O NOVO CENÁRIO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS Tecnologia e stress
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1 O NOVO CENÁRIO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS Tecnologia e stress III Congresso Brasileiro dos serviços de saúde do PODER JUDICIÁRIO São Paulo, novembro 2011 (apresentação baseada nos artigos de Tânia Franco e cols - jul/dez 2010 e Vera Salerno, jan/jun 2011)
2 Stress: conjunto de reações químicas do ser humano a agressões de ordem física, psíquica e outras, capazes de perturbar a homeostase (Dic Aurélio)
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4 LUTA OU FUGA
5 Tecnologia: conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade (Dic Aurélio) Espera-se que a tecnologia AUXILIE o ser humano na sua jornada
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8 Trabalho como meio de conquista da dignidade humana X Trabalho como fonte de adoecimento, de destruição ambiental e de precarização social
9 Perda da razão social do trabalho perda do sentido do trabalho
10 1. Trabalho e adoecimento: problema de saúde pública que atinge os indivíduos de modo crescente; 2. Trabalho e degradação / crise ambiental com padrões de produção e consumo que rompem limites do tempo e espaço; 3. Trabalho e precarização social, que priva gerações de educação e trabalho digno e gera violência social
11 Problemas: dois paradigmas. excelência e rapidez no trabalho: coerção à perfeição humana caem barreiras morais consentimento de ações perversas permissão de substituição pelo desgaste (demissão) Adoecimento mental relacionado à precarização: Perda do poder aquisitivo ruptura na vida perda da identidade profissional perda do sentido do trabalho isolamento social
12 O que acontece na prática? As queixas de sofrimento mental são relatadas de forma recorrente como relacionadas ao trabalho Trabalhadores do mesmo local com queixas semelhantes A organização do trabalho aparece como geradora de situações de stress.
13 Doença Perda de identidade DEPRESSÃO Dificuldades financeiras Humilhação no INSS
14 Fatores psicossociais do trabalhador Capacidade, expectativa e necessidades; Costumes e cultura; Condições de vida fora do trabalho
15 Jornadas de trabalho cada vez mais extensas, sem respeitar as necessidades do homem, que é um ser diurno.
16 Exemplo 1
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19 Exemplo 2 Terceirização de merenda escolar para o município de Campinas O Programa Municipal de Alimentação Escolar de Campinas atende 407 escolas (municipais e estaduais), além de 39 entidades assistenciais conveniadas com a Prefeitura e 121 salas de aulas de educação de jovens e adultos, um total de alunos. A merenda escolar é administrada pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Ceasa-Campinas.. (sítio eletrônico da Prefeitura Municipal de Campinas )
20 trabalho feito por pouco mais de 600 trabalhadores, maioria mulheres empregados por duas empresas terceirizadas. 50% dos casos atendidos no CEREST tiveram diagnóstico de LER/DORT. sobrecarga de trabalho instalações deficientes da cozinha nas escolas Forma de contratação da empresa terceirizada é por pregao, ou seja, critério puramente financeiro, não leva em conta o volume de trabalho
21 violência em algumas escolas, particularmente atingindo a pessoa responsável pela distribuição de alimentos (a merendeira) de um lado, os bandidos exigem comida. de outro lado, existe a pressão de não poder fornecer alimentação a quem não for aluno da escola. os trabalhadores eram levados a crer, a partir de explicações feitas por seus empregadores, que estes problemas seriam exclusivos de cada um deles, pelo modo como se comportavam, sem firmeza suficiente no tratamento dos alunos e nãoalunos relatavam que eram orientados pelo empregador a resolver sozinhos estes problemas, ou a pedir demissão.
22 Demanda excessiva de trabalho: poucos trabalhadores para muitos alunos Adoecimento e não reconhecimento de direitos precvidenciários No retorno ao trabalho, medo de demissão Fazem qualquer trabalho ordenado, em qualquer situação
23 Trabalho como volante sem local fixo sem conhecer os colegas de trabalho insegurança
24 Perda da identidade no trabalho fragilização do reonhecimento social deterioração do tecido social Consolidação da noção de descartabilidade das pessoas Naturalidade da insegurança Competição de todos contra todos Coisificação das relações humanas Perda da auto-estima Agressão das identidades individual e coletiva Perda da dimensão ética e da dignidade do ser humano
25 Cozinheiras gostam e se orgulham do que fazem. Servir comida mal preparada, saber que o resultado do seu trabalho não será devidamente apreciado pelos alunos, causa uma dor psíquica maior, relacionada ao significado do trabalho.
26 COZINHEIRAS GOSTAM DE SER COZINHEIRAS
27 de um lado, os bandidos exigem comida. de outro lado, existe a pressão de não poder fornecer alimentação a quem não for aluno da escola. os trabalhadores eram levados a crer, a partir de explicações feitas por seus empregadores, que estes problemas seriam exclusivos de cada um deles, pelo modo como se comportavam, sem firmeza suficiente no tratamento dos alunos e não-alunos relatavam que eram orientados pelo empregador a resolver sozinhos estes problemas, ou a pedir demissão.
28 A organização do trabalho gera sofrimento Fatores organizaçionais responsáveis: Perda, redução ou ausência de controle no trabalho; Aumento da responsabilidade individual e sobrecarga de trabalho; Intensificação do ritmo de trabalho; Repetição de ciclos de trabalho; Predeterminação de métodos e técnicas, com baixa utilização de conhecimentos e iniciativas dos trabalhadores;
29 Fatores organizaçionais responsáveis Local de trabalho incompatível com concentração; Crescente incerteza sobre permanência no emprego; Pausas insuficientes para descanso intra e interjornadas; Horários irregulares e em turnos de trabalho.
30 É comum que se identifiquem evidências de ansiedade, angústia, medo e depressão, pela incerteza do futuro tanto do ponto de vista profissional, como do pessoal.
31 Para quê serve fazer o diagnóstico? Conhecer Identificar Notificar Analisar Intervir Controlar (evitar novos casos)
32 Identificar transtornos mentais relacionados ao trabalho permite: Diminuir o número de casos de doença Diminuir incapacidade Diminuir sofrimento
33 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS SECRETARIA DE SAÚDE CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR CAMPINAS Av. Pref. Faria Lima, 680- Parque Itália- CEP: Telefones: (0**19) e (fax) E.mail: cerest_campinas@yahoo.com.br
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