Professor Cristiano de Souza

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1 COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL Competência PRIVATIVA da União para LEGISLAR (pode delegar) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIV - populações indígenas; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Competência RESERVADA/REMANESCENTE dos ESTADOS para LEGISLAR Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Competência CONCORRENTE (União + Estados/DF) para LEGISLAR Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Competência CONCORRENTE SUPLETIVA OU PLENA dos Estados/DF para LEGISLAR 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Assessor MP 1

2 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Competência CONCORRENTE IMPLÍCITA dos Municípios para LEGISLAR Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; PRINCÍPIOS Visa o crescimento econômico Preservação ambiental Equidade social Origem desse princípio: Conferência de Estocolmo 1972 Declaração da RIO/92 princípios 4 e 5 1) PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Previsão Internacional Previsão na legislação interna Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: II - propriedade privada; III - função social da propriedade; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 2) PRINCÍPIO DO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DA PESSOA HUMANA Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. CUIDADO: esse princípio havia sido previsto antes da CF/88 nos arts. 2º e 4º da L /81 Política Nacional do Meio Ambiente. Assessor MP 2

3 3) PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E DA PRECAUÇÃO PREVENÇÃO PRECAUÇÃO OBJETIVO Evitar a concretização do dano Evitar a concretização do dano QUANDO É APLICADO Certeza científica sobre o impacto ambiental Falta de certeza científica absoluta sobre o risco da ocorrência de danos ao meio ambiente; Casos de riscos graves e RECONHECIMENTO INTERNACIONAL PREVISÃO NA CF/88 Declaração de Estocolmo 1972 (princípios 6 e 21) Declaração do RIO/92 (princípio 2) Art º, IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; irreparáveis ao meio ambiente Declaração do Rio/92 (princípio 15) Art. 225 (caput).... para as presentes e futuras gerações. EXEMPLOS Estudos de Impacto Ambiental das atividades de extração mineral Transgênicos (OGM); Radiofrequência das antenas de telefone celulares. 4) PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR Custo social pela poluição Internalização dos custos externos (externalidades negativas) Art. 225-CF/88. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Art. 4º- Lei 6.938/81- A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Art Lei 6.938/81- Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. Assessor MP 3

4 5) PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR 6) Art. 4º- Lei 6.938/81- A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao USUÁRIO, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. 7) PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA Princípio nº 10 da Declaração do RIO/92 (ECO/92) Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. Tipos de participação popular Medidas Legislativas Plebiscito art. 14, I, CF Referendo art. 14, II, CF Iniciativa Popular art. 14, III, CF Medidas Administrativas Direito de Informação art. 5º, XXXIII, CF Direito de Petição art. 5º, XXXIV, CF EIA/RIMA art. 225, IV, CF Medidas Processuais Ação Popular art. 5º, LXXIII, CF Ação Civil Pública art. 129, III, CF 8) PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO Principio nº 10 da Declaração do RIO/92 Art. 5º, XXXIII, CF Art. 225, IV, CF (parte final) 9) PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Art. 225, 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VI - promover a educação ambiental em TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 10) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade; Assessor MP 4

5 Art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; Art. 170, II - propriedade privada; III - função social da propriedade; Art. 186, Art A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE PNMA LEI Nº 6.938/91 Lei editada antes da CF/88. Os princípios gerais do art. 2º são os balizadores das demais normas ambientais Elenca conceitos importantíssimos no seu art. 3º: Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - MEIO AMBIENTE, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - POLUIÇÃO, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - POLUIDOR, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - RECURSOS AMBIENTAIS: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Define os objetivos da PNMA no art 4º (importante ler esse artigo com o artigo 225 da CF/88) A Lei 6.938/81 criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA ESTRUTURA DO SISNAMA Órgãos Composição Função Assessorar o Presidente da Republica na formulação da Órgão Superior Conselho de Governo política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais Estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os Conselho Nacional do recursos naturais. Órgão Consultivo e Meio Ambiente Deliberar no âmbito de sua competência sobre normas e Deliberativo (CONAMA) padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial a sadia qualidade de vida. Assessor MP 5

