A gestão eficiente do sistema estadual de saúde da Paraíba: geração de evidências

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1 A gestão eficiente do sistema estadual de saúde da Paraíba: geração de evidências Daniel Aran¹ Shirleyanne Brasileiro² Mario Toscano³ Wilton Fernandes 4 Resumo Os dados referentes aos gastos em saúde no âmbito da gestão pública estão registrados em diferentes bancos de dados tais como o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAF), Fundo Nacional de Saúde (FNS) e Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) cuja base de dados é alimentada, sobretudo pelo Relatório Resumido de Execução Orçamentária (REREO), anexo XIV do balanço do ente federado. A Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba, instância de coordenação e supervisão das ações e serviços públicos de saúde no Estado, tem a responsabilidade de gerir todos os recursos públicos destinados a sua gestão. No entanto, não se tem conhecimento de quais intervenções ou ações estão sendo feitas por cada uma das prefeituras e não se tem conhecimento do volume de recursos do financiamento com recursos privados. Para melhorar o desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado da Paraíba, é preciso ter um sistema informação holístico capaz de seguir o percurso que fazem os recursos públicos de saúde, desde suas origens até os beneficiários. Para se alcançar este nível de informação propõe-se no Estado da Paraíba fazer as Contas em Saúde com o System Health Accounts (SHA) 2011 da Organização Mundial da Saúde (OMS). Palavras- chaves: gastos em saúde; contas em saúde; ações e serviços em saúde. Notas: 1.Daniel Aran, Economista ; 2. Shirleyanne Brasileiro, Contadora ; 3. Mario Toscano, Médico; 4. Wilton Fernandes, Técnico em Contabilidade. Membros do Núcleo de Economia da Saúde do Estado da Paraíba. 1

2 Introdução O financiamento tem sido um dos maiores desafios desde implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), muito embora a escassez de recursos tenha sido por causa das implicações diretas sobre a magnitude e a qualidade dos serviços de saúde prestados a população. A Constituição Federal Brasileira (CFB) de 1998 preocupou-se com a necessidade de criar fontes de financiamento capazes de garantir o atendimento das ações e serviços de saúde e impôs essa responsabilidade às três esferas de governo (SILVA; SOUSA, 2011). A partir da proposição do Pacto pela Saúde, através do pacto de gestão (Anexo II da Portaria GM 399/2006) foram criados os Colegiados de Gestão Regional (CGR). Em 2011, estimulados pela propositura do Decreto de 28 de junho de 2011, esse desenho foi reavaliado e constatado que muitas regiões não possuíam nem estrutura nem perfil para se constituir como referência regional de atenção à saúde. Assim, o Plano Diretor Regional foi reformulado em 16 Regiões de Saúde que, à luz do Decreto 7508/11, correspondem às Comissões Intergestores Regionais CIR. A Secretaria de Estado de Saúde, o gestor maior da saúde neste território, necessita de informações econômicas e financeiras que reflitam a verdadeira situação de saúde no Estado, para adequar sua tomada de decisão, uma das fontes de recurso a se avaliar os recursos federais nos blocos de financiamento repassados através do FNS Fundo Nacional de Saúde para o Estado da Paraíba, tendo como base do ano 2013, onde observam às condições de gestão, a qualidade e certificação dos programas e incentivos do Ministério da Saúde com os respectivos tetos financeiros, os recursos transferidos fundo a fundo financiam as ações e serviços de saúde da atenção básica, assistência de media e alta complexidade, investimento, assistência farmacêutica, gestão do SUS e vigilância em saúde. Com objetivo de garantir os recursos necessários para os serviços de saúde, em 13 de setembro de 2000, foi editada a Emenda Constitucional de nº 29, a partir daí, os cálculos dos limites, os critérios de rateios dos recursos, as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde e as normas de cálculo dos montantes a serem aplicados pela União, Estados e Municípios, serão definidos por Lei. Algumas mudanças no processo de financiamento do SUS tiveram como pano de fundo o Pacto pela Saúde (Portaria GM/MS n.399/2006) que engloba: o Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa do SUS e o Pacto de Gestão (BRASIL, 2007a, 2006). 2

