EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO POLÍTICA: A

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1 EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO POLÍTICA: A AGAMENON BENTO Võ AMARAL DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA COMO REQUISITO À OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM DIREITO On.lzntddon.':?H.o f. P/t. CESAR LUIZ PASOLV \ FLORIANÓPOLIS 1988

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO A d i s s e r t a ç ã o E D U C A Ç Ã O E D O M I N A Ç Ã O P O L Í T I C A : 1930 a 1945 E l a b o r a d a p o r.agamenon B E N T O D O A M A R A L e a p r o v a d a p o r t odos os m e m b r o s da B a n c a E x a m i n a d o r a, foi j u l g a da a d e q u a d a p a r a o b t e n ç ã o do t í t u l o de M E S T R E E M REITO. Dl F l o r i a n ó p o l i s ( S C ), 22 de d e z e m b r o de 1988 B A N C A E X A M I N A D O R A Prof. Dr. C e s a r Luiz P a s o l d - P r e s i d e n t e Prof. Dr. O s v a l d o F e r r e i r a de M e l o - M e m b r o Profa. Dra. O l g a M a r i a de A g u i a r M i n e l l a - M e m b r o P r o f e s s o r ^O r i e n t a d o r P r o f / Dr. C e s a r Luiz P a s o l d C o o r d e n a d o r do Proif. Dr. C e s a r / L u i z P a s o l d

3 DEDICATÓRIA Ã m i n h a e s p o s a M ena, aos m e u s filhos - A g a m e n o n Júnior, J o y c e e C h a r l e s aos m e u s p a i s B e n t o A m a r a l é D o r a l i c e j ú l i a " i n m e m o r i a m ".

4 AGRADECIMENTOS - Ao C o o r d e n a d o r do C u r s o de P o s - G r a d u a ç ã o em D i r e i t o e O r i e n t a d o r. d e s t e trabalho, P r o f e s s o r Dr. C e s a r Luiz s o l d p e l o c o n s t a n t e i n c e n t i v o a n os d i s p e n s a d o. Pa- 4 - A o s P r o f e s s o r e s do C u r s o de P o s - G r a d u a ç ã o e m D i r e i t o p e l o d e s p e r t a r de u m a n o v a c o n s c i ê n c i a. - A o s P r o f e s s o r e s e f u n c i o n á r i o s do Cu t s o de Pos- G r a d u a ç ã o e m D i r e i t o, a t r a v é s do P r o f e s s o r Dr. P a u l o H e n r i q u e Bla si, E x - C o o r d e n a d o r do CPGD, p e l o a p o i o a nos t r i b u t a d o d e s d e o ano de A o s P r o f e s s o r e s do D e p a r t a m e n t o de E s t ú d o s de P r o b l e m a s B r a s i l e i r o s p e l o a p o i o e c o l a b o r a ç ã o. - A todos os m e u s c o l e g a d o s do M i n i s t é r i o P u b l i c o de S a n t a C a t a r i n a p e l o i n c e n t i v o m a n i f e s t a d o. - Ã P r o f e s s o r a C l a r i c e A m a r a l do M i n i s t é r i o da Edu c a ç ã o p e l a i n e s t i m á v e l c o l a b o r a ç ã o recebida. - A todos que c o o p e r a r a m de q u a l q u e r m o d o p a r a a r e a l i z a ç ã o do p r e s e n t e t rabalho.

5 V RESUMO No i n í c i o do p r e s e n t e e studo, a p r e s e n t a m o s s í n t e s e h i s t ó r i c a a b r a n g e n d o f a t o s o c o r r i d o s no p e r í o d o que u m a v a i da P r o c l a m a ç ã o da R e p u b l i c a atê o a d v e n t o da R e v o l u ç ã o de 30. N e s s a o p o r t u n i d a d e, d e s c r e v e m o s s u m a r i a m e n t e, os v ã r i o s p e r í o d o s p r e s i d e n c i a i s e as c a r a c t e r í s t i c a s que os m a s c a r a m r e l a t i v a m e n t e a fatos e c o n ô m i c o s e p o l í t i c o s. N u m a e t a p a s e g u i n t e, f i z e m o s m e n ç ã o a o s v á r i o s tex tos l e g a i s que t r a t a r a m sobre r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s, t e n d o como m a r c o o A t o A d i c i o n a l de 1834, o p o r t u n i d a d e em que f i z e m o s a l g u m a s c o n s i d e r a ç õ e s s obre tais d i p l o m a s é as i m p l i c a ç õ e s t r a z i d a s p a r a a á r e a da e d u c a ç ã o. J á n o i t e m 1.3. que se r e f e r e ao p e r í o d o em e s t u do, o p t a m o s p e l a a b o r d a g e m sobre os fatos h i s t ó r i c o s o c o r r i d o s de c a r á t e r p o l í t i c o, e c o n ô m i c o e social, t e c endo, i g u a l m e n t e,con s i d è r a ç õ e s sobre os a s p e c t o s p r i n c i p a i s. 0 s e g u n d o c a p í t u l o p o r sua vez, foi s u b d i v i d i d o em q u a t r o m o m e n t o s a saber: no p r i m e i r o, e l a b o r a m o s a n á l i s e s u m á r i a do M a n i f e s t o dos P i o n e i r o s da E d u c a ç ã o N o v a c o m a l g u m a s o b s e r v a ções de seus p o n t o s f u n d a m e n t a i s ; no segundo, p a s s a m o s em r e v i s ta, a C o n s t i t u i ç ã o de 34 e a q u e s t ã o e d u c a c i o n a l, q u a n d o t e c e m o s a l g u n s c o m e n t á r i o s que se f a z i a m n e c e s s á r i o s ; no t e r c e i r o, a n a l i

6 saraos a e d u c a ç ã o ante o t e x t o C o n s t i t u c i o n a l de 37, q u a n d o sao f eitas, t ambém, o b s e r v a ç õ e s que i n t e r e s s a m â a n a l i s e c r í t i c a d e s e n v o l v i d a no c a p í t u l o s e g u i n t e ; e., f i n a l m e n t e, f e c h a n d o o c a p í tulo, são e x a m i n a d o s de p e r si, todos os D e c r e t o s e D e c r e t o s Leis que c o n s t i t u í r a m no p e r í o d o, o b j e t o dò t r a b a l h o, as r e f o r m a s f e i t a s p o r F r a n c i s c o C a m p o s e G u s t a v o C a p a n e m a. Em s e g u i d a, no c a p í t u l o 3, apos b r e v e i n t r o d u ç ã o, e s t a b e l e c e m o s os f u n d a m e n t o s t e o r i c o s que c o n s t i t u e m as c a t e g o - * r i a s c o m o - e d u c a ç ã o, d o m i n a ç ã o, p o l í t i c a, h e g e m o n i a e i d e o l o g i a que s e r ã o u t i l i z a d a s no d e c o r r e r da a n á l i s e c r í tica. Com auxílio de autores diversos, expomos algumas consid e r a ç õ e s sobre tais categorias. No m o m e n t o s e g u i n t e, que c o n s t i t u i o n ú c l e o de nos. so t r a b a l h o, e f e t u a m o s a a n a l i s e c r í t i c a de todo o p e r í o d o, q u a n do t e n t a m o s d e m o n s t r a r a u t i l i z a ç ã o da e d u c a ç ã o c o m o i n s t r u m e n t o de d o m i n a ç ã o p o l í t i c a p o r u m a classe. A seguir, d e s t a c a m o s a l g u m a s i n f l u ê n c i a s o r i u n d a s de tais r e f o r m a s p a r a os p e r í o d o s s u b s e q u e n t e s e, f i n a l m e n t e, te c e m o s c o n s i d e r a ç õ e s b r e v e s s o bre a e d u c a ç ã o e a s o c i e d a d e, e n c e r r a n d o este t r a b a l h o.

7 vii A B S T R A C T In the o p e n i n g p a r t of the present' s t u d y, w e p r e s e n t a h i s t o r i c a l s u r v e y c o m p r i s i n g f acts w h i c h h a p p e n e d d u r i n g p e r i o d f r o m the P r o c l a m a t i o n of the R e p u b l i c to t h e c o m i n g the of the R e v o l u t i o n of 19.30, A t t h i s p o i n t, the v a r i o u s p r e s i d e n t i a l p e r i o d s a n d the c h a r a c t e r i s t i c s t h a t d i s t i n g u i s h e d t h e m in r e l a t i o n to e c o n o m i c a l a n d p o l i t i c a l f a c t s are b r i e f l y d e s c r i b e d. A t the n e x t step, w e r e f e r to the v a r i o u s l e g a l t e x t s t h a t d e a l t w i t h e d u c a t i o n a l r e f o r m s, h a v i n g as the m i l e s t o n e t h e A d d i t i o n a l A c t of 1934, o p p o r t u n i t y in w h i c h we m a k e a f e w c o n s i d e r a t i o n s a b o u t s u c h d i p l o m a s a n d the i m p l i c a t i o n s b r o u g h t to the a r e a of e d u c a t i o n. Then, o n i t e m 1.3, t h a t r e f e r s to t h e p e r i o d u n d e r study, w e a p p r o a c h b r o a d d l y the h i s t o r i c a l f a c t s o f p o l i t i c a l, e c o n o m i c a l a n d s o c i a l charater t h a t t o o k place, c o n s i d e r i n g t h e i r m a i n a s p e c t s as w e l l, T h e s e c o n d c h a p t e r, o n the o t h e r h and, is d e v i d e d i n t o four s e c t i o n s, as f o l l o w s ; in the first, w e r a n a l y s e s h o r t l y the M a n i f e s t of the N e w E d u c a t i o n P i o n e e r s, a n d p r e s e n t s o m e c o m m e n t s a b o u t its f u n d a m e n t a l p o i n t s ; in the s e c o n d, r e v i e w the C o n s t i t u i o n of 1934 and the e d u c a t i o n a l issue, w e w i t h t h e i n c l u s i o n of a f e w n e c e s s a r y c o n s i d e r a t i o n s ; in t h e third, w e a n a l y s e the e d u c a t i o n in v i e w of the C o n s t i t u c i o n a l t e x t o f 1937, a d d i n g s o m e r e m a r k s w h i c h a r e i m p o r t a n t f o r the c r i t i c a l a n a l y s i s to be d e v e l o p e d in the n e x t c h a p t e r ; a n d

8 f i n a l l y, c l o s i n g t h e c h a p t e r, w e e x a m i n e o n t h e i r o w n a l l D e c r e e s a n d L a w - D e c r e e s t h a t c o n s t i t u t e d, in t he p e r i o d the u n d e r c o n s i d e r a t i o n in t h i s paper, t he r e f o r m s m a d e b y F r a n c i s c o C a m p os a n d G u s t a v o C a p a n e m a. Next, in c h a p t e r 3, a f t e r a b r i e f i n t r o d u c t i o n, w e s t a t e the t h e o r e t i c a l f u n d a m e n t a l s t h a t c o m p r i s e t h e c a t e g o r i e s s u c h as: e d u c a t i o n, d o m i n a t i o n, p o l i t i c s, h e g e m o n y a n d i d e o l o g y t h a t a r e u s e d in t h e c o u r s e of the c r i t i c a l a n a l y s i s. W i t h the h e l p of v a r i o u s a u t h o r s, some c o m m e n t s a b o u t s u c h c a t e g o r i e s a r e made. In the n e x t part, t h a t c o n s t i t u t e s the c o r e o f o u r p a p e r, w e c o n d u c t t h e c r i t i c a l a n a l y s i s of the e n t i r e p e r i o d, w h e n w e t r y to d e m o n s t r a t e the u s e of e d u c a t i o n as i n s t r u m e n t of p o l i t i c a l d o m i n a t i o n b y a s o c i a l class. A f t e r that, w e p o i n t o u t s o m e i n f l u e n c e s o n the f o l l o w i n g p e r i o d s d e r i v e d f r o m s u c h r e f o r m s and, f i n a l l y, a b r i e f a p p r e c i a t i o n a b o u t e d u c a t i o n a n d s o c iety, c l o s i n g m a k e t h i s paper.

9 ix S U M Á R I O : I N T R O D U Ç Ã O C A P Í T U L O I Pág. D E S C R I Ç Ã O H I S T Õ R f C A DO PERÍODO: Í (ó) 1. B r e v e r e t r o s p e c t i v a dos a n t e c e n d e n t e s h i s t o r i c o s.. 'Ç^) 2. R e v i s ã o j u r í d i c o - h i s t o r i c a O p e r í o d o em estudo: d e s c r i ç ã o h i s t ó r i c a C A P Í T U L O II 0 S I S T E M A L E G A L E D U C A C I O N A L N O P E R Í O D O A n t e c e d e n t e i m p o r t a n t e ; o M a n i f e s t t o dos P i o n e i ros de A C o n s t i t u i ç ã o de 1934 e a E d u c a ç ã ò A C o n s t i t u i ç ã o de 1937 e a E d u c a ç ã o A L e g i s l a ç ã o O r d i n á r i a no p e r í o d o C A P Í T U L O III E D U C A Ç Ã O E D O M J N A Ç A O P O L Í T I C A B r e v e i n t r o d u ç ã o F u n d a m e n t o s t e o r i c o s p e r í o d o de : a n a l i s e c r í t i c a... ' Alguma,s i n f l u e n c i a s (positivas), do p e r í o d o

10 X C O N S I D E R A Ç Õ E S FINAIS B I B L I O G R A F I A A N E X O S 193

11 I N T R O D U Ç Ã O

12 2 I N T R O D U Ç Ã O A i d é i a f u n d a m e n t a l q u e e n s e j o u a e l a b o r a ç ã o d o p r e s e n t e t r a b a l h o, r e s u l t o u s e g u n d o o autor, da n e c e s s i d a d e s e m p r e a t u a l d e a p r i m o r a m e n t o i n t e l e c t u a l d o ser humano. E s s e a p r i m o r a m e n t o do i n t e l e c t o p o r sua vez, pode, n a m a i o r p a r t e d as v e z e s, p r o p i c i a r a o s u j e i t o do c o n h e c i m e n t o a ser d e s v e n d a d o a l é m do p r a z e r p e s s o a l, c o n d i ç õ e s p a r a e n f r e n t a r e v e n c e r os d e s a f i o s q u e a v i d a m o d e r n a s u s c i t a. E s s e a p r i m o r a m e n t o ê i m p o r t a n t e p a r a o autor, jã q u e d e s e m p e n h a a f u n ç ã o d e P r o f e s s o r n e s t a U n i v e r s i d a d e, N o q u e t a n g e ao t e m a E d u c a ç ã o e D o m i n a ç ã o P o l í tica: p e r í o d o d e 193Q a 1945, e s t a m o s c o n v e n c i d o s q u e n o s s a e s c o l h a n ã o p o d e r i a t er s i d o m a i s feliz. I n i c i a l m e n t e, p e n s á v a m o s a n a l i s a r o p r o c e s s o e d u c a c i o n a l d e s d e a é p o c a c o l o n i a l, t r a ç a n d o a e v o l u ç ã o h i s t ó r i c a e, p o r o u t r o lado, a s s i n a l a n d o ao n o s s o ver, os e l e m e n t o s o u i n d í c i o s p e l o s q u a i s se p u d e s s e e v i d e n c i a r ter h a v i d o d o m i n a ç ã o p o l í t i c a a t r a v é s d a e d u c a ç ã o. C o n t u d o, e m c o n t a t o s c o m o Prof. Dr. C e s a r L u i z P a - sold, n o s s o Orientador, e s t e s u g e r i u o e s t u d o do p e r í o d o a c i m a m e n c i o n a d o, q u e p o d e ser c o n s i d e r a d o c o m o u m dos m a i s i m p o r t a n tes d a h i s t o r i a d o país. C o n s i d e r a n d o a, e d u c a ç ã o c o m o u m dos i n s t r u m e n t o s m a i s p o d e r o s o s p a r a o a l c a n c e d o d e s e n v o l v i m e n t o s õ c i o - e c o n ô -

13 m i c o d e u m a nação, p r o c u r a r e m o s a n a l i s a r o r e f e r i d o p e r í o d o v e r i f i c a r se h o u v e a p r e o c u p a ç ã o, e e m q u e grau, p o r p a r t e e d o p o d e r p o l í t i c o c o m o s e t o r e d u c a c i o n a l. Do m e s m o m o d o, i n v e s t i g a r e m o s se, o p r o c e s s o e d u c a t i v o l e v a d o a e f e i t o n o a l u d i d o p e r í o d o, a t e n d i a às n e c e s s i d a d e s d a ê p o c a e em q u e m e d i d a, p r o c u r a n d o e s t a b e l e c e r ainda, os p o n t o s p e l o s q u a i s se p o d e d i a g n o s t i c a r o e m p r e g o d a e d u c a ç ã o c o m p r o p ó s i t o s p o l í t i c o s d i t a t o r i a i s. A i m p o r t â n c i a da e d u c a ç ã o n o m u n d o atual, sob q u a l q u e r h e m i s f é r i o, t r a n s c e n d e a q u a l q u e r a n a l i s e q u e se p o s s a f a z e r eis q u e o s u b d e s e n v o l v i m e n t o i n t e l e c t u a l e o analfabetijs m o c r ô n i c o,a i n d a e x i s t e n t e e m b oa p a r t e do globo, t ê m l e v a d o as n a ç õ e s n e s s a s c o n d i ç õ e s a s u p o r t a r e m p é s s i m a s c o n d i ç õ e s de v i d a, a l i a d a s a u m a d e p e n d ê n c i a s ô c i o - e c o n ô m i c a e a t é p o l í t i ca. S e g u n d o e s s a d i m e n s ã o, e s t a b e l e c e m o s u m a m e t o d o l o g i a e s p e c í f i c a, t e n d o p o r b a s e a m p l a p e s q u i s a b i b l i o g r á f i c a q u e p o s s i b i l i t o u o s e g u i n t e ; al e f e t i v a ç ã o d e u m r e t r o s p e c t o h i s t ô r i c o c o m o a n t e c e d e n t e d o p e r í o d o, sua r e v i s ã o j u r í d i c a e a h i s t o r i a d o p e r í o d o ; b). n o s e g u n d o m o m e n t o, f i z e m o s c o n s i d e r a ç õ e s s o b r e o M a n i f e s t o d o s P i o n e i r o s d a E d u c a ç ã o N o v a, as d i s p o s i ç õ e s l e g a i s s o b r e e d u c a ç ã o nas C a r t a s M a g n a s d e 34 e 37, b e m c o m o a q u e l a s i n s e r i d a s nas r e f o r m a s de 31 e 42; e, c) n e s t a eta pa, p r o c u r a m o s e s t a b e l e c e r os f u n d a m e n t o s t e õ r i c o s c o n s i s t e n t e s n a s c a t e g o r i a s q u e s e r i a m u t i l i z a d a s p a r a a a n á l i s e, a c o n s t r u ç ã o c r í t i c a s o b r e o p e r í o d o e m estudo, b e m c o m o a e s p e c i f i c a ç ã o d e a l g u m a s i n f l u ê n c i a s p o s i t i v a s d a q u e l a fase. F i n a l m e n t e, p r o c e d e u - s e a c o n s i d e r a ç õ e s p a r a r e f l e x õ e s f u t uras.

14 4 C o m p r e s u l t a d o das p e s q u i s a s f e i t a s e l e v a n d o era c o n t a a m e t o d o l o g i a eleita, r e s u l t o u n u m t r a b a l h o e o m a s e g u i n te e s t r u t u r a : i n t r o d u ç ã o ; três c a p í t u l o s, os q u a i s e s t ã o a l i n h a dos da s e g u i n t e forma: o c a p í t u l o I,.no q u a l se faz u m a d e s c r i ção h i s t ó r i c a do p e r í o d o. D e n t r o - d e s t e tópico, e l a b o r a m o s u m i t e m c o n t e n d o u m a b r e v e r e t r o s p e c t i v a dos a n t e c e d e n t e s h i s t ó r i cos do p e r í o d o. P o s t e r i o r m e n t e, e l a b o r a m o s u m q u a d r o c o n t e n d o os p r i n c i p a i s t e x t o s legais sobre e d u c a ç ã o a ntes do p e r í o d o do estudo. C o n c l u i n d o este c a p í t u l o, f i z e m o s u m a d e s c r i ç ã o his t ó r i c a do p e r í o d o de 1930 a O s e g u n d o c a p í t u l o c o m p õ e - s e r e s u m i d a m e n t e de: a) u m a v i s ã o g e r a l s o bre o M a n i f e s t o dos P i o n e i r o s d a E d u c a ç ã o N o v a de 1932; b) a s p e c t o s gerais da e d u c a ç ã o n a C o n s t i t u i ç ã o de 1934; a C o n s t i t u i ç ã o de 1937 e a e d u c a ç ã o ; e, f i n a l m e n t e, a d e c r i ç â o s u m a r i a da l e g i s l a ç ã o o r d i n á r i a no p e r í o d o de 1930 a Por sua vez, o t e r c e i r o c a p í t u l o e s t á s u b d i v i d i d o e m q u a t r o p a r t e s, a saber: a) b r e v e i n t r o d u ç ã o ; b) f u n d a m e n - tos t e ó r i c o s ; c) o p e r í o d o de : a n á l i s e c r í t i c a ; e, d), a l g u m a s i n f l u ê n c i a s p o s i t i v a s do p e r í o d o. C o n c l u í m o s o t r a b a l h o, f a z e n d o c o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s. V a l e r e s s a l t a r tambem, e s t a r m o s c i e n t e de q ue d i s c u s s ã o s obre a e d u c a ç ã o não se e s g o t a r á n e s t a o u n u m a a e p o c a futura, d a d o o s e u c a r á t e r d i n â m i c o e p r o g r e s s i v o, mas, s o m ê n t e p e l a u t i l i z a ç ã o d e s t e canal, e que será p o s s í v e l a p é r f e i ç o ã - l a c o n f o r m e as n e c e s s i d a d e s de c a d a s o c iedade. P o r o u t r o lado, vale l e m b r a r a q u i, t e r o a ú t o r sido

15 5 t e n t a d o a f a z e r c o n s i d e r a ç S e s s obre a. p o s i ç ã o e d u c a c i o n a l n a C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l p r o m u l g a d a no d i a Q5 de o u t u b r o do c o r r e n t e a n o. Contudo, n ão se a c h a n d o p l e n a m e n t e s e g u r o p a r a tal fim, jã que a Lei M a g n a foi a p r o v a d a q u a n d o e s t a d i s s e r t a ç ã o e s t a v a e m fase de e l a b o r a ç ã o, fez b r e v í s s i m a m e n ç ã o a r e s p e i t o do a s s u n t o n a s C o n s i d e r a ç S e s Finais-, c o r r e s p o n d e n d o a s s i m, a l ó g i c a do c o n t e ú d o do que foi exposto. Por último, na c o n f o r m i d a d e de d e c i s ã o.do C o l e g i a - do do C P G D / U F S C, r e g i s t r a m o s o. s e g u i n t e : " A a p r o v a ç ã o do p r e s e n te t r a b a l h o a c a d ê m i c o n ã o s i g n i f i c a r a o e n d o s s o do P r o f e s s o r O r i e n t a d o r, da B a n c a E x a m i n a d o r a e do C P G D / U F S C a i d e o l o g i a que a f u n d a m e n t a ou que n e l e ê e x p o s t a ".

16 C A P Í T U L O I DESCRIÇÃO HISTÓRICA DO PERÍODO :

17 7 DESCRIÇÃO HISTÓRICA DO PERÍODO : BREVE RETROSPECTIVA DOS ANTECEDENTES HISTÓRICOS P a r a se t e r u m a i d é i a t a n t o q u a n t o p o s s í v e l e x a t a d o p e r í o d o o b j e t o do p r e s e n t e t r a b a l h o, se faz n e c e s s á r i o u m re 'ftsw \? & - \C<L'S t o r n o â é p o c a d o t r a n s c u r s o d a "Repú b l i c a V e l h a ", d e s c r e v e n d o s u c i n t a m e n t e os p r i n c i p a i s a c o n t e c i m e n t o s d a q u e l e m o m e n t o h i s t ó rico. P r o c l a m a d a a R e p ú b l i c a, i n s t a l o u - s e n o B r a s i l g o v e r n o P r o v i s õ r i o c h e f i a d o p o r D e o d o r o d a F o n s e c a, q u e u m t i n h a n a sua c o n s t i t u i ç ã o e l e m e n t o s l i g a d o s â c l a s s e p r o p r i e t á r i o - lati f u n d i á r i a, e x p o r t a d o r a, s e g m e n t o s m i l i t a r e s b e m c o m o a l g u n s p r o f i s s i o n a i s l i b e r a i s. E n t r e a l g u m a s m e d i d a s a d o t a d a s p e l o g o v e r n o, d e s t a - c a m - s e : ^ - e x t i n ç ã o â v i t a l i c i d a d e do Senado; - d e c r e t o d e e x p u l s ã o da f a m í l i a real; - t r a n s f o r m a ç ã o de p r o v í n c i a s e m e s t a d o s ; - e x t i n ç ã o do C o n s e l h o d e E stado; 1. SILVA, F r a n c i s c o d e A s s i s & B A S T O S, P e d r o Ivo d e A s s i s. H i s t o r i a d o B r a s i l ; C o l ô n i a, I m p é r i o e R e p ú b l i c a. 2, ed., São P aulo, M o d e r n a, 1983, p. 200,

18 8 - n o m e a ç ã o d e i n t e r v e n t o r e s p r i n c i p a l m e n t e m i l i t a r e s p a r a g o v e r n a r os e s t a d o s ; - c r i o u a b a n d e i r a r e p u b l i c a n a c o m o l e m a p o s i t i v i s ta " O r d e m e P r o g r e s s o " ; - d e c r e t o u a g r a n d e n a t u r a l i z a ç ã o, t o r n a n d o b r a s l e i r o t o d o e s t r a n g e i r o r e s i d e n t e n o B r a s i l, c o m e x c e ç ã o d a q u e l e s q u e r e q u e r e s s e m o c o n t r a r i o ; - d e c r e t o u a s e p a r a ç ã o e n t r e a I g r e j a e o E s t a d o, a l i b e r d a d e d e c u l t o e a r e g u l a m e n t a ç ã o do c a s a m e n t o civil, N o a s p e c t o e c o n ô m i c o, objetivava o g o v e r n o e n t ã o i n s talado, c r i a r c o n d i ç õ e s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o i n d u s t r i a l e,qui_ çã, t o r n a r i n d e p e n d e n t e o p a í s do c a p i t a l i s m o v i g o r a n t e na E u r o pa. P a r a tal, o e n t ã o n o m e a d o m i n i s t r o d a F a z e n d a Rui B a r b o s a, t o m o u u m a s e r i e d e m e d i d a s d e c a r ã t e r e c o n ô m i c o e, e n tre elas, p o d e m s er c i t a d a s ; a u m e n t o d as t a r i f a s a l f a n d e g á r i a s, f a c i l i d a d e na i m p o r t a ç ã o d e m a t é r i a s - p r i m a s, etc. P o s t e r i o r m e n t e, c o m o a d v e n t o d a p r i m e i r a C o n s t i t o i i ç ã o R e p u b l i c a n a, em 24 d e f e v e r e i r o de J , f o r a m e l e i t o s p e l o C o n g r e s s o N a c i o n a l o p r i m e i r o p r e s i d e n t e D e o d o r o d a F o n s e c a e s e u v i c e F l o r i a n o P e i x o t o, N o c u r t o p e r í o d o (nove m e s e s e m q u e g o v e r n o u país, D e o d o r o n ã o c o n t o u c o m o a p o i o d o p a r l a m e n t o n a c i o n a l, q u e p o r c e r t o e n s e j o u m a i s t a r d e a d i s s o l u ç ã o p o r d e c r e t o o o do m e s m o. E n c o n t r a n d o d e p o i s s é r i a s d i f i c u l d a d e s d e o r d e m p o lítica, a c o n j u n t u r a e c o n ô m i c a do país. e m crise, a l é m da a u s ê n

19 c ia de a p o i o das o l i g a r q u i a s e s t a d u a i s, D e o d o r o, a n t e a p o s s i b i l i d a d e de u m a g u e r r a civil, r e n u n c i o u ao seu m a n d a t o, e n t r e g a n d o o c a r g o a s e u vi.ce - F l o r i a n o Peixoto. A s s u m i n d o o g o v e r n o era s i t u a ç ã o p e c u l i a r,f l o r i a n o, a p o i a d o p o r r a z o á v e l p a r c e l a do s e g m e n t o m i l i t a r e p o r s e t o r e s 2 ^ o l i g â r q u i c o s e s t a d u a i s, t r a t o u logo de c o n s o l i d a r sua base p o l i tica, t o m a n d o m e d i d a s de c a r á t e r i m p o r t a n t e, c o m o a d e s t i t u i ç ã o dos g o v e r n a d o r e s, que a n t e s a p o i a v a m D e o d o r o e a s u s p e n s ã o da d i s s o l u ç ã o do C o n g r e s s o d e c r e t a d a p o r seu a n t e c e s s o r. 3 C o n t u d o, o g o v e r n o de " M a r e c h a l de F e r r o " c o m o era a p e l i d a d o, e n f r e n t o u i n ú m e r a s d i f i c u l d a d e s de c a r á t e r p o l í t i co, a l é m das de or.dem e c o n ô m i c a -emergentes do p e r í o d o anterior. U m dos p r o b l e m a s que teve que s o l u c i o n a r, r e f e r e - se a c o n t e s t a ç ã o de s e t o r e s o p o s i c i o n i s t a s que n ã o o c o n s i d e r a v a m u m l e g í t i m o p r e s i d e n t e, pois, n a c o n f o r m i d a d e da C o n s t i t u i - ção R e p u b l i c a n a de 1891, d e v e r i a ter c o n v o c a d o e l e i ç õ e s p r e s i d e n c i a s. Tal s i t u a ç ã o foi c o n t o r n a d a, p o s t e r i o r m e n t e,já que o C o n g r e s s o l e g i t i m o u seu p o d e r no a no de Teve a i n d a F l o r i a n o que e n f r e n t a r d u a s r e v o l t a s dos fortes de S a n t a C r u z e L a g e s, ^ a l e m das R e v o l u ç õ e s F e d e r a l i s t a s e a R e v o l t a da A r m a d a, a mbas i n i c i a d a n o ano d ^ ^ A p r i m e i r a, o c o r r e u no Rio Grande do Sul, n a qual 2. N O T A D O A U T O R : S e g u n d o S I L V A 3 A S T O S, op cit., p. 195 " e n t e n d i a - s e p o r " o l i g a r q u i a s e s t a d u a i s ", os g r u p o s f o r m a d o s p o r ele m e n t o s da c l a s s e d o m i n a n t e, f u n d a m e n t a l m e n t e g r a n d e s p r o p r i e t á rios de terra" b i d e m, p I b i d e m, p. 2 Q 6.

20 10 os f e d e r a l i s t a s ppunháro^se ao g o v e r n o do p r e s e n t e J ú l i o de C a s t i l h o s e o b j e t i v a v a m a o b e d i ê n c i a ao p o d e r f e d e r a l b e m como a r e f o r m a da C o n s t i t u i ç ã o gaúcha. A s e g u n d a, o c o r r i d a e m s e t e m b r o de e m c a b e ç a d a p e l o A l m i r a n t e C u s t o d i o de M e l o, p r e t e n d i a a r e c o n s t i t u i ç ã o do país. A m b a s f o r a m d e b e l a d a s p o r F l o r i á n o. No que c o n c e r n e ao a s p e c t o e c o n ô m i c o, o G o v e r n o de F l o r i a n o c a r a c t e r i z o u - s e p o r u m a p o l í t i c a de a p o i o à c l a s s e m e dia, t e n d o a d o t a d o i n ú m e r a s m e d i d a s de n o t á v e l r e p e r c u s s ã o p o p u - l a r. No que t ange a i n d a a e s s a fator, F l o r i a n o e m p r e e n d e u u m a p o l í t i c a p r o t e a i o n i s ta a l f a n d e g á r i a, f a v o r e c e n d o de v á rias m a n e i r a s a i n d ú s t r i a n a c i o n a l. Na s e q ü ê n c i a h i s t ó r i c a, a d v e i o o g o v e r n o do p r e s i d e n t e P r u d e n t e de M o r a i s ( ), que a s s u m i u a P r e s i d ê n c i a n u m p e r í o d o de t e n s a c o n t u r b a ç ã o p o l í t i c a. D e s d e logo, P r u d e n t e teve que p a c i f i c a r a r e v o l t a no est.ado g a ú ç h o, ( R e v o l u ç ã o F ede- r a l i s t a ) a i n d a não totalmente debelada, oportunidade em que foi concedida a m p l a anistia. A a s c e n ç ã o de P r u d e n t e, p r i m e i r o p r e s i d e n t e civil, m a r c a a r e t o m a d a do p r e d o m í n i o p o l í t i c o dos f a z e n d e i r o s e o t é r m i n o do p o d e r p o l í t i c o dos m i l i t a r e s. E n t r e t a n t o, o e v e n t o m a i s s i g n i f i c a t i v o e c o m p l i c a d o r da g e s t ã o de Prudente, foi o r e l a t i v o â g u e r r a de C a n u d o s, o - c o r r i d a no p e r í o d o de 1896 e 1897 no Estado da Bahia e estava intimamen te ligado âs condições econômicas do Nordeste, o qual foi solucionado g r a n d e d i f i c u l d a d e m a i s tarde, c o m a e x t e r m i n a ç ã o do r e d u t o c o m re- 5. Ibidem, p

21 belde. Por o u t r o lado, s u c e d e n d o a P r u d e n t e d e M o r a i s, o p r e s i d e n t e C a m p o s S a l e s que g o v e r n o u o p a f s de a 1902, e m p r e e n d e u u m a p o l í t i c a de s a n e a m e n t o nas f i n a n ç a s b r a s i l e i r a s c o r r e n t e s de v u l t o s o s gastos das adnjinistraçses a n t e r i o r e s, de da q u e d a do p r e ç o do c a f é no â m b i t o e x t e r n o, a l é m da a c e n t u a d a bai x a d a t a x a c a m b i a l do m i l - r é i s. Foi n e s s e p e r í o d o que o país, a t r a v é s do seu p r e s i dente, a s s i n o u a c o r d o n o e x t e r i o r a r e s p e i t o da d í v i d a e x t e r n a b r a s i l e i r a c o n s u b s t a n c i a d a e m v á r i o s p o n t o s r e l a t i v o s ao seu p a g a m e n t o e q u a n t o a o b t e n ç ã o de n o v o e m p r é s t i m o. S e g u n d o se p o d e c o n s t a t a r p e l o s r e l a t o s h i s t o r i c o s, a p o l í t i c a l e v a d a a a f e i t o. p o r Campos S ales teve p o n t o s p o s i t i - v o s e negativos,** já que, se p o r u m lado v a l o r i z o u a m o e d a b r a s i l e i r a e c o m b a t e u a inflação, p o r outr-o, a f e t o u a i n d ú s t r i a n a c ional, p r o v o c o u a r e d u ç ã o do c o n s u m o, d e t e r m i n o u a q u e d a do v o l u m e de n e g o c i o s e n t r e outras c o n s e q ü ê n c i a s. No a s p e c t o p o l í t i c o, o p e r í o d o do p r e s i d e n t e C a m p o s S a l e r foi m a r c a d o p e l o e s t a b e l e c i m e n t o da " P o l í t i c a dos Go- *7 v e r n a d o r e s " ou " P o l í t i c a dos Estados"., a t r a v é s da q u a l h a v i a r e c i p r o c i d a d e de f a v o r e s e n tre os g o v e r n a d o r e s e s t a d u a i s ( o l i g a r quias) e o g o v e r n o f e d eral, t r a z e n d o e n t r e o u t r a s c o n s e q l i e n c i a s, a r e j e i ç ã o de d e p u t a d o s f e d e r a i s e l e i t o s p e l a o p o s i ç ã o l e v a d a a e f e i t o p o r e s t e ultimo. 6. Ihidem, p Ibidem, p.

22 12 D o u t r o m odo, c o m o d e c o r r ê n c i a da " P o l í t i c a d o s G o v e r n a d o r e s ", a d v e i o o que se c o n v e n c i o n o u c h a m a r dê " P o l í t i c a do C a f ê - c o m - l e i t e, c o n s u b s t a n c i a d a n a l i d e r a n ç a p a u l i s t a e m i n e i r a, r e l a t i v a m e n t e â e l e i ç ã o p r o p o r c i o n a l de seus r e p r e s e n t a n tes a n í v e l federal, r e s u l t a n t e v i s í v e l do g r a n d e p o d e r d a s o l i g a r q u i a s d a q u e l e s estados. Por o u t r o lado, no que c o n c e r n e aos d i r e i t o s e gar a n t i a s i n d i v i d u a i s, c o n f o r m e a s s i n a d a G U A N A B A R A, h o u v e p l e n o r e s p e i t o p o r p a r t e do g o v e r n o n ã o se s a b e n d o de q u a l q u e r fato c o n t r a a s u a imagem. g S e g u n d o a i n d a G U A N A B A R A, Campos S a l e s p r o m o v e u "a m e l h o r i a do m a t e r i a l n a v a l ", a " a b e r t u r a de e s t r a d a s e s t r a t é g i cas", ao m e s m o t e m p o e m que, t a m b é m, a d o t a n d o u m a p o s i ç ã o p ô s f i m as " n o s s a s q u e s t õ e s de f r o n t e i r a s p e l o p r o c e s s o de a r b i t r a gem". C o m r e l a ç ã o aos p e r í o d o s de- g o v e r n o de R o d r i g u e s A l v e s ( } e A f o n s o P e n a ( ), cabe r e s s a l t a r que o p r i m e i r o e m p r e e n d e u u m p r o c e s s o de m o d e r n i z a ç ã o d a c a p i t a l f e d e r a l (Rio de J a n e i r o ), t e n d o p o r o u t r o lado, d i r i g i d o sua a ç ã o e m d e f e s a da saúde p ú b l i c a e c o n t r a as e p i d e m i a s e n t ã o e x i s t e n - tes n a é p o c a (jfebre a m a r e l a, p e s t e b u l b ô n i c a e v a r í o l a ). Q u a n t o ao segundo, p e r m i t i u a e f e t i v a ç ã o de u m a po l í t i c a de b e n e f i c i a m e n t o da o l i g a r q u i a c a f e e i r a, a l é m de ter p r o c u r a d o e v i d e n c i a r o p r o g r e s s o b r a s i l e i r o, n o t a d a m e n t e c o m a 8. G U A N A B A R A,A l c i n d o. A p r e s i d ê n c i a C a m p o s S a l e s. B r a s í l i a, Uni v e r s i d a d e de B r a s í l i a, p Ibidem, p

23 13 " E x p o s i ç ã o I n t e r n a c i o n a l do R i o d e Jane_i.ro"^ A f o n s o P e n a m o r r e u a n t e s d a c o n c l u s ã o d e s e u m a n d a to, s e n d o s u b s t i t u í d o a p a r t i r d e p o r N i l o P e ç a n h a, o v i - c e - P r e s i d e n t e q u e c o m p l e t o u o p e r í o d o. J ã o p e r í o d o s e g u i n t e d o P r e s i d e n t e H e r m e s F o n s e c a ( ), foi m a r c a d o p o r v i o l e n t a s c o m o ç õ e s s o c i a i s e p o l í ticas, c o m o a R e v o l t a d a C h i b a t a, a R e v o l t a d os F u z i l e i r o s N a v a i s e a g u e r r a d o C o n t e s t a d o, s e n d o s u c e d i d o p o r V e n c e s l a u B r ã s ( ), c u j o p e r í o d o c o i n c i d i u c o m a e c l o s ã o d a P r i m e i r a G r a n d e G u e r r a M u n d i a l n a q ual, i n c l u s i v e, v e i o a p a r t i c i p a r o B r a s i l, A p a r t i c i p a ç a o do B r a s i l n o c o n f l i t o d e t e r m i n o u, e m c o n s e q ü ê n c i a, u m a d i m i n u i ç ã o d a s i m p o r t a ç õ e s e a u m e n t o d o s e t o r e x p o r t a d o r, r e d u n d a n d o p a r a l e l a m e n t e n o c r e s c i m e n t o i n d u s t r i a l c o m o m a n e i r a d e s u b s t i t u i ç ã o d a s p r i m e i r a s. M e r e c e d e s t a q u e, p o r o u t r o lado, t e r o p e r í o d o do P r e s i d e n t e V e n c e s l a u sido s a c u d i d o p o r i n ü m e r a s g r e v e s o p e r a r i a s e m r a z ã o d a s p é s s i m a s c o n d i ç õ e s de t r a b a l h o a q u e e s t a v a m s u b m e t i d o s os t r a b a l h a d o r e s, n o t a d a m e n t e a q u e e c l o d i u n o a n o d e 1917 n u m a f á b r i c a d e t e c i d o s n u m b a i r r o d e S ã o P a u l o, a q u a l se p r o p a g o u p a r a v á r i a s c i d a d e s e p a r a o u t r o s E s t a d o s. N ã o o b s t a n t e a c r i s e p o r q u e p a s s a v a m s e t o r e s o p e r a r i a d o s, o B r a s i l, n e s s a época, e x p e r i m e n t o u s u b s t a n c i a l m u d a n ç a n o s c a m p o s e c o n ô m i c o, s o c i a l e p o l í t i c o. 10. S I L V A, F r a n c i s c o de A s s i s & B A S T O S, P e d r o Ivo de Assis. op. cit, p,229.

24 14 D e n t r o d a p e r s p e c t i v a e c o n ô m i c a, a g u e r r a p r o p i c i o u p o r u m l a d o o c r e s c i m e n t o d o s e t o r f a b r i l b r a s i l e i r o, o c a s i o n a n d o a c e n t u a d o c r e s c i m e n t o i n d u s t r i a l. P o r o u t r o lado, c o m o c o n s e q ü ê n c i a, o c r e s c i m e n t o in d u s t r i a l d e u m a r g e m ao d e s e n v o l v i m e n t o u r b a n o na r e g i ã o S u l p a í s e ao f o r t a l e c i m e n t o de a l g u n s s e g m e n t o s s o c i a i s c o m o d o a b u r g u e s i a i n d u s t r i a l, a c l a s s e m e d i a u r b a n a e o o p e r a r i a d o. N e s s a época, e s s e s g r u p o s p a s s a r a m a e x e r c e r p r e s - s lo e a c o n t e s t a r o g o v e r n o d e então, e x i g i n d o m u d a n ç a s, p o r q u e e n t e n d i a m q u e a p o l í t i c a e m v i g o r a p e n a s f a v o r e c i a os c a f e i c u l tores, t r a z e n d o p r e j u í z o s a eles, a l e m d o q u e i n s u r g i a m - s e c o n tra o c o n t r o l e d a m á q u i n a p o l í t i c a e l e i t o r a l c a r a c t e r i z a d a p e l a f r a u d e e p e l a m a n i p u l a ç ã o dos votos, A b u r g u e s i a i n d u s t r i a l, e s p e c i f i c a m e n t e p r o p u g n a v a p o r u m a p o l í t i c a de a p o i o e p r o t e ç ã o f i n a n c e i r a à i n d ú s t r i a e c o m o n ã o e r a a t e n d i d a, c o n t i n u a v a p r e s s i o n a n d o. A c l a s s e m é d i a d e u m m o d o geral, p o r q u e r e r partic_i p a r a t i v a m e n t e d o p o d e r, c o n t e s t a v a a P o l í t i c a dos G o v e r n a d o r e s q u e l h e s ti,rara a c h a n c e d e a l c a n ç a r tal o b j e t i v o e l u t a v a p o r r e f o r m a s e l e i t o r a i s q u e g a r a n t i s s e m u m a m o r a l i z a ç ã o n a s e l e i ções, a l é m de r e i v i n d i c a r e m t a m b é m o v o t o secreto. P o r seu turno, o o p e r a r i a d o, c o m o já se d i s s e, s u b m e t i d o às p é s s i m a s c o n d i ç õ e s d e t r a b a l h o, l u t a v a p o r m e l h o r e s s a l á r i o s e m e l h o r e s c o n d i ç õ e s d e v i d a q u e a d v i r i a m, p o r c e r t o, d o a t e n d i m e n t o d a s p r i m e i r a s. T a i s c o n t e s t a ç õ e s e p r e s s õ e s, a l i a d a s a o s m o v i m e n tos a r m a d o s d os s e t o r e s j o v e n s d o E x é r c i t o ( T e n e n t i s m o í, a l é m d a o c o r r ê n c i a de d i s s i d ê n c i a s n o â m b i t o d a c l a s s e d o m i n a n t e, v i -

25 15 r i a m a e n s e j a r n o c a m p o p o l í t i c o o e n f r a q u e c i m e n t o d o p o d e r das o l i g a r q u i a s m o r m e n t e as l i g a d a s ao s e t o r c a f e e i r o. F o i d e n t r o d e s s e q u a d r o e, a t r a v é s a i n d a d a c h a m a d a p o l í t i c a d o c a f ê - c o m - l e i t e, q u e t e v e l u g a r a s u c e s s ã o do P r e s i d e n t e V e n c e s l a u Brãs, s endo e l e i t o o p a u l i s t a ^ R o d r i g u e s A l v e s J o qual, e n t r e t a n t o, n ã o t o m o u p o s s e e m r a z ã o d e sua morte. S u b s t i t u í d o p o r D e l f i m J^o x e i r a. s e u V i c e - P r e s i d e n t e, e s t e c o n v o c o u e l e i ç õ e s, s e n d o e l e i t o o p a r a i b a n o E p i t á c i o P e s soa, d e n t r o d o p a c t o e s t a b e l e c i d o e n t r e M i n a s e S ã o Paulo. O g o v e r n o do P r e s i d e n t e (Epltacio_E SSQa..,_ ^ 7 ) c a r a c t e r i z o u - s e por u m a p o l í t i c a e c o n ô m i c a d e a p r o x i m a ç ã o c o m o E s t a d o s U n i d o s do qual, aliâs, o b t e v e e m p r é s t i m o s. T e v e e m m i r a e m seu g o v e r n o, a p o l í t i c a d e v a l o r i z a ç ã o d o café, o q u e c o n t i n u o u a p r o v o c a r as i n s a t i s f a ç õ e s d o s e tor i n d u s t r i a l a n t e s r e f e r i d a s. N e s s a época, a i n f l a ç ã o a u m e n t a v a c o n t i n u a d a m e n t e e m b o r a o g o v e r n o n ã o f o s s e s e n s í v e l às r e i v i n d i c a ç õ e s s a l a r i ais, i n d i s p o n d o - s e, i n c l u s i v e, c o m s e t o r e s m i l i t a r e s. J á no t é r m i n o d e s e u g o v e r n o, q u a n d o jã o c o r r i a i n t e n s a m o v i m e n t a ç ã o p a r a a s u c e s s ã o p r e s i d e n c i a l, h o u v e n o d e J a n e i r o u m a g r a n d e E x p o s i ç ã o I n t e r n a c i o n a l c o m e m o r a t i v a Rio ao C e n t e n á r i o d a I n d e p e n d ê n c i a, e n q u a n t o q u e e m S ã o P a u l o r e a l i z o u - s e e n t r e os d i a s 11 e 18 d e f e v e r e i r o de(^ a " S e m a n a Arte", i n a u g u r a n d o fo M o d e r n i s m o no p a lsj E s s e m o v i m e n t o, c o n g r e g a v a, e s c r i t o r e s, p i n t o r e s, e s c u l t o r e s e i n t e l e c t u a i s de q u e de m o d o geral, i n f l u e n c i a d o s p o r m o v i m e n t o s de v a n g u a r d a no e x t e rior, p r o c u r a v a r o m p e r c o m os p a d r õ e s c u l t u r a i s i m p o r t a d o s d a n do r e a l c e e v a l o r â c u l t u r a b r a s i l e i r a.

26 N o c a m p o p o l í t i c o, c o m b a s e a i n d a n o t r a d i c i o n a l m o 16 d e l o d o C a f é - c o m - l e i t e, o m i n e i r o A r t h u r B e r n a r d e s f o i e l e i t o P r e s i d e n t e a p ô s a c i r r a d a d i s p u t a e l e i t o r a l. O g o v e r n o d o P r e s i d e n t e A r t h u r B e r n a r d e s, , s e g u n d o r e l a t o h i s t ó r i c o, ^ foi m a r c a d o p o r i n t e n s a s " a g i t a ç õ e s p o l í t i c a s e s u b l e v a ç õ e s de c a r ã t e r t e n e n t i s t a ", f a t o q u e p o d e ser c o n s i d e r a d o u m d e s d o b r a m e n t o dos m o v i m e n t o s d e c o n t e s t a ç ã o e m t o d o s os n í v e i s sociais i n i c i a d o s na d é c a d a d e 20 ( ) e q u e i r i a m c u l m i n a r c o m o a d v e n t o d a R e v o l u ç ã o de 3 0, a n o s depois. M a n t e v e seu g o v e r n o p e r m a n e n t e m e n t e sob e s t a d o de s i t i o c o m o p r e t e x t o d e c o n t r o l a r as a g i t a ç õ e s p o l í t i c a s e a r m a das, e s t a s de c a r ã t e r q u a s e c o n s t a n t e e m t o d a a d é c a d a. Do m e s m o m o d o, impôs s e v e r a c e n s u r a à i m p r e n s a, a t r a v ê s d a Lei d e I m p r e n s a, f a t o que c o n s t i t u i u u m a d a s m e d i d a s l e v a d a s a e f e i t o p e l o P r e s i d e n t e q u a n d o d a i m p o s i ç ã o d a R e f o r m a C o n s t i t u è i o n a l no a n o d e 1926, E n t r e os m o v i m e n t o s t i d o s c o m o de c a r ã t e r c o n t e s t a - t õ r i o o c o r r i d o s na d é c a d a de 20 c o m e x c e ç ã o d o p r i m e i r o, d e n t r o, ainda, do G o v e r n o do P r e s i d e n t e A r t h u r B e r n a r d e s, m e r e c e m d e s t a r* ques, os s e g u i n t e s c o n f o r m e registro h i s t ó r i c o ; "a) a R e v o l u ç ã o d o F o r t e d e C o p a c a b a n a, o c o r r i d a e m 05 de j u l h o d e 1 922; b) a R e v o l u ç ã o P a u l i s t a d e 1924 e, c) a C o l u n a P r e s t e s que, l i d e r a d a p o r M i g u e l C o s t a e L u í s C a r l o s P r e s t es, p e r c o r r e u o i n t e r i o r do B r a s i l e n t r e e 1927, l u t a n d o c o n t r a o g o v e r n o e tentando^ t r a z e r p a r a si o a p o i o d a s c a m a d a s h u m i l d e s ". 11 e 12. Ibidem, p, 242, 246,

27 17 C o m r e l a ç ã o aos m o v i m e n t o s a r m a d o s d e p r o c e d ê n c i a " t e n e n t i s t a ", c a b e m a q u i a l g u m a s o b s e r v a ç õ e s. 0 m o v i m e n t o dos " T e n e n t e s ", c o m p o s t o p o r j o v e n s ofi^ c i a i s n ã o t i n h a u m c a r á t e r p a r t i d á r i o c o m o p r e s s u p o s t o ideolõg_i co, e m b o r a p r e t e n d e s s e m r e f o r m a s p o l í t i c a s. E s t a v a m d e s c o n t e n t e s c o m as o l i g a r q u i a s e m s e u s f e r e n t e s n í v e i s, c o m a l g u n s s e t o r e s d a c l a s s e m i l i t a r e c o m di o p r õ p r i o r e g i m e q u e c o n s i d e r a v a m c o r r u p t o. Suas i d é i a s b á s i c a s e r a m : ^ "Ideal de salvação nacional: os tenentes vlam-se C mo agentes de uma regeneração nacional; defensores da pureza em nome do povo Infeliz e Inerte; elltlsmo a Insurreição caberia a um grupo e não ao po_ vo, despreparado e Incapaz de sair de sua passividade; nacionalismo mal definido o p e n s amento n a cionalista entre os tenentes tinha Importância s e cundaria & era um tanto vago, Reduzla-se a alguns ataques ao capital estrangeiro; centralização do Estado criticava-se a excessiva autonomia dos estados, cujos governantes eram escolhidos pela poiztlca dominante. Pregava-se a reforma do ensino,do sistema eleitoral Lvoto secreto) e do sistema trlbu t ã r l o ". P o r o u t r o lado, já n o t é r m i n o d o seu q u a d r i é n i o, mais p r e c i s a m e n t e em 03 d e s e t e m b r o d e 1926, o P r e s i d e n t e A r t h u r p r o m o v e u u m a r e f o r m a c o n s t i t u c i o n a l, a n t e s r e f e r i d a, a l t e r a n d o a r t i g o s 69, 37, 59, 60 e 72, E n t r e o u t r a s m a t é r i a s, t r a t o u os do 13. Ibidem, p,241-2.

