RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

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1 1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Mateus Henrique Dambroz Ijuí, RS, Brasil 2016

2 2 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS ORIENTADORA: PROFª DRª. CRISTIANE BECK SUPERVISOR: MED. VET, DR. RICARDO PIMENTEL DE OLIVEIRA Mateus Henrique Dambroz Ijuí, RS, Brasil 2016

3 3 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Mateus Henrique Dambroz Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado na área de Clínica Médica de Pequenos Animais ao Curso de Medicina Veterinária, realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF-RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientadora: Profª. Drª. Cristiane Beck Ijuí, RS, Brasil 2016

4 4 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA elaborado por Mateus Henrique Dambroz como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário COMISSÃO EXAMINADORA: Cristiane Beck, (UNIJUÍ) (Orientadora) Fernando Silvério Ferreira da Cruz, (UNIJUÍ) (Banca) Ijuí, 02 de julho de 2016.

5 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus, fonte de vida e sabedoria. Agradeço aos meus pais que por maior que fossem as dificuldades, com muito esforço, suor e amor criaram e deram educação aos três filhos. Agradeço à minha namorada Iorrana Rodrigues pela sua compreensão da minha ausência e seu apoio e estimulo incondicional em todos os momentos. Agradeço ao Profº André Luiz Silva da Silva, que com sua garra e determinação provou que quando desejamos algo com todas nossas forças, somos capazes de alcança-las, desde que nos dedicamos inteiramente àquilo que queremos. Agradeço a todos os professores do Curso de Medicina Veterinária da Unijuí, em especial à minha orientadora e amiga Profª. Cristiane Beck. Agradeço ao Fabiano, ao Gringo, à Michele, ao Felipe, ao Artur e ao Paulo pelas cuias de chimarrão compartilhadas, pelos cafés, pelos estudos em grupo, pelas conversas e principalmente pela amizade.

6 6 Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância. John F. Kennedy

7 7 RESUMO RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS AUTOR: MATEUS HENRIQUE DAMBROZ ORIENTADORA: CRISTIANE BECK Data e local da defesa: Ijuí, 02 de julho de O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica Médica de Pequenos Animais, no Hospital Veterinário da Fundação Universidade de Passo Fundo, localizado na cidade de Passo Fundo, RS. O estágio teve a supervisão interna do Médico Veterinário Ricardo Pimentel Oliveira e Orientação da professora Drª. Cristiane Beck, durante o período de 07 março a 08 de abril de 2016, totalizando 150 horas. Durante o estágio foram desenvolvidas várias atividades, entre elas o acompanhamento de atendimento clínicos, coleta de sangue, cistocentese, biópsia, citologia aspirativa por agulha fina, raspado de pele, troca de curativos, colocação de talas ortopédicas, administração de medicamentos, sondagem uretral, entre outras, sendo estas descritas de forma mais detalhada nas tabelas a seguir. Após será relatado e discutido dois casos clínicos acompanhados durante a realização do estágio, sendo eles um caso de babesiose canina e o outro osteossarcoma nasal em um canino. O estágio clínico é fundamental, pois por meio dele temos a oportunidade de acompanhar melhor a rotina clínica veterinária, é também o momento que nos permite um contato maior com os animais. É durante o período do estágio em que podemos pôr em prática e aperfeiçoar boa parte dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, além de também trocar ideias e aprender técnicas e métodos diferentes.

8 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Procedimentos ambulatoriais realizados e/ou acompanhadas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 2- Exames auxiliados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 3- Diagnósticos de doenças infectocontagiosas acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 4- Diagnósticos de doenças do sistema urinário e reprodutor acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 5- Diagnósticos de doenças do sistema cardiovascular e respiratório acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 6- Diagnósticos de doenças do sistema tegumentar e oftalmológico acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 7- Diagnósticos de doenças do sistema muscular e esquelético acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Tabela 8- Diagnósticos de doenças oncológicas acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de

9 9 LISTA DE ABREVIATURAS ALT BID bpm Alanina aminotransferase Bis in die (duas vezes ao dia) Batimentos por minuto DASP Dermatite alérgica à saliva da pulga DNA Ácido desoxirribonucleico DTUIF Doença do trato urinário inferior dos felinos FA HV Fosfatase alcalina Hospital Veterinário IM Intramuscular IV Intravenoso Kg Quilograma mg/kg Miligramas por quilograma mpm Movimentos por minuto ºC Graus Celsius PAAF Punção aspirativa por agulha fina PCR Reação em cadeia da polimerase RNA SC SID TID UPF VO Ácido ribonucleico Subcutânea Semel in die (uma vez ao dia) Ter in die (três vezes ao dia) Universidade de Passo Fundo Via oral

10 10 LISTA DE ANEXOS Anexo A Resultados do hemograma do caso de babesiose canina Anexo B- Resultados do hemograma do caso de babesiose canina após tratamento Anexo C- Resultado da pesquisa de hemoparasitas do caso de babesiose canina Anexo D- Resultados da PAAF no caso do osteossarcoma nasal em um canino Anexo E- Atestado de conclusão do estágio... 39

11 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS RELATO DE CASO RELATO DE CASO I- BABESIOSE CANINA Introdução Metodologia Resultados e Discussão Conclusões Referências Bibliográficas RELATO DE CASO II- OSTEOSSARCOMA NASAL EM UM CANINO Introdução Metodologia Resultados e Discussão Conclusão Referências Bibliográficas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 35