3 A necessidade de avaliar o comportamento financeiro e os gastos com saúde se dá pela necessidade em saúde, nas regiões de saúde no estado da Paraíba se dá pela organização das redes definidas como prioridades no estado, de atenção à urgência e emergência, de atenção materna infantil, de atenção psicossocial, de oncologia e cuidados à pessoa com deficiência e com isto trata-se uma um melhor entendimento para alocação a sua regionalização da saúde, cujo seu princípio organizativo do SUS e tem como objetivo, a gestão compartilhada e a realização de ações e serviços de saúde próximos ao lugar de moradia do usuário-cidadão, assegurando aos usuários acesso, qualidade e equidade aos serviços de saúde de forma organizada, com ampla atenção básica e definição de referências para a média e alta complexidade. Desde a década de 90, vem se tentando desenhos diversos no sentido de operacionalizar esse princípio, passando pelas Normas Operacionais Básicas (NOBs), pela Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS 2001/2002), pelo Pacto pela Saúde (2006) e, agora, pelo Decreto 7.508/11. Na prática, vários desenhos foram experimentados e diferentes dispositivos foram acionados, como o Plano Diretor de Regionalização (PDR), o Plano Diretor de Investimentos (PDI), a Programação Pactuada Integrada (PPI) e, atualmente, está se recorrendo ao Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP). O estado da Paraíba possui uma população de habitantes, distribuída em uma área de km², totalizando uma densidade demográfica de 66,70 habitantes /km² distribuída em 223 municípios, em relação ao PIB sua variação foi de 10,3 % superando o índice nacional de 7,5 % e da região do Nordeste 7,2% (IBGE, 2010). Contudo, a Secretaria de Estado de Saúde em seu mapa da saúde, está organizada em nível de gestão central, com sede situada na capital João Pessoa, com 12 (doze) Gerências Regionais de Saúde, que formam a gestão administrativa descentralizada nas 4 (quatro) Macrorregionais de Saúde, sediadas nos municípios: 1ª João Pessoa, 2ª Campina Grande, 3ª Patos e 4ª Sousa. A partir da proposição do Pacto pela Saúde, através do pacto de gestão (Anexo II da Portaria GM 399/2006) foram criados os Colegiados de Gestão Regional (CGR). Em 2011, estimulados pela propositura do Decreto de 28 de junho de 2011, esse desenho foi reavaliado e constatado que muitas regiões não possuíam nem estrutura nem perfil para se constituir como referência regional de atenção à saúde. Assim, o Plano Diretor Regional foi reformulado em 16 Regiões de Saúde que, à luz do Decreto 7508/11, correspondem às Comissões Intergestores Regionais CIR. Esse desenho é vivo e constantemente reavaliado, podendo sofrer alterações, a partir da configuração preconizada no art. 5º do decreto que estabelece condições mínimas para a 3

4 existência de região de saúde, tais como ações e serviços de: I Atenção primária; II Urgência e emergência; III Atenção psicossocial; IV - Atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V Vigilância em saúde. Dentre outros elementos, as regiões de saúde obedecerão a fluxos combinados nas comissões intergestores e será referência para as automaticamente, conformaram as regiões de saúde do estado. Dentre outros elementos, as regiões de saúde obedecerão a fluxos combinados nas comissões intergestores e será referência para as transferências de recursos entre os entes federativos. O grande desafio operacional da regionalização na atual conjuntura consiste em, com base nas necessidades de serviços, no desenho regional, e na conformação das redes de atenção à saúde, pactuar as ofertas e equipar as Regiões de saúde para a prestação de serviços, garantindo a ordenação da atenção básica e, especialmente, da atenção de média e alta complexidade. A partir da regulamentação da lei 8.080/90, através do decreto 7508/2011, apontase, como principal elemento de comprometimento interfederativo de organização e efetivação do SUS, o processo de estruturação e assinatura dos contratos organizativos da ação pública COAP, junto às regiões de saúde. O objetivo e formas de operacionalização do COAP se fazem expressos na seção II do decreto 7508/11, visam alcançar a garantia da integralidade da assistência aos usuários por meio da organização e da integração das ações e serviços de saúde. A preparação e assinatura do contrato organizativo da ação pública de saúde será, certamente, um dispositivo fundamental para a efetivação das redes de atenção à saúde, localizadas nas regiões de saúde. Por isso, precisa de um sistema que descreva de forma sistemática os fluxos financeiros relacionados com as ações e serviços de saúde. Tal ferramenta deve descrever o sistema de saúde do ponto de vista do gasto, atualmente na secretaria de saúde de estado, há sistemas de informação, cada um de eles com um objetivo específico, mas nenhum permite conhecer o gasto total. O gasto total será a composição de todos eles como mostra (quadro 1). 4

