UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL COMO CONSEQUÊNCIA DA NOVA ORDEM DO TRABALHO Por: Elisângela Amada de Oliveira Menezes Orientadora Prof.ª Vera Agarez Rio de Janeiro 2009

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL COMO CONSEQUÊNCIA DA NOVA ORDEM DO TRABALHO Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Elisângela Amada de Oliveira Menezes

3 3 AGRADECIMENTOS Ao Dmitriy, meu namorado, amigo, companheiro e principal responsável pelo meu ingresso neste curso.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a todos aqueles que sofrem ou sofreram assédio moral em seu local de trabalho.

5 5 RESUMO Atualmente vivemos uma realidade onde indivíduos são vistos como mero recurso de trabalho. Esta visão materialista facilita a difusão da prática de assédio moral. Apesar de ser tão antigo quanto o trabalho, a intensificação do assédio é motivo de atenção redobrada e discussão para que esta prática tão cruel seja erradicada. Ainda que o mesmo esteja presente em diversos tipos de relações humanas, sejam elas profissionais ou não, o papel que as empresas desempenham na propagação do fenômeno deve ser notado. É preciso rever os processos de trabalho baseados na ordem do trabalho atual com objetivo de transformar as empresas em agentes de mudanças para o desenvolvimento e não instrumento de disseminação do assédio moral.

6 6 METODOLOGIA Os métodos utilizados no estudo e análise do tema foram leitura de livros e revistas especializadas no assunto e assuntos correlatos, bem como pesquisa bibliográfica e consultas a artigos publicados na internet, além de aulas sobre assédio moral e o interesse que foi cultivado por esta discussão ao longo do curso.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 10 CAPÍTULO II 16 CAPÍTULO III 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS 38 BIBLIOGRAFIA 42 ANEXO I 44 ÍNDICE 45

8 8 INTRODUÇÃO Vivemos um sistema econômico perverso em todo o mundo. A globalização e a terceirização acirraram a concorrência no campo do trabalho e diminuíram as oportunidades de um amparo maior não só do Estado como das empresas com relação aos seus colaboradores. E é neste contexto que surge o fenômeno assédio moral. O germinar do individualismo reafirma o perfil do novo trabalhador: independente, flexível, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar apto significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e atribuir culpa aos mesmos pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, mascarando a realidade e infligindo aos trabalhadores certo grau de sofrimento. Por este motivo, a presente pesquisa visa discutir de forma mais abrangente as relações entre os processos de trabalho do mundo atual e a práxis do assédio moral como conseqüência dos mesmos, a fim de explorar as razões para o aparecimento deste fenômeno e repensar a nova ordem de trabalho do mundo moderno. As mudanças constantes das relações no mundo do trabalho influenciam de maneira dramática o comportamento e as relações sócias e pessoais. A solidariedade cede seu lugar às atitudes individualistas, ação de desprezo, provocações, inveja, perseguições, boatos e clima de terror nas instituições e caracterizam-se todos como elementos de um processo de violência psicológica que pode vir até aventurar a vida da vítima. Aqueles que têm seu emprego padecem cada vez mais sob a pressão da flexibilidade, do medo do desemprego e, por isso, trabalham cada dia mais intensamente, num círculo de terror, competição e assentimento da violência sutil que caracteriza a prática do assédio moral. Com o tema Assédio Moral como conseqüência da nova ordem de trabalho a monografia demonstra a justificativa explorando um assunto vivenciado e muitas vezes não percebido nas organizações, em que a

9 9 problemática é justamente a falta de ferramentas e domínio dos administradores para evitar o Assédio Moral. Demonstraremos que o assédio moral pode vir a ter como principal causa a política de organização nas empresas, onde esta busca a produtividade e competitividade a qualquer custo, sem se preocupar com a valorização do capital humano. A metodologia utilizada para elaboração da presente monografia foi a pesquisa bibliográfica. A partir da discussão de alguns autores acerca do fenômeno do assédio moral no ambiente de trabalho.

10 10 CAPÍTULO I 1. A EVOLUÇÃO DO TRABALHO Antes de qualquer consideração acerca do assédio moral no ambiente de trabalho, é importante dinamizarmos não somente o conceito de trabalho como a sua evolução até os dias atuais Ao longo da história da humanidade, de acordo com o nível cultural e com o estágio evolutivo de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada. No ocidente, a dignidade do trabalho foi exacerbadamente enaltecida por muito tempo. Na Grécia antiga, por exemplo, o trabalho não merecia a atenção de pessoas educadas, abastadas ou com autoridade, era somente o que os escravos faziam. Entretanto, o trabalho não deve ser considerado exclusivamente instrumento para a produção de riquezas, mas sim o que define o homem, a essência do ser humano, uma vez que o trabalho está intimamente relacionado à personalidade. Não é difícil ilustrar este fato considerando que nos é comum descrever pessoas a partir do trabalho exercido por elas. O trabalho que é a ação transformadora do homem sobre a natureza modifica também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se autoproduz, ao mesmo tempo em que produz sua própria cultura. (ARANHA, 1996) No começo dos tempos, numa acepção bíblica, o trabalho era a luta constante para sobreviver. A necessidade de trabalhar advinha da necessidade de comer, de se abrigar, etc. O avanço da agricultura, de seus instrumentos e ferramentas trouxe progressos ao trabalho. O advento do arado representou uma das primeiras revoluções no mundo do trabalho. Mais tarde, a Revolução Industrial viria a afetar também não só o valor e as formas de trabalho, como

11 11 sua organização e até o surgimento de políticas sociais. A idéia do emprego, por sua vez, foi determinada pela necessidade de organizar o trabalho, principalmente envolvendo muitas pessoas ou muitos processos ou instrumentos. Nos tempos iniciais, da Babilônia, do Egito, de Israel, etc., existiam o trabalho escravo e o trabalho livre; havia até o trabalho de artesãos e o trabalho de um rudimento de ciência, mas não havia o emprego, da forma como o entendemos nos tempos atuais. Na Antiguidade, a concepção de emprego não existia, as relações trabalhistas existente entre as pessoas era a relação escravizador-escravo. Consideremos as três civilizações mais influentes de sua época e que influenciaram o Ocidente com sociedades escravistas, a egípcia, a grega e a romana. Neste período, todo o trabalho era feito por escravos. Os outros profissionais tais como artesãos não tinham chefes definidos, mas fregueses que pagavam por seus serviços. Os artesãos exerciam atividades que poderiam ser facilmente comparadas aos profissionais liberais da atualidade. Sendo assim, para estes profissionais não existia a relação empregadorempregado, de forma que não podemos dizer que os mesmos tinham um emprego. Na Idade Média as relações de trabalho se davam entre senhor e servo, não havia também a noção de emprego. Devemos notar que a servidão é diferente da escravidão, já que os servos são levemente mais livres que os escravos. Um servo podia deixar as terras do senhor de terras e ir para onde desejasse, desde que não houvesse dívidas suas para com o senhor de terras. Na servidão, o servo não executa seu trabalho objetivando uma remuneração, mas para poder morar nas terras de seu senhor por direito. Não há também qualquer vínculo contratual entre os envolvidos, uma vez que neste momento, ambos são analfabetos. É na Idade Moderna que modificações começam a ocorrer. Neste período, havia um bom número de empresas familiares onde todos os membros da família trabalhavam juntos para vender sua pequena produção artesanal nos mercados, ainda não podemos falar de emprego neste momento. Além das empresas familiares, havia oficinas com muitos aprendizes que recebiam, em troca pelo seu trabalho, moradia e alguns

12 12 ocasionais trocados. É neste momento que começa a se delinear o conceito de emprego. Com o aparecimento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de produção, grande parte da população não possuía os mesmos recursos que artesãos detinham. Desta forma, restava às pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É aqui que o conhecimento de emprego toma corpo. O conceito de emprego é peculiar da Idade Contemporânea. Discorremos sobre o trabalho e as relações trabalhistas tendo em vista os quatro períodos históricos, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea para que ficasse visível a evolução da atividade chamada trabalho ao longo da história da humanidade e para que fosse possível facilitar a compreensão acerca do mundo do trabalho atual, palco de nossa discussão a respeito do assédio moral A nova organização do trabalho Segundo a definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX, trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades físicas e mentais. Sabemos que o século XX foi permeado de grandes avanços em todas as áreas de conhecimento, bem como o lugar das guerras mais destruidoras e caracterizadas pelas novas e mais cruéis formas de violência praticadas pelo homem. As grandes transformações econômicas, sociais, políticas, tecnológicas e culturais ocorridas nas últimas décadas e a elevação do aspecto econômico à categoria de valor supremo têm causado sérios impactos nas sociedades modernas, cujos estudos sinalizam a existência de uma forte crise de identidade produzida por diversos fatores simultâneos. (FREITAS, 1999)

13 13 Vemos em todos os lugares os sintomas de uma sociedade que é produto de mudanças que vieram influenciar de forma dramática a vida em conjunto, tais como o crescente e acentuado individualismo, o progressivo desmoronamento dos vínculos sociais, a valorização do espírito de competição, o não reconhecimento e a não aceitação do diferente e a coisificação do ser humano. Estes fatores e tantos outros estão estreitamente relacionados com a violência que acompanha o progresso social ao econômico do final do século XX e início do século XXI (FREITAS, 2008; DEJOURS, 1998). A competição generalizada reforça o sentimento de hostilidade, inveja e indiferença ao outro, que passa a ser visto como objeto de ódio e ressentimento, o que parece uma nova forma de violência social, latente e induzida, que se apresenta em um nível de profundidade diferente daquela que é própria do recalcamento e das pulsões humanas. (FREITAS, 2008) Segundo Freitas, o fim da guerra fria marcaria o começo da guerra econômica. Esta nova posição veio a modificar o realinhamento estratégico das empresas, modificando assim a maneira como o indivíduo interage com seu trabalho. Uma vez que, o destaque maior da nova realidade é a economia e o crescente abafamento das outras instituições sociais, o homem passa a ver seu trabalho como sua principal fonte de identidade social e pessoal. Vale dizer, é o estatuto profissional que hoje referencia o sujeito social. Assim, o vínculo profissional ganha uma relevância paradoxal, pois estamos falando em um mundo em que o vínculo com o trabalho tende a ser cada vez mais raro, mais curto e mais superficial, ao mesmo tempo em que se torna referência central a testemunhar a existência do indivíduo. (FREITAS, Pag.9)