12 12 1 INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou a ampliação e o aperfeiçoamento do conhecimento da área de atuação, da conduta clínica e da postura profissional. O estágio foi um momento onde também pode-se aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos em sala de aula na rotina clínica. O Estágio foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), localizado na BR 185, KM 171, na cidade de Passo Fundo, RS, no período de 07 de março a 08 de abril de 2016, totalizando 150 horas. O mesmo foi realizado na área de clínica médica de Pequenos Animais, sob a supervisão do Médico Veterinário Ricardo Pimentel Oliveira e orientação da professora Médica Veterinária Dra. Cristiane Beck. O Hospital Veterinário da UPF presta atendimento a animais de grande porte, animais de companhia e silvestres. Ele conta com diversos laboratórios de apoio, como de análises clínicas, bacteriologia, virologia, parasitologia, reprodução, patologia e diagnóstico por imagem, que atendem tantos casos oriundos do HV, quanto os encaminhados pelos clínicos da região. Oferece serviços de vacinação, endoscopia, traqueoscopia, ultrassonografia, radiologia, enfermagem, cirurgias gerais, vídeo cirurgias e necropsias. Está equipado com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), isolamento e internação. Possui um horário de atendimento integral e é referência na área da saúde animal na região. A escolha do Hospital Veterinário da UPF para a realização do Estágio Curricular deuse em razão do reconhecimento da instituição como referência na região e a grande casuística no Hospital Veterinário, além de estar bem equipado e ter ótimos profissionais para melhor atender a população.

13 13 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado, tais como atendimentos clínicos, exames complementares, procedimentos ambulatoriais e coleta de materiais estão expressas nas tabelas a seguir. 2.1 Procedimentos ambulatoriais Tabela 1- Procedimentos ambulatoriais realizados e/ou acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Procedimentos Canino Felino Total % Acesso venoso ,79 Coleta de sangue ,33 Colocação de tala ortopédica ,63 Consultas ,42 Dermorrafia ,63 Drenagem de abscesso ,63 Enema ,63 Eutanásia ,63 Flebotomia ,63 Quimioterapia ,26 Remoção de cerclagem ,63 Remoção de fixadores externos ,63 Retirada de pontos ,89 Sondagem uretral ,52 Transfusão sanguínea ,26 Troca de curativos ,89 Vacinação ,63 Total

14 Exames auxiliados Tabela 2- Exames auxiliados e/ou encaminhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Exames Canino Felino Total % PAAF ,02 Biopsia ,02 Bioquímico* ,49 Hemograma ,59 Radiografia ,51 Swab nasal ,02 Ultrassonografia ,35 Total *ALT, FA, URÉIA, CREATININA 2.3 Diagnósticos de doenças infectocontagiosas Tabela 3- Diagnósticos de doenças infectocontagiosas acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Doenças infectocontagiosas Canino Total % Cinomose ,67 Giardíase 1 1 8,33 Leptospirose 1 1 8,33 Parvovirose ,67 Total

15 Diagnósticos de doenças do sistema urinário e reprodutor Tabela 4- Diagnósticos de doenças do sistema urinário e reprodutor acompanhadas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Diagnóstico Canino Felino Total % Cistite ,50 (conclusão) Cisto folicular ,25 Distocia ,50 Doença renal crônica ,25 DTUIF ,25 Hidrometra ,50 Ovário remanescente ,25 Piometra de colo aberto ,75 Piometra de colo fechado ,50 Ruptura de bexiga ,25 Total Diagnósticos de doenças do sistema cardiovascular e respiratório Tabela 5- Diagnósticos de doenças do sistema cardiovascular e respiratório acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Diagnóstico Canino Total % Bronquite ,11 Cardiopatia ,67 Colapso de traqueia ,11 Perfuração de traqueia ,11 Total

16 Diagnósticos de doenças do sistema tegumentar e oftalmológico Tabela 6- Diagnósticos de doenças do sistema tegumentar e oftalmológico acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Diagnóstico Canino Total % Abscesso 1 1 5,26 Cisto sebáceo 1 1 5,26 DASP ,53 Demodicose 1 1 5,26 Dermatite atópica 1 1 5,26 Dermatobiose 1 1 5,26 Escabiose 1 1 5,26 Foliculite 1 1 5,26 Miíase ,05 Otite bacteriana 1 1 5,26 Otite interna ,53 Piodermite 1 1 5,26 Sinus 1 1 5,26 Úlcera de córnea 1 1 5,26 Total Diagnósticos de doenças do sistema muscular e esquelético Tabela 7- Diagnósticos de doenças do sistema muscular e esquelético acompanhadas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de (continua) Diagnóstico Canino Felino Total % Artrose ,67 Doença do disco intervertebral ,00 Fratura de fêmur ,33 Fratura pélvica ,67 Luxação de patela ,67

17 17 (conclusão) Luxação de cabeça de fêmur ,67 Ruptura de ligamento cruzado ,67 Trauma craniocefálico ,33 Total % 2.8 Diagnósticos de doenças oncológicas Tabela 8- Diagnósticos de doenças oncológicas acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário UPF, no período de 07 de março a 08 de abril de Diagnóstico Canino Felino Total % Carcinoma de células escamosas ,11 Hemangiossarcoma ,11 Mastocitoma ,67 Osteossarcoma ,11 Total