5 QUADRO 1 - VISÃO DA CONTABILIDADE PÚBLICA NO GASTO TOTAL EM SAÚDE NO ESTADO DA PARAÍBA DADOS SISTEMA DE INFORMAÇÃO UNIDADE Despesas da Secretaria de Saúde Despesas com folha por unidade financeira SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira Secretaria de Saúde do Estado SES/PB Secretaria de Administração SEAD/PB Despesas com hospitais universitários da PB Despesas com repasse federal FNS - Fundo Nacional de Saúde Despesa com hospital do grupamento de engenharia da grande João Pessoa Despesa com hospital da PM Polícia Militar DESPESAS DAS SECRETARIAS DE SAÚDE DOS MUNICIPIOS DO ESTADO DA PARAIBA SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira FNS- Fundo Nacional de Saúde SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira SIOPS Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Saúde Ministério da Educação e Cultura MEC Secretaria de Saúde do Estado - SES/PB Ministério da Defesa - MS Secretaria da Segurança da Defesa Social - SSDS/PB Prefeituras - Secretarias de Saúde Municipais Fonte: dados de pesquisa 5

6 Sistema Integrado de Administração Financeira O Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAF) é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal e dos entes Federados que o utilizam. Seus principais objetivos são: a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos da administração pública; b) fornecer meios para facilitar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do tesouro nacional, através da unificação dos recursos de caixa; c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da administração pública; d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora; e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas; f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas; g) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e h) proporcionar a transparência dos gastos na administração pública. Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde O Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) disponibiliza informações sobre o funcionamento e financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de apurar as receitas totais e as despesas em ações e serviços públicos de saúde, constituindo-se num instrumento para o acompanhamento do cumprimento do dispositivo constitucional que determina aplicação mínima de recursos em ações e serviços públicos de saúde, tendo sido reconhecido seu papel na própria Lei Complementar 141/2012. Os dados contidos no SIOPS têm natureza declaratória e buscam manter compatibilidade com as informações contábeis, geradas e 6

7 mantidas pelos estados e municípios, além de conformidade com a codificação de classificação de receitas e despesas, definidas pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. O SIOPS faculta aos Conselhos de Saúde e à sociedade em geral a transparência e a visibilidade sobre a aplicação dos recursos públicos. É importante instrumento para a gestão pública em saúde, pois a partir das informações sobre recursos alocados no setor, têm-se subsídios para a discussão sobre o financiamento e planejamento do SUS. A consolidação das informações sobre gastos em saúde no país é uma iniciativa que proporcionará a toda a população, o conhecimento sobre quanto determinada unidade político-administrativa tem aplicado na área. O SIOPS vincula o financiamento com as ações e serviços públicos de saúde conforme, Portaria nº 53, de 16 de Janeiro de 2013 Estabelece diretrizes para o funcionamento do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) e fixa prazos para registro e homologação de informações, em observância ao art. 39 da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, e ao Capítulo I do Decreto nº 7.827, de 16 de outubro de Repasses da União Os repasses da União são feitos por blocos que mostram as grandes ações e os serviços de saúde, mas não há como identificar o detalhamento do uso pelas prefeituras. Integração dos Gastos em Saúde Nenhum desses sistemas anteriormente descritos, no entanto, tem a informação do gasto total em saúde. Conhecer o gasto total é necessário para gerir um sistema tão complexo como é o Sistema Estadual de Saúde, com grande compromisso com o desenvolvimento social e econômico do território. É complexo no financiamento, na prestação dos serviços e na responsabilidade de cada ator. A Secretaria de Saúde é a instância responsável pela assistência de saúde de toda a população do Estado e tem a responsabilidade de gerir todos os recursos envolvidos nessas ações e serviços. Na atualidade, não tem um sistema de informação que permita conhecer o uso de todos os recursos utilizados na assistência de saúde à população do Estado. Existem repasses federais que vão diretamente para as prefeituras. É possível que existam 7