6 Órgão Central Órgão Executor Órgão Seccional Órgão Local Secretaria do Meio Ambiente da Presidencia da República IBAMA Instituto Chico Mendes Entidades Estaduais Entidades Municipais Planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente Executar e fazer executar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais Responsáveis pela execução dos programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. Responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdicções. Para conseguir executar essa política nacional, a Lei 6.938/81 criou INSTRUMENTOS, quais sejam: Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; (EIA/RIMA) V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - INSTRUMENTOS ECONÔMICOS, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. Da SERVIDÃO FLORESTAL como instrumento econômico e seus requisitos: a) Anuência do órgão ambiental competente b) Renúncia voluntária do proprietário c) Pode ser temporário ou permanente d) Total ou parcial e) É tipo de direito de uso, exploração ou supressão de recursos naturais existentes na propriedade particular. f) Não pode haver servidão ambiental em Área de preservação permanente (APP) ou em área de Reserva Legal (RL). g) A servidão ambiental deve ser averbada no registro de imóveis. h) Embora seja uma faculdade do proprietário instituir servidão ambiental, após sua instituição a sua proteção será no mínimo a da Reserva Legal. Assessor MP 6

7 i) Durante o prazo da servidão ambiental é vedado: i) transmissão do imóvel a qualquer título; ii) desmembramento; iii) retificação dos limites da propriedade. Adota a responsabilidade OBJETIVA calcada no RISCO INTEGRAL, para reparação do dano ambiental. Art Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: [...] 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. 5 o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação das obrigações de indenização e reparação de danos previstas no 1 o deste artigo. A Lei 6.938/81 criou a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao IBAMA. LICENCIAMENTO (Res. 237 CONAMA) Toda construção, instalação, ampliação, funcionamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores ou causas de degradação ambiental dependendo de PRÉVIO LICENCIAMENTO do ÓRGÃO ESTADUAL competente. Conceito de Licenciamento Ambiental (Res. 237/ CONAMA): procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. OBS: O IBAMA tem competência supletiva para realizar o licenciamento. EXCEÇÃO: Competência originária do IBAMA: a) Significativo impacto de âmbito nacional b) Significativo impacto de âmbito regional c) Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber: I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União. II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; Assessor MP 7

8 V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. d) Supletivamente quando não houve órgão estadual CUIDADO: Todo e qualquer incentivo governamental ou financiamento público SOMENTE será concedido se houver LICENÇA PRÉVIA. OBS: Ao final do licenciamento ambiental (procedimento) será ou não concedida a licença ambiental (ato administrativo) Dois conceitos precisam estar bem claros, quais sejam: Atividade Poluidora Atividades poluidoras de significativa degradação ambiental Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. Precisa de licença prévia, mas não precisa de EIA/RIMA Precisa de EIA/RIMA antes da concessão da Licença + publicidade + audiência pública. Tipos de licença e seus prazos de validade: (art. 8 c/c art. 18) Tipo de Licença I - LICENÇA PRÉVIA (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; Até 5 anos Até 6 anos Prazos de Validade III - LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Mínimo 4 anos Máximo 10 anos Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. Assessor MP 8

9 EIA/RIMA (Res nº01/conama) Em alguns casos será necessário o Estudo de Impacto Ambiental antes do licenciamento para as atividades causadoras de impacto ambiental. IMPACTO AMBIENTAL: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais. Nesses casos o EIA/RIMA SERÁ OBRIGATÓRIO tendo em vista o impacto presumido. Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV Aeroportos V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia. OBS: Após a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) será elaborado o seu relatório (RIMA) que deverá conter as seguintes conclusões: Art 9º - O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo: I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados; III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto; Assessor MP 9

10 IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação; V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização; VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado; VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral). Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. OBS: A audiência pública poderá ser realizada depois de elaborado o RIMA, sempre que o órgão competente para o licenciamento julgar necessário. Isso não impede que seja marcada nova audiência pública na fase posterior ao EIA/RIMA, ou seja, antes da Licença Prévia. Art. 11, 2º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental e apresentação do RIMA, o estadual competente ou o IBAMA ou, quando couber o Município, determinará o prazo para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e demais interessados e, sempre que julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e discussão do RIMA. RECURSOS HÍDRICOS LEI 9.433/97 A política nacional de Recursos Hídricos foi tratada na Lei 9.433/97 com os seguintes princípios e objetivos. DOS FUNDAMENTOS Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; DOS OBJETIVOS Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Assessor MP 10