18 18 3 RELATO DE CASO Relato de Caso I- Babesiose Canina Introdução A babesiose é uma doença infectocontagiosa, distribuída mundialmente. Ela é causada por protozoários do gênero Babesia, que acomete caninos, felinos, bovinos, ovinos, equinos e suínos. As formas desses protozoários podem variar entre piriformes, arredondados, ovalados ou irregulares. São conhecidas aproximadamente 25 espécies de Babesia, porém apenas duas delas parasitam os cães, entre elas a B. canis e a B. gibsoni. Outros sinônimos para a babesiose canina são piroplasmose canina, nambiuvu e peste do sangue (FORTES, 2004). A divisão morfológica das espécies de Babesia é dada em relação ao tamanho dos protozoários. Os grandes são classificados como B. canis e possuem dimensões entre 4 a 7 µm, já os pequenos são classificados como B. gibsoni e possuem dimensões de 2 a 5 µm (BIRKENHEUER, 2010). A espécie B. canis é dividida em três subespécies sendo elas a B. canis canis, B. canis rossi e B. canis vogeli (LAPPIN, 2010). Os principais vetores desta doença são os carrapatos ixodídeos, porém pode ser transmitida pela via transplacentária ou transfusão sanguínea (GIGER, 2008). De forma geral, a B. canis canis pode ser transmitida pelo Dermacentur reticulatis, a B. canis rossi pode ser transmitida pelo Haemaphysalis leachi e tanto a B. canis vogeli como a B. gibsoni são transmitidas pelo Rhipicephalus sanguineus (TABOADA; LOBETTI, 2006; BIRKENHEUER, 2010; LAPPIN, 2010). Nos carrapatos, o ciclo do protozoário começa pela ingestão dos protozoários pelas fêmeas dos carrapatos, após eles adentram e proliferam-se nas células epiteliais do intestino, caem na hemocele, penetram e multiplicam-se nas células dos tubos de Malphigi, nos ovários, lá ocorre a penetração nos oócitos e infecção dos ovos. Em seguida, ocorre o desenvolvimento na hemocele das larvas originárias dos ovos infectados, das ninfas e dos adultos provenientes dessas larvas. Após atingir a hemocele, ocorre a penetração e multiplicação nas glândulas salivares dos carrapatos. A transmissão aos vertebrados ocorre durante a sucção do sangue pel os carrapatos (FORTES, 2004). Nos cães, o período de incubação pode variar de dez dias a três semanas, e nesse período, ocorre a infecção e multiplicação intraeritrocitária, resultando em anemia hemolítica

19 19 intravascular ou extravascular (LAPPIN, 2010). Todos os cães podem ser infectados, porém cães com menos de oito meses de idade parecem ser mais suscetíveis a essa doença (TABOADA; LOBETTI, 2006; GIGER, 2008). A babesiose é apontada como sendo a principal causa de anemia hemolítica aguda nos cães (GIGER, 2008). A doença pode ter caráter subclínico, hiperagudo, agudo ou crônico. Os sinais clínicos observáveis incluem mucosas pálidas, icterícia, febre, taquicardia, taquipneia, depressão, anorexia, fraqueza, ascite, vômito, diarreia, fezes escuras, fraqueza, desorientação e colapso (LAPPIN, 2008; BIRKENHEUER, 2010). Achados laboratoriais como anemia regenerativa, hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria, hemoglobinúria, trombocitopenia, acidose metabólica e azotemia associados aos sinais clínicos e ao histórico, podem ser indicativos da presença da doença (LAPPIN, 2008). O diagnóstico pode ser estabelecido através da confirmação da presença do parasita nas hemácias por corante Wright ou Giemsa sobre finos esfregaços sanguíneos, por meio de testes sorológicos e pela reação de cadeia em polimerase (PCR). (LAPPIN, 2010). O tratamento é feito pela administração de dipropionato de imidocarb, aceturato de diminazeno, isetionato de pentamidina (TABOADA; LOBETTI, 2006). A terapia de suporte tem como finalidade corrigir a desidratação por meio de fluidoterapia, a anemia por meio de transfusão sanguínea e a acidose metabólica com agentes alcalinizantes (GIGER, 2008). Até então, a melhor forma de prevenção é o controle dos carrapatos, se o mesmo não for possível, recomenda-se o uso de dipropionato de imidocarb em canis altamente infectados para eliminar a condição de portador em cães assintomáticos (LAPPIN, 2010). O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de um cão com sintomatologia e alterações hematológicas condizentes com babesiose, sendo possível a confirmação através da pesquisa de hemoparasitas. Metodologia Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, um canino, macho, sem raça definida com nove meses de idade, pesando 11 Kg. O proprietário relatou que adotou o cão da rua, e na tentativa de eliminar as pulgas fez uso tópico de Neocid Mortein (Carbaril 4,91%). Após perceber que o animal ficou apático, e com receio de tratarse de um quadro de intoxicação, recorreu ao Hospital Veterinário. Ao exame físico, o paciente apresentava-se apático, temperatura retal de 38,8 C, frequência respiratória de 33 mpm, frequência cardíaca de 150 bpm, mucosas ictéricas,

20 20 presença de petéquias na região abdominal e linfonodos poplíteos aumentados. Não foi detectada a presença de pulgas, porém foi observado a presença de carrapato. A partir do histórico e do exame físico, foi estabelecido três possíveis causas do conjunto de sinais observados, entre elas leptospirose, hemoparasitose ou hepatopatia. Para determinar a causa primária foi solicitado hemograma, pesquisa de hemoparasitas e teste de soroaglutinação microscópica, esse último para confirmar ou não a presença de leptospirose. Após a consulta o paciente internou, e durante esse período que durou 14 dias, foi administrado diariamente 500 ml de cloreto de sódio 0,9% associada à 50 ml de polivitamínico, doxiciclina na dose de 0,25 mg/kg, intravenoso (IV), BID, metoclopramida na dose de 4 mg/kg, IV, TID e ranitidina na dose de 2 mg/kg, IV, BID. O diagnóstico foi estabelecido no segundo dia de internação e imediatamente foi administrado sulfato de atropina na dose de 0,04 mg/kg, IV, e após 15 minutos foi administrado dipropionato de imidocarb em dose única de 0,5 mg/kg, SC. Nos primeiros dois dias de internação o paciente já não apresentava mais apatia, parecendo estar alerta e responsivo ao tratamento. No terceiro dia, foi observado um quadro diarreico breve, porém intenso. No sétimo foi repetido o hemograma devido à piora no quadro clínico, com presença de apatia, hipotermia (35,3 C) e relutância para se alimentar. Chegando ao décimo dia de internação era possível constatar a presença de edema de membros, pelo sinal de Godet positivo e tosse. Devido ao agravamento do quadro clínico, foi informado ao proprietário a necessidade de uma transfusão sanguínea, sendo que não foi obtida a autorização para a realização da mesma. No 14º dia, com o consentimento do proprietário, foi realizada a eutanásia devido ao quadro clínico em que o paciente se encontrava, e, para a realização da mesma foi administrado propofol, 12 mg/kg, IV, morfina, 0,1 mg/kg, IV e cloreto de potássio na dose de 100 mg/kg, IV, sucessivamente. Resultados e Discussão Os sinais clínicos da babesiose podem variar dependendo da espécie envolvida, mas de forma geral incluem mucosas pálidas ou icterícas, febre, taquicardia, taquipneia, depressão, anorexia, fraqueza e ascite (CORRÊA et al., 2005; TABOADA; LOBETTI, 2006; PINTO, 2009; BIRKENHEUER, 2010; LAPPIN, 2010). Embora não tenha sido observado hipertermia, os demais sinais apresentados pelo paciente como a apatia, anorexia, taquipneia,