14 14 É válido ressaltar que esta concepção afeta de forma bastante negativa aquele que não está inserido nesta realidade, ou seja, o desempregado. Este é penalizado não apenas financeiramente ou socialmente, mas também em nível pessoal. A sociedade produto deste meio, segundo Linhart, está sob pressão diante da competição generalizada e da penalização do trabalho diante da desmedida do capital. Dito isso, podemos concluir que a tarefa social, neste contexto, acaba dando lugar à preocupação com o lucro das empresas e a banalização das relações sociais e das instituições que formam a mesma com o objetivo de garantir os direitos básicos de cada cidadão. A luta por melhores condições de trabalho tem sido uma constante na vida dos trabalhadores desde as modificações das relações de trabalhos impostas pela Revolução Industrial. Desde então, a relação antagônica existente entre o capital e o trabalho perdura, o primeiro buscando cada vez mais a produção de maiores lucros e o segundo melhorias no ambiente laboral e maiores remunerações. No contexto atual, tem-se a globalização a serviço dos interesses capitalistas atuando como fator modificador das relações de trabalho, aliandose a ela o processo de automação, o desenvolvimento tecnológico, a flexibilização das leis trabalhistas, a desvalorização do trabalho e da própria condição humana. A busca incessante por maior produtividade, por maiores lucros, é o que tem movido a sociedade atual, que atribui maior importância aos valores econômicos em detrimento da valorização do trabalho e da dignidade da pessoa humana. A inconstância econômica atual, refletida através das altas taxas de desemprego em diversos países do mundo, acaba por propiciar uma concorrência dentro das sociedades capitalistas, onde cada vez mais as pessoas se sentem inseguras em relação à estabilidade no emprego. As leis de mercado que geram a competitividade exagerada, a busca incessante por aprimoramento profissional, a máxima produtividade com o mínimo de consumo e tudo isso tem contribuído para gerar um distanciamento entre as pessoas dentro das empresas, onde o individualismo e o egoísmo passam a prevalecer, favorecendo assim à formação de um ambiente de trabalho hostil e

15 15 o aparecimento de condutas moralmente censuráveis, dentre elas o assédio moral. Desta forma, é possível afirmar que a nova ordem do trabalho, como descrita anteriormente, é o cenário perfeito na produção da violência generalizada e, consequentemente, causa do fenômeno do assédio moral. Entretanto, não se pode livrar as empresas, instituições e indivíduos envolvidos neste processo da responsabilidade perante o problema. Outro ponto importante a ser salientado, antes de qualquer discussão, é a onipresença da prática do assédio. Esta não ocorre exclusivamente no âmbito profissional, mas em toda e qualquer relação social.

16 16 CAPÍTULO II 2. ASSÉDIO MORAL 2.1. Conceito Antes de começarmos a falar sobre Assédio Moral é necessário que se deixe claro o verdadeiro significado do termo em questão. Marie France Hirigoyen, psicoterapeuta da família, psiquiatra e psicanalista francesa, em 1998 publicou o livro "La harcèlement moral", traduzido em 2000 como "Assédio moral: a violência perversa no cotidiano" e, posteriormente, "Malaise dans le travail" (2001), traduzido por "Mal-estar no trabalho - redefinindo o assédio moral". Esse "mal-estar" no trabalho (que também pode se manifestar em outros tipos de relação interpessoal) é um fenômeno registrado no mundo todo, sendo chamado de mobbing na Itália, Alemanha e Escandinávia, acoso moral (na Espanha), harcèlement moral (França), e entre nós de terror psicológico ou assédio moral, entre outras denominações. O termo assédio moral foi utilizado pela primeira vez pelos psicólogos e não há muito tempo desde que entrou para o mundo jurídico. O que se denomina assédio moral é, a rigor, atentados contra a dignidade humana e se revelam, de início, na família e na escola, quando se confrontam, respectivamente, filhos e alunos com predileções ostensivas. Ora, a exibição de valores, o relato do brilho e da glória de uns com ostracismo do outro gera ciúmes, inveja e rivalidades. Segundo a Dra. Margarida Barreto (apud GLOCKNER, 2004, p. 15), o assédio moral pode ser definido como um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a,

17 17 ultrajado/a, pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento. É importante ressaltar mais uma vez o caráter abrangente desta prática, já que a mesma não é algo exclusivo do ambiente de trabalho, mas se estende pelas áreas da relação humana para com o outro de forma geral. É um fenômeno bilateral, uma vez que, ao passo que ocorre no trabalho, influencia as relações fora deste ambiente e, ao mesmo tempo, acontece no âmbito social de forma a se repetir no mundo do trabalho. De acordo com Hirigoyen: "Toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente do trabalho". Devemos notar também que outra característica indispensável à definição do termo assédio moral é o caráter repetitivo do abuso. Assediar moralmente diz respeito à exposição prolongada e repetitiva a condições de trabalho que, deliberadamente, vão sendo degradadas (Barreto, 2000, p. 2). De acordo com Silva (2005), A violência moral nos locais de trabalho tornou-se objeto de estudo inicialmente na Suécia e depois na Alemanha, sobretudo por mérito de um pesquisador em psicologia do trabalho, Heinz Leymann, que em 1984 identificou pela primeira vez o fenômeno. de que: Segundo o mesmo pesquisador o conceito do fenômeno reside no fato "assédio moral é a deliberada degradação das condições de trabalho através do estabelecimento de comunicações não

18 18 éticas (abusivas) que se caracterizam pela repetição por longo tempo de duração de um comportamento hostil que um superior ou colega(s) desenvolve(m) contra um indivíduo que apresenta, como reação, um quadro de miséria física, psicológica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho". Considera-se Assédio Moral todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinja, pela repetição, a auto-estima e a segurança de um indivíduo, fazendo-o duvidar de si e de sua competência, implicando em prejuízo ao ambiente de trabalho, à evolução da carreira profissional ou à estabilidade do vínculo empregatício do funcionário, tais como: marcar tarefas com prazos impossíveis; passar alguém de uma área de responsabilidade para funções triviais; tomar crédito de idéias de outros; ignorar ou excluir um funcionário só se dirigindo a ele por meio de terceiros; ocultar informações de forma insistente; difundir rumores maliciosos; criticar com persistência; e subestimar esforços. O assédio moral pode ser vertical, horizontal ou ascendente. A sua característica é a violência continuada, que tem por finalidade a exclusão da vítima no mundo do trabalho, fazendo com esta venha, a aposentar-se antes do devido tempo, pedir licença para tratamento de saúde. No assédio moral, o agressor usa gestos obscenos, palavras de baixo calão, enfim ele humilha a sua vítima O assédio moral é diferente do sexual, pois neste quer dominar a vítima sexualmente, enquanto que o moral quer afastar a vítima do trabalho. O fenômeno denominado assédio moral não é novo, mas ganhou notoriedade a partir de estudos médicos e jurídicos, sendo que estes estudos mostraram as consequências que os atos praticados pêlos agressores produz a seus assediados, tanto na parte física, psíquica e moral das mesmas. Podemos citar o assédio moral como: [...] a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no

19 19 exercício de suas funções, sendo mais comum em relações hierárquicas autoritárias, onde predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigidas a um subordinado, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forcando-o a desistir do emprego. '' (SILVA, op. cit., p. 28) Percebe-se, portanto, que o assédio moral no ambiente de trabalho é uma violência contínua de um sujeito (ou mais de um) perverso, direcionada a uma pessoa vítima, qual seja colega, chefe ou subordinado, que tem como intenção atacá-la e anulá-la moralmente, provocando a sua instabilidade física, emocional e moral, com conseqüências que fogem à esfera profissional Assédio Moral nas Organizações Assédio Moral nas organizações é a mesma coisa que violência moral, sendo assim, a exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes enquanto exercem suas funções. São atos de crueldade e desumanidade que distinguem uma atitude violenta e sem ética nas relações de trabalho praticadas por um ou mais chefes contra seus subordinados. É qualificado pela exposição dos funcionários a situações de humilhação e constrangimento constante, objetivando abater, desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vítima com a organização e ambiente de trabalho, o que afeta a saúde, a própria vida e seu emprego. O assédio moral nas organizações resulta na deterioração das condições de trabalho onde sobressaem os comportamentos negativos dos chefes em relação a seus subordinados e, por conseqüência, acaba afetando a vida pessoal e a saúde da vítima. É mais corriqueiro em relações hierárquicas autoritárias. Esta prática é evidenciada mediante uma série de condutas, sempre abusivas e agressivas, de forma mais ou menos explícita. Seja com a recusa

20 20 em estabelecer comunicação, seja pela humilhação através da desqualificação, seja ainda, pelo isolamento, o agente assediador se vale de procedimentos que podem ser comparados a verdadeiras armadilhas. Vale lembrar que esses instrumentos de destruição psicológica foram utilizados nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e que a fórmula dos sistemas totalitários não sofreu alteração nesse lapso temporal. O assédio moral possui origem no abuso de poder. Dentro da empresa, tal abuso de poder pode ser entendido como a gestão, ou manipulação, perversa, pela qual o empregador não é, necessariamente, o agente assediador, direto, mas ele permite que o fenômeno se instale entre os empregados para atender interesses seus. A organização do trabalho atual incentiva muitas empresas a instalarem um processo de terrorismo sobre seus empregados, processo esse que acaba por gerar desconfiança, e consequentemente, uma verdadeira guerra de todos contra todos, na qual é necessário atacar para não ser atacado. O fenômeno do assédio moral se dá e é reconhecido de formas diferentes ao redor do mundo. Para a Organização Internacional do Trabalho é definido através da situação onde uma pessoa se comporta de forma a rebaixar o outro, por meios vingativos, cruéis, maliciosos ou humilhantes contra uma pessoa ou um grupo de trabalhadores. São críticas repetitivas e desqualificações, isolando-o do contato com o grupo e disseminando falsas informações sobre ele. Na União Européia o assédio moral é definido como um comportamento negativo entre colegas ou entre superiores e inferiores hierárquicos, em que a vítima é objeto de ataque sistemático por longo tempo, de modo direto ou indireto, contra uma ou mais pessoas. Na Suécia, as ações reprováveis ou hostis, repetitivas, contra um trabalhador ou conjunto de trabalhadores no âmbito das relações interpessoais com a finalidade de estabelecer o isolamento destes trabalhadores em relação aos demais que trabalham no mesmo local caracterizam o assédio moral. Na Itália, são atos e comportamentos perpetrados por empresários ou pessoas que tenham uma posição hierárquica superior ou igual no conjunto dos trabalhadores e tem como propósito causar danos aos trabalhadores, de forma prolongada e com clara determinação: de isolar.