28 18 s e g u i n t e : I m p l a n t a ç ã o d o v e t o p e r c i a l ; r e s t r i n g i u o a l c a n c e d o H a b e a s - C o r p u s q u e e r a u t i l i z a d o c o m fins p o l í t i c o s 5 r e g u l a m e n t a ç ã o d a s m i n a s e j a z i d a s ; e s t a b e l e c i m e n t o d a o b r i g a t o r i e d a d e d e p a s s a p o r t e p a r a a e n t r a d a e s a í d a d o p aís; r e d e f i n i ç ã o d o i n s t i t u t o d a i n t e r v e n ç ã o federal; n o v a r e d a ç ã o ao c a p í t u l o "Dos D i r e i t o s F u n d a m e n t a i s do Homem"; a u t o r i z a ç ã o p a r a o C o n g r e s s o N a c i o n a l l e g i s l a r s o b r e r e l a ç õ e s d e t r a b a l h o ; etc. F e c h a n d o o p e r í o d o e - c o m o d e c o s t u m e, a s u c e s s ã o d o P r e s i d e n t e A r t h u r a t e v e - s e ao c o n v e n c i o n a d o p e l a p o l í t i c a do c a f ê - c o m - l e i t e, s e n d o e l e i t o W a s h i n g t o n L u í s q u e d e r r o t o u o c a n d i d a t o d a o p o s i ç ã o A s s i s B r a s i l. que, na v e r d a d e, n ã o c h e g o u ao seu final, foi m a r c a d o p o r s u c e s s i v a s c r i s e s d e c a r á t e r social, p o l í t i c o e e c o n ô m i c o. N o a s p e c t o social,-avolumavam-se os d e s c o n t e n t a m e n tos d a s c a m a d a s u r b a n a s m é d i a s e e n t r e elas, s e g m e n t o s m i l i tares. P o r o u t r o lado, o s e t o r c a f e e i r o a p r e s e n t a v a e v i d e n tes s i n a i s d e c r i s e d e c o r r e n t e s da s u p e r p r o d u ç ã o, d a p r ó p r i a p o l í t i c a g o v e r n a m e n t a l q u e não p r e s t a v a o a u x í l i o n e c e s s i t a d o e, p r i n c i p a l m e n t e, d a g r a n d e d e p r e s s ã o a n í v e l i n t e r n a c i o n a l. E n t r e t a n t o, n ã o o b s t a n t e os s o b r e s s a l t o s n a s á r e a s e c o n ô m i c a e social, o g o v e r n o d o P r e s i d e n t e W a s h i n g t o n Luís p o d e r i a ter p a s s a d o i n c ó l u m e, n ã o f o s s e a c r i s e p o l í t i c a s u r g i d a c o m o r o m p i m e n t o d a " P o l í t i c a d o C a f é - c o m - l e i t e ", e m c u j a e l e i ç ã o p a r t i c i p a r a m J u l i o P r e s t e s e G e t ü l i o V a r g a s e, q u e r e d u n d o u, p o s t e r i o r m e n t e, no a d v e n t o d a R e v o l u ç ã o d e 30, C o m o s abido, em d e c o r r ê n c i a d a c i t a d a p o l í t i c a,

29 19 S ã o P a u l o e M i n a s G e r a i s, r e v e z a v a m - s e n o e n c a m i n h a m e n t o... de s e u s c a n d i d a t o s â P r e s i d ê n c i a d a R e p ú b l i c a, d e s d e h ã m u i t o t e m po. N a s u c e s s ã o d e W a s h i n g t o n Luís, A n t ô n i o C a r l o s R i b e i r o de A n d r a d a, G o v e r n a d o r de M i n a s, e s p e r a v a s e r e s c o l h i d o c o m o c a n d i d a t o d a s i t u a ç ã o e c o n t a r c o m o a p o i o d o P r e s i d e n t e. E n t r e t a n t o, q u e b r a n d o as r e g r a s da p o l í t i c a a t ê e n t ã o e m v i g o r, o P r e s i d e n t e W a s h i n g t o n L u í s, e m , p a s s o u a a- p o i a r o s t e n s i v a m e n t e o n o m e do g o v e r n a d o r de S ao P a u l o J ú l i o P r e s t e s a sua s u c e s s ã o. E m d e c o r r ê n c i a, A n t ô n i o C a r l o s R i b e i r o A n d r a d a p a r a se o p o r aos p l a n o s do P r e s i d e n t e, a p r o x i m o u - s e d o R i o G r a n d e d o Sul, r e s u l t a n d o n o a c o r d o d e n o m i n a d o "Pacto do H o t e l G l o r i a " e no s u r g i m e n t o e m a g o s t o d e 1929 da A l i a n ç a L i b e r a l. C o m o c o n s e q ü ê n c i a, G e t ü l i o V a r g a s, g o v e r n a d o r d o ~ -r R i o G r a n d e d o S u l e J o ã o P e s s o a, G o v e r n a d o r d a P a r a í b a, t i v e r a m s u a s c a n d i d a t u r a s l a n ç a d a s p e l o P a r t i d o R e p u b l i c a n o M i n e i r o (PRM) â P r e s i d ê n c i a e V i c e - P r e s i d ê n c i a, r e s p e c t i v a m e n t e. M a i s tarde, a p ô s u m a a c i r r a d a e t u m u l t u a d a c a m p a n h a e l e i t o r a l o nde, i n c l u s i v e, o c o r r e r a m v a r i a s m o r t e s, f o r a m r e a l i z a d a s as e l e i ç õ e s d e 19 d e m a r ç o de 1930 nas q u a i s s a i r a m v e n c e d o r e s J ú l i o P r e s t e s e V i d a l S oares, A o p o s i ç ã o, i n c o n f o r m a d a, a t r i b u i u a v i t o r i a ã a ç ã o f r a u d u l e n t a, a l ê m d e c o r r u p ç ã o e l e i t o r a l v e r i f i c a d a n o p l e i t o. C o m o c o n s e q ü ê n c i a, p o l í t i c o s l i g a d o s à A l i a n ç a L i b e ral, a p r o v e i t a n d o - s e d o a m b i e n t e d e a g i t a ç ã o s o c i a l d e c o n t e s t a t õ r i o e r e i v i n d i c a t ô r i o, b e m c o m o da c r i s e c u n h o e c o n ô m i c a q u e a s s o l a v a o p a í s d e c o r r e n t e t a m b é m da g r a n d e d e p r e s s ã o de

30 o u t u b r o de _ n o s E s t a d o s U n d i s o, c o m a q u e b r a d a B o l s a d e N o v a I o r q u e, p a s s a r a m a c o n s p i r a r e a d m i t i r a p o s s i b i l i d a d e de u m m o v i m e n t o armado. S e g m e n t o s da ala j o v e m da o f i c i a l i d a d e do E x é r c i t o iriam, i g u a l m e n t e, t o m a r p a r t e no d e s e n v o l v i m e n t o do p l a n o de c o n s p i r a ç ã o. A t e n s ã o p o l í t i c a e l e v o u - s e, p o s t e r i o r m e n t e,.q u a n d o da a b e r t u r a do C o n g r e s s o N a c i o n a l a 3 d e m a i o de 1930, o c o r r e r a m v i o l e n t o s d e b a t e s e n t r e o p o s i c i o n i s t a s e g o v e r n i s t a s e h o u v e o p r o c e d i m e n t o c o n h e c i d o por " d e g o l a " c o n s i s t e n t e n a e l i m i n a ç ã o de i n ú m e r o s d e p u t a d o s e l e i t o s p e l a P a r a í b a e p o r M i n a s Gerais. 'i Este e p i s o d i o j u n t a m e n t e c o m o a s s a s s i n a t o de J o ã o 14 P e s s o a em 26 de j ulho do m e s m o ano e m Recife, p o r r a z o e s de o r d e m p e s s o a l, m a s, h a b i l m e n t e e x p l o r a d o p e l o s a l i a n c i s t a s - c o n s - p i r a d o r e s foi o e s t o p i m da r e v o l t a que m e s e s d e p o i s s e r i a d e s e n cadeada. R e a l m e n t e, a 3 de o u t u b r o de 1930 n a c i d a d e de Por to A l e g r e, t i n h a início a r e v o l u ç ã o que m a r c a r i a o f i m da R e p ú b l i c a V e l h a. P o s t e r i o r m e n t e, a 3 de n o v e m b r o de 1930 a s s u m i u o p o d e r p o l í t i c o - G e t ú l i o V a r g a s, c o m o l í d e r s u p r e m o da' R e v o l u ção de 30, d a n d o início, então, a u m g o v e r n o acentuadameíite dis c r i c i o n ã r i o c o n c e n t r a n d o em suas mãos, e n o r m e poder. A 11 de n o v e m b r o de 1930, p e l o D e c r e t o n , V a r g a s i n s i t u í a o f i c i a l m e n t e no país, o que c h a m o u de " G o v e r n o P r o v i s ó r i o da R e p ú b l i c a dos E s t a d o s U n i d o s do B r a s i l ", P a r a se ter u m a i déia do g r a n d e p o d e r que t e r i a G e t ú l i o no p e r í o d o, b a s t a a t e n t a r m o s p a r a o p o l í t i c o c o n t e ú d o do c i t a d o d e c r e t o que se e n c o n t r á e n t r e os anexos. 14. B L O C H, Israel A B R E U, A l z i r a A l v e s. d e. Coord. D i c i o n á r i o h i s t o r i c o - b i o g r ã f i c o b r a s i l e i r o : Rio de J a n e i r o F o r e n s e U n i v e r s i t á r i o, FGV, p

31 21 2. REVISÃO JURÍPICQ-HISTORICA 0 B r a s i l, d e s d e s e u t e m p o c o l o n i a l, foi u m p a í s m a r c a d o p o r s u c e s s i v a s r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s que, e m v e r d a d e, p e l a s u a s u p e r f i c i a l i d a d e, n ã o l o g r a r a m a t i n g i r os o b j e t i v o s a q u e se p r o p u n h a m. N e s s e m o m e n t o de n o s s o t r a b a l h o, e t e n d o e m os o b j e t i v o s d e s t a p e s q u i s a, ê o p o r t u n o p a s s a r e m r e v i s t a v i s t a a l g u m a s d e s s a s ' r e f o rmas', t o m a n d o c o m o p o n t o d e r e f e r ê n c i a, a q u e l a p r o c e d i d a p o u c o s a n o s a n t e s do a d v e n t o d a R e p ú b l i c a e s u r g i d a p e l o A t o A d i c i o n a l, p r o m u l g a d o e m 06 de a g o s t o d e P o r e s t e d i p l o m a legal, e s t a b e l e c e u o l e g i s l a d o r uma d e s c e n t r a l i z a ç ã o p o l í t i c o ^ - a d m i n i s t r a t i v a p e l a q u a l o s a s s u n t o s l i g a d o s ã ã r e a e d u c a c i o n a l se t r a n s f e r i a m d a s m ã o s d o I m p e r a d o r p a r a os P r e s i d e n t e s d a s P r o v í n c i a s. 0 q u e v a l e dizer, a t o t a l i d a d e do e n s i n o p r i m á r i o e do e n s i n o m ê d i o s a i u do g o v e r n o c e n t r a l p a r a o p o d e r d e c a d a P r o v í n c i a, 0 p a r á g r a f o 2? d o Art. 10 do c i t a d o A t o e s t a t u í a s o b r e a c o m p e t ê n c i a a t r i b u í d a âs A s s e m b l é i a s L e g i s l a t i v a s P r o v i n c i a i s p a r a l e g i s l a r."sobre instrução pública e estabelecimentos proprios a promove-la, não compreendendo as Faculdades de Medicina, os Cursos JurZdicos, Academias atual^ mente existentes e outros quaisquer estabelecimen - tos de instrução que para o futuro forem criados por

32 22 lei geral".15 A r e p e i t o d e tal r e f o r m a F E R N A N D O DE A Z E V E D O ^ fez o s e g u i n t e c o m e n t á r i o ; "A des centralização do ensino fundamental instituzda pelo Ato Adicional e mantida pela Republica, quan to ao ensino primário, atingindo um dos pontos e s senciais da estrutura do sistema escolar, não permi tiu, durante um s é c u l o, edificar, sobre a base soli da z larga da educação comum, a super-estrutura do ensino superior, geral ou profissional, nem reduzir a distancia intelectual entre as camadas inferiores e as elites do pazs". N u m p a s s o s e g u i n t e, t i v e m o s a R e f o r m a l e v a d a a e- f e i t o p e l o M i n i s t r o C a r l o s L e ô n c i o de C a r v a l h o, a ú l t i m a d o I m p é r i o, i n s t i t u í d a p e l o D e c r e t o n? 7247 de 19 de a b r i l d e E s t e a d a e m p r i n c í p i o s a c e n t u a d a m e n t e l i b e r a i s, s e g u n d o m o d e l o n o r t e - a m e r i c a n o, d i t a r e f o r m a, na p r á t i c a, n ã o lo g r o u êxito, eis que, n ã o t i n h a u m a u n i d a d e p r ó p r i a e n s e j a d o r a d e n o v a s d i m e n s õ e s p e d a g ó g i c a s. N ã o o b s t a n t e, t i n h a a l g u n s a s p e c t o s r e v o l u c i o n á r i o s e p o n t o s c o n s i d e r a d o s p r o g r e s s i s t a s, t en d o d u r a d o p o r c e r c a de d o z e anos. N a s e q ü ê n c i a h i s t ó r i c a, t e v e l u g a r a " R e f o r m a B e n B R A S I L, leis, d e c r e t o s, etc. A t o a d i c i o n a l de 06 de a g o s t o de a p u d T o b i a s, J o s é A n t ô n i o. 16. A Z E V E D O, F e r n a n d o de. A p u d T O B I A S, J o s é A n t ô n i o. Ibidem, p. 156.

33 23 j a m i n C o n s t a n t ", i n s t i t u í d a c o m o D e c r e t o n d e 08 d e n o v e m b r o d é 1890, m a s q u e so e n t r o u e m v i g o r e m 1891, t i n h a p r e s s u p o s t o s o r i e n t a d o r e s a l i b e r d a d e e l a i c i d a d e d o c o m o ensino, a l é m d a g r a t u i d a d e d a e s c o l a p r i m a r i a. m e n t a n d o o e v e n t o, a f i r m a que: 17 S e g u n d o o e n t e n d i m e n t o de J O S É A N T Ô N I O T O B I A S, c o "Comte, também do outro lado do Atlântico, foi o Inspirador da reforma educacional de Benjamim Constant, em 189:1, ainda que o positivismo do ministro brasileiro seja 6em "sul generls" em vãrlos aspectos, as vezes frontalmente contrario ao mestre francês". ta p o r B e n j a m i n, Conforme. M A R I A L U I S A S. R I B E I R O, 18 a r e f o r m a fei. "atingia, por força da descentralização reinante, a Instrução publica primaria e secundária do Vlstrlto Federal e a Instrução Superior, ArtZsti ca e Técnica em todo o territõrlo nacional. A es cola primaria ficava organizada em duas c a t e g o rias, Isto e, de 1? grau para crianças de 1 a 13 anos e de 2Ç grau para crianças de 13 a. 15 anos. A secundária tinha a duração de 7 anos. Mo nzvel superior afetou o ensino politécnico, o de Vlrel to, o de Medicina e o Militar". A i n d a no q u e t a n g e a a s p e c t o s f u n d a m e n t a i s d a ci 17. Ibidem, pág R I B E I R O, M a r i a L u í s a S. H i s t o r i a. d a e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a ; a o r g a n i z a ç ã o e s c olar. Sao P a u l o, M o r a e s, p

34 24 t a d a r e f o r m a, O T A Í Z A DE O L I V E I R A R O M A N E L L I,19 e n t e n d e que: "Se a reforma Benjamin teve o merito de romper " com a antiga. tradição doe.nii.no humanzstico ", não teve, porem, o cuidado de pensar a educação a partir de uma realidade dada, pecando, portanto, pela 6ase e sofrendo dos males que vão padecer quase todas as reformas educacionais que se t e n tou implantar no Brasil". J ã a C o n s t i t u i ç ã o de 24 d e f e v e r e i r o d e 1891, a p r i m e i r a r e p u b l i c a n a, q u e n o r t e o u e m a l g u n s p r i n c í p i o s a R e f o r m a B e n j a m i n C o n s t a n t, p r e v i u u m p r o c e s s o d e d e s c e n t r a l i z a ç ã o 20 d o e n s i n o ou, m a i s p r e c i s a m e n t e, c o m o l e m b r a R O M A N E L L I, a d u a l i d a d e de s i s t e m a s, jã que, p e l o seu a r t i g o 35, i t e n s 39 e 49, e l a r e s e r v o u à U n i ã o o d i r e i t o de "criar i n s t i t u i ç õ e s de e n s i n o s u p e r i o r e s e c u n d á r i o n o s E s t a d o s " e " p r o v e r a i n s t r u ç ã o s e c u n d á r i a no D i s t r i t o F e d e r a l " o que, c o n s e q u e n t e m e n t e, d e l e g a v a aos E s t a d o s c o m p e t ê n c i a p a r a p r o v e r e l e g i s l a r s o b r e e d u c a ç ã o p r i m á r i a. Ora, c o m o r e s s a l t a a a u t o r a s u p r a c i t a d a, e m r e a lidade, à U n i ã o c o u b e c r i a r e c o n t r o l a r t o d a a i n s t r u ç ã o s u p e r i o r e m t o d o o p a í s, b e m c o m o c r i a r e c o n t r o l a r t o d o o s i s t e m a d e e n s i n o s e c u n d á r i o e a i n s t r u ç ã o nos d i v e r s o s n í v e i s n o D i s t r i t o F e d e r a l, e n q u a n t o aos E s t a d o s, r e s t o u a p e n a s a c o m p e t ê n 19. R O M A N E L L I, O t a í z a de O l i v e i r a. H i s t ó r i a d a e d u c a ç ã o n o B r a s i l. P e t r õ p o l i s, R.J., V o z e s, p Ibidem, p. 41.

35 25 c i a p a r a c r i a ç ã o e c o n t r o l e d o e n s i n o p r i m á r i o e d o p r o f i s s i o rial. E s t a s d i s p o s i ç õ e s c o n s t i t u c i o n a i s q u e s i g n i f i c a v a m m a i s u m a m u d a n ç a n o e n s i n o p u b l i c o n ã o a t e n d i a m, t o d avia, as n e c e s s i d a d e s e m e r g e n t e s d e u m a n o v a s o c i e d a d e e m f o r m a ç ã o e c o m r e l a t i v o g r a u de c o m p l e x i d a d e. C o m e f e i t o, já n ã o se t r a t a v a m a i s d e u m m o d e l o d e s o c i e d a d e e s c r a v o c r a t a c o m o antes, m a s d e u m p o v o o n d e d e s p o n t a v a m, p o r e x e m p l o, u m a p e q u e n a b u r g u e s i a e n t ã o e m a s c e n ç ã o, u m a c a m a d a m é d i a d e i n t e l e c t u a i s, m i l i t a r e s, p a d r e s, u m a b u r g u e sia i n d u s t r i a l, etc. T o d o e s s e c o m p l e x o h e t e r o g ê n e o s o c i a l d a época, n a t u r a l m e n t e, p o r p o u c o t e m p o a c e i t a r i a m o d i f i c a ç õ e s d e c a r á t e r s i m p l i s t a n u m a i n s t i t u i ç ã o a l t a m e n t e i m p o r t a n t e c o m o ja e d u c a c i o n a l e, m a i s tarde, n o v a s r e f o r m a s se f a r i a m sentir. N a s e q ü ê n c i a h i s t ó r i c a, t i v e m o s a i n d a q u a t r o o u t r a s r e f o r m a s n o s e t o r e d u c a c i o n a l a t é a d é c a d a d e 30 que, t o d a 71 via, c o m o a s s e v e r a R O M A N E L L I, "nào l o g r a r a m a c a r r e t a r n e n h u m a m u d a n ç a s u b s t a n c i a l ao sistema". A p r i m e i r a delas, d e n o m i n a d a o " C ó d i g o E p i t ã c i o 2 2 P e s s o a ", s u r g i d a e m 01 de j a n e i r o de 1901, e s t a b e l e c i a os r e q u i s i t o s p a r a u m a p r e t e n d i d a " e q u i p a r a ç ã o de t o d a s as d o B r a s i l a o G i n á s i o N a c i o n a l, o C o l é g i o P e d r o II", 2 3 e s c o l a s o que, n a v e r d a d e, n ã o foi a l c a n ç a d o. 21. I bidem, p,42. 22* T O B I A S, J o s é A n t ô n i o, op, cit,, p, * Ibidem.

36 26 P o r s e u turno, a r e f o r m a d o M i n i s t r o R i v a d ã v i a C o r r e i a, o c o r r i d a e m 1911, s u p r i m i u o c a r ã t e r o f i c i a l d o e n s i no, t i r a n d o - o d a s m ã o s d o E s t a d o, ao m e s m o t e m p o e m q u e c o n c e d e u a m p l a l i b e r d a d e e a u t o n o m i a aos e s t a b e l e c i m e n t o s e d u c a c i o nais. A i n s p i r a ç ã o p o s i t i v i s t a foi m a r c a n t e n e s t a r e f o r m a. P o r sua vez, a r e f o r m a s u r g i d a c o m a Lei d e C a r los M a x i m i l i a n o, e m 1 15, r e o f i c i a l i z o u o e n s i n o a o m e s m o t e m p o e m q u e p r o c u r o u r e o r g a n i z a r o e n s i n o mêdio, r e g u l a m e n t a n d o, ain da, p o r o u t r o lado, o i n g r e s s o nas e s c o l a s s u p e r i o r e s,, 24 l e m b r a TOBIAS. c o n f o r m e P o r fim, no a n o de 1925, a c o n t e c e u a r e f o r m a R O C H A VAZ, a u l t i m a d a d é c a d a de 20, que p r o m o v e u u m a c e r t a u n i f o r m i d a d e de a ç õ e s e n t r e os E s t a d o s e a U n i ã o q u a n t o a o e n s i n o p r i m á r i o, e l i m i n a n d o, p o r o u t r o lado, "os e x a m e s p r e p a r a t ó r i o s e p a r c e l a d o s, a i n d a v i g e n t e s e h e r a n ç a d o Império. F o i n a v e r d ade, u m a t e n t a t i v a d e i m p o r a s i s t e m a t i z a ç ã o s o b r e a d e s o r Ibidem, 25. R O M A N E L L I, O t a í z a d e O l i v e i r a, op, cit., p,43.

37 27 3. O PERÍODO EM ESTUDO: DESCRIÇÃO ffistõrica D e p o s t o o g o v e r n o d o P r e s i d e n t e W a s h i n g t o n e m 24 d e o u t u b r o d e c o m a v i t o r i a d a R e v o l u ç ã o, c a í a m L u í s as b a s e s d a R e p u b l i c a V e l h a o u P r i m e i r a R e p ú b l i c a e e n c e r r a v a - s e 3. de fato a vigência da 1- Constituição Republicana de 24 de f e ve reiro de C o m o c o n s e q ü ê n c i a i m e d i a t a, i n s t a l o u - s e u m a j u n ta g o v e r n a t i v a p r o v i s ó r i a, f o r m a d a p e l o s G e n e r a i s T a s s o F r a g o - so, M e n a B a r r e t o e o A l m i r a n t e I s a í a s N o r o n h a, q u e g o v e r n a r i a o p a i s a t ê o d i a 03 de n o v e m b r o d o m e s m o ano, q u a n d o a s s u m i u o p o d e r G e t ú l i o V a r g a s c o m o c h e f e d a R e v o l u ç ã o. D u r a n t e o p e r í o d o q u e g o v e r n o u o p aís, a J u n t a M i l i t a r, e n t ã o c o n s t i t u í d a, t o m o u u m a s ê r i e d e p r o v i d ê n c i a s de c a r ã t e r p o l í t i c o e a d m i n i s t r a t i v o. N e s s e s e n t i d o, em 25 de o u t u b r o de 1930, a J u n ta e x p e d i u ato c o m u n i c a n d o âs e m b a i x a d a s e s t r a n g e i r a s a m u d a n ç a d e g o v e r n o e n t ã o v e r i f i c a d a, E r a o s e g u i n t e o t e o r d o a l u d i d o ato: "Acaba. de instituir-se no Rio de Janeiro a Junta G overnativa composta Generais Tasso Fragoso, M e na Barreto e Contra-Atmirante JsaZas de N o r o n h a. Presidente Washington LuZs entregou governo r e cebendo considerações, honras devidas, seu atto 26 SILVA, F r a n c i s c o de A s s i s & B A S T O S, P e d r o Ivo d e A s s i s, op, cit., p. 251.

38 28 cargo. Ministros exonerados. Programa Governo ProvisÕrAo confraternização imediata famzlia brasileira, manutenção compromissos nacionais exteriores, pacificação espíritos dentro P a Z s. M o vimento realizado sem sangue, máxima ordem,res peito autoridades depostas. Povo acompanhou en tre aclamações desenvolvimento acontecimentos. Cidafe apresenta as.pectos dias grandes festas nacionais. Peço diviilgação imprensa este bole tim.11 Ja a 27 de o u t u b r o do m e s m o ano, a j u n t a v o l t a v a a m a n i f e s t a r - s e a t r a v é s de c o m u n i c a d o,. d a n d o c o n t a das p r o v i d ê n c a i s i n i c i a i s e n t ã o t o m a d a s de c a r á t e r a d m i n i s - t r a t i v o ao m e s m o t e m p o e m que a n u n c i a v a de G e t u l i o V a r gas, c h e f e da R e v o l u ç ã o, p a r a a r e o r g a n i z a ç ã o do n o v o regime. C o n t ú d o, o u t r o s f a tos m a r c a n t e s d o p e r í o d o de V a r g a s, o c o r r i d o s n e s t e que é o b j e t o do p r e s e n t e t r a b a l h o, que s e r ã o d e s c r i t o s m a i s a d i ante, e s t ã o a e v i d e n c i a r u m a fase p o l í t i c a c o n t u r b a d a a l i a d a ã c r ise e c o n ô m i c a d e c o r r e n t e d a s u p e r p r o d u ç ã o do café. 27. P I M E N T A, M a t o s. A p u d A N D R A D E. C a r l o s L i n d o m a r. E v o l u ç ã o p o l í t i c o - c o n s t i t u c i o n a l do B r a s i l. São Paulo, U n i v e r s i d a d e M a c k e n z i e, ( m o n o g r a f i a p a r a o g r á u de e s p e c i a l i z a ç ã o em E s t u d o s B r a s i l e i r o s l.

39 29 No que c o n c e r n e i c r i s e e c o n B m i c a a c i m a r e f e r i d a, t o r n a m s s e n e c e s s á r i a s algurças o b s e r v a ç õ e s n o t o a a n t e ao p e r í o d o i n i c i a l que vai de 1930 a Coin efeito, t a m b é m m e r e c e ser l e m b r a d o o - fato de que a c r i s e m u n d i a l o c o r r i d a n o ano de 1929 t r o u x e e n o r - m e s a b a l o s à e c o n o m i a b r a s i l e i r a, e m c o n s e q ü ê n c i a da r e d u ç ã o de sua c a p a c i d a d e de i m p o r t a r e p o d e r c u m p r i r c o m os p a g a m e n t o s de c r e d o r e s do e x t e r i o r. A c r ise m u n d i a l, de c e r t o m o do, b a s e a v a - s e n a p o l í t i c a de s u p e r e x p l o r a ç ã o das n a ç õ e s i n d u s t r i a i s s o bre as n a ç o e s de e c o n o m i a a g r aria, ã é p o c a fato que f i c o u e v i d e n c i a do t a m b é m n a s r e s t r i ç ã o de c r é d i t o s e na s o b r e t a x a ç ã o das i m p o r t a ç õ e s. Ora, a n í v e l e x t e r n o, c o m o d e c o r r ê n c i a dos a b a los â e c o n o m i a, h o u v e u m a r e d u ç ã o das atividade.s e c o n ô m i c a s, u m a c h a t a m e n t o s a l a r i a l, r e d u z i n d o o p o d e r de c o m p r a, e, t a m bém, u m a u m e n t o n o í n d i c e de d e s e m p r e g o. N e s s e c o n t e x t o, V a r g a s i n s t i t u i u u m a n o v a p o l í t i ca p a r a o café, d e t e r m i n a n d o, t o d a v i a, i m p o r t a n t e s a l t e r a - ções p a r a a d e f e s a de seu p r i n c i p a l p r o d u t o. E s s a p o l í t i c a, e m s í n t e s e, v i s a v a m a n t e r u m p o n t o de e q u i l í b r i o e n t r e a o f e r t a e a p r o c u r a, a e l e v a ç ã o dos p r e ç o s do c a f é b e m c o m o a c o n t e n ç ã o dos e x c e d e n t e s d a p r o d u ç ã o, já que n a é p o c a o B r a s i l t i n h a a m a i o r p r o d u ç ã o m u n d i a l.

40 30 E ir 1931, p a r a e x e c u t a r tal p o l í t i c a, V a r g a s o C o n s e l h o N a c i o n a l d<? C a f é (CNC1, o r g S o esse s u b s t i t u í d o 28 ano de p e l o D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l do C a f ê ÇDNC). O G o v e r n o Vargas, d e n t r o d e s s a n o v a p o l í t i c a c r i o u no de a p o i o ao s e t o r c a f e e i r o, d e t e r m i n o u a c o m p r a n o ano de 1931 de todos os e s t o q u e s de cafê que e s t a v a m d i s p o n í v e i s e n ã o haviàih sido c o m p r a d o s p e l o E s t a d o de São Paulo. Por o u t r o lado, no m e s m o ano, foi c r i a d o u m i m p o s to de 201 (vinte por cento) p a r a " t o d o s os c a f é s d e s t i n a d o s -v m 29 e x p o r t a ç a o. à Do m e s m o modo, a i n d a d e n t r o da p o l í t i c a de p r o t e ção ao s e t o r c a f e e i r o, em j ulho d e , foi d e t e r m i n a d a a d e s t r u i ç ã o de e s t o q u e s de café c o m o m a n e i r a de e v i t a r m a i o r e s b a i x a s n o s p r e ç o s do p r o duto. A crise no s etor c a f e e i r o, t r o u x e i n e g á v e i s p r e j u í zos âs f i n a n ç a s p ú b l i c a s, como d e c o r r ê n c i a da r e d u ç ã o da r e c e i ta das e x p o r t a ç o e s. S o m e n t e n o ano de 1933, a e c o n o m i a n a c i o n a l p a s sou a dar s i n a i s de r e c u p e r a ç ã o, n ã o o b s t a n t e, ainda, a c r ise r e i n a n t e n o c o m é r c i o exterior. N e s s a época, o G o v e r n o c e n t r a l p r o c u r a n d o i n t e n s i r f i c a r o p r o g r a m a de a j u d a ao cafê, a s s u m i u p l e n a m e n t o o c o m a n d o 28. BLOCH, Israel ABREU, A l z i r a A l v e s de. Coord. D i c i o n á r i o h i s t é r i c o - b i o g r á f i c o b r a s i l e i r o : Q Rio de J a n e i ro, F o r e n s e U n i v e r s i t á r i o, FGV, p Ibidem, p

41 31 das o p e r a ç õ e s d e n e g ó c i o s do setor. N ã o o b s t a n t e, u m n o v o p r o d u t o o a l g o d ã o, dest_i n a d o â e x p o r t a ç ã o v i r i a a r e d u z i r as c o n s e q ü ê n c i a s d a c r i s e s o b r e o c o m é r c i o e x t e r i o r, Se no a s p e c t o e c o n ô m i c o a s i t u a ç ã o n ã o e r a boa, n o s e t o r p o l í t i c o v i s l u m b r a v a - s e no h o r i z o n t e u m a c r i s e q u e v i ria o c u p a r as p r e o c u p a ç õ e s d o G o v e r n o c e n t r a l, c r i s e e s s a q u e t i n h a suas r a í z e s, e m p a r t e, no e n c a m i n h a m e n t o da s u c e s s ã o p a r a o G o v e r n o do E s t a d o d e S a o Paulo, e, d o u t r a p a r t e, n a s p r i m e i ras m a n i f e s t a ç õ e s e m p r o l d a r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o d o p a í s, c o m a c o n v o c a ç ã o d e u m a A s s e m b l é i a C o n s t i t u i n t e. N o q u e c o n c e r n e p r o p r i a m e n t e â s u c e s s ã o d o g o v e r no do E s t a d o P a u l i s t a, a a l a m i l i t a r d o g o v e r n o r e v o l u c i o n ã r i o - os tenentes,, c o n s t i t u í d a p o r O s v a l d o A r a n h a, J o ã o A l b e r t o Lins d e B a r r o s, M i g u e l Costa, M a u r í c i o C a r d o s o e V i r g í l i o de M e l o Franco, p r o p u g n a v a p e l a n o m e a ç ã o d e u m d e l e g a d o - m i l i t a r pa ra o c u p a r a g o v e r n a n ç a d o E s t a d o e o n o m e p r e f e r i d o e r a o de J o ã o A l b e r t o, T al n o m e c o n t o u c o m o e n d o s s o d e V a r g a s, t e n d o o m e s m o s i d o n o m e a d o a 24 d e n o v e m b r o d e A s i t u a ç ã o surgida, c o n t r a r i o u p r o f u n d a m e n t e o P a r t i d o D e m o c r á t i c o ( P D }, p a r t i d o e s s e q u e p a r t i c i p a r a d a A l i a n ça L i b eral, s e m c o n t u d o t er e n v o l v i m e n t o d i r e t o n os e v e n t o s r e v o l u c i o n á r i o s, O P a r t i d o D e m o c r á t i c o r e i v i n d i c a v a p a r a o G o v e r n o de S ã o P a u l o o n o m e d e F r a n c i s c o M o r a t o, u m d e s e u s l í d e r e s. N ã o c o n s e g u i n d o a r e a l i z a ç ã o d e seu i n t e n t o, o P a r t i d o D e m o c r á t i c o a s s u m i u u m a p o s i ç ã o c o n c i l i a t ó r i a e m r e l a -

42 ç ã o aos " t e n e n t e s " e a o G o v e r n o P r o v i s o r i o, f a t o e s s e e v i d e n c i a 32 d o no V I I C o n g r e s s o d o p a r t i d o r e a l i z a d o e m 2 d e f e v e r e i r o de 1931, n a e s p e r a n ç a d e q u e f o s s e m t o m a d a s m e d i d a s n o s e n t i d o da r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o d o p a í s p e l o p o d e r c e n tral. E n t r e t a n t o, a s i t u a ç ã o n ã o se a l t e r o u e a a t u a ç ã o d o s " t e n e n t e s " na d i r e ç ã o d o g o v e r n o p a u l i s t a e ra b a s t a n t e a t u a n t e e c o n s o l i d a d a. N o m ê s d e a b r i l d e 1931, a L e g i ã o R e v o l u c i o n a r i a c r i a d a p o r M i g u e l Costa, f o r ç a p a r a m i l i t a r p a r a lhe d a r s u s t e n t a ç ã o p o l í t i c a q u a n d o d a s ua n o m e a ç ã o p a r a o C o m a n d o d a F o r ç a P u b l i c a, p r e n d e u u m d o s l í d e r e s do P a r t i d o D e m o c r á t i c o - V i c e n te Rao, a l e m d e v á r i o s c o r r e l i g i o n á r i o s, fato q u e p r e c i p i t o u r o m p i m e n t o d o P a r t i d o c o m o i n t e r v e n t o r g o v e r n a n t e e m d a t a o de 07 de a b r i l d e c o m o l a n ç a m e n t o de u m " m a n i f e s t o " d i r i g i d o a o p o v o p a u l i s t a e â n a ç ã o, e q u e foi p u b l i c a d o n o D i á r i o N a c i o 31 n a l. O c o n t e ú d o do m a n i f e s t o, e m s í n tese, t e c i a c r í t i c a s ao g o v e r n o d o E s t a d o n o a s p e c t o p o l í t i c o - a d m i n i s t r a t i v o, a o m e s m o t e m p o e m q u e i n s i s t i a n a n e c e s s i d a d e de r e c o n s t i t u i c i o n a - l i z a ç ã o d o p aís, a c a b a n d o d e s s a f o r m a c o m os a t o s d e i n t e r v e n ç ã o m i l i t a r d o g o v e r n o c e n t r a l. P r o p r i a m e n t e, a p a r t i r d e s s a êpoca, t e v e i n í c i o no E s t a d o p a u l i s t a, c a m p a n h a t e n d o c o m o o b j e t o o p r o c e s s o de r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o d o país, c a m p a n h a e s s a q u e c o n t o u c o m o a p o i o d e v á r i o s s e g m e n t o s da- s o c i e d a d e c o m o s e t o r e s d a c l a s s e m ê d i a e o l i g a r q u i a locais. 30* Ibidem, p,2948.

43 N u m m o m e n t o s e g u i n t e, v i s a n d o <5""mesmo o b j e t i v o a r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç a o do pais, e; a g o r a t a m b é m o r e s t a b e l e c i m e n t o d a a u t o n o m i a p o l í t i c a do E s t a d o, foi f o r m a d a a F r e n t e Üni ca P a u l i s t a ( F U P ), i n t e g r a d a p e l o P a r t i d o D e m o c r á t i c o e p e l o P a r t i d o R e p u b l i c a n o P a u l i s t a. C o m o n ã o h o u v e s s e m s i n a i s d e m u d a n ç a na d i r e ç ã o p o l í t i c a do G o v e r n o P r o v i s ó r i o, t e v e i n í c i o a a r t i c u l a ç ã o e m t o r n o d a d e f l a g r a ç ã o d e m o v i m e n t o a r m a d o c o m i n t u i t o d e r e v e r t e r a q u e l a s i t u a ç ã o c o n s i d e r a d a i n s u s t e n t á v e l p e l o s c o n s t i t u c i o n a l i s t a s, Tal m o v i m e n t o, p a s s a r a a c o n t a r e n t ã o c o m a a d e s ão d e a l g u n s p o l í t i c o s g a ú c h o s l i g a d o s ã FLJG, que v i a m n a o p ç ã o armada, a ú n i c a solução. C o m a i n t e n s i f i c a ç ã o dos p r e p a r a t i v o s, o m o v i m e n to e c l o d i u no dia 9 de julho de 1932,âs 23:30 horas tendo no c o m a n d o m i l i t a r os G e n e r a i s I s i d o r o D i a s L o p e s e B e r t o l d o K l i n g e r, e s t e ú l t i m o c o m a n d a n t e m i l i t a r de M a t o G r o s s o q u e a d e r i r a ao m o v i m e n t o. O m o v i m e n t o t e v e a d u r a ç ã o d e t r ê s (03) m e s e s e a c a b o u c o m a r e n d i ç ã o d o s p a u l i s t a s a n t e as t r o p a s f e d e r a i s. Se no â m b i t o m i l i t a r a r e v o l u ç ã o constitucionalij» ta r e d u n d o u n u m f r a c a s s o, n os a s p e c t o s e c o n ô m i c o e p o l í t i c o o b t e v e g r a n d e êxito. C o m efeito, no q u e t a n g e a o s e t o r e c o n ô m i c o, foi m a n t i d a a p o l í t i c a d e v a l o r i z a ç ã o d o c a f é c o m a c o m p r a de e s t o q u e s b e m c o m o o c a n c e l a m e n t o de d í v i d a s d o s c a f e i c u l t o r e s, e, no â m b i t o p o l í t i c o, aumentou c o n s i d e r a v e l m e n t e a c a m p a n h a e m p r o l d a c o n s t i t u i n t e, p o r m e i o d e t o d o o g ê n e r o de p r e s s õ e s, o

44 q u e l e v o u o G o v e r n o P r o v i s ó r i o a c o n f i r m a r a d a t a d e 03 d e m a i o d e p a r a a r e a l i z a ç ã o d a s e l e i ç õ e s. 34 C o m a v i t ó r i a m i l i t a r s o b r e a R e v o l u ç ã o d e 1932, V a r g a s c o n s o l i d o u seu jã e n o r m e p o d e r ao m e s m o t e m p o e m q u e e- x e r c e u p o n d e r á v e l i n f l u ê n c i a nos d e s t i n o s d a f u t u r a A s s e m b l é i a N a c i o n a l C o n s t i t u i n t e, q u e v i r i a a ser e l e i t a e m m a i o de C o m o p r e v i s t o, f o r a m r e a l i z a d a s as e l e i ç õ e s a A s s e m b l é i a C o n s t i t u i n t e, v e r i f i c a n d o - s e p e l o s r e s u l t a d o s p a r a in f l u ê n c i a s d as s i t u a ç õ e s e s t a d u a i s n a s r e s p e c t i v a s v i t ó r i a s, c o m e x c e ç ã o de a l g u n s e s t a d o s. 32 D i t a A s s e m b l é i a, s e g u n d o d a d o s h i s t ó r i c o s, p a s s o u a d e l i b e r a r a 15 d e n o v e m b r o d e 1933, t e n d o o r e g i m e n t o i n t e r n o p a r a s e u f u n c i o n a m e n t o s i d o d e c r e t a d o p o r V a r g a s, a t r a v é s d e a t o d a t a d o d e 10 d e m a i o d o m e s m o a n o e t e n d o c o m o e x a m e i n i c i a l o a n t e p r o j e t o d e a u t o r i a d o p r ó p r i o g o v e r n o. N o d e c o r r e r d o p e r í o d o p ó s - R e v o l u ç ã o d e até a p r o m u l g a ç ã o d a n o v a C o n s t i t u i ç ã o, r e s t o u i n d i s f a r ç ã v e l a i n t e n ç ã o do C h e f e d e G o v e r n o e m p e r m a n e c e r à t e s t a d o p o d e r e, p a r a tanto, d i r e c i o n a v a h a b i l m e n t e s u a s a ç õ e s p a r a o s v á r i o s s e t o r e s p o l í t i c o s e m d i s p u t a, b u s c a n d o a p o i o a sua p r e t e n s ã o, c o n s i s t e n t e n a sua e l e i ç ã o p a r a p r e s i d e n t e. U m a d e s s a s ações, p o r e x e m p l o, c o n s i s t i u n o e s t a b e l e c i m e n t o d e c o n t a t o s c o m l í d e r e s p o l í t i c o s m i n e i r o s, n o sen- 31. Ibidem, p S K I D M O R E, T h o m a s E. B r a s i l : d e G e t ü l i o V a r g a s a C a s t e l o B r a n c o ( ). 6. e d., R i o d e J a n e i r o, e d i t o r a Paz e Terra, p. 39.

45 35 t i d o de a s s e g u r a r a i n d i c a ç ã o de A n t o n i p C a r l o s p a r a a p r e s i d ê n c i a d a A s s e m b l é i a C ç n s t i t u i n t e e que viria, s e g u n d o seus p l a nos, f a v o r e c e r sua c a n d i d a t u r a â p r e s i d ê n c i a do país. A s s i m, sob i n ú m e r a s i n f l u ê n c i a s, m o r m e n t e âs dos g r a n d e s E s t a d o s, a A s s e m b l é i a C o n s t i t u i n t e em d a t a de 16 de j u lho de 1934, p r o m u l g a v a s o l e n e m e n t e a n o v a C o n s t i t u i ç ã o da R e p ú b l i c a. C o m a t r a n s f o r m a ç ã o p r o v i s o r i a da A s s e m b l é i a em C â m a r a dos D e p u t a d o s, V a r g a s, no d i a seguinte, f o i e l e i t o presi. d e n t e c o n s t i t u c i o n a l da R e p ú b l i c a p a r a u m m a n d a t o de q u a t r o anos, t e n d o o b t i d o 175 v o t o s c o n t r a 59 d a dos a B o r d e s de M e d e i ros, q u a t r o ao G e n e r a l Gdis M o n t e i r o, dois ao M i n i s t r o P r o t ó g e - n e s G u i m a r ã e s, e u m v o t o p a r a R a u l F e r n a n d e s e A r t u r B e r n a r d e s, A f r â n i o de M e l o F r a n c o, O s c a r W e i n s c h e n k, F i r m i n o P a i m F i l h o 33 e L r v i C a r n e i r o. A C a r t a de 1954, a d à t o u p e l a p r i m e i r a vez p r i n c í p i o s s o c i a s c o n s a g r a d o na C o n s t i t u i ç ã o M e x i c a n a de 1917 e C o n s t i t u i ç ã o a l e m ã de W e i m a r (1919). Por o u t r o lado, i n c o r p o r a n d o, i d e i a s do l i b e r a l i s m o n o r t e - a m e r i c a n o e do c o o r p o r a l i v i s m o f a s c i s t a i t a l i a n o, e n t r e outras, as s e g u i n t e s c a r a c t e r í s t i cas f u n d a m e n t a i s. "ai Mantzvz a KzpubZica VzdzraZista z o sistzma p&z sidznciaz dz Qovzn.no; bl Instituiu o Sufrãgio univzrsaz, com zxtznsão do din.zi.to zzzito.naz 5.6 muzkznzs z 'ZxcZuòão do 6 òozda- do&: z anazfafxztos; cl EstabzZzczu o sazãnio mínimo, o dirzito dz o r g a nização &indicaz,o dirzito dz gnzvz z instituiu Just i ç a do TnabaZho; : < 33. B E L O C H, Israèl ABREU, A l z i r a A l v e s de., op. cit. a

46 < 36 dl Introduzia a representação czassista na dos Deputados; dl EstaBeZeceu o pn nc.zplo da grada t i v a 34 zaçào de. empresas estrangeiras. Câmara nacionazi M a n t e n d o i n ú m e r o s a s p e c t o s ' da C o n s t i t u i ç ã o de 1981, era p r e s e r v a n d o o s i s t e m a f e d e r a t i v o, g a r a n t i a as e l e i ç õ e s p o r s u f r á g i o.u n i v e r s a l e d i r e i t o p a r a t odos os c a r g o s e x e c u t i vos, de p r e f e i t o a P r e s i d e n t e da R e p ú b l i c a. M a n t i n h a t o d a v i a, o s i s t e m a de r e p r e s e n t a ç ã o c l a sista, a t r a v é s do qual os s i n d i c a t o s, p a t r o n a l e d o s t r a b a l h a dores, p o d i a m e l e g e r seus d e p u t a d o s c o m as m e s m a s p r e r r o g a t i v a s dos d e m a i s p a r l a m e n t o s. Por o u t r o lado, no c a p í t u l o r e f e r e n t e a o s d i r e i t o s e g a r a n t i s i n d i v i d u a i s, a s s e g u r a v a t otal l i b e r d a d e de crença, r e u nião, a s s o c i a ç ã o p o l í t i c a e imprensa. No mais, em linhas gerais, a n o v a C a r t a r e s t r i n giu a a u t o n o m i a f i n a n c e i r a dos e s t a d o s, e s t i p u l a n d o o t e t o de 101 c o m o l i m i t e p a T a e x p o r t a ç õ e s e s t a b e l e c e u p r e r r o g a t i v a s ao S e n a d o p a r a o p i n a r sobre, e m p r é s t i m o s e s t r a n g e i r o s f e i t o s 'pe- los e s t a d o s e m u n i c í p i o s e, ainda, no a s p e c t o e d u c a c i o n a l,c r i o u 34. B I E R R E N B A C H, F l ã v i o F l o r e s da Cunha. Q u e m t e m m edo da C o n s t i t u i n t e. Rio de J a n e i r o, Paz e Terra, p. 83.

47 37 o d i r e i t o â e d u c a ç ã o c o n f e s s i o n a l nas e s c o l a s p ú b l i c a s, o que r e p r e s e n t o u u m a v i t o r i a p a r a a Igreja e seu g r u p o de p r e s s ã o - a L i g a E l e i t o r a l Católica. A s s u m i n d o seu m a n d a t o p r e s i d e n c i a l, c u j o t e r m i n o e s t a v a p r e v i s t o p a r a 03 de m a i o do ano de 1938, a p a r t i r do s e g u n d o s e m e s t r e de 34, V a r g a s teve que e n f r e n t a r i n ú m e r o s c o n frontos de c a r á t e r i d e o l o g i c o que se f e r i r a m e n v o l v e n d o a A Ç Ã O I N T E G R A L I S T A B R A S I L E I R A CAIB), n a s c i d a em São P a u l o no ano de 1932, f u n d a d a e l i d e r a d a por P l í n i o Salgado, e o m o v i m e n t o c o n h e c i d o c o m o A A L I A N Ç A N A C I O N A L L I B E R T A D O R A C A N L ), f o r m a d a e m Q u a n t o â AÇÃO I N T E G R A L I S T A B R A S I L E I R A, c a r a c t e r i z a v a - s e p o r u m a i d e o l o g i a e m é t o d o s f a s c i s t a s de i n s p i r a ç ã o e u ropéia, t e n d o p o r o b j e t i v o o c o m b a t e ao " c o m u n i s m o " o u "a a m e a ça v e r m e l h a ". C o m p o s t a por s e g m e n t o s d as "altas c a m a d a s s o c i a i s,. d o c l e r o e da c ú p u l a m i l i t a r, os i n t e g r a l i s t a s p r e t e n d i a m a c r i a ç ã o de u m " Estado Integral", d i t a t o r i a l, c o m u m só p a r t i d o e u m ú n i c o chefe, e t i n h a m c o m o l e m a a t r i l o g i a P á t r i a e F a m í l i a ", s endo que seus i n t e g r a n t e s u s a v a m "Deus, " c a m i s a s v e r d e s " e a d o t a v a m a s a u d a ç ã o e s p e c i a l : " A n a u ê!" ^ Já a A L I A N Ç A N A C I O N A L L I B E R T A D O R A, t a m b é m de i n s p i r a ç ã o e u r o p é i a e comunista, c o n g r e g a v a e l e m e n t o s das d i f e r e n tes c l a s s e s s o c i a i s, inclusive m i l i t a r e s, e t i n h a d e s d e a s ua f o r m a ç ã o o b j e t i v a como: "a r e f o r m a a g r á r i a, a c o n s t i t u i ç ã o de u m g o v e r n o p o p u l a r, o c a n c e l a m e n t o das d í v i d a s e x t e r n a s e a 35. SILVA, F r a n c i s c o de A ssis B A S T O S, P e d r o Ivo de Assis, o p. c i t,, p. 263.

48 38 36, n a c i o n a l i z a ç a o d as e m p r e s a s e s t r a n g e i r a s ". O l i d e r i n c o n t e s t e * 37 d e s s e m o v i m e n t o e r a Luís C a r l o s P r e s t e s. N e s s a êpoca, s e g u n d o s e m e s t r e d e 1934, os g r u p o s a c i m a c i t a d o s, e n t r a r a m e m f r a n c o p r o c e s s o d e r a d i c a l i z a ç ã o c o m v i o l e n t o s c h o q u e s alimentados., que f o r a m p e l o a m b i e n t e d e c o r r e n tes das e l e i ç õ e s d e 14 d e o u t u b r o d e 1934 p a r a a C â m a r a d o s D e p u t a d o s e A s s e m b l é i a s C o n s t i t u i n t e s dos E s t a d o s. F a c e ao a c i r r a m e n t o d os ânimos, o C o n g r e s s o N a c i o nal, p o r i n i c i a t i v a do G o v e r n o, a p r o v o u a Lei d e Segurança N a c i o nal em p r i n c í p i o s d e 1935, s a n c i o n a d a a 4 de a b r i l do m e s m o a n o p o r V a r g a s, q u e lhe d a v a p o d e r e s e x c e p c i o n a i s, s u p r i m i n d o, p o r o u t r o lado, i m p o r t a n t e s f r a n q u i a s d e m o c r á t i c a s e s t a b e l e c i d a s p e la C o n s t i t u i ç ã o d e 34, C o m o d e c o r r ê n c i a da a ç ã o i n s i d i o s a d a A N L e, p r i n c i p a l m e n t e, e m r a z ã o d e u m d i s c u r s o i n f l a m á v e l p r o f e r i d o Luís C a r l o s P r e s t e s a 05 de j u l h o de 1935, V a r g a s c o m b a s e p o r na Lei de S e g u r a n ç a N a c i o n a l, d e c r e t o u a d i s s o l u ç ã o d o m o v i m e n t o 3 8 em 13 de j u l h o d o m e s m o ano, p o r u m p e r í o d o d e s e i s m e s e s, sen do q u e s e u s i n t e g r a n t e s e a l i d e r a n ç a do P C B p a s s a r a m, então, a c o n s p i r a r c o n t r a o g o v e r n o. A s s i m, os c o m u n i s t a s e r e v o l t o s o s m i l i t a r e s f i n a l de n o v e m b r o d e 1935 nas c i d a d e s de N a t a l, R e c i f e e no Rio de J a n e i r o, d e r a m i n í c i o ao m o v i m e n t o a r m a d o c o n h e c i d o c o m o "In t e n t o n a C o m u n i s t a ", e m u n i d a d e s m i l i t a r e s, p r o n t a m e n t e d e b e l a d a 36. Ibidem, p g Ibidem. 38«BELOCH, I s r a e l & A B R E U, A l z i r a A l v e s de. Op. cit. p

49 39 pela rápida ação governamental. C o m o s a l d o d o levante, o c o r r e r a m i n ú m e r a s m o r t e s d e o f i c i a i s l e g a l i s t a s a l é m d e civis. P o u c o a n t e s do t é r m i n o do l e v a n t e, a 25 de n o v e m b r o d e 1935, V a r g a s solicitou, e foi a p r o v a d o, o e s t a d o d e s í t i o e m t o d o o t e r r i t ó r i o n acional. C o m o c o n s e q ü ê n c i a d o e p i s ó d i o já n a r r a d o, a i m a g e m d o P r e s i d e n t e V a r g a s s a i u r o b u s t e c i d a e c r i o u - s e n o a m b i e n te n a c i o n a l a n e c e s s i d a d e d e se m a n t e r u m p o d e r f i r m e e f o r t e c o m o f i t o d e r e p r i m i r a a m e a ç a c o m u n i s t a. D e s t a m a n e i r a, m a n o b r a n d o h a b i l m e n t e a s i t u a ç ã o surgida, a p ó s c o n s u l t a a s eu m i n i s t é r i o, V a r g a s c o n s e g u i u e m 18 d e d e z e m b r o d e a a p r o v a ç ã o d e t r ê s E m e n d a s â C o n s t i t u i ç ã o d e 34 p o r e l e a s e g u i r p r o m u l g a d a s e q u e e s t a b e l e c i a m o. 39 t e : s e g u i n "A Emenda nç 1 zitabzlzczu quz a Câmara, com o concuxio do S z n a d o, podzrza autotizzan. o pn.zix.dzn_ tz da Rzpubllca a dzclafian. o zitado dz guzrra zm qualquzn. partz do tzrrztôn.á.0 nacional, no caio dz "comoção ZntzitZnal gravz" dai initituiçõzi polzticai z iociaii. Ai zmzndai 2 z 3 rztiravam doi milztarzi z func-ionãrzoi czvzi ai garant-iai da zitab-illdadz nai funçõzi, i u b mztzndo-oi, aiitm, a pzrda dz poito z dz patzntz z â dzm-iiião do zmprz go quando paatzcaiizm atoi coni-tdznadoi iubvzaaá.- voi ". 39. Ibidem, p,3455.