21 21 taquicardia, icterícia e a presença de petéquias estão de acordo com a literatura citada. A icterícia é uma característica de cães infectados por B. canis. Em um estudo realizado por Nunes et al. (2009), os sinais clínicos observados com maior frequência em cães com babesiose são febre em 66% dos casos, mucosas hipocoradas em 55,5%, petéquias/hematomas em 27,7% e o aumento de linfonodos foi observado em 50% dos casos. A diarreia apresentada durante o período de internação, embora pouco comum, pode ser decorrente de complicações gastrointestinais da babesiose (TABOADA; LOBETTI, 2006), podendo estar presente em até 22,2% dos casos (NUNES et al., 2009). Outra causa provável da diarreia pode estar relacionada aos efeitos colaterais da administração do dipropionato de imidocarb que incluem ainda salivação transitória, dispneia, lacrimejamento e depressão (LAPPIN, 2010). A presença de carrapatos também é descrita por Corrêa et al. (2005) e Antonio et al. (2009), em seus respectivos relatos de caso. Para Nunes et al. (2009), em caso de presença de carrapato e sintomatologia compatível,é justificado o início do tratamento para a babesiose, mesmo sem a confirmação laboratorial, desde que descartado outras doenças. O diagnóstico foi estabelecido através da pesquisa de hemoparasitas pelo esfregaço sanguíneo de sangue periférico, sendo esta uma das formas de diagnóstico da doença. Também pode ser realizado por PCR e imunofluorescência indireta (RASKIN, 2008; BIRKENHEUER, 2010; LAPPIN, 2010) Durante o período de internação foi solicitado dois hemogramas, o primeiro apresentou anemia normocítica normocrômica regenerativa, conforme Anexo A. Esses achados são descritos por vários autores (CORRÊA et al., 2005; CAVALCANTE et al., 2006; TABOADA; LOBETTI, 2006; BIRKENHEUER, 2010, LAPPIN, 2010; VILELA et al., 2013). Nunes et al. (2009), observaram anemia regenerativa em 53,3% dos casos estudados. Embora muitos cães positivos assintomáticos não apresentem anemia, os valores de hematócrito são ligeiramente inferiores aos cães negativos (ALVARES et al., 2009). No segundo hemograma, conforme Anexo B, observou-se agravamento da anemia com macrocitose e hipocromia. Taboada e Lobetti (2008), relatam esse achado como consequência da progressão da doença. A anemia observada em casos de babesiose tem origem intravascular ou extravascular, a primeira é desencadeada pela replicação do parasita no meio intracelular e consequente rompimento da hemácia dentro do espaço vascular, já a segunda é causada em decorrência da ação dos macrófagos que por meio da opsonização dos eritrócitos infectados, reconhece e faz a fagocitose dos mesmos (TABOADA; LOBETTI, 2006).

22 22 No primeiro leucograma foi observada leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda regenerativo, no segundo observou-se leucocitose com neutrofilia sem desvio à esquerda. Essas alterações embora esperadas, não são características da babesiose (TABOADA; LOBETTI, 2006). A trombocitopenia é um dos achados clínicos mais comuns (CORRÊA et al., 2005; ANTONIO et al., 2009; BIRKENHEUER, 2010; LAPPIN, 2010), podendo ser observadas em 60% (NUNES et al., 2009) até acima de 80% dos casos (VILELA et al., 2013). Essa alteração está relaciona com a destruição imunomediada e o consumo acelerado de plaquetas em decorrência da vasculite endotelial (TABOADA; LOBETTI, 2006). O resultado da pesquisa de hemoparasitas indicou a presença de Babesia spp, não sendo possível a diferenciação da espécie envolvida, conforme Anexo C. Embora cada espécie tenha as características morfológicas diferentes, a determinação do agente pela avaliação morfométrica não é recomendada pela baixa confiabilidade (DUARTE et al., 2008). A terapia usada está em concordância com a descrita por vários autores, sendo que há algumas diferenças em relação à dose do dipropionato de imidocarb, essas variações estão na ordem de 0,02 mg/kg para mais ou para menos (CORRÊA et al., 2005; RASKIN, 2008; PINTO, 2009; BIRKENHEUER, 2010; LAPPIN, 2010). O dipropionato de imidocarb é eficaz contra a infecção, porém provoca a redução da resposta imune, fazendo com que o mesmo seja mais suscetível à reinfecção (TABOADA; LOBETTI, 2006). A doxiciclina é eficaz na redução da doença clínica (LAPPIN, 2008), porém não remove a infecção (BIRKENHEUER, 2010). Para Giger (2008), a administração de glicocorticoides em doses imunossupressoras por duas a três semanas tem a função de controlar o componente hemolítico imunomediado. Taboada e Lobetti (2006) reconhecem a importância do uso de glicocorticoides, porém ressaltam que é preciso ter cuidado pois os monócitos e os fagócitos são as principais defesas imunológicas para o controle do protozoário e a redução de suas atividades pode resultar em aumento da parasitemia. Durante o período de internação foi administrado solução fisiológica 0,9% para a manutenção da volemia, no entanto a literatura recomenda a administração de bicarbonato de sódio ou outras soluções que possam corrigir quadros de acidose (LAPPIN, 2010). A transfusão sanguínea é recomendada quando o paciente apresenta risco de vida em decorrência da anemia, geralmente quando o hematócrito atinge 15% (TABOADA; LOBETTI, 2006). No caso relatado, foi informado a necessidade de transfusão sanguínea e

