intenta-se resguardar os interesses do cidadão por meio do estímulo à concorrência. A doutrina identificou uma vertente social da regulação. Sem dissociá-la de objetivos econômicos, privilegia a eficiência distributiva, relacionada a finalidades socioeconômicas. Tem em vista conduzir a atuação do agente econômico a fins socialmente desejáveis. É uma perspectiva que ganha relevo quando se cuida de países com marcantes características de subdesenvolvimento. Harmoniza-se com os princípios dos serviços públicos e com o ideário do Estado Social. Os serviços públicos são vistos como atividades econômicas, passíveis de exploração econômica por particulares; abrangem setores de serviços associados a uma infra-estrutura básica, que reúnem características de essencialidade para o desenvolvimento dos países e para a qualidade de vida dos seus cidadãos. A tradicional doutrina francesa identificou aspectos básicos desses serviços: interesse geral, regime especial de prestação, titularidade do Estado. A concepção de serviço público variou com o tempo,

4 Página 4 de 7 acompanhando a ampliação da atuação pública na economia. Preservaram-se, todavia, determinados princípios: continuidade, regularidade, eficiência, atualidade (atualização tecnológica). A universalização é identificada entre tais princípios e tratada como um objetivo político maior. O acesso de todos a esses serviços ainda que gradativo, face a limitações materiais representa exercício de cidadania vinculado ao objetivo da redução de desigualdades sociais. Uma avaliação dos modelos norte-americano e europeu de prestação de serviços essenciais revela que, mesmo trilhando caminhos diversos, optou-se por um regime concorrencial com a adoção de medidas de extinção de empresas monopolistas, estatais ou não. As redes de infra-estrutura encontram-se quase inteiramente construídas. Assim, há uma tendência natural para que a regulação se oriente à promoção da concorrência e à repartição dos seus benefícios com os consumidores já atendidos (em sua maior parte) por serviços essenciais. O registro é relevante para avaliar a adequabilidade da plena adoção de políticas econômicas desse teor em países ainda em via de desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Nesses, o objetivo da universalização ainda é uma meta social distante; são insuficientes as redes de infra-estrutura, é baixo o poder aquisitivo de expressiva parcela da população, são limitadas as possibilidades de investimentos públicos e privados. Textos indicados: 2.1 NUSDEO, Fábio. Curso de economia: introdução ao direito econômico (especialmente item 7 da primeira parte: As falhas do mercado, p ). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, SANTOS, António Carlos dos; GONÇALVES, Maria Eduarda; MARQUES, Maria Manuel Leitão. Direito económico (especialmente título IV: O Estado como regulador da economia, p ). 4. ed. Coimbra: Almedina, VISCUSI, W. Kip; VERNON, John, M.; HARRINGTON Jr., Joseph. Economics of regulation and antitrust (especialmente item 10, parte II: Introduction to economic regulation: what is economic regulation? ). 3 ed. Massachussets: the MIT Press, ARIÑO ORTIZ, Gaspar. Principios de derecho público económico (especialmente item 17, El nuevo servicio público y regulación económica, p ). Granada: Comares, JUSTEN FILHO, Marçal. O direito das agências reguladoras independentes (especialmente capítulo I: A concepção de um Estado regulador, p ). São Paulo: Dialética, PROSSER, Tony. Law and the regulators (especialmente capítulo I: What should the regulators be doing? What is regulation? Why regulation?, p. 1-31). Oxford: Clarendon Press, Theorising utility regulation. Modern Law Review, v. 62, p , mar COLSON, Jean-Philippe. Droit public économique (especialmente capítulo 5º: La régulation, p ). Paris: Librairie Générale de Droit e de Jurisprudence, Unidade III Disponibilização de serviços públicos e ideologia constitucionalmente adotada no Brasil A abordagem de um tema que envolve a disponibilização, pelo Estado, de serviços essenciais a seus cidadãos, encerra uma questão relevante: avaliar o espaço conferido à atuação estatal e aquele necessariamente liberado à iniciativa privada, quando se cuida do modo capitalista de produção. Esta linha demarcatória reflete uma conotação ideológica que diz respeito ao grau de comprometimento do Estado com a realização de valores indispensáveis à qualidade de vida dos cidadãos. Constata-se que as constituições vigentes não adotam matrizes ideológicas puras: o prestígio à livre iniciativa indissociável do modo de produção capitalista pode vir a se alinhar com formas diversas e mais ou menos intensas de atuação direta ou indireta do Estado na área econômica. A interpretação de princípios constitucionais e a orientação das políticas econômicas a serem concebidas e implementadas demandam a identificação da ideologia constitucionalmente adotada. Trata-se da ideologia absorvida por uma constituição, em dado momento histórico. Demarca os limites da atuação do Estado na economia. Não guarda compromisso com modelos puros de ideologia. A doutrina construiu o conceito de Constituição Econômica que, sem pretensão de autonomia em relação à unidade constitucional, consagra a adoção de certa ordem econômica pela Carta Magna e estabelece as bases para a concepção de políticas econômicas a serem traduzidas na legislação infraconstitucional. Textos constitucionais podem acolher princípios passíveis de contradição ideológica, para cuja interpretação se revela de singular importância a aplicação do princípio da economicidade. Constitucionalistas argumentam que a colisão de princípios faz parte da lógica do sistema, que é dialético; há que se lhes conferir uma dimensão de peso e importância. A interpretação dos dispositivos da Constituição Econômica Brasileira condicionada aos fundamentos e objetivos maiores da República, estatuídos na Carta Política revela um Estado