8 repasses que as prefeituras recebem em desacordo com suas necessidades. Desconhecem-se as intervenções ou ações estão sendo feitas por cada uma das prefeituras e sua integração em âmbito regional. A informação adequada para avaliar o desempenho eficiente no uso dos recursos públicos de saúde pelas prefeituras inexiste. Não se tem conhecimento do volume de recursos do financiamento com recursos privados. Outra limitação na avaliação do gasto total em saúde no Estado da Paraíba é que não há como colher a informação de que fonte de financiamento o provedor de serviços de saúde está utilizando para a prestação do serviço contratado. O Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de controle externo do setor público brasileiro, responsável pelo exame e pelo julgamento das prestações de contas dos responsáveis por bens, valores e recursos públicos, vem promovendo e cobrando dos administradores públicos a elaboração e a utilização de indicadores de desempenho para mensurar e avaliar a adequação de suas atividades, à luz da utilização de recursos públicos para a saúde. Sistema de Saúde O sistema de saúde brasileiro encontra-se num momento importante do processo de fortalecimento do financiamento por parte da união, dos estados e dos municípios, que estão obrigados a destinar uma porcentagem do seu orçamento à saúde de acordo com a Emenda Constitucional 29 (EC 29). A implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) está intimamente ligada aos aspectos relativos às formas de financiamento desenhadas pelo Ministério da Saúde. Com as Leis 8080/90 e 8142/90, novos papeis, responsabilidades e competências são definidas e, estados e Municípios passam a ter acesso aos recursos federais de forma mais ou menos automática, de acordo com as condições de gestão estabelecidas pelas Normas Operacionais Básicas (NOBs) e, atualmente, pelas Normas Operacionais de Assistência á Saúde (NOAS). Atualmente, o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, considera, em seu art. 15, que o processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o federal, e que as políticas de saúde deverão estar compatíveis com a disponibilidade de recursos financeiros. 8

9 No tocante a processos contínuos de planejamento, é importante assinalar o seu caráter técnico-político, articulado aos princípios da universalidade, integralidade e equidade, na definição de ações e serviços, e à diretriz única em cada esfera de governo no que tange a operação SUS. Para efeito da aplicação dessa Emenda Constitucional, consideram-se despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas com pessoal ativo e outras despesas de custeio e de capital, financiadas pelas três esferas de governo, conforme o disposto nos artigos 196 e 198, 2º, da Constituição Federal e na Lei n /90, relacionadas a programas finalísticos e de apoio, inclusive administrativos, que atendam, simultaneamente, aos seguintes critérios: sejam destinadas às ações e aos serviços de acesso universal, igualitário e gratuito; estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente federativo; sejam de responsabilidade específica do setor de saúde, não se confundindo com despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que com reflexos sobre as condições de saúde. O Decreto n , de 30 de agosto de 1994, posteriormente às Normas Operacionais 01/91 e 01/92 do SUS, estabelecem as condições e as formas para viabilizar os repasses regulares e automáticos dos recursos do SUS. A Portaria GM/MS n. 204, de 29 de janeiro de 2007, regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e serviços de saúde, com o respectivo monitoramento e controle. Os recursos federais destinados às ações e serviços de saúde passaram a ser organizados e transferidos na forma de Blocos de Financiamento. São seis os Blocos de Financiamento: atenção básica; atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar; vigilância em saúde; assistência farmacêutica; gestão do SUS; investimentos na rede de serviços de saúde. Dentre outros elementos, as regiões de saúde do estado da Paraíba obedecem aos fluxos combinados nas comissões intergestores e ser referência para as transferências de recursos entre os entes federativos. A estruturação das redes de atenção à saúde é a estratégia prioritária para a organização da assistência e a ordenação do cuidado em saúde que estão expressas na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde RENASES. Complementar ao processo de estruturação dos COAP existe também a Relação Nacional de Medicamentos RENAME, que estabelece parâmetro de referência comum dos medicamentos utilizados pelos SUS. Além e transversalmente às Regiões de Saúde, o estado da Paraíba através da secretaria de saúde identifica cinco 9