50 40 A p a r t i r d a v i t o r i a c o n t r a os r e v o l t o s o s ^ o G o v e r n o de V a r g a s e n c e t o u g r a n d e c a m p a n h a de v i g i l â n c i a e m t o d o s os s e t o r e s d a v i d a p ú b l i c a c o n t r a e x - i n t e g r a n t e s e simpatizantes da A l i a n ç a N a c i o n a l L i b e r t a d o r a e m t o d o o p aís, p r o c u r a n d o c r i a r n a o p i n i ã o p ú b l i c a, u m a a t m o s f e r a c o n t r a a i n f l u ê n c i a do c o m u n i s m o. U m a das i n v e s t i d a s c o n s t a n t e s d a c a m p a n h a, d i r i - g i u - s e c o n t r a p e r s o n a l i d a d e s c o m o P e d r o E r n e s t o, e s t e d e c e r t o m o d o l i g a d o s aos " t e n e n t e s " a n t e r i o r m e n t e, e o P r o f e s s o r A n í s i o T e i x e i r a, q u e foi a l v o d e i n t e n s a c a m p a n h a p r o m o v i d a p e l o p e n s a d o r c a t ó l i c o A l c e u A m o r o s o Lima, sendo o b r i g a d o a d e m i t i r - s e da S e c r e t a r i a d a E d u c a ç ã o do D i s t r i t o F e d e r a l a i n d a e m d e z e m b r o de N e s s e c o n t e x t o, u t i l i z a n d o - s e d o a m b i e n t e g e r a d o p e l a r e v o l t a jã d e s c r i t a, Vargas g o v e r n o u o p e r í o d o de 1936 a t ê j u n h o d e 1937, u t i l i z a n d o - s e i n i n t e r r u p t a m e n t e d o 'estado 40 d e g u e r r a ' que, c o m a a p r o v a ç ã o d o C o n g r e s s o, e r a r e i t e r a d a - m e n t e p r o r r o g a d o. E n t r e t a n t o, n ã o o b s t a n t e o t e n s o c l i m a p o l í t i c o d a êpoca, n o f i n a l de 1936 g r u p o s p o l í t i c o s d e r a m i n í c i o a e n t e n d i m e n t o s v i s a n d o a e l e i ç ã o p r e s i d e n c i a l de j a n e i r o de 1938, p a r a a q u al, d i g a - s e de p a s s a g e m, V a r g a s e s t a v a i m p e d i d o d e se r e e l e g e r. A b r i n d o u m p a r ê n t e s e s p a r a l i g e i r a s c o n s i d e r a ç õ e s s o b r e o a s p e c t o e c o n ô m i c o, é d e se r e s s a l t a r q u e n e s s e p e r í o d o ( 1935/1936), V a r g a s c o n s e g u i r a r e c u p e r a r a e c o n o m i a, p r o m o v e n d o 40. Nota do autor: Estado de Sítio e Estado de Guerra têm características di ferentes, como observou Afonso Arinos ao falar deste último o seguinte: "a figura do estado de guerra em tempo de paz.., era um agravamento oon sidèrãvél dò estado de sítio e conferia ao presidente poderes pratica - mente didatoriais". I-biden, p

51 41 ã m p l o c r e s c i m e n t o i n d u s t r i a l a p a r do i n c e n t i v o ã e x p a n s ã o do c o m é r c i o, Do m e s m o modo, V a r g a s c o n s e g u i u, â é p o c a, r a r a c o n f i a n ç a d e g r u p o s d o m i n a n t e s d a s o c i e d a d e n a r e s t a u e c o n o m i a c o m o u m todo, tendo, p o r o u t r o lado, no ano d e 1936, e l i m i n a d o o d é f i c i t o r ç a m e n t á r i o. T a i s f a t o r e s, p o r certo, p o d e m ter influído no ânimo de V a r g a s p a r a a a d o ç ã o d e seu p r o j e t o de c e n t r a l i z a ç ã o po l í t i c a e e s t a d o a u t o r i t á r i o a t é e n t ã o adotado. N o q u e c o n c e r n e â e l e i ç ã o p r e s i d e n c i a l, q u e e s t a v a m a r c a d a p a r a 03 d e j a n e i r o de 1938, V a r g a s, e m b o r a e s t i m u l a s se os g r u p o s p o l í t i c o s e s t a d u a i s p a r a o d ebate, já t r a m a v a o g o l p e d e e s t a d o q u e l e v a r i a o p a í s a u m a f o r t e d i t a d u r a. T a n t o que, e m a g o s t o de 1936, V a r g a s m a n t i v e r a c o n t a t o s c o m F r a n c i s c o C a m p o s e G o i s M o n t e i r o, e n c a r r e g a n d o o p r i m e i r o da e l a b o r a ç ã o de u m n o v o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l e d e i x a n d o a c a r g o d o s e g u n d o, o t r a ç a d o das l i n h a s m e s t r a s d e u m E s t a d o d i t a t o r i a l. P a r a a c i t a d a e l e i ç ã o, t r ê s c a n d i d a t o s f o r a m l a n ç a d o s p e l a s d i v e r s a s c o r r e n t e s p o l í t i c a s, c u j o s os n o m e s os s e g u i n t e s : J o s é A m é r i c o de A l m e i d a, d e s i g n a d o candidato e r a m p o r r e p r e s e n t a n t e s d e v á r i o s E s t a d o s ; A r m a n d o S a l e s d e O l i v e i r a, l a n ç a d o c o m o c a n d i d a t o p e l a U n i ã o D e m o c r á t i c a B r a s i l e i r a, e, P l í - 41 n i o S a l g a d o, c a n d i d a t o p e l a A ç a o I n t e g r a l i s t a B r a s i l e i r a ( A I B ). P o r o u t r o lado, l e v a n d o a v a n t e s e u p l a n o p a r a o e s t a b e l e c i m e n t o d e u m n o v o Estado, V a r g a s e n c a r r e g o u o D e p u t a d o 41. Ibidem, p,3458.

52 42 F r a n c i s c o N e g r ã o d e L i m a d e m a n t e r c o n t a t o s c o m os v ã r i o s G o v e r n a d o r e s, n o s e n t i d o de c o l h e r d e s t e s o a p o i o âs r e f o r m a s i n s t i t u c i o n a i s q u e e m p r e e n d e r i a, a l é m d e c o l o c á - l o s a p a r d o g o l p e q u e s e r i a d a d o e a n e c e s s i d a d e de a d e s ã o ao m e s m o. C o n t u d o, na e s t e i r a d o s a c o n t e c i m e n t o s, t u d o e s t a v a c o r r e n d o d e a c o r d o c o m os p l a n o s d e V a r g a s e m c o n l u i o c o m D u t r a e G o i s M o n t e i r o, q u a n d o v e i o â t o n a u m s u p o s t o p l a n o c o m u nista, c o n h e c i d o p o r "Plano Cohen", q u e t e r i a o o b j e t i v o d e t o m a r o poder. D i t o plano, e m v e r d a d e, foi e l a b o r a d o p e l o C a p i t ã o O l í m p i o M o u r ã o Filho, c h e f e do s e r v i ç o s e c r e t o d a A I B e o f i c i a i l o t a d o n o E s t a d o M a i o r do E x é r c i t o, s e n d o a p r e s e n t a d o a V a r g a s e D u t r a p e l o G e n e r a l G o i s M o n t e i r o. 42 A p ó s a m p l a d i v u l g a ç ã o d o c i t a d o p l a n o e m t o d o p a ís, a 19 de o u t u b r o de 1937 foi d e c r e t a d o o ' e s t a d o de o g u e r ra' a p ó s a a p r o v a ç ã o p e l a Câmara. E s t a v a, assim, c a d a v e z m a i s p r ó x i m o o o b j e t i v o p e r s e g u i d o p o r V a r g a s o g o l p e d e E s t a d o. F i n a l m e n t e, a 10 de n o v e m b r o d e 1937, V a r g a s c o m a n d o u o g o l p e d e E s t a d o o u t o r g a n d o a n o v a C o n s t i t u i ç ã o do p a í s. E s t a v a, d e s t a forma, i n s t i t u í d o o " E s t a d o N o v o ". V a r g a s, s e n h o r a b s o l u t o d a s i t u a ç ã o, d i s s o l v e u o C o n g r e s s o, d e s t i t u i n d o os g o v e r n a d o r e s d e E s t a d o e s u b s t i t u i n d o - o s p o r i n t e r v e n t o r e s p or ele n o m e a d o s. 42. Ibidem, p

53 43 D o m e s m o m o d o, p r o i b i u as g r e v e s e i n t e r v e i o nos s i n d i c a t o s, e l i m i n a n d o - l h e s a i n d e p e n d ê n c i a. Q u a n t o ã f o r m a d e E stado, e s t á v a m o s d i a n t e d e u m ' E s t a d o U n i t á r i o ', eis q u e d o t a d o de a b s o l u t o p o d e r c e n t r a l i z a d o c o m e l i m i n a ç ã o da a u t o n o m i a dos E s t a d o s f e d e r a d o s. N o t o c a n t e à C o n s t i t u i ç ã o o u t o r g a d a, e s t a n í t i d a i n f l u ê n c i a da C o n s t i t u i ç ã o P o l o n e s a de 1926, d a í o t i n h a seu a p e l i d o d e "Polaca". 4 3 C o n f o r m e a c e n t u o u B o r i s Fausto, "a C a r t a de 1937 t i n h a o t r a ç o c u r i o s o d e m o s t r a r v e l a d a m e n t e o s e u c a r á t e r a u t o r i t á r i o na i m e n s a m a i o r i a de seus a r t i g o s ". 0 p o d e r a b s o l u t o c o n f e r i d o p e l a C o n s t i t u i ç ã o a o p r e s i d e n t e V a r g a s, e s t a v a c e n t r a d o e m v á r i o s a r t i g o s i n s e r i d o s n a s ' d i s p o s i ç õ e s t r a n s i t ó r i a s e finais'. S e g u n d o t a i s ' d i s p o s i ç õ e s ', V a r g a s t i n h a p a r a d i s s o l v e r o C o n g r e s s o e a s s e m b l é i a s, c o n f i r m a r p o d e r e s m a n d a t o s d e G o v e r n a d o r e s e n o m e a r i n t e r v e n t o r e s. A s d i s p o s i ç õ e s d e t e r m i n a v a m a i n d a q u e a Constitui^ ç ã o o u t o r g a d a d e v e r i a ser s u b m e t i d a a p l e b i s c i t o p e r a n t e o p o v o (Art. 187) o que, na r e a l i d a d e, não o c o r r e u. D o m e s m o m o d o, p e l o Art. 180, o P r e s i d e n t e d a R e p ú b l i c a p o d e r i a e x p e d i r D e c r e t o s - L e i e m t o das as m a t é r i a s l e g i l a t i v a s, e n q u a n t o o C o n g r e s s o N a c i o n a l n ã o se r e u n i s s e, e, p e l o Art. 186, p o d e r i a ser d e c r e t a d o o 'estado de e m e r g ê n c i a ' o u 'es t a d o de g u e r r a '. 43. Xbidem, p. 3461,

54 44 E, ainda, p e l o Art, 177, e s t a v a a u t o r i z a d o o p r e s i d e n t e a a p o s e n t a r f u n c i o n á r i o s "civis o u m i l i t a r e s ". E m suma, a C a r t a d e 37, t i n h a c o m o m o d e l o o p r i n c í p i o d o c e n t r a l i s m o p o l í t i c o, u m e x a c e r b a d o n a c i o n a l i s m o d i f u - 44 so e u m a v i s a o a n t i ü b e r a l d a o r g a n i z a ç a o d a s o c i e d a d e. C o n f i g u r a d a a n o v a e s t r u t u r a p o l í t i c a em q u e V a r g as o c u p a v a o c e n t r o d o poder, os i n t e g r a l i s t a s i m a g i n a v a m e r r o n e a m e n t e q u e t e r i a m p a r t i c i p a ç ã o a t i v a n o r e c é m i n s t a l a d o g o v e r no, f a c e às r e l a ç õ e s a m i s t o s a s q u e m a n t i n h a m a n t e r i o r m e n t e c o m o e n t ã o p r e s i d e n t e. E n t r e t a n t o, V a r g a s, a b s o l u t a m e n t e n ã o t i n h a a p r e t e n s ã o d e p a r t i l h a r sua v i t ó r i a p o l í t i c a c o m os i n t e g r a l i s t a s o u m e s m o d e s e n v o l v e r seu g o v e r n o c o m q u a l q u e r p a r t i d o p o l í t i c o. Assim, a d e s p e i t o dos a c o r d o s f i r m a d o s e m p a s s a d o n ã o m u i t o d i s t a n t e c o m a AIB, V a r g a s, a 2 de d e z e m b r o de 1937, p r o m o v e u a d i s s o l u ç ã o dos p a r t i d o s p o l í t i c o s e x i s t e n t e s, a t i n - _ 45 g i n d o t a m b e m a A ç a o I n t e g r a l i s t a B r a s i l e i r a. E m d e c o r r ê n c i a, h o u v e o r o m p i m e n t o da o r g a n i z a ç ã o c o m V a r g a s, e, n o â m b i t o i n t e g r a l i s t a, f o r m a r a m - s e d u a s c o r r e n tes: u m a a d m i t i a a s i t u a ç ã o o c o r r i d a e p e n s a v a na p o s s í v e l a p r o x i m a ç ã o c o m V a r g a s ; e, outra, m a i s r a d i c a l, f o r m a d a p o r a l g u n s l í d e r e s e m i l i t a r e s s i m p a t i z a n t e s, p r e t e n d i a a r e v o l t a a r m a d a. A c o n t e c i m e n t o s p o s t e r i o r e s c o m o a r e p r e s s ã o às a t i v i d a d e s i n t e g r a l i s t a s, f e c h a m e n t o s de n ú c l e o s, etc., determi^ n a r a m o i n í c i o d e u m a c o n s p i r a ç ã o c o n t r a o g o v e r n o. 44. Ibidem. 45. Ibidem, p

55 45 A s s i m, a 11 d e m a r ç o d e 1938, t e v e l u g a r a p r i m e i r a t e n t a t i v a d e g o l p e c o n t r a o g o v e r n o o c o r r i d a no D i s t r i t o F e - 46 d e r a l e n o E s t a d o d o Rio. E n t r e t a n t o, p o r f a l t a d e m e l h o r a r t i c u l a ç ã o, foi p r o n t a m e n t e r e p e l i d a p e l o g o v e r n o. N e s s a o p o r t u n i d a d e, v á r i o s i n t e g r a l i s t a s f o r a m p r e s o s e m a l g u n s E s t a d o s, s e n d o p o s t e r i o r m e n t e q u a s e t o d o s s o l tos. M a i s t a r d e a c o n s p i r a ç ã o r e c o m e ç o u, a g o r a c o n t a n do c o m o a p o i o d e " l í d e r e s d a o p o s i ç ã o l i b e r a l e d e m i l i t a r e s q u e n ã o p e r t e n c i a m â AIB, c o m o o G e n e r a l J o ã o C â n d i d o d e C a s t r o J ú n i o r e o t e n e n t e S e v e r o F o u r n i e r ". ^ A n o v a t e n t a t i v a v e r i f i c o u - s e a 11 d e m a i o d o m e s m o ano, q u a n d o os i n t e g r a l i s t a s l i d e r a d o s p o r F o u r n i e r a t a c a r a m o p a l á c i o G u a n a b a r a, r e s i d ê n c i a d e V a r g a s e sua f a m ília. Os a t a c a n t e s e n c o n t r a r a m r e s i s t ê n c i a n a p r ó p r i a p e s s o a d e V a r g a s e s e u s f a m i l i a r e s, a l e m d e a l g u n s a u x i l i a r e s. A p ó s v á r i a s h o r a s de i n t e n s o t i r o t e i o, F o u r n i e r a b a n d o n o u o local, e, p o s t e r i o r m e n t e, os d e m a i s r e b e l d e s r e n d e r a m - s e a n t e a c h e g a d a de u m a t r o p a d a P o l í c i a E s p e c i a l. E s t a v a a s s i m d e b e l a d a m a i s u m a r e v o l t a c o n t r a V a r g a s e, p o r o u t r o lado, c a d a v e z m a i s c o n s o l i d a d o e s t a v a o g o v e r n o. C o m o d e c o r r ê n c i a, c e n t e n a s d e i n t e g r a l i s t a s f o r a m p r e s o s e c o n d e n a d o s, e n q u a n t o s eu l í d e r p r i n c i p a l, P l í n i o S a l g a 46. Ibidem, p, , 47. I bidem, p

56 46 do, fo± e x i l a d o p a r a P o r t u g a l, V i s a n d o p r o v a v e l m e n t e c o i b i r n o v o s a c o n t e c i m e n tos, V a r g a s, e m 16 d e m a i o d e 1938, p r o m u l g o u d u a s L e i s C o n s t i t u c i o n a i s de n 9 s 1 e 2, s e n d o q u e a p r i m e i r a e s t a b e l e c i a a p e n a d e m o r t e p a r a a t o s d e s u b v e r s ã o, e n q u a n t o q u e a s e g u n d a r e v i g o r a v a a v i g ê n c i a d o Art. 177 d a C o n s t i t u i ç ã o d e 37, a g o r a e m c a r á t e r d e f i n i t i v o. t 0 relevante i n t e g r a l i s t a, s e g u n d o a h i s t ó r i a, m a r c o u a ú l t i m a m a n i f e s t a ç ã o p o l í t i c a n o g o v e r n o de V a r g a s e s e r viu, i n d u b i t a v e l m e n t e, p a r a c o n s o l i d a r o p o d e r do h á b i l d i t a dor. E f e t i v a m e n t e, n o d e c o r r e r d o a n o d e 1938, G e t ú - lio, p a u l a t i n a m e n t e, c o n s o l i d o u seu p o d e r na m e d i d a e m q u e s u f o c a v a os ú l t i m o s f o c o s d e o p o s i c i o n i s t a s que e r a m i s o l a d o s p e l a f o r ç a. E s s e p o d e r c o n c e n t r a d o p o r G e t ú l i o e a l o n g a d u r a ç a o d o E s t a d o N o vo, q u e v i n h a m se s e d i m e n t a n d o c o n v é m r e s s a l tar, n ã o e r a m f r u t o s, e x c l u s i v a m e n t e, d a f o r ç a e r e p r e s s ã o o f i c i a l i z a d a c o l o c a d a e m p r á t i c a p e l o g o v e r n o. V a r g a s t r a t o u de c o n s o l i d a r s eu g o v e r n o e a u m e n t ar s eu poder' a t r a v é s d e a m p l o p r o g r a m a d e r e f o r m a s a d m i n i s t r a tivas, p o l í t i c a s e e c o n ô m i c a s t o r n a d a s e f e t i v a s no p e r í o d o de d u r a ç ã o do E s t a d o Novo, N o a s p e c t o p o l í t i c o, p o r e x e m p l o, t a n t o a n t e s c o m o d e p o i s d e 1937, V a r g a s t e v e f l e x i b i l i d a d e p a r a g o v e r n a r, eis q u e os i n t e r v e n t o r e s e s t a d u a i s e r a m p e s s o a s de sua i n t e i r a c o n fiança. P o s t e r i o r m e n t e, c o m a d e c r e t a ç ã o d a L e i O r g â n i c a

57 47 d o s E s t a d o s e M u n i c í p i o s, V a r g a s p ô d e c o n t r o l a r c o m m a i s e f i c á c i a a p o l í t i c a d e s e n v o l v i d a e m t o d o o p a í s, c o m a c r i a ç ã o em c a d a u n i d a d e d e d e p a r t a m e n t o a d m i n i s t r a t i v o c o m p o s t o p o r p e s s o a s d e s u a l i v r e c o n f i a n ç a. D o u t r o m o d o, V a r g a s a f a s t o u a p o s s i b i l i d a d e c r i a ç ã o d e u m p a r t i d o s i t u a c i o n i s t a, e i s q u e e n t e n d i a n ã o de p o d e r h a v e r i n t e r m e d i á r i o e n t r e o G o v e r n o e o povo. P o r o u t r o lado, c o m o i n s t r u m e n t o s d e s t i n a d o s ao f o r t a l e c i m e n t o d e s e u p o d e r, V a r g a s c r i o u i n ú m e r o s ó r g ã o s e n c a r r e g a d o s d a r a c i o n a l i z a ç ã o d a e c o n o m i a (Conselho N a c i o n a l de Pe t r õ l e o e m 1938), de r e p r e s s ã o, f o r m a ç ã o e c o n t r o l e d a p ú b l i c a, s e n d o q u e a l g u n s d e l e s h a v i a m s i d o c r i a d o s n o o p i n i ã o p e r í o d o a n t e r i o r. N o m ê s d e j u l h o de 1938, V a r g a s c r i o u o D e p a r t a - m e n t o A d m i n i s t r a t i v o d o S e r v i ç o P ú b l i c o (DASP), q u e r e c e b e u p o d e r e s a m p l o s n o s e n t i d o de r a c i o n a l i z a r a a d m i n i s t r a ç ã o p ú b l i c a f e d e r a l, o q u a l, i n t r o d u z i u c r i t é r i o s e m é t o d o s de r e c r u t a m e n t o e p r o m o ç ã o de p e s s o a l q u e r e d u n d a r a m na f i x a ç ã o de p a d r õ e s de m e l h o r q u a l i d a d e a d m i n i s t r a t i v a e m a i o r e f i c á c i a n o c o n t r o l e d o s e r v i ç o p ú b l i c o. T a m b é m n o m ê s d e j u l h o d o a n o de 1938, V a r g a s c r i o u o C o n s e l h o N a c i o n a l d o P e t r ó l e o, d e s t i n a d o i n i c i a l m e n t e a o r e f i n o do p e t r ó l e o, já q u e p a r a o p r e s i d e n t e, a q u e s t ã o p e t r o l í f e r a n ã o e r a n o m o m e n t o u m a q u e s t ã o c r u c i a l c o m o o e r a, p o r e x e m p l o, a q u e s t ã o s i d e r ú r g i c a. C o n t u d o, u m dos ó r g ã o s c r i a d o s p o r V a r g a s que m a i o r a t u a ç ã o p o l í t i c a c o n c e n t r o u, s e n d o r e s p o n s á v e l, i n c l u s i v e, p e l a i m a g e m p r e s i d e n c i a l e s u s t e n t a ç ã o do E s t a d o N o v o, foi o De

58 48 p a r t a m e n t o d e I m p r e n s a e P r o p a g a n d a (DIPl, c r i a d o e m d e z e m b r o d e C o m r e l a ç ã o a e s s e õrgão, m e r e c e, p o r i m p o r t a n t e, t r a n s c r i ç ã o o s e g u i n t e trecho: "Com maior amplitude de. ação que. o Departamento Nacional de Propaganda, o VIP, dirigido por Louri vai Fontes, tornou-s e porta-voz autorizado do r e gime e o Õrgão coercitivo máximo da liberdade pensamento e expressão ate VIP passou organizar homenagens a \)argas, tornando-se instru mento de promoção pessoal do chefe do governo, de sua família e das autoridades em geral. Entre o u tras funções, o VIP deveria centralizar e co o r d e nar a propaganda do governo e dos ministérios, e- x ercer a censura do teatro, do cinema, das a t i v i dades recreativas e esportistas,da literatura s o cial e política e da imprensa, promover e patroci nar manifestações cívicas e festas p o p u lares, e, finalmente, organizar e dirigir o p r o g r a m a de ra- * *. 48 diodifusào oficial do governo". de a J ã o a n o d e 1940, foi u m a n o d e r e a l i z a ç õ e s n ã o só no a s p e c t o e c o n ô m i c o como, i g u a l m e n t e, no s e t o r t r a b a l h i s t a. C o m e f e i t o, e m 19 d e m a i o d e s s e ano, V a r g a s a n u n c i o u o e s t a b e l e c i m e n t o d a Lei d o S a l á r i o M í n i m o, a p e n a s m e n c i o n a d o na C o n s t i t u i ç ã o d e 1934, p o r D e c r e t o - L e i, q u e v i r i a a ser a q u e l a r e m u n e r a ç ã o c a p a z de s a t i s f a z e r âs n e c e s s i d a d e s n o r m a i s de a l i m e n t a ç ã o, h a b i t a ç ã o, v e s t u á r i o, h i g i e n e e t r a n s p o r t e d o t r a b a l h a d o r. P a r a e f e i t o de f i x a ç ã o d o s a l á r i o m í n i m o, o p a í s 48. Ibidem, p,3465.

59 f o i d i v i d i d o e m v a r i a s r e g i õ e s e se e s t a b e l e c e u u m a e s c a l a d i f e r e n c i a l d e a c o r d o c o m c a d a região. 49 N o m e s m o campo, m a s e m j u l h o do m e s m o ano, o s sin d i c a t o s t i v e r a m sua e s t r u t u r a c o r p o r a t i v i s t a r e f o r ç a d a c o m a i n s t i t u i ç ã o do i m p o s t o s i n d i c a l, o u seja, o d e s c o n t o c o m p u l s ó r i o c o r r e s p o n d e n t e a u m d i a d e t r a b a l h o de t o dos os e m p r e g a d o s c o m o m e i o d e s u s t e n t a ç ã o dos m e s m o s. M e r e c e a i n d a m e n ç ã o, p o r i m p o r t a n t e, a c r i a ç ã o d o S e r v i ç o d e A l i m e n t a ç ã o da P r e v i d ê n c i a S o c i a l ( S A P S ), q u e e s t a b e l e c e u u m a r e d e d e r e f e i t ó r i o s p o p u l a r e s n a s p r i n c i p a i s c i d a d e s d o p a í s e, p o r o u t r o lado, p r o c u r o u g a r a n t i r o s u p r i m e n t o a l i m e n t o s d e p r i m e i r a n e c e s s i d a d e aos t r a b a l h a d o r e s d e u m de m o d o g e r a l. E, ainda, d e n t r o do m e s m o a n o de 1940, a p ó s i n ú m e r a s t e n t a t i v a s c o m o G o v e r n o n o r t e - a m e r i c a n o, V a r g a s o b t e v e r e c u r s o s d a o r d e m de 20 m i l h õ e s d e d ó l a r e s que p o s s i b i l i t a r a m o i n í c i o da c o n s t r u ç ã o d a U s i n a d e A ç o de V o l t a R e d o n d a, 49 d e e m p r e s t i m o f e i t o p e l o E x i m b a n k. a t r a v é s 0 p a s s o s e g u i n t e, d e n t r o do p r o j e t o d e g r a n d e i m p a c t o e c o n ô m i c o de V a r g a s, foi a f u n d a ç ã o d a C o m p a n h i a S i d e r ú r g i c a N a c i o n a l já no a n o de 1941, T a m b é m n e s s e m e s m o ano, V a r g a s c r i o u o M i n i s t é r i o d a A e r o n á u t i c a, n o m e a n d o p a r a â n o v a p a s t a u m c i v i l d e n o m e J o a 50 q u i m P e d r o Salgado. 49. SILVA, F r a n c i s c o d e A s s i s & B A S T O S, P e d r o Ivo d e A s s i s. op. c i t., p B E L O C H, I s r a e l & A B R E U, A l z i r a A l v e s de. op. c i t., p

60 N o q u e c o n c e r n e ao r e l a c i o n a m e n t o e x t e r n o do B r a 50 s i l c o m a A l e m a n h a, q u e a e s t a a l t u r a jã se e n c o n t r a v a e m r a c o m o s E s t a d o s Unidos, t o r n o u - s e d i f í c i l p a r a V a r g a s g u e r m a n t e r a n e u t r a l i d a d e a n t e o c o n f l i t o e m d e s e n v o l v i m e n t o, j u s t a m e n t e e m r a z ã o d o s r e c u r s o s o b t i d o s j u n t o a e s s e p a í s q u e p r o p i c i a r a m o i n í c i o d a c o n s t r u ç ã o d a u s i n a d e V o l t a R e d o n d a. A s s i m, e m 28 de j a n e i r o de 1942, V a r g a s d e t e r m i n o u o r o m p i m e n t o das r e l a ç õ e s d i p l o m á t i c a s e c o m e r c i a i s c o m as n a ç õ e s d o e i x o A l e m a n h a, I t á l i a e Japão. C o n t u d o, foi t a m b é m n e s s e a n o q u e e n t r o u e m f a s e d e d e c o m p o s i ç ã o a e s t r u t u r a do E s t a d o N o v o, c o m o s u r g i m e n t o das p r i m e i r a s m a n i f e s t a ç õ e s o p o s i c i o n i s t a s a i n d a q u e t i m i d a m e n t e. Mas, foi no ano de 1943 q u e se a c e n t u a r a m as mani. f e s t a ç õ e s p o r s e t o r e s d o m i n a n t e s d a s o c i e d a d e b e m c o m o d a c l a s se e s t u d a n t i l p a u l i s t a, q ue p r o m o v e u p a s s e a t a de c a r á t e r r e i v i n d i c a t õ r i o. H a v i a e m a l g u n s s e t o r e s p o p u l a r e s, i n t e n s a mobili. l i z a ç ã o n e s s a é p o c a f a v o r á v e l à e n t r a d a d o B r a s i l na g u e r r a, fa to q u e d e c o r r i a d o s e n t i m e n t o d e m o c r á t i c o e m e r g e n t e n a l u t a c o n t r a o n a z i - f a s c i s m o. E n t r e t a n t o, V a r g a s, a t e n t o a t o d o s os a c o n t e c i m e n. tos, v e r i f i c o u q u e a p a r t i c i p a ç ã o do B r a s i l n o c o n f l i t o m u n d i a l r e p r e s e n t a r i a na a c e i t a ç ã o d os i d e a i s d e m o c r á t i c o s d a s n a ç õ e s a l i a d a s e n o r e p u d i o à d i t a d u r a a q u i e x i s t e n t e, t r a t o u d e a m p l i a r s e u p r e s t í g i o ao m e s m o t e m p o que davá n o v a f e i ç ã o às r e l a ç õ e s c o m a c l a s s e o p e r á r i a, Tra,balhando n e s s e s e n t i d o, n o d i a 19 d e m a i o de 1943, fez p r o m u l g a r a i n d a s i m b o l i c a m e n t e, a C o n s o l i d a ç ã o d a s

61 L e i s d o T r a b a l h o C C L T l, q u e s i s t e m a t i z o u t o d a a g a m a d e d e c r e t os e r e g u l a m e n t o s s o b r e a o r g a n i z a ç ã o s i n d i c a l e l e g i s l a ç ã o so 51 c iai, s e n d o q u e e n t r o u em v i g o r s o m e n t e e m n o v e m b r o d o m e s m o ano. / O a n o s e g u i n t e m a r c o u a e n t r a d a d o B r a s i l n o c o n f l i t o c o m o e n v i o do p r i m e i r o e s c a l ã o da F E B p a t a a Itália, e m j u n h o d e 1944, a o m e s m o t e m p o e m q u e a u m e n t a r a m as m a n i f e s t a ç õ e s c o n t r a o r e g i m e a u t o r i t á r i o de V a r g a s, o c o r r e n d o, i n c l u s i ve, as p r i m e i r a s d i s s e n s õ e s d a c ú p u l a m i l i t a r c o n t r a o p r e s i d e n te, a s q u a i s r e i v i n d i c a v a m m u d a n ç a d e r umos n o s e n t i d o da r e d e m o e r a t i z a ç ã o. S e n t i n d o q u e c a d a vez m a i s e s c a p a v a - l h e o c o n t r o le d a s i t u a ç ã o, o g o v e r n o e m d a t a d e 28 d e f e v e r e i r o d e 1945 p r o m u l g o u a Lei C o n s t i t u c i o n a l n? 9, c o n h e c i d a p o r A T O A D I C I O NAL, p e l a q u a l f i c a r a m m a r c a d a s as e l e i ç õ e s p a r a a P r e s i d ê n c i a d a R e p ú b l i c a, C â m a r a dos D e p u t a d o s, o C o n s e l h o F e d e r a l ( q u e subs t i t u l a o S e n a d o d e a c o r d o c o m a C a r t a de 1937) e as A s s e m b l é i a s L e g i s l a t i v a s ^ ^ V a r g a s, s e g u n d o d a d o s h i s t ó r i c o s, t e n t o u a i n d a m a n o b r a r p o l i t i c a m e n t e n o s e n t i d o d e s u a p e r m a n ê n c i a n o p o d e r, a p o i a n d o o m o v i m e n t o d e n o m i n a d o 'q u e r e m i s m o 1, q u e t i n h a p o r o b j e t i v o m a n t ê - l o n o g o v e r n o. C o n t u d o, suas a r t i c u l a ç õ e s f o r a m v ã s, eis que, a e s t a a l t u r a, sua s a ída já e s t a v a d e l i n e a d a p e l a c ú p u l a m i l i t a r q u e e x i g i u sua r e n ú n c i a, o que e f e t i v a m e n t e o c o r r e u, e m 29 de o u t u b r o d e 1945, a s s u m i n d o o g o v e r n o o Dr. J o s é L i n h a r e s, M i n i s t r o e P r e s i d e n t e do S u p r e m o T r i b u n a l F e d e r a l. 51. íbidem, p, 3474,

62 capítulo n O SISTEMA LEGAL EDUCACIONAL NO PERÍODO

63 0 SISTEMA LEGAL EDUCACÍONAL DO PERÍODO 1. ANTECEDENTE IMPORTANTE; O MANIFESTO DOS PIONEIROS DE 1932 É nosso propósito, neste m o m e n t o do trabalho,apre sentar ainda que de forma sumaria, alguns dos aspectos principais que formam o conteúdo do Manifesto dos Pioneiros. O d o c u m e n t o a c i m a citado, d e a u t o r i a d e F e r n a n d o d e A z e v e d o e a s s i n a d o p o r v i n t e e c i n c o o u t r o s e d u c a d o r e s, c i e n t i s t a s e i n t e l e c t u a i s l i g a d o s ao m o v i m e n t o d e m o d e r n i z a ç ã o da e d u c a ç ã o, p u b l i c a d o p e l a i m p r e n s a e m m a r ç o de 1932, p o d e ser c o n s i d e r a d o o p o n t o c u l m i n a n t e d a i d e o l o g i a d e s s e s r e f o r m i s t a s. C o m o a n t e c e d e n t e s imediatcs do s u r g i m e n t o do d o c u m e n t o, p o d e m o s m e n c i o n a r a IV C o n f e r ê n c i a N a c i o n a l d e E d u c a ç ã o, r e a l i z a d a e m d e z e m b r o de 1931, q u a n d o o g o v e r n o p r o v i s ó r i o, pes. s o a l m e n t e r e p r e s e n t a d o p o r Vargas, s o l i c i t o u a t o d o s os e d u c a d o r e s p r e s e n t e s a e l a b o r a ç ã o de d i r e t r i z e s p a r a o estabelec_i m e n t o d e u m a p o l í t i c a e d u c a c i o n a l n a c i o n a l e, o n d e f o r a m d o s a c i r r a d o s d e b a t e s s o b r e o e n s i n o l e i g o e a e s c o l a t r a v a p ú b l i c a e m e s p e c i a l.^2 U m dos p r i m e i r o s a s p e c t o s do d o c u m e n t o, r e f e r e - s e 52. R O M A N E LI» I, O t a í z a de O l i v e i r a, op. cit,, p. 144.

64 54 â i m p o r t â n c i a d a e d u c a ç ã o. S e g u n d o os s i g n a t á r i o s d o M a n i f e s t o, n e n h u m o u t r o p r o b l e m a n a c i o n a l t e m t a m a n h a m a g n i t u d e c o m o o d a e d u c a ç ã o. Ë i m p o s s í v e l o d e s e n v o l v i m e n t o e c o n ô m i c o - s o c i a l de u m a s o c i e d a d e, s e m o p r é v i o p r e p a r o d a s f o r ç a s p r o d u t i v a s c o m o a p e r f e i ç o a m e n t o i n t e l e c t u a l c o r r e s p o n d e n t e dos s e r e s h u m a n o s, a f i a n ç a m os e d u c a d o r e s. O u t r o p o n t o de d e s t a q u e, r e s s a l t a d o p e l o d o c u m e n to, d i z r e s p e i t o ã d e t e r m i n a ç ã o dos 'fins' e 'métodos' d o p r o c e s s o e d u c a t i v o e, p a r a tanto, o e d u c a d o r d e v e e s t a r p r e p a r a d o i n t e l e c t u a l m e n t e e c o n h e c e r c o m p r o f u n d i d a d e a s o c i e d a d e e os h o m e n s q u e a c o m p õ e m. A o se r e f e r i r âs f i n a l i d a d e s d a e d u c a ç ã o, e n t e n d e q u e t o d a a e d u c a ç ã o v a r i a e m f u n ç ã o de u m a c o n c e p ç ã o d e v i d a e m c a d a é p o c a, r e f l e t i n d o d e s t a m a n e i r a, a f i l o s o f i a p r e d o m i n a n t e d a q u e l e m o m e n t o. D e n t r o d e s s a c o n f i g u r a ç ã o, a e d u c a ç ã o d o h o m e m h á d e ser n a t u r a l e i n t e g r a l, r e s p e i t a n d o o i n d i v í d u o q u a n t o a s ua p e r s o n a l i d a d e, m a s e n c a r a n d o - o c o m o ser s o c i a l e, p o r tanto, c o m d e v e r e s p a r a c o m a s o c i e d a d e como, t r a b a l h o, c o o p e r a ç ã o, s o l i d a r i e d a d e, etc, E s s e t i p o d e e d u c a ç ã o, e s t a r i a a c i m a d a i d é i a de c l a s s e s e a t e n d e r i a os i n t e r e s s e s d o i n d i v í d u o e d a s o c i e d a d e. U m o u t r o a s p e c t o s i n g u l a r, é o q u e se r e f e r e 'educação' c o m o d i r e i t o d e todo o c i d a d ã o, d e a c o r d o c o m â suas n e c e s s i d a d e s e a p t i d õ e s. D e n t r o d e s s a p e r s p e c t i v a, n u m r e g i m e v e r d a d e i r a m e n t e d e m o c r á t i c o, d e v e r ã o ser a s s e g u r a d a s aos i n d i v í d u o s as c o n d i ç õ e s m í n i m a s a sua f o r m a ç ã o i n t e l e c t u a l d e n t r o d e u m c r i t é

65 55 r i o d e i g u a l d a d e d e o p o r t u n i d a d e e x t e n s i v o a todos. P o r o u t r o lado, c o m o c o r o l á r i o d e s s e p r i n c í p i o, a e d u c a ç ã o a s s u m e u m a n a t u r e z a e m i n e n t e m e n t e p ú b l i c a, n a m e d i d a e m q u e o E s t a d o r e c o n h e c e e s s e d i r e i t o e ê c h a m a d o a a s s e g u r á - lo e m c o l a b o r a ç ã o c o m a f a m í l i a e o u t r a s i n s t i t u i ç õ e s sociais, i n c l u s i v e p r i v a d a s. P a r a q u e a e d u c a ç ã o se c o n s t i t u a e m u m d i r e i t o, o s s i g n a t á r i o s d o m a n i f e s t o e n t e n d e m q u e a e s c o l a d e v a t e r as s e g u i n t e s c a r a c t e r í s t i c a s : a) única? b) o b r i g a t ó r i a a t é c e r t o n í v e l d e idade; cl g r a t u i t a s ; dl leiga; e, e) i g u a l d a d e p a r a a m b o s os sexos. N o q u e c o n c e r v e à s i g n i f i c a ç ã o da e s c o l a única, d i z e m os e d u c a d o r e s o s e g u i n t e ; "Em no**o regimen polztico, o E*tado não poderã, de. certo, impedir que., gh.aq.a6 a organização de e* cola* privada* de. typo* differente*, a-ò cla**e* mai* privilegiada* a**egurem a *eu* filho* uma e- ducação de cla**e determinada; ma* e* t a no dever inde c l i n á v e l de não admitir, dentro do &y*tema e-ó colar do E*tado, quaé*quer cla**e* ou e&cola*, que *'Õ tenha acce**o uma minoria, por um privilê- 53* gx.o exclu*ivamente economico". a C o m r e l a ç ã o ao p r i n c í p i o d a o b r i g a t o r i e d a d e, en- 53. A Z E V E D O, F e r n a n d o de et alli. O m a n i f e s t o d os p i o n e i r o s da e d u c a ç ã o nova. R e v i s t a B r a s i l e i r a, E s t u d o s P e d a g ó g i c o s. B r a s í l i a, 6J> (.1501: 413, m a i o / a g o * N o t a d o autor: m a n t i v e m o s a o r t o g r a f i a o r i g i n a l.

66 56 tendera os e d u c a d o r e s q u e o m e s m o d e v a s e e s t e n d e r a t é a i d a d e d e 18 a n os, i d a d e e s s a c o n s i d e r a d a c o m p a t í v e l c o m a a t i v i d a d e p r o d u t o r a, S a l i e n t a m ainda, que, p a r a a c o n c r e t i z a ç ã o d e s s e p r i n c í p i o h á n e c e s s i d a d e s u b s t a n c i a l d e m a i s e s c o l a s e q u e t a m b ê m o e n s i n o s e j a g r a t u i t o e m t o d a a r e d e o f i c i a l p o i s, e m c a s o c o n t r a r i o, d e n a d a a d i a n t a r i a a c o m p u l s o r i e d a d e d e n t r o d o s i s t e m a e d u c a c i o n a l. Q u a n t o à l a i c i d a d e d o ensino, e n t e n d e m q u e a m b i e n t e n ã o d e v e m o c o r r e r i n f l u ê n c i a s o u i n j u n ç õ e s d e no c a r á t e r r e l i g i o s o o u d o u t r i n á r i o, a f i m d e q u e n ã o v e n h a m a prejudicar, o d e s e n v o l v i m e n t o i n t e g r a l d a e d u c a ç ã o q u e se p r e t e n d e dar. E, q u a n t o à e d u c a ç ã o i g u a l p a r a a m b o s o s sexos, p a r t e m d a i d é i a de q u e n ã o d e v a h a v e r d i s t i n ç õ e s o u s e p a r a ç õ e s d e n t r o d o s i s t e m a d a e s c o l a ü n i c a, a n ã o ser a q u e l a s q u e p o s s a m d e c o r r e r d a a p t i d ã o o u c a p a c i d a d e d as p a r t e s e n v o l v i d a s. P r e c o n i z a m, ainda, c o m o r e s p o n s a b i l i d a d e do E s t a do, o e s t a b e l e c i m e n t o d e u m a p o l í t i c a g l o b a l e d u c a c i o n a l t o d o o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l, a b r a n g e n d o t o d o s os n í v e i s d e p a r a ensjl no. P a r a a e x e c u ç ã o d e s s a p o l í t i c a g l o b a l, d e v e r - s e - ã l e v a r e m c o n t a o p r i n c í p i o d a d e s c e n t r a l i z a ç ã o a d m i n i s t r a t i v a, respeitando-se' a a u t o n o m i a p o l í t i c a d a s u n i d a d e s f e d e r a d a s m a s e m s i n t o n i a c o m as d i r e t r i z e s p r e e s t a b e l e c i d a s no p l a n o geral. m e n t e o M a n i f e s t o : C o m r e l a ç ã o a e s s e p r i n c í p i o, c o n s i g n a e x p r e s s a "Por meyioó que pareça, ã primeira vista, não e,

67 57 p o i s, na c m t r a Z i z a ç ã o, mas na appllcaçao da dou trina federativa e descentrazizadora, que. teremos de. buscar o meio de Zevar a cabo, em toda a RepúbZica, uma obra methodica e. coordenada, de acordo com um pzano commum, de compzeta e f f i c iencia, tanto em intensidade como em extenòão. Â União, na capitaz, e aos estados, nos seus respectivos territorios, e que deve competir a educação em todos os graus, dentro dos princípios geraes fixa do6 na nova constituição, que deve conter, com a definição de atribuições e deveres, os fund a m e n tos da educação nacionaz.54 N o q u e t a n g e aos m é t o d o s e p r o c e s s o s d e e n s i n o, re f e r e m - s e os e d u c a d o r e s âs m a i s m o d e r n a s c o n q u i s t a s n o s d a s C i ê n c i a s S o c i a i s, da P s i c o l o g i a e às n o v a s t é c n i c a s c a m p o s p e d a g õ g i c a s q u e d e v e r ã o ser s e g u i d a s p a r a a i m p l e m e n t a ç ã o d a n o v a e d u cação. A p a r da r e c o m e n d a ç ã o p a r a que h a j a a d e f i n i ç ã o d e p l a n o s q u e c o n t e n h a m uma e s c a l a p r o g r e s s i v a, d e s d e o p r i m á r i o a t é o g r a u s u p e r i o r, s e g u n d o c r i t é r i o s de c a p a c i d a d e e apt_i does, o s e d u c a d o r e s e n c a r e c e m a n e c e s s i d a d e da f o r m a ç ã o d o p r o f e s s o r que deverá ser consciente d e suas r e s p o n s a b i l i d a d e s p e r a n t e a N a ç ã o, o s e d u c a n d o s e o p o v o e m geral. E n t r e t a n t o, p a r a tal d e s e m p e n h o a ser e x i g i d o, de v e c o r r e s p o n d e r a u m a r e m u n e r a ç ã o c o n d i g n a d o e d u c a d o r p a r a q u e o m e s m o p o s s a m a n t e r a e f i c i ê n c i a n o t r a b a l h o, a d i g n i d a d e e o p r e s t í g i o d e sua missão. R e f e r i n d o - s e ao g r a u s u p e r i o r, e n t e n d e m q u e o ' c o n c e i t o m o d e r n o d e U n i v e r s i d a d e ' e s t á e m f u n ç ã o d e s e r ela "organizada de maneira que po66a de6empenkar a 54. I b i d e m, p

68 58 tríplice funcção que lhe cabe de elaboradora ou creadora dç. s d e n c l a [Investigação I, docente ou transmissora de conhecimentos [s d e n c l a f eita) e de vulganlzadora ou popularlzadora, pelaò I n s tituições de extensão unlversltarla, das sclenclas e das artes".55 E mais: "A organização de Universidades e, p o i s, tanto mais necessarla e urgente quanto mais pensarmos que sõ com essas Instituições, a que cabe crear e dlffundir Ideaes polztlcos, soclaes, moraes e esthetlcos, ê que podemos obter esse Intensivo es plrlto commum, nas aspirações, nos Ideaes e nas luctas, esse "estado de animo nacional", capaz de dar força, ef f i c a d a e coherencla. ã acção dos h o m e n s, seja quaes forem as d l v e r g e n d a s que possa estabelecer entre elles a diversidade de pontos de vista na solução dos problemas brasileiros.^ E c o m o i d e n t i f i c a ç ã o d o c a r á t e r e d o a l t o e s p í r i to q u e n o r t e o u a e l a b o r a ç ã o do M a n i f e s t o, d e v e m o s c i t a r d o i s t r e c h o s f i n a i s d o d o c u m e n t o d o s e g u i n t e teor: "Não s ã o, de facto, senão as fortes convicções e a plena posse de sl mesmos que fazem os grandes homens e os grandes povos. Toda a profunda renova ção dos princípios que orientam a marcha dos p o vos precisa acompanhar-se de fundas transformações no regime educacional: as unlcas revoluções 55. Ibidem. 56. Ibidem, p, 42Q-4» * Mantivemos a ortografia original.

69 das são as que se fazem ou se consolidam pela edu cação, e e sõ pela educação que a doutrina d e m o crática, utilizada como um principio de desaggre- gação moral e de indisciplina, poderá transformar-se numa fonte de esforço moral, de creadora, de solidariedade social e de de cooperaçao". 59 energia espirito E, f i n a l m e n t e : "Mas, de todos os deveres que incubem ao Estado,- o que e%ige maior capacidade de dedicação e justi fica maior somma de sacrificios; aquelle com que não e possivel transigir sem a perda irreparavel de algumas gerações; aquelle em cujo cumprimento os erros praticados se projetam mais longe nas suas consequencias, aggravando-6e ã medida que recuam no tempo; o dever maiò alto, mais penoso e mais. grave e, de certo modo, o da educação que, dando ao povo a con6 ciência de 6i me6mo. e de seus de6tino6 e a força para affirmar-6e e reali za-lo6, entretém, cultiva e perpetua a identidade da con6ciência nacional, na 6ua communhão com a consciência Humana, 57. Ibidem. 58. Ibidem, p. 425,

70 60 2. A CONSTITUIÇÃO PE 1934 E A EDUCAÇÃO. A C o n s t i t u i ç ã o d e 16 d e j u l h o d e 1934, n o t a n g e ã e d u c a ç ã o, r e p r e s e n t o u c o n s i d e r á v e l a v a n ç o n o q u e s e n t i d o d e sua d e m o c r a t i z a ç ã o e m o d e r n i z a ç ã o. q _ Se l e v a r m o s e m c o n t a q u e a 1- Constituição c a n a d e d i c o u â e d u c a ç ã o, a penas, a l g u n s d i s p o s i t i v o s, o Republi-* t e x t o d e 34, d e u - l h e e s p e c i a l a t e n ç ã o ao d e d i c a r - l h e t o d o u m c a p í t u lo, i n s e r i d o no T í t u l o V, q u e d i s p õ e s o b r e "Da F a m í l i a, da e d u - 59 c a ç a o e d a C u l t u r a. " A a n á l i s e m a i s d e t i d a dos p r i n c í p i o s c o n s t a n t e s n o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l m e n c i o n a d o, r e l a t i v o â e d u c a ç ã o, s e r á f e i t a n o c a p í t u l o t e r c e i r o d e s t e t r a b a l h o, q u a n d o d a a p r e c i a ç ã o c r í t i c a e n v o l v e n d o t o d o o p e r í o d o e n t r e 1930 a P o r ora, d e s t a c a r e m o s a l g u n s a s p e c t o s s o b r e a e d u c a ç ã o q u e constara d a C a r t a d e 34, 0 p r i m e i r o d i s p o s i t i v o a ser d e s t a c a d o ê o Art. 148 do C a p í t u l o II do T í t u l o V, q u e e s t á a s s i m r e d i g i d o : "AKt. ]4S - Cabe a União, aoò Eótadoó e ao-ò Mun-tcZpioò favo fie cen. e animah. o desenvolvimento das ciências, das antes, das letnas e da caltuna em geral, pkotegen. os objetos de intenesse kistônico e o patfiimonio antzstico do p a Z s, bem como p>ies ta/i assistência ao trabalhado*. intelecutal". 59. C O N S T I T U I Ç Ã O F e d e r a l de 16 de j u l h o d e In: C O N S T I T U I Ç Õ E S D O B R A S I L. 6. e d,, Sao Paulo, S a r a i v a, p. 151.

71 61 Ora, na f o r m a g e n é r i c a e s t a b e l e c i d a p e l o c i t a d o a r t i g o, v i s l u m b r a - s e, d e s d e logo, a p r e o c u p a ç ã o d o Constituinte de c o m o c a m p o e d u c a c i o n a l c o m o u m dos e l e m e n t o s g e r a d o r e s d o d e s e n v o l v i m e n t o s õ c i o - e c o n d m i c o d a nação. A f a s e d e t r a n s f o r m a ç õ e s i n i c i a d a c o m a R e v o l u ç ã o d e 1930, n o a s p e c t o p o l í t i c o e no s e t o r e d u c a c i o n a l, c o m a defjl n i ç ã o d e p r i n c í p i o s c o n s t i t u c i o n a i s, e s t ã a e v i d e n c i a r a f o r ç a d o m o v i m e n t o r e n o v a d o r d e f l a g r a d o p e l o s " P i o n e i r o s " e a c h a m a d a 'e d u c a ç ã o n o v a ', D e n t r o d e s s a p e r s p e c t i v a p r e v i s t a no a r t i g o i n i c i a l m e n t e m e n c i o n a d o, ê e s t a b e l e c i d a a c o m p e t ê n c i a priyatival da U n i ã o p a r a " t r a ç a r as d i r e t r i z e s da e d u c a ç ã o n a c i o n a l ", c o n f o r m e e s t a t u i o a r t i g o 5 inc, X I V da C o n s t i t u i ç ã o e m exame. Do m e s m o modo, a C o n s t i t u i ç ã o d e 34 a t r i b u i u à U n i ã o a c o m p e t ê n c i a p a r a e s t a b e l e c e r o " p l a n o n a c i o n a l d e e d u c a ç ã o ", d a n d o - l h e s p o d e r e s p a r a e s t r u t u r a r o e n s i n o p a r a t o d o s os " g r a u s e ramos", f i x a n d o a i n d a a t r i b u i ç õ e s de " c o o r d e n a ç ã o e f i s c a l i z a ç ã o " na sua e x e c u ç ã o em t o d o o p aís. P o r o u t r o lado, o a r t i g o 149 d a C o n s t i t u i ç ã o de 1934, p r e s c r e v e a e d u c a ç ã o c o m o u m " d i r e i t o d e t o d o s ", d e f i n i n d o - a c o m o u m a f u n ç a o e m i n e n t e m e n t e p ú b l i c a, e s t a b e l e c e n d o o d e v e r d o E s t a d o, j u n t a m e n t e c o m a f a m í l i a, de m i n i s t r á - l a. A n o r m a c o n s t i t u c i o n a l c i t a d a t e m c á r â t e r a b r a n g e n t e, i n c l u i n d o e s t r a n g e i r o s q u e a q u i e s t e j a m d o m i c i l i a d o s. R e f e r e - s e i g u a l m e n t e, o c i t a d o d i s p o s i t i v o, â f i x a ç ã o de v a l o r e s c o m o o a s p e c t o m o r a l e a f o r m a ç ã o d e " c o n s c i ê n c i a d a s o l i d a r i e d a d e h u m a n a ", que s e r i a m g e r a d o s p e l o d e e d u c a ç ã o e n v o l v e n d o os i n d i v í d u o s d e r a ç a s d i v e r s a s p r o c e s s o d e n t r o

72 62 d o c o n t e x t o social. O u t r o a s p e c t o i m p o r t a n t e, p r e v i s t o n o t e x t o C o n s t i t u c i o n a l d e 34, r e f e r e - s e à " g r a t u i d a d e " d o e n s i n o p r i m á r i o que, i n c l u s i v e, é e s t e n d i d a aos adultos. N e s s e sentido, a p r e s c r i ç ã o c o n s t i t u c i o n a l v a i a lém, a o e s t a b e l e c e r a p o s s i b i l i d a d e d e e x t e n s ã o d a gratuidatde d o g r a u p o s t e r i o r ao p r i m á r i o. N a a l í n e a "c" d o art. 150 da C o n s t i t u i ç ã o o r a e m e x a m e, ê a s s e g u r a d a a "a l i b e r d a d e d o e n s i n o e m t o d o s o s g r a u s e r a m o s ", o q u e c o n s t i t u i ao n o s s o v e r u m a g a r a n t i a ^ e n t r e ou- tras/ ao a p r i m o r a m e n t o d o s e t o r e d u c a c i o n a l. A f i x a ç ã o do i d i o m a n a c i o n a l c o m o l í n g u a o f i c i a l d o e n s i n o a ser m i n i s t r a d o, c o n s t i t u i o u t r o a s p e c t o i m p o r t a n t e d a e s t r u t u r a c o n s t i t u c i o n a l e r e p r e s e n t a t a m b é m u m a g a r a n t i a ao a p e r f e i ç o a m e n t o do sistema. j á n o a r t i g o 151, a C o n s t i t u i ç ã o d e c o n f e r i u a o s E s t a d o s e a o D i s t r i t o F e d e r a l, a c o m p e t ê n c i a p a r a a organi-i z a ç ã o e m a n u t e n ç ã o de seus s i s t e m a s d e e n s i n o, o b s e r v a d a s, t o d a via, a s d i r e t r i z e s b á s i c a s e s t a b e l e c i d a s p e l o p l a n o n a c i o n a l d e c o m p e t ê n c i a d a União. O u t r o p o n t o s i g n i f i c a t i v o p r e v i s t o n a C o n s t i t u i ç ã o d e 34 e que, p o r sinal, foi a l v o d e p e s a d o s d e b a t e s e n t r e o s e d u c a d o r e s d a n o v a e d u c a ç ã o e o s e g m e n t o r e l i g i o s o, d i z r e s p e i t o à i n t r o d u ç ã o d o e n s i n o r e l i g i o s o e m c a r á t e r f a c u l t a t i v o rio h o r á r i o e s c o l a r "nas e s c o l a s p u b l i c a s p r i m á r i a s, s e c u n d ã - 60 r ias, p r o f i s s i o n a i s e n o r m a i s. " 60. R O M A N E L L I, O t a í z a de O l i v e i r a, op. cit., p. 142.