23 23 solicitada a permissão para a realização da mesma para o proprietário quando a concentração do hematócrito estava em 18%, porém não foi obtida a autorização. A eutanásia foi realizada com a finalidade de minimizar o sofrimento do paciente, sendo confirmada pela ausência de batimento cardíacos e respiratórios, ausência de pulso, perda do reflexo corneal e rigor mortis. Os procedimentos adotados e as substâncias de escolha, exceto a morfina, são previstos pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (2013). Conclusões A escolha dos fármacos, embora adequada, não foi suficiente para o sucesso do tratamento. A transfusão de sangue, neste caso, poderia ter sido decisiva, pois melhoraria a condição clínica em vários aspectos. A eutanásia fez-se necessária frente ao estado terminal e a irreversibilidade da doença. Palavras-chave: Babesia spp.; Hemoparasita; Anemia Hemolítica; Carrapatos. Referências Bibliográficas ANTONIO, N. S.; OLIVEIRA, A. C.; ZAPPA, V. Babesia Canis: Relato de Caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Garça: FAEF. Ano VII, n. 12, ALVARES, A. A. A. et al. Babesiose em Cães Assintomáticos em Maringá- Paraná. In: ENCONTO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CESUMAR. n , Maringá- PR. Anais VI Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar. Disponível em: Acesso: 05/05/2016. BIRKENHEUER, A. J. Babesiose. In: BARR, C. J.; BOWMAM, D. D. Doenças Infecciosas e Parasitárias em Cães e Gatos: Consulta em 5 Minutos. Rio de Janeiro: Revinter, Cap. 9. p CAVALCANTE, L. F. H. et al. Síndrome Nefrótica em Cão Associada à Babesia canis. Acta Scientiae Veterinariae. v. 34, n. 3, p , CORRÊA, A. A. R. et al. Babesiose Canina- Relato de caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Garça: FAEF. 4 ed

24 24 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Guia Brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais. Brasília, DUARTE, S. C. et al. Diagnóstico Parasitológico e Molecular da Babesiose Canina na Cidade de Goiânia-GO. Revista de Patologia Tropical. v. 37, n. 3, p , FORTES, E. Parasitologia Veterinária. 4 ed. São Paulo: Ícone, Cap. 2. p GIGER, U. Anemias Regenerativas Causadas por Hemorragia ou Hemólise. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 2. Cap p LAPPIN, M. R. Infecções Polissitêmicas por Protozoários. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 99. p LAPPIN, M. R. Infecções Protozoárias e Mistas. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 1. Cap. 87. p NUNES, F. C.; LOPES, C. R.; DOMINGUES, K. C. Perfil Clínico Epidemiológico as Babesiose Canina em Município da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Agropecuária Técnica. v. 30, n. 2, p , RASKIN, R. E. Eritrócitos, Leucócitos e Plaquetas. In: BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders Clínica de Pequenos Animais. 3 ed. São Paulo: Roca, Cap. 22. p 241. PINTO, R. L. Babesiose Canina- Relato de Caso f. Dissertação (Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais) - Universidade Rural do Semi-Árido. TABOADA, J.; LOBETTI, R. Babesiosis. In: GREENE, C. E. Infectious Diseasses of the Dog and Cat. 3 ed. St, Louis, Missouri: Elsevier, Cap. 77. p VILELA, J. A. R. et al. Alterações Clínico-Hematológicas da Infecção por Babesia canis vogeli em Cães do Município de Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de medicina Veterinária. v. 35. Cap. 1, p , 2013.

25 25 Relato de Caso II- Osteossarcoma nasal em um canino Introdução Neoplasias ósseas primárias são mais comuns em cães do que em gatos. A maioria dos tumores ósseos primários em cães são malignos, pois, causam a morte por infiltração local ou metástases (COUTO, 2010). O osteossarcoma (OSA) é um tumor mesenquimal maligno de células ósseas primitivas, que produzem uma matriz extracelular de osteóide. Eles são classificados em subclasses de acordo com o tipo, a quantidade e a característica das células, podendo ser: osteoblástico, condroblástico, fibroblástico, pouco diferenciado e telangiectásico. Embora haja essa subdivisão, não foi verificado diferenças no comportamento biológico entre os tipos de OSA (STRAW, 2008). Esse tipo de tumor tem ocorrência natural tanto em humanos como em cães e embora sua causa não esteja bem esclarecida, sabe-se que ele pode se desenvolver em associações com outras doenças como infartos ósseos, fraturas prévias e uso de dispositivos de fixação metálicos (WEISBRODE, 2009). Os osteossarcomas são os tumores ósseos primários mais comuns em cães (COUTO, 2010), correspondendo por cerca de 85% das alterações malignas originárias do esqueleto dos cães (STRAW, 2008). Ele pode afetar tanto o esqueleto apendicular como o axial (COUTO, 2010). A maioria dos OSAs acometem o esqueleto apendicular, e normalmente origina-se na região metafisária dos ossos longos (STRAW, 2008). São mais incidentes em cães machos de raças grandes ou gigantes, de meia idade a idosos (STRAW, 2008; COUTO, 2010). As principais características do OSA são a infiltração local agressiva dos tecidos adjacentes e a rápida disseminação hematógena (COUTO, 2010). O desenvolvimento desse tumor pode ter origem central ou intraósseo, periosteais e mais raramente justacortical, esse por sua vez é menos agressivo, pois forma uma massa expansiva que embora seja aderida ao córtex, ele não invade o mesmo (WEISBRODE, 2009). A ocorrência de metástases além de ser frequente, pode ocorrer ainda na fase inicial da doença. As metástases ocorrem principalmente nos pulmões, porém também pode acometer os ossos e tecido moles (STRAW, 2008). Os OSAs apresentam alterações radiográficas que seguem um padrão líticoproliferativo na região do osso acometido, porém outras neoplasias primárias de tecido ósseo e algumas lesões de osteomielite, podem mimetizar o aspecto radiográfico do OSA (COUTO,