10 redes prioritárias de atenção à saúde: urgências e emergências; materno-infantil (Rede cegonha); saúde mental; oncologia; e pessoas com deficiência físicas. A referida Emenda Constitucional 29 (EC 29) foi regulamentada pela Lei Complementar nº 141, de 13/01/2012, que regulamenta o 3o do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela união, estados, distrito federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde. A Lei Complementar nº 141 também estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três (três) esferas de governo; além de revogar dispositivos das Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 8.689, de 27 de julho de 1993 (extraído da ementa da referida lei) (BRASIL, 2012). A Emenda Constitucional 29 (EC 29) preconiza para os estados um investimento mínimo em ações e serviços de saúde de 12% da receita líquida de impostos de natureza estadual. No tocante ao investimento previsto, a Paraíba superou esse índice, atingindo o mínimo de 13,12% em 2011 e 13,69% de gastos em 2012 (quadro 2). Quadro 2 - Histórico do percentual mínimo e aplicado pelo estado da Paraíba de acordo com a EC-29. Ano 2011/2012. ESTADO Paraíba ANO ,12% 13,69% Fonte: SIOPS Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde, disponível em O estado da Paraíba, conforme demonstrado no quadro 2, no período analisado, apresenta uma média de 13,4% de aplicação de recursos próprios em saúde. Isso demonstra que, de acordo com os dados dos balanços gerais do estado, a aplicação é superior ao preconizado a Emenda Constitucional 29 (EC 29). 10

11 Para gerir o sistema de saúde precisa-se ter uma contabilidade que reflita o funcionamento e os impactos na saúde. Fonte: Adaptação do SHA 2011 Um sistema de saúde tem quatro funções essenciais para atingir seus objetivos e também avaliar seu próprio desempenho. Governança: a supervisão do sistema inclui a formulação das políticas, monitoramento e avaliação. Geração de recursos: desenvolvimentos de tecnologias e infra-estrutura física. Recursos humanos: formação e desempenho da força de trabalho. Produção de medicamentos e matérias que sejam custo efetivo. Investimentos em ativos fixos para serem utilizados na provisão futura de serviços de saúde. Financiamento: procura de receitas para a saúde e para a compra de serviços. Provisão de serviços: Combinação de insumos para a produção de ações e serviços de saúde necessários para dar cobertura às pessoas e às comunidades. Busca da eficiência na composição de serviços pessoais e não pessoais Fluxos financeiros O relacionamento entre os atores do Sistema Único de Saúde (SUS) tem dois fluxos, sendo um financeiro, representado pela transferência de pagamento pelas ações e serviços de saúde e outro físico que é a entrega das ações ou serviços. Os governos (União, Estados e Municípios) recebem da população receitas de impostos ou taxas. Em 11

12 contrapartida, têm o dever definido pela Constituição da República e por leis ordinárias, de oferecer cobertura de saúde a toda população. Na gestão dos fundos de saúde, os governos têm o compromisso de fornecer as ações e os serviços necessários para esta cobertura em saúde. Para isso, os governos utilizam seus próprios hospitais ou centros de saúde ou contratam provedores que tenham a capacidade de fornecer tais serviços demandados. Os mecanismos de pagamento são repasses ou pagamentos diretos, em troca das ações ou dos serviços, caracterizando uma compra. Pela compra dos serviços, os gestores dos fundos devem a prestação de contas dos contratos assinados ou as notas fiscais, nos casos de compra direta. Os provedores entregam os serviços contratados, que algumas vezes recebem um pagamento direto (pagamento do bolso do usuário) quando a população compra de forma independente os serviços de saúde que necessita (gasto privado). Fluxos: físicos e financeiros Fonte: Adaptação Manual da OMS Para a gestão do sistema de saúde, os gestores desta política pública necessitam conhecer o valor total dos recursos de saúde alocados para atingir os objetivos desejados, que nível hierárquico tem interesse nessas ações federal, estadual ou municipal, segundo as normas constitucionais e legais, ou seja, quais as fontes de financiamento. É muito importante ter em conta que estes gestores a quem está facultada a destinação dos recursos de saúde e por isso têm as melhores condições para 12