73 N o q u e se r e f e r e aos r e c u r s o s d e s t i n a d o s a o s e t o r e d u c a c i o n a l, a d i s p o s i ç ã o c o n s t i t u c i o n a l p e l o seu a r t i g o 1 5 6, d e 63 t e r m i n a a a p l i c a ç ã o d e d e z p o r c e n t o (10%) p e l a U n i ã o e p o r c e n t o (20%) p e l o s E s t a d o s e D i s t r i t o F e d e r a l, d a s v i n t e r e c e i t a s t r i b u t a r i a s r e s p e c t i v a s p a r a a m a n u t e n ç ã o e o d e s e n v o l v i m e n t o d o s " s i s t e m a s e d u c a t i v o s " o q u e r e p r e s e n t a, e m v e r d a d e, p a r a a época, u m e x t r a o r d i n á r i o avanço. P o r o u t r o lado, d i s p o s i ç õ e s i m p o r t a n t e s e c o n s i g n a d a s n a C o n s t i t u i ç ã o de 1934, são as c o n t i d a s n o t a m b é m c a p u t do a r t i g o 157 b e m c o m o as i n c l u í d a s nos seus 19 e 29. N o p r i m e i r o caso, a C o n s t i t u i ç ã o de 34 faz m e n ç ã o ã C o n s t i t u i ç ã o d e 'fundos de e d u c a ç ã o ' o r i g i n á r i o s d a d e u m a p a r t e dos " p a t r i m ô n i o s t e r r i t o r i a i s " da U n i ã o, r e s e r v a E s t a d o s e D i s t r i t o F e d e r a l. N o m e s m o s e n tido, a t r a v é s d o > seu 1 9. t a i s f u n dos t a m b é m s e r i a m c o n s t i t u í d o s d a s " s o b r a s o r ç a m e n t á r i a s ", d e " doações", t a x a s e s p e c i a i s, etc. pela_ União, E s t a d o s e Municjt p ios, c o m a o b r i g a ç ã o d e s e r e m t a i s r e c u r s o s e x c l u s i v a m e n t e a- 61 p l i c a d o s e m 'obras e d u c a t i v a s '. J a o seu 29, i n s t i t u i p r o v i d ê n c i a d e a l t o a l c a n ce s ocial, ao d i s c i p l i n a r q u e p a r t e d e tais 'fundos' "se a p l i c a rá e m a u x í l i o s a a l u n o s n e c e s s i t a d o s, m e d i a n t e f o r n e c i m e n t o g r a t u i t o d e m a t e r i a l e s c o l a r, b o l s a s de estudo, a s s i s t ê n c i a a l i m e n 6 2 tar, d e n t á r i a e m é d i c a, e p a r a v i l e g i a t u r a s. " fel. C O N S T I T U I Ç Ã O F e d e r a l d e 16 d e j u l h o de 1934, op. cit. p Ibidem.

74 M e r e c e a i n d a m e n ç ã o, a d i s p o s i ç ã o c o n t i d a n o a r t i 64 go 158 d a C o n s t i t u i ç ã o d e 34, q u e e s t a b e l e c e a e x i g ê n c i a d o " c o n c u r s o d e t í t u l o s e p r o v a s n o p r o v i m e n t o dos c a r g o s d o m a g i s t é r i o o f i c i a l ", e, no q u e t a n g e â e s t a b i l i d a d e dos do c o r p o d o c e n t e, são c o n s i g n a d a s as g a r a n t i a s de i n t e g r a n t e s ' v i t a l i c i e d a de' e 'inamovibilidade' nos c a r g o s d o 29 do d i s p o s i t i v o e n f o c a do. O u t r a s d i s p o s i ç õ e s p a r a o s e t o r e d u c a c i o n a l c o e x i s t e m c o m as jã r e f e r i d a s e são i g u a l m e n t e i m p o r t a n t e s, reve-. l a n d o a p r e o c u p a ç ã o do l e g i s l a d o r c o n s t i t u i n t e da êpoca.

75 65 3. A CONSTITUIÇÃO DE 1937 B ft EDUCAÇÃO. A C o n s t i t u i ç ã o d e 10 d e n o v e m b r o d e 1937, e m l i n h a s g e r a i s, m a n t é m a l g u n s p r i n c í p i o s d a C o n s t i t u i ç ã o a n t e r i o r. I n i c i a l m e n t e, faz c o n s i g n a r p e l o a r t i g o 128 a i n t e n ç ã o do E s t a d o e m c o n t r i b u i r c o m o d e s e n v o l v i m e n t o d a c i ê n c i a e d o e n s i n o, a s s u m i n d o d e s d e logo uma p o s i ç ã o d e arte, 'dever' p e r a n t e a s o c i e d a d e. De início, é i m p o r t a n t e r e s s a l t a r q u e jã n o C a p í t u l o r e f e r e n t e â 'família', o a u t o r d a c a r t a, e m l o n g o a r t i g o (127) e s t a t u i c l a r a m e n t e a n e c e s s i d a d e d e s e r e m p r o t e g i d o s e a m p a r a d o s os f i l h o s p e l a o r g a n i z a ç ã o f a m i l i a r e p e l a o r g a n i z a ç ã o p o l í t i c a, no t o c a n t e ao d e s e n v o l v i m e n t o i n t e l e c t u a l e físico. E n t r e o u t r o s a s p e c t o s i m p o r t a n t e s p e r t i n e n t e s â E d u c a ç ã o, m e r e c e m d e s t a q u e s os a b a i x o r e l a c i o n a d o s. P e l a l e i t u r a a t e n t a d o a r t i g o 129 d a C a r t a de 37, a 'Nação' a s s u m e o d e v e r d e p r o v e r os r e c u r s o s n e c e s s á r i o s ao d e s e n v o l v i m e n t o d a e d u c a ç ã o à " i n f â n c i a e â j u v e n t u d e ". Do m e s m o m odo, i n c u m b e âs u n i d a d e s f e d e r a i s e aos m u n i c í p i o s n o â m b i t o de s u a s a t r i b u i ç õ e s, a s s e g u r a r a f u n d a ç ã o de e s c o l a s p ú b l i c a s e m t o d o s os graus, a f i m d e q u e t o d a s c r i a n ç a s e m i d a d e e s c o l a r p o s s a m d e s e n v o l v e r m e n t a l m e n t e as suas c a p a c i d a d e s e a p t i d õ e s. P o r o u t r o lado, n e s s e a r t i g o é p r e v i s t o c o m o 'dev e r d o E s t a d o ', q u a n t o â e d u c a ç ã o, a i n s t i t u i ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o d o 'ensino p r é - v o c a c i o n a l e p r o f i s s i o n a l ', que, s e g u n d o

76 66 a õ t i c a do s e u a u t o r s e ria d e s t i n a d o "âs c l a s s e s m e n o s f a v o r e c i d a s ". ^ P o r c o n s e g u i n t e, d e v e r i a m ser c r i a d o s " i n s t i t u - t o s d e e n s i n o p r o f i s s i o n a l " p a r a o a t e n d i m e n t o d e s t e setor. D i s p õ e f i n a l m e n t e e s s e artigo, a c o p a r t i c i p a ç ã o do e m p r e s a r i a d o n o s e n t i d o de se c r i a r e m " e s c o l a s d e a p r e n d i z a g e m " p a r a os f i l h o s dos seus e m p r e g a d o s, c u j a d i s c i p l i n a s e r á f e i t a a t r a v é s de lei a ser e l a b o r a d a p a r a tal fim. O u t r o a s p e c t o i m p o r t a n t e r e l a t i v o à e d u c a ç ã o, diz r e s p e i t o ã g r a t u i d a d e d o e n s i n o q u e s e r á a s s e g u r a d a, p r i n c i p a l m e n t e, p a r a a f a i x a d e p e s s o a m a i s p o b r e s da s o c i e d a d e, d i s p o n do a i n d a a p r e v i s ã o c o n s t i t u c i o n a l d a e s t i p u l a ç ã o d e. p e q u e n a c o n t r i b u i ç ã o p o r p a r t e d a q u e l e s c o m m a i s r e c u r s o s. J á a " e d u c a ç ã o física, o e n s i n o c í v i c o e o d e t r a b a l h o s m a n u a i s " são d e c a r á t e r o b r i g a t ó r i o s na c o n s t i t u i ç ã o ' p o l a c a 1, e d e v e r ã o ser m i n i s t r a d o s e m t o d a s as e s c o l a s p r i m á rias, n o r m a i s e s e c u n d á r i a s, c o n f o r m e p r e v ê o s e u a r t i g o 131. P r e v ê t a m b é m a C o n s t i t u i ç ã o de 1937, a possibili. d a d e d e c r i a ç ã o d e 'instituições' o u a u x í l i o às q u e v e n h a m a s e r c r i a d a s p o r " a s s o c i a ç õ e s c i v i s ", c o m o o b j e t i v o d e p r e p a r a r m e n t a l e f i s i c a m e n t e a j u v e n t u d e p a r a o " c u m p r i m e n t o d o s d e v e r e s p a r a a e c o n o m i a e a d e f e s a d a Naçao". 64 s e u s N o q u e t a n g e ao e n s i n o r e l i g i o s o, o a r t i g o 133 d a C o n s t i t u i ç ã o d e 37, e s t a b e l e c e a f a c u l d a d e d e s u a i n c l u s ã o m o m a t é r i a " nas e s c o l a s p r i m á r i a s, n o r m a i s e s e c u n d á r i a s, "co n ã o 63 Ibidem, p ibidem.

77 67 tendo, e n t r e t a n t o, c a r á t e r o b r i g a t ó r i o p a r a p r o f e s s o r e s o u a l u n o s. D o u t r o m o d o, a C o n s t i t u i ç ã o d e n ã o se r e f e r e e x p l i c i t a m e n t e à e l a b o r a ç ã o de 'plano' a n í v e l f e d e r a l a c e r c a d a e d u c a ç ã o. T a l c i r c u n s t â n c i a, t o d avia, p o d e ser i n f e r i d a da p r e v i s ã o c o n t i d a n o a r t i g o 16 d o t e x t o C o n s t i t u c i o n a l q u e a t r a v é s de s eu i n c i s o X X I V d i s pões; "A r t, J6 - Compete privativamente ã União o poder de legi& l a r òodre a& seguintes matérias: T X X TV - diretrizes de educação nacional,"

78 68 4.A LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA NO PERÍODO, N e s t e m o m e n t o de n o s s o t r a b a l h o, f a r e m o s a descri, ç ã o d o s p r i n c i p a i s t e x t o s l e g a i s que, no p e r í o d o d e a 1945, t r a t a r a m d e m a t é r i a e d u c a c i o n a l o u d e a s s u n t o r e l a t i v o a e s t e tema, C o m o v i m o s no p r i m e i r o C a p í t u l o, o B r a s i l foi p a l c o de s u c e s s i v a s r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s e m p e r í o d o s a l t e r n a d o s que, p o r sua s u p e r f i c i a l i d a d e, n ã o l o g r a r a m êxito. V i t o r i o s a a R e v o l u ç ã o de 30, t r a t o u o g o v e r n o p r o v i s õ r i o d e e s t a b e l e c e r as b a s e s a d m i n i s t r a t i v a s s o b r e as q u a i s se a p o i a r i a m os p r i n c í p i o s do n o v o regime. A s s i m, n o c a m p o e d u c a c i o n a l, p e l o D e c r e t o n? d e 14 d e n o v e m b r o d e 1930, e r a c r i a d o o M i n i s t é r i o d a E- d u c a ç ã o e Saúde, o q u a l t e r i a a i n c u m b ê n c i a d e e s t a b e l e c e r t o d a a p o l í t i c a p a r a o setor. P a r a o r e c ê m - c r i a d o M i n i s t é r i o, foi n o m e a d o o Sr. F r a n c i s c o C a m p o s q u e teria, p o s t e r i o r m e n t e, a t u a n t e d e s e m p e n h o n a á r e a e m apreço. P o s t e r i o r m e n t e, jã e m p r i n c í p i o s d o a n o d e 1931, o país, e m m a t é r i a d e e d u c a ç ã o, s o f r e r i a s u b s t a n c i a l a l t e r a ç ã o c o m o a d v e n t o d a c h a m a d a r e f o r m a F r a n c i s c o C a m p ò s, c o n s t i t u í d a, b a s i c a m e n t e, de seis d e c r e t o s. 0 p r i m e i r o d e l e s - o de n? de 11 d e a b r i l d e 1931, c r i a v a o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o, c o m p o s t o p o r v á r i o s c o n s e l h e i r o s e f u n c i o n a n d o c o m o ó r g ã o c o n s u l t i v o d o M i n i s t é r i o da E d u c a ç ã o,

79 E n t r e as i n ú m e r a s a t r i b u i ç õ e s p r e v i s t a s n o a r t i g o 59 d o m e n c i o n a d o D e c r e t o, e s t ã o as de c o l a b o r a r c o m o M i n i s t r o 69 "na o r i e n t a ç ã o e d i r e ç ã o s u p e r i o r d o e n s i n o " ^ e as d e " f i r m a r as d i r e c t r i z e s g e r a e s d o e n s i n o p r i m á r i o, s e c u n d á r i o, t e c h n i c o 66 e s u p e r i o r...." J ã o D e c r e t o n d a m e s m a d a t a d o a n t e r i o r, i n s t i t u í a o r e g i m e u n i v e r s i t á r i o n o país, t r a ç a n d o - l h e a sua o r g a n i z a ç ã o e c o n s t i t u i ç ã o. A p a r d e t r a ç a r as n o r m a s c o n f i g u r a d o r a s d o e n s i n o s u p e r i o r n o país, o s e u a r t i g o 19 d e f i n i a c o m o f i m do e n s i n o u n i v e r s i t á r i o o seguinte; "Art. J9 0 zns-lno univzns-ltãr-lo tzm como fi.na.l-l dadz: zlzvah. o nzvzl da cultura geral; z&tzmular a ZnvzstZgação c-lzntzflca zm quazsquzr domzntos dos conhzczmzntos humanos; habzlztan ao zxzrczczó dz ativ-ldadzs quz rzquzrzm przparo tzcnzco z czzn tzfzco supzrzor; co ncorrzr, znfzm, pzla zducação do ZndZvZduo z da colztlvzdadz pzla hanmon-la dz objztivos zntrz profzssorzs z zstudantzs z pzlo apfiovzltamznto dz todas as atzvidadzs univzfis-ltar Z a s, pafia a grandzza da Naçao z para o apzh.fzzq.o_ amznto da ffumanldadz. A i n d a na m e s m a data, o u seja, 11 d e a b r i l d e 1931, 65. B R A S I L, Leis, d e c r e t o s, etc. D e c r e t o n d e 11 de a b r i l d e R e v i s t a F o r e n s e, Rio de J a n e i r o, 5j5:546, (em anexo). 66. Ibidem. 67. B R A S I L, Leis, d e c r e t o s, etc. D e c r e t o n d e 11 de a b r i l d e R e v i s t a F o r e n s e, Rio d e J a n e i r o, 5jo:547,, (em anexo).

80 70 f o i e d i t a d o o D e c r e t o d e n 9 19,852 q u e d i s p ô s s o b r e a o r g a n i z a ç ã o d a U n i v e r s i d a d e d o R io d e J a n e i r o, o p o r t u n i d a d e e m q u e lhe f o r a m i n c o r p o r a d o s i n ú m e r o s c u r s o s aos jã e x i s t e n t e s. N a o r d e m h i s t ó r i c a, foi e d i t a d o p e l o g o v e r n o p r o v i s ó r i o e m d a t a d e 30 d e a b r i l de 1931, o D e c r e t o n q u e d i s p ô s s o b r e a " i n s t r u ç ã o r e l i g i o s a nos c u r s o s p r i m á r i o, se c u n d ã r i o e n o r m a l. C a b e r e s s a l t a r, que d i t a i n s t r u ç ã o r e l i g i o s a t i n h a c a r á t e r f a c u l t a t i v o e n ã o p o d i a p r e j u d i c a r o e n s i n o d a s d e m a i s d i s c i p l i n a s, f i c a n d o a i n d a s u j e i t o à v e r i f i c a ç ã o d e d e t e r m i n a d a s e x i g ê n c i a s. O s u r g i m e n t o d o a l u d i d o d e c r e t o, v a l e s a l i e n t a r, n ã o i n t e g r a v a a " r e f o r m a F r a n c i s c o C a m p o s ". P o s t e r i o r m e n t e, a i n d a d e n t r o d o c o n t e x t o d a r e f o r m a F r a n c i s c o C a m p o s, v e r i f i c o u - s e a e d i ç ã o do D e c r e t o n d e 18 d e a b r i l d e 1931, q u e d i s p ô s s o b r e a o r g a n i z a ç ã o d o e n s i n o s e c u n d á r i o. D e n t r o d a a n á l i s e q u e f a r e m o s do p e r í o d o o r a e m e s t u d o e c o n s t a n t e d o t e r c e i r o C a p i t u l o, t e r e m o s o p o r t u n i d a d e de t e c e r c o n s i d e r a ç õ e s a c e r c a d e s s a r e f orma. C o n t u d o, n o m o m e n t o, i m p o r t a d e s t a c a r a r e l e v â n c i a d a r e f o r m a m e n c i o n a d a, eis que a f e t o u p r o f u n d a m e n t e t o d a a e s t r u t u r a do e n s i n o s e c u n d á r i o e n t ã o v i g e n t e. P o r o u t r o lado, p e l o D e c r e t o n d e 30 de 68. BRASIL. Leis, decretos, etc. Dcreto n9 19,441 de 30 de abril de Revista F o r e n s e, Rio de Janeiro, 56;576, 1931, (em a n e x o 1.

81 j u n h o d e 1931,. foi i n t e n ç ã o do M i n i s t r o F r a n c i s c o C a m p o s, d i s p o r s o b r e a o r g a n i z a ç ã o do e n s i n o c o m e r c i a l, d a n d o - l h e u m a e s 71 t r u t u r a p r ó p r i a e c o n s t a n t e, i n c l u s i v e, c o m u m c u r s o de n í v e l s u p e r i o r. T e v e p o r o b j e t i v o, t a m b é m, a r e g u l a m e n t a ç ã o da p r o f i s s ã o d e c o n t a d o r. E, f i n a l m e n t e, c o m p o n d o a i n d a a c h a m a d a r e f o r m a F r a n c i s c o C a m p o s, foi e d i t a d o o D e c r e t o n<? d e 04 de 1932, a t r a v é s d o q u a l se p r o c u r o u c o n s o l i d a r d i s p o s i ç õ e s a c e r c a d a o r g a n i z a ç ã o do e n s i n o s e c u n d á r i o já d e l i n e a d a c o m o D e c r e t o n d e 18 d e a b r i l de A i n d a no d i a 04 d e a b r i l d o m e s m o ano, f o i expedi, d o o D e c r e t o n , q u e o r g a n i z o u o C o l é g i o U n i v e r s i t á r i o oo m o e n t i d a d e l i g a d a à U n i v e r s i d a d e d o Rio de J a n e i r o e t e n d o co m o f i n a l i d a d e " m i n i s t r a r o e n s i n o d e d i s c i p l i n a s f u n d a m e n t a i s, n e c e s s á r i a s à c o n t i n u a ç ã o d o s c u r s o s s u p e r i o r e s t é c n i c o s o u cul t u r a i s. A p a r t i r d e s s a data, t i v e m o s u m h i a t o n o q u e c o n c e r n e à s r e f o r m a s p e r i ó d i c a s n o â m b i t o e d u c a c i o n a l, o q u e p e r d u r o u a t é o a n o d e J á ao t é r m i n o d e s s e ano, o u seja, efn 18 d e b r o, o g o v e r n o p r o c e d e u à e d i ç ã o do D e c r e t o - L e i n n o v e m q u e c r i o u n a e s t r u t u r a do M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o e Saúde, a C o m i s s ã o N a c i o n a l d e E n s i n o P r i m á r i o. D i t a C o m i s s ã o, c o m p o s t a de sete m e m b r o s, e s c o l h i BRASIL, Leis, decretos, etc. Decreto n de 04 de abril de Revista F o r e n s e, Rio de Janeiro, 57;381, (em anexo)

82 d o s p e l o P r e s i d e n t e d a R e p u b l i c a, ^ t i n h a e n t r e o u t r a s a t r i b u i ç õ e s a d e 72 "organizar o pza.no de uma campanha nacional combate ao analfabetismo, mediante a cooperação de e-aforço* do Governo federal com o* governo* eòtaduai* e municipais e ainda com o aproveitamento 7 1 da& iniciativaò de ordem particular". de A p õ s o d e c r e t o a c i m a m e n c i o n a d o, t i v e r m o s h i a t o q u e p e r d u r o u até os anos de 1942 a 1943, q u a n d o o M i n i s t r o G u s t a v o C a p a n e m a, do g o v e r n o V a r g a s, d e u i n í c i o a n o v o e n t ã o u m a s é r i e d e r e f o r m a s d e a l g u n s r amos do e n s i n o e q u e f i c a r a m c o n h e 72 c i d a s c o m o "Leis O r g a n i c a s do E n s i n o ". A s s i m, a p r i m e i r a d e l a s e m o r d e m c r o n o l ó g i c a, d e u - se c o m o D e c r e t o - L e i n? de 22 d e j a n e i r o de 1942, a t r a v é s d o q u a l foi c r i a d o o S e r v i ç o N a c i o n a l de A p r e n d i z a g e m I n d u s trial. (SENAI) P o s t e r i o r m e n t e, a 30 de j a n e i r o de 1942, p e l o D e c r e t o - L e i n , e f e t u a v a - s e a r e f o r m a no e n s i n o i n d u s t r i a l q u e f i c o u c o n h e c i d a p e l o n o m e de "Lei O r g â n i c a d o E n s i n o I n d u s t r i a l ". A t r a v é s d e s s e d i p l o m a legal, p r o c u r a v a - s e o r g a n i zar as b a s e s d o e n s i n o i n d u s t r i a l a n í v e l s e c u n d á r i o, p r o c u r a n B R A S I L, L eis, d e c r e t o s, etc. D e c r e t o - L e i n? 868 d e 18 de n o v e m b r o d e L e x, São Paulo, 2:522, (em a n e - Xo). 71. I bidem, p R O M A N E L L I, O t a í z a de O l i v e i s a, op. cit. p. 154.

83 73 d o o p r e p a r o p r o f i s s i o n a l dos t r a b a l h a d o r e s v i n c u l a d o s â i n d ú s t r i a e a t i v i d a d e s a r t e s a n a i s, c o m o t a m b é m os l i g a d o s aos t r a n s p o r t e s, c o m u n i c a ç õ e s e pesca, s e g u n d o p r e v i s ã o e x p r e s s a do c i t a do d e c r e t o. N u m p a s s o s e g u i n t e, v e i o a lume o D e c r e t o - L e i n? de 09 de a b r i l d e 1942, c o n h e c i d o p o r "Lei O r g â n i c a d o E n s i n o S e c u n d á r i o ", q u e p r e t e n d i a e s t a b e l e c e r as " b a s e s de o r g a n i z a ç ã o do e n s i n o s e c u n d á r i o " no d i z e r do t e x t o legal. E s s e d e c r e t o t r o u x e a l t e r a ç õ e s m a r c a n t e s n a e s t r u t u r a d o e n s i n o s e c u n d á r i o e, p r i n c i p a l m e n t e, em r a z ã o d e sua n a t u r e z a p o l l t i c o - i d e o l ó g i c a, s e r á o b j e t o de a n á l i s e m a i s d e t i d a de n o s s a p a r t e no C a p í t u l o s e g u i n t e. C o m p l e t a n d o as d i s p o s i ç õ e s d a Lei O r g â n i c a d o E n s i n o S e c u n d á r i o, o g o v e r n o a i n d a no m e s m o d i a f a z i a p r o m u l g a r o D e c r e t o - L e i n? 4.245, que e s t a b e l e c i a a l g u m a s n o r m a s p a r a a sua e x e c u ç ã o. A i n d a c o m r e l a ç ã o ao a n o de 1942 e, a n t e s d e m e n c i o n a r m o s o ú l t i m o d e c r e t o d a r e f o r m a g e r a l f e i t a p o r C a p a n e m a, e d i t a d o e m 1943, f a r e m o s m e n ç ã o a o s u r g i m e n t o de t r ê s d e c r e t o s q u e t r a t a r a m d o e n s i n o no â m b i t o e m p r e s a r i a l. O p r i m e i r o d e l e s o d e n de 16 de julho, o b r i g a v a as e m p r e s a s i n d u s t r i a i s a e m p r e g a r e m m e n o r e s e aprendi, zes n u m t o t a l d e 8% d o n ú m e r o d e o p e r á r i o s n e l a e x i s t e n t e s e m a t r i c u l á - l o s n a s e s c o l a s m a n t i d a s p e l o SENAI. 0 s e g undo, de n * d e 7 d e n o v e m b r o, d e t e r m i n a v a a a m p l i a ç ã o d a a ç ã o do SENAI, o b r i g a n d o a q u e s u a r e d e de e s c o l a s p r o f i s s i o n a i s a t i n g i s s e m t a m b é m o s e t o r d e t r a n s p o r t e s, d a s c o m u n i c a ç õ e s e d a pesca, * (Em a n e x o ).

84 E, o t e r c e i r o, d e n d e 21 de n o v e m b r o, d e 74 t e r m i n a v a q u e o s e s t a b e l e c i m e n t o s i n d u s t r i a i s c o m m a i s d e c e m e m p r e g a d o s, m a n t i v e s s e m, p o r c o n t a p r ó p r i a, e s c o l a s d e a p r e n d i z a g e m p a r a s e u s a p r e n d i z e s e d e m a i s t r a b a l h a d o r e s. C o m o ú l t i m o D e c r e t o c o n s t a n t e d a " r e f o r m a G u s t a v o C a p a n e m a ", t e m o s o d e n9 6,141 de 28 d e d e z e m b r o d e 1943 q u e, e m r a z ã o d a o r d e m c r o n o l ó g i c a que a d o t a m o s, é a g o r a m e n c i o n a d o. R e f e r i d o d i p l o m a legal, c o n h e c i d o p o r "Lei Orgâni. c a do E n s i n o C o m e r c i a l ", p r o c u r o u d a r e s t r u t u r a do e n s i n o téc- n i c o - p r o f i s s i o n a l, o r g a n i z a n d o r o e m d o i s c i c l o s, s e n d o o p r i m e i r o c o m p o s t o d e q u a t r o anos e, o s e g u n d o, c o r r e s p o n d e n d o a i n ú m e r o s c u r s o s c a d a q u a l c o m t r ê s a n o s. A i n d a na m e s m a data, a t r a v é s d o D e c r e t o - L e i n? 6.142, o g o v e r n o e x p e d i a n o r m a s n e c e s s á r i a s â e x e c u ç ã o d a Lei O r g â n i c a já m e n c i o n a d a, J a n o c r e p ú s c u l o d e seu g o v e r n o, d e s g a s t a d o p e l a a ç ã o d o s m o v i m e n t o s p o p u l a r e s q u e r e i v i n d i c a v a m a r e d e m o c r a t i z a ç ã o do r e g i m e e, p r o c u r a n d o, q u i ç á, o a p o i o dos s e t o r e s e d u c a c i o n a i s, V a r g a s fez p r o m u l g a r d o i s d e c r e t o s r e l a t i v o s â c o n c e s s ão d e r e c u r s o s â educação. 0 p r i m e i r o deles, o d e n d e 26 d e j u l h o d e 1945, i n s t i t u í a " m e d i d a s de p r o t e ç ã o d i n a n c e i r a aos e s t a b e l e 75 c i m e n t o s p a r t i c u l a r e s de e n s i n o ", a t r a v é s d a s q u a i s, as e n t i d a d e s b a n c á r i a s f e d e r a i s p o d e r i a m e f e t u a r e m p r é s t i m o s ás e s c o las p a r a m e l h o r i a das c o n d i ç õ e s d e s t a s. 73. BRASIL. Decreto, Leis, etc. Decreto n9 7,780, de 26 de abril de 1945, L e x, São Paulo, 2_;294, 1945,

85 75 P e l o s e g u n d o d e c r e t o, o d e n d e 25 d e a- g o s t o d o m e s m o ano, o g o v e r n o b a i x a v a n o r m a s q u e t i n h a m o o b j e tivo d e d i s c i p l i n a r c o n c e s s ã o de a u x í l i o s f i n a n c e i r o s ao e n s i n o p r i m á r i o p r e v i s t o no art, 59 do D e c r e t o - L e i n de 14 de n o v e m b r o d e 1942, d e c r e t o e s s e q u e c r i o u o F u n d o N a c i o n a l d e En s i n o P r i m á r i o. C o m a q u e d a d e V a r g a s e m o u t u b r o de e o c o n s e q ü e n t e d e s m o r o n a m e n t o d o E s t a d o N o v o e d o r e g i m e a u t o r i t á r i o, já em p r i n c í p i o s d o a n o d e 1946, t i n h a i n í c i o n o v o c i c l o de r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s a s a b e r : ^ a) D e c r e t o - L e i n d e 02 de j a n e i r o de Lei O r g â n i c a do E n s i n o P r i m á r i o ; b) D e c r e t o - L e i n d e 02 d e j a n e i r o de Lei O r g â n i c a d o E n s i n o N o r m a l ; c) D e c r e t o - L e i n d e 02 d e j a n e i r o de D i s p õ e s o b r e a r e a l i z a ç ã o de e x a m e s d e q u e t r a t a o art. 91 d a L ei O r g â n i c a d o E n s i n o Pri. m á r i o ; d) D e c r e t o - L e i n d e 10 d e j a n e i r o d e C r i a o S e r v i ç o N a c i o n a l de A p r e n d i z a g e m C o m e r c i a l (.SENAC) ; e) D e c r e t o - L e i n d e 10 de j a n e i r o d e R O M A N E L L I, O t a í z a d e O l i v e i r a, op, cit., p. 154.

86 - O b r i g a as e m p r e s a s a e m p r e g a r e m m e n o r e s e m a t r i c u l a - l o s nas e s c o l a s d o SENAC. 76 f) D e c r e t o - L e i n? d e 20 de a g o s t o de Lei O r g â n i c a d o E n s i n o j A g r í c o l a.

87 c a p í t u l o irr EDUCAÇAO E DOMINAÇÃO POLÍTICA

88 EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO POLÍTICA 1. BREVE INTRODUÇÃO. N e s t e c a p í t u l o, f u n d a m e n t a l m e n t e, ê que e s t á c o n c e n t r a d o o o b j e t i v o d este t r a b a l h o, qual seja: o de t e n t a r d e m o n s t r a r se, no p e r í o d o de 1930 a 1945, h o u v e p o r p a r t e do g o v e r n o do P r e s i d e n t e V a r g a s, a i n t e n ç ã o e u t i l i z a ç ã o da e d u c a ç ã o c o m o i n s t r u m e n t o de d o m i n a ç ã o p o l í t i c a. C o m b a s e n e s s e p r e s s u p o s t o, p r o c u r a r e m o s n e s t e m o m e n t o, p r e ê i s a r a l g u n s c o n c e i t o s t e r m i n o l ó g i c o s n o t a d a m e n t e os r e l a t i v o s a. e d u c a ç ã o, d o m i n a ç ã o, p o l í t i c a, h e g e m o n i a e i d e o l o - g i a. i m p o r t a n t e r e s s a l t a r, i g u a l m e n t e, que n e m s e m p r e o c o n c e i t o p o r si só d a r ã a i déia e x a t a da d i m e n s ã o do seu o b j e t o e, então, n e s s e caso, p r o c u r a r e m o s e x p l i c i t a r d a m e l h o r m e n è i r a que p u d e r m o s, o e n t e n d i m e n t o de c a d a c a t e g o r i a e as t e v e n t u a i s i m p l i c a ç õ e s que p o s s a ter u m a p a r a c o m a outra. Por o u t r o lado, m o r m e n t o no que se r e l a c i o n a c o m

89 79 a c a t e g o r i a 'educação', talvez o p r i n c i p a l p i l a r d e s t e t r a b a lho, f a r e m o s s u c i n t a r e p b r t a g e m h i s t ó r i c a, p r o c u r a n d o c o m isso f a c i l i t a r a a n á l i s e e o e n t e n d i m e n t o do que se e x p o r á no item s e g u i n t e, o qual t r a t a da p a r t e c r í t i c a a c e r c a de t o d o o p e r í o do. Do m e s m o modo, como não p o d e r i a d e i x a r de ser, p r o c u r a r e m o s e s t a b e l e c e r o l iame e n t r e as v á r i a s c a t e g o r i a s a n á l i s e, o que p o r c e r t o f a c i l i t a r á a u m a m e l h o r c o m p r e e n s ã o em do tema. 2. F U N D A M E N T O S T E Ó R I C O S. A s s i m, no que c o n c e r c e ã e d u c a ç ã o, p r i m e i r a m e n t e v a m o s b u s c a r suas r a í z e s h i s t ó r i c a s, p o r certo, n o a p a r e c i m e n to dos p r i m e i r o s n ú c l e o s da c i v i l i z a ç ã o humana.. D a d o o c a r á t e r r u d i m e n t a r do g r u p o s o c i a l e x i s t e n t e, a e d u c a ç ã o o p e r a v a - s e de f o r m a a s s i s t e m á t i c a, e n t ã o t e n d o c a r a c t e r í s t i c a s m a r c a n t e m e n t e n a t u r a l. Era, p o d e m o s dizer, u m a e d u c a ç ã o b a s e a d a no e n s i n a m e n t o ou t r a n s m i s s ã o de m o d o s de vida, m a n e i r a s de agir e con v i v e r d e n t r o do n ú c l e o humano.

90 8Q 75 S e g u n d o L U Z I R I A G A, a e d u c a ç a o V i s t a spfe o p r i S m a da e v o l u ç ã o h i s t ó r i c a, a p r e s e n t o u c a r a c t e r í s t i c a s de a c o r d o c o m c a d a época, e que p o d e r í a m o s a g r u p a r do d i v e r s a s s e g u i n t e m o d o a p a r t i r do e s t a g i o p r i m i t i v o ja e n u n c i a d o : "A zducação orzzntal, ou izja, a doi povoi em que /ã ex á;tem civilizaçdz& dz& znvolvidai,, gzralmzntz dz carãtzr autoc.ra.ttco, erudito e rzligioio. Com- przzndz pazòzi mui d i v z n o i, como o Egito, índia, Ar.ab.Za, China e o povo hzbrzu, entre, outroò. difzcil zitabzlzczr cronologia zxta, mai podzmos dizzr quz zita faiz abarca do itculo X X X ao ízcu lo X antzi dz Criito, ou czrca dz vintz òzcuioá; A zducação clãiiica, zm quz comzça a. civiliza - ção ocidzntal z quz tzm iobrztudo carãtzr h u m a no z czvico. Comprzzndz. Grzcia z Roma, ai quaii, &pv-iar dai.difzrznçai, tzm muitoi traçoi c o m u m. Sua vida cultural autônoma dziznvolvz-iz principal mzntz zntrz oi izculoi X a.c z V da zra Criitã, ou, izja, no zipaço dz uni quinzz izculoi; A zduca- ção mzdizval, na qual &z dziznvolvz ziizncialmzn- tz o criitianiimo, jü. principiado na daiz antz- riior, agora a alcançar a todoi oi povoi da Europa, 75. L U Z U R I A G A, Lorenzo. H i s t o r i a da e d u c a ç ã o e da p e d a g o g i a. São Paulo, N a c i o n a l, p. 5-7.

91 81 do szculo V ao século XV, quando ja começa outra faò\<l, szm quz, contudo, tzrminz a zducação c r i s tã, a qual cãzga ati. nossos dias; A zducação h u manista. a principiar no Rznascimznto, no século XV, embora antzs jci houvzss zm sinais dzla. Esta fase rzprzsznta rztorno a cultura clãs&ica, mas ainda mais, o surgir dz uma nova forma dz vida, baszada na naturzza, na artz z na cizncia; A zdu - cação Cristã rzformada. Assim como sz produz no òzculo XV rznascznça cultural humanista, sargz no szculo XVI, como produto dzssa rznascznça, uma rzforma rzligiosa, Ocasionada, dum' l a d o, o nas_ cimznto das confissõzs protzstzntzs, doutro, a r z forma da Igrzja Católica. o quz gzralmzntz sz chama Rzforma z Contra-Rzforma, z cada uma jã a l cança l.como as faszs suczssivasl assim os povos da Europa como os da Amzrica; A zducação rzalis - t a, zm quz sz iniciam propriamzntz os mztodos da zducação modzrna, ba&zadoò nos da filosofia z cizncias nova<6 ídz Galilzu z Copzrnico, dz Nzwton z Vzscartzsl. Esta fasz comzça no szculo XVII z sz dzsznvolvz atz nossos dias; z dâ l u g a r a a l guns dos maiorzs rzprzszntantzs da didãtica IBATKE z COMENI-USl; A zducação racionalista z naturalis - t a. Própria do szculo XVIII, no qual culmina com a chamada "ilustração" ou szja, o movimznto cultural iniciado na Rznascznça. o szculo dz CON- VÕRCET z ROUSSEAU, em cujo final comzça o m o v i m z n to idzalista na pzdagogia, com PESTALÕZZT o mais alto rzprzs zntantz; A zducação nacional, 'e iniciada no szculo antzrior com a Rzvoluçao Franczsa, chz-

92 82 ga ao mãximo desenvolvimento no século XIX e p r o move intervenção cada vez m a i o r do Estado na educação, formação de conó ciência nacional, patrioti ca, em todo o mundo civilizado e estabelecimento da escola primaria universal, gratuita e obrgatõria; A educação dèmocrãtica. Posto seja muito difzcil caracterizar a educação do século XX, seu traço mais marcante sera talvez a tendência para educação democrática, que faz da livre personalidade humana o eixo das atividades, independentemente de posição economica e social, e proporciona a maior educação posszvel ao maior numero posszvel de indivíduos". Ora, c o m a a b o r d a g e m h i s t ó r i c a feita, p e r m i t e - n o s i m a g i n a r t e r a e d u c a ç ã o s o f r i d o n a s d i f e r e n t e s é p o c a s, g r a d u a l p r o c e s s o d e t r a n s f o r m a ç ã o, v a r i a n d o e m c a d a u m a das fases, s e g u n d o o g r a u d e c o m p l e x i d a d e d e c a d a o r g a n i z a ç ã o s o c i a l, e c o n f orme as n u a n c e s d e c a r á t e r j u r í d i c o - p o l í t i c o d a s d i v e r s a s s o c i e d a d e s. Do m e s m o modo, ê p o s s í v e l i n f e r i r - s e q u e a e d u c a ção, s e g u n d o as c a r a c t e r í s t i c a s de c a d a época, a s s u m i a d e t r m i n a d a c o n c e p ç ã o d e v i d a d e a c o r d o c o m a v i s ã o d a q u e l e s q u e a m i n i s t r a v a m ou, p r i n c i p a l m e n t e, e m face dos i n t e r e s s e s d o g r u p o p o l i t i c o d o m i n a n t e. E m t e r m o s c o n c e i t u a i s, L U Z U R I A G A a f i r m a : "Por educação entendemos, antes do mais, a influ encia intencional e sistematica sobre o ser juvenil com o propósito de formã-lo e desenvolvê-lo. Mas significa também a ação genérica, ampla de uma sociedade sobre as gerações jovens, com o fim de conservar e transmitir a existência coletir

93 S3 V * 2.76 A o c o n c e i t o e x p o s t o, e m e r g e d e s d e l o g o a i déia de que a e d u c a ç ã o ê sempre u m a ação, l e v a d a a e f e i t o p o r a l g u é m a s e r v i ç o ou n ã o da sociedade, e c o m u m f im e s p e c í f i c o, q u ã l s e ja, a f o r m a ç ã o do e d u c a n d o e o seu d e s e n v o l v i m e n t o que, p e n s a - m o s n ò s, p o d e r á ser p a r c i a l ou integral. E m termos de e n t e n d i m e n t o da e d u c a ç ã o e seu d e s e n v o l i i m e n t o a t r a v é s dos tempos, n ã o é r e c o m e n d á v e l o m i t i r - s e a m e n ç ã o as c o n t r i b u i ç o e s v a l i o s a s de S Ó C R A T E S, P L A T Ã O e A R I S T Õ T E LES de s e n t i d o h u m a n i s t a, e que r e v e l a m a p r e o c u p a ç ã o c o m o d e s e n v o l v i m e n t o i n t e g r a l do homem. P a r a SÓCRATES, c o n s i d e r a d o p o r L U Z U R I A G A ^ como "o e d u c a d o r p o r e x c e l ê n c i a ", h a v i a n e c e s s i d a d e de se i n s i s t i r no " v a l e do h o m e m " e c o n s i d e r a v a a " v i r t u d e " n ã o c o m o p a t r i m S n i o de u m a c l a s s e mas "que d e v i a ser de todos". P a r a ele, "o fim Ultimo da educação era a vifitu - de, o bem, a personalidade moral, e não o.estado, como na educa çao antiga, nem o proceito individual, como para os sofistas". 79 _ J a p a r a PLATÃO, a e d u c a ç ã o e a q u e l a "que deve proporcionar ao corpo e à alma toda a perfeição e veleza; de que são suscetzveis". 76. Ibidem, p Ibidem, p. 46, Ibidem, p A p u d L U Z U R I A G A, o p. éit., p. 53.

94 84 P a r a o f i l ó s o f o em apreço, o fim d a e d u c a ç ã o,rs, como pana SÓ anate.*., a fonmação do homem monal e q me-io ê a educaçao do EAtado, na medida enr que este nepnesenta a Idéia da justiça. 0 estado não é, poxs, fim em st, antes melo de neallzan. a justiça e a educação confoeme a justiça". Por sua vez, as i d é i a s de A R I S T Ó T E L E S a c e r c a da «w 81 e d u c a ç ã o d e s p e r t a m " i n t e r e s s e, s e g u n d o a v i s ã o de L U Z U R I A G A r a zão de ter s i d o a q u e l e "não a p e n a s g r a n d e f i l ó s o f o, m a s a i n da e d u c a ç ã o, m e s t r e ". P a r a A R I S T Ó T E L E S, em "a finalidade da educação S o bem monal, no qual consiste a felicidade, que não kã confundin com o pnazen, posto % 2 nla daquela". seja este condição necessa Por seu turno, na e p o c a m o d e r n a, v a m o s c o l h e r a c o n c e p ç ã o de R O U S S E A U, p a r a q u e m a e d u c a ç ã o "constitui: um desenvolvimento natunal de dedtn.o pana fona, ao invés de sen uma constnução de fora pana dentno, como queniam LôCKE e os se&suallstas" A pedagogia de Rousseau baseava-se na natureza em função da qual o homem devia s:en educado 8Q. Ibidem, p Ibidem, p A p u d L U Z U R I A G A, op. cit., p Ibidem, p. 167.

95 Todavia, como ressalva LUZURIAGA: QA 85 "o positivo z vazlo&o z a natunzza como zqulvazzn tz ao zssznclaz do Eomzm, o quz tzm vaiou s u b s t a n tivo z pzrmanzntz. Uzssz szntldo, antzs cumprz fiazan do humanls-.. mo quz do naturalismo dz ROUSSEAU". C o m b a s e n e s s a p r e m i s s a, R O U S S E A U a f i r m a : "na ordzm natural, szndo os homzns todos Iguais, sua vocação comum z 85 o zstado dz homzr,". E a r r e m a t a m a i s adiante: "Saindo dz minhas zzz não szra, concordo, nzm magistrado, nzm sozdado, nzm - $6 szrd prlmzlramzntz um homzm". mãos, padrz; Merece destaque,, por o u t r o lado, a c o n c e p ç ã o s o bre e d u c a ç ã o de P E S T A L O Z Z I, c o n s i d e r a n d o ser L U Z U R I A G A c o m o "a f* -* S 7 filgura mais nobrz da zdacação z da Pzdagoglca". P a r a ele, a e d u c a ç ã o "zra consldzrada o harmonioso dzsznvozvlmznto natural, IntzZzctuaZ, moral z fizslco da criança".** D a d a a sua i m p o r t â n c i a n o c o n t e x t o e d u c a c i o n a l da época, e a v a l i d a d e dos p r i n c í p i o s da c o n c e p ç ã o de e d u c a ç ã o que p r e c o n i z a, L U Z U R I A G A d e s t a c a as p r i n c i p a i s i d é i a s de P E S T A Ibidem, p R O U S S E A U, J e a n - J a c q u e s. E m í l i o ou da e d u c a ç ã o. e. ed., São Paulo, DIFEL, p Ibidem. 87. L U Z U R I A G A, L o r e n z o, op. cit., p Apud, MONROE, Paul. Historia da educação. 17. edi, S ão Paulo, N a cional, p. 315.

96 86 TALOZZI: "] [ Idzla da zducação humana banzada zm a naturz za zspzrztual z fzsica da criança;, í-. 2-[ idzia da zduc.aq.ao como dzsznvolvimznto i.ntzr no, formação zspontãnza, zmbora nzczssltada dz dxrzção; 3-1 idz-ía da zducação baszada nas circunstãnctas zm quz sz zncontra o hotnzm; 4-[ Idzia da zducação social z da zscola popular, contra a antzrtor conczpção individualista da zducação; 5-L idzia da zducação profissional, subordinada ã zducação gzral; ' 6-1 idzia da Intuição como basz da zducação intz Izctual z zspiritual; 7-L idzia da zducação rzligiosa Zntima, não con- fzssional".89 A l é m de PESTALOZZI, ainda sob o ponto de vista so ciolõgico da educação, merece relevo a figura de FRIEDRICH W I L H E I M A U G U S T FROEBEL, cujo e n tendimento sobre o tema era o seguinte: suscitar as znzrgias do homzm como szr progrzssi vamzntz conscizntz, pznsantz z intzligzntz, ajudã-lo a manifzstar c o m toda purzza z pzrfzição,com 89. L U Z U R I A G A, L o r e n z o, op, c i t., p. 179.

97 87 espontaneidade e consciência, suq. lei interior, í(t divino que. nele 6i?". o Por o u t r o lado, p a r a FOEBEL, c o m o a n o t a L U Z U R I A - CA, o faim da educação e o desenvolvimento de uma vida fiiel - íl sua vocação, sà, pura, e portanto, santa". a T a n t o P E S T A L O Z Z I como F R O E B E L d e s e n v o l v e r a m a c o n c e p ç ã o s o c i o l ó g i c a da e d u c a ç ã o, s e g u n d o a qual e s t a s e r i a o i n s t r u m e n t o de a p e r f e i ç o a m e n t o da s a c iedade. S e r i a a i n d a o p o r t u n o o b s e r v a r m o s o p e n s a m e n t o de E M I L E D U R K H E I M, p a r a q u e m a e d u c a ç ã o "e a ação exercida gerações adultas sobre, as que. ainda, não estão. maduras para 9.2 vida social". pelas a S e g u n d o o s o c i o l o g o, o o b j e t o da e d u c a ç ã o "e. suscitar e. desenvolver a criança certo numero de. estados faz&icos,in telectuais.e morais, exigidos pela sociedade polztica no conjunto e pelo meio especial a que ela particularmente se des ti 90. F R O E B E L, a p u d L U Z U R I A G A, L o r enzo, op. cit., p F R O E B E L, a p u d ibidem. 92. D U R K H E Ï M, a p u d ibidem, p D U R K H E Ï M, a p u d ibidem.

98 Q u a n t o a o e n t e n d i m e n t o s o b r e e d u c a ç ã o v i s t a s o b o â n g u l o b r a s i l e i r o, v a r i o u s e g u n d o os d i v e r s o s m o m e n t o s d e n os 88 s a h i s t o r i a, d e s d e a é p o c a c o l o n i a l c o m o f a t o r p r e d o m i n a n t e m e n te c r i s t ã o, p a s s a n d o p o s t e r i o r m e n t e â f a s e d a "aristocrati.za- 94, _ 95 ção", c h e g a n d o d e p o i s à c h a m a d a " s o c i a l i z a ç ã o ", o u e c o m e ç a 96 a p a r t i r d a d é c a d a de 20 e p e r d u r a a t é o ano de 1950, q u a n d o e n t ã o t è m i n í c i o o p e r í o d o d e n o m i n a d o p o r L U Z U R I A G A c o m o 97 A P r o c u r a de A u t e n t i c i d a d e ". E m c a d a u m d e s s e s p e r í o d o s a c i m a m e n c i o n a d o s, a c o n c e p ç ã o de e d u c a ç ã o e s t a v a v i n c u l a d a aos i n t e r e s s e s e o b j e t i vos d a s c l a s s e s p r e d o m i n a n t e s â época. N ã o é n o s s o o b j e t i v o e x a m i n a r a p r o c e d ê n c i a o u a p r o f u n d i d a d e do e n t e n d i m e n t o s o b r e e d u c a ç ã o e m c a d a uma das f a ses h i s t ó r i c a s de n o s s o país, mas, tão - s o m e n t e, f o r n e c e r i d é i a d os v á r i o s a u t o r e s s o b r e o tema, p o s s i b i l i t a n d o c o m u m a i s s o m e l h o r c o m p r e e n s ã o do t ó p i c o s e g u i n t e de n o s s o t r a b a l h o, q u a n d o s e r á f e i t a a a n á l i s e c r í t i c a do p e r í o d o. F e i t a tal o b s e r v a ç ã o, ê o p o r t u n o n e s t e m o m e n t o ve r i f i c a r c o m o ê e n t e n d i d a a e d u c a ç ã o p o r a u t o r e s n a c i o n a i s, c u jas c o n t r i b u i ç õ e s s o b r e a m a t é r i a são r e l e v a n t e s. P a r a MELO, a e d u c a ç ã o d e v e ser e n t e n d i d a como; "blum contexto jurídico*-político e, de certa forma 94. TOBIAS, J o s é A n t ô n i o, op. c i t,, p Ibidem. 96. Ibidem. 97. Ibidem.

99 89 idealista, a ação do Estado através de instituições, como a escola e meios de comunicação, no sentido de prépara*, o homem para uma participação responsãvel nos destinos de sua comunidade, moldar o cidadão, propiciar a mobilidade social e com esta abrir os canais de ascenção do estrato apolztico para o estrato polztico da sociedade, e formar os recursos humanos para o desenvolvimento nacional." PASOLD, por sua vez, entende que, "Na pratica entendemos que a educação ê um contra to com um conjunto de regras bãsicas fixadas p e las partes [sociedade, indivzduo, Estado),algumas de caráter permanente e ess enciais ao da dinâmica educacional, somadas a des empenho determinantes que cada processo encontrara em função das pecu liaridades do seu ambiente, dirigidas a um o b j e to ia preparação do homem], a um objetivo [para atuar num dado contexto s o c i a l ) e com um único su 99 ~ jeito Co proprio homeml. Por outro lado, em sua importante obra^-^ TOBIAS entende que, "educar e a pessoa do educando atualizar suas p o tencialidades em todos os s e n t i d o s ". 98- MELO, O s v a l d o F e r r e i r a de. D i c i o n á r i o de d i r e i t o p o l í t i c o. Rio, F o r e n s e, 1978, p, P ASOLD, C e s a r L u i s, 0 e s t a d o e a e d u c a ç ã o. F l o r i a n ó p o l i s, L u n a r d e l l i, p T OBIAS, J o s é A n t ô n i o, op, cit., p. 253.