5 Página 5 de 7 plenamente comprometido com a satisfação dos interesses básicos dos cidadãos e com a redução das desigualdades regionais e sociais. O valor da dignidade da pessoa humana, em um contexto de justiça social, aparece duplamente firmado: fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro e finalidade maior da ordem econômica. Ao acolher, também duplamente, a livre iniciativa, consagra o modo de produção capitalista. O planejamento estatal é meramente indicativo para o setor privado. Mas, na busca de uma solução de equilíbrio, recepciona princípios que privilegiam a atuação do Estado na economia. Qualquer que seja a natureza da atividade econômica desenvolvida, não se omitirá do dever de atuar como agente normativo e regulador da atividade econômica. Em consonância com a ideologia adotada, estão bem definidos os espaços de atuação pública e de atuação privada. Atividades econômicas em sentido estrito constituem o domínio do setor privado: prevalece a livre iniciativa, o regime é da livre concorrência ; é área interditada à atuação direta do Estado, ressalvadas situações excepcionais. O regime de monopólio da União é admitido em situações específicas. De seu turno, atividades econômicas em sentido amplo, qualificadas como serviços públicos, recebem um tratamento constitucional diferenciado. São de titularidade do Estado. A atuação privada só se efetivará em termos e condições estabelecidos pelo Poder Público, o qual, como opção de política econômica, poderá atuar diretamente, utilizar empresas sob seu controle ou delegar a execução do serviço a um agente privado. Este estará submetido a um regime administrativo especial, que se formaliza por meio dos instrumentos da concessão, permissão ou autorização. No sentido doutrinário, a livre iniciativa não se aplica ao caso, face ao amplo condicionamento do Estado. Em conseqüência, o regime de prestação de serviço público também não se harmoniza com a livre concorrência. Pode-se falar em um regime de não exclusividade da prestação ( ambiente concorrencial, como força de expressão). Sob influência das idéias neoliberais e acompanhando tendência internacional, o discurso ideológico da Constituição Econômica sofreu modificações introduzidas por emendas constitucionais. Foram aprovadas em sua maior parte na segunda metade dos anos 90. Visou-se afastar a atuação direta do Estado na economia. Apesar do evidente posicionamento favorável a um modelo privado, o Estado brasileiro permaneceu com a titularidade dos serviços públicos e não lhe foi interditada a atuação direta nesses setores. Textos indicados: 3.1 AGUILLAR, Fernando Herren. Controle social de serviços públicos (especialmente capítulo III: O problema do conceito de serviço público, p ) São Paulo: Max Limonad, COUTINHO, Diogo Rosenthal. A universalização do serviço público para o desenvolvimento como uma tarefa da regulação. In: SALOMÃO FILHO, Calixto (Coord.). Regulação e desenvolvimento. São Paulo: Malheiros, VAZ, Isabel. Direito econômico das propriedades (especialmente capítulo V da primeira parte: A política econômica e as propriedades, p e capítulo I da segunda parte: A classificação dos modelos econômicos segundo a ideologia constitucional, p ). 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, SOUZA, Washington Peluso Albino de. Teoria da constituição econômica (especialmente capítulo III: Ideologia e ordem econômica ideologia constitucionalmente adotada, p ; capítulo IX: Interpretação da constituição econômica, p ; capítulo XV: Avaliação da ordem econômica e financeira da carta de 1988, p ). São Paulo: LTr, GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 8ed. São Paulo: Malheiros, SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição (especialmente: Dos princípios gerais da atividade econômica, p ). São Paulo: Malheiros, Unidade IV O fenômeno regulatório no direito comparado O estudo da ideologia da Constituição Econômica brasileira não pode se furtar à apreensão do significado regulatório em perspectiva comparada. Enquanto, em geral, o estudo da política regulatória se concentra em decisões tomadas por instituições incumbidas da formulação de políticas públicas setoriais (Governo e Parlamento), a compreensão do conceito de subpolítica, de Ulrich Beck, revela que tais políticas detêm sintonia internacional com uma política extra-parlamento. Sob este viés de análise, a desmistificação do conceito de globalização, por meio da identificação dos inúmeros significados da globalização econômica e cultural, é fundamental para o devido equacionamento da proposta em voga de que a deregulation seria o caminho uníssono da subpolítica regulatória predominante. O tema da deregulation é, ao lado do da globalização, um conceito que serve como instrumento para visualização da confluência internacional em

