Famílias, género e sintomas de depressão na Europa

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2 Famílias, género e sintomas de depressão na Europa Anália Torres com Rute Lemos, Rui Brites e João Ferreira de Almeida CIEG, ISCSP Universidade de Lisboa GULBENKIAN FORUM ON MENTAL HEALTH Socioeconomic Crises and Mental Health: from Research to Action 24th and 25th November 2016 Calouste Gulbenkian Foundation, Lisboa Auditorium 2

3 Impactos da crise na vida familiar e na saúde mental 1) Identificar diferentes realidades vividas no contexto familiar e seus possíveis efeitos na saúde mental. 2) Crise, condições de vida, classe, género e bem estar subjetivo na Europa. 3) Famílias, género e sintomas da depressão na Europa: refletindo sobre os dados do European Social Survey e sobre os seus impactos na definição de políticas.

4 Os homens ao sofrerem o desemprego, ou perda económica, tendem a sentir-se despossuídos e a viver mal nestas situações; elas ameaçam o que se tem designado por masculinidade adequada : os homens não podem perder poder, não devem dar sinais de fraqueza, não se devem queixar, nem pedir ajuda. Em situações limite põe em risco a sua saúde mental, quer auto-infligida (suicídio), ou podem passar passar ao ato, através de conflitos ou da violência sobre a família. 1) Impacto diferenciado da crise nas famílias Crise e Desemprego os resultados de pesquisa mostram que os factores socioeconómicos externos têm impacto nas relações familiares. Dada a centralidade emocional na vida das pessoas destas relações, intensificam-se seus efeitos podendo causar grandes perturbações saúde mental. Mas esses efeitos são diferenciados pelos contextos sociais, de acordo com os diferentes membros das família homens mulheres e crianças e nas diferentes idades da vida. Efeitos de género As realidades vividas hoje em PT, mas também na Europa mostram que homens e mulheres trabalham os dois profissionalmente para alimentar as suas famílias. Mas no caso das famílias heterossexuais os padrões tradicionais ainda funcionam e produzem efeitos perversos.

5 1) Impacto diferenciado da crise nas famílias (cont.) As mulheres tendem a trabalhar ainda mais para compensar as dificuldades financeiras, aumentando o volume do trabalho pago, e continuando a assumir a responsabilidade dos cuidados com a família. Tendência para a depressão, como veremos e/ou burnout. Pensando agora nas idades dos filhos - quando estas situações ocorrem quando os filhos são adolescentes podem gerar-se situações explosivas. Chegam cada vez mais às Comissões de Proteção sinalizações de famílias com dificuldades em lidar com a adolescência dos filhos e filhas. Efeitos de classe e género cruzados classes médias (perda das almofadas que são as empregadas domésticas) sectores mais desfavorecidos - homens sem trabalho (construção civil em perda); mulheres desmultiplicando-se em horas infinitas de trabalho fora de casa acumulado com o trabalho de casa.

6 1 2 - Crise, condições de vida, classe, género e bem estar subjetivo na Europa.

7 Feeling about household's income in 2008 and 2012, by country In countries, economical fragile, people recognize difficulties in living with their income. Source: European Social Between 2008 and 2012 the difficulties intensified almost everywhere, but the bigger gaps are in Ireland (+11%), Spain (+9%) and some

8 Well-being in Europe, by class and sex The synthetic index of Subjective well-being* results from the joint response of respondents to the following questions: - All things considered, how satisfied are you with your life as a whole nowadays? - Taking all things together, how happy would you say you are? European Social Survey, 2008

9 35,0 Hours spent (personally) per week, doing domestic chores (people in paid work) 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0,0 Swedeen Norway Men U. Kingdom Denmark Finland Women Ireland Netherlands Belgium Germany Switzerland France Check Republic Poland Slovaquia Hungary Slovenia Estonia Bulgaria Croatia Spain Portugal Greece Cyprus Ukranie Russia European Social Survey, 2010

10 1 3) Famílias, género e sintomas da depressão na Europa: refletindo sobre os dados do European Social Survey.