100 90 P r o c u r a n d o a i n d a c o m p l e t a r este t ó p i c o de n o s s o t r a b a l h o, n a o p o d e r í a m o s d e i x a r de t r a n s c r e v e r -as l i ç õ e s de d o i s g r a n d e s m e s t r e s da á r e a i n d u s t r i a l ^ A n í s i o S. T e i x e i r a e P a u l o Freire, c u j o s e n s i n a m e n t o s p o d e m f a c i l i t a r a m e l h o r c o m p r e e n s a o do t e m a ora exposto. A N Í S I O T E I X E I R A ao re r e f e r i r à e d u c a ç ã o afirma: "Educação 2 o processo de ass egurar a continuidade do lado bom da vida e enriquece-lo6, alargá-los e ampliá-los. dada vez m a i s ". A i n d a sobre a e d u c a ç ã o, diz A N Í S I O : "Educar í cres_ cer. E crescer ê viver. Educação e assim, vida no sentido 102 autentico da palavra". mais No que t a n g e ao' fim da e d u c a ç ã o, p r e l e c i o n a o a u tor o r a citado: "A finalidade suprema da.educaçao escolar & a de l e v a r a ariança ã participação no sentido, nos valores ]03 na conduta da sociedade a que pertence".' e FREIRE, p o r sua vez, n ã o e s t a b e l e c e e m sua o b r a o r a c i t a d a u m c o n c e i t o de e d u c a ç ã o, -m-as, a l g u m a s de suas r e f l e x õ e s s ão i m p o r t a n t e s p a r a a f o r m a ç ã o de u m j u í z o sobre* o tema T E I X E I R A, A n í s i o S p i n o l a. P e q u e n a i n t r o d u ç ã o ã f i l o s o f i a da e d u c a ç ã o ; a e s c o l a p r o g r e s s i v a ou a t r a n s f o r m a ç ã o da escola. 6. ed., São Paulo, N a c i o n a l, p (12. Ibidem, p Ibidem, p. 68»

101 91 Eis algumas: "A educação e po&b.zvel pana. o homem, poaque e&te 2 inacabado e ab,e--&e inacado "Uma educação que paetende&ae adaptaa o homem e&tanxa matando òua& poò&ibi lidadeâ de ação, tfians oamandot-o em abelha. "A educação deve &ea de&inibidoaa e não Ae&tAit vau U m a o u t r a c a t e g o r i a que nos i n t e r e s s a p a r a o p r e s e n t e t r a b a l h o, ê a p o l í t i c a. P r o c u r a r e m o s n e s t a o p o r t u n i d a d e c o m o a p o i o de a l guns a u t o r e s, t e n t a r c l a r e a r o s e n t i d o da e x p r e s s ã o " p o l í t i c a ", que s e r a m a i s e s p e c i a l m e n t e u t i l i z a d a nesta--altura da e x p o s i ção. M ELO, e m sua o b r a oferece' três s i g n i f i c a d o s p a ra a e x p r e s s ã o 'política', s e n d o que, p a r a a h i p ó t e s e ora em estudo, b a s t a m - n o s os dois p r i m e i r o s a saber: 1. Conjunto de queòtõeò que òe ligam ao funciona mento do Eòtado, em eòpecial ã organização govea.no, e ãó Aelaçõeò de podefi, autoaidade do e influencia FREIRE, Paulo. E d u c a ç a o e m u d a n ç a. Rio de J a n e i r o, Paz e Terra, p r Ibidem, p» Ibidem,

102 92 2. Uanzlra dz conduzi*, oi\ nzgõclos do Estado com vistas ao alcancz de. dztzrmlnados obj z t l v ^ j Wzsta aczpção, o mzsmo que. Ação PolZtlca." De i m e d i a t o, a l g u m a s c o n s i d e r a ç õ e s e m e r g e m dos c o m p o n e n t e s q u e f o r m a m p o r a s s i m dizer, o p r i m e i r o s i g n i f i c a d o : a s s u n t o s, a t r i b u i ç õ e s q u e se v i n c u l a m ao d e s e n v o l v i m e n t o, à e s t r u t u r a o r g â n i c a d o e n t e E s t a t a l b e m c o m o as i m a n a ç õ e s d o p o d e r (ações, c o m a n d o, etc,) q u e a g e m s o b r e t o dos os i n d i v í d u o s q u e i n t e g r a m a s o c i e d a d e. E m o u t r a s p a l a v r a s, s e r i a m a q u e l a s d e c i s õ e s a d o t a das p e l o g o v e r n o no e x e r c í c i o d o poder, e n t e n d i d o e s t e c o m o a c a p a c i d a d e de p r o d u z i r a ç õ e s v i s a n d o o a l c a n c e de o b j e t i v o s, c u jos d e s t i n a t á r i o s d a q u e l a s são t o d o s os m e m b r o s da s o c i e d a d e. N a s e g u n d a a c e p ç ã o, o t e r m o d e s i g n a o m o d o p e l o q u a l são c o n d u z i d o s "os n e g ó c i o s d o g o v e r n o " ou, ainda, e m o u t r a s p a l a v r a s, c o m p r e e n d e a l i n h a d e c o n d u t a t r a ç a d a p e l o g o v e r n o p a r a l e v a r a v a n t e e c o n c r e t i z a r as m e t a s p ú b l i c a s. Os s e n t i d o s d a d o s p e l o a u t o r ao termo, p o r certo, e n t e n d e m o s nós, só p o d e m s e r a p l i c a d o s d e n t r o da a t u a l c o n c e p ç ã o de E s t a d o, q u a l seja, a de i n s t i t u i ç ã o p o l i t i c a m e n t e o r g a n i zada. M A A R ao se r e f e r i r ao a s s u n t o, afirma: "Apzsan. da multip l i c i d a d e dz {acztas a quz sz a- pllca a palav/ia "polztlca", uma dzlas goza dz lndlscutzvzl unanimidade: a rzfizazhcla ao podzr poiztlco, a zs fizsia da polztlca Institucional. Um 107. MELO, O s v a l d o F e r r e i r a de, op. cit,, p. 102.

103 93 dzputado ou um õrgão de. administração publica são polzticos. para a totalidade, das pessoas. Todas as atividades associadas de. algum modo 5. es fzra i n s titucional polztica, e. o espaço onde se realizam, também são polzticos. Um comzcio e. uma reunião p iztica e um partido e. uma ass ociação polztica, um indivzduo que. questiona a ordem institucional p o de ser um preso polztico; as ações do governo, o discurso de Um vereador, o voto de um eleitor são polzticos,"108 N o t r e c h o c itado, o a u t o r dã i d é i a d a e x i s t ê n c i a de u m p o d e r i n s t i t u c i o n a l i z a d o e as r e s p e c t i v a s a ç õ e s de c o m a n d o o u de d i r e ç ã o do g o v e r n o v i s a n d o o r d e n a r as t a r e f a s públicas. ma: P o r sua v e z D E U T S C H, ao se r e f e r i r ao t e m a a f i r "polztica e o tomar decisões através de meios p u blicas, ela preocupasse fundamentalmente com g o verno, ou seja, com a direção e auto-administra - ção de vastas comunidades de povos. A palavra p iztica" enfatiza o processo d& tomada de decisões no que diz respeito a atividades publicas ou p r o dutos acerca do que. e. feito, de quem o» a 10 9 e o q u e, rzcebe b r e a m a t é r i a, diz: M a i s a d i ante, p r o c u r a m d o a m p l i a r o c o n h e c i m e n t o so 108. M A AR, W o l f a n g Leo. O q u e ê p o l í t i c a. 5. ed., S ã o Paulo, B r a s i l i e n s e, p. 9, 103. D E U T S C H, Karl. P o l í t i c a e g o v e r n o. 2, ed., B r a s í l i a, U n i v e r s i d a d e de B r a s í l i a, p,23.

104 94 "FolZtica, em resumo, quzr dizzr zstahzlzc.-lmzn.to d&f v} ;çaq dz objetivos. uma. dzcisçio a ll u-v_.v ' 's dz para quz os objetivos dz cada um deveriam estabelecidos".^ ^ respeito ser to o s e g u i n t e trecho: M e r e c e ainda, d a d a a s u a i m p o r t â n c i a, ser t r a n c r i - "A polztica ocupa-sz da cl&ssica pzrgunta dz Hàrold Lasswzll- "Quzm obtêm o quz, quando, como? 0 govza.no trata da intzrrogação * "Quzm controla o quz, quando, z como?" Uma das distinçõzs zntre-polztica z governo ê zsta difzrenciação zntre obter e controlar". ^ ^ Ora, da e x p o s i ç ã o do a u t o r acima, r e s t a c l a r o que s o m e n t e p o d e r - s e - ã f a l a r e m " p o l í t i c a " a n í v e l de p o d e r p o l í t i c o q u a n d o t i v e r m o s p r e s e n t e s e n tre o u t r o s fatores, os s e g u i n t e s : a e x i s t ê n c i a de u m g o v e r n o o r g a n i z a d o ; a tomada- de u m a d e c i s ã o que i n t e r e s s a a e s s e g o v erno; a e x i s t ê n c i a de o b j e t i v o s defini^ dos; o c a r a t è r p ú b l i c o dos m e i o s a s e r e m e m p r e g a d o s, o d e s t i n a t á r i o (pessoas, povo), etc. A p o l í t i c a c o m o tal e x p o s t a, faz p a r t e d a e s s ê n c i a m a t e r i a l do E s t a d o de d i r e i t o a t u a l e. n ã o h á c o m o p r e s c i n d i r de sua c o l a b o r a ç ã o p a r a a e f e t i v a ç ã o dos i d e a i s d e m o c r á t i c o s. C o m o v a l i o s o s u b s í d i o, v a l e a i n d a o b s e r v a r a o p i n i ã o de B o b b i o a c e r c a da r e f e r i d a c a t e g o r i a, c u j o e n t e n d i m e n t o e o s e g u i n t e : "Na epoca m o d e r n a, o tzrmç perdeu seu significa I;Bidem, p. 2Q Ibidem, p. 199.

105 do original, substituzdo pouco a pouco por o u tras expressões como "ciência do E s t a d o", doutrina do Estado", "ciência polztica", "filosofia po- iztica", etc., passando a ser comumente usado para indicar a atividade ou conjunto de 95 atividades que, de alguma maneira, tem como termo de referên cia a polis, ou seja, o Estado. Vessa atividade a polis e, por vezes, o sujeito, quando referidos ã esfera da PolZtica atos como o ordenar ou proibir alguma coisa com efeitos vinculadores para todos os membros de um determinado grupo social, o exer czcio de um domznio exclusivo sobre um determinado territorio, o legislar através de normas das erga omnes, o tirar e transferir recursos 112 um setor da sociedade para outros, etc." vali de t o r o s e g u i n t e ; N o q u e c o n c e r n e a o 'fira' d a p o l í t i c a, d i z e s s e au A respeito do fim da PolZtica, a única coisa que se pode dizer e. que, se o poder polztico, justamente em virtude do monopolio da força, constitui o poder supremo num determinado grupo social, os fins que se pretende alcançar pela ação dos polzticos são aqueles que, em cada s i t u a ç ã o, são considerados prioritários para. o grupo tou para a classe nele dominante]. O b s r v a - s e, i g u a l m e n t e, d a e x p o s i ç ã o feita, q u e o e n t e n d i m e n t o do q u e s e j a 'política' e s t á i n t i m a m e n t e r e l a c i o n a do c o m a o r g a n i z a ç ã o p o l í t i c a E s t a t a l e as r e l a ç õ e s d e s t a em 112. B O B B I O, N o r b e r t o e t alii, D i c i o n á r i o de p o l í t i c a. 2. ed., U n i v e r s i d a d e de B r a s í l i a, p B O B B I O, N o r b e r t o et alii. op. cit., p. 957.

106 96 t e r m o s de p o d e r, c o m os s e u s j u r i s d i c i o n a d o s. A b o r d a r e m o s, agora, a q u e s t ã o r e l a c i o n a d a c o m o t e m a ' d o m i n a ç ã o ', c o m o c a t e g o r i a que p o d e c o n s t i t u i r u m a c a r a c t e r í s t i c a f u n d a m e n t a l d e u m s i s t e m a p o l í t i c o. P a r e c e - n o s a c e i t á v e l a h i p ó t e s e h o d i e r n a, d a exis t ê n c i a e m q u a l q u e r d o s E s t a d o s c o n t e m p o r â n e o s, a n í v e l g o v e r n a m e n t a l, d e a l g u m t i p o d e d o m i n a ç ã o, s e j a e l a de c a r á t e r e c o n ô m i c o ou, p r i n c i p a l m e n t e, p o l í t i c o, c u l t u r a l, e d u c a c i o n a l, etc. A n t e s, c o n t u d o, ê o p o r t u n a a c o l o c a ç ã o de a l g u m a s i d é i a s s o b r e o t e r m o o r a e m análise. P o r d o m i n a ç ã o é p o s s í v e l e n t e n d e r - s e u m a r e l a ç ã o e s t a b e l e c i d a e n t r e d u a s p e s s o a s ou, e n t r e d o i s g o v e r n o s, o u u m g o v e r n o s o b r e v á r i a s p e s s o a s, ou, t ambém, de v á r i a s p e s s o a s s o b r e u m a outra, a d m i t i n d o - s e, i g u a l m e n t e, q u a l q u e r o u t r a v a r i a n - * Q u a n d o f a l a m o s e m 'dominação', e s t á i m p l í c i t a a i d é i a d e 'd o der' que, p a r e c e - n o s, s e r u m c o m p o n e n t e e s s e n c i a l à q u e l a. A s sim, é o p o r t u n a, a l e m b r a n ç a â c a r a c t e r i z a ç ã o de 'poder' f e i ta p o r G A L B R A I T H q u e d i s t i n g u e t r ê s tipos: o " p o d e r c o n d i g no", " p o d e r c o m p e n s a t ó r i o " e "poder c o n d i c i o n a d o ". P a r a n o s s o e s t u d o s o b r e 'dominação' i n t e r e s s a - n o s, e s p e c i a l m e n t e, os d o i s p r i m e i r o s c u j o e n t e n d i m e n t o do aut.or é o s e g u i n t e : "0 p o d e r c o n d i g n o o b t ê m s u b m i s s ã o p e l a c a p a c i d a d e d e i m p o r às p r e f e r ê n c i a s d o i n d i v í d u o o u do g r u p o u m a a l t e r n a t i v a s u f i c i e n t e m e n t e d e s a g r a d á v e l o u d o l o r o s a p a r a l e v á - l o a a b a n d o n a r e s s a s s u a s p r e f e r ê n c i a s! " Q u a n t o ao 'poder c o m p e n s a t ó r i o ' diz: "0 p o d e r c o m p e n s a t ó r i o, em c o n t r a s t e, c o n q u i s t a s u b m i s - são o f e r e c e n d o u m a r e c o m p e n s a p o s i t i v a p r o p o r c i o n a n d o a l g o de v a l o r ao i n d i v í d u o q u e a s s i m se s u b m e t e ". G A L B R A I T, J o h n Kenneth. A n a t o m i a d o p o d e r. São Paulo, P i o n e i r a, p. 4-5.

107 97 t e e n t r e p e s s o a s o u g o v e r n o s. E s s a d o m i n a ç ã o p o d e r ã ter u m a c a r a c t e r í s t i c a c u l t u r a l (um g r u p o a r t í s t i c o s o b r e o u t r o m e n o s d e s e n v o l v i d o ), e c o n ô m i c a (a d e t e n ç ã o dos m e i o s d e p r o d u ç ã o, p o r e x e m p l o ), ou, p o l í t i c a, a t r a v é s de c o e r ç ã o, p o r e x e m p l o, ou m e s m o e n t r e t ipos, c o m o a e d u c a c i o n a l, p o r e x e m p l o, l e v a d a a e f e i t o o u t r o s ' p e l o c o n t r o l e s o b r e a l u n o s e p r o f e s s o r e s. P o r o u t r o lado, p a r a a e f e t i v a ç ã o da d o m i n a ç ã o, v ã r i o s p o d e m ser os m e i o s l e v a d o s a e f e i t o p e l o s a g e n t e s d o m i n a d o r e s. E n t r e eles, estão: a f o r ç a f ísica, a c o a ç ã o m o ral, a c e n s u r a, a p r ó p r i a u t i l i z a ç ã o d a lei, a i d e o l o g i a, a p o lícia, os ó r g ã o s r e p r e s s o r e s, o d i r e c i o n a m e n t o, a h e g e m o n i a, a e d u c a ç ã o, e t c,,, P o r s ua vez, p a r a a e f i c á c i a e f u n c i o n a m e n t o do s i s t e m a d e d o m i n a ç ã o, s ã o a c i o n a d o s os e x e c u t o r e s d o p r o c e s s o d o m i n a t õ r i o, os q u a i s, v a l e n d o - s e dos i n s t r u m e n t o s q u e e s t ã o a sua d i s p o s i ç ã o e c ô n s c i o s de s u a s tarefas, c o l o c a m e m p r a t i c a o m e c a n i s m o de s u b j u g a ç ã o. C o n t u d o, u m a p e r g u n t a v e m â t o n a no q u e c o n c e r n e à q u e s t ã o d a d o m i n a ç ã o. T r a t a - s e de s a b e r q u a l o u q u a i s os f i n s p r ó x i m o s e / o u f u t u r o s, q u e s ã o c o n s i d e r a d o s no m o m e n t o d o e x e r c í c i o d a d o m i n a ç ã o, A o n o s s o ver, e m se t r a t a n d o p o r e x e m p l o d a d o m i n a ç ã o n o a s p e c t o p o l í t i c o, o o b j e t i v o dos d o m i n a d o r ( e s ) p o d e ter d u p l o e f e i t o e n t r e o u t r o s ; al m a n u t e n ç ã o do 'status q u o ', o u se ja, a p r e s e r v a ç ã o d a s v a n t a g e n s e c o n d i ç õ e s (títulos, r i q u e z a,

108 98 a u t o n o m i a, e t c. l q u e d e c o r r e, d o m o m e n t o e m q u e e s t a s e n d o e x e r c i t a d a a d o m i n a ç ã o ; e, bl t r a n s m i s s ã o f u t u r a d a s v a n t a g e n s e c o n d i ç õ e s q u e d e c o r r e m d a d o m i n a ç ã o a s u c e s s o r e s o u i n t e g r a n t e s d o m e s m o g r u p o d o m i n a n t e. N e s s a s c i r c u n s t â n c i a s a c i m a m e n c i o n a d a s, n ã o p o d e h a v e r 5 parece-nos, a t r a n s m i s s ã o d e v a l o r e s e c r e n ç a s o u c o n c e p ç ã o d e v i d a d a c l a s s e o u g r u p o d o m i n a n t e p a r a a c l a s s e o u g r u p o d o m i n a d o. E n t r e t a n t o, e v e n t u a l m e n t e, ê p o s s í v e l a d m i t i r - s e e m c e r t a s c i r c u n s t â n c i a s, a e x i s t ê n c i a de a l g u m t i p o de p r o j e t o de n a t u r e z a d i v e r s a ( d e s e n v o l v i m e n t o e c o n ô m i c o e / o u s ocial, p o r e x e m p l o } que, p a r a l e l a m e n t e a o u t r o o u não, p o s s a a v i r c o n s t i t u i r u m o b j e t i v o da d o m i n a ç ã o. U m o u t r o d a d o a i n d a r e l a t i v o â d o m i n a ç ã o, r e f e r e - s e a s u a d u r a ç ã o que, ao n o s s o ver, c o n s t i t u i u m d a d o imprevisjl v e l e que, n a p r á t i c a, d e p e n d e de u m a s ê r i e de o u t r o s f a t o r e s, e n t r e eles, a h a b i l i d a d e p o l í t i c a do a g e n t e (ou grupo) d o m i n a d o r q u e se e n c o n t r a r no poder. R e f e r i n d o - s e ã q u e s t ã o da d o m i n a ç ã o p o l í t i c a, M A A R e n t e n d e que, o r e l a c i o n a m e n t o do E s t a d o c o m a s o c i e d a d e, se 114 " p e l a s a r m a s o u p e l o s v o t o s ". dá to, a f i r m a que, C o m r e l a ç ã o a e s t e s d o i s a s p e c t o s do r e l a c i o n a m e n "Mo psiimeisio caso, e um agente da dominação, coerção, da imposição; no segundo, um agente da de 114. M AAR, W o l f g a n g Leo,, op, c i t,, p. 51,

109 99 persuação, do con4enác. A dominação pela força e a direção pelo convencimento são os meios da polz tica. Ele& ião ckamados, respectivamente, de "coerção" e de "hegemonia" P o r seu turno, W E B E R traz i m p o r t a n t e c o n t r i b u i ç ã o s o b r e e s t e tema, q u a n d o a f i r m a q u e 'dominação' s i g n i f i c a " p o d e r 116 a u t o r i t a r i o de c o m ando. S u a d e f i n i ç ã o de d o m i n a ç ã o q u e faz e m s u a s c o n s i d e r a ç õ e s i n i c i a i s ê a seguinte: "A vontade manifesta [comando 1 do governante ou governantes pretende influenciar a conduta de uma ou mais pessoas [os governados} e realmente a i n fluencia de tal modo que sua conduta a um socialmente relevante ocokre como se o tivesse feito do conteúdo da ordem a m ã x i m a sua conduta j * por s<c mesma, 117 grau governado de A n a l i s a n d o tal d e f i n i ç ã o, B E N D I X e n t e n d e q u e p a r a a s ua m e l h o r c o m p r e e n s ã o h á n e c e s s i d a d e de d e c o m p ô - l a e m seus e l e m e n t o s p r i n c i p a i s q u e s e r i a m s e g u n d o sua visão: "71 um indivzduo que governe ou um grupo de governantes; 2[ um indivzduo ou um grupo que seja governado; 31 a vontade dos governantes de influenciar a conduta dos governados e a expres_ são dessa vontade [ou um comando I; 4) prova de influê n c i a dos governantes em termos do 115. Ibidem W E B E R, Max. a p u d B E N D I X, Reinhard. H a x Weber, u m p e r f i l i n t e l e c t u a l. B r a s í l i a, U n i v e r s i d a d e de Brasília, p.232., 117. W E B E R, Max. a p u d B E N D I X, R e i n h a r d. M a x Weber, u m p e r f i l int e l e c t u a l. B r a s í l i a, U n i v e r s i d a d e de B r a s í l i a, p. 232.

110 grau obje.tlvo de obediência ao comando; 51 direta ou I n d i r e t a de&sa Infiluêncla em termoã 100 prova aceitação ó ubjetlva com que os governantes obo.de. 118 cem ao comando". da P a r a B.ENDIX, "A dominação requer um pessoal administrativo pa ra executar as ordens e, por sua vez, toda a d m i nistração requer dominação, no sentido de que poder de comando sobre o pessoal precj^sa o estar nas mãos de um IndlvZduo ou de um grupo de IndlvZ d u o s."119 C o n f o r m e a n o t a B E N D I X, W e b e r c o n s i d e r a v a a p e n a s t r ê s p r i n c í p i o s d e l e g i t i m a ç ã o c a d a u m d eles r e l a c i o n a d o c o m o t i p o c o r r e s p o n d e n t e de " a p a r e l h o " q u e t e m s i d o u s a d o s p a r a j u s t i f i c a r o p o d e r do c o m ando; "][ A dominação legal existe quando um sistema de regras, que ê aplicado judicial e administrativamente de acordo com prlnczplos verlfilcavels, e valido para todos os membros do grupo asso ciado. 2[ A dominação tradicional basela-se na crença na legitimidade de uma autoridade que "sempre e xistiu", As pessoas que exercem o poder de comando são g e r a lmente senhores que gozam de 118. B E N D I X, R e i n h a r d., op, cit,, p. 233, 119. Ibidem, p. 235.

111 101 txu.ton.tda.dq. pe.6;òoal <m vin.tude. de. &zu àtatuò hzndad o. Saa.ó' ox.de.n6: &)oto ZzgZtin\a& no -iéntido de quzz&tàco dz acondo com Q co&tumz, ma* zzz& po-iauzm tam òêttj a. pnznno gativa da. Zivn.z deci&ao pz&&oaz, dz mo^ do quz a con^onmidadz com 0 coòtumz z a. anbitnaniz dade pzb&oaz &Ro ambaa can.actznz&tica& dz taz c o mando. 31 Vominação canjii,xm.ti.ca. A autoridade pz&i>oaz tambzm pode tzn como fiontz 0 pn.opn.io opoòto da tn.adiq.aa-. 0 poden. de comando pode òznt exzncido pon um ZZdzn. - 4eja zzz um pnofazta, um hznõi ou um demagogo que. compnove poòòuin can.iòma em vintudz de p o d e m * mãgicoò n.evzzaçõza, henozòmo,ou outnoò don6 extn.a n.dinãnio ò ". Com relação a.esta última forma, BENDIZ destaca o seguinte: "0 homem que po&t>ui um aaniòma autentico exence domina ção dicionaz pon. Azn. extn.ao-n.dina.nio". Outro tema que nos parece importantes ser ma-i z&t>z poden. de comando difaznz da dominação ZegaZ e tna- abordado aqui, e que por certo poderá facilitar a compreensão dos objetivos deste trabalho, ê o que se refere à Hegemonia. acerca da aludida categoria: Vejamos, inicialmente, o que entende BELLIGNI 120. I'bidem, p BELLIGNI, Silvano. Hegemonia. In; B0BBI0, Norberto et alii, o p. cit., p. S79.

112 1Q2 n0 conceito de Hegemonia não, pçrtanto, um conceito jurzd^co, de direito pfiklico ou de direito internacional; implica antes uma relação intere&_ tatal de pot&ncia, que prescinde"de uma clara r e gulamentação jurzdica. Segundo e&te critério, p o der-se-ia definir a Hegemonia como uma. forma poder de fato que, no continuum influencia - n i o, ocupa uma posição intermediária ora para uma ora para outra pólo". de domz oácilando 0 e n t e n d i m e n t o de B E L L I G N I, ao que p a r e c e, dã i d ê i a do e n t r e l a ç a m e n t o e x i s t e n t e e n t r e E s t a d o s s o b e r a n o s e m que ê p o s s í v e l n o t a r a p r e p o n d e r â n c i a, a i n f l u ê n c i a de u m s obre o u t r o. C o m tal d e f i n i ç ã o, B E L L I G N I t a m b e m a d m i t e a p o s s i b i l i d a d e de d o m í n i o de u m E s t a d o s obre outro, e m b o r a n ã o e s c l a r e ç a a d i s t i n ç ã o que p o s s a e x i s t i r e n t r e e s s a n o ç ã o e a de h e g e - monia. V e j a m o s agora, a t í t u l o de c o n t r i b u i ç ã o, o p e n s a - m e n t o m a r x i s t a a c e r c a da c a t e g o r i a h e g e m o n i a. / T a l v e z a c o n t r i b u i ç ã o m a i s i m p o r t a n t e s e j a a de A N T O N I O G R A M S C I, que d e s e n v o l v e u u m a s erie de e s t u d o s e n v o l v e n do c o n c e i t o s s o b r e d o m i n a ç ã o i d e o l ó g i c a, s e n s o c o m u m, s o c i e d á d e civil, s o c i e d a d e p o l í t i c a, b l o c o h i s t ó r i c o, s u p e r e s t r u t u r a e e s t r u t u r a, h e g e m o n i a e n t r e outros G R A M S C I a s s i m e x poe a sua i d e i a s o b r e h e g e m o n i a : 122. B E L L I G N I, S j l v a n o. H e g e m o n i a. In: BOBBIO, N o r b e r t o et alii, o p. c i t., p G R A M S C I, A n t ô n i o. A p u d GRUPPI', L u c i a n o. 0 c o n c e i t o de h e g e m o n i a e m G r a m s c i. 2. ed., Rio de Janeiro, Graal, p.71.

113 103 "À supremacia de um grupo social se manifesta de dois modos, como dominação e como direção intelec tual e m o r a l, Um grupo social e dominante dos grupos adversãrios que tende a liqu i d a r ou a s u b meter inclusive com a força armada, e e dirigente dos grupos afins, e aliados." CAMBARERI;, a n a l i s a n d o o c o n c e i t o g r a m s c i s t a d e h e g e m o n i a a firma: " L.,I A novidade da concepção gramsciana de hege monia e distinguir os dois modos pelos quais ela se manifesta: um, pelo domznio; outro, pela dire ção intelectual e moral. Um grupo social básico domina quando liquida ou submete o grupo adversaria; e dirige quando &e põe ã frente dos grupos afins ou aliados. ^24 E x a m i n e m o s agora, a i n d a d e n t r o d e s t e i t e m r e l a t i v o a e m b a s a m e n t o t e ó rico, a c a t e g o r i a i d e o l o g i a, q u e n o s p o d e r á s e r ü t i l c o m o e l e m e n t o de i n t e r p r e t a ç ã o p a r a a e l a b o r a ç ã o d o t ó p i c o s e g u i n t e, c o n c e r n e n t e à a n á l i s e crítica. T o m e m o s, i n i c i a l m e n t e, as a c e p ç õ e s de i d e o l o g i a r e g i s t r a d a s p o r M E L O q u e são as s e g u i n t e s : "}. Todo sistema abstrato de ideias relacionado ou não ã realidade. 2. Sistema doutrinário adotado por um grupo em 124. C A M B A R E R I, a p u d M O C H C O V I T C H, L u n a G oiano. G r a m s c i e a e s c o l a. S ã o Paulo, Ãtica, 1988, p,21.

114 104 função de seus interesses, 3\ Conjunto de doutrinas, esposadas por lideres de um sistema político, com as quais pretendem justificar sua autoridade. Quanto a i deologia dos lideres e adotada por parte signifi cativa da sociedade ocorre a chamada ideologia dominante ou oficial, a qual favorece «- 2 c legitimiçao dos atos governamentais.1 a P a r e c e - n o s q u e os s e n t i d o s c o n s t a n t e s dos n ú m e r o s 2 e 3, t ê m c o n o t a ç ã o p o l í t i c a e e x p r e s s a m a r e l a ç ã o dos d e t e n t o res d o p o d e r c o m o g r u p o s o c i a l r e c e p t o r d a i n f l u ê n c i a i d e o l ó gica. C o n t u d o, ê i m p o r t a n t e frisar, n ã o ser n o s s o o b j e t i v o ã a n á l i s e dos c o n c e i t o s o u d e f i n i ç õ e s e x p o s t o s, m a s a p e n a s nos s e r v e m de p o n t o de r e f e r ê n c i a p a r a a b u s c a d o e n t e n d i m e n t o e i n t e r p r e t a ç ã o dos f a t o s q u e s e r ã o a n a l i s a d o s n o i t e m se g u i n t e d e s t e t r a b a l h o, C O E L H O, ao f a l a r da i d e o l o g i a e sua r e l a ç ã o a s o c i e d a d e e m s u a obra, e s t a b e l e c e i n i c i a l m e n t e u m a v i s ã o g r u p o s s o c i a i s c l a s s i f i c a n d o - o s e m " m i c r o " ( pequenos grupos) c o m d os e m a c r o s s o c i e d a d e (a g r a n d e s o c i e d a d e ) f o r m a d a p e l o s g r u p o s m e n o r e s. A q u e s t ã o da i d e o l o g i a, é v i s t a p e l o a u t o r c i t a d o c o m o u m a r e p r e s e n t a ç ã o i n t e l e c t u a l d a r e a l i d a d e (sociedade) q u e n o i n d i v í d u o, se p r o c e s s a m e d i a n t e a idêia, e n q u a n t o q u e n a s o c i e d a d e a s s u m e a f e i ç ã o de " i d e o l o g i a ". A s s i m, c o n c e i t u a l m e n t e, a f i r m a : 125- M E L O, O s v a l d o F e r r e i r a de., op, cit., p. 61.

115 "IdzoZogZa z aâàzm a rzprz&zntação quz uma òoczz- dadz faz dz óz mzama z do mundo quz a znvozvz, zm dado momznto hzàtõrzco. 105 A ZdzoZogZa z Zns zparãvzz da hzstorza, quz z, por a&òzm dzzzr, o mzzo ondz ocorrz a ZdzoZogZa; zxzòtz poz& uma rzzação dz Z m a n zncza zntrz a Zdzo Z o g Z a z uma a o czzdadz con&zdzrada, no momznto kzs_ i 'yf\ tôrzco dztzrmznado." Ê i m p o r t a n t e ainda, q u a n t o ao tema, a s e g u i n t e o b s e r v a ç ã o d e s t e a u t o r q u a n d o d i z : "A rzprz-& zntação ZdzoZÕgZca não z z&tãtzca, zza atua, não por óz, zm vzrtudz dz uma força Z m a n z n tz, maó pzza ação do& ZndZvZduoó, ZòoZado6 ou gru pazmzntz; ou òzja, zza z manzpuzada, z poóòo a- dzantar quz o maz não zòtã na ZdzoZogZa zm óz, quaz z Znzrzntz ã òoczzdadz, ma& no ózntzdo manzpuzação da ZdzoZogZa, quz ocorrz por mzzo e d u c a ç ã o, do d i r e i t o a da da e da i n d ú s t r i a c u l t u r a l, os quazò podzm aa&zm &zr dzfznzdoò como Z n ó t r u mzntoíi dz manzpuzaçao ZdzoZogZca." P o r s u a vez, E S C O B A R, a o a n a l i s a r o a s s u n t o a f i r ma: "A ZdzoZogZa z um òzòtzma dz rzprzòzntação quz poóóuz -òua ZÕgZca, z quz a z aprz&znta atravza dz Zmagzná, m Z t o s, ZdzZa-ó ou noçõz-ò, cumprzndo funçozó na óoczzdadz. Na ZdzoZogZa a função prãtzco- òoczaz óz Aobrzpõz ã função tzo r Z c a ou função dz 126* COELHO, Luís Fernando, Introdução ã critica do d i r e i t o.2. e d., Curitiba, Livros HDV, p Ibidem, p. 33,

116 106 co nkecimento. 12 & Acrescenta ainda o autor o seguinte: "Nada. Aepara o reaz e 0 ideozdgico, poia..todo reaz ê, no nzvez de. psia.t-lc.aa, repreaentação ideozd_ gica conce.kne.nte. aoa papízia e Ra czaaaea numa ao- ciedade. A ideologia não í um abaurdo oy uma contingência. EZa e. uma manifeata.ção eaa enciaz ãa prã 129. ticaa AociaA1. Outro autar que discorreu sobre ideologia e M A R CONDES FILHO, Para ele, a ideologia consiste em: "IdeoZogia, portanto, e um conjunto de idêiaa, procedimentoa, de vazorea, de normaa, de toa, de concepçoea rezigioaaa, fizoaõficaa, ZectuaiA, que poaaui uma certa ZÕgica, uma de penaamen inte- certa coerência interna e que orienta 0 Aujeito para determinadaa aq.de-ò, de uma forma partidária e rea.pon -» 130 AaveZ. Merece citação, também, o entendimento sobre o a s sunto da sociologa CHAUf para que a "ideozogia ê um conjunto Zogico, AiAtemãtico e coerente de repreaentaçoea íidêiaa, vazorea, etc.). e de normaa ou regraa ide condutal que indicam e 128. ESCOBAR, Xarlos -Henrique. Ciência da.histeria e ideologia.- Rio de Janeiro, G r a a l, p Ibidem, p Q. MARCONDES FILHO, Ciro. 0 que todo cidadão precisa saber sobre ideologia. Sao Paulo, Global, 1985; "p. 28.

117 107 pres crevem aos membros da socledado. o que devem pensar e como de.ve.rn pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir, o que devem fiazer e como devem fia z e *. " 131 S e r i a a i n d a o p o r t u n o v e r i f i c a r m o s o e n t e n d i m e n t o de SfopPINO s o b r e a m a t é r i a, p a r a q u e m a i d e o l o g i a, d a d a a g e n e n e r a l i d a d e do s e u uso, a p r e s e n t a d o i s s i g n i f i c a d o s a saber: o " s i g n i f i c a d o f r a c o " e o " s i g n i f i c a d o forte". A ssim, "Mo seu slgnlfilcado firaco, Ideologia designa o ge_ nus, ou a specles diversamente defilnlda, dos sistemas de crenças polztlca: um conjunto de Ideias e de valores respeitantes ã ordem pública e t e n do como fiunção orientar os comportamentos polztl cos coletivos. 0 slgnlfilcado fiorte tem origem no conceito de Ideologia de Marx, entendido como fiai sa consciência das relações de domznlo entre as classes, e se dlfierencla claramente do primeiro porque,mantem, no proprlo centro, diversamente mo_ dlfilcada, corrigida ou alterada pelos vãrlos auto_ r es, a noção da fialsldade: a ideologia e uma cren ça fialsa. Ho slgnlfilcado firaco, Ideologia e um conceito neutro, que prescinde do carãter eventual e mlstlfilcante das crenças polztlcas. No seu slgnlfilcado fiorte, Ideologia e um conceito negativo que denota precisamente o carãter mlstlfilcan te de fialsa consciência de uma crença polztl CHAUÍ, M a r i l e n a. O q u e é Ideologia. 8. e d., S ã o P a u l o, B r a s i l i e n s e, 1982, p S T O P P I N O, Mario. Ideologia. In: BOBBIO, Norberto et alii.op. cit. p. 585.

118 108 C o m b a s e nas n o ç õ e s a n t e s a l i n h a d a s e, f a c e os o b j e t i v o s d e s t e t r a b a l h o, e s t a r e m o s, q u a n t o ã ' e d u c ação', a d o t a n d o as c o n c e p ç õ e s dos P r o f e s s o r e s M E L O e P ASOLD, c o n f o r m e o c o n t e x t o d o p e r í o d o e n q u e e s t i v e r s e n d o u t i l i z a d a. N o q u e c o n c e r n e a c a t e g o r i a 'dominação', a c o n t r i b u i ç ã o de W E B E R é a q u e m a i s r e t r a t a a i d é i a q u e p r e t e n d e d a r o a u t o r d e s t e t r a b a l h o. J â n o q u e d i z r e s p e i t o â c a t e g o r i a ' p o l í t i c a 1,tan to a c o n c e p ç ã o d e D E U T S C H c o m o a de MELO', ou- a i n d a a de B O B B I O, s e r v e m a o p r o p õ s i t o da i d é i a c e n t r a l q u e p r o c u r a r a e x p l i c i t a r o a u t o r d e s t e trabalho. Q u a n t o â ' h e g e m o n i a ', p a r a os fins d e s t e t r a b a lho, u t i l i z a r e m o s o e n t e n d i m e n t o d e G R A MSCI, e, no q u e t a n g e à ' i d e o l o g i a ', as c o n c e p ç õ e s de M E LO, a t r a v é s de seu t e r c e i r o sic[ n i f i c a d o, c o m o a d e M A R I L E N A C H A U l, o u ainda, a d e S T O P P I N O, no s e u s e n t i d o n e g a t i v o, p o d e r ã o s e r u t i l i z a d a s c o n f o r m e a i d é i a q u e d a r e m o s a o e n f o c a r d e t e r m i n a d o a s s u n t o ou tema.

119 O PERÍODO PE : ANÁLISE CRÍTrCA. E s t e ê o m o m e n t o p r i n c i p a l d e n o s s o t r a b a l h o. Ê n e l e q u e p r o c u r a r e m o s, a t r a v é s d e u m a a n a l i s e d e t i d a, a l c a n ç a r os o b j e t i v o s d e l i n e a d o s p o r o c a s i ã o da r e a l i z a ç ã o da a b o r d a g e m i n t r o d u t ó r i a. D e i nício, d e v e ser r e s s a l t a d o q u e a s d u a s g r a n d e s r e f o r m a s n o s e t o r e d u c a c i o n a l d e n t r o do p e r í o d o e m exame, f o r a m f e i t a s a t r a v é s d e D E C R E T O S, eis q u e V a r g a s, l o g o após a s u a a s s u n ç ã o e, p e l o D e c r e t o n 9 1 9, de 1 1 / 1 1 / 3 0, d e c r e t a r a a d i s s o l u ç ã o d a s A s s e m b l é i a s L e g i s l a t i v a s E s t a d u a i s (Art. 2?), e y p r i n c i p a l m e n t e, do C o n g r e s s o N a c i o n a l. D e s s a forma, n ã o o b s t a n t e o o b j e t i v o d o g o v e r n o p r o v i s ó r i o, p e l o s e u l l d e r m ã x i m o d e p r o m o v e r s u b s t a n c i a l r e f o r m a n o s e t o r e d u c a c i o n a l no país, tal i n t e n t o, t o d a v i a, jã n a s c i a d e f e i t u o s o e m sua o r i g e m e c o m r e s q u í c i o s d e i n c o n f u n d í v e l a u t o r i t a r i s m o, A p r i m e i r a das g r a n d e s r e f o r m a s, de a u t o r i a do Mi n i s t r o F r a n c i s c o C a m p o s q u e lhe e m p r e s t o u s e u n o m e,c o n t i n h a seis (06) D e c r e t o s, dos quais, q u a t r o (04) s e g u n d o n o s s a p e s q u i s a, p u d e r a m s e r l o c a l i z a d o s, 0 p r i m e i r o, p o r o r d e m c r o n o l ó g i c a, ê o D e c r e t o n d e 11/04/1931* q u e c r i o u o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ção. S e g u n d o d i s p o s t o n o art. 29 do D e c r e t o e m exame, o ó r g ã o d e s t i n a v a - s e a " c o l a b o r a r c o m o m i n i s t r o nos a l t o s p r o p ó s i t o s de e l e v a r o n í v e l d a c u l t u r a b r a s i l e i r a ". * E n c o n t r a - s e n o anexo.

120 1 1 0 Ora, p e l o q ue se vê, o o b j e t i v o e r a a c u l t u r a e não, p r o p r i a m e n t e, a e d u c a ç ã o c o m o u m todo. 0 B r a s i l no i n í c i o da d é c a d a d e 30 r e s s è n t i a - s e d e g r a n d e c o n t i n g e n t e d e a n a l f a b e t o s e a p r i o r i d a d e d o g o v e r n o p a r a o m o m e n t o, ao n o s s o ver, d e v e r i a s e r o e s t a b e l e c i m e n t o d i r e t r i z e s p a r a a e l a b o r a ç ã o de u m p l a n o a n í v e l n a c i o n a l de p a r a o s e t o r e d u c a c i o n a l. T a n t o que, p o r o c a s i ã o d a IV C o n f e r ê n c i a N a c i o n a l de E d u c a ç ã o, r e a l i z a d a em d e z e m b r o de 1931, V a r g a s, p e s s o a l m e n te, p e d i r a a o s e d u c a d o r e s p r e s e n t e s e l e m e n t o s p a r a a e l a b o r a ç ã o de u m p l a n o p a r a a á r e a e d u c a c i o n a l. E m b o r a já se n o t a s s e m ã época, i m p o r t a n t e s m a n i f e s t a ç õ e s n o s e t o r l i t e r á r i o, p a r e c e - n o s q u e a e d u c a ç ã o b á s i c a n u m a f a s e de i n t e n s a e v o l u ç ã o s o c i a l, d e v e r i a m e r e c e r a m a i o r a- t e n ç ã o p o s s í v e l. P o r o u t r o lado, a d i s p o s i ç ã o d o a r t i g o e n f o c a d o, r e f e r e - s e a "altos p r o p õ s i t o s " s e m i n d i v i d u a r o u e s c l a r e c e r q u e c o n s i s t i a m os m e s m o s, se os d o g o v e r n o, os de u m a c l a s s e e m à t e s t a d o g o v e r n o, de u m s e g m e n t o d a s o c i e d a d e o u d a n a c ~ o e n bs p e c i a l, Os p r o p ó s i t o s d a n a ç ã o p o r e s t a r e m a c i m a de q u a i s q u e r o u t r o s, s ã o os q u e d e v e r i a m e s t a r c o n t e m p l a d o s e s p e c i f i c a m e n t e n o t e x t o legal. A d e m a i s, p e l a l e i t u r a a t e n t a do d i s p o s i t i v o, p a r e c e - n o s e s t a r o g o v e r n o c r i a n d o o u e s t a b e l e c e n d o u m a d u a l i d a d e na e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a da é p o c a ao r e f e r i r - s e ao " v a l o r i n t e l e c - t u a l " e â " e d u c a ç ã o p r o f i s s i o n a l a p u r a d a ", o u seja, u m a e d u c a ç ã o s u p e r i o r p a r a a c l a s s e d i t a d o m i n a n t e e o u t r a p a r a a c l a s s e

121 m e n o s f a v o r e c i d a, J â o artg. 39, e s t a b e l e c e o m o d o de c o n s t i t u i ç ã o d o C o n s e l h o, q u a l seja, p o r c o n s e l h e i r o s e s c o l h i d o s p e l o P r e s i d e n t e d a R e p u b l i c a "entre n o m e s e m i n e n t e s d o m a g i s t é r i o e f e t i v o o u e n t r e p e r s o n a l i d a d e s d e r e c o n h e c i d a c a p a c i d a d e e e x p e r i ê n c i a e m a s s u n t o s p e d a g ó g i c o s ". Os c r i t é r i o s q u e n o r t e i a m a e s c o l h a c o m o se o b s e r v a m s ão d e a b s o l u t o c a r á t e r s u b j e t i v o, e f i c a m ao a r b í t r i o e x c l u s i v o d o P r e s i d e n t e a r e s p e c t i v a f o r m a ç ã o dos nomes. A c o n j u n ç ã o a l t e r n a t i v a 'ou', pa.rece-nos, d e i x a m a r g e m de d u v i d a s s o bre a l e g i t i m i d a d e do m e c a n i s m o d e e s c o l h a q u e a s s u m e ao n o s s o v e r n í t i d a c o l o r a ç ã o p o l í t i c a. T a l i l a ç ã o ê c o n f i r m a d a se o b s e r v a r m o s o i t e m V do p a r á g r a f o p r i m e i r o d e s t e a r t i g o, q u e d i s p o e o s e g u i n t e : "(/- T fizò mzmb/ioó Z6coZkidos Zivsizmzntz zntfiz pza òonazzdadzà dz alto òabzn. z fizconhzcá.da capa c-idadz zm a&&unpto& dz zdu.caq.ao z dz znòl Ora, ao n o s s o ver, n ã o r e s t a d ú v i d a o c a r á t e r d a i n f l u ê n c i a p o l í t i c a na e s c o l h a d o s c h a m a d o s " c o n s e l h e i r o s 1. A a l í n e a "f" do art, 59 d o c i t a d o D e c r e t o c o n t é m d i s p o s i ç ã o d e s t a c a d a, c u j a t r a n s c r i ç ã o é i m p o r t a n t e : flkmak a& ditizctfvlzzò gzfiazò do znòino ptizma K l o, òzcunda/izo, tzchnlco z iupzr-lor, atten- t z n d o, acima dz tudo, o& intznzòt>z& da civl- C o n f o r m e o o r i g i n a l d o D e c r e t o. ( V e r anexos)

122 r* * llzaçao <i da cultura do paiz," 112 T a l d i s p o s i ç ã o e s t ã e n t r e as a t r i b u i ç õ e s d o C o n s e l h o N a c i o n a l, E m p r i m e i r o lugar, c o m o se d a r t a m a n h a c o m p e t ê n c i a a u m p e q u e n o g r u p o de p e s s o a s (nove a penas) p a r a t r a t a r de a s s u n t o de c o n s i d e r á v e l i m p o r t â n c i a, c o m o a do e d u c a ç ã o, j u s t a m e n t e n u m a é p o c a d e i n t e n s a m o v i m e n t a ç ã o de i d é i a s a c e r c a d e s s e setor? P o r o u t r o lado, o p a r á g r a f o ú n i c o d o a r t i g o 6? d i s p u n h a q u e o C o n s e l h o d e v i a se r e u n i r q u a t r o (04) v e z e s ao ano. Daí, p o r ôbvio, e m e r g e o u t r a i n d a g a ç ã o. C o mo, se f a z e r a l g u m a c o i s a r e a l m e n t e p e l a e d u c a ç ã o q u a n d o t e m o s u m p e q u e n o g r u p o de p e s s o a s, e s c o l h i d a s s e g u n do c r i t é r i o s p e s s o a i s q u e se r e ú n e m t ã o - s o m e n t e q u a t r o v e z e s a n u a l m e n t e? S e m e n t r a r m o s no m é r i t o d o q u e p o s s a t e r s i d o fei^ to p e l o c i t a d o C o n s e l h o, p o s t e r i o r m e n t e, jã que não ê nenhum dos n o s s o s o b j e t i v o s, c r e m o s q u e o c o m e ç o n ã o foi dos m e l h o r e s. C o m r e l a ç ã o ao D e c r e t o n de 1 1 / 0 4 / 3 1 * * q u e i n s t i t u i u o s i s t e m a u n i v e r s i t á r i o no p a ís, t r a ç a n d o - l h e a e s t r u t u r a o r g a n i z a c i o n a l, d o i s a s p e c t o s m e r e c e m d e s t a q u e : o primei^ ro, diz r e s p e i t o â a u s ê n c i a de e f e t i v a a u t o n o m i a a d m i n i s t r a t i v a p o r p a r t e d a e n t i d a d e u n i v e r s i t á r i a, n ã o o b s t a n t e a d i s p o s i ç ã o do art, 9? do D e c r e t o de lhe o u t o r g a r tal c o n d i ç ã o. T a l d i s p o s i ç ã o, ao n o s s o ver, c o n f l i t a c o m o e s t a * C o n f o r m e o o r i g i n a l do Decreto, ** E n c o n t r a - s e n o anexo.

123 113 t u í d o n o art. 79 q u e d e t e r m i n a, p o r e x e m p l o, e m c a s o de modifi. c a ç ã o dos e s t a t u t o s, a n e c e s s i d a d e da o i t i w d o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o. Do m e s m o m o do, o p a r á g r a f o ü n i c o d o a r t i g o 99 já c i t a d o, d e t e r m i n a q u e s e j a o u v i d o o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o e m q u a i s q u e r " m o d i f i c a ç o e s q u e i n t e r e s s e m f u n d a m e n t a l m e n t e â o r g a n i z a ç ã o a d m i n i s t r a t i v a o u d i d a c t i c a dos i n s t i t u t o s u n i v e r s i t á r i o s ". De i g u a l sorte, os i n t e g r a n t e s do C o n s e l h o T ê c n i - c o - A d m i n i s t r a t i v o, õ r g ã o d e l i b e r a t i v o, e r a m e s c o l h i d o s p e l o M i n i s t r o da E d u c a ç ã o, o q u e e v i d e n c i a d a o c a r á t e r c e n t r a l i z a d o r. 0 o u t r o a s p e c t o a ser d e s t a c a d o, diz r e s p e i t o ao c o n t i d o na p a r t e f i n a l do p a r á g r a f o p r i m e i r o do art. 42, c u j o t e o r ê o s e g u i n t e : "S ou a p/io/isiogaçao de tdêzas e psitnczptoó que òalvagua/tdem os altos tntesiesseó nacíonaea."133 A d i s p o s i ç ã o acima, r e f e r e - s e ao c o n t e ú d o de "cur sos e c o n f e r ê n c i a s " q u e s e r i a m o b j e t o da e x t e n s ã o u n i v e r s i t á r i a a s e r d e s e n v o l v i d a p e l a e n t i d a d e s u p e r i o r. Tal p r e c e i t o tem, i n d i s f a r ç a v e l m e n t e, n í t i d o s e n t i d o p o l í t i c o - i d e o l ó g i c o e fere, p o r o u t r o lado, a p r e t e n s a a u t o n o m i a d i d á t i c a do r e g i m e e n t ã o criado, N o m e s m o d i a d o D e c r e t o a n t e s e x a m i n a d o, o g o v e r n o fez e x p e d i r o D e c r e t o n9 19,852,* p e l o q u a l r e o r g a n i z o u a Uni 133. C o n f o r m e o o r i q i n a l do D e c r e t o, * E n c o n t r a - s e nos anexos.

124 114 v e r s i d a d e do Rio de J a n e i r o, o c a s i ã o e m q u e lhe- f o r a m i n c o r p o r a d o s v á r i o s c u r s o s aos. fcrês jâ- e x i s t e n t e s. 0 D e c r e t o, e m b o r a i m p o r t a n t e n c o n t e x t o da êpo - ca, j á r q u e t r a t o u de m a t é r i a s r e l a t i v a s â o r g a n i z a ç ã o e d u c a c i o n a l a n í v e l s u p e r i o r, não o f e r e c e, t o d avia, m a i o r i m p o r t â n c i a p a ra os fins de a n á l i s e do p r e s e n t e t rabalho. 0 D e c r e t o s eguinte, o de n de 18 de a b ril * de 1931, i n t e g r a n t e d a r e f o r m a F r a n c i s c o C a m p o s, foi o que d i s p ô s s o bre a " o r g a n i z a ç ã o do e n s i n o s e c u n d á r i o ". 134 C o n f o r m e a n o t a R O M A N E L L I ja n a e x p o s i ç ã o de m o t i v o s que j u s t i f i c a v a o a l u d i d o D e c r e t o, C a m p o s d e c l a r a r a : A finalidade zxçlusiva do ensino s çlcundãrio.não kci de ser a ma.trzc.ula nos cursos superiores; o sea fim, pelo contrario, deve ser a formação do homem para todos os grandes setor&s da atividade, nacional". S e g u n d o o texto legal -(art. 2 9), o c u r s o s e c u n d á rio c o m p r e e n d e r i a d o i s c u r s o s s e r i a d o s a saber: o f u n d a m e n t a l e o c o m p l e m e n t a r. 0 p r i m e i r o t e r i a a d u r a ç a o de c i n c o (05) anos, ao p a s s o que o s e g u n d o, de dois (02) anos. 0 c u r s o f u n d a m e n t a l c o m p u n h a - s e das s e g u i n t e s m a t é r i a s, d i s p o s t a s e m o r d e m s e r i a d a c o m o segue: nj? serie: português - francês - HistSria da civi 134. R O M A N E L L I, O t a x z a de O l i v e i r a., op. cit. p * V e r anexos.