26 ), por isso o diagnóstico definitivo baseia-se na avaliação da citologia celular ou na avaliação histológica (WEISBRODE, 2009). A cintilografia óssea, a ressonância magnética e a tomografia computadorizada são excelentes ferramentas para auxiliar no diagnóstico (DALECK et al., 2008) O tratamento de OSAs pode ser feito mediante amputação ou ressecção do tumor preservando o membro associado ou não a quimioterapia (DALECK et al., 2008). A sobrevida de cães com OSA no crânio geralmente é maior do que cães com o tumor nos membros (WOODARD, 200), ainda assim o prognóstico é desfavorável devido à elevada frequência de recorrência local e ocorrência de metástases (JONES; HUNT; KING, 200). O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de um cão com osteossarcoma com achados clínicos e citológicos característicos da doença. Metodologia Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, um canino, fêmea, da raça Rottweiler com 5 anos de idade, e pesando 30 Kg. O proprietário relatou que há um mês começou a observar um aumento de volume na região nasal do lado direito com presença de secreção nasal. O paciente foi levado para consulta em um veterinário e foi prescrito anti-inflamatório esteroidal, antibiótico e ranitidina, não sabendo informar o princípio ativo e a dose do anti-inflamatório e do antibiótico. Sem resposta ao tratamento o proprietário buscou atendimento no Hospital Veterinário. No exame físico constatou-se a presença de uma massa aderida e firme não ulcerada na região do plano nasal direito de aproximadamente 6 centímetros e secreção nasal mucopurulenta. O paciente não apresentava dor na região, estava em bom estado nutricional, temperatura retal em 38,7ºC, frequência respiratória em 20 mpm, frequência cardíaca de 88 bpm. Não foram observadas alterações na ausculta cardíaca e pulmonar, os linfonodos estavam normais e não apresentou alterações na palpação abdominal. Após o exame físico, o paciente foi anestesiado com propofol, 4 mg/kg, IV, para a realização da radiografia da região da face e do tórax. Ainda com o paciente anestesiado foi feita a PAAF da massa para exame citológico. Foi realizada também ultrassonografia da região abdominal e coleta de sangue para hemograma e bioquímico para a solicitação de alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA), creatinina e ureia. Após a realização dos exames, o paciente foi encaminhado para casa com prescrição de piroxicam, 0,66 mg/kg, SID, VO, por sete dias, omeprazol, 1,33 mg/kg, SID, VO, por 10

27 27 dias, enrofloxacino, 5 mg/kg, SID, VO, por 10 dias e tramadol, 3,33 mg/kg, TID, VO, por 10 dias. Na consulta de retorno dez dias após, foi informado ao proprietário o diagnóstico, as opções de tratamento que incluíam a resecção do tumor e a quimioterapia e o prognóstico. Como o paciente estava em boas condições físicas e bem ativo, o proprietário optou por esperar o inevitável avanço da doença e realizar a eutanásia somente quando o mesmo não tivesse condições de levar uma vida digna. Resultados e Discussão Os OSAs têm uma incidência maior em cães machos (MARTELLI et al., 2007; STRAW, 2008), exceto nas raças São Bernardo e Dinamarquês (DALECK et al., 2008). O caso relatado trata-se uma fêmea Rottweiler, sendo que nessa raça a incidência é maior nas fêmeas (DALECK et al., 2008). As alterações clínicas observadas, que nesse caso incluem o surgimento de uma massa firme na região nasal do lado direito com presença de secreção nasal, estão de acordo com o descrito na literatura, podendo ainda ser observado espirros (DALECK et al., 2008). A prevalência de OSA no esqueleto axial é de 25% (STRAW, 2008), e desse total apenas 9% deles ocorrem na cavidade nasal (DALECK et al., 2008). A presença de secreção mucopurulenta deve-se a ocorrência de infecções secundárias bacterianas e os sinais clínicos podem incluir descarga nasal catarral ou mucopurulenta, hemorragia periódica e lacrimejamento aumentado, em consequência da obstrução dos ductos nasolacrimais (LÓPEZ, 2009). Durante a palpação dos linfonodos não foi possível detectar alterações. Embora pouco comum, a mesma é descrita na literatura (DALECK et al., 2008). O resultado do hemograma e do exame bioquímico encontraram-se dentro dos padrões fisiológicos. Alterações nesses parâmetros não são descritas na literatura em casos de OSA (JOHNSON; WATSON, 2008; STRAW, 2008; COUTO, 2010). O diagnóstico presuntivo foi estabelecido na associação dos sinais clínicos e nos achados radiográficos, sendo confirmado pela citologia. A radiografia é o método de diagnóstico sugestivo mais utilizado para o OSA, permitindo a avaliação da extensão do envolvimento ósseo. A biópsia para exame histopatológico ainda hoje é considerada como o padrão para o diagnóstico, porém a citologia também permite o diagnóstico definitivo, além de ser menos invasiva e ter baixo custo (DALECK et al., 2008).