13 uma tomada de decisão eficiente e eficaz, têm que identificar quem são os agentes financeiros. Dimensões do Gasto em Saúde O montante do gasto da tomada de decisão será o mesmo que o das fontes de financiamento requeridas. Este será o mesmo valor do montante referente à totalidade de ações e serviços de saúde que são necessários produzir, para atingir a população do Estado, segundo seu perfil epidemiológico. Mas, para produzir as ações e os serviços de saúde, será necessário ter um provedor dos serviços de saúde que com uma gestão eficiente combinará os recursos humanos, materiais e físicos para produzir os mesmos. Por tanto, tem-se um gasto em saúde que segundo o olhar, financiamento, provisão ou uso, precisa um detalhamento diferente. Na atualidade, não existe no Estado da Paraíba nenhum sistema de informação que tenha este detalhamento ou que tenha esta forma de olhar o gasto em saúde. Fonte: Elaboração Própria O sistema de informação tem que dar resposta as seguintes perguntas chaves, para a gestão eficiente na saúde: Quem financia as ações e serviços de saúde? Quem gerencia os fundos? Quem fornece as ações e serviços de saúde? 13

14 Que ações e serviços de saúde foram fornecidos? Quais são os elementos de despesas? Qual são as populações beneficiárias? Conclusão Nenhum sistema de contabilidade oferece esta informação. O único dado que se pode ter é o gasto total só do ponto de vista da contabilidade, obtido da soma de informações que vêm de diferentes fontes. O único sistema que atinge a informação de gestão é o que faz o seguimento dos recursos desde sua origem até o uso, passando por quem toma a decisão de alocar o dinheiro, onde as ações e serviços são comprados e como tem sido a função de produção, para atingir a população desejada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu um sistema que permite ter toda a informação necessária. Esta metodologia e conhecida como Sistema de Contas de Saúde (SHA, 2011) 1. A metodologia do SHA baseia-se no seguimento de recursos de saúde entre diferentes atores econômicos, e consiste em dar seguimento ao dinheiro através das fontes financeiras, agentes financeiros e provedores, e a descrição dos componentes da função de produção, até chegar aos beneficiários. Para melhorar o desempenho do SUS no Estado da Paraíba, é preciso ter um sistema informação holístico, que seja capaz de seguir o percurso que fazem os recursos públicos de saúde, desde suas origens até os beneficiários. Este nível de informação só se pode atingir fazendo as Contas em Saúde com o System Health Accounts (SHA) 2011 da Organização Mundial da Saúde (OMS). 1 SHA 2011, por suas siglas em inglês, System Health Accounts 14

15 Referências - O que é o SIAFI? - O que é SIOPS? - OECD, OMS, Eurostat, A System of Health Account (SHA) Edition 2011, acessado em 30/08/14. SILVA, Marcelo Grugel Carlos da, SOUSA, Maria Helena Lima. Temas de Economia da Saúde III: contribuição para gestão do SUS. ISBN. Ed. Da Universidade Estadual do Ceará EdUECE, Fortaleza, 2011.p.141 a 143. BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988., NORMAS Operacionais Básicas: NOB-SUSnº01/91, NOB-SUS nº01/93, NOB- SUS nº01/96., EMENDA Constitucional nº29/2000., Lei Orgânica da Saúde L.O.S. Lei nº 8.080/90.. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012., MINISTÉRIO da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº204, de janeiro de Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais pra as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com respectivo monitoramento e controle. Brasília, 2007a Acesso no período de 30/06 a 6/7/2014. SAÚDE, Plano Estadual de a 2015 Ed. Gráfica e Design. Governo da Paraíba. Secretaria de Estado da Saúde, p.110 a

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