125 115 11zação ~ Gzographia ^ Mathzmatlca Sclznclas physlcas z naturzas - Vzsznko - Musica (canto orphzonlco s zráz: PoA.tugu.ezr* franczz - Jnglz z - Historia da civilização - GzogA.aph.sLa - Mathzmatlca * Sclznclas physlcas z naturazs - Vz&znho - Musica [canto orphzonlco). 4- szriz: Portuguzz - franczz - Inglzz - Latim - A emão Cfacultativo I - Historia da cl vlllzação - Gzographia - Mathzmatlca - Physlca - Chimica - Historia natural - Vzsznko. 135 s e g u i n t e s m a t é r i a s ; P o r sua vez, o c u r s o c o m p l e m e n t a r c o m p u n h a - s e das "Allzmão ou Inglzz, Latim, Littzratura, 3- szrlzt Portuguzz - franczz - Znglzz -Hist o r i a da ci.vi.ljização - Gzographia - Mathzmatlca physlca -- Chimica - Historia na tural - Vzsznho - Musica ( can-to orphz onlcol. Gzographya, Gzophysica z Cosmographya, Historia da Clvl IIzação, Mathzmatlca, Physlca, Chimica, Historia natural, Biologia gzral, Hyglznz, Psycologia loglca, S o c iologia, Noçõzs dz Economia z Estatls- 136 tica, Historia da Phylosophya z Vzsznho. z E s t e c u r s o t i n h a c a r á t e r p r o p e d ê u t i c o, u m a s u b d i v i s ã o e m g r a u s q u e p r e p a r a v a o c a n d i d a t o aos c o n t e n d o c u r s o s C o n f o r m e t e x t o o r i g i n a l d o D e c r e t o Ibidem,

126 116 s u p e r i o r e s d e D i r e i t o, C i ê n c i a s M e d i c a s e E n g e n h a r i a. N o q u e c o n c e r n e â r e f o r m a o r a e m estudo, a l g u n s d o s g e u s p o n t o s p o d e m s e r c o n s i d e r a d o s p o s i t i v o s, a o p a s s o q u e o u t r o s, t ê m n í t i d a f e i ç ã o n e g a t i v a. O u a n t o aos p r i m e i r o s, d e v e ser a p l a u d i d a a c i r c u n s t â n c i a de t e r d a d o o r g a n i c i d a d e ao e n s i n o s e c u n d á r i o p e l a e l a b o r a ç ã o s i s t e m á t i c a dos c i c l o s c o m os seus r e s p e c t i v o s currí^ c u l o s, m é t o d o s de a v a l i a ç ã o, e m b o r a e x t r e m a m e n t e r i g o s o s o, s i s t e m a d e i n s p e ç ã o, e q u i p a r a ç ã o d e c o l é g i o s o f i c i a i s ao C o l é g i o P e d r o II, c o n s i d e r a d o p a d r ã o â é p o c a, m e d i a n t e p r é v i a i n s p e ç ã o f e d e r a l, e a t r a v é s de r e q u e r i m e n t o d o e s t a b e l e c i m e n t o i n t e r e s - s a o ao M i n i s t é r i o e n t r e o utros. V a l e r e s s a l t a r, e n t r e t a n t o, q u e tais a s p e c t o s p o s i t i v o s d e v e m s e r c o n s i d e r a d o s, se l e v a r m o s e m c o n t a os c e n t r o s m a i s a d i a n t a d o s do p a í s â é p o c a da a l u d i d a r e f o r m a. N o q u e t a n g e aos a s p e c t o s n e g a t i v o s, ê i m p o r t a n te d e s t a c a r, i n i c i a l m e n t e, a e x t e m p o r a n e i d a d e de n o r m a s l e g a i s t ã o a v a n ç a d a s p a r a a q u e l e tempo, f a c e a o e s t á g i o a i n d a e m b r i o n á rio d o d e s e n v o l v i m e n t o s o c i a l d o país. C o m isso q u e r e m o s d i z e r, q u e tal r e f o r m a e l a b o r a da s e g u n d o p a r â m e t r o s d a õ t i c a g o v e r n a m e n t a l n a p e s s o a d o M i n i s t r o F r a n c i s c o Campos, a j u s t a v a - s e, t ã o - s o m e n t e, às c o n d i ç õ e s e c o n ô m i c a s de u m a d e t e r m i n a d a c l a s s e p r i v i l e g i a d a, o u seja, a e l i t e q u e se e n c o n t r a v a no poder. P o r o u t r o lado, a e s t r u t u r a r í g i d a do s i s t e m a im p l a n t a d o c o m c o n t r o l e s o b r e m é t o d o s, p r o g r a m a s d e d i s c i p l i n a s, c e n t r a l i z a ç ã o de d e c i s õ e s, são f a t o r e s q u e v i r i a m d e t e r m i n a r uma c o n t e n ç ã o n a d e m a n d a s o c i a l d a e d u c a ç ã o n a q u e l e p e r í o d o, e, con

127 117 s e q ü e n t e m e n t e, u m a b a i x a p r o d u t i v i d a d e n o s e t o r s e c u n d á r i o, Ref e r i n d o - s e a o s i s t e m a s e c u n d á r i o a d o t a d o na época, d i s s e R O M A NELLI: ** -ímpoaàzvzl ZmagZnctA z&ò z il&tzma funcionando com o mzsmo gh.au dz zficizncia no Lntzuion do Ama _ 137 zonaò z na capital dz Sao Paulo, poh. zxzmplo." N o q u e s e r e f e r e ao a s p e c t o s o c i a l, a r e f o r m a, co- 138 m o a s s i n a l a R O M A N E L L I, t e v e " c a r á t e r e l i t i s t a ", t e n d o e m v i ta que a p o p u l a ç ã o u r b a n a da é p o c a n ã o e r a t o t a l m e n t e b e n e f i c i a da p e l a e d u c a ç ã o p r i m á r i a sequer. D o u t r o modo, o c a r á t e r p r o p e d ê u t i c o d o c u r s o c o m p l e m e n t a r i s t o ê, de p r e p a r a ç ã o a o c u r s o s u p e r i o r, ê m a i s u m i n d í c i o s e g u r o d o p e r f i l e l i t i z a n t e d o s i s t e m a s e c u n d á r i o a- p l i c a d o. N o a s p e c t o p o l í t i c o - i d e o l ó g i c o, p a r e c e - n o s p o s s í v e l a d m i t i r a i d é i a de q u e a r e f o r m a i m p l a n t a d a, v i s a v a, p r i n o i p a l m e n t e, a f o r m a ç ã o de f u t u r o s i n t e g r a n t e s dos q u a d r o s d i r i g e n tes d a n a ç ã o q u e e n t ã o c o m e ç a v a d e s p o n t a r, m o r m e n t e n o s e t o r i n d u s t r i a l. T a l c i r c u n s t â n c i a, c o m o v e r e m o s m a i s tarde, s e r i a f a c i l m e n t e n o t a d a e a c e n t u a d a m e n t e c o l o c a d a e m p r á t i c a a p a r t i r d a i m p l a n t a ç ã o d o E s t a d o N o v o, c o m a o f i c i a l i z a ç ã o d o a u t o r i t a r i s m o d o g o v e r n o d o P r e s i d e n t e V a r g a s e suas i d é i a s d e e x a c e r b a 137* R O M A N E L L I, O t a í z a de O l i v e i r a., op. cit, p. 138, 138. Ibidem, p, 136.

128 118 d o n a c i o n a l i s m o. N a v e r d a d e, ë i m p o r t a n t e r e s s a l t a r que, d i t a r e forma, tal c o m o foi i m p l e m e n t a d a, a p r e s e n t a n í t i d o r e t o r n o â v e l h a e s t r u t u r a c o n c e b i d a na p r i m e i r a r e p u b l i c a o u r e p ú b l i c a v e lha, s e g u n d o a q u a l o e n s i n o c o m o i n s t r u m e n t o da e d u c a ç ã o e s t a v a e s t r u t u r a d o d e f o r m a dual e, de c e r t o m o d o, r e f l e t i a a i n d a o t i p o d e e d u c a ç ã o a r i s t o c r á t i c a, C o m r e l a ç ã o â r e f o r m a e m e x a m e, v a l e o b s e r v a r as c o n s i d e r a ç õ e s de ROMANELLI, q u a n d o a f i r m a : "Por ãztlmo, o grande problema, que não foi resol vido pela reforma, foi o da flexibilidade entre o ensino s ecundaælo e os demais ramos de ensino m e di o. Aliás, a reforma da educação Zevada a cabo por Francis co Campos criou um verdadeiro ponto de estrangulamento no ensino medlo, para todo o sls- tema e d u c a d o nal. Os cuasos profissionais [a r e forma sõ cuidou do ensino comerclazl não tinham nenhuma articulação com o ensino secundário e não davam acesso ao ensino superior. SÕ o ensino s e cundário possibilitava esse acesso. Aqui tazvez esteja uma das fortes razões que orientaram a d e manda soclaz de educação em direção ao ensino aca * 1^9 demlco, desprezando o ensino profissional." O u t r o D e c r e t o q u e c o m p u n h a a c h a m a d a 'r e f o r m a Fran c i s c o C a m p o s ' é o de n? 2 0, 1 5 S * d e 3 0 / 0 6 / 3 1, q u e d i s p u n h a s o b r e a o r g a n i z a ç ã o do e n s i n o c o m e r c i a l, r e g u l a m e n t a v a a p r o f i s s ã o de c o n t a d o r, d a n d o a i n d a o u t r a s p r o v i d ê n c i a s Ibidem, p Ibidem. * E m anexo. 140 C o n f o r m e R O M A N E L L I, o e n s i n o c o m e r c i a l e s t a v a

129 119 e s t r u t u r a d o d a s e g u i n t e forma, "a[ Cursos me.dios: JÇ ciclo - curso prope.d utico, de. 3 anos; curso auxiliar, do, comercio, de. '2 anos ; 2Ç ciclo - cursos técnicos de. secretário, 1 ano; guarda-livro*, de 2 anos; atuãrio, de. 3 anos; perito contador, de. 3 a n o s. de. b[ Curso Superior de Finanças, de. 3 anos." A e x e m p l o da r e f o r m a a n t e r i o r, a d o e n s i n o c o m e r c i a i a p r e s e n t a v a a l g u n s a s p e c t o s p o s i t i v o s c o m o os d a " a u t o n o m i a d o u t r i n á r i a c o n c e d i d a ao p r o f e s s o r, a p e s a r d a f i s c a l i z a ç ã o e s t a b e l e c i d a p e l a S u p e r i n t e n d ê n c i a do E n s i n o C o m e r c i a l " e o r e l a t i v o ao p r e e n c h i m e n t o p o r " p r o f i s s i o n a i s q u a l i f i c a d o s, s e g u n - ~ 14 d o a l e g i s l a ç a o " dos c a r g o s e f u n ç õ e s d as e s c o l a s c o m e r c i a i s. C o m o a a n t e r i o r, a p r e s e n t a v a i n ú m e r o s a s p e c t o s ne g a t i v o s n a s u a e s t r u t u r a e f u n c i o n a m e n t o, já q u e p a r a exemplif-i 142 car, c o n f o r m e r e s s a l t a R O M A N E L L I :. S o m e n t e os c u r s o s de a t u a rio e p e r i t o c o n t a d o r d a v a m a c e s s o ao c u r s o s u p e r i o r de f i n a n ças". S e g u n d o a a n á l i s e da P r o f e s s o r a, o referido D e c r e t o e s t a b e l e c i a e x c e s s i v a c e n t r a l i z a ç ã o no q u e diz r e s p e i t o â d e t e r m i n a ç ã o de p r o g r a m a d e "forma m i n u c i o s a ", t o r n a n d o " r í g i d a e 141. íbidem, p. 140, 142. íbidem, p, 139,

130 120 inelástica a estrutura do e n s i n o. " ^ ^ R e a l ç a a i n d a R O M A N E L L I, e m sua c r í t i c a a o c i t a d o D e c r e t o, o f a t o do m e s m o e x i g i r c o n h e c i m e n t o s de d i s c i p l i n a s c o m o o i d i o m a F r a n c ê s, q u e n ã o h a v i a s i d o m i n i s t r a d o n o p r i m á r i o, o que, s e g u n d o e l a " s i g n i f i c a v a q u e o e n s i n o c u r s o m é d i o p r o f i s s i o n a l n ã o t i n h a nenhuma a r t i c u l a ç ã o c o m o e n s i n o p r i m á rio. "144 L e v a n d o - s e e m c o n t a o a m b i e n t e s o c i a l d a época, d e i n t e n s a m o d i f i c a ç ã o e m t o d a sua e s t r u t u r a c o m o d e i n t e r e s s e s e n t r e as v á r i a s c l a s s e s já e x i s t e n t e s, e n t r e c h o q u e m o r m e n t e e m d e c o r r ê n c i a de f a t o r e s p o l í t i c o s, c o m o p o r e x e m p l o a c a m p a n h a p e l a r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o do país c o m sua o r i g e m n o E s t a d o de São Paulo, r e s t a e v i d e n c i a d a, p e l o m e n o s n a q u e l e m o m e n t o, a f a l t a de u m a d e f i n i ç ã o p a r a o s e t o r e d u c a c i o n a l c o m o a e x i s t ê n c i a de u m p l a n o n a c i o n a l de e d u c a ç ã o p a r a t o d o o p aís. P o r último, c o m o i n t e g r a n t e a i n d a d a r e f o r m a F r a n c i s c o Campos, t e mos o D e c r e t o n? de 0 4 / 0 4 / 3 2 * já m e n c i o n a do, que, s u b s t a n c i a l m e n t e, p r o c u r o u c o n s o l i d a r as d i s p o s i ç õ e s c o n s t a n t e s d o D e c r e t o n 9 1 9, a n t e s e x a m i n a d o. Por tratar-se de texto legal com feição complemen tar, não trouxe qualquer vantagem adicional â melhor implementa ção do ensino secundário então existente. Entretanto, não se pode desconsiderar alguma repercussão na órbita educacional, já que, como assinala ROMA- 145 NELLI, dito diploma "atenuou bastante o carácter rígido da 143. Ibidem, 140, p Ibidem, p. 140, 145. Ibidem, p. 138, * Em anexo.

131 121 i n s p e ç ã o e x p r e s s o p o r e s t e u l t i m o d e c r e t o, p r o p o n d o ura t i p o a t u a ç ã o m a i s p r õ x i m a d a m o d e r n a s u p e r v i s ã o do e n s i n o (ver de Cap. II, T i t. II, d o D e c r e t o )." A a l u s ã o ao "último d e c r e t o " f e i t a p e l a P r o f e s s o r a R O M A N E L L I, q u e r r e f e r i r - s e ao D e c r e t o n q u e i n s t i t u i u a r e f o r m a d o e n s i n o s e c u n d á r i o, no q u a l as n o r m a s r e l a t i v a s â i n s p e ç ã o e r a m e x t r e m a m e n t e r i g o r o s a s. V a l e l e m b r a r no m o m e n t o, q u e d i t o D e c r e t o n? foi e d i t a d o n u m m o m e n t o de i n t e n s o c l i m a e m o c i o n a l g e r a d o p e l o s a c i r r a d o s d e b a t e s q u e se s u c e d e r a m à e d i ç ã o d o M a n i f e ^ to dos P i o n e i r o s d a E d u c a ç ã o N o v a e m m a r ç o d o m e s m o ano. U m dos D e c r e t o s que n ã o i n t e g r a v a a r e f o r m a F r a n - * c i s c o C ampos, ê o de n? 1 9, de 3 0/04/31, q u e d i s p ô s s o b r e i n s t r u ç ã o r e l i g i o s a nos c u r s o s p r i m á r i o, s e c u n d á r i o e n ormal. a C o m r e l a ç ã o ao mesmo, ê o p o r t u n o n e s t e m o m e n t o de n o s s o t r a b a l h o, e f e t u a r b r e v e a n á l i s e s o b r e o c o n t e x t o s o c i a l d a é p o c a e as i m p l i c a ç õ e s de c a r á t e r p o l l t i c o - i d e o l õ g i c a s q u e a d v i n h a m do s u r g i m e n t o de tal d i p l o m a legal. A n t e s de q u a l q u e r o u t r a c o n s i d e r a ç ã o, d e v e m o - n o s l e m b r a r que, p e l o p a r á g r a f o 69 do art, 72 da C o n s t i t u i ç ã o de 1891, o e n s i n o t i n h a s i d o c o n s i d e r a d o l e i g o n o s e s t a b e l e c i m e n - t o s p ú b l i c o s d o país. A p a r t i r da d é c a d a de 20, a n t e a i m p l a n t a ç ã o de s u c e s s i v a s r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s nos d i v e r s o s E s t a d o s d a F e d e r a ç ã o a n t e r i o r m e n t e e, por o u t r o lado, c o m a a r t i c u l a ç ã o d e s e n v o l v i d a p e l o s e d u c a d o r e s do m o v i m e n t o de r e n o v a ç ã o d a e d u c a ç ã o q u e p r e t e n d i a m a p e r m a n ê n c i a d e tal p r i n c í p i o, a q u e s t ã o r e l i * Ver anexos..

132 g i o s a v e i o â t o n a c o m t o d a a i n t e n s i d a d e. Tal f a t o se d e v e, p r i n 122 c i p a l m e n t e se l e v a r m o s e m c o n t a a g r a n d e m u d a n ç a q u e se e s t a v a v e r i f i c a n d o n a v i d a n a c i o n a l, t a n t o no a s p e c t o e c o n ô m i c o c o m a s u b s t i t u i ç ã o d o m o d e l o a g r o e x p o r t a d o r p a r a o u r b a n o i n d u s t rial, c o m o n o a s p e c t o p o l í t i c o c o m a d e s a r t i c u l a ç ã o d a e s t r u t u r a o l i g ã r q u i c o - f u n d i ã r i a e n c a s t e l a d a nos d i f e r e n t e s s e t o r e s do g o v e r n o de então, c o m o ainda, n o a s p e c t o s o c i a l c o m o s u r g i m e n to e f o r m a ç ã o da c l a s s e m ê d i a u r b a n a e m ascenção. E m v e r d a d e, n a q u e l a época, duas c o r r e n t e s i d e o l ó gicas, p e r f e i t a m e n t e d i s t i n t a s, se f o r m a r a m e que, c o m o d i s s e mos, já e s t a v a m e m g e s t a ç ã o ; de u m lado, a p o s i ç ã o d o s i n t e g r a n tes do m o v i m e n t o r e n o v a d o r da e d u c a ç ã o que, e n t r e o u t r o s p o n tos p r i n c i p a i s, p r o p u g n a v a m p e l a p e r m a n ê n c i a d a l a i c i d a d e, a i n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o d a e s c o l a p ú b l i c a e a c o - e d u c a ç ã o o u a i- g u a l d a d e de d i r e i t o dos dois s e x o s ã e d u c a ç ã o. P o r s e u turno, a c o r r e n t e o posta, i n t e g r a d a na q u a s e t o t a l i d a d e p e l a a l a c a t ó l i c a, c o m b a t i a as i d é i a s dos r e n o v a d o r e s e r e i v i n d i c a v a a i n s t i t u i ç ã o do e n s i n o r e l i g i o s o, o que, e f e t i v a m e n t e, a c a b o u c o n h e c e n d o. A Igreja, d e s d e a é p o c a c o l o n i a l, q u a n t o â E d u c a ç ã o e a t r a v é s d a i n s t r u ç ã o e s c o l a r, p o r suas o r d e n s r e l i g i o s a s m o r m e n t e e dos j e s u í t a s, f o r a a p r i m e i r a e d u r a n t e l o n g o t e m p o a ú n i c a i n s t i t u i ç ã o e d u c a c i o n a l no Srasil. A m a n e i r a de c o m o t r a n s m i t i a os c o n h e c i m e n t o s, de g e r a ç ã o e m g e r a ç ã o, e r a no s e u m o d o d e ver, u m a f o r m a de l e g i t i m a ç ã o do p r e c e i t o de Cristo, s e g u n d o o qual, à I greja, f o r a d a d a a m i s s ã o de e n s i n a r. Daí, f u n d a m e n t a l m e n t e, u m dos p o n t o s p r i n c i p a i s

133 123 d e a t r i t o c o m os P i o n e i r o s, s e g u n d o o q u al, o c o n t r o l e d a I g r e ja s o b r e o p r o c e s s o e d u c a c i o n a l ê a m e a ç a d o p e l a r e i v i n d i c a ç ã o d a q u e l e s q u a n t o ã e s c o l a publica. P o r o u t r o lado, a r e i n t r o d u ç ã o do e n s i n o r e l i g i o so n a s e s c o l a s p u b l i c a s, ê c o n s e q ü ê n c i a da a ç ã o de l i d e r a n ç a s 146 c o m o a d o C a r d e a l D. Leme, A r c e b i s p o do R io d e J a n e i r o, Jac k s o n d e F i g u e i r e d o, H a m i l t o n N o g u e i r a, S o b r a l Pinto, J o n a t h a s Serrano e Alceu Amoroso Lxma, entre outros,!47 _. tendo este ultjl mo destacada atuação em favor dos católicos. E s t a a ç ã o que r e s u l t o u n u m m o v i m e n t o d e p r e s s ã o c a t ó l i c a i n f l u e n t e foi d i r i g i d a c o n t r a o g o v e r n o e m a l g u m a s o c a s i o e s e, p r i n c i p a l m e n t e, c o n t r a o M i n i s t r o F r a n c i s c o C a m p o s que, p o r sinal, e r a c a t ó l i c o, 0 D e c r e t o, s u r p r e e n d e n t e m e n t e s i m p l e s na sua r e d a ç ã o, f a c u l t a v a o e n s i n o r e l i g i o s o nos e s t a b e l e c i m e n t o s de i n s t r u ç ã o p r i m á r i a, s e c u n d á r i a e n o r m a l (art. 19), f i c a n d o deterirú n a d o p o r o u t r o lado, a e x i g ê n c i a de u m n ú m e r o m í n i m o d e v i n t e (20) a l u n o s p a r a a r e c e p ç ã o d o m e s n o nos " e s t a b e l e c i m e n t o s of_i c i a i s." D o u t r o modo, p e l o seu art. 11, o g o v e r n o p r o v i s ó r i o d e i x a v a e m a b e r t o a p o s s i b i l i d a d e de s u s p e n d e r t a l e n s i n o, 146. C U N H A, C ê l i o da. E d u c a ç ã o e a u t o r i t a r i s m o no E s t a d o N o vo. S ã o P a u l o, C ortez, A u t o r e s A s s o c i a d o s, p. 83, 147. LIMA, D a n i l o. E d u c a ç ã o e i d e o l o g i a ; u m a a n á l i s e s o c i o l ó - g i c a d a e l a b o r a ç ã o d a Lei de D i r e t r i z e s e B a s e s. R i o de J a n e i r o, F r a n c i s c o Alves, p C U R Y, C a r l o s Jamil. I d e o l o g i a e e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a, 2. ed., S ã o Paulo, C ortes, A u t o r e s A s s o c i a d o s, 1984, p. 107, 149. c o n f o r m e o r i g i n a l do D e c r e t o, (Ver a nexos)

134 d e s d e q u e a s s i m c o n v i e s s e m "os i n t e r e s s e s d a o r d e m p ú b l i c a 124 e a d i s c i p l i n a e s c o l a r, D o p o n t o de v i s t a legal, o d i p l o m a r e p r e s e n t a, a o n o s s o ver, u m a i n o p o r t u n a i n g e r ê n c i a g o v e r n a m e n t a l n o c a m p o edu c a c i o n a l d e n t r o d a s c i r c u n s t â n c i a s do a m b i e n t e h i s t ó r i c o v i v i d o e, p o r o u t r o lado, p o r n ão f a z e r p a r t e da r e f o r m a F r a n c i s c o C a m pos, jã e x a m i n a d a, r e p r e s e n t a r uma p e ç a a v u l s a p a r a a s a t i s f a ç ã o de d e t e r m i n a d o s e g m e n t o s o c i a l. A d e m a i s, ê o p o r t u n o r e s s a l t a r o c a r ã t e r i n c o n s t i t u c i o n a l do a l u d i d o D e c r e t o, jã q u e p e l a C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l de 1891 o e n s i n o p ú b l i c o era leigo. S o b a ó t i c a social, c o m a i n t r o d u ç ã o d o e n s i n o r e l i g i o s o, n e n h u m a v a n t a g e m a d i c i o n a l v e i o p r o p o r c i o n a r o g o v e r n o ã s o c i e d a d e p a u p é r r i m a da êpoca, c a r e n t e d e r e c u r s o s e c o n ó m i c o s e a n a l f a b e t i z a d a, H ã q u e se c o n s i d e r a r que, há m a i s de q u a r e n t a a nos, a s o c i e d a d e b r a s i l e i r a c o n v i v i a c o m a l a i c i d a d e d o e n s i n o e, agora, v i v e n d o e m f r a n c o p r o c e s s o d e t r a n s f o r m a ç ã o s ó c i o - e c o n ô m i c a n ã o e r a de se c r e d i t a r tal s i t u a ç ã o ao c o m p o n e n t e religoso. N o q u e diz r e s p e i t o ã v e r t e n t e p o l í t i c a, e n t e n d e m o s q u e o a t o r e i n t r o d u t ó r i o d o e n s i n o r e l i g i o s o n a v i d a e d u c a c i o n a l d a época, r e p r e s e n t a, ao n o s s o ver, u m a a ç ã o p r e m e d i t a d a e b e m e s t u d a d a d o g o v e r n o Vargas, no s e n t i d o de m a n t e r a I g r e ja, s e n ã o c o m o a l i a d a mas, p e l o menos, c o m o n ã o sua o p o n e n t e. D e v e s e r r e s s a l t a d o c o m o l e m b r a n ç a, q u e à ê p o c a, 150. C o n f o r m e o r i g i n a l d o D e c r e t o. ( V e r a nexos)

135 125 o g o v e r n o d e V a r g a s a n d a v a âs voltas, ainda, c o m a c r i s e no s e t o r c a f e e i r o Cqueima de e s t o q u e s d e cafê). e, p o r o u t r o l a do, jã s e n t i a os e f e i t o s d a c a m p a n h a p r o m o v i d a n o E s t a d o de S ã o P a u l o p e l a r e c o n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o d o pais. N e s s a s c i r c u n s t â n c i a s, n ã o era p o l i t i c a m e n t e r e c o m e n d ã v e l ao g o v e r n o m a n t e r q u a l q u e r a t r i t o c o m a I greja, d o t a d a d e n o t á v e l i n f l u ê n c i a j u n t o âs c a m a d a s p o p u l a r e s, r e s u l t a d o d a í a e d i ç ã o d o D e c r e t o e m a preço, a g r a d a n d o e m p a r t e a i n s t i t u i ç ã o r e l i g i o s a e d e s a g r a d a n d o os P i o n e i r o s p o r o u t r o lado. A p o l ê m i c a t o m o u v u l t o t e n d o p o r b ase, p r i n c i p a l m e n t e, a q u e s t ã o r e l i g i o s a r e a v i v a d a c o m a e d i ç ã o d o D e c r e t o jã r e f e r i d o, s e g u i n d o - s e v i o l e n t o s a t a q u e s e i n f l a m a d o s d i s c u r sos d e a m b a s as p a r t e s que a t i n g i r a m o s e u p o n t o c u l m i n a n t e c o m a p u b l i c a ç ã o do M a n i f e s t o dos P i o n e i r o s da E d u c a ç ã o N o v a q u e v e i o a p u b l i c o e m m a r ç o de N o q u e c o n c e r n e aos p r i n c í p i o s b á s i c o s c o n s t a n tes do M a n i f e s t o,.nós já os e x p u s e m o s e m l i n h a s g e r a i s p o r o c a s i ã o d a e l a b o r a ç ã o do i t e m 1 do c a p í t u l o II d e s t e t r a b a l h o. Do l a d o d a Igreja, c o n v ê m l e m brar, seus l í d e r e s r e p r e s e n t a t i v o s - c o m b a t i a m c o m o jã d i s s e m o s a e s c o l a p u b l i c a, e i s q u e e n t e n d i a m, e m p r i m e i r o lugar, a ela s e m p r e c o u b e a m i s s ã o de e n s i n a r e que, p o r t a n t o, a i n o v a ç ã o v i r i a a a c a r r e t a r o m o n o p ó l i o e s t a t a l d a E d u c a ç ã o. C o n f o r m e a c e n t u a R O M A N E L L I, "0 pza.-i.go A.zpAz&zntado pula z&cola pública z ga.a R O M A N E L L I, O t a í z a d e O l i v e i r a., op. cit, p. 144.

136 tuita con&iòtia não apenas no risco de esvaziamen to daà escolas privadas, mas consistia sobretu" do no risco de extensão de educação escolarizada a todas as camadas, com evidente ameaça pana os privilégios ate então assegurados ãs elites. Insurgindo-se contra as reivindicações do movimento renovador, a Igreja Católica tomou o partido da velha ordem, e, com isso, da educação tradicio_ n a l." 126 A l a i c i d a d e, outro, dos p o n t o s c o m b a t i d o s p e l o s c a t ó l i c o s a q u e jã nos r e f e r i m o s, d e c o r r e de a s p e c t o s l i g a d o s à t r a d i ç ã o e a u m a p r e t e n d i d a l e g i t i m a ç ã o s e c u l a r da i n s t i t u i ç ã o r e l i g i o s a, E, ainda, um outro ponto da ideologia católica seria o combate ãs idéias da co-educação tão defendidas pelos Pioneiros. Os p o n t o s p r i n c i p a i s jã e n f o c a d o s e q u e f o r a m o b j e t o de a c i r r a d o s d e b a t e s e n t r e as d u a s c o r r e n t e s i d e o l ó g i c a s jã m e n c i o n a d a s, iriam, p o s t e r i o r m e n t e, s e r r e t o m a d o s p o r o c a s i ã o dos t r a b a l h o s da. Assembléia N a c i o n a l C o n s t i t u i n t e q u e se i n s t a l o u n o a n o de E f e t i v a m e n t e, no d ia 08 de n o v e m b r o d e oi i n s t a l a d a a A s s e m b l é i a N a c i o n a l C o n s t i t u i n t e p e l o C h e f e de G o v e r n o P r o v i s ó r i o q u e leu na o p o r t u n i d a d e, l o n g a m e n s a g e m e m q u e e v i d e n c i o u a m a n g n i t u d e do p r o b l e m a e d u c a c i o n a l, p e d i n d o aos c o n s t i t u i n t e s a q u i l o q u e d e n o m i n o u de " s o l u ç ã o c o m p l e t a e d e f i n i 152. C U R Y, C a r l o s R. J a m i l., op, c i t., p, 112, 153. Ibidem.

137 127 E m v e r d a d e, ê i m p o r t a n t e q u e se diga, a t é a q u e l a d ata, n e n h u m o u t r o g o v e r n o d e r a m a i o r significado e d u c a ç ã o como o p r e s i d i d o p o r V a r g a s, e is q u e jã d e m o n s t r a r a s ua i n t e n ç ã o a n t e r i o r m e n t e c o m a R e f o r m a F r a n c i s c o Campos. A C o n s t i t u i ç ã o de 1934, c o m o jã f r i s a m o s a n t e r i o r m e n t e, r e p r e s e n t o u e x t r a o r d i n á r i o a v a n ç o no s e n t i d o d a moderni. z a ç ã o e d e m o c r a t i z a ç ã o da e d u c a ç ã o. A p r i m e i r a d i s p o s i ç ã o r e l a t i v a ao s e t o r e d u c a c i o nal, v e i o i n s e r i d a n o art. 59, i n c i s o XIV, q u e e s t a v a a s s i m dis posta: "Ant. 5Ç - Compzte. pnivativamznte, a União: XIV tnaçan. cu> dimtnize.6 da cducação nacional." T e m o s aí a p r i m e i r a r e g r a de c a r á t e r i m p e r a t i v o, e s t a t u i n d o a c o m p e t ê n c i a g e n é r i c a do g o v e r n o f e d e r a l p a r a o e s t a b e l e c i m e n t o das c o o r d e n a d a s, das l i n h a s m e s t r a s, d a s p r e m i s sas, e n f i m, dos p r i n c í p i o s b á s i c o s q u e i r i a m c o m p o r o "plano" a q u e se r e f e r i u m a i s a d i a n t e o s e u art. 150, a l í n e a "a". E o f a t o m a i s i m p o r t a n t e a i n d a n e s s a d i s p o s i ç ã o ê o r e l a t i v o ao s e u a l c a n c e, o u seja, a e f i c á c i a d o q u e f o s s e e s t a b e l e c i d o p a r a t o d o o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l. O q u e se e x t r a i d e s s a d i s p o s i ç ã o c o n s t i t u c i o n a l, p a r e c e - n o s, é a m a n i f e s t a ç ã o d a v o n t a d e p o l í t i c a d o E s t a d o de a v o c a r p a r a si a t i t u l a r i d a d e n o q u e c o n c e r n e aos d e l i n e a m e n - t os b á s i c o s r e l a t i v o s à e d u c a ç ã o e q u e s e r v i r i a m d e p a r â m e t r o s p a r a a i m p l e m e n t a ç ã o da p o l í t i c a no setor. J á no c a p í t u l o II, d e d i c a d o i n t e i r a m e n t e â e d u c a

138 ção, v a m o s e n c o n t r a r a n o r m a i n s e r i d a n o art. 148 d e c a r á t e r p r o g r a m á t i c o, c o n t e n d o u m a a t r i b u i ç ã o âs p e s s o a s d e d i r e i t o p ú 128 b l i c o i n t e r n o n o s e n t i d o de, d e n t r o d a s á r e a s d e s u a s r e s p e c t i v a s c o m p e t ê n c i a s, i n c e n t i v a r o d e s e n v o l v i m e n t o d a s " c i ê n cias", das " a r t e s " das "letras e d a c u l t u r a g e r a l " b e m c o m o a p r o t e ç ã o aos " o b j e t o s de i n t e r e s s e h i s t ó r i c o e ao " p a t r i m ô n i o a r t í s t i c o d o p a í s ", a l e m de o r i e n t a r p a r a a p r e s t a ç ã o de "assis t ê n c i a ao t r a b a l h a d o r i n t e l e c t u a l ". O P a r l a m e n t o de 1934, t e v e i n e q u í v o c a s e n s i b i l i d a de p a r a c o m p r e e n d e r o m o m e n t o h i s t ó r i c o q u e e s t a v a s e n d o v i v e n - c i a d o q u a n d o a c i ê n c i a, a c u l t u r a e as a r t e s e m g e r a l d e v e r i a m t e r p r i o r i d a d e a b s o l u t a p a r a q u a l q u e r n a ç ã o q u e p r e t e n d e s s e d e s e n v o l v e r - s e s o c i a l, p o l í t i c a e e c o n o m i c a m e n t e. E s s e c a r á t e r p r i o r i t á r i o, já a s s i n a l a d o p e l o s P i o n e i r o s no M a n i f e s t o, t a m b é m e r a s e n t i d o p e l o g o v e r n o d e s d e q u a n d o e m p r e e n d e r a sua p r i m e i r a g r a n d e r e f o r m a Ca d e Campos) em 1931, c u j a f u n c i o n a l i d a d e e o b j e t i v o s, t o d a v i a, n ã o f o r a m a l c a n ç a d o s. U m a s p e c t o, e n t r e t a n t o, c h a m a a a t e n ç ã o :r e f e r i m o - n o s â p a r t e f i n a l do d i s p o s i t i v o q u e faz a l u s ã o ao " t r a b a l h a d o r i n t e l e c t u a l ". Parece-nos não ter restado suficientemente claro tal dispositivo. Ora, n u m a p r i m e i r a a c e p ç ã o de t r a b a l h a d o r i n t e l e c tual, p o d e m o s n o s r e f e r i r â c l a s s e d o s " d o c e n t e s " q u e e s t ã o vin c u l a d o s a u m e s t a t u t o e s p e c í f i c o, c o m n o r m a s p r ó p r i a s, c o m d i r e i t o a s a l á r i o e d e s e n v o l v e n d o u m a a t i v i d a d e e m i n e n t e m e n t e i n t e l e c t u a l, D o u t r o modo, n u m s e g u n d a a c e p ç ã o, p o d e r - s e - i a c o

139 g i t a r d a f i g u r a do p r o f i s s i o n a l e m c u r s o s d e f o r m a ç a o e s p e c í f i cos c o m o n a á r e a do e n s i n o c o m e r c i a l, já e x i s t e n t e n o país. 129 Ou, ainda, n u m a a c e p ç ã o lata, p o d e - s e a d m i t i r h i p ó t e s e d o c o n s t i t u i n t e de 34 t e r a i n t e n ç ã o de se r e f e r i r a a ao e s t u d a n t e - t r a b a l h a d o r d e s e n v o l v e n d o a l g u m t i p o d e a t i v i d a d e e c o nômica. E m suma, a d i s p o s i ç ã o c o n s t i t u c i o n a l p o d e t e r t i do a i n t e n ç ã o de r e f e r i r - s e aos a r t i s t a s no seu s e n t i d o m a i s a m p i o q u e, c o m s u a s p r o d u ç õ e s, p r o m o v a m o d e s e n v o l v i m e n t o d a s a r tes no país. (pintor, e s c u l t o r, t e a t r õ l o g o, etc.) E n t r e t a n t o, a i n d a q u a n t o a e s t e d i s p o s i t i v o c o n s t i t u c i o n a l, p a r e c e - n o s ter f i c a d o a o d e s a b r i g o de tal t o d o a q u e l e c i d a d ã o que, d e s e n v o l v e n d o a l g u m t i p o d e p r e c e i t o a t i v i d a d e e c o n ô m i c a, n ã o f o s s e i n t e l e c t u a l i z a d o. P o r sua vez, o art, 149 d a C o n s t i t u i ç ã o e m exame, ao i n s t i t u i r a e d u c a ç ã o c o m o " d i r e i t o de t o d o s " e s t a v a, e m v e r dade, c o n s a g r a n d o n o r m a de a l t o a l c a n c e d e m o c r á t i c o e, t a m b é m, d e r e l e v a n t e v a l o r social. C a b e d e início, r e s s a l t a r o c a r á t e r p o s i t i v i s t a d a e x p r e s s ã o " d i r e i t o ", q u e p o r c e r t o p r e t e n d e u r e f e r i r - s e àqui_ lo q u e f i c o u d i s p o s t o p o r n o r m a l e g a l o r d i n a r i a m e n t e e l a b o r a d a. E n t r e t a n t o, o m a i s i m p o r t a n t e ê q u e t e n h a o legijs l a d o r d a C o n s t i t u i ç ã o d e 34 e n t e n d i d o q u e a e d u c a ç ã o p o r d e v e r c o n s t i t u i r - s e e m u m 'direito' e l a b o r a d o p o r n o r m a e s t a t a l ê, a n t e s de tudo, u m d i r e i t o q u e c o n c e r n e ã p r ó p r i a n a t u r e z a h u m a na e que, p o r c o n s e g u i n t e, d e v e ser r e c o n h e c i d o p e l o E s t a d o. A e x p r e s s ã o 'todos' c o n s t a n t e do t e x t o c o n s t i t u cional, ê, p a r e c e - n o s, n o r m a g a r a n t i d o r a de i n t e n ç ã o d o c o n s t i -

140 130 t u i n t e d e e s t e n d e r a, t odas as p e s s o a s de q u a i s q u e r raças, c r e dos, r e l i g i ã o o u n a c i o n a l i d a d e, d e n t r o d o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l o b e n e f í c i o d e c o r r e n t e de tal d i r e i t o n e l e c o n s a g r a d o. 0 a s p e c t o social d e t a l d i s p o s i ç ã o é m a r c a n t e. P o r o u t r o lado, o e n c a r g o d e s s e d i r e i t o ê a t r i b u í do c o n j u n t a m e n t e â f a m í l i a e aos p o d e r e s c o n s t i t u í d o s n a s três e s f e r a s p o l í t i c a s CUnião, E s t a d o s e M u n i c í p i o s ). A f a m ília, por certo, ê r e s e r v a d a a p a r t e i n f o r m a l da e d u c a ç ã o, d e s e n v o l v i d a e a p e r f e i ç o a d a n o a m b i e n t e do lar, e, t a m b é m, e m s i n t o n i a c o m a m i n i s t r a d a n a e scola. Aos p o d e r e s p ú b l i c o s, e s t ã r e s e r v a d a a i n c u m b ê n c i a de, n o â m b i t o escolar, l e v a r a c a b o a t a r e f a d a e d u c a ç ã o a t r a v é s d o e n s i n o p r o p r i a m e n t e dito. Daí se infere que, s e g u n d o o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l, p a s s a a e d u c a ç ã o a c o n s t i t u i r uma f u n ç ã o p ú b l i c a, n a m e d i d a e m q u e o p r õ p r i o E s t a d o r e c o n h e c e tal d i r e i t o e se d i s p õ e o u se o- b r i g a a g a r a n t í - l o. A e x p r e s s a p r e o c u p a ç ã o d a A s s e m b l é i a TJacional C o n s t i t u i n t e c o m a educação, i n s e r i d a n o s e u d i p l o m a f u n d a m e n - tal, v i r i a a a u m e n t a r a r e s p o n s a b i l i d a d e p o l í t i c a e s o c i a l d a queles q u e i n t e g r a r i a m o g o v e r n o c o n s t i t u c i o n a l r e c é m e l e i t o, ten d o à t e s t a o P r e s i d e n t e G e t ü l i o V a r g a s. A i n d a d e n t r o d a d i s p o s i ç ã o a b r a n g e n t e d o d i s p o s i t i v o e m e x a m e são e s t a h e l e c i d o s de f o r m a g e n é r i c a os fins da e d u c a ç ã o, c o m o s e n d o a q u e l e s q u e v e n h a m a p r o p i c i a r o d e s e n v o l v i m e n t o de u m p a d r ã o de v i d a ê t i c o - s o c i a l, d e e s t a b i l i d a d e e c o n ô m i c a e v i r t u d e s tais c o m o a " s o l i d a r i e d a d e h u m a n a ".

141 P o r o u t r o lado, a t r a v é s d e s e u art, 150, l e t r a "a" a C o n s t i t u i ç ã o d e 34 e s t a b e l e c e u a c o m p e t ê n c i a d a ü n i ã o p a ra " f i x a r o p l a n o n a c i o n a l d e e d u c a ç ã o, c o m p r e e n d i d o do d e t o d o s os g r a u s e ramos, comuns e e s p e c i a l i z a d o s " e, e n s i n o ainda, " c o o r d e n a r e f i s c a l i z a r a sua e x e c u ç ã o, e m t o d o o t e r r i t ó r i o do p a í s." Ora, d e s t a forma, o l e g i s l a d o r c o n s t i t u i n t e ao c o l o c a r e n t r e as a t r i b u i ç õ e s do E s t a d o as d e " t r a ç a r as d i r e t r i z e s da e d u c a ç ã o n a c i o n a l ", e c o m e s t a s e d i f i c a r o " p l a n o n a c i o n a l " p a r a t o d o o t e r r i t ó r i o b r a s i l e i r o, e s t a v a c i e n t e e c o n - c e n c i d o d e que, t a m a n h a tarefa, sõ p o d i a se c o n c r e t i z a r m e d i a n te a a ç ã o d e u m a e s t r u t u r a p o l í t i c a o r g a n i z a d a c a p a z de a t i n g i r os fins p r o p o s t o s, A i d é i a da e l a b o r a ç ã o d e u m " p l a n o n a c i o n a l " e x t r e m a m e n t e feliz, j â que, e m t o d a a h i s t ó r i a do p a í s, t i v é r a m o s i n s t r u m e n t o s e m e l h a n t e q u e e s t i v e s s e e s t r u t u r a d o foi n u n c a nas suas d i v e r s a s e t a p a s e nas suas d i f e r e n t e s e s p é c i e s. O q u e t i v e m o s e m v e r d a d e, sõ p a r a r e l e m b r a r,f o r a m r e f o r m a s p a r c i a i s de â m b i t o e s t a d u a l n o d e c o r r e r d a d é c a d a de 20 que, na m a i o r p a r t e dos casos, n ã o a l c a n ç a r a m os, o b j e t i v o s d e s e j a d o s. 0 " p l a n o n a c i o n a l " e x p l i c i t a a i d é i a d e o r g a n i c i - d a d e do e n s i n o, d e s i s t e m a t i z a ç ã o dos m é t o d o s a s e r e m e m p r e g a dos e d as m e t a s a s e r e m p e r s e g u i d a s. E n f i m, r e p r e s e n t a o " p l a n o " u m a o p ç ã o p o l í t i c a da A s s e m b l é i a N a c i o n a l C o n s t i t u i n t e p a r a a e d u c a ç ã o e a c o m p r e e n s ã o d a i m p o r t â n c i a d e s t a p a r a o b e m - e s t a r d e t o d a a s o c i e d a d e. Conforme o texto constitucional, o 'plano' a ser

142 132 c o n c r e t i z a d o, e s t a b e l e c i a n o r m a s r e l a t i v a s ao " e n s i n o p r i m á r i o i n t e g r a l " e à " f r e q u ê n c i a o b r i g a t ó r i a ", o que d e m o n s t r a a p r e o c u p a ç ã o do l e g i s l a d o r c o m o e n s i n o b á s i c o q u e ê o a l i c e r c e de t o d o o e d i f í c i o e s c o l a r, A " g r a t u i d a d e " a s s e g u r a d a c o n s t i t u c i o n a l m e n t e, p r e t e n d i a p o s s i b i l i t a r o a c e s s o a m i l h a r e s de c r i a n ç a s e m i d a d e es c o l a r s e m e s c o l a, a t i n g i n d o u m a g r a n d e f a i x a d a p o p u l a ç ã o d a é p o c a s o c i a l e e c o n o m i c a m e n t e. N o q u e t a n g e â ' g r a t u i d a d e 1, p r e v ê a i n d a a p o s s i b i l i d a d e d e sua e x t e n s ã o ao g r a u p o s t e r i o r ao p r i m á r i o (. s e c u n d a rio e / o u s u p e r i o r ), f a c u l t a n d o c o m i s s o u m a p r o v á v e l n o s e t o r e d u c a c i o n a l e, c o n s e q ü e n t e m e n t e, u m í n d i c e d e d e m a n d a e v a s ã o r a z o a v e l m e n t e menor. U m o u t r o p o n t o p o s i t i v o q u e c o n s t a r i a d o a s er e l a b o r a d o, ê o r e l a t i v o â " l i b e r d a d e de e n s i n o e m 'plano' t o d o s o s g r a u s e r a m o s " (alínea "c" do p a r á g r a f o ú n i c o d o art. 150). C o m tal d i s p o s i ç ã o, t r a n s p a r e c e e v i d e n t e, p e l o me n o s t e o r i c a m e n t e, a i d é i a d e d e m o c r a t i z a ç ã o d a e d u c a ç ã o c o m o f u n d a m e n t o de u m r e g i m e q ue p r o c u r a a s s e g u r a r a t o d o s, e m i g u a l d a d e de c o n d i ç õ e s,s e u s r e s p e c t i v o s d i r e i t o s. A d e s c e n t r a l i z a ç ã o a d m i n i s t r a t i v a, c o n t e m p l a d a no art. 151 do t e x t o c o n s t i t u c i o n a l, d á aos E s t a d o s c e r t a a u t o n o - m i a e m m a t é r i a e d u c a c i o n a l, p r o p i c i a n d o - l h e c o n d i ç õ e s d e e s t a b e l e c e r s e u s p r ó p r i o s p l a n o s a n í v e l local, o b s e r v a d a s t o d a v i a, as d i r e t r i z e s f i x a d a s p e l o p o d e r c e n t r a l. Tal c i r c u n s t â n c i a ê i m p o r t a n t e na m e d i d a e m q u e c a d a E s t a d o, a t e n d e n d o as suas n e c e s s i d a d e s de d e m a n d a e s c o l a r, p o d e r á m a i s f a c i l m e n t e a t i n g i r os o b j e t i v o s f i x a d o s d e n t r o de

143 s e u s p r õ p r i o s p l a n o s, N o q u e d i z r e s p e i t o â e l a b o r a ç ã o d o 'plano n a c i o n a l de e d u c a ç ã o ', a C o n s t i t u i ç ã o i n c u m b i a tal t a r e f a ao C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o art. 152 que, d i g a - s e d e p a s s a g e m, f o r a c r i a d o p e l o D e c r e t o n de 1 1 / 0 4 / 3 1, o p r i m e i r o jã da R e f o r m a F r a n c i s c o C a m p o s, que, c o m p o s t o d e v á r i o s c o n s e l h e i r o s, t i n h a a f u n ç ã o d e õ r g ã o c o n s u l t i v o d o M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o. A g o r a, a l é m da f u n ç ã o d e a s s e s s o r a m e n t o ao G o v e r n o e m q u e s t õ e s e d u c a c i o n a i s, c u m p r i a - l h e, t a m b é m a m i s s ã o c o n s i s t e n t e n a a u t o r i a i n t e l e c t u a l do 'plano n a c i o n a l '. J á p a r a os E s t a d o s e o D i s t r i t o F e d e r a l, o p a r ã - g r a f o ú n i c o d o c i t a d o a r t i g o e s t a b e l e c i a a d e t e r m i n a ç ã o de c r i a ç ã o de " C o n s e l h o s d e E d u c a ç ã o ", c u jas f u n ç õ e s s e r i a m s i m i l a r e s às do C o n s e l h o N a c i o n a l d e E ducação, A q u e s t ã o r e l i g i o s a, c o n t e m p l a d a n o art. 153 do e s t a t u t o C o n s t i t u c i o n a l, a l v o de a c i r r a d o s d e b a t e s d e s d e o i n í c i o d a d é c a d a de 30, t o r n o u f a c u l t a t i v a a " f r e q ü ê n c i a " a o e n s i no d a r e l i g i ã o p o r p a r t e dos alunos e s e g u n d o os p r i n c í p i o s o- r i e n t a d o r e s de c a d a f a m ília, E s s a q u e s t ã o, c o n s t a n t e do c a p í t u l o d a e d u c a ç ã o n o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l, c o n s t i t u i a ú n i c a r e i v i n d i c a ç ã o atendi, d a do m o v i m e n t o d o s e d u c a d o r e s c a t ó l i c o s que, p o r s i n a l, jã h a v i a s i d o c o n t e m p l a d a p e l o D e c r e t o n? d e 3 0 / 0 4 / 3 1 e x p e d i d o p e l o G o v e r n o P r o v i s ó r i o, A m a n u t e n ç ã o do e n s i n o r e l i g i o s o d e n t r o d a e s t r u t u r a e d u c a c i o n a l, a g o r a sob a ê g i d e de m a n d a m e n t o c o n s t i t u c i o - nal, v e m r e f o r ç a r a tese, v i g o r a n t e ã época, da e n o r m e i n f l u ê n -

144 c i a d a I g r e j a s o b r e a s o c i e d a d e d e trai m o d o g e r a l e s o b r e o s e g m e n t o c a t õ l i c o d e u m m o d o p a r t i c u l a r. 134 O u t r o p o n t o q u e p o d e ser c o n s i d e r a d o i m p o r t a n t í s s i m o n o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l d e p a r a o s e t o r e d u c a c i o n a l, d i z r e s p e i t o à f i x a ç ã o de p e r c e n t u a i s (10% p a r a U n i ã o e M u n i c í p i o s e 20% p a r a E s t a d o s e D i s t r i t o Federal) s o b r e as r e c e i t a s d e i m p o s t o s p a r a a " m a n u t e n ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o d o s s i s t e m a s e d u c a t i v o s " p r e v i s t o no art, 156. Tal d i s p o s i ç ã o, p a r e c e - n o s s o c i a l m e n t e r e l e v a n - te, a l é m do s e u a s p e c t o m a n d a m e n t a l, eis q u e o b r i g a aos g o v e r n o s f e d eral, e s t a d u a l, m u n i c i p a l, a n e c e s s i d a d e d e r e s e r v a r e m r e c u r s o s f i n a n c e i r o s e m s e u s o r ç a m e n t o s n a r a o c u s t e i o dos r e s p e c t i v o s p l a n o s e d u c a c i o n a i s s o b p e n a de i n f r a ç ã o â o r d e m l e g a l. P o r o u t r o lado, c o m tais r e c u r s o s, é p o s s í v e l v i a b i l i z a r, na p r a t i c a, a e x e c u ç ã o d e tais p l a n o s e, c o n s e q ü e n t e m e n t e, o a l c a n c e de u m a m e l h o r i a n o p a d r ã o i n t e l e c t u a l d a s o c i e d a d e d a êpoca. C a b e a i n d a r e s s a l t a r n e s s e c a p í t u l o, a p r e v i s ã o c o n s t i t u c i o n a l p r e v i s t a no art. 157 que d i s p õ e s o b r a a f o r m a ç ã o d e " f u n d o s de e d u c a ç ã o " de v á r i a s o r i g e n s (sobras d e o r ç a m e n t á r i a s, d o a ç õ e s, t a x a s e s p e c i a i s ) q u e t e r i a m d o t a ç õ e s a p l i c a ç ã o e x l u s i v a p a r a "obras e d u c a t i v a s, d e t e r m i n a d a s e m lei" ( 1? do art. 157) e p a r a " a u x í l i o s a a l u n o s n e c e s s i t a d o s, m e d i a n t e f o r n e c i m e n t o g r a t u i t o d e m a t e r i a l e s c o l a r, b o l s a s de e s t u d o, a s s i s t ê n c i a a l i m e n t a r, d e n t á r i a e m é d i c a, e p a r a v i l e g i a t u r a s " ( 29 do art. 157). C o m tal d i s p o s i ç ã o, e m e r g e í n s i t a a p r e o c u p a ç ã o do