21 21 Na Espanha, esta violência é definida através de atos agressivos em que a vítima é isolada do grupo e falam maldades acerca de sua vida particular, culpando-se de tudo até levá-las ao desespero. Na França é considerado um processo de destruição insidioso de uma pessoa por meio de agressões repetitivas, de longa duração, atingindo a dignidade, atentando contra a saúde física e mental dos trabalhadores. Já nos Estados Unidos, diz respeito ao abuso no emprego ou terrorismo no lugar de trabalho Características do assédio moral nas organizações Inúmeras são as possibilidades de condutas e métodos utilizados para se assediar moralmente alguém, entretanto, por serem as mais freqüentes, cinco delas se destacam: impossibilitar uma comunicação adequada com a vítima; isolar a vítima; atacar a reputação da vítima; degradar as condições de trabalho e atacar diretamente a saúde da vítima com uma efetiva violência. A recusa na comunicação direta busca desarmar a vítima, pois cortando o diálogo ela ficará sem respostas sobre a origem do tratamento que recebe, impedindo a mesma de pensar, de compreender e de reagir. Este procedimento consiste no tratamento com indiferença, no qual o assediador não se comunica diretamente com a vítima, não a cumprimentando, fazendo de conta que a mesma não existe. O isolamento é a prática mais comum nos processos de assédio moral. Nessa fase, os colegas de trabalho já estão tão envolvidos no processo que passam a concordar com o tratamento dado à vítima, talvez por medo ou conveniência, passando a tratá-la de forma semelhante ao assediador, que é, muito normalmente, um superior hierárquico. A comunicação com a vítima passa a ser unicamente por escrito, ela é constantemente interrompida, a direção recusa qualquer pedido de entrevista, recusam-lhe todo o contato, até mesmo visual, ela é privada de informações úteis, não lhe comunicando as

22 22 reuniões a serem realizadas ou não lhe passando o serviço que deveria fazer, deixando-a ociosa no trabalho. Atacar a reputação moral da vítima é outro método bastante utilizado pelo agressor nos casos de assédio moral, principalmente em sua forma horizontal. Esta conduta consiste me desqualificar e desacreditar a vítima, pondo em dúvida a sua competência, ou mesmo a sua sanidade, para que ela perca a sua autoconfiança. A desqualificação é feita de forma indireta, nãoverbal, enquanto, para desacreditar a vítima, o agressor utiliza-se de humilhações e ridicularizações, fazendo insinuações quanto à etnia, gênero sexual, religião ou traços físicos, atentando contra a dignidade da vítima. A degradação das condições de trabalho, mais comum nos casos de assédio por superior hierárquico, se dá quando o agente assediador passa a sonegar informações, material de trabalho e as condições físicas para o desenvolvimento do trabalho da vítima, buscando atribuir à mesma incompetência do serviço, vez que o mesmo, por motivo do boicote, não será realizado na qualidade e prazo adequados. Retiram a autonomia da vítima, ela é contestada sistematicamente em todas as suas decisões, seu trabalho é criticado de forma injusta ou exagerada, dão-lhe permanentemente novas tarefas ou tarefas inferiores ou superiores às suas competências, impedem sua promoção, impõem-lhe, contra a sua vontade, trabalhos perigosos, atribuemlhe tarefas incompatíveis com a sua saúde, etc. Essa situação pode perdurar até a que vítima peça demissão ou se encontre pretextos para dispensá-la. A atitude mais extrema nos casos de assédio moral é a violência verbal, física ou sexual, pois consiste na última conduta adotada pelo agente assediador, vez que o assédio moral já é visivelmente percebido por todos. Muitas vezes a vítima é ameaçada de violência física, é agredida fisicamente, mesmo que de leve, é empurrada, fecham-lhe a porta na cara, falam com ela aos gritos, invadem a sua vida privada com ligações telefônicas ou cartas, fazem estragos em seu automóvel, é assediada ou agredida sexualmente com gestos ou propostas ou não são levados em conta os seus problemas de saúde. Diante de tudo isso, que invade a sua esfera íntima, torna-se quase impossível a vítima resistir.

23 Espécies de assédio moral Vertical Ascendente Ocorre o assédio moral vertical ascendente quando for praticado do subordinado para com o seu encarregado, é um tipo de assédio raro de acontecer. Geralmente ocorre quando um recém formado é contratado para comandar um grupo onde há varias pessoas qualificadas para aquele cargo, e não o foi simplesmente por não existir na empresa uma política de carreira. E essa prática desencadeia o assédio moral, pois este superior já entra neste trabalho com um descrédito quanto a sua capacidade profissional. Outra forma de ocorrer o assédio é alguém do departamento ser promovido sem a consulta dos demais ou sem que haja um processo de seleção, e às vezes quando há, sabe-se que é apenas para a legalização de tal pessoa no cargo determinado. Isto acontece geralmente em empresa familiares, onde mesmo havendo departamentos para a seleção de funcionários, a palavra final sempre será do dono da empresa, enfim mesmo que o funcionário seja competente para aquele cargo, talvez não tenha a promoção, pois o dono da empresa prefere outra pessoa. Maria Aparecida Alkimim diz que: [...] por insegurança ou inexperiência, o superior hierárquico não consiga manter domínio sobre o(s) trabalhor(es), sendo pressionado ou tendo suas ordens desrespeitadas ou deturpadas, implicando o fortalecimento do(s) assediador(es) para se livrar do superior hierárquico indesejado. ( 2005, p. 65) Mesmo sendo um tipo de assédio raro, não deixa de ser repugnante, pois pode ocorrer de ter uma pessoa competente para aquele cargo, mas seus subordinados com pirraça, simplesmente boicotam todas as suas ideias, fazendo com que ele caia em descrédito, chegando a ponto de pedir demissão por não aguentar a pressão dos subordinados. Pois sabemos, que uma

24 24 empresa somente terá produtividade, se tiver à união de seus funcionários, quando digo funcionários, estou me referindo a todos sem exceção, pois todo tem uma função primordial dentro da empresa, desde o funcionário que exerce o cargo de serviços gerais até o diretor financeiro Vertical Descendente Este é o tipo de assédio mais comum hoje em dia, é àquele onde os subordinados são assediados pêlos seus superiores hierárquicos, este usa do seu poder de comando em excesso, e seus subordinados acreditam que tem que fazer tudo que lhe é ordenado, simplesmente por medo de serem demitidos. Maria Aparecida Alkimim diz que: O assédio moral cometido por superior hierárquico, em regra tem por objetivo eliminar do ambiente de trabalho o empregado que por alguma característica represente uma ameaça ao superior, no que tange ao seu cargo ou desempenho do mesmo, também o empregado que não se adapta, por qualquer fator, a organização produtiva, ou que esteja doente ou debilitado. (2005, p. 62) Nesta espécie de assédio moral, a saúde do assediado fica mais lesada, pois a vítima sente mais isolada e tem mais dificuldades de pedir ajuda. Sentem-se geralmente as razões que levam o agressor a cometer o assédio moral, é a insegurança no ambiente de trabalho, este reconhece que é incompetente e quando percebe que existe alguém que pode ter uma promoção e ele ser dispensando, este começa a rebaixar esta pessoa para se engrandecer. Muitas vezes pode acontecer deste superior hierárquico contar com a ajuda de colegas de trabalho, geralmente os chamados puxa saco de chefe, pois estes não têm personalidade própria e dizem amém a tudo que seus superiores dizem.

25 25 Enfim, este tipo de assédio é o mais preocupante de todos, pois a vítima fica a deriva de seu superior, pois muitas vezes o próprio encarregado tem o aval da empresa, dá ao tirano, carta branca, para que dirija o seu departamento com punhos de aço Horizontal O assédio moral horizontal é caracterizado quando dois funcionários do mesmo nível de hierarquia disputam cargos, neste caso pode piorar a situação se os grupos não conseguem coexistir com as diferenças, como por exemplo, quando temos uma mulher em um grupo de homens ou um homem em grupo de mulheres, a homossexualidade, a diferença racial, religiosa, econômica, etc. Maria Aparecida Alkimim(2005, p. 62) em seu livro Assédio Moral na Relação de Emprego diz "trata-se de assédio moral cometido por colega de serviço; manifesta-se através de brincadeiras maldosas, gracejo, piadas, grosserias, gestos obscenos, menosprezo, isolamento". A característica deste tipo de assédio é agressão entre colegas do mesmo nível hierárquico, e pode ser agravado quando o seu superior não faz absolutamente nada para intervir no caso, negligenciando o problema e só interferindo quando a produção pode ser prejudicada, geralmente pela falta de uma das partes envolvidas no assédio. Em geral os fatores que levam a este tipo de assédio são a competição, a preferência pessoal do chefe pela vítima, a inveja, o racismo e motivos políticos. A vítima pode ser assediada tanto por uma pessoa como por um grupo de colegas de trabalho Perfil do agressor Estudos a respeito do tema são unânimes em apresentar traços que definem o agressor do assédio, como perversidade, narcisismo, arrogância, egocentrismo, inveja, insegurança, incompetência, mediocridade. O assediador