11 Depression symptoms *(2012) 45,0% 40,0% 35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 7,4% 13,0% 11,9% 11,4% 20,5% 18,9% 17,5% 14,2% 17,1% 12,6% 14,8% 40,9% 22,0% 13,8% 27,0% 29,4% Noruega Suécia Finlândia Dinamarca Reino Unido França Alemanha Holanda Bélgica 2012 Suíça Irlanda Hungria Polónia Eslovénia Espanha Portugal European Social Survey 2012 Depression symptoms or perception of depression and not diagnosed depression CES-D8 depression scale: Comment: How often have you experienced the following feelings over the lastweek? Answer categories are: almost all of the time, most of the time, some of the time, almost none of the time. (a)i felt depressed.(b)i felt that everything I did was an effort; c) My sleep was restless.(d)i was happy.(e)i felt lonely. (f)i enjoyed life.(g)i felt sad.(h) I couldn t get going.

12 Depression symptoms by sex (2012) 50,0% 45,0% 40,0% 35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 44,0% 37,1% 32,1% 33,3% 27,3% 23,2% 23,1% 23,5% 21,6% 21,6% 21,5% 17,0% 16,4% 15,5% 16,3% 16,6% 15,7% 15,5% 13,9% 13,4% 14,1% 13,4% 13,4% 11,8% 12,4% 10,5% 10,3% 10,5% 9,5% 9,5% 8,9% 6,0% Noruega Suécia Finlândia Dinamarca Reino Unido França Alemanha Holanda Bélgica Suíça Irlanda Hungria Polónia Eslovénia Espanha Portugal Homens Mulheres

13 D e p r e s s i o n s y m p t o m s, b y cohabitation (2012) 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Noruega Suécia Finlândia Dinamarca Reino Unido França Alemanha Holanda Bélgica Suíça Irlanda Hungria Polónia Eslovénia Espanha Portugal Vive só Vive acompanhado Para todos os países o teste de qui-quadrado com correção de Fisher sugere que as duas variáveis não são independentes entre si, para um nível de confiança de 95%.

14 Depression Symptoms by activity (2012) 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Noruega Suécia Finlândia Dinamarca Reino Unido França Alemanha Holanda Bélgica Suíça Irlanda Hungria Polónia Eslovénia Espanha Portugal trabalho pago estudante desempregado serviço militar, civico, domestica, doença reformado (X 2 (4)=122, 953, p<0,001) Paid work: 21,5% Student: 5,7% Unemploye d : 38,0% Militar or civic service, doing housework, hill: 36,1% retired: 41,0%

15 45,0% Depression symtoms, by social class and sex Portugal (2012) 40,0% 35,0% 30,0% 40,4% 32,2% 34,4% 32,9% 32,1% 42,1% 25,0% 20,0% 25,4% 27,8% 15,0% 16,9% 10,0% 12,9% 11,2% 10,7% 5,0% 0,0% Empresários e Dirigentes Profissionais Liberais Profissionais técnicos e de enquadramento Trabalhadores independentes Empregados Executantes Operários Homens Mulheres (X 2 (5)=18,257, p<0,01)

16 Determinantes sociodemográficos na probabilidade de ocorrência de depressão em 16 países europeus - Número de anos de escolaridade - Sexo - Situação perante o trabalho - Coabitação Técnica estatística: Regressão logística binária

17 B е b Sexo Masculino (Feminino) 0,386*** 1,471 Número de anos de escolaridade -0,070*** 0,932 Cohabitação Vive acompanhado (Vive sozinho) 0,685*** 1,984 Situação perante o trabalho Estudante (Trabalho pago) -0,283*** 0,754 Desempregado (Trabalho pago) 0,946*** 2,575 Incapacidade ou doença permanente e Serviço comunitário, 0,697*** 2,008 militar, ou doméstico/a (Trabalho pago) Reformado (Trabalho pago) 0,414*** 1,513 Constante incluída no modelo = -1,234-2log 27573,856 N = Significância: *** 0,1%