11 Poder Público, dos usuários e das comunidades. Atenção: o bem água é de domínio da União e dos Estados, assim, a União articula-se com os Estados sobre a PNRH. Principais Instrumentos para garantir a efetividade dos fundamentos e objetivos da PNRH. a) PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS São planos diretores a longo prazo. Os planos são elaborados por bacias hidrográficas e por Estados b) OUTORGA DO DIREITO DE USO (AUTORIZAÇÃO) É concessão do poder público ao interessado (público ou privado) do direito de usar privativamente os recursos hídricos. Sendo a outorga uma autorização, será ato administrativo discricionário, precário e por prazo determinado Diante da redação do art. 8º da Lei 9.984/00 toda outorga concedida pela União Federal deverá ter ampla publicidade. Objetivos da outorga: assegurar o controle quantitativo e qualitativo do uso da água. Casos que dispensam a concessão de outorga: 1. Uso da água para satisfação de pequenos núcleos populacionais no meio rural. 2. As derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes. 3. As acumulações de volume de água consideradas insignificantes Compete ao CNRH (conselho nacional de recursos hídricos) a outorga de concessão quando a água for utilizada para a geração de energia elétrica. A outorga pode ser concedida pela: União: art. 20 da CF/88 (ANA) Estados: art. 26 da CF/88 CUIDADO: nunca por municípios!!! A outorga de direito de uso poderá ser SUSPENSA parcial ou totalmente pelo prazo determinado ou indeterminado quando: 1. Não cumprimento dos termos da outorga 2. Ausência de uso por 3 anos consecutivos 3. Necessidade de água para os casos de calamidade 4. Necessidade de previnir a degradação ambiental grave 5. Necessidade de atender usos prioritários coletivos Assessor MP 11

12 6. Necessidade de manter as navegabilidade do corpo d água. Toda outorga de direito de uso não poderá exceder o prazo de 35 anos, mas admite renovação. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são alienáveis, mas confere o simples direito de uso. c) COBRANÇA PELO USO (VALOR ECONÔMICO) É a contraprestação pecuniária = Preço Público (não é tributo) ficando vinculado a bacia hidrográfica a qual pertence. Serve para incentivar o racionamento do uso da água A contrapartida será utilizada nos programas e investimentos nos planos de Recursos Hídricos Os recursos (preços públicos) terão sua aplicação prioritária na própria bacia, mas não é exclusiva pois: 1. O comitê da bacia poderá autorizar a aplicação em outra bacia 2. O limite máximo de 7,5% dos valores arrecadados em cada bacia poderão custear órgão e entidades do sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos d) SISTEMA DE INFORMAÇÕES A obtenção (entrada) de informação será descentralizada O processamento e a coordenação do sistema serão unificados. Toda a sociedade terá acesso as informações SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS SINGRH TEM POR OBJETIVOS: 1. Coordenar a gestão integrada das águas 2. Arbitrar (administrativamente) os conflitos com os R.H. 3. Implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos 4. Planejar, regular o uso, a preservação e a recuperação dos R.H> 5. Promover a cobrança pelo uso dos R.H. Integrantes do SINGRH 1. Conselho Nacional de R.H. 2. Agencia Nacional de Águas (ANA) 3. Conselho de R.H. dos Estados e DF 4. Comitês de Bacias Hidrográficas Assessor MP 12

13 5. Órgãos dos poderes federal, estadual, e municipal 6. Secretarias executivas do comitê de bacias CUIDADO: Tanto o SISNAMA como o SINGRH possui caráter nacional e não federal. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO LEI 9.985/00 A lei 9.985/00 criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC, formado por um conjunto de U.C. federal, estadual e municipal. A estrutura desse SNUC é parecido com o SISNAMA e seus principais órgão são: 1. CONAMA órgão consultivo e deliberativo 2. Ministério do Meio Ambiente Órgão Central (Federal) 3. Instituto Chico Mendes Órgão Executor (o IBAMA atuará supletivamente) Categorias de Unidades de Conservação Unidade de Proteção Integral Admite apenas o uso indireto, de seus recursos naturais, salvo exceção da lei. Uso Indireto: é aquele que não envolve consumo, coleta, dano, destruição dos recursos naturais. Política de alto grau de restrição, porém não é absoluto. Todas as espécies precisam de Zona de amortecimento. 1. Estação Ecológica 2. Reserva Biológica 3. Parque Nacional 4. Monumento Natural 5. Refúgio da vida silvestre Unidade de Uso Sustentável Compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Concilia a exploração com a perenidade dos recursos naturais (Uso racional) 1. Área de Proteção Ambiental 2. Área de Relevante interesse ecológico 3. Floresta Nacional 4. Reserva Extrativista 5. Reserva de Fauna 6. Reserva de desenvolvimento sustentável 7. Reseva Particular do Patrimônio Nacional. Características das U.C. de Unidade de Proteção Integral Estação Ecológica preservar a natureza; realização de pesquisas científicas. É área de domínio público e as terras particulares deverão ser desapropriadas Reserva Biológica Possui o objetivo de preservação integral da biota sem a interferência direta do homem. É área de domínio público e as terras particulares deverão ser desapropriadas. Parque Nacional preservar o ecossistema de grande relevância ecológica É área de domínio público e as terras particulares deverão ser desapropriadas. Monumento Natural Refúgio da Vida Silvestre Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica Assessor MP 13