26 26 não precisa ser um superior hierárquico, mas, se o for, sua conduta implica abuso de poder. O assediador poderá, também, ser um subordinado que sonha em ocupar o cargo do chefe ou funcionários que tenham predileção pelo antigo superior hierárquico e pretendam derrubar o atual. É importante ressaltar ainda, que o assédio moral advém de fatores e características pessoais diversas, logo pode acontecer em qualquer direção Efeitos do assédio moral As consequências do assédio moral são catastróficas não só para a saúde das vítimas como também para todas as economias do mundo capitalista, pois além de refletir de forma direta no processo de produtividade das empresas, nos casos de perda de produção por absenteísmo e desmotivação dos outros empregados, acaba por comprometer os sistemas de previdência pública, nos casos dos afastamentos por motivo de saúde e aposentadorias em conseqüência dos danos psíquicos oriundos da organização do trabalho. A vítima de assédio moral perde o interesse pelo trabalho, assim como o prazer em trabalhar, ficando desestabilizada emocionalmente e provocando não apenas o agravamento de moléstias já existentes, como também o surgimento de novas doenças. As vítimas do assédio moral freqüentemente são acometidas por cansaço exagerado, estresse, irritabilidade, dores de cabeça, problemas digestivos, alterações de sono, pesadelos, diminuição da capacidade de concentração, tristeza, sensação negativa em relação ao futuro, mudança de personalidade, redução da libido, uso de álcool e drogas, podendo levar a um estado de depressão e até tentativa de suicídio. Estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) chegaram à conclusão de que a gravidade deste problema atinge a todas as economias do mundo capitalista, chamando à atenção e alertando que a

27 27 depressão, nas próximas duas décadas, poderá ser uma das maiores e importantes causas de morte e incapacidade no planeta, atingindo sobremaneira os sistemas de previdência pública mesmos nos países conhecidos como de primeiro mundo, fazendo crescer as aposentadorias decorrentes de danos psíquicos gerados pelos problemas no ambiente de trabalho Consequências para a empresa Um ambiente de trabalho sadio, onde as pessoas se entrosam e procuram trabalhar de forma solidária e cooperativa, traduz-se em maior motivação porque tem todos os funcionários um objetivo comum e, portanto, maior produtividade. Os conflitos são logo sanados com uma boa ação do departamento de Recursos Humanos. Entretanto, quando os funcionários se sentem perseguidos, humilhados, maquinizados, assediados moralmente, a produtividade decresce e não raro há a ocorrência de pessoas que acabam sofrendo de depressão, faltando em demasia ao trabalho ou que acabam por pedir demissão e entram com processo judicial. Os prejuízos sofridos pelo empregador envolvem a queda da produtividade, menor eficiência do colaborador, baixo índice de criatividade, danos aos equipamentos, doenças profissionais, menor eficiência, alteração na qualidade do serviço/produto, acidentes do trabalho, absenteísmo, abalo da reputação da empresa, alto índice de turnover, entre outros Consequências para o assediado Segundo Margarida Barreto, a humilhação provocada pelo assédio moral funda um risco invisível, contudo concreto, nas relações de trabalho e na

28 28 saúde dos trabalhadores de forma geral, sendo mais freqüente com as mulheres e adoecidos. Sua imposição se realiza 'invisivelmente' nas práticas perversas e arrogantes das relações autoritárias na empresa e sociedade. A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se prática costumeira no interior das empresas, onde predomina o desprezo e indiferença pelo sofrimento dos trabalhadores, que mesmo adoecidos, continuam trabalhando. Não raramente, os trabalhadores adoecidos são considerados culpados pela baixa na produção, acidentes e doenças, desqualificação profissional, demissão e conseqüente desemprego. É exatamente este tipo de atitude que reforça o medo pessoal ao mesmo tempo em que aumenta a obediência coletiva construída e engessada na difusão do medo. Justo por isso, passam a produzir além de suas forças, escondendo suas reclamações e evitando, concomitantemente, serem diminuídos e dispensados. As relações afetivas que ajudam a resistência, a troca de informações e comunicações entre colegas, se tornam o principal alvo de controle das chefias se qualquer indivíduo do grupo desobedece à norma estabelecida. A violência no âmbito profissional se concretiza em ameaças, descréditos, ironias e constrangimento do 'transgressor' diante de todos, como forma de impor controle e manter a ordem. É a gestão do medo. Em muitas sociedades, ridicularizar ou ironizar crianças constitui uma forma eficaz de controle, pois ser alvo de ironias entre os amigos é devastador e simultaneamente depressivo. Neste sentido, as ironias mostram-se mais eficazes que o próprio castigo. O trabalhador humilhado ou constrangido passa a vivenciar depressão, angústia, distúrbios do sono, conflitos internos e sentimentos confusos que reafirmam o sentimento de fracasso e inutilidade. (

29 29 A vítima de violência moral não consegue entender o que acontece, sentindo-se culpada pela agressão de seu superior. Os fatos lhe parecem confusos, pois o agressor nunca esclarece o porquê de tal agressão e a ignora, passa a hostilizá-la, ridicularizá-la e inferiorizá-la, até que a vítima se sinta responsável, confusa e desestabilizada emocionalmente. A vítima se isola do grupo e aumenta mais ainda o ritmo de trabalho, procurando produzir cada vez mais e melhor, esperando com essa conduta, ser reconhecida. Muitas vezes, termina por desistir do emprego e pede demissão. Somos todos constituídos de emoções independente do sexo. Todavia, a maneira como as mesmas se manifestam perante situações humilhantes e constrangedoras têm diferença de acordo com o sexo. Enquanto as mulheres são mais humilhadas e expressam sua indignação através do choro, tristeza, ressentimentos e mágoas, estranhando o ambiente que antes identificavam como seu. Ao passo que os homens tendem a sentirem-se revoltados, melindrados, desonrados, com raiva, traídos e têm vontade de vingar-se. Essa vergonha se estende para suas relações pessoais e estes homens tendem a sentir vergonha de suas mulheres e dos filhos, destacando o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa auto-estima. Não é raro que se isolem de suas famílias, evitem contar o que ocorre aos amigos, dando lugar à vivência de sentimentos de irritabilidade, vazio, revolta e fracasso. Depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido passam a configurar em seu cotidiano e pensamentos ou tentativas de suicídios que definem uma vivência sofrida. Este processo é o responsável pelo adoecer, uma vez que este se dá a partir da vivência de um cotidiano indesejável e insuportável.

30 30 CAPÍTULO III 3. A BANALIZAÇÃO, A DIFICULDADE DA PROVA E A PREVENÇÃO COMO SOLUÇÃO A popularização do termo assédio moral trouxe algumas conseqüências à sua discussão: Desde que o termo assédio passou para a linguagem corrente, tem sido frequentemente utilizado de forma abusiva e, algumas vezes mesmo, de forma perversa, ou seja, deturpado de seu sentido original. (Hirigoyen, pag.68) Hirigoyen distingue as dificuldades de ordem conceitual, prática e jurídica, pelo problema de provar o assédio moral e deliberar a indenização da vítima, com risco de provocar uma banalização referente a ações judiciais. Afirma ela: "Convém considerar o assédio moral como tendo uma única e exclusiva causa e deduzir daí, conseqüentemente, que uma única e exclusiva solução poderia remediá-la. Mas uma abordagem racional deve olhar o problema sob diversos prismas: o ângulo psicológico, que leva em conta acima de tudo a personalidade dos indivíduos, e o ângulo organizacional, que analisa inicialmente as regras de gestão." O ser humano é fruto de sua educação, do meio social, enfim, de sua história e, numa situação de conflito no ambiente de trabalho, pesarão o histórico da empresa onde trabalha, da sociedade na qual vive, as comunidades ao seu redor. Para Hirigoyen, todos esses fatores estão interligados, mas o indivíduo continua tendo liberdade de ação ou reação, de tal maneira que seria vítima, mas também culpado pelo que deixou que outros lhe fizessem. De acordo com alguns autores, o conceito jurídico de assédio moral é complexo de ser formado devido aos "difusos perfis do fenômeno". E por esta razão alguns doutrinadores realçam no conceito o estrago psíquico causado à

31 31 vítima por motivo da violência psicológica tolerada. Há também quem destaque mais a situação vexatória e o prejuízo à imagem que o assédio moral gera. Existem fatores, no entanto, em que estão de acordo à doutrina e são caracterizadores do assédio moral. São eles: A intensidade da violência psicológica, ou seja, é primordial que a mesma seja grave de acordo com a concepção objetiva de um indivíduo considerado normal. Isto significa que a situação de violência não pode jamais ser avaliada sob a subjetividade e caráter particular da vítima, uma vez que a mesma pode reagir de forma intensa a situações que não possuem gravidade quando vistas sob a ótica objetiva. Deve haver também o prolongamento no tempo, uma vez que o episódio esporádico não o caracteriza. E, por fim, deve acarretar um dano psíquico ou moral ao colaborador para marginalizá-lo no seu espaço de trabalho. Este dano, por sua vez, deve ser provado através de diagnóstico clínico sendo ele transitório ou permanente. O dano psíquico se dá quando a personalidade da vítima é modificada e seu equilíbrio emocional sofre perturbações, que se mostram através de sintomas como depressão, bloqueio, inibições, etc O que não caracteriza o assédio moral Nem toda situação que confere sofrimento no trabalho pode ser caracterizada como o assédio moral. Por diversas vezes, certos comportamentos que são utilizados como ferramentas no processo de assédio moral quando avaliados isoladamente não podem ser entendidos desta forma, o estresse, por exemplo, o conflito, a gestão por injúria, as agressões pontuais, as más condições de trabalho e as imposições profissionais, devem ser vistos como tipos que merecem uma caracterização mais atenciosa do assédio moral, uma vez que, o assédio moral é um tipo do gênero sofrimento no trabalho, e por isso não pode ser confundido com outras espécies do mesmo gênero. Desta forma,

32 32 O assédio deve ser claramente distinguido do estresse profissional como o compreendemos mais frequentemente. (...) O estresse só se torna destruidor pelo excesso, mas o assédio é destruidor por si só. (Hirigoyen, Pag.20) O conflito no local de trabalho também não deve ser confundido com assédio moral, uma vez que o conflito pode ser evitado e na dinâmica do mesmo as ofensas são abertas e os motivos também são claros. Já no assédio moral, ocorre o oposto: o porquê da violência é velado fazendo com que a busca de seu entendimento ou solução tornem-se mais difíceis. A gestão baseada na violência praticada por administradores despreparados, déspotas, que submetem seus empregados a injúrias, insultos e falta de respeito é mais um fator que não caracteriza o assédio moral. Este tipo de comportamento não está focado em um funcionário específico, mas é voltado para todos. As agressões que não são constantes e constituem um caso isolado, também não devem ser interpretadas como assédio moral, vez que a alteração dos ânimos, sobretudo em situações de crise, faz parte da natureza humana, não se caracterizando em um processo obrigatoriamente destrutivo. Ademais vale pontuar que as más condições de trabalho, de uma forma geral, como falta de espaço, má iluminação, pouca ventilação, ar condicionado forte demais, material de trabalho escasso, não caracterizam a figura do assédio moral, já que muitas funções são de natureza perigosa e insalubre. Todavia, se somente um empregado está sendo submetido a essas más condições de trabalho de forma constante e resultante de sua segregação dos outros colegas de trabalho, o assédio moral se aplica.