145 l e g i s l a d o r c o n s t i t u c i o n a l c o m a e d u c a ç ã o c o m o m e i o p a r a m e l h o r i a d a s c o n d i ç õ e s s o c i a i s e, p o r o u t r o lado, i n s t i t u i p a r a o E s t a d o o d e v e r de z elar e c o o r d e n a r t o d o o s i s t e m a e d u c a c i o n a l do país. Da e x p o s i ç ã o f e i t a a t é e s t e m o m e n t o, ê p o s s í v e l v e r i f i c a r - s e que, â e x c e ç ã o d a n o r m a r e l a t i v a ao e n s i n o r e l i g i o so (art. 153), q u a s e todos as d e m a i s d i s p o s i ç õ e s c o n s a g r a d a s n o t e x t o c o n s t i t u c i o n a l c o n s t i t u e m, e m v e r d a d e, as i d é i a s d e f e n d i d a s p e l o s e d u c a d o r e s e s c o l a n o v i s t a s. N ã o o b s t a n t e a d i m e n s ã o d a d a â e d u c a ç ã o p e l a C o n s t i t u i ç ã o d e 34, a l g u m a s i n d e f i n i ç õ e s e i n d a g a ç õ e s e m e r g e m s e u c o n t e ú d o como, por e x e mplo, o s e n t i d o da e x p r e s s ã o do " n u m e s p í r i t o b r a s i l e i r o ", i n s e r i d a no art Q u a l o a l c a n c e d e s sa e x p r e s s ã o? Q u a l a c o n exão, se e x i s t e n t e, e n t r e o s e n t i d o p r e t e n d i d o p e l o l e g i s l a d o r c o n s t i t u i n t e e a f i n a l i d a d e d a e d u c a ç ã o? Q u a l o s e n t i d o da " c o n s c i ê n c i a da s o l i d a r i e d a d e h u m a n a? P o r o u t r o lado, no que t a n g e ao 'Plano N a c i o n a l d e E d u c a ç ã o ', q u a i s os p r i n c í p i o s n o r t e a d o r e s q u e d e v e m ser s e g u i d o s p a r a a s u a fiel e x e c u ç ã o? Q u a l o t e m p o d e sua d u r a ç ã o? Q u a l o u q u a i s as p o s s i b i l i d a d e s de revisão d o P l a n o e e m q u a l p e r í o d o? Enfim, e ainda, q u a l o p a p e l d a e s c o l a p a r t i c u l a r e m r e l a ç ã o ao P l a n o N a c i o n a l d e E d u c a ç ã o? T e r i a c a r á t e r d e c o o p e r a ç ã o? E, também; q u a l a sua a u t o n o m i a? E s t a s são a l g u m a s i n d a g a ç õ e s e i n d e f i n i ç õ e s n ã o f o r a m r e s p o n d i d a s e r e s o l v i d a s a c o n t e n t o, m e s m o p o r q u e, q u e o P l a n o N a c i o n a l c o n c e b i d o p e l o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o t e v e v i d a e f ê m e r a c o m o t r a n s i t ó r i o, foi o p e r í o d o c o n s t i t u c i o n a l e m q u e e x i s t i u de fato, e m r a z ã o de uma s ê r i e d e a c o n t e c i m e n t o s

146 136 e n v o l v e n d o a A l i a n ç a N a c i o n a l L i b e r t a d o r a e a A ç ã o I n t e g r a l i s t a B r a s i l e i r a, q u e c o n t u r b a r a m a e s t a b i l i d a d e d o p a í s, e n s e j a n d o ao g o v e r n o d o P r e s i d e n t e V a r g a s a a d o ç ã o de m e d i d a s e x c e p c i o - n a i s p o r m u i t o tempo, É d e se r e g i s t r a r a i n d a que, na v e r d a d e, o N a c i o n a l d e E d u c a ç ã o s e q u e r f o r m a l m e n t e c h e g o u a e x i s t i r, P l a n o jã q u e q u a n d o e m d i s c u s s ã o na C â m a r a dos D e p u t a d o s foi r e j e i t a d o p e l a C o m i s s ã o ( m e d i a n t e p a r e c e r do D e p u t a d o R a u l B i t t e n c o u r t ), o c a s i ã o e m q u e s o b r e v e i o o g o l p e de 1937 c o m o f e c h a m e n t o 154 C o n g r e s s o N a c i o n a l e a d v e n t o do E s t a d o Novo. do C o m a i n s t a u r a ç ã o do c h a m a d o ' Estado N o vo' a p a r t i r do g o l p e de 10 de n o v e m b r o de 1937 e c o n s e q u e n t e o u t o r g a d a n o v a C o n s t i t u i ç ã o da m e s m a data, e m r e l a ç ã o à e d u c a ç ã o, f o r a m m a n t i d o s a l g u n s p r i n c í p i o s d a C a r t a a n t e r i o r e n q u a n t o q u e o u t r o s f o r a m i n t r o d u z i d o s s e g u n d o a õ t i c a e i n t e r e s s e g o v e r n a m e n t a i s. C o m r e l a ç ã o â e d u c a ç ã o, R O M A N E L L I a f i r m a q u e a N o v a C o n s t i t u i ç ã o "tratou-^a m u i t o r e s t r i t a m e n t e ". A n t e s d e a n a l i s a r m o s p r o p r i a m e n t e os p r e c e i t o s da ~ * «. ~ C o n s t i t u i ç ã o 'Polaca' r e l a t i v o s a e d u c a ç à o, c u m p r e r e l e m b r a r 154. S C H H A R T Z M A N, S i m o n e t alii. T e m p o s de C a p e n a m a. R i o de J a n e i r o, Paz e Terra, São P a u l o, Ed. U n i v e r s i d a d e d e São Paulo, p R O M A N E L L I, O t a í z a de O l i v e i r a., op. cit., p * N o t a d o autor: A e x p r e s s ã o 'Polaca' d a d a â C o n s t i t u i ç ã o de 37, d e v e - s e ao f a t o de ter s i d o a m e s m a i n s p i r a d a na C o n s t i t u i ç ã o a u t o r i t á r i a i m p o s t a aos p o l o n e s e s e m 1926 c o n f o r m e c o n s t a d a obra: D i c i o n á r i o B i o g r ã f i c o - H i s t ó r i - co, já citado, p,

147 137 que o a m b i e n t e p o l í t i c o da ê p o c a era a r t i f i c i a l m e n t e tenso, jã q u e o P r e s i d e n t e V a r g a s t i n h a m a n i f e s t o i n t e r e s s e e m n ã o d e i x a r o p o d e r c o m o t a m b é m e r a sua i n t e n ç ã o j u n t a m e n t e com os m e m b r o s de s e u g o v e r n o, i n s t a u r a r u m E s t a d o forte c o m a p r i o r i z a ç ã o do s e n t i m e n t o n a c i o n a l i s t a m a s de f o r m a e x a c e r b a d a. De início, cabe r e s s a l t a r que, ao c o n t r á r i o da C o n s t i t u i ç ã o de 34 que d e d i c o u 11 a r t i g o s de q u a l i d a d e ã e d u c a ção, a de 37 d e d i c o u a p e n a s sete a r t i g o s e a i n d a a s s i m de péssi^ m a q u a l i d a d e. A s s i m, ao p r o c l a m a r p e l o a r t i g o 128 que: "A ante., a ciência e o enóino òao Zívkcí, a iniciativa individuat c a de. aòòociaç.õe.6 ou pc&òoaa colctivaò pãbticaò e. pasiticulancó",a c a r ta :outorgada,.parece-nos, a p a r e n t e m e n t e, t e r i a e x á l u í d o o c a r á ter.o b r i g a t o r i o p o r p a r t e do E s t a d o de p r o m o v e r, como a g e n t e p r i n c i p a l, as c o n d i ç õ e s n e c e s s á r i a s â i m p l e m e n t a ç ã o da e s t r u t u r a e d u c a c i o n a l. E m v e r d a d e, tal c i r c u n s t â n c i a ê r e a l m e n t e a p a r e n te, p o is, como se v e r á o p o r t u n a m e n t e a c l a s s e d o m i n a n t e que e x e r c i a o poder, v a l e u - s e da e d u c a ç ã o em v á r i o s m o m e n t o s p a ra a t e n d e r e a l c a n ç a r seus p r o p ó s i t o s e o b j e t i v o s de c a r á t e r e- m i n e n t e m e n t e p o l í t i c o s. N u m a p r i m e i r a i n t e r p r e t a ç ã o, a C o n s t i t u i ç ã o o u t o r g a d a a t r i b u i âs e n t i d a d e s ou a s s o c i a ç õ e s de n a t u r e z a p r i v a d a c o m o t a m b é m ãs p ú b l i c a s, a l i b e r d a d e de p r o m o v e r e m o d e s e n v o l v i m e n to do s o s t e m a e d u c a c i o n a l em c o n j u n t o ou s e p a r a d a m e n t e.

148 139 "IX - fazxar aò baòeò e determtnar o-ò quadroò da educação nacional, traçando aò dzretrtzei a que deve obedecer a formação ^Zòtca, tnte - lectual e moral da Zn^ãncta e da juventu - de."156 A s s i m, e m t e r m o s de f a v o r e c i m e n t o, p o d e r - s e - i a co g i t a r f a c e ao e x p o s t o acima, ter o E s t a d o i m a g i n a d o a e l a b o r a ç ã o d e o u t r o P l a n o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o p a r a o p a í s a e x e m p l o d a C o n s t i t u i ç ã o a n t e r i o r. E s s a ê uma i l a ç ã o q u e se p o d e tirar. M a i s a d i a n t e, a t r a v é s de s e u art. 129 a C a r t a ou- 157 t o r g a d a, d e a u t o r i a do S r. F r a n c i s c o Campos, e s t a b e l e c e niti. d a d i s t i n ç ã o e n t r e e s c o l a p ú b l i c a e e s c o l a p r i v a d a, e n t r e e n s i no p r o p o r c i o n a d o p o r e s c o l a p a r t i c u l a r e e n s i n o p r o p o r c i o n a d o p o r e s c o l a p ú b l i c a. tigo: V e j a m o s, i n i c i a l m e n t e, c o m o e s t a r e d i g i d o tal a r "Art. J 29 - K tn^â n c t a e ã juventude, a que alta. rem o& recur&o& necesòartoò ã e d u c a ção em tnòtttutçoeò parttculareò, e dever da Nação, doó Eitadoò e dot> MuntcZpZoò a&òegurar, pela fundação de tn&tttutçoet> publtcaà de enòtno em todoó 06 òeuò grauò, a poòòtbzlidade de receber uma educação adequada ãò 156. C O N S T I T U I Ç Ã O F e d e r a l de 10 d e n o v e m b r o de In: op. c i t., p S I L V A, F r a n c i s c o d e A s s i s & B A S T O S, P e d r o Ivo d e A s s i s, o p. c it., p. 265, e B L O C H, I s r a e l & ABREU, A l z i r a Alves. C o o r d., op. cit., p ,

149 140 suas faculdades, aptidões e t e ndências vocacionais. 0 en6i.no pre-vocacional e proflssio - nal destinado ãs classes menos favorecidas, e em matéria de educação o primeiro dever do Estado. Cumpre-lhe dar execução a esse dever, fundando Institutos de ensino profissional e subsidiando os de iniciativa dos Esta dos, dos Municípios e dos Indivíduos ou associações particulares e profissionais. 158 CGrifo nosso) Ora, ao n o s s o ver, o c a r á t e r d e s c r i m i n a t ó r i o ê e v i d e n t e. E m p r i m e i r o lugar, e n t e n d e m o s q u e a C o n s t i t u i ç ã o a o se r e f e r i r â " e d u c a ç ã o e m i n s t i t u i ç õ e s p a r t i c u l a r e s " e s t á e x p r e s s a m e n t e r e c o n h e c e n d o a d i v i s ã o e x i s t e n t e n a e s t r u t u r a e- d u c a c i o n a l e m f u n ç ã o d as d i s p o n i b i l i d a d e s e c o n ô m i c a s dos d i v e r sos e s t r a t o s que c o m p õ e m a s o c i e d a d e. A d i s p o s i ç ã o t al c o m o se a p r e s e n t a, d ã - n o s idéia, s a l v o m e l h o r e n t e n d i m e n t o, q u e o E s t a d o e s t a r i a a i n c e n t i v a r d e t e r m i n a d a c l a s s e à p r o c u r a das e s c o l a s p a r t i c u l a r e s q u e 'teriam, a s s i m, u m a m e l h o r e s t r u t u r a de ensino. D e s t a m a n e i r a, p a r e c e - n o s, a i n t e n ç ã o d o E s t a d o e r a a f o r m a ç ã o de u m a f u t u r a c l a s s e d i r i g e n t e que, e m ú l t i m a a 158. C o n f o r m e t e s t o C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l de 10 de n o v e m b r o de In: op. c i t,, p. 172,

150 141 nálise, s e r i a a c l a s s e d o m i n a n t e. P o r o u t r o lado, p a r e c e - n o s, no o p o s t o d a m e d a l h a, o g r a n d e c o n t i n g e n t e d e a l u n o s q u e f o r m a r i a m os q u a d r o s d a e s c o la p ú b l i c a ê, q u e n o f u t u r o, g e r a r i a a g r a n d e m a s s a d e t r a b a l h a d o r e s. N o s s a i d ê i a a n t e s e x p o s t a ê c o n s o l i d a d a p e l a d i s p o s i ç ã o s e g u i n t e, jã t r a n s c r i t a, q u a n d o a C o n s t i t u i ç ã o r e f e r e - se ao e n s i n o " p r ê - v o c a c i o n a l e p r o f i s s i o n a l d e s t i n a d o âs c l a s ses m e n o s f a v o r e c i d a s ", r e s s a l t a n d o c l a r a m e n t e t o d a a i d e o l o g i a d o E s t a d o no t o c a n t e a e d u c a ç ã o M A N E L L I : D A n a l i s a n d o t al preceito, a s s i m se m a n i f e s t o u R0- "Não observou, por exemplo, que, oficializando o ensino pro flsslonal, como ensino destinado aos po bres, estava do Estado cometendo um ato lesivo aos prlnczplos demo crãtlcos; estava o Estado I n s tituindo oficialmente a discriminação social, através da escola. E fazendo Isso, estava orien tando a escolha da demanda social de educação. Com efeito, assim orientada para um tipo de educa ção capaz de assegurar acres cimo de prestzglo s o cial, a demanda voltaria naturalmente as costas ãs escolas que o Estado mesmo proclamava como sen do as escolas dos pobres." P o r sua vez, R I B EIRO, 160 ao se r e f e r i r ao a s s u n t o d i z : "Jã por este texto fica explicitada a orientação 159. R O M A N E L L I, O t a l z a d e O l i v e i r a., op, c i t., p, * R I B E I R O, M a r i a L u i z a S., op, cit., p

151 142 polztico-educacional capitalista de preparação de um maior contingente de mão-de-obra pana as no_ vas funções abertas pelo mercado. Mo entanto, fica tambem explicitado que tal orientação não visa contribuir diretamente para a superação da dicoto_ mia entre trabalho intelectual e manual, uma vez que se destina "as classes menos favorecidas1'. Js_ to equivale ao simples reconhecimento de que o es_ tãgio que pretendem alcançar exige uma mão-deobra qualificada de origem social pre-determinada ides favorecida), qualificação esta que, no entanto, não representara a conquista de uma posição social basicamente distinta e sim uma melhora dentro do próprio grupo. C a b e o b s e r v a r, ainda, que, q u a n d o o E s t a d o n o t e x to C o n s t i t u c i o n a l, a s s u m e q u a n t o à e d u c a ç ã o d e c a r á t e r p r o f i s - s i o n a l, u m a p r i o r i d a d e a b s o l u t a, d e i x a c l a r o e x p r e s s a m e n t e sua i n t e n ç ã o d e a t e n d e r a s e t o r e s q u e apoiavam o p r o c e s s o de industria lização e que c o m p u n h a m t a m b é m u m a p a r t e da c l a s s e d o m i n a n te d i r i g e n t e c o m o p o r e x e m p l o : os m i l i t a r e s, a l é m d o d e s e j o do P r e s i d e n t e Vargas. E m suma, t o d a a d i s p o s i ç ã o c o n t i d a n o art. 129 e s t á a d e m o n s t r a r as c o n c l u s õ e s jã feitas s o b r e as i n t e n ç õ e s do E s t a d o p o r seus r e p r e s e n t e n t e s m á x i m o s. P o r o u t r o lado, a o b r i g a t o r i e d a d e e g r a t u i d a d e do e n s i n o, c o n q u i s t a s i n s t i t u í d a s p e l a C o n s t i t u i ç ã o de 1934 c o m b a s e n a s r e i v i n d i c a ç õ e s e s c o l a n o v i s t a s, são m a n t i d a s no tex- e s t a d o n o v i s t a ^ ^ ^ a t r a v é s de seu art C U R Y, C a r l o s R. J a m i l., op. cit., p * C U N H A, C ê l i o da., op, cit., p, 170.

152 143 j á n o art. 131 d a C o n s t i t u i ç ã o o r a e x a m i n a d a, co l o c a m - s e c o m o de c a r á t e r o b r i g a t ó r i o a e d u c a ç ã o física, o en s i n o c í v i c o e o d e t r a b a l h o s m a n u a i s ", o q u e e v i d e n c i a, ao n o s s o ver, a i n t e n ç ã o i n t e r v e n c i o n i s t a do E s t a d o no d e s e n v o l v i - m e n t o e o r g a n i z a ç ã o d o s e t o r e d u c a c i o n a l, b u s c a n d o cora i s s o, c e r t a m e n t e, a l c a n ç a r o s o b j e t i v o s p o l í t i c o s q u e d e t e r m i n a r a m a c r i a ç ã o d o a s s i m c h a m a d o ' Estado Novo'. N e s s a l i n h a d e p e n s a m e n t o, t u d o l e v a a crer, foi e d i t a d o o art. 132 d a C o n s t i t u i ç ã o o r a e x a m i n a d a que, i g u a l m e n te, t e m n í t i d o c a r á t e r c o n d u t o r, s e g u n d o os i n t e r e s s e s e a ideo l o g i a d o E s t a d o a u t o r i t á r i o. Os d o i s a r t i g o s a n tes e x a m i n a d o s, p e r m i t e - n o s e x t r a i r c l a r a n o ç ã o s o b r e os o b j e t i v o s c o n s i s t e n t e s na e d i f i c a ç ã o d e u m E s t a d o f o r t e q u e, n a c o n c e p ç ã o de F r a n c i s c o C a m p o s, s e r i a o E s t a d o N a c i o n a l c o m f e i ç ã o n i t i d a m e n t e a u t o r i t á r i a e de c a r á t e r f a s c i s t a. 163 C o n f o r m e a a n a l i s e f e i t a por S C H W A R T Z M A N a c e r ca d a i d é i a d e C a m p o s, a e d u c a ç ã o t e r i a u m p a p e l a s e r e x e c u t a do, s e g u n d o e s c l a r e c e : "No pro j eto pozzttco de construção do Estado MaclonaZ ha um Zugar de destaque, para a pedagogta que deveria ter como meta prlmordlaz a j uventude. ko Estado caberia a responsablzldade de tutezar a j u v e n t u d e, modezando seu pensamento, ajustando-a ao novo ambiente pozztlco, preparando-a, enfim, para a convivência a ser estlmuzada no Estado tot a Z l t ã r l o. Era IndlspensaveZ, para que este pza 163. S C H W A R T Z M A N, S i m o n e t alii,, op. cit., p. 66.

153 144 no fosse bem sucedido, que houvessem símbolos a serem exaltados e proclamados, rituais a serem cumpridos. A Igreja Católica, se devidamente mobi lizada, poderia propriciar estes conteúdos, szmbo_ los e rituais a partir da religiosidade latente da população brasileira". Por esse tópico citado, transparece evidente o projeto de Campos no que concerne ao Estado Nacional e, especificamente, â função que teria no contexto a educacão. O s u r g i m e n t o do E s t a d o N o v o assim, ê b o m lembrar, ê o m o d e l o do E s t a d o N a c i o n a l i d e a l i z a d o p o r C a m p o s e i m p l a n t a do p o r V a r g a s, e, c u j a s p r e m i s s a s b á s i c a s são d e l i n e a d a s na C o n s t i t u i ç ã o d e 1937, P o r ú l t i m o, m e r e c e ser l e m b r a d o o art. 133 que i n s t i t u i o e n s i n o r e l i g i o s o e m c a r á t e r f a c u l t a t i v o nos e s t a b e l e c i m e n t o s e s c o l a r e s de u m m o d o geral, p o d e n d o, i n c l u s i v e, s e cons t i t u i r e m d i s c i p l i n a nos r e s p e c t i v o s cursos. A m a t é r i a já v i n h a s e n d o a d m i n i s t r a d a p e l o E s t a d o d e s d e o i n i c i o do G o v e r n o P r o v i s ó r i o, m a i s p r e c i s a m e n t e no ano de 19 31, q u a n d o o e n s i n o r e l i g i o s o foi i n s t i t u í d o e m c a r á t e r fa c u l t a t i v o nas e s c o l a s. S o b o p o n t o de v i s t a social, a C o n s t i t u i ç ã o de 1937, n o q u e se r e f e r e â e d u c a ç ã o d e i x a m u i t o a d e s e j a r, jã que s e q u e r t r a t o u d e e s t a b e l e c e r a l g u m p l a n o q u e p u d e s s e ser viabi. l i z a d o a i n d a q u e a n í v e l dos E s t a d o s f e d e r a d o s. A e s t r u t u r a da educação, e r a a i n d a a e x i s t e n t e na ê p o c a d a R e f o r m a F r a n c i s c o Campos e, c o n s e q ü e n t e m e n t e, n ã o aten d i a a o s r e c l a m o s d a d e m a n d a e d u c a c i o n a l d o m o m e n t o vivido.

154 145 0 a s p e c t o j u r í d i c o da q u e s t ã o, p o r õ b v i o, r e s u l t o u i n a c a b a d o e s e m s e n t i d o, p o i s os p r i n c í p i o s c o n s a g r a d o s n o t e x to C o n s t i t u c i o n a l n ã o t i v e r a m a p l i c a ç ã o c o r r e s p o n d e n t e a t r a v é s d a e d i ç ã o de leis q u e o r d e n a s s e m a e s t r u t u r a do e nsino. E, n o q u e d i z r e s p e i t o ao a s p e c t o p o l í t i c o - i d e o l ó g ico, ê f o r ç o s o r e c o n h e c e r q u e a l g u n s m a n d a m e n t o s p r e v i s t o s no t e x t o c o n s t i t u c i o n a l r e l a t i v o s â e d u c a ç ã o t i n h a m u m p a p e l ú n i c o a s e r d e s e m p e n h a d o d e n t r o do p r o j e t o maior, q u e e r a a c o n s t r u ç ã o de u m E s t a d o a u t o r i t á r i o. 0 c a r á t e r e l i t i s t a d a C o n s t i t u i ç ã o de 1937, n o q u e c o n c e r n e â e d u c a ç ã o ê e v i d e n t e, eis q u e c o n s a g r a v a u m d u a l i s m o e d u c a c i o n a l, o u seja, uma e d u c a ç ã o d e s t i n a d a â f o r m a ç ã o d e u m a c l a s s e f u t u r a d i r i g e n t e e, n o u t r o lado, u m a e d u c a ç ã o em q u e se f o r m a r i a u m a c l a s s e p a r a ser d i r i g i d a. E s s a, ao n o s s o ver, u m a v e r t e n t e da i d e o l o g i a E s t a d o N o v o, q u e t e r i a m a i s t a r d e r e f l e x o s a i n d a n a r e f o r m a do do e n s i n o q u e o c o r r e r i a n o a n o de C U N H A ao se r e f e r i r â o b s e r v a ç a o d e F e r n a n d o de A z e v e d o s o b r e a C o n s t i t u i ç ã o de 37, c o n s i d e r a n d o - a "a m a i s d e m o c r á t i c a e r e v o l u c i o n á r i a das leis", a s s i m se e s p r e s s o u : "Ora, en ende.mo.ò ao contrario. A Canta de. 37, por di& criminar, e antidemocrática e con^zita com a doutrina expo&ta no ttanifie&to que. fioi redigido por e Z e. A faizo&o faia educacionaz da ConòtituiçRo de 37 parece-noò mai& próxima de uma afirmação de A zevedo AmafiaZ, de caracter raciòta e, por conseguinte, discriminatória: "[...1 os mais aztos i n 164. C U N H A, C ê l i o da,, op, cit,, p, 159,

155 146 teresses nacionais impõem que se faça entrar no pazs o maior numero posszvel de elementos étnicos superiores, a fim de que no epzlogo do caldea mento possamos atingir um tipo racial capaz de arcar com as responsabilidades de uma grande s i tuação". A proximidade a que nos referimos é por Indução, pois uma discriminação racial leva g e ralmente a uma discriminação educacional". t V e r i f i c a d o e s t e c a r á t e r q u e e m e r g e da i n t e r p r e t a - c ã o d a C o n s t i t u i ç ã o de 3:7, p o d e m o s c o n s i d e r a r que a p a r t i r i m p l a n t a ç ã o d o c h a m a d o E s t a d o N o v o p r o p r i a m e n t e, q u e c o m e ç a da a se d e l i n e a r p o r i n i c i a t i v a d o g o v e r n o d i t a t o r i a l, a i d ê i a d e se i n c u t i r n a p o p u l a ç ã o u m t i p o de m e n t a l i d a d e r e c e p t i v a â f o r m a - ç ã o d e u m E s t a d o N a c i o n a l nos m o l d e s i m a g i n a d o s p o r F r a n c i s c o C a m p o s. A e d u c a ç ã o, s e g u n d o a õ t i c a d e s s a i n i c i a t i v a, t e r i a p a p e l f u n d a m e n t a l p a r a o ê x i t o d a q u e l e p r o j e t o, q u a l seja, o d a c o n s t r u ç ã o e c o n s o l i d a ç ã o do E s t a d o N a c i o n a l. Assim, s e g u n d o e s s a d i m e n s ã o, foi a p a r t i r de g U e COItieç o u a t o m a r c o r p o a i d ê i a d a p a r t i c i p a ç ã o mili. t a r n o p r o c e s s o e d u c a c i o n a l b r a s i l e i r o, a t r a v é s da e l a b o r a ç ã o d a q u i l o q u e se c h a m o u d e " p r o j e t o e d u c a t i v o das F o r ç a s A r m a - d a s ". 166 S e g u n d o tal "projeto", c o n f o r m e a n o t a SCHWARTZMAN;*-^ ^ 165. S C H W A R T Z MAN, S i m o n et alii., op. cit., p I b i d e m, p I b i d e m, p. 197.

156 147 "o Exército elabora ao longo do tempo uma pedago' gla quz Irã Inspirar posteriormente a educação da I nfância e da juventude fora dos quartéis. 0 c o n teúdo dessa pedagogia era a Inculcação de prlncz pios de disciplina, obediência, organização, r e s peito ã ordem e âs Instituições T a l p r o j e t o, e m b o r a n ã o t e n h a s i d o i m p l a n t a d o i m e d i a t o, serviu, t o d a v i a, c o m o s e m e n t e p a r a a i n t r o d u ç ã o de m a i s t a r d e d a o b r i g a t o r i e d a d e d a i n s t r u ç ã o p r ê - m i l i t a r p a r a os m e n o res d e 16 anos, i n s t i t u í d a p e l o D e c r e t o - L e i n de 25 de a g o s t o d e d e 193S, a l é m d o D e c r e t o - L e i n? de n o v e m b r o do m e s m o a n o g u e c o m p l e t a v a o a n t e r i o r. 0 ú l t i m o D e c r e t o citado, c o n h e c i d o p o r "a lei do E n s i n o M i l i t a r ", " d e f i n i a a i n s t r u ç ã o p r ê - m i l i t a r c o m o o e n s i n o d e s t i n a d o a " h a b i l i t a r os a l u n o s dos i n s t i t u t o s c i vis d o e n s ino, m e n o r e s de 16 anos, ao i n g r e s s o nas u n i d a d e s - q u a d r o s, t i r o s de g u e r r a o u e s c o l a s d e i n s t r u ç ã o m i l i t a r ". De a c o r d o c o m a lei d e E n s i n o M i l i t a r d e e c o m u m a p r o p o s t a do m i n i s t r o d a G u e r r a e m 1941, a i n s t r u ç ã o p r ê - m i l i t a r c o m p r e e n d e r i a "a p r á t i c a d e i n s t r u ç ã o e l e m e n t a r d e o r d e m - u n i d a " (sem a r m a s ), a i n i c i a ç ã o n a t é c n i c a do tiro, a e d u c a ç ã o m o r a l e cívica, e o e n s i n o e l e m e n t a r da i n s t r u ç ã o g e r a l (regra de d i s c i p l i n a, h i e r a r q u i a d o E x é r c i t o, etc.)". D e n t r o a i n d a d a m e s m a c o n c e p ç ã o de e x a l t a ç ã o d o r e g i m e e c o n f o r m e a o r i e n t a ç ã o p a r a a e d i f i c a ç ã o do E s t a d o N a c i o n a l q u e i d e a l i z a r a F r a n c i s c o Campos, foi e l a b o r a d o p e l o g o v e r n o f e d e r a l, m e d i a n t e a ç ã o d i r e t a do M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o "168* I b i d e n, p. 197, 169. Ibidern,

157 148 e S a ú d e, o p r o j e t o q u e p r e v i a a c r i a ç ã o d a " J u v e n t u d e B r a s i l e i ra" n o t é r m i n o de 1938 o u c o m e ç o de 1939, p r o j e t o e s s e i n t e g r a n t e d o " a r q u i v o d e G e t ú l i o V a r g a s ", s e g u n d o r è l a t o de 171 S C H W A R T Z M A N, q u e r e s u l t o u, p o s t e r i o r m e n t e, na e d i ç ã o d o D e c r e t o - L e i n de 0 8 / 0 3 / q u e i n s t i t u i u d i t a " c o r p o r a - Ç ã o ". 172 D e a c o r d o c o m o p r o j e t o a o r g a n i z a ç ã o teria: "A4 finalidades a que se propõe a Juventude Brasi leira, em proveito da Infância e da Juventude são essen claimente: a] a educação moral, czvlca e fz sica; 6). a educação pre-militar; c) a educação do_ méstica". No que concerne â educação cívica SCHWARTZMAN, "privilegia-6 e a formação de uma consciência patriótica",' significando que "na alma das crian ças e dos jovens devera ser formado o sentimento de que o Brasil e uma entidade sagrada, e que a cada cidadão cabe uma parcela de responsabilida de pela sua segurança, pelo seu engrandecimento e pela sua perpetuidade, e ainda de que, a exemplo dos grandes brasileiros do passado, deve cada bra sileiro de hoje estar por tal forma Identificado com o destino da pátria, que se consagre ao seu serviço com o maior esforço e esteja a todo momen 174 ~ to pronto a dar por ela a própria v i d a." 170. i b i d e m, p I b i d e m, p. 134, 172. I b i d e m, p, I b i d e m, p, I bidem.

158 149 A i n d a q u a n t o a a t i v i d a d e d e s s a c o r p o r a ç ã o c r i a d a p e l o M i n i s t é r i o da E d u c a ç ã o e S a ú d e no g o v e r n o d o E s t a d o Novo, 175 m e r e c e s e r o b s e r v a d o o s e g u i n t e t r e c h o da o b r a de C U N H A c o m e s t e teor: "Para ter-se uma ideia do que era a "Juventude Bra s i l e l r a ", basta nos reportarmos ao que informam os Anais do Ministério da Educação e Saúde, nas come morações da Semana da Pãtria de Vi.zem e s tes Anais que o desfile da "Juventude Brasllei - r a ", organizado peio Ministério da Educação, era uma homenagem ao chefe da nação. Tomaram parte dezenas de colégios e faculdades. "0 pro fessor Leitão da Cunha, envergando sua farda de t e n e n te-coronel de nosso Exercito, vem ã frente do pelotão da Reitoria". "A Escola Ana Nery, as enfermeiras da Cruz Vermelha e as Samarltanas da S e cretaria de Saúde e Assistência da Prefeitura a r rancaram aplausos da grande assistência". "A Esco_ la Nacional de Belas Artes, a Faculdade Nacional de V irei t o, a Escola Nacional de Engenharia, a Faculdade Nacional de Flloso fia, a Faculdade N a cional de Medicina, a Escola Nacional de Música, a Faculdade Nacional de Odontologia, a Escola N a cional de QuZmica e a Escola Profissional de E n fermeiros do Serviço Nacional de Voenças Mentais surgem, agora, na imponente parada. Todos erguem, em frente ao palanque presidencial, 'V* da Vitoria". [.Grifos nossos[ C o r r o b o r a n d o tais p a s s a g e n s que, p o r sinal, jã f o r n e c e m u m a i d é i a a p r o x i m a d a s o b r e a d o m i n a ç ã o p o l í t i c a l e v a d a a e f e i t o p e l o E s t a d o N o v o, s u g e r i m o s a o b s e r v a ç ã o das f otos 175. C U N H A, C é l i o da., op, c i t., p. 150.

159 150 * c o n s t a n t e s dos A n e x o s, c u j a c l a r e z a s o l a r p e r m i t e i d e n t i f i c a r o n í t i d o c a r á t e r i d e o l ó g i c o n e c e s s á r i o ao a l c a n c e d a q u e l a e que t i n h a n a ã r e a e d u c a c i o n a l, seu i n s t r u m e n t o p r i n c i p a l de ação. Ora, se a t e n t a r m o s p a r a o e n t e n d i m e n t o w e b b e r i a n o 176 de d o m i n a ç ã o, jã e x p o s t o e d e s e n v o l v i d o p o r BENDIX, v a m o s e n c o n t r a r t o d o s os e l e m e n t o s d e s s a c a t e g o r i a tais como: a e x i s t ê n cia de u m s e g m e n t o s o c i a l r e p r e s e n t a d o p e l o s e s c o l a r e s ) ; a v o n t a de dos g o v e r n a n t e s no s e n t i d o de i n f l u e n c i a r, de c o n d u z i r a c o n d u t a dos g o v e r n a d o r e s, n o caso concreto, o a m p l o s e g m e n t o e s t u - d a n t i l ; e, a a n u ê n c i a, a c o n c o r d â n c i a, a cega o b e d i ê n c i a p o r par te dos g o v e r n a d o r e s a q u e l a i n f l u ê n c i a ou c o n d u ç ã o. O c a r á t e r i d e o l S g a c o, m ó v e l da d o m i n a ç ã o, c o n s i s - t i u n a i n s e r ç ã o da 'falsa c o n s c i ê n c i a ' da r e a l i d a d e a p r e s e n t a da s e r v i n d o c o m o c o b e r t u r a da relação de d o m í n i o e n t ã o d e s e n v o l v i d a p e l o g r u p o d o m i n a n t e, d e t e n t o r do p o d e r p o l í t i c o. P o r o u t r o lado, a f i n a l i d a d e d e s s a d o m i n a ç ã o l e v a d a a e f e i t o n a é p o c a, v i s a v a a l c a n ç a r a m e t a e s t a b e l e c i d a como p r i o r i t ã r i á no p r o j e t o p o l í t i c o do E s t a d o a u t o r i t ã r i o, qual s e j a ^ e d i f i c a ç ã o e c o n s o l i d a ç ã o de u m E s t a d o N a c i o n a l, n o s m o l d e s p r e c o n i z a d o s p e l o e n t ã o M i n i s t r o da J u s t i ç a, F r a n c i s c o Campos. C o n t e m p o r â n e o d e s s a êpoca, como jã se a c e h t u o u, s i r g i u o D I P - D E P A R T A M E N T O DE I M P R E N S A E P R O P A G A N D A, q u e, c r i a d o 177 e m d e z e m b r o de 1939, a l e m de " p o r t a - v o z a u t o r i d a d e do r e g i m e " t i n h a o e s c o p o de p r o c u r a r l e g i t i m a r t o d a à p o l í t i c a a u t o r i - * N O T A D O A U T O R. A s f o t o s m e n c i o n a d a s, e n c o n t r a m - s e ãs f l s. 69, 109, 135 e 13.9 da o b r a de Schwartzirçan e c o n s t a m d o A n e x o d e s t e trabalho B ENDIX, R e i n h a r d., op. c i t. y p BELOCH, I s r a e l $ A B R E U, A l z i r a Alves, op. cjt., p

160 t ã r i a d o E s t a d o N o v o e, e m e s p e c i a l, a f i g u r a do P r e s i d e n t e V a r gas, s e u r e p r e s e n t a n t e m á x i m o. 151 D e t e n d o o c o n t r o l e dos m e i o s de c o m u n i c a ç õ e s e de c u l t u r a p o p u l a r, o DIP, c o m o f i c o u c o n h e c i d o, e r a i n c u m b i d o de p r o m o v e r e o r g a n i z a r h o m e n a g e n s ao P r e s i d e n t e V a r g a s e âs p e s s o a s d i r e t a m e n t e l i g a d a s ao g o v e r n o, t e n d o a i n d a as f u n ç õ e s de "c.o.nth,at-lzafi o, cootidínati a propaganda do govesino o, do* minã-ò tq.kí.00, exe^ice^t a c.e,n&una do te.atx.o,do c Z m m a, daò at-iv-idadíò n.o.c.fizati.va& <t &ipoh.tzva6,da ZZtzfiatufia òoczai. z potzt-ica e. da -Lmptiznòa, promo_ v<tn <l patkoc-lnati manzfadòtaçõzò czvzcaà e ^zòtaò poputakz&, e, l-ina&me.nte., otiganízan. e dzfiiqzh. o ~ 178 pfioqfiama do. fiadíod-lfaubâo ofa-lczaz do bove.n.no." D e s t a m a n e i r a, c o m o é f á c i l c o m p r e e n d e r, o E s t a d o N o v o, a t r a v é s d o c u l t o â p e r s o n a l i d a d e d e seu c h e f e de g o v e r n o G e t ü l i o V a r g a s, a s s i m c o m o o c o n t r o l e de u m s e t o r s o c i a l a l t a m e n t e i m p o r t a n t e c o m o é o da e d u c a ç ã o, e c o n t a n d o a i n d a u m õ r g ã o a n í v e l f e d e r a l p a r a c o l o c a r e m p r á t i c a t o d a a a ç ã o p o l í t i c a, m a n t e r i a a i n d a p o r l o n g o t e m p o a t u t e l a s o b r e c o m sua a s o c i e d a d e. E s s a a ç ã o h e g e m ô n i c a d e s e n v o l v i d a p e l o g o v e r n o so b r e a s o c i e d a d e c o m o u m todo, s e r i a c o n s o l i d a d a n o ano de e m razão, s o b r e t u d o, d o p r e s t í g i o p e s s o a l do P r e s i d e n t e Var gas e t e r i a, i n e q u i v o c a m e n t e, r e f l e x o s n as r e f o r m a s n a i s q u e s e r i a m e m p r e e n d i d a s p o r C a p a n e m a a p a r t i r d e e d u c a c i o j a n e i r o de e q u e a b r a n g e r i a m alguns r amos do e n s i n o ( p r i m á r i o e mé dio) Ibidem,

161 152 E s s a s r e f o r m a s, c o m o já se disse, e f e t i v a d a s p o r D e c r e t o s - L e i, t o m a r a m os n o m e s de "Leis O r g â n i c a s ". P a s s e m o s, pois, agora, â a n a l i s e s o b r e tais 'ref o r m a s ', c o m e ç a n d o c o m a i n s t i t u í d a p e l o D e c r e t o - L e i n? d e 3 0 / 0 1 / 4 2, c o n h e c i d a p e l o n o m e de 'Lei O r g â n i c a d o E n s i n o I n d u s t r i a l ', d e i x a n d o p r o p o s i t a d a m e n t e de lado, o D e c r e t o - L e i n de 2 2 / 0 1 / 4 2 q u e c r i o u o S E N A I e q ue i n t e g r a v a t a m b é m o a m p l o p r o g r a m a de r e f o r m a s de C a p a n e m a, jã q u e sua c i t a ç ã o o b e d e c e m a i s a u m c a r á t e r i n f o r m a t i v o e seu c o n t e ú d o n ã o t e m m a i o r i n t e r e s s e p a r a e f e i t o de a n á l i s e a n t e os o b j e t i v o s d e s t e t r a b a lho. C o n f o r m e d i s p u n h a o art. 19 d o D e c r e t o - L e i. n? 4.073, o e n s i n o p r i m á r i o, de g r a u s e c u n d á r i o, d e s t i n a v a - s e "â p r e p a r a ç ã o p r o f i s s i o n a l dos t r a b a l h a d o r e s d a i n d ú s t r i a e das a- t i v i d a d e s a r t e s a n a i s, e a i n d a dos t r a b a l h a d o r e s dos transportes, das c o m u n i c a ç õ e s e d a pesca". S e g u n d o o teor d o art. 3?, o e n s i n o v i s a v a a t e n d e r aos i n t e r e s s e s d o t r a b a l h a d o r (preparação, f o r m a ç ã o h u m a na), das e m p r e s a s ( m ã o - d e - o b r a q u a l i f i c a d a ) e t a m b é m da no q u e c o n c e r n e â f o r m a ç ã o de r e c u r s o s h u m a n o s q u e i r ã o nação, a t u a r n a e c o n o m i a. N a sua e s t r u t u r a, o e n s i n o i n d u s t r i a l c o m p u n h a - s e d e d o i s c i c l o s, t e n d o o c u r s o i n d u s t r i a l b á s i c o a d u r a ç ã o de q u a t r o (04) anos, e n q u a n t o o de m e s t r i a, e r a de d o i s (03) anos, i s s o q u a n t o ao p r i m e i r o ciclo, (art, 23) j á c o m r e l a ç ã o a o s e g u n d o ciclo, a i n d a na c o n f o r m i d a d e d o art, 23, os "cursos t é c n i c o s " t i n h a m a d u r a ç ã o d e três (03) o u q u a t r o (041 anos, ao p a s s o q u e os " cursos p e d a g õ -

162 153 g i c o s ", e s t a v a m f i x a d o s e m u m (01), P o r o u t r o lado, os c u r s o s de e n s i n o i n d u s t r i a l es t a v a m c l a s s i f i c a d o s da s e g u i n t e m a n e i r a : "a) c u r s o s o r d i n ã rios, o u de f o r m a ç ã o p r o f i s s i o n a l ; b) c u r s o s e x t r a o r d i n á r i o s,o u de q u a l i f i c a ç ã o, a p e r f e i ç o a m e n t o o u e s p e c i a l i z a ç ã o p r o f i s s i o 179 nal; c) c u r s o s a v u l s o s, o u de i l u s t r a ç a o p r o f i s s i o n a l ". 0 i n c r e m e n t o d o e n s i n o i n d u s t r i a l n o B r a s i l, j u s t a m e n t e n a ê p o c a d a c o n f l a g r a ç ã o m u n d i a l foi e x t r e m a m e n t e i m p o r t a n t e p a r a a n o s s a e c o n o m i a. E m p r i m e i r o lugar, c o m o a s s i n a l a R O M A N E L L I, 180 p o r q u e a " g u e r r a e s t a v a f u n c i o n a n d o c o m o m e c a n i s m o d e c o n t e n ç ã o da e x p o r t a ç ã o d e m ã o - d e - o b r a dos p a í s e s e u r o p e u s p a r a o B r a s i l ". E m s e g u n d o, c o m o a s s e v e r a a i n d a a m e s m a a u t o ra, n ã o h a v i a a t ê a q u e l e m o m e n t o "uma p o l í t i c a a d e q u a d a de f o r m a ç ã o d e r e c u r s o s h u m a n o s p a r a a i n d ú s t r i a, p o r q u e e s t a se v i n h a p r o v e n d o d e m ã o - d e o b r a e s p e c i a l i z a d a, m e d i a n t e i m p o r t a ç ã o d e t é c n i c o s C o m o c o n s e q ü ê n c i a dos f a t o r e s a c i m a e n u m e r a d o s, p a ra a t e n d e r a d e m a n d a i n t e r n a c o m a s u b s t i t u i ç ã o dos p r o d u t o s i m p o r t a d o s, h o u v e n e c e s s i d a d e de e x p a n s ã o d o p a r q u e i n d u s t r i a l, o q u e p o r s u a v e z foi d e t e r m i n a n t e p a r a a a b s o r ç ã o d e m ã o - d e - o b r a q u a l i f i c a d a j ã n ã o d i s p o n í v e l no m o m e n t o c o m a m e s m a f a c i lidade. A s s i m a i n t e n s i f i c a ç ã o d e s s e r a m o do e n s i n o, jun R O M A N ELLI,. O t a i z a de O l i v e i r a., op. c i t., p I bidem Ibidem.

163 154 t a m e n t e cora a m o b i l i z a ç ã o do g o v e r n o no s e n t i d o de e s t i m u l a r e d e t e r m i n a r ãs i n d ú s t r i a s p a r a q u e p r o m o v e s s e m a q u a l i f i c a ç ã o de s e u p e s s o a l foi d e c i s i v a n a q u e l a f a s e i n c i p i e n t e d e s t e t i p o de e d u c a ç ã o. A c r i a ç ã o s i m u l t â n e a do S E N A I e, p o s t e r i o r m e n t e, a e d i ç ã o dos D e c r e t o s - L e i n?s d e 16/07/52, de 7/11/42 e de 2 1 / 1 1 / 4 2, c o n t r i b u i u p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d o s i s t e m a d e e n s i n o p r o f i s s i o n a l n a é p o c a m u i t o embora, g r a d u a l m a i s t a r d e, fossem^iencontradas d i f i c u l d a d e s p a r a a l c a n c e dos o b j e t i v o s e n t ã o f i x ados. Se o e n s i n o p r o f i s s i o n a l a p r e s e n t o u a l g u n s p o n t o s p o s i t i v o s, n ã o m e n o s v e r d a d e ê o f a t o de que, também, a p r e s e n t o u p o n t o s n e g a t i v o s, U m dos a s p e c t o s n e g a t i v o s q u e p o d e m s e r c i t ados, 182 c o n f o r m e a n o t a R O M A N E L L 1 ê a f a l t a de "flexibilidade*1 e n t r e o s v á r i o s r a m o s d o e n s i n o p r o f i s s i o n a l e e n t r e e s s e s e o e n s i n o s e c u n d á r i o. I s t o s i g n i f i c a v a q u e n ã o h a v i a q u a l q u e r i d e n t i d a d e o u m e s m o a f i n i d a d e de d i s c i p l i n a s e n t r e os c u r s o s i n d u s t r i a l, c o m e r c i a l e agrícola- e, entre e s t e s c o m o c u r s o s e c u n d á r i o, r e s u l t a n d o n u m p r e j u í z o ao a l u n o que c o m e ç a s s e u m d a q u e l e s c u r s o s e p r e t e n d e s s e t r a n s f e r i r - s e p a r a e s t e ú ltimo. N e s s a h i p õ t e s e, t e r i a d i t o a l u n o q u e r e c o m e ç a r o c u r s o s e c u n d á r i o já que não poderiam ser aproveitados seus e s t u d o s n o c u r s o p r o f i s s i o n a l. Do m e s m o modo, e s s a f a l t a d e " f l e x i b i l i d a d e ", i m p e d i a p o r e x e m p l o, o a c e s s o d o a l u n o de u m d e s s e s c u r s o s ao c u r s o su I b i d e m, p, 156,

164 155 p e r i o r q u e n ã o f o s s e o d a sua e s t r u t u r a, O m e s m o r a c i o c í n i o aos c u r s o s p r o f i s s i o n a i s e n t r e s i. O u t r o a s p e c t o n e g a t i v o, diz r e s p e i t o ao m o d o p e l o q u a l e r a e n c a r a d o o e n s i n o p r o f i s s i o n a l n o B r a s i l d a época: e n s i n o d e s t i n a d o âs " c l a s s e s m e n o s f a v o r e c i d a s " (veja-se a Const_i t u i ç ã o de 37 já a n a l i s a d a ), E s s e i n c r e m e n t o do e n s i n o p r o f i s s i o n a l n o B r a s i l, e m b o r a t e n h a t i d o r e f l e x o s p o s i t i v o s p a r a o país, a t e n d i a, e n t r e t a n t o, a u m p r o j e t o p o l í t i c o de u m c h e f e de E s t a d o q u e b u s c a v a a e d i f i c a ç ã o d o p r e c o n i z a d o p o r s e u m i n i s t r o d a J u s t i ç a, F r a n c i s c o C a m p o s, q u a l seja: o E s t a d o N a c i o n a l. Essa, a i d e o l o g i a d a c l a s s e d o m i n a n t e, A d u a l i d a d e no s e t o r e d u c a c i o n a l e n s i n o s e c u n d ã r i o e s u p e r i o r p a r a as elites, e, e n s i n o p r i m á r i o e p r o f i s s i o n a l p a r a as c a m a d a s p o b r e s, v i n h a ao e n c o n t r o d e s s e p r o j e t o. O u t r o p o n t o, p a r e c e - n o s, e x t r e m a m e n t e n e g a t i v o, ê o c o n t i d o no 19 d o art, 26 do D e c r e t o - L e i q u e e s t a t u i, a t í t u lo de " p r á t i c a s e d u c a t i v a s " ( C a p í t u l o VI) o seguinte: " JÇ - A o& aluno* do &o.xo maò calino datia ainda. a educação pkcmititafi, ate. ating-ifinm a ida de pkõpti'la da -cnótaução mllitah.". Ora, ao n o s s o ver, tal d i s p o s i ç ã o i m p l i c a v a de c e r t o m o d o, na m i l i t a r i z a ç ã o d a e d u c a ç ã o e t i n h a n í t i d o c a r á t e r i d e o l ó g i c o e m e r g e n t e do p r õ p r i o E s t a d o Novo B R A S I L, Leis e D e c r e t o s, e t c,, op, cit., p, 6 4 (em anexo).