28 28 Na radiografia da região nasal foi possível observar osteólise, descontinuidade e proliferação óssea. Esses achados são descritos também por Daleck et al. (2008) e Couto (2010). Outra alteração muito comum, porém, não observada no caso relatado é a reação periosteal, caracterizada na imagem radiográfica como uma explosão solar, podendo ser encontrado em 95% dos casos (DALECK et al., 2008). No esqueleto apendicular a característica radiográfica mais marcante além da lise e proliferação óssea, é a formação do triângulo de Codman (DALECK et al., 2008; COUTO, 2010). Na PAAF observou-se a presença de células mesenquimais livres além de um grande número de osteoclastos e osteoblastos. Foi observado ainda figuras mitóticas atípicas e binucleações com presença de matriz eosinofílica (ANEXO D). Esses achados, são semelhantes aos descritos por Daleck et al. (2008), Medeiros et al. (2010) e Ribeiro et al. (2011). A radiografia torácica não revelou a presença de metástases. Para Straw (2008), menos de 5% dos cães apresentam metástases pulmonares detectáveis radiograficamente no momento da consulta. As metástases pulmonares ocultas estão presentes em 90% dos casos e são responsáveis por levar o paciente à óbito na maioria das vezes (STRAW, 2008). Na ultrassonografia da região abdominal não foi possível detectar a presença de metástases. Embora os pulmões sejam o foco principal das metástases, em 10% dos casos elas podem estar presentes em tecidos moles, medula, rins, baço, fígado, mediastino e miocárdio (DALECK et al., 2008). Um caso de metástase cutânea foi descrito por Costa et al. (2001). A principal forma de tratamento dos OSAs em membros apendiculares é a amputação do membro, esse método é o mais eficaz no que diz respeito ao combate a dor e o desconforto. Pode-se optar também pela preservação do membro, quando menos de 50% do osso é afetado pelo tumor primário. Em ambos os casos se recomenda a associação com a quimioterapia ou a radioterapia para aumentar a sobrevida dos pacientes (DALECK et al., 2008). A indicação para OSA em ossos axiais é ressecção local (JOHNSON; HULSE, 2005). Caso seja inviável a remoção cirúrgica, a radioterapia e a quimioterapia também são alternativas de tratamento, pois além de reduzir a prevalência de metástases pulmonares, reduz a velocidade de duplicação das lesões metastáticas (COUTO, 2010). A escolha de fármacos citotóxicos deve-se em razão do alto poder metastático dos OSAs. Protocolos que usam fármacos que contenham platina, como a cisplatina e a carboplatina são mais eficazes pois eles conseguem inibir mais efetivamente a síntese do DNA em relação ao RNA. A administração da cisplatina tem como principais efeitos colaterais alopecia, reações semelhantes à anafilaxia, neurotoxicidade, nefrotoxicidade e

29 29 discreta mielossupressão. A dose recomendada da cisplatina é 60 a 70 mg/m 2, com intervalos de 21 dias, de 3 a 6 sessões. A carboplatina não tem os efeitos nefrotóxicos da cisplatina, sua dose é de 300 mg/m 2, a cada 21 dias, até 4 sessões (DALECK et al., 2008). A poliquimioterapia tem apresentados bons resultados, ela pode ser feita pela associação da cisplatina na dose de 60 mg/m 2 e doxorrubicina na dose de 30 mg/m 2, ou então a associação da carboplatina na dose de 300 mg/m 2 com a doxorrubicina na dose de 30 mg/m 2 (COUTO, 2010) No presente caso havia a possibilidade de ser realizada a resecção do tumor associada ou não à quimioterapia, porém o proprietário optou por não tratar o paciente até o avanço do tumor. O paciente foi liberado mediante a assinatura do termo e responsabilidade pelo proprietário. Conclusão O osteossarcoma é um tumor maligno, com prognóstico desfavorável e curta sobrevida do paciente após o diagnóstico. A radiografia isoladamente não é suficiente para se estabelecer o diagnóstico desse tumor, sendo então necessária a avaliação citológica ou histopatológica. Apesar do prognóstico do paciente ser desfavorável, o proprietário optou pela não realização do tratamento até o presente momento. Palavras-chave: Rottweiler; Radiografia; Tumor ósseo; Oncologia Referências Bibliográficas COUTO, C. G. Neoplasias específicas em cães e gatos. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 82. p COSTA, F. S. et al. Metástase cutânea de osteossarcoma em um cão- Relato de caso. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. v. 38. n. 5. p , DALECK, C. R. et al. Neoplasias ósseas. In: DALECK, C. R.; NARDI, A. B. de; RODASKI, S. Oncologia em cães e gatos. São Paulo: Roca, Cap. 27. p

30 30 JOHNSON, A. L.; HULSE, D. A. Neoplasias Ósseas. In: FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: Roca, p JOHNSON, K. A.; WATSON, A. D. J. Doenças esqueléticas. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v. 2. Cap p JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, R. D. Patologia veterinária. 6 ed. Barueri: Manole, Cap. 23. p MEDEIROS, F. et al. Osteossarcoma em cães- Relato de caso. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Garça: FAEF. Ano VIII, n. 14, LÓPEZ, A. Sistema respiratório. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F. Bases da patologia veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 9. p 484. MARTELLI, A.; TEIXEIRA, L. BC.; SANTOS, A. R. Aspectos histopatológicos e histoquímico de osterossarcomas em cães. Estud. Biol. v. 29. n. 67. p RIBEIRO, F. P. et al. Ostossarcoma em esqueleto axial em cão- Relato de caso. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Garça: FAEF. Ano IX, n. 17, STRAW, R. C. T. Tumores ósseos e articulares. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 1. Cap p WEISBRODE, S. E. Ossos e articulações. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F. Bases da patologia veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 16. p WOODARD, J. C. Sistema esquelético. In: JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, R. D. Patologia veterinária. 6 ed. Barueri: Manole, Cap. 19. p