33 O que é realmente assédio moral De acordo com Marie-France Hirigoyen, não existem explicações pontuais e óbvias acerca da origem da prática do assédio, ou seja, são muitos e intangíveis os motivos que levam uma pessoa a assediar a outra. Normalmente, este assédio tem início na recusa de uma diferença. Sendo assim, podemos arriscar dizer que as origens do assédio moral estão na discriminação de qualquer natureza. A prática do assédio moral é de difícil comprovação, considerando que, na maioria das vezes, ocorre de forma disfarçada, dissimulada, visando atingir a auto-estima da vítima e a desestabilizá-la. Pode estar camuflada numa "brincadeira" a respeito do jeito de ser do indivíduo ou uma característica pessoal ou familiar, ou ainda, sob a forma de alusões humilhantes acerca de situações compreendidas por todos, mas cuja astúcia torna impossível a defesa do assediado, sob pena de ser visto como paranóico. O assédio moral é também caracterizado pela inveja, o ciúme, a rivalidade e o medo, que é um motor indispensável à prática de assédio moral, uma vez que a agressividade é, por muitas vezes, produto do mesmo. Sendo assim, quando este assédio se torna mais intenso é provável que a vítima se isole como forma de auto-proteção. Esta é mais uma desvantagem quando falamos de provar o assédio, uma vez que este comportamento poderá fazer com que a vítima seja considerada pelos próprios colegas como antisocial e sem espírito de cooperação. Em um quadro de natureza bastante desfavorável à execução tranqüila e segura do serviço que lhe foi confiado, o empregado assediado moralmente vivencia um sentimento de ansiedade, despreparo, insegurança e, por consequência, os riscos de desenvolver doenças profissionais ou de vir a sofrer acidentes de trabalho são potencializados.

34 34 Assim, podemos dizer que quando o colaborador, vítima do assédio moral, não é desligado da empresa pela baixa produtividade, pelo absenteísmo, ou ainda, pela desmotivação, não é incomum que o mesmo seja uma vítima de doenças ou acidentes ocupacionais. Segundo Hirigoyen, as atitudes hostis que configuram o assédio moral podem ser agrupadas em quatro categorias que abrangem aquelas que são mais difíceis de identificar até as mais óbvias (ver anexo I). São características do assédio moral, vários comportamentos, verdadeiras técnicas destinadas a desestabilizar a vítima, tais como: O assediador não se dirige à vítima. Restringindo a comunicação a bilhetes com o objetivo de impedir que a vítima se expresse. Ela é repetidamente interrompida pelo superior hierárquico ou por colegas, muitas vezes com gritos ou reprimendas. Não a encaram, ignoram sua presença, dirigindo-se somente a outros. É comum também que as tarefas sejam deixadas sobre a mesa da vítima quando a mesma se ausenta, ou seja, não lhe pedem pessoalmente que execute suas tarefas. Técnicas de isolamento também são adotadas, ou seja, são atribuídas à vítima funções que a isolam ou a deixam sem qualquer atividade, justamente para evitar que conserve contato com colegas de trabalho e tome a solidariedade deles como amostra de apoio. As técnicas de ataque são atos que objetivam desqualificar a vítima diante dos colegas ou clientes da empresa. Tal técnica versa atribuir à vítima tarefas complexas para que sejam executadas em curto período de tempo, para que a vítima possa ter sua incompetência demonstrada. Pode se dar através da exigência de tarefas incompatíveis com sua qualificação ou fora das atribuições do cargo da vítima.

35 35 As técnicas punitivas são aquelas que colocam a vítima sob grande pressão. Como por exemplo, quando um erro não tão relevante é cometido e um relatório contra a pessoa é escrito A prevenção como melhor remédio Vimos que uma das características mais marcantes acerca da discussão a respeito do assédio moral é a dificuldade de provar tal prática. Para que ninguém seja penalizado de forma injusta, a lei impõe parâmetros que terminam por dificultar o nexo causal, ou seja, provar que o dano psíquico é resultado de tal exercício. Sendo assim, a maneira mais simples de se livrar dos problemas gerados pelo assédio moral é evitar que este aconteça em primeiro lugar. Uma vez dito que a nova ordem do trabalho e os processos internos dos locais de trabalho propiciam a disseminação do assédio moral, devemos voltar a nossa atenção para o âmbito laboral. A difusão do assédio moral é proporcional à desorganização da empresa, e ainda, ocorre mais largamente quando o empregador tolera, ignora ou encoraja tão cruel prática. Ver este assédio instalado é mais fácil ainda quando o diálogo não é possível e o discurso daquele que foi vitimizado não é ouvido. Por esta razão, é de extrema importância que as instituições adotem programas de prevenção, bem como a criação de canais de comunicação. Nesse caso, faz-se necessária uma reflexão da empresa, sobre a forma de organização de trabalho e seus métodos de gestão de pessoal. Ademais, é papel da política de recursos humanos da empresa pôr em pratica a conscientização dos colaboradores. Para ser eficaz, este trabalho precisa envolver todos os níveis hierárquicos da empresa, para conscientizálos também sobre a existência do problema, sua considerável freqüência e a probabilidade dessa prática ser evitada.

Violência Moral e Psicológica no Trabalho: uma violência organizacional

Violência Moral e Psicológica no Trabalho: uma violência organizacional Violência Moral e Psicológica no Trabalho: uma violência organizacional ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Um dos principais fatores de risco à saúde mental presentes no trabalho na atualidade Violência Reduz um

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Violência Moral e Psicológica

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Violência Moral e Psicológica ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Violência Moral e Psicológica Prof Ass Dra Maria Dionísia do Amaral Dias I SEMANA DE SAÚDE DO TRABALHADOR DE BOTUCATU E REGIÃO Abril de 2010 Violência Reduz um sujeito à condição

Leia mais

O QUE É O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO?

O QUE É O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO? O QUE É O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO? O Assédio Moral, muitas vezes confundido com stress ou conflito natural entre colegas e ou agressões pontuais é, também, conhecido por assédio psicológico do trabalho,

Leia mais

O que é assedio moral?

O que é assedio moral? ASSÉDIO MORAL O que é assedio moral? Especializandos: O que é as escolas o bulling- HUMILHAÇÃO, DESVALORIZAÇÃO Sexual Moral Tom de brincadeira- constrangendo Difícil de definir. relatos Vi pessoas que

Leia mais

PROC. Nº 2498/13 PLCL Nº 031/13 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PROC. Nº 2498/13 PLCL Nº 031/13 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A evolução recente das condições de trabalho tem se dado sob o influxo de condições extremamente desfavoráveis ao trabalhador. O problema que os anglo-saxões denominam mobbing, nos

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO O QUE É Exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. É mais

Leia mais

Ficha Informativa + Segurança. Saúde no Trabalho. Edição N.º 14 Assédio Moral no Local de Trabalho. + Segurança. Saúde no Trabalho.

Ficha Informativa + Segurança. Saúde no Trabalho. Edição N.º 14 Assédio Moral no Local de Trabalho. + Segurança. Saúde no Trabalho. Ficha Informativa + Segurança Saúde no Trabalho Edição N.º 14 Assédio Moral no Local de Trabalho O Assédio Moral no Trabalho não é um fenómeno novo. Podemos dizer que é um problema tão antigo como o trabalho.

Leia mais

SINTEST/BA (UNEB-UEFS) SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO 3º GRAU DO ESTADO DA BAHIA PROJETO UNEB SEM ASSÉDIO:

SINTEST/BA (UNEB-UEFS) SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO 3º GRAU DO ESTADO DA BAHIA PROJETO UNEB SEM ASSÉDIO: PROJETO UNEB SEM ASSÉDIO: ENTENDENDO SUAS CAUSAS, (RE) CONHECENDO SEUS EFEITOS. Salvador, BA. Setembro, 2013. PROJETO UNEB SEM ASSÉDIO: ENTENDENDO SUAS CAUSAS, (RE) CONHECENDO SEUS EFEITOS. Projeto de

Leia mais

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde ASSÉDIO MORAL: CONHECER, PREVENIR E COMBATER

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde ASSÉDIO MORAL: CONHECER, PREVENIR E COMBATER CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde ASSÉDIO MORAL: CONHECER, PREVENIR E COMBATER Elizabete da Silva Betim/MG Julho/2012 1 1 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

Leia mais

Assédio Moral e Sexual

Assédio Moral e Sexual Assédio Moral e Sexual Introdução O assédio moral e sexual nas relações de trabalho ocorre freqüentemente, tanto na iniciativa privada quanto nas instituições públicas. A prática desse crime efetivamente

Leia mais

Sobre o assédio moral. pessoas. Adriana Cristina Guimarães

Sobre o assédio moral. pessoas. Adriana Cristina Guimarães Sobre o assédio moral como fazer a gestão de pessoas. Adriana Cristina Guimarães 2 O que importa para todo ser humano é ser feliz! 3 Ser feliz no trabalho! Trabalho faz parte da vida; Trabalho é necessário

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. WorkShop Juridico SESCON-RJ Nov /2016

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. WorkShop Juridico SESCON-RJ Nov /2016 ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO WorkShop Juridico SESCON-RJ Nov /2016 1 O que é Assédio? Toda conduta abusiva, manifestando-se, sobretudo, por comportamentos, palavras, atos gestos escritos que

Leia mais

Cartilha Assédio Moral. Assédio moral ou Violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.