18 Determinantes sociodemográficos na probabilidade de ocorrência de depressão em Portugal MODELO 1 - Número de anos de escolaridade - Sexo - Idade - Situação perante o trabalho - Tipo de agregado familiar Técnica estatística: Regressão logística binária

19 B е b Sexo Masculino (Feminino) Idade Número de anos de escolaridade Situação perante o trabalho Estudante (Trabalho pago) Desempregado (Trabalho pago) Incapacidade ou doença permanente e Serviço comunitário, militar, ou doméstico/a (Trabalho pago) Reformado (Trabalho pago) Tipo de agregado Vive só Vive com parceiro e com filhos com 25 anos Vive com parceiro e sem filhos com 25 anos Vive sem parceiro e sem filhos mas com outros membros no agregado Vive com parceiro e com filhos com 25 anos Vive sem parceiro e com filhos com 25 anos 0,408*** 1,504 0,014* 1,014-0,052*** 0,950-1,101** 0,333 0,801*** 2,227 0,160 1,174 0,383* 1,466 0,047 1,049-0,548* 0,578-0,786** 0,456-0,481+ 0,618-0,675* 0,509-0,554+ 0,574 Determinantes sociodemográfic os na probabilidade de ocorrência de depressão em Portugal MODELO 1 Constante incluída no modelo = - 1,150-2log 2323,670 N = 2097 Significância: *** 0,1% **1% *5% + 10%

20 Algumas conclusões: - O risco das mulheres terem depressão é 47,1% superior ao dos homens na EU e 50,7% em PT. - Por cada aumento unitário do número de anos de escolaridade verifica-se uma diminuição de 6,8% na EU e 5% em PT no risco de ter depressão. - O risco dos indivíduos que vivem sozinhos terem depressão quase que duplica face aos que vivem acompanhados (efeito cruzado com estado civil viúvo/a - reforma, sexo). - O risco dos reformados terem depressão é 51,3% (EU) e 46,6% (PT) superior aos que estão num trabalho pago. - Os que estão desempregados são a condição perante o trabalho que apresenta maior risco de depressão. - Quanto às diferentes tipologias familiares (PT) a situação que apresenta maior risco de sintomas de depressão é a dos que vivem num agregado monoparental (com filhos com idade igual ou inferior a 25 anos e sem parceiro).

21 Em Síntese, e regressando a um olhar mais qualitativo Factores estruturais como as desigualdades socioeconómicas, as condições de vida, as classes sociais, o género têm efeitos expressivos sobre o a vida dos diferentes membros das famílias, sobre o bem estar subjetivo e sobre a saúde mental na Europa e em Portugal. Nas relações familiares devem ser equacionados os desequilíbrios de poder dentro da própria família, os conflitos e a violência que pode ser exercida sobre os mais vulneráveis (mulheres, crianças idosos) e os seus efeitos negativos sobre o bem estar. As mulheres estão na esfera familiar, e porque assumem duplas jornadas de trabalho, particularmente sobrecarregadas, como a elevada sintomatologia de depressão parece mostrar. Para além de irem ficando, ao longo da vida, em desvantagem económica em relação aos homens.

22 Mas pouca atenção tem sido dada às situações vividas pelos homens com impacto na saúde mental e que implicam respostas adequadas e dirigidas às suas problemáticas específicas (dificuldades no plano emocional, entre outras). As políticas de prevenção e de intervenção relativamente à saúde mental devem ser pensadas, pois, tendo em conta o que temos designado por uma perspetiva de género intersecional, isto é, pensando nas vulnerabilidades específicas classe, género, idade, orientação sexual, presença de deficiência ou de dependência.

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