31 31 4 CONCLUSÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é essencial para formação acadêmica, por ser um divisor de águas entre o meio acadêmico e a vida profissional. Mais do que aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos na graduação, colocá-los em prática, aprendemos também a conduta que devemos adotar diante do proprietário. Na clínica de pequenos animais, é indispensável o auxílio de laboratórios para exames complementares, para que possamos chegar a um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Muitas vezes é necessário também, compreender as limitações dos proprietários, tendo que buscar formas alternativas de diagnóstico e tratamento. Muitas vezes nos deparamos com situações inusitadas, que não são descritas na literatura, isso reforça a necessidade de uma boa formação acadêmica que nos ensine a pensar e agir de maneira lógica, de maneira que seja possível estabelecer um diagnóstico preciso. A constante atualização profissional é essencial para além de podermos tratar melhor nossos pacientes, poder se destacar no mercado de trabalho, visto que é uma área que está em constante expansão, e cada vez mais, surgem novas especialidades na área da Medicina Veterinária.

32 32 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARES, A. A. A. et al. Babesiose em Cães Assintomáticos em Maringá- Paraná. In: ENCONTO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CESUMAR. n , Maringá- PR. Anais VI Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar. Disponível em: Acesso: 05/05/2016. ANTONIO, N. S.; OLIVEIRA, A. C.; ZAPPA, V. Babesia Canis: Relato de Caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Garça: FAEF. Ano VII, n. 12, BIRKENHEUER, A. J. Babesiose. In: BARR, C. J.; BOWMAM, D. D. Doenças Infecciosas e Parasitárias em Cães e Gatos: Consulta em 5 Minutos. Rio de Janeiro: Revinter, Cap. 9. p CAVALCANTE, L. F. H. et al. Síndrome Nefrótica em Cão Associada à Babesia canis. Acta Scientiae Veterinariae. v. 34, n. 3, p , CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Guia Brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais. Brasília, CORRÊA, A. A. R. et al. Babesiose Canina- Relato de caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Garça: FAEF. 4 ed COSTA, F. S. et al. Metástase cutânea de osteossarcoma em um cão- Relato de caso. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. v. 38. n. 5. p , COUTO, C. G. Neoplasias específicas em cães e gatos. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 82. p DALECK, C. R. et al. Neoplasias ósseas. In: DALECK, C. R.; NARDI, A. B. de; RODASKI, S. Oncologia em cães e gatos. São Paulo: Roca, Cap. 27. p DUARTE, S. C. et al. Diagnóstico Parasitológico e Molecular da Babesiose Canina na Cidade de Goiânia-GO. Revista de Patologia Tropical. v. 37, n. 3, p , FORTES, E. Parasitologia Veterinária. 4 ed. São Paulo: Ícone, Cap. 2. p

33 33 GIGER, U. Anemias Regenerativas Causadas por Hemorragia ou Hemólise. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 2. Cap p JOHNSON, A. L.; HULSE, D. A. Neoplasias Ósseas. In: FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: Roca, p JOHNSON, K. A.; WATSON, A. D. J. Doenças esqueléticas. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v. 2. Cap p JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, R. D. Patologia veterinária. 6 ed. Barueri: Manole, Cap. 23. p LAPPIN, M. R. Infecções Polissitêmicas por Protozoários. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 99. p LAPPIN, M. R. Infecções Protozoárias e Mistas. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 1. Cap. 87. p LÓPEZ, A. Sistema respiratório. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F. Bases da patologia veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 9. p 484. MARTELLI, A.; TEIXEIRA, L. BC.; SANTOS, A. R. Aspectos histopatológicos e histoquímico de osterossarcomas em cães. Estud. Biol. v. 29. n. 67. p MEDEIROS, F. et al. Osteossarcoma em cães- Relato de caso. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Garça: FAEF. Ano VIII, n. 14, NUNES, F. C.; LOPES, C. R.; DOMINGUES, K. C. Perfil Clínico Epidemiológico as Babesiose Canina em Município da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Agropecuária Técnica. v. 30, n. 2, p , PINTO, R. L. Babesiose Canina- Relato de Caso f. Dissertação (Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais) - Universidade Rural do Semi-Árido.

34 34 RASKIN, R. E. Eritrócitos, Leucócitos e Plaquetas. In: BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual Saunders Clínica de Pequenos Animais. 3 ed. São Paulo: Roca, Cap. 22. p 241. RIBEIRO, F. P. et al. Ostossarcoma em esqueleto axial em cão- Relato de caso. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Garça: FAEF. Ano IX, n. 17, STRAW, R. C. T. Tumores ósseos e articulares. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V. 1. Cap p TABOADA, J.; LOBETTI, R. Babesiosis. In: GREENE, C. E. Infectious Diseasses of the Dog and Cat. 3 ed. St, Louis, Missouri: Elsevier, Cap. 77. p VILELA, J. A. R. et al. Alterações Clínico-Hematológicas da Infecção por Babesia canis vogeli em Cães do Município de Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de medicina Veterinária. v. 35. Cap. 1, p , WEISBRODE, S. E. Ossos e articulações. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F. Bases da patologia veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Cap. 16. p WOODARD, J. C. Sistema esquelético. In: JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, R. D. Patologia veterinária. 6 ed. Barueri: Manole, Cap. 19. p

35 35 ANEXOS Anexo A Resultados do hemograma do caso de babesiose canina.

36 Anexo B- Resultados do hemograma do caso de babesiose canina após tratamento. 36

37 Anexo C- Resultado da pesquisa de hemoparasitas do caso de babesiose canina. 37

38 Anexo D- Resultados da PAAF no caso do osteossarcoma nasal em um canino. 38

39 Anexo E- Atestado de conclusão do estágio 39

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