Cartilha Assédio Moral. Assédio moral ou Violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho. Cartilha Assédio Moral Introdução 1 O que é assédio moral? Assédio moral ou Violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho. A novidade reside na

Leia mais

CARTILHA DE PREVENÇÃO AO ASSÉDIO SEXUAL E MORAL NO ESPORTE

CARTILHA DE PREVENÇÃO AO ASSÉDIO SEXUAL E MORAL NO ESPORTE CARTILHA DE PREVENÇÃO AO ASSÉDIO SEXUAL E MORAL NO ESPORTE cob.org.br O que é assédio? De forma simplificada, assédio pode ser entendido como qualquer comportamento abusivo ou agressivo de uma pessoa,

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 70771 O setor de gestão de pessoas de determinado órgão público, alarmado com os altos índices de rotatividade e absenteísmo recentemente constatados no órgão, decidiu intervir no caso. Com relação

Leia mais

Depressão: Os Caminhos da Alma... (LÚCIA MARIA)

Depressão: Os Caminhos da Alma... (LÚCIA MARIA) (LÚCIA MARIA) 1 Dedicatória: A todos os que sofrem de depressão, uma doença cruel e invisível, mas que pode ser vencida. 2 Sinopse: Muito embora, o título comece com uma expressão diferente, a intenção

Leia mais

STJ Marcelo Rodrigues Prata ASSEDIO MORAL. SOB NOVO ENFOnUE. Cyberbullying, "Indústria do Dano Moral", Carga Dinâmica da Prova e o Futuro CPC

STJ Marcelo Rodrigues Prata ASSEDIO MORAL. SOB NOVO ENFOnUE. Cyberbullying, Indústria do Dano Moral, Carga Dinâmica da Prova e o Futuro CPC Marcelo Rodrigues Prata, ASSEDIO MORAL NO TRABALHO SOB NOVO ENFOnUE Cyberbullying, "Indústria do Dano Moral", Carga Dinâmica da Prova e o Futuro CPC Curitiba Juruá Editora 2014 Visite nossos sites na Internet

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES E SEUS EFEITOS PARA OS TRABALHADORES ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO DE PESSOAS RESUMO EXPANDIDO

ASSÉDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES E SEUS EFEITOS PARA OS TRABALHADORES ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO DE PESSOAS RESUMO EXPANDIDO ASSÉDIO MORAL NAS ORGANIZAÇÕES E SEUS EFEITOS PARA OS TRABALHADORES 1 INTRODUÇÃO ÁREA TEMÁTICA: GESTÃO DE PESSOAS RESUMO EXPANDIDO Denise Hasselmann de Oliveira 1 Grabrile Dionizio Machado 2 Paola Luiza

Leia mais

O que é e como combater

O que é e como combater Assédio moral O que é e como combater Fenômeno antigo sempre presente Embora seja um fenômeno tão antigo quanto o próprio trabalho, somente nos últimos anos, após pesquisas recentes atestarem os efeitos

Leia mais

Andréia de Conto Garbin

Andréia de Conto Garbin Andréia de Conto Garbin Promoção: DVST - CEREST ESTADUAL/SP São Paulo, 12 de novembro de 2015 O nexo causal dos Transtornos mentais relacionados ao trabalho e a importância da anamnese ocupacional Por

Leia mais

SINDINFOR - Grupo de Intercâmbio de Informações da Gestão de Pessoas das Empresas de Informática de MG Palestra: 10 de Maio de 2011

SINDINFOR - Grupo de Intercâmbio de Informações da Gestão de Pessoas das Empresas de Informática de MG Palestra: 10 de Maio de 2011 SINDINFOR - Grupo de Intercâmbio de Informações da Gestão de Pessoas das Empresas de Informática de MG Palestra: 10 de Maio de 2011 O Assédio Moral nas organizações: uma preocupação gerencial Ivan Caixeta

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Débora Caroline dos Santos, Cynthia Arantes Silva, Giselen Maciel, Juliete da Silva, Luciana Santos Paulino, Luís Felipe Vilela, Matheus de Almeida Rodrigues, Roseane Queren de

Leia mais

III Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho. 30 de setembro e 01 de outubro de 2013

III Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho. 30 de setembro e 01 de outubro de 2013 III Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho 30 de setembro e 01 de outubro de 2013 1 2 ASSÉDIO MORAL Assédio Moral Conceito: Comportamentos agressivos que visam, sobretudo a desqualificação

Leia mais

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado PELA MANHÃ VOCÊ SE SENTE ASSIM? E NO TRABALHO, VOCÊ SE SENTE ASSIM? SUA VIDA ESTA ASSIM? OU TUDO ESTA ASSIM? ESTRESSE Ocorre diante de uma situação (real ou imaginária)

Leia mais

Módulo ABORDAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA. Unidade: 3 Violência contra o idoso

Módulo ABORDAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA. Unidade: 3 Violência contra o idoso Módulo ABORDAGEM EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA Unidade: 3 Violência contra o idoso 1 2 Unidade 3 -Violência contra o idoso OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: Ao final da atividade o aprendiz deverá ser capaz de: Reconhecer

Leia mais

Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde. Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho

Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde. Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho Fórum de Avaliação da Violência no Trabalho Em Saúde Salvador, 15 de dezembro de 2017 Elias Abdalla-Filho Declaração Não há conflito de interesses. Impacto da violência na saúde do trabalhador em saúde

Leia mais

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO PREÂMBULO O presente Código de Boa Conduta, para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho, pretende estabelecer, nos termos da

Leia mais

P-02 ASSÉDIO MORAL E SEUS IMPACTOS NO CLIMA INTERNO DA EMPRESA

P-02 ASSÉDIO MORAL E SEUS IMPACTOS NO CLIMA INTERNO DA EMPRESA P-02 ASSÉDIO MORAL E SEUS IMPACTOS NO CLIMA INTERNO DA EMPRESA Palestrante: Celso Bazzola E-mail: celso@bazz.com.br Fone: (11) 3483-8990 1 2 Mudanças nas Décadas Anos 80 As empresas alteram seus comportamentos,

Leia mais

Assédio moral EDITORIAL INTRODUÇÃO EDITORIAL ÍNDICE DIGA NÃO AO ASSÉDIO MORAL

Assédio moral EDITORIAL INTRODUÇÃO EDITORIAL ÍNDICE DIGA NÃO AO ASSÉDIO MORAL EDITORIAL EDITORIAL INTRODUÇÃO DIGA NÃO AO ASSÉDIO MORAL 1 Sérgio Butka Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba Um trabalhador caminha deprimido para exercer sua função na linha de

Leia mais

ASSÉDIO MORAL: PERCEPÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

ASSÉDIO MORAL: PERCEPÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO ASSÉDIO MORAL: PERCEPÇÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Priscila Prazeres Faculdade Dom Bosco priprazeres@yahoo.com.br Priscilla Vieira Santos Faculdade Dom Bosco pri_v_s@hotmail.com M. Sc. Neuzi Barbarini

Leia mais

Conceito e definição

Conceito e definição Sinais de alerta Conceito e definição BULLYING conceito Ainda não apresenta tradução consensual ( abuso de colegas, vitimizar, intimidar, violência na escola ou agressão sistemática e intencional entre

Leia mais

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Seção 4.1 Conceitos de QVT Seção 4.2 QVT: problemas 1 Seção 4.1 CONCEITOS DE QVT 2 Qualidade de vida (QV) Impossível falar de QVT sem antes falar de QV QV, termo definido pelo

Leia mais

Código de Boa Conduta para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho

Código de Boa Conduta para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho Código de Boa Conduta para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho Preâmbulo CENTRO DE DIA de S. SILVESTRE, dando cumprimento ao previsto na Lei n 73/2017 de 16 de Agosto, retificada pela Declaração

Leia mais

Circular CBCa 043/2018 Curitiba, 21 de maio de Assunto: COB Cartilha de prevenção ao assédio sexual e moral no esporte

Circular CBCa 043/2018 Curitiba, 21 de maio de Assunto: COB Cartilha de prevenção ao assédio sexual e moral no esporte Circular CBCa 043/2018 Curitiba, 21 de maio de 2018. Aos Filiados Assunto: COB Cartilha de prevenção ao assédio sexual e moral no esporte Prezados, A Confederação Brasileira de Canoagem CBCa, através do

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 6.625, DE 2009 (Do Sr. Aldo Rebelo)

PROJETO DE LEI N.º 6.625, DE 2009 (Do Sr. Aldo Rebelo) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 6.625, DE 2009 (Do Sr. Aldo Rebelo) Dispõe sobre o assédio moral nas relações de trabalho. DESPACHO: APENSE-SE À (AO) O PL-2369/2003. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita

Leia mais

Políticas de Enfrentamento e

Políticas de Enfrentamento e KARLA VALLE Doutoranda em Serviço Social UFRJ Professora substituta do Departamento de Fundamentos de Serviço Social UFRJ Assistente social do TRT-RJ. E-mail.: karlafvalle@gmail.com VIOLÊNCIA NO TRABALHO

Leia mais

AUTOR(ES): FERNANDA BAGGIO LANGER, LAIS CRISTINA OLIVEIRA SILVA, TATIANE DA SILVA GONÇALVES

AUTOR(ES): FERNANDA BAGGIO LANGER, LAIS CRISTINA OLIVEIRA SILVA, TATIANE DA SILVA GONÇALVES 16 TÍTULO: DISTINÇÃO ENTRE ASSÉDIO MORAL E ASSÉDIO SEXUAL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: FACULDADE ENIAC AUTOR(ES): FERNANDA BAGGIO LANGER,

Leia mais

Relacionamento Abusivo

Relacionamento Abusivo CARLA EGÍDIO LEMOS PSICÓLOGA Relacionamento Abusivo Relacionamento Abusivo Quando ouvimos falar de Relacionamento Abusivo geralmente nos lembramos da relação amorosa em que a mulher é sempre a vítima,

Leia mais

ASSÉDIO MORAL A INTERFERÊNCIA DAS RELAÇÕES PESSOAIS NA EMPRESA CAROLINA RONCATTI PATRICIA CANHADAS WILDE C. COLARES

ASSÉDIO MORAL A INTERFERÊNCIA DAS RELAÇÕES PESSOAIS NA EMPRESA CAROLINA RONCATTI PATRICIA CANHADAS WILDE C. COLARES ASSÉDIO MORAL A INTERFERÊNCIA DAS RELAÇÕES PESSOAIS NA EMPRESA CAROLINA RONCATTI PATRICIA CANHADAS WILDE C. COLARES 1 1. O QUE É O ASSÉDIO MORAL? Definições: Marie-France Hirigoyen Toda e qualquer conduta

Leia mais

Versão: 1 ( ) Pág. 3/7

Versão: 1 ( ) Pág. 3/7 Versão: 1 (30-11-15) Pág. 3/7 PREÂMBULO A APPACDM de Coimbra, com o presente Código de Conduta para prevenção e combate da prática de assédio no trabalho, pretende constituir nos termos da Lei n.º 73/2017

Leia mais

(Lopes Neto, 2005) Manual adaptado por Prof. Ms. Maria Lucia Dondon

(Lopes Neto, 2005) Manual adaptado por Prof. Ms. Maria Lucia Dondon BULLYING O Bullying pode ser entendido como um balizador para um nível de tolerância da sociedade com relação à violência. Portanto, enquanto a sociedade não estiver preparada para lidar com Bullying,

Leia mais

III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Assédio Moral: Conseqüências a Empresa e a Saúde do Trabalhador.