6 Página 6 de 7 direção a um mesmo fim; no caso, a diminuição da intervenção estatal. Entretanto, a deregulation é, em si, uma proposta plurívoca ao apresentar caminhos que transitam do desinteresse estatal pela prestação direta de atividades, passando pelo desinteresse na regulamentação de aspectos destas atividades, até a extinção da própria base sobre a qual se sustenta a desregulação: a possibilidade estatal de orientação da economia. Esta última opção é, em si, contraditória, pois afirma que o processo de desregulação de atividades de interesse público pode se dar por intermédio da influência na própria noção jurídica do fenômeno regulatório, dissolvendo seu significado jurídico na crença em um mercado natural, ou, em outras palavras, na crença de que o mercado brota das relações humanas indiferente às influências normativas. Essa dimensão internacionalmente (des)concertada apoiada na idéia de que se caminha para uma progressiva desregulação setorial revela que as políticas regulatórias de serviços públicos somente adquirem um pano de fundo coerente se compreendidas sob a batuta dos princípios constitucionais orientadores da economia. Eles estarão sempre presentes para justificativa das políticas regulatórias de serviços públicos, sejam elas advindas do Executivo, do Legislativo, ou mesmo do Judiciário, como ocorreu com o ativismo judicial que precedeu a instituição das commissions dos EUA, que hoje adquirem o sentido de agências sociais. Esta mudança de enfoque das funções das agências reguladoras (antes enfocando os produtores; depois, os consumidores; e agora encarnando a função de proteção dos mais fracos) é significativa da compreensão da deregulation como algo vinculado ao conceito de monopólio. A regulação, neste sentido, é o método de enfrentamento da orientação econômica, seja em ambiente concorrencial ou sob o domínio de monopólios, mas nunca uma opção por afastar do domínio das políticas públicas a possibilidade de orientação da economia. A história do setor de telecomunicações nos EUA é reveladora destas constatações. Textos indicados: 4.1 BECK, Ulrich. O que é Globalização? Equívocos do Globalismo, respostas à Globalização. Trad. André Carone, São Paulo: Paz e Terra, (até p. 200) 4.2 BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização reflexiva. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Editora Unesp, SUNDFELD, Carlos Ari & VIEIRA, Oscar Vilhena (coord.). Direito Global. São Paulo: Max Limonad, HUBER, Peter W.; KELLOGG, Michael K.; THORNE, John. Federal Telecommunications Law. 2ªed., New York: Aspen Law & Business, 1999, p HORWITZ, Robert Britt. The irony of regulatory reform: the deregulation of american telecommunications. New York/Oxford: Oxford University Press, 1989 (p.1-78). 4.6 DI PLINIO, Giampiero. Il common core della deregulation: dallo Stato regolatore alla Costituzione economica sovranazionale. Milano: Giuffrè, (p ). 4.7 ARIÑO, Gaspar. Solidaridad y subsidiariedad del Estado en la Economia. In: Economia y Estado: crisis y reforma del sector público. Madrid: Marcial Pons, 1993, p

7 Página 7 de 7 5. Calendário (1ª Aula) / Apresentação do curso (2ª Aula) Unidade I (Atuação pública no domínio econômico e evolução do Estado de Direito) / MONCADA, Luís S. Cabral VENANCIO FILHO, Alberto BONAVIDES, Paulo (3ª Aula) Unidade I (Atuação pública no domínio econômico e evolução do Estado de Direito) / ANDERSON, Perry & SADER, Emir (4ª Aula) Unidade II (Políticas regulatórias: objetivos maiores) / NUSDEO, Fábio (5ª Aula) Unidade II (Políticas regulatórias: objetivos maiores) / SANTOS, António Carlos dos JUSTEN FILHO, Marçal (6ª Aula) Unidade II (Políticas regulatórias: objetivos maiores) / ARIÑO ORTIZ, Gaspar (7ª Aula) Unidade II (Políticas regulatórias: objetivos maiores) / PROSSER, Tony (2 livros) (8ª Aula) Unidade III (Disponibilização de serviços públicos e ideologia constitucionalmente adotada / GRAU, Eros (9ª Aula) Unidade III (Disponibilização de serviços públicos e ideologia constitucionalmente adotada / AGUILLAR, Fernando Herren (10ª Aula) Unidade III (Disponibilização de serviços públicos e ideologia constitucionalmente adotada / COUTINHO, Diogo Rosenthal SOUZA, Washington Peluso Albino de (11ª Aula) Unidade III (Disponibilização de serviços públicos e ideologia constitucionalmente adotada / VAZ, Isabel (12ª Aula) Unidade IV (O fenômeno regulatório no direito comparado) / BECK, Ulrich (13ª Aula) Unidade IV (O fenômeno regulatório no direito comparado) / HUBER, Peter W.; KELLOGG, Michael K.; THORNE, John (14ª Aula) Unidade IV (O fenômeno regulatório no direito comparado) / HORWITZ, Robert Britt (15ª Aula) Unidade IV (O fenômeno regulatório no direito comparado) / DI PLINIO, Giampiero ou ARIÑO, Gaspar

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