14 É proibida a visitação, exceto com o objetivo educacional. A pesquisa científica precisa de autorização prévia É proibida a visitação, exceto com o objetivo educacional. A pesquisa científica precisa de autorização prévia É permitida a visitação conforme o plano de manejo. A pesquisa científica precisa de autorização prévia Pode ser em áreas particulares, desde que haja a compatibilidade entre os objetivos da unidade com a utilização pelo proprietário. Caso contrário haverá a desapropriação. A pesquisa científica precisa de autorização prévia Pode ser em áreas particulares, desde que haja a compatibilidade entre os objetivos da unidade com a utilização pelo proprietário. Caso contrário haverá a desapropriação. A pesquisa científica precisa de autorização prévia É permitida a alteração do ecossistema nos casos: 1. Restauração 2. Manejo de espécies 3. Coleta de componentes para pesquisa 4. Pesquisa com impacto no máximo em 3% da área total e até hectares. Não é permitida qualquer alteração, deferente da Estação Ecológica. Assessor MP 14

15 Assessor MP 15

16 Assessor MP 16

17 UNIDADES DE USO SUTENTÁVEL Área de proteção ambiental Proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais Em geral é extensa Dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais Constituída em terras publicas ou privadas Área de relevante interesse ecológico Manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível da área compatibilizando com os objetivos de conservação. É de pequena extensão Características naturais extraordinárias, ou abrigam exemplares raros da biota regional Constituída em terras publicas ou privadas Pesquisa e visitação com condição estabelecida pelo órgão gestor ou pelo proprietário Devem possuir área de amortecimento e quando conveniente Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de fauna Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e pesquisas cientificas, com ênfase em métodos de exploração sustentável de florestas nativas. Proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas tradicionais Adequada para estudos técnicos científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos Reserva de desenvolvimento sustentável Preservar a natureza e assegurar condições e meios necessários para a reprodução e melhoria dos modos e qualidades de vida e exploração de recursos naturais das populações tradicionais RPPN Conservar a diversidade ecológica Com cobertura florestal de espécies preponderantes nativas Posse e domínio público. Áreas particulares serão desapropriadas. Visitação publica permitida Devem possuir área de amortecimento e quando conveniente Domínio publico com uso concedido as populações extrativistas reguladas por contrato. As áreas particulares serão desapropriadas Visitação publica permitida Devem possuir área de amortecimento e quando conveniente Área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas residentes ou migratórias Posse e domínio público. Áreas particulares serão desapropriadas. Visitação publica permitida Devem possuir área de amortecimento e quando conveniente Área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvido ao longo de gerações e adaptados as condições ecológicas locais. Domínio publico com uso concedido as populações tradicionais reguladas por contrato. As áreas particulares serão desapropriadas Visitação publica permitida Devem possuir área de amortecimento e quando conveniente Área privada gravada com perpetuidade Visitação publica permitida com objetivos turísticos, recreativos e educacionais

18 corredores ecologicos corredores ecologicos corredores ecologicos corredores ecologicos corredores ecologicos

19 CÓDIGO FLORESTAL LEI 4.771/65 As florestas são bens de interesse comum, assim a competência para preservar é comum a todos os entes (União, Estados/DF, Municípios) Mas, a competência para legislar sobre florestas é concorrente. Assim, as florestas em propriedade privada sofre as limitações da lei, não gerando qualquer tipo de indenização do particular contra o poder público, pois é de interesse comum a todos. O Código Florestal estabelece o que é pequena propriedade rural: hectares na região da Amazônia e Pantanal hectares no polígono das secas e leste maranhense hectares nas demais regiões. ATENÇÃO: é no Código Florestal que temos a definição de Área de Preservação Permanente APP, que devem ser protegidos independentemente de estarem cobertos por vegetação nativa, a exemplo: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será: 1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; 2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; 3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; h) em altitude superior a (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. OBS: A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social e quando inexistir alternativa técnica. OBS: a competência para autorizar a supressão é do órgão estadual, mas precisa de prévia anuência do órgão federal. OBS: a supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas ou manges somente poderá ocorrer no caso de Utilidade Pública.