III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Assédio Moral: Conseqüências a Empresa e a Saúde do Trabalhador. III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Assédio Moral: Conseqüências a Empresa e a Saúde do Trabalhador. Vanessa Barco dos Santos Santana Discente do Curso de Pós- Graduação em Processo

Leia mais

COMO PODEM SER IDENTIFICADOS OS ASSÉDIOS MORAL E SEXUAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO? Ministra Cristina Peduzzi fala sobre assédio sexual e assédio moral

COMO PODEM SER IDENTIFICADOS OS ASSÉDIOS MORAL E SEXUAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO? Ministra Cristina Peduzzi fala sobre assédio sexual e assédio moral COMO PODEM SER IDENTIFICADOS OS ASSÉDIOS MORAL E SEXUAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO? Ministra Cristina Peduzzi fala sobre assédio sexual e assédio moral Ministra Peduzzi - Todos nós sabemos que há uma dificuldade

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESARIAL

CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESARIAL CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESARIAL 1 Mensagem da Gerência A nossa conduta ética representa genuinamente o alicerce da gestão e o alinhamento dos valores, que defendemos, para traçar as bases da cultura da nossa

Leia mais

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado.

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado. O QUE É SAÚDE? É o nosso estado natural. Segundo a O.M.S. saúde é mais do que a ausência de doença ou enfermidade: É o estado de perfeito bem-estar físico, mental e social. Depressão Em nossa sociedade,

Leia mais

Principais reclamações de assédio moral, segundo MPT-SP

Principais reclamações de assédio moral, segundo MPT-SP Cadeia de Assédio Além dos superiores hierárquicos, é comum os pares (assédio corporativismo ou horizontal) terem atitudes de humilhar seus colegas. Por medo, algumas pessoas repetem a atitude do chefe,

Leia mais

A LEI E A ESCOLA NOÇÕES GERAIS

A LEI E A ESCOLA NOÇÕES GERAIS A LEI E A ESCOLA NOÇÕES GERAIS & ASSÉDIO MORAL ASSÉDIO SEXUAL CÓDIGO DE CONDUTA FUNCIONAL DOS AGENTES PÚLICOS E DA ALTA ADMINISTRAÇÃO INASSIDUIDADE - FALTAS REITERADAS AO SERVIÇO OU DE USO DE SUSBSTÂNCIAS

Leia mais

DOCENTE: LUCIANA CASTRO. Graduada em Psicologia UERJ. Pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos. Pós-graduada em Educação Infantil e Desenvolvimento

DOCENTE: LUCIANA CASTRO. Graduada em Psicologia UERJ. Pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos. Pós-graduada em Educação Infantil e Desenvolvimento DOCENTE: LUCIANA CASTRO Graduada em Psicologia UERJ Pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos Pós-graduada em Educação Infantil e Desenvolvimento Pós-graduada em Educação especial Surdez Docente e autora

Leia mais

Estresse. O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no

Estresse. O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no Estresse O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no contexto profissional quanto na vida pessoal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% da população mundial sofre

Leia mais

Riscos Psicossociais no Trabalho

Riscos Psicossociais no Trabalho Riscos Psicossociais no Trabalho Violência relacionada com o Trabalho O aumento de situações de violência no âmbito do trabalho constitui-se um grave problema no mundo laboral, que tem impacto na dignidade

Leia mais

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana PREÂMBULO O presente Código de Boa Conduta, para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho, pretende constituir, nos termos da Lei 73/2017 de 16 de agosto, uma referência para todos os membros dos Órgãos

Leia mais

Autor: Deputado Romualdo Junior 1º Vice-Presidente

Autor: Deputado Romualdo Junior 1º Vice-Presidente Estado de Mato Grosso Assembléia Legislativa Despacho Protocolo Projeto de Lei N.º 69 /2011 Autor: Deputado Romualdo Junior 1º Vice-Presidente Dispõe sobre a tutela das práticas de assédio moral no serviço

Leia mais

2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST

2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: DESAFIO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR 2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST ASSÉDIO (VIOLÊNCIA) MORAL

Leia mais

O NOVO CENÁRIO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS Tecnologia e stress

O NOVO CENÁRIO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS Tecnologia e stress O NOVO CENÁRIO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS Tecnologia e stress III Congresso Brasileiro dos serviços de saúde do PODER JUDICIÁRIO São Paulo, novembro 2011 (apresentação baseada nos artigos de Tânia Franco

Leia mais

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO. Cláusula 1.ª

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO. Cláusula 1.ª 0 CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO Cláusula 1.ª O Código de Boa Conduta para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho estabelece linhas de orientação em matéria

Leia mais

Assédio moral: desrespeito aos direitos fundamentais no ambiente de trabalho

Assédio moral: desrespeito aos direitos fundamentais no ambiente de trabalho Assédio moral: desrespeito aos direitos fundamentais no ambiente de trabalho Ana Karoline Saboia de Albuquerque 1 Me. Paulo Rogério Marques de Carvalho 2 Introdução O presente trabalho busca apresentar

Leia mais

Será Culpa ou Vergonha?

Será Culpa ou Vergonha? Será Culpa ou Vergonha? Aprenda a distinguir e a lidar com estas emoções! O que são? A vergonha e culpa são emoções auto-conscientes que fazem parte do sistema moral e motivacional de cada indivíduo. Estas

Leia mais

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA PREVENÇÃO E COMBATE À PRÁTICA DE ASSÉDIO NO TRABALHO ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS GERAIS. Artigo 1º

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA PREVENÇÃO E COMBATE À PRÁTICA DE ASSÉDIO NO TRABALHO ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS GERAIS. Artigo 1º ÂMBITO DE APLICAÇÃO E PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 1º (Âmbito de aplicação) O presente Código de Conduta aplica-se a todos os membros dos órgãos sociais da Associação Humanitária de Salreu, bem como a todos

Leia mais

CONFLITO. Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses.

CONFLITO. Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. CONFLITO Conceito de Conflito Processo onde as partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. Fator inevitável seja na dinâmica pessoal ou organizacional. Existem

Leia mais

Suicídio. Saber, agir e prevenir.

Suicídio. Saber, agir e prevenir. Suicídio. Saber, agir e prevenir. ENTENDENDO O SUICÍDIO PEDINDO AJUDA VERDADES E MITOS SOBRE O SUICÍDIO VERDADES MITOS O suicídio é um fenômeno Pensamentos e sentimentos de Em geral, os suicídios são A

Leia mais

Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho

Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho Doenças Mentais e os Riscos Psicossociais no Trabalho Seminário Empresarial de Segurança e Saúde no Trabalho Porto Alegre, Novembro/2010 Especialista em Medicina do Trabalho, Doutora pela USP, Diretora

Leia mais

BURNOUT NA EQUIPE DE SAÚDE: Como lidar? Dra. Patricia Dalagasperina

BURNOUT NA EQUIPE DE SAÚDE: Como lidar? Dra. Patricia Dalagasperina BURNOUT NA EQUIPE DE SAÚDE: Como lidar? Dra. Patricia Dalagasperina COMO LIDAR? 1 CONHECER burn - queima out - exterior Processo consumindo física e emocionalmente Falta de combustível Ministério da Saúde

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO DIREITO DO TRABALHO Patrícia Gonçalves Dias Ferreira 1

ASSÉDIO MORAL NO DIREITO DO TRABALHO Patrícia Gonçalves Dias Ferreira 1 ASSÉDIO MORAL NO DIREITO DO TRABALHO Patrícia Gonçalves Dias Ferreira 1 RESUMO: O presente artigo discorre sobre o assédio moral no ambiente de trabalho e suas conseqüências. Para tanto buscou-se um conceito

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO sindicato dos bancários Estado de Goiás Saiba o que é Assédio Moral no Trabalho e como enfrentá-lo Vamos conhecer o ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Sergio Luiz da Costa, presidente

Leia mais

O SOFRIMENTO E O ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

O SOFRIMENTO E O ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO O SOFRIMENTO E O ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO MALLMANN, Loivo José (Serviço Social/UNIBRASIL) BALESTRIN, Nádia Luzia (Serviço Social/UNIBRASIL) As práticas e situações de humilhação e de constrangimento

Leia mais

AUTOR(ES): REGIANE DE MORAIS SANTOS DE ASSIS, EDNADJA CARVALHO DO NASCIMENTO GALDINO

AUTOR(ES): REGIANE DE MORAIS SANTOS DE ASSIS, EDNADJA CARVALHO DO NASCIMENTO GALDINO 16 TÍTULO: AS CONSEQUÊNCIAS DO BULLING PARA APRENDIZAGEM CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN-SP AUTOR(ES):

Leia mais

Bullying. Psiquilíbrios

Bullying. Psiquilíbrios Psiquilíbrios Bullying Cada vez mais conhecido entre crianças e adultos, o bullying é um fenómeno que merece especial atenção. Muitos alunos já estiveram envolvidos em incidentes de bullying, quer como

Leia mais

II SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

II SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ II SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Assédio Moral no Ambiente de Trabalho e seus efeitos sobre a qualidade de vida do trabalhador Vanessa Barco dos Santos Santana Discente do Curso

Leia mais

DEPRESSÃO, O QUE É? A

DEPRESSÃO, O QUE É? A DEPRESSÃO, O QUE É? A depressão é uma doença que pode afetar pessoas de todas as idades. Ela é diferente de tristeza e surge devido a fatores biológicos e emocionais (perdas, traumas, estresse, etc.).

Leia mais

3.15 As psicoses na criança e no adolescente

3.15 As psicoses na criança e no adolescente Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.15 As psicoses na criança e no adolescente Introdução As psicoses são doenças mentais raras que, geralmente, se iniciam no fim da adolescência

Leia mais

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO

CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO PREÂMBULO O presente Código de Boa Conduta, para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho, pretende constituir, nos termos da

Leia mais

Artigo 1.º (Âmbito de aplicação) Artigo 2.º (Princípios gerais) Artigo 3.º (Comportamentos ilícitos)

Artigo 1.º (Âmbito de aplicação) Artigo 2.º (Princípios gerais) Artigo 3.º (Comportamentos ilícitos) CÓDIGO DE BOA CONDUTA PARA A PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO PREÂMBULO O presente Código de Boa Conduta, para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho, pretende constituir, nos termos da

Leia mais

Uma Visão do Ministério Público do Trabalho. Patrícia de Mello Sanfelici Procuradora do Trabalho

Uma Visão do Ministério Público do Trabalho. Patrícia de Mello Sanfelici Procuradora do Trabalho Uma Visão do Ministério Público do Trabalho Patrícia de Mello Sanfelici Procuradora do Trabalho Introdução Bullying ou Mobbing terror psicológico O termo mobbing provém do verbo inglês to mob, que significa

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO INTRODUÇÃO

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO INTRODUÇÃO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO INTRODUÇÃO As agressões e os castigos físicos que se praticavam contra os trabalhadores praticamente desapareceram no final do século XX. Como forma de atingir o trabalhador,

Leia mais

Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul

Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul Metodologia e amostra Investigação com uso de entrevistas presenciais. Nesta etapa, das cidades em que encontramos

Leia mais

CYBERBULLYING. 12 de Janeiro de 2016

CYBERBULLYING. 12 de Janeiro de 2016 CYBERBULLYING 12 de Janeiro de 2016 Cyberbullying como foi visto Uso de tecnologias de comunicação e informação como forma de levar a cabo comportamentos deliberados, repetidos, hostis contra um indivíduo

Leia mais

Assédio Sexual nas empresas

Assédio Sexual nas empresas Entenda o Assédio Sexual nas empresas Por Karla Fernanda A. de Olivera Advogada da área Trabalhista Segundo a Organização Internacional do Trabalho, em todo o mundo, 52% das mulheres economicamente ativas

Leia mais

8 I Candy Florencio Thome

8 I Candy Florencio Thome SUMÁRIO APRESENTAÇÃO - Pedro Vidal Neto... 13 PREFÁCIO - Rodrigo Garcia Schwarz 15 NOTA À SEGUNDA EDIÇÃO... 19 INTRODUÇÃO 21 1. ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE EMPREGO: CAUSAS E ORIGENS 23 1.1 Assédio moral

Leia mais

CONVITE. Atuação. Prezado (a),

CONVITE. Atuação. Prezado (a), Atuação Workshop Atuação Prezado (a), CONVITE Convidamos Você para participar no Workshop referente ao tema Gerenciamento do Assédio Moral, considerando como base a legislação vigente e a atuação da liderança

Leia mais

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO 1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO PROJETO A VEZ DO MESTRE GESTÃO EMPRESARIAL: LIDERANÇA FOCADA NA CONQUISTA DO BOM CLIMA ORGANIZACIONAL Daniel Luiz Vargas de

Leia mais

VAMOS PRAGA! ACABAR COM ESTA

VAMOS PRAGA! ACABAR COM ESTA VAMOS ACABAR COM ESTA PRAGA! Af inal, o que aconteceu com Roger, Carlos, Luciana, Beatriz e Pedro? QUEM É O RESPONSÁVEL? Roger sempre sentiu muito orgulho de vestir a camisa do banco, mas tudo mudou após

Leia mais

Propostas de Alteração à Lei da Saúde Ocupacional

Propostas de Alteração à Lei da Saúde Ocupacional CATEGORIA AUTORIA JUNHO 16 Comentários Técnicos Gabinete de Estudos e Contributos OPP Técnicos Propostas de Alteração à Lei da Saúde Ocupacional Sugestão de Citação Ordem dos Psicólogos Portugueses (2016).

Leia mais

FEDERATION INTERNATIONALE DES FEMMES DES CARRIERES JURIDIQUES

FEDERATION INTERNATIONALE DES FEMMES DES CARRIERES JURIDIQUES Luísa e João 1 - A conduta do João constitui um crime; 2 - Crime de Violência Baseada no Género segundo a Lei Cabo-verdiana; 3 - Já foi contemplado como Crime de Maus tratos, no âmbito do Código Penal

Leia mais

Saúde e Segurança do Trabalho. Assédio Moral, Saúde metal no trabalho, Justiça do Trabalho.

Saúde e Segurança do Trabalho. Assédio Moral, Saúde metal no trabalho, Justiça do Trabalho. Saúde e Segurança do Trabalho Assédio Moral, Saúde metal no trabalho, Justiça do Trabalho. Assédio Moral Uma forma de violência no trabalho Dimensões não materializadas 2 Assédio Moral O que é assédio

Leia mais

Fabio Camara do Amaral Curriculum Vitae

Fabio Camara do Amaral Curriculum Vitae Fabio Camara do Amaral Curriculum Vitae Julho/2016 Fabio Camara do Amaral Curriculum Vitae Dados pessoais Nome Fabio Camara do Amaral Filiação Olicio Almeida do Amaral e Maria Angela Câmara do Amaral Nascimento

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA PARA PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO

CÓDIGO DE CONDUTA PARA PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO CÓDIGO DE CONDUTA PARA PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO NO TRABALHO Código de conduta para prevenção e combate ao assédio no trabalho 1 PREÂMBULO O presente Código de Conduta para prevenção e combate da

Leia mais

CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL

CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL PLANO DE AULA Contexto e Mudanças no Ambiente de Trabalho Conceito de Clima Organizacional Conceito de Cultura Organizacional Clima e Cultura Organizacional Indicadores de

Leia mais

Unidade IV MODELOS DE LIDERANÇA. Prof. Gustavo Nascimento

Unidade IV MODELOS DE LIDERANÇA. Prof. Gustavo Nascimento Unidade IV MODELOS DE LIDERANÇA Prof. Gustavo Nascimento Os princípios da Liderança Proativa Passividade é uma adjetivo que não combina com a liderança proativa, diferentemente da liderança reativa, na

Leia mais

Quadro 1: Itens que constituem cada escala

Quadro 1: Itens que constituem cada escala Quadro 1: Itens que constituem cada escala Secção Questão Escala de Satisfação 2. O trabalho em si. 3. Grau de motivação que você sente em seu trabalho. Satisfação com o Trabalho Secção 2 6. Tipo de trabalho

Leia mais

ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO SUMÁRIO 1. Introdução 2. O que é Assédio Sexual? 3. A legislação brasileira. 4. Por que assédio sexual é crime? 5. O que a Organização Internacional do Trabalho fala

Leia mais

Administração. Gestão de Conflitos. Professor Rafael Ravazolo.

Administração. Gestão de Conflitos. Professor Rafael Ravazolo. Administração Gestão de Conflitos Professor Rafael Ravazolo www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Aula XX GESTÃO DE CONFLITOS Sempre que existir uma diferença de prioridades ou objetivos, existirá

Leia mais

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes Elaborado por Viviane Vaz Meninas são as maiores vítimas 44% meninas, 39% meninos Faixa etária de maior risco Balanço disque 100 entre 04 e 11

Leia mais

Quando o medo foge ao controle

Quando o medo foge ao controle Quando o medo foge ao controle Transtorno de Ansiedade Generalizada Texto traduzido e adaptado por Lucas Machado Mantovani, mediante prévia autorização do National Institute of Mental Health, responsável

Leia mais

Assédio Moral no Ambiente de Trabalho

Assédio Moral no Ambiente de Trabalho Assédio Moral no Ambiente de Trabalho Thereza Cristina Carneiro G. Bezerra Silva 27.6.2013 Previsão Legal do Assédio Moral Não existe lei especifica que defina o Assédio Moral e/ou imponha pena ao agressor

Leia mais

ASSÉDIO MORAL UM INIMIGO SILENCIOSO UM INIMIGO SILENCIOSO. Heverton Renato M. Padilha

ASSÉDIO MORAL UM INIMIGO SILENCIOSO UM INIMIGO SILENCIOSO. Heverton Renato M. Padilha ASSÉDIO MORAL UM INIMIGO SILENCIOSO Heverton Renato M. Padilha UM INIMIGO SILENCIOSO Santa Maria 2015 Gênese do Estudo do Assédio Moral A violência moral nos locais de trabalho tornou-se objeto de estudo

Leia mais

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter

Amanda Duarte. Luana Freitas. Raiane Moreira. Victória Galter Amanda Duarte Luana Freitas Raiane Moreira Victória Galter O TRABALHO ATÍPICO E A PRECARIEDADE COMO ELEMENTO ESTRATÉGICO DETERMINANTE DO CAPITAL NO PARADIGMA PÓS-FORDISTA Nesse último decênio, vem sendo

Leia mais

Nos dias atuais questões referentes à violência escolar, comportamento

Nos dias atuais questões referentes à violência escolar, comportamento 1 BULLYING ENTRE ESCOLARES DE SANTA CRUZ DO SUL - RS: UM ESTUDO DESCRITIVO-EXPLORATÓRIO Heloisa Elesbão Sandra Mara Mayer Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC heloisaelesbao@bol.com.br Resumo: Nos

Leia mais

O papel do líder no engajamento dos profissionais

O papel do líder no engajamento dos profissionais O papel do líder no engajamento dos profissionais O que é engajamento e para que serve? O comprometimento de um empregado e sua vontade para trabalhar além das expectativas, ou seja, o seu engajamento

Leia mais

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil Por Viviane Vaz Coisificação da Infância Negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como sujeitos e pessoas

Leia mais

Profa. Lis Andréa Soboll. Doutora em Medicina Preventiva (USP) Professora na UFPR. Professora no Mestrado da FAE PR. 1

Profa. Lis Andréa Soboll. Doutora em Medicina Preventiva (USP) Professora na UFPR. Professora no Mestrado da FAE PR. 1 Profa. Lis Andréa Soboll Doutora em Medicina Preventiva (USP) Professora na UFPR. Professora no Mestrado da FAE PR. 1 1.Ter clareza do que se quer identificar 2. Indicadores do assédio moral 3. Métodos

Leia mais