20 OBS: As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente pelo só efeito desta Lei. Assim, a exploração dos recursos florestais em terras indígenas somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em regime de manejo florestal sustentável para atender a sua subsistência, respeitado a área de preservação permanente. Portanto, não podem explorar com o intuito econômico. Conceito de RESERVA LEGAL: i. Área localizada no interior de uma propriedade particular ou pública, excetuando-se a área de preservação permanente APP. ii. É espécie de limitação administrativa imposta pela lei ao proprietário de áreas rurais que obriga a reservar uma porção de sua área sem qualquer interferência ou exploração direta = Manejo Florestal Sustentável. No caso de criação de reservatório artificial é obrigatório a desapropriação ou aquisição das áreas de preservação permanente criadas em torno, caso existam. Os planos de reforma agrária deverão excluir: 1. As florestas de preservação permanente APP. 2. As florestas necessárias ao abastecimento de madeira. As florestas plantadas, não consideradas de preservação permanente, é livre a extração de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação de carvão, respeitadas a legislação em vigor. O comércio de plantas vivas oriunda da floresta dependerá de licença da autoridade competente. Existe a possibilidade de instituição de Servidão Florestal: 1. Em propriedade privada 2. Por ato voluntário do proprietário 3. De caráter permanente ou temporário 4. Localizado fora da APP e da Reserva Legal 5. Deve ser averbada no registro de imóveis CRIMES AMBIENTAIS LEI 9.605/98 É necessário estabelecer claramente a conduta da pessoa física para a imputação do crime (diretor, administrador, conselho, gerente, preposto, mandatário). Relevância da Omissão: precisa saber que a conduta era criminosa e impedir a prática quando podia evitá-la. Responsabilidade da Pessoa Jurídica: 1. A infração precisa ser cometida em favor da pessoa jurídica (demonstração do prejuízo) 2. A decisão foi do representante legal ou colegiado

21 3. Teoria da dupla imputação: para o STJ só é possível a responsabilidade da PJ desde que identificado a pessoa física autora do delito. 4. Não cabe HC para a PJ, mas cabe MS É admitido a tríplice responsabilidade (administrativa, penal e civil) Teoria adotada para a desconsideração da personalidade jurídica Teoria Maior CADE art. 18 CC/02 art. 50 Teoria Menor CDC art. 28, 5º Dir. Ambiental art 4º da L /98 Da aplicação da pena Pessoa Física PPL PRD Multa Pessoa Jurídica PRD Multa Prestação de serviço a comunidade Hipótese de substituição da PPL em PRD da PENA PARA A PESSOA FÍSICA PPL Crime culposo ou PPL menor que 4 anos + análise do art. 59 do CP PRD Prestação de serviço a comunidade Interdição temporária de direitos ** Suspensão parcial ou total da atividade Prestação pecuniária Recolhimento domiciliar ** Interdição temporária: é a proibição de contratar com o poder público a) 5 anos se for crime doloso; b) 3 anos para crime culposo. Hipótese de PRD à PESSOA JURÍDICA 1. Suspensão das atividades: quando não obedecer as leis de proteção ao meio ambiente 2. Interdição: quando não tiver autorização ou autorização em desacordo 3. Proibição de contratar com o poder público até 10 anos. OBS: essas 3 hipóteses podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente OBS: A PJ constituída ou utilizada para o fim de permitir, facilitar ou ocultar prática de crime ambiental terá a sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime. Da ação penal e do Processo penal 1. Será pública incondicionada

22 2. Cabe transação penal quando: for crime de menor potencial ofensivo, não for caso de arquivamento e se houver prévia reparação do dano. 3. Nos casos em que a pena mínima for igual ou inferior a 1 anos caberá SURSIS pelo período de 2 a 4 anos Do processo administrativo: dias para a defesa do auto de infração dias para a autoridade julgar o ato dias para recorrer da decisão 4. 5 dias para pagar a multa administrativa

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