165 E r a a c o n s a g r a ç ã o de u m n a c i o n a l i s m o e x a c e r b a d o, l e v a d o a e f e i t o p o r uma classe q u e n ã o m e d i a as c o n s e q ü ê n c i a s da 156 u t i l i z a ç ã o dos m e i o s d e s d e q u e f o s s e m a l c a n ç a d o s os fins c o n c e b e r a, e, e n t r e eles, o p r i n c i p a l, a c o n s t r u ç ã o do q u e E s t a d o N a c i o n a l. V a l e l e m b r a r, q u e a e d u c a ç ã o p r é - m i l i t a r jã h a v i a s i d o e s t a b e l e c i d a p e l o D e c r e t o - L e i n de 2 5 / 0 8 / 3 9, c o m p l e m e n t a d a q u e fora, p o s t e r i o r m e n t e, p e l o D e c r e t o - L e i n d e n o v e m b r o d o m e s m o ano. Do p o n t o d e v i s t a social, tal d i s p o s i ç ã o c o n s t i - t u i u a o n o s s o ver, g r a v e i m p o s i ç ã o jã que, sequer, a s o c i e d a d e o u a l g u n s d os s e u s s e t o r e s m a i s r e p r e s e n t a t i v o s f o r a consultada. Sob o a s p e c t o e d u c a t i v o, p r o p r i a m e n t e dito, a f o r a d e d u v i d a, n ã o h ã s e q u e r s i n t o n i a e n t r e n o ç õ e s de c a r á t e r m i l i t a r e à q u e l a s c o n s t a n t e s d e u m c u r s o p r o f i s s i o n a l i z a n t e. A d e m a i s, se c o n s i d e r a r m o s os o b j e t i v o s principais--, p r e v i s t o s nos arts, 19 e 39 d e s t e t i p o de ensino, n ã o v e m o s c o m o a l g u m a n o ç ã o de e n s i n o d e n a t u r e z a m i l i t a r p u d e s s e c o n t r i b u i r p a r a o a l c a n c e d a q u e l e s. O u t r a d i s p o s i ç ã o ao n o s s o v e r n e g a t i v a, ê a c o n s t a n t e d o 29 d o art, 26 q u e reza: " 2Ç - R* mulhe/ie& òe dah.ã também a educação do- meò Ã.ca, que conòzòtz/ia et>í> enczatmente no enàxno dos mlàteneb pn.õptilo& da. admá.nã.6 - ~ j, n 184 txaçao do JLan". A o n o s s o ver, r e f e r i d a d i s p o s i ç ã o ê d i s c r i m i n a t o r 184 I b i d e m, p, 65,

166 157 r i a e c o l o c a a m u l h e r n u m g r a u de d e s i g u a l d a d e s o c i a l e m r e l a ç ã o ao homem. E s s a d e s i g u a l d a d e, i n c lusive, já ê n o t á v e l a t r a v é s d a o b s e r v a ç ã o a t e n t a do i t e m 5 no art. 59 q u e d e l i m i t a o t r a b a l h o d a s m u l h e r e s e m e s t a b e l e c i m e n t o s de e n s i n o i n d u s t r i a l, e m c u j a n a t u r e z a d o m e s m o "sob o p o n t o de v i s t a d a saúde, n ã o lhes s e j a a d e q u a d o ", D a p r e v i s ã o legal, d u a s i n d a g a ç õ e s e m e r g e m i m e d i a t o : a) q u a l o t r a b a l h o o u a t i v i d a d e q u e p o d e c a u s a r de d a n o à s a ú d e d a m u l h e r? b)_ e m q u e c i r c u n s t â n c i a p o d e r i a o c o r r e r tal d a n o? A v e r d a d e, p a r e c e - n o s, é u m a sõ: ao m e s m o t e m p o q u e i n s t i t u i r á u m a p r e t e n s a i g u a l d a d e de d i r e i t o e n t r e o h o m e m e a m u l h e r, v e d a - l h e, p o r o u t r o lado, o a c e s s o â d e t e r m i n a d a a- t i v i d a d e sob o p r e t e x t o d e s a l v a g u a r d a r a saúde; e, ainda, se p o r u m l a d o r e c o n h e c e o t r a b a l h o da m u l h e r c o m o f o r ç a p r o d u t i v a n a e c o n o m i a d o p aís, p o r outro, d e s t i n a - l h e, a t í t u l o d e "prãtõ. c a s e d u c a t i v a s ", o p a p e l t r a d i c i o n a l de d o n a d e casa. E m s í n t e s e, p r e d o m i n a m a i n d a na é p o c a r e s q u í c i o s de u m a s o c i e d a d e p a t r i a r c a l e m que as o r i g e n s m a i s p r ó x i m a s rem o t a m a o C õ d i g o C i v i l d e 1.916, o n d e s o b r e s s a i a s u p e r i o r i d a d e d o h o m e m s o b r e a m u l h e r e m a m p l o s s e t o r e s do o r g a n i s m o s o cial. O u t r o a s p e c t o n e g a t i v o i n s e r i d o n e s s a r e f o r m a, é o p r e v i s t o n o art, 49 e seus parágrafos. Cora e f e i t o, tal a r t i g o e s t á a s s i m e s t a t u í d o : 185- I b i d e m, p, 6Q,

167 158 uan.t S zkcl organizado, em caída e&cola induò^ tk-ial ou eòcola técnica, um centro cívico, filiado & Juventude. ftna&ileitia" Q u a n t o à c r i a ç ã o e f i n a l i d a d e s da " J u v e n t u d e B r a s i l e i r a ", jã nos r e p o r t a m o s a ela d a n d o d e t a l h e s s o b r e o seu p r o c e d i m e n t o, E n t r e t a n t o, a g o r a em t e r m o s de t e x t o legal, t í n h a m o s a i m p o s i ç ã o de u m d i s p o s i t i v o que i m p e r a t i v a m e n t e d e t e r m i n a v a a f o r m a ç ã o de "um c e n t r o c í v i c o " que e s t a r i a i n t i m a m e n t e v i n c u l a d o a q u e l a c o r p o r a ç ã o e, c u j o fim, o b v i a m e n t e, s e r i a d e e n a l t e c e r a i m a g e m do r e g i m e a u t o r i t á r i o e, e m e s p e c i a l, a da f i g u r a p e s s o a l q u e o e n c a r n a v a. A n t e s, c o m o visto, h a v i a uma d i s p o s i ç ã o l e gal c o m c a r á t e r e d u c a t i v o - i n f o r m a l que, todavia, n ã o o b r i g a v a f o r m a l m e n t e o Cs) a l u n o (s) a n t e a p o s s i b i l i d a d e de u m a s a n ç ã o n a h_i p ó t e s e d e n ã o c o m p a r e c e r Cem) n u m a d e t e r m i n a d a s o l e n i d a d e f e s t i va. F a c e tal d i s p o s i ç ã o, os a l u n o s e s t a v a m s u j e i t o s â f r e q ü ê n c i a âs a t i v i d a d e s d e s e n v o l v i d a s p e l a J u v e n t u d e ra n u m a c a r g a h o r á r i a q u e v a r i a r i a e n t r e t r i n t a (3o)a Brasilei. q u a r e n t a (.40) h o r a s s e m a n a i s q u e a b r a n g e r i a o e n s i n o d a s d i s c i p l i n a s e o e x e r c í c i o d a s " p r á t i c a s e d u c a t i v a s " (conforme art. 49, 19 c / c art. 36 do D e c r e t o - L e i ). P o r s u a vez, n o 2? do art. 49, e s t a b e l e c i a u m a s a n ç ã o p a r a os a l u n o s q u e f a l t a s s e m a t r i n t a (30%) das " c o m e m o - r a ç í e s e s p e c i a i s do c e n t r o cívico", q u a l seja, a d e f i c a r e m im p e d i d o s de p r e s t a r e x a m e s finais e m p r i m e i r a o u s e g u n d a época. T a l sanção, p o r õbvio, e q u i v a l i a ã v i r t u a l e l i m i -

168 159 n a ç ã o â o a l u n o n o r e s p e c t i v o ano. O E s t a d o a u t o r i t á r i o, c o m o se vê, v a l e n d o - s e dos i n s t r u m e n t o s l e g a i s ao s e u a l c a n c e p o r u m lado, e, p o r o u t r o, u t i l i z a n d o - s e i n d e v i d a m e n t e d a e s t r u t u r a e d u c a c i o n a l, l e v a v a a e f e i t o i n c o n t e s t a d a d o m i n a ç ã o s o b r e t o d o o g r u p o s o c i a l q u e era, t o d a v i a, e n c o b e r t a s o b o a s p e c t o de u m n a c i o n a l i s m o d i s c u t i v e l m e n t e e x a c e r b a d o. N a s e q ü ê n c i a c r o n o l ó g i c a, v a m o s e n c o n t r a r agora, o D e c r e t o - L e i n 9 4, de 09/04/42, n o m i n a l m e n t e c o n h e c i d o L e i O r g â n i c a d o E n s i n o S e c u n d á r i o ", que i n s t i t u i u as b a s e s p o r do e n s i n o s e c u n d á r i o n o p aís. S e g u n d o o art, 19 da c h a m a d a "Lei O r g â n i c a ", o en s i n o s e c u n d á r i o t e r i a as s e g u i n t e s f i n a l i d a d e s : "J. fotiman., em pnoòi>eguzmento da obsia educ.a íva do e.niã.no pfilmãtvio, a pex.6 onazzda.de. Znt2.gn.aZ doi ado Ze& cente.6. 2, Ace.ntu.ati e. ezevan, na oamação et,pztiltuaz dot> adozeò ce.nte.6, a coni, czêncza patfizõtzca e. a conòczêncza humanzòtlca. 3. Va/i ptiepasiação InteZectuaZ genaz que poóàa òen vza. de bate e e&tudot> mai.t> eze.vadot> de fiosimaçao eòpeclaz". N a s u a e s t r u t u r a, o c u r s o s e c u n d á r i o e s t a v a d i v i d i d o e m d o i s c i c l o s a saber: o p r i m e i r o, q u e c o r r e s p o n d e r i a u m sõ c u r s o c h a m a d o g i n a s i a l ; jã o s e g u n d o, a b r a n g e r i a a dois T 8 6 B R A S I L, Leis. d e c r e t o s, etc, D e c r e t o - L e i n9 4, de 09 d e a b ril de 1942, R e v i s t a F o r e n s e, S ã o P a u l o, 1942, (em a n e x o ),

169 160 cursos, chamados curso clássico e curso científico. O c u r s o g i n a s i a l t e r i a á d u r a ç ã o de q u a t r o (4) a nos, e n q u a n t o os c u r s o s c l á s s i c o e c i e n t í f i c o, t e r i a m a du r a ç ã o d e t r ê s (3) anos c a d a um. Analisando-se de per si, cada um dos cursos seus diferentes ciclos, verificar-se-á o seu nítido caráter nos de "cultura geral e haumanísta" consubstanciado em disciplinas como: Historia geral, História do Brasil, Geografia Geral e do Brasil, Física, Química, Espanhol, Desenho, Biologia, Latim, Grego (optativo), Inglês, Francês, etc... Por outro lado, a exemplo da reforma efetuada por Francisco Campos, esta, igualmente, tinha caráter propedêutico ou de preparação para ingresso nos diferentes cursos superio r e s. 187 Referindo-se â reforma, afirma ROMANELLI: "ktem dz&òo, &o bne&òazam, noó dozò nzveiò, uma preocupação exceò&lvamente enciclopedica e au-òência de. distinção ò ubòtanciaz entfie o& doi& cufi- &0-ó: o czã&òico e o cientz& ico, Finalmente, o cua. fizculo não en.a diveti&i fica d o, nem &eque.fi quanto aoò nzve.it>, iendo ph.atzcamen.te a& me&mai d i& cip li naò em quaòe todaò at> Aesiie*". Por outro lado, o caráter dual da reforma coiri retorno às origens da velha Republica era evidente, e, o ensino secundário tornou-se um ensino para "elites". Entretanto, dois aspectos negativos estão a evi- R O M A N E L L I, O t a í z a d e O l i v e i r a,, op, cit., p, 158,

170 161 d e n c i a r a i d e o l o g i a p o l í t i c a d o g o v e r n o de c u n h o e m i n e n t e m e n t e f a s c i s t a c o n t i d o s n a r e f o r m a d e c r e t a d a. S ã o eles: o p r i m e i r o, i n s e r i d o n o art. 20 q u e d e t e r m i n a v a a " e d u c a ç ã o m i l i t a r " a t o d o s o s a l u n o s d o s e x o m a s c u l i n o a p a r t i r d o s d e z e s s e i s (16) a n o s e a o s c o m m e n o s d e s s a idade, a " i n s t r u ç ã o p r e m i l i t a r ". N o p a r á g r a f o ú n i c o d e s s e a r t i g o e s t a v a p r e v i s t o : "PaAãgsiaúo Único: A& dih.e.t>iizqj> ptdagogicaò in&tfiução pfltmi.zi.tati e da in&ttliiç.ão militan. 1 8 ft fiao ixada& pelo MinÍAte.n.io da GuztJia". da ò z A q u e s t ã o d a e d u c a ç ã o p r é - m i l i t a r já f oi p o r n ó s a b o r d a d a q u a n d o d a a n á l i s e d o E n s i n o I n d u s t r i a l, v a l e n d o, pois, a q u e l a s c o n s i d e r a ç õ e s p a r a e s t a o p o r t u n i d a d e. N o t e x t o d o D e c r e t o - L e i, p a r e c e - n o s, h á u m a im p r e c i s ã o t e r m i n o l ó g i c a de c o n c e i t o s, já q ue o c a p u t d o a r t i g o f a l a e m " e d u c a ç ã o m i l i t a r ", e n q u a n t o q ue o seu p a r á g r a f o ú n i c o r e f e r e - s e à " i n s t r u ç ã o m i l i t a r " d a n d o a e n t e n d e r q u e a m b a s e x p r e s s õ e s são e q u i v a l e n t e s. S e g u n d o o D e c r e t o - L e i n que d i s p ô s s o b r e o E n s i n o M i l i t a r, já m e n c i o n a d o, a i n s t r u ç ã o p r é - m i l i t a r desti^ n a v a - s e a " h a b i l i t a r os a l u n o s dos i n s t i t u t o s c i v i s de ensino, m e n o r e s d e 16 anos, a o i n g r e s s o n a s u n i d a d e s - q u a d r o s, t i r o s d e g u e r r a o u e s c o l a s de i n s t r u ç ã o m i l i t a r ", c o m p r e e n d e n d o a i n d a, 188,. B R A S I L. Leis, d e c r e t o s, etc. D e c r e t o - L e i n de 09 d e a b r i l de op. cit. (em anexo).

171 162 p o r o u t r o l a do, "a p r á t i c a de i n s t r u ç ã o e l e m e n t a r de o r d e m - u n i da (sem a r m a s ) ", a " e d u c a ç ã o m o r a l e cívica, e o e n s i n o e l e m e n tar d a i n s t r u ç ã o g e r a l (regras de d i s c i p l i n a, h i e r a r q u i a 189 e x e r c i t o, e t c. ) ". A e d u c a ç ã o m i l i t a r, por sua vez, se é q u e o do le g i s l a d o r u n i t á r i o p r e t e n d i a f a z e r a l g u m a d i s t i n ç ã o, c o m p r e e n d e ria, c r e m o s nós, n ã o sõ a i n s t r u ç ã o p r é - m i l i t a r p r o p r i a m e n t e di t a c o m o t a m b é m t o d o o e m b a s a m e n t o t e õ r i c o e d o u t r i n á r i o n e c e s s ã r i o à f o r m a ç ã o d o h o m e m no â m b i t o d a i n s t i t u i ç ã o m i l i t a r. D e q u a l q u e r m o d o, c o m i m p r e c i s ã o ou não, r e s s a l ta a o s o l h o s o c a r á t e r n e g a t i v o de t a l i n s t r u ç ã o e / o u e d u c a ç ã o q u e v i s a v a u n i c a m e n t e o p r o j e t o p o l í t i c o - i d e o l õ g i c o do g o v e r n o de c u n h o c a r a c t e r i s t i c a m e n t e f a s c i s t a e m t e r m o s de n a c i o n a l i m o e x a c e r b a d o. T a i s i l a ç õ e s são a m p a r a d a s, t ambém, p e l o s arts. 22, 23, 24 e s e u s p a r á g r a f o s q u e p r e v ê e m c o m s i n g u l a r d e s t a q u e o e n s i n o d a " E d u c a ç ã o M o r a l e C í v i c a " (Cap. VII) a q u e n õ s já n o s r e f e r í a m o s n e s t e t r a b a l h o. N e s t a o p o r t u n i d a d e, c a b e d e s t a c a r p a r t e d o conti^ do no art. 23 p a r a se ter u m a i d é i a d o que, e f e t i v a m e n t e, se b u s c a v a c o m o e n s i n o s e c u n d á r i o n e s t e c a p í t u l o : "... Oi re& po nò ãv ei& peta educação morai, e CZv:i ca da adole&cencia terão ainda em mira que e i natidade do en&ino òecundãrio formar a& indivi duatidade& condutora*, pelo que..." S C H W A R T Z M A N, S i m o n e t alii, op. cit., p B R A S I L. L e i s, d e c r e t o s, etc. D e c r e t o - L e i n? de 09 d e a b r i l d e op.cit. (em a nexo).

172 163 Daí a i n a r r e d ã v e l c o n c l u s ã o : o e n s i n o secundário, c o m o já se d i s s e, e r a e l i t i s t a e d e s t i n a v a - s e ú n i c a e e x c l u s i v ã m e n t e à f o r m a ç ã o de u m a c l a s s e d i r i g e n t e e v i n h a a o e n c o n t r o d o 'projeto' a m b i c i o s o d o E s t a d o N o v o a t r a v é s de seu.191 " a u t o r i t a r i o e p o p u l i s t a. g o v e r n o E, p o r c e r t o, a p e q u e n a q u a n t i d a d e de a l u n o s q u e f r e q ü e n t a v a m o c u r s o s e c u n d á r i o n ão e r a p r o v e n i e n t e d as d a s m a i s p o b r e s d a s o c i e d a d e, mas, sim, o r i u n d a da c l a s s e c a m a eco n ô m i c a e s o c i a l m e n t e a b a s t a d a. 192 P o r o u t r o lado, C U N H A a n a l i s a n d o d i t a reforma, a f i r m a : "A H.z oh.ma dz Capanzma z da òabon. zljltlòta, poi.6 n zla o zn&lno & zc.iindcih.lo *& z d zà tln a ã ph.zpan.a ção da& i.ndá.vá.dualjldadzí> condutotiat,, -Lòto z, doò komznò quz dzvzn.ão cuòumá.n. a& n.z&poh&abili.dadzò'. maíon.z& dzntn.o da &o cizd a d z z da nação, do* ho_ mzn.5 pon.tadon.z6 deu conczpçõz-6 z a tttu d zi z^ptn.-i tualí, quz z pn.zcá,òo tn^undin. na6 maaaaó, quz z ph.zct&o ton.nan. habztuazò zntn.z o povo'. Eaòz ti. po dz escola òzcundatiia cont>agn.a o duallòmo zdu c a it o n a l. Viòando pn.zpan.an. uma z l l t z d in lg z n t z, 4>Ã.gnZ^Á.ca quz 06 outn.oò fiamoò dz zm i.no dzvzn.zam pn.zpan.an. o& q u z &zn.lam din.á.gldo&". E n o q u e t a n g e à q u e s t ã o de p r e p a r a r " i n d i v i d u a 193 l i d a d e s c o n d u t o r a s, C U N H A r e s s a l t a q u e i s s o " d e i x a c l a r o o p r o p ó s i t o de d i r i g i s m o d o u t r i n á r i o " R O M A N E L L I, O t a i z a de O l i v e i r a, o p. c i t., p C U N H A, C é l i o da, o p. c i t., p I b i d e m.

173 164 U m o u t r o p o n t o n e g a t i v o q u e m e r e c e u r e p ú d i o é p o c a p o r p a r t e d e s e t o r e s d e m o c r á t i c o s, d i z r e s p e i t o â ç ã o que, s e g u n d o a r e f o r m a, s e r i a m i n i s t r a d a às m u l h e r e s, à e d u c a in s e r i d a no T í t u l o III q u e d i s p u n h a "Do e n s i n o s e c u n d á r i o f e m i n i n o ". N o n ú m e r o 1 d o art. 25, h a v i a a s e g u i n t e d i s p o s i ç a o : " 1. n.zcomzndãvzz quz a educação ò zcundátiia daò mulh.zn.z0 t>z ^aça zm zòtabzzzcúnzntoi dz 194 dz zxczuòi.va ^/izqllzncia ázmi.ni.na". zmi.no E, n o n ú m e r o 2, a d i s p o s i ç ã o e r a a i n d a m a i s gra v e e a b s u r d a : "Moò z&tabzzzci.mznto& dz zn-6i.no &zcundãn.i.o &A.Z qâzntado* pofi homzn& z muzhzn.z&, òzfiã a zducação dzita& mi.ni.0tn.ada6 qm czaòòz& zxczuói.vamzntz z mi.ni.na6. Eitz pn.zc.zi.to &Õ dzixan.ã dz vi.goa.aa. pon. moti.vo fizzzvantz, z dada zipzci.az autorização do Myini.òtzA.i.0 da Educação". C o m o r e s s a l t a e v i d e n t e, o e s p í r i t o a n t i d e m o c r ã t i c o e d i s c r i m i n a t ó r i o e r a m a t ô n i c a de tais d i s p o s i ç õ e s. N u m a f a s e d e i n t e n s a m o b i l i d a d e s o c i a l c o m o q u e e s t a v a p a s s a n d o o B r a s i l d a época, e, p o r o u t r o lado, â m b i t o e x t e r n o, o c o m b a t e d a s f o r ç a s d e m o c r á t i c a s a l i a d a s a n o c o n t r a o n a z i - f a s c i s m o e u r o p e u, e r a t o t a l m e n t e i n c o m p r e e n s í v e l ao 194. B R A S I L. L e i s e D e c r e t o s, etc. D e c r e t o - L e i n de 09 d e a b r i l d e R e v i s t a Forense, S ã o P a u l o, 1942 (em a n e x o ) i b i d e m.

174 165 b o m s e n s o, c o n t i v e s s e u m a r e f o r m a de g r a n d e e n v e r g a d u r a, tais n o r m a s e m s e u b o j o. T a l v e z, n o s s e j a p o s s í v e l e x p l i c a r a i n d a r a p i d a m e n t e a r a z ã o d a i n s e r ç ã o de t a i s d i s p o s i t i v o s n a que aludi^ d a r e f o r m a. 196 S e g u n d o S C H W A R T Z M A N, G u s t a v o C a p a n e m a a s s u m i ra e m o M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o e S a ú d e e m r a z ã o de a c o r d o f e i t o e n t r e o r e g i m e d e V a r g a s e a Igreja, p r o p o s t o u m an t e r i o r m e n t e p o r F r a n c i s c o Campos. C o m o c o n s e q ü ê n c i a, n a C o n s t i t u i ç ã o d e 34, v á r i a s e m e n d a s r e l i g i o s a s f o r a m a p r o v a d a s. A s s i m, C a p a n e m a, e r a u m h o m e m de c o n f i a n ç a da Igreja, m u i t o e m b o r a n ã o r e l i g i o s o p e s s o a l m e n t e f a l a n d o, e, em r a z ã o d i s s o, s o f r e u c o n s i d e r á v e l i n f l u ê n c i a p o r e s t a a t r a v é s d e seu r e p r e s e n t a n t e l e i g o m a i s i n f l u e n t e - A l c e u A m o r o s o Li m a. Dal, para a introdução de tais dispositivos reforma de sua autoria, era questão de apenas um passo na sem qualquer obstáculo. Q u a n t o ao a s s unto, n a p a r t e f i n a l d e s t e capítulo, a d u z i r e m o s m a i s a l g u m a s c o n s i d e r a ç õ e s. N o q u e t a n g e ao e n s i n o r e l i g i o s o, c a b e m a q u i al g u m a s o b s e r v a ç õ e s S C H W A R T Z M A N, S i m o n et alii, op. c i t., p. 47.

175 166 C o m o já f r i s a m o s, p e l a C o n s t i t u i ç ã o de 1937, o e n s i n o r e l i g i o s o foi c o n s i d e r a d o f a c u l t a t i v o n a s e s c o l a s p r i m ã rias, n o r m a i s e s e c u n d á r i a s, n ã o se c o n s t i t u i n d o e n e m t e n d o o c a r á t e r de u m a d i s c i p l i n a a u t ô n o m a. S e q u e r a f r e q ü ê n c i a e r a o b r i g a t ó r i a. C o n t u d o, d i v e r s a m e n t e, na r e f o r m a C a p a n e m a o r a s o b a n á l i s e, p a r e c e - n o s, o e n s i n o r e l i g i o s o t e m c a r á t e r o b r i g a tório, f a c e à m a n e i r a d e c o m o se a p r e s e n t a o c o n t e ú d o d o t e x t o legal. S e n ã o v e j a m o s : "Art e.n-i>í.no de religião constitui integrante da educação da adolescência, parte sendo izcito aos estabelecimentos de en&ino secundário incluz-lo nas disciplinas do primeiro e do segun do ciclo. Parágrafo Onico. Os programai de en&ino de gião e o seu regime didático serão fixado & # 1Q 7 autoridade eclesiastica"..grifos n o s s o s ) reli pela Ora, n ã o ê n e c e s s á r i o g r a n d e e s f o r ç o i n t e r p r e t a t i v o p a r a a f e r i r - s e o c a r á t e r o b r i g a t ó r i o do a l u d i d o e n s i n o. C o m e f e i t o, a u t i l i z a ç ã o d o v e r b o " c o n s t i t u i r " c o m o s e u s e n t i d o g r a m a t i c a l de - ser p a r t e e s s e n c i a l de, c o m p o r, etc., d á i d é i a d a f o r ç a i m p e r a t i v a c o m q u e foi u t i l i z a d o a o r e f e r i r - s e ao " e n s i n o d e r e l i g i ã o ". A d e m a i s, a u t i l i z a ç ã o d a e x p r e s s ã o " i n c l u í - l o n a s d i s c i p l i n a s " (leia-se: e n t r e ), dá, i g u a l m e n t e, i d é i a de 197. Ibidem.

176 167 q ue o p r o p ó s i t o de C a p a n e m a t e r i a s i d o a l ç ã - l o â c o n d i ç ã o de e n s i n o o b r i g a t ó r i o. P o r ú l t i m o, a r e f e r ê n c i a a o s " p r o g r a m a s de e n s i n o d e r e l i g i ã o ", c o n s t a n t e n o p a r á g r a f o ú n i c o d o art. 21, p a r e c e - n o s, r e f o r ç a a t e s e d a o b r i g a t o r i e d a d e d o e n s i n o c o m o u m a d i s c i p l i n a a u t ô n o m a, i n c l u s i v e. N a s e q ü ê n c i a h i s t ó r i c a, p a s s e m o s a g o r a â a n á l i s e d o D e c r e t o - L e i n d e 28/12/43, c o n h e c i d o p o r "Lei O r g â n i ca d o E n s i n o C o m e r c i a l ". S e g u n d o d i s p o s i ç ã o l e g a l (art. 19), as f i n a l i d a des d e s t e t i p o d e e n s i n o era, p r i n c i p a l m e n t e, a f o r m a ç ã o d e p r o f i s s i o n a i s p a r a a t i v i d a d e s e s p e c í f i c a s n a á r e a c o m e r c i a l, c o m p r e e n d è n d o a i n d a a c a p a c i t a ç ã o e m " f u n ç õ e s a u x i l i a r e s de c a «198 r ã t e r a d m i n i s t r a t i v o e n o s n e g ó c i o s p ú b l i c o s e p r i v a d o s ". T i n h a, i g u a l m e n t e, o e s c o p o d e d a r p r e p a r a ç ã o à q u e l e s c a n d i d a t o s a c a r g o s m a i s s i m p l e s n o c o m é r c i o e na a d m i n i s t r a ç ã o, a l é m d o que, p r o p i c i a v a c o n d i ç õ e s ao a p e r f e i ç o a m e n to de p r o f i s s i o n a i s d o ramo. O e n s i n o c o m e r c i a l e s t a v a e s t r u t u r a d o d a s e g u i n te m a n e i r a : a) d i v i s ã o do e n s i n o e m d o i s ciclos, c o n t e n d o c a d a qual, i n ú m e r o s c u r s o s (art. 29); b) o s c u r s o s de e n s i n o c o m e r c i a i c o n t i n h a m t r ê s c a t e g o r i a s a saber: c u r s o s de f o r m a ç ã o, c u r s o s d e c o n t i n u a ç ã o e c u r s o s de a p e r f e i ç o a m e n t o ; c) n o q u e t a n g e a o s c u r s o s de 'formação' h a v i a u m c u r s o b á s i c o c o m e r c i a l q u e t i n h a a d u r a ç ã o d e q u a t r o (4) a n o s (art. 49 e seu p a r á g r a f o ú n i c o ) e c o n s t a v a d o p r i m e i r o ciclo, e n q u a n t o q u e o s e g u n d o 198. B R A S I L. L e i s e d e c r e t o s, etc. D e c r e t o n d e 28 de d e z e m b r o d e Léx, São Paulo, (em anexo).

177 168 c i c l o, h a v i a c i n c o c u r s o s a saber: c u r s o de c o m é r c i o e g a n d a, c u r s o de a d m i n i s t r a ç ã o, c u r s o d e c o n t a b i l i d a d e, de e s t a t í s t i c a e c u r s o d e s e c r e t a r i a d o (art. 59) q u e e r a m s i d e r a d o s 'técnicos' e t i n h a m a d u r a ç ã o de t r ê s (3) a n o s r ã g r a f o ú n i c o d o art. 59); d) n o q u e c o n c e r n e aos c u r s o s p r o p a c u r s o c o n (pa de ' c o n t i n u a ç ã o ', i n t e g r a v a m o p r i m e i r o c i c l o (art. 69); e, e) f i n a l m e n t e, o s c u r s o s d e a p e r f e i ç o a m e n o q u e p o d e r i a m ser de p r i m e i r o ou s e g u n d o c i c l o (art. 79). L e v a n d o - s e e m c o n t a a e v o l u ç ã o das c o n d i ç õ e s c i o - e c o n ô m i c a s d a s o c i e d a d e d a época, ê p o s s í v e l f i r m a r - s e só o c a r á t e r p o s i t i v o d e s t a r e f o r m a, face ao c r e s c e n t e s u r g i m e n t o d e n o v a s p r o f i s s õ e s q u e e s t a v a m a n e c e s s i t a r c o r r e s p o n d e n t e m e n te d e n o v o s p r o f i s s i o n a i s p a r a o c u p a ç ã o d a q u e l a s. T a i s p r o f i s s i o n a i s, p o r sua vez, d e v e r i a m c o n t a r c o m u m a h a b i l i t a ç ã o t é c n i c a p a r a o c u p a ç ã o de n o v o s c a r g o s f u n ç õ e s, daí e m e r g i n d o a i m p o r t â n c i a d e s t e r a m o d o e n s i n o o u mé dio. P o r o u t r o lado, o c r e s c i m e n t o e c o m p l e x i d a d e m á q u i n a b u r o c r á t i c o - e s t a t a l na c o m p o s i ç ã o de seus q u a d r o s, t a v a a e x i g i r, i g u a l m e n t e, o r e c r u t a m e n t o de p r o f i s s i o n a i s da es ha b i l i t a d o s p a r a o d e s e m p e n h o d e i n ú m e r a s f u n ç õ e s o q u e d e m o n tra t a m b é m a i m p o r t â n c i a d o r e f e r i d o ensino. C o n t u d o, e x c e t u a d o s o s a s p e c t o s p o s i t i v o s d e s t a r e f o r m a p a r a a q u e l a é p o c a q u e se e s t a v a v i v e n d o, e x i s t e m p o r o u t r o l a d o os p o n t o s n e g a t i v o s. E n t r e e les, p o d e m o s m e n c i o n a r : a) i n s t r u ç ã o p r é - m i l i t a r p a r a o s a l u n o s d o s e x o m a s c u l i n o (art. 11, 19 d o De c r e t o - L e i ).

178 169 N e s t e p a r t i c u l a r já t i v e m o s a o p o r t u n i d a d e m a n i f e s t a r n o s s a d e c e p ç ã o e d e s a c o r d o c o m r e f e r ê n c i a â t a l d e in t e n ç ã o e o s f i n s q u e se b u s c a c o m tal i n s t r u ç ã o, d e s m e r e c e n d o p o i s, a g o r a, q u a i s q u e r o u t r a s c o n s i d e r a ç õ e s a d i c i o n a i s ; b ) c h a m a d a " E d u c a ç ã o m o r a l e c í v i c a ", p r e v i s t a n o art. 38 d o a De c r e t o - L e i q u e, t a m b é m, p r e s t a v a - s e ao a t e n d i m e n t o d o p r o j e t o p o l í t i c o d o E s t a d o N o v o, a t r a v é s de sua c l a s s e d i r i g e n t e e a u t o r i t á r i a, c o m o já t i v e m o s o p o r t u n i d a d e de c o m e n t a r ; c ) f a l t a d e f l e x i b i l i d a d e d e s t e t i p o de e n s i n o c o m os d e m a i s r a m o s e x i s t e n t e s t o r n a n d o i n v i á v e i s a c o n t i n u a ç ã o d os e s t u d o s p o r p a r t e d o s a l u n o s e m c a s o s d e t r a n s f e r ê n c i a ; e, d) e x c e s s i v a central:! z a ç ã o e c o n t r o l e s o b r e a o r i e n t a ç ã o p e d a g ó g i c a, f e i t a a t r a v é s d e i n s t r u ç õ e s n o r m a t i v a s d o M i n i s t é r i o d a E d u c a ç ã o e S a ú d e, a l é m d a r e g u l a m e n t a ç ã o d o p r ó p r i o D e c r e t o - L e i q u e s e r i a b a i x a d a p e l o P r e s i d e n t e d a R e p ú b l i c a. A p ó s a e d i ç ã o d a 'Lei O r g â n i c a d o E n s i n o cialj o r a e x a m i n a d a, t i v e m o s o a d v e n t o do D e c r e t o - L e i C o m e r n c o m a m e s m a d a t a, que, e n t r e t a n t o, d a d o o s e u o b j e t i v o ( e x p e d i a a l g u m a s n o r m a s c o n s i d e r a d a s n e c e s s á r i a s â e x e c u ç ã o da TL e i O r g â n i c a d o E n s i n o C o m e r c i a l ' ) n ã o t e m q u a l q u e r s i g n i f i c a d o no q u e d i z r e s p e i t o a o s o b j e t i v o s d e s t e t r a b a l h o. Na s e q ü ê n c i a histórica, q u a s e n o t é r m i n o d o go v e r no d o P r e s i d e n t e V a r g a s, e c o n s e q ü e n t e e x t i n ç ã o d o N o v o, d o i s D e c r e t o s - o d e n de 2 6 / 7 / 4 5 e o d e E s t a d o n d e 2 5 / 0 8 / 4 5 a q u e já n o s r e f e r i m o s no c a p í t u l o 2, n ã o têm, i g u a l m e n t e, u m s i g n i f i c a d o e s p e c í f i c o p a r a o a l c a n c e o b j e t i v o s d e n o s s o t r a b a l h o, e i s que, a penas, l i m i t a r a m - s e e x p e d i r n o r m a s s o b r e a c o n c e s s ã o de a u x í l i o s f i n a n c e i r o s dos a ao

179 170 s e t o r e d u c a c i o n a l. C o m a d e p o s i ç ã o d o P r e s i d e n t e V a r g a s e, c o n s e giüentemente, a q u e d a d a s e s t r u t u r a s do E s t a d o N ovo, i n i c i a - s e - i a u m n o v o c i c l o d e r e f o r m a s a p a r t i r de j a n e i r o de 1946, r e f o r m a s e s s a s a i n d a c o n c e b i d a s n o s e x t e r t o r e s d o p e r í o d o au t o r i t ã r i o, m a s q u e já a p r e s e n t a m, s e m d ú v i d a a l g u m a a t e n u a ç ã o c o m r e l a ç ã o à d i s p o s i t i v o s de c a r á t e r d o u t r i n á r i o. E n t r e e l a s e, â g u i s a de i l u s t r a ç ã o, b r e v e c o m e n t á r i o s o b r e as p r i n c i p a i s, q u a i s sejam: a) o f a r e m o s D e e r e t o - L e i n d e 2 / 1 / 4 6, c o n h e c i d o por "Lei O r g â n i c a do E n s i n o P r i m á r i o ; b) o D e c r e t o - L e i n d a m e s m a d a ta, d o p o r " L e i O r g â n i c a N o r m a l " ; e, o D e c r e t o - L e i n c o n h e c i de 2 0 / 8 / 4 6, c o n h e c i d o p o r "Lei O r g â n i c a d o E n s i n o A g r í c o l a ". Q u a n t o à p r i m e i r a, é i m p o r t a n t e d e s t a c a r i n í c i o, a a u s ê n c i a d e d i s p o s i t i v o s de c unho f a s c i s t a de d i r i g i d o r e s d e c o n s c i ê n c i a d e e d u c a d o r e s e e d u c a n d o s. T a l c i r c u n s t â n c i a d e c o r r e d e u m a s é r i e d e fato r e s (final d a g u e r r a m u n d i a l, c o n s o l i d a ç ã o d o i n í c i o d o p r o c e s so d e r e d e m o c r a t i z a ç ã o, etc.) que, e m r a z ã o d o s o b j e t i v o s d e s te e s t u d o, n ã o c o m p o r t a m a a n á l i s e n e s t e t r a b a l h o. P o r o u t r o lado, é i m p o r t a n t e a s s i n a l a r que, p e l a p r i m e i r a v e z, há u m a p r e o c u p a ç ã o d o g o v e r n o f e d e r a l c o m r e l a ç ã o ao e n s i n o p r i m á r i o. E m v e r d a d e, o q u e s e m p r e t i v e m o s a n t e r i o r m e n t e f o r a m r e f o r m a s d e c u n h o e s t a d u a l e q u e v a r i a r a m e m f u n ç ã o d o s i n t e r e s s e s e c o n d i ç õ e s de c a d a Estado. N ã o se podia, assim, f a l a r e m s i s t e m a d e e n s i n o

180 171 p r i m á r i o a n í v e l n a c i o n a l. Q u a n t o a sua e s t r u t u r a, e s t a v a d i v i d i d o c u r s o s, a saber: a) o e n s i n o p r i m á r i o e l e m e n t a r, c o m v á r i o s d u r a ç ã o d e q u a t r o (4) anos; b) o c u r s o p r i m á r i o c o m p l e m e n t a r c o m d u r a ç ã o d e u m (1) ano; e, c) o c u r s o s u p l e t i v o p a r a a d o l e s c e n t e s e a d u l t o s c o m d u r a ç ã o d e d o i s (2) anos (v.arts. 79, 89 e 99). N o q u e t a n g e a o e n s i n o n ormal, h a v i a a i n d a al g u n s r e s q u í c i o s d o a u t o r i t a r i s m o n a c i o n a l i s t a d o E s t a d o N o v o, e m b o r a d e c a r á t e r a t e n u a d o e m r e l a ç ã o ao s e n t i d o p r e c o n i z a d o p e l a s r e f o r m a s de 42 d e C a p a n e m a. (Veja-se a r t s. 1 4, l e t r a "b" e 29) Sua e s t r u t u r a b á s i c a c o m p r e e n d i a d o i s c i c l o s de e s t u d o s, s e n d o q u e o p r i m e i r o, c o m d u r a ç ã o d e q u a t r o anos, d e s t i n a v a - s e ã f o r m a ç ã o de " r e g e n t e s de e n s i n o p r i m á r i o ", e o s e g u n d o, c o m d u r a ç ã o d e t r ê s anos, o b j e t i v a v a a "a f o r m a ç ã o de p r o f e s s o r e s p r i m á r i o s " (art. 29). A i n d a c o m o c o m p l e m e n t o, o c u r s o n o r m a l o f e r e c i a " c u r s o s d e e s p e c i a l i z a ç ã o p a r a p r o f e s s o r e s p r i m á r i o s, e c u r s o s d e h a b i l i t a ç ã o p a r a a d m i n i s t r a d o r e s d o g r a u p r i m á r i o " (art.39). P o r ú l t i m o, q u a n t o ao D e c r e t o - L e i n de 2 0 / 8 / 4 6, q u e i n s t i t u í a a 'Lei O r g â n i c a do E n s i n o A g r í c o l a ', e s t r u t u r a v a o e n s i n o d o s e g u i n t e modo: a) o p r i m e i r o c i c l o, c o m p r e e n d e n d o d o i s c u r s o s d e f o r m a ç ã o c o m d u r a ç ã o d e d o i s cada; e, b) o s e g u n d o c i c l o, c o m p r e e n d i a d u a s m o d a l i d a d e s c u r s o s d e f o r m a ç ã o : c u r s o s a g r í c o l a s t é c n i c o s, d e d u r a ç ã o a n o s de de t r ê s a n o s e os c u r s o s a g r í c o l a s p e d a g ó g i c o s, q u e se subdivi^ d i a m e m d u a s p a r t e s, s e n d o os d a p r i m e i r a, c o m d u r a ç ã o de d o i s

181 172 anos, e os d a s e g u n d a, c o m d u r a ç ã o d e u m ano. E m b o r a d e f o r m a a t e n u a d a, h a v i a a i n d a r e s q u í c i o s d o d i r i g i s m o e d u c a c i o n a l d o E s t a d o Novo, v e i s p e l a l e i t u r a a t e n t a d o art. 19 q u e se r e f e r i a à a l g u n s v e r i f i c a 'prática e d u c a t i v a ' ao d i s p o s t o n o 39 d o art. 38, q u e e s t a b e l e c i a m o c o n d i ç ã o â p r e s t a ç ã o d e e x a m e s f i n a i s a c i r c u n s t â n c i a n ã o t e r o a l u n o f a l t a d o a trinta p o r c e n t o (30%) d a s a u l a s co d e da d a s e m ' p r á t i c a s e d u c a t i v a s '. S e g u n d o a a n á l i s e q u e e l a b o r a m o s d o p e r í o d o, re l a t i v a m e n t e a o p r o c e s s o e d u c a c i o n a l, ê p o s s í v e l s u s t e n t a r m o s a l g u m a s c o o r d e n a d a s. E m p r i m e i r o lugar, d e s t a c a m o s o f a t o d e que p r i m e i r a g r a n d e r e f o r m a, f e i t a por F r a n c i s c o C a m p o s, d e na f o r m a a l g u m a t r a t o u - s e d o e n s i n o primário, m u i t o e m b o r a se t e n h a fei to a l u s ã o a o m e s m o q u a n d o d a c r i a ç ã o d o C o n s e l h o N a c i o n a l de E d u c a ç ã o. P e r m a n e c e u a e s t r u t u r a d u a l d e e nsino, c o m privi. l é g i o s à c l a s s e e c o n o m i c a m e n t e forte. I n s t i t u i u - s e, por D e c r e t o, a f a c u l t a t i v i d a d e do e n s i n o r e l i g i o s o, c o n t r a r i a m e n t e a o q u e d i s p u n h a a C o n s t i t u i ç ã o d e 1891, a i n d a e m v i g o r, pelo m e n o s, t e o r i c a m e n t e. O e n s i n o secundário, q u e já e r a e n s i n o d a s eli tes, a g o r a e s t a v a o f i c i a l i z a d o n e s s e sentido. P o r o u t r o lado, o e n s i n o c o m e r c i a l, e m b o r a im p l e m e n t a d o, t e v e a l g u n s a s p e c t o s p o s i t i v o s no seu c o n j u n t o, n ã o t e n d o, e n t r e t a n t o, a r t i c u l a ç ã o c o m o s d e m a i s s e t o r e s do e n s i n o m é d i o e, a i n d a, n ã o d a v a a c e s s o a o s c u r s o s s u p e r i o r e s.

182 173 Q u a n t o ao a s p e c t o C o n s t i t u c i o n a l, a p e n a s a C o n s t i t u i ç ã o d e 34, tratou, e f e t i v a m e n t e, d e o r g a n i z a r o e d u c a c i o n a l n o país, a d o t a n d o i n ú m e r o s p r i n c í p i o s s i s t e m a d e f e n d i d o s p e l o s P i o n e i r o s d a E d u c a ç ã o Nova. E n t r e t a n t o, o a v a n ç o d u r o u pouco, já que a t i t u i ç ã o d e 37, d e s c u r o u - s e c o m o s i s t e m a e d u c a c i o n a l, Cons; v o l t a n d o à d e s o r g a n i z a ç ã o a n t e r i o r. E, o p i o r, a p a r t i r daí, p r o c u r o u u t i l i z a r - s e d o s i s t e m a e d u c a c i o n a l c o m o i n s t r u m e n t o p o l í t i c o d e d o m i n a ç ã o e c o m o u m d o s m e i o s p a r a a e d i f i c a ç ã o d o E s t a d o N a c i o n a l c o n c e b i d o p o r C a m p o s. N o q u e t a n g e â r e f o r m a C a p a n e m a, o s a l d o p o s i t i v o p o d e ser c r e d i t a d o ao e n s i n o p r o f i s s i o n a l i z a n t e, p e l o menos, e m b o r a e i v a d o d e d i s p o s i t i v o s d e c a r á t e r d o u t r i n á r i o. 0 e n s i n o s e c u n d á r i o, c o n t i n u o u a ser e l i t i s t a e s e r v i u de i n s t r u m e n t o às c l a s s e s d o m i n a n t e s da época, t i t u i n d o - s e, p o r o u t r o lado, e m m e r a p a s s a g e m p a r a o c o n s e n s i n o s u p e r i o r. P o r ú l t i m o, c o m a q u e d a do E s t a d o N o v o e o c e s s o d e r e d e m o c r a t i z a ç ã o d o país, t e v e i n í c i o e m 194 6, p r o n o v o c i c l o d e r e f o r m a s, c o n t e m p l a n d o agora, o e n s i n o f u n d a m e n t a l e t r a t a n d o - o a n í v e l n a c i o n a l. D e s t a c a - s e, f i n a l m e n t e, a p r e s e n ç a, a m b o r a a t e n u a d a, n o s e n t i d o p r o f i s s i o n a l i z a n t e de r e s q u í c i o s d o u t r i n a r i o s d o E s t a d o Novo.

183 A L G U M A S I N F L U Ê N C I A S (POSITIVAS} D O P E R Í O D O. C o m este subtítulo, p r e t e n d e m o s em b r e v e s u m a r i o, t e n t a r e v i d e n c i a r a e x i s t ê n c i a de i n f l u ê n c i a s ('de t o d a ordem) que, t e n d o o r i g e m do p e r í o d o o b j é t o de a n a l i s e, a l c a n ç a r e m a fase s e g u i n t e, q u a n d o instaurou-.se o p r o c e s s o de r e d e m o c r a t i z a - ção do p a f s, em C o m a q u e d a do E s t a d o N o v o e d e r r u b a d a do a u t o r i t a r i s m o, a s o c i e d a d e b r a s i l e i r a e x p e r i m e n t o u u m a n o v a c o n c e p ção de v i d a, t e n d o por b a s e a C o n s t i t u i ç ã o de 18 de s e t e m b r o de 1946, c u j o s p r i n c í p i o s l i b erais d e m o c r á t i c o s i r i a m i n f l u e n c i a r i g u a l m e n t e n a ã r e a e d u c a c i o n a l. O b s e r v a n d o - s e a t e n t a m e n t e o c a p í t u l o II do T í t u l o VI da C o n s t i t u i ç ã o de 46, p a r a a C o n t r i b u i ç ã o da Lei de D i r e t r i zes e B a s e s, d e d i c a d o ã e d u c a ç ã o e a c u l t u r a, v e r i f i c a r - s e - ã não t e r e m s i d o e m v ã o as lutas i d e o l o g i c a s t r a v a d a s no i n í c i o da d é c a d a de 30 e n t r e r e p r e s e n t a n t e s c a t o l i c o s e e d u c a d o r e s p r o g r e s - s istas, a c e r c a da i n t r o d u ç ã o na C o n s t i t u i ç ã o de 34, de p r i n c í - p i o s como: e s c o l a p ú b l i c a, g r a t u i d a d e do ensi i-ig, e d u c a ç a o c o m o d i r e i t o, n a o r g a n i z a ç ã o e d e s c e n t r a l i z a ç ã o do s i s t e m a e d u c a c i o n a l a n í v e l n a c i o n a l, etc.. Do m e s m o m odo, tais p r i n c í p i o s f o r a m c o n s i g n a d o s n o t e x t o da N o v a C o n s t i t u i ç ã o s u r g i d a e m 46, n ã o s o m e n t e p o r c o n s t i t u í r e m p o n t o s f u n d a m e n t a i s de l utas i d e o l ó g i c a s de g r a n d e i m p o r t â n c i a no. i n í c i o da d é c a d a de 30., mas, p r i n c i p a l m e n t e por que a s o c i e d a d e do p ó s - g u e r r a s a c u d i d a p è l o s v e n t o s d e m o c r á t i c o s que s o p r a v a m do e x t e r i o r, e, s a t u r a d a a ' n í v e l i n t e r n o p e l a a s f i x i a c a u s a d a p e l o l ongo p e r í o d o de a u t o r i t a r i s m o g o v e r n a -

184 175 m e n t a l r e c é m e x t i n t o, a n s i a v a p o r u m a n o v a c o n c e p ç ã o de vida, n a q u a l l he f o s s e a s s e g u r a d a u m a v i d a d i g n a e e m l i b e r d a d e. C o m o se n ã o b a s t a s s e m e s t e s d o i s m o t i v o s a n t e s m e n c i o n a d o s, p a r e c e - n o s i m p o r t a n t e a f i r m a r q u e os c o n s t i t u i n t e s d e 46 c o m a v i s ã o g e r a l d o p a s s a d o r e c e n t e e, f a c e ã r a l m u t a ç ã o d a s i d é i a s que se p r o c e s s a m ã v e l o c i d a d e d a e m v á r i o s c a m p o s, c o m p r e e n d e r a m a i m p o r t â n c i a d o p r o c e s s o n a t u luz e d u c a c i o n a l n o d e s e n v o l v i m e n t o s õ c i o - e c o n ô m i c o d o pais. P o r o u t r o lado, c o m p r e e n d e u - s e t a m b é m n o a n o de 1946 que, a e d u c a ç ã o, sem c o n s t i t u i r m o n o p ó l i o d o Estado, a e s t e c a b e r i a, p r i o r i t a r i a m e n t e, g a r a n t i - l a a t o d o s os t o s d a s o c i e d a d e, t r a ç a n d o as d i r e t r i z e s b á s i c a s p a r a a s e g m e n sua i m p l e m e n t a ç ã o. N e s s a o b r a a ser l e v a d a a v a n t e p e l o E s t a d o, p o d e r i a s e r d e s p r e z a d a a c o n t r i b u i ç ã o d a f a m í l i a e d o p r i v a d o c o m o i n t e r v e n i e n t e s n o p r o c e s s o e d u c a t i v o d a s n ã o s e t o r g e r a ções. D o u t r o m odo, t e n d o e m v i s t a os a n t e c e d e n t e s t ó r i c o s q u a n t o às r e f o r m a s e d u c a c i o n a i s, o p r ó p r i o g o v e r n o d e r a l, a t r a v é s d o seu M i n i s t é r i o da E d u c a ç ã o, na p e s s o a d o h i s fe M_i n i s t r o C l e m e n t e M a r i a n o, teve a s e n s i b i l i d a d e de, l e v a n d o e m c o n t a o s p r i n c í p i o s f i x a d o s na C o n s t i t u i ç ã o d e 46, t i t u i r "uma c o m i s s ã o d e e d u c a d o r e s c o m o f i m d e e s t u d a r e c o n s p r o p o r u m p r o j e t o d e r e f o r m a g e r a l d a e d u c a ç ã o n a c i o n a l ". Isto, ao n o s s o ver, t inha u m s i g n i f i c a d o tante, q u a l seja: a c o n s t a t a ç ã o e r e c o n h e c i m e n t o p o r i m p o r p a r t e d o g o v e r n o f e d e r a l d e que, e m t e r m o s e d u c a c i o n a i s, s e r i a desass

185 176 t r o s o n o a s p e c t o s o c i a l e i n v i á v e l n o j u r í d i c o - p o l í t i c o q u e r r e f o r m a q u e f o s s e f e i t a n o s m o l d e s a n t e r i o r e s, o u c o n f e c c i o n a d a e m g a b i n e t e e c o m i n t e r f e r ê n c i a de a p e n a s q u a l seja, a l g u m a s p e s s o a s. N e s t e passo, ainda, e r a a c o n s t a t a ç ã o q u e s e ndo a e d u c a ç ã o u m a f u n ç ã o e m i n e n t e m e n t e p ú b l i c a, sua o r g a n i z a ç ã o n o s s e u s d i f e r e n t e s n í v e i s, c o n s t i t u í a - s e o b j e t o de u m a a ç ã o p o l í t i c a e, esta, p o r sua n a t u r e z a e s t á a f e t a ao P o d e r L e g i s l a tivo, c u j o s s e u s i n t e g r a n t e s são, e m ú l t i m a a n á l i s e, r e p r e s e n t a n t e s d o povo. N o u t r o s e n t i d o, as r e f o r m a s f e i t a s na d é c a d a de 30 e i n í c i o d a de 40, n ã o o b s t a n t e o s t r o p e ç o s h a v i d o s e o s p o n t o s n e g a t i v o s n e l a s c o n t i d o s, l e gou a o s e d u c a d o r e s, ao go v e r n o e m e s m o aos p o l í t i c o s, a idéia de q u e - sem l i b e r d a d e pa ra o e n s i n o e sem u m m í n i m o d e d e m o c r a t i z a ç ã o no p r o c e s s o, n ã o ê p o s s í v e l e m p r e e n d e r - s e q u a l q u e r r e f o r m u l a ç ã o n o s e t o r e d u c a c i o n a l. T ambém, o u t r a c o n t r i b u i ç ã o i m p o r t a n t e q u e te a i n f l u ê n c i a do p e r í o d o a n t e r i o r sobre o s s e g u i n t e s, r e f l e diz r e s p e i t o à n e c e s s i d a d e de o r g a n i z a ç ã o de u m 'plano g l o b a l ' pa ra a e d u c a ç ã o a n í v e l n a c i o n a l, c u j a s n o r m a s b á s i c a s s e r i a m se g u i d a s p e l a s u n i d a d e s f e d e r a d a s sem, c o n t u d o, c o n t e r u m a rig_i d e z q u e p o s s a d i f i c u l t a r sua a p l i c a ç ã o n a p r á t i c a. F i n a l m e n t e, u m a o u t r a c o n t r i b u i ç ã o d e i x a d a â é p o ca, p a r a os r e s p o n s á v e i s p e l a e d u c a ç ã o, foi a c o n c e r n e n t e â fi x a ç ã o d e r e c u r s o s p a r a a i m p l e m e n t a ç ã o d e q u a l q u e r r e f o r m a que se q u e i r a f a z e r n o s e t o r e d u c a c i o n a l, d e v e n d o p a r a tanto, a

186 U n i ã o e o s E s t a d o s, e o s M u n i c í p i o s d e n t r o d o s s e u s r e s p e c t i v o s o r ç a m e n t o s, e s t i p u l a r e m o s p e r c e n t u a i s o u a m a n e i r a d e c o m o s e r ã o p r o v i d o s o s f u n d o s p a r a o a t e n d i m e n t o d a q u e l a o u pa ra o a l c a n c e d o s o b j e t i v o s n e l a i n s e r i d o s.

187 Considerações Finais

188 179 CONSIDERAÇÕES FINAIS A n t e s de e n c e r r a r m o s a p r e s e n t e d i s s e r t a ç ã o, cum p r e - n o s f a z e r a l g u m a s o b s e r v a ç õ e s s obre as a n a l i s e s f e i t a s a c e r ca d a e d u c a ç ã o n o p e r í o d o e s t u d a d o e as p e r s p e c t i v a s que se a p r e s e n t a m p a r a a t r a n s f o r m a ç ã o do a t u a l q u a d r o e d u c a t i v o. Q u a n d o e x a m i n a m o s o p e r í o d o o b j e t o de n o s s o e s t u do, t i v e m o s o p o r t u n i d a d e de a n a l i s a r as d u a s g r a n d e s e d u c a c i o n a i s, s u b d i v i d i d a s e m tantas o u t r a s o c o r r i d a s r e f o r m a s n a q u e l e e s p a ç o t e m p o r a l, b e m c o m o e x a m i n a m o s c o m o foi t r a t a d a a m a t e - r i a n o s t e x t o s c o n s t i t u c i o n a i s de 34 e que c o n s e g u i m o s v e r i f i c a r, p o r e x e m p l o, n a r e f o r m a e l a b o r a d a p o r F r a n c i s c o Campos, foi o f a t o de ter a e d u c a ção, a t r a v é s do e n s i n o formal, servido, a p e n a s, aos i n t e r e s s e s de u m a c l a s s e e c o n o m i c a m e n t e forte. e n s i n o s e c u n d á r i o. Tal r a c i o c í n i o a p l i c a - s e, n o caso, ã r e f o r m a do A l e m de ter sido uma r e f o r m a de c a r á t e r, ao n o s so ver, e m i n e n t e m e n t e e l i t i z a n t e, era d o t a d a de e n o r m e r i g i d e z q u a n t o a sua e s t r u t u r a g lobal, o que d e t e r m i n o u, p o r o u tro l a do, u m e s t r a n g u l a m e n t o n a d e m a n d a e d u c a c i o n a l. A d e m a i s, u m o u t r o a s p e c t o n e g a t i v o d a q u e l a r e f o r ma, r e f e r í a - s e â c i r c u n s t â n c i a de s e r v i r de d e g r a u p a r a o i n g r e s s o aos c u r s o s s u p e r i o r e s corno ja a c o n t e c i a a n t e r i o r m e n t e. QTa, c o m tal escopo, qual seja, a f o r m a ç ã o. de

189 180 u m a c a s t a i n t e l e c t u a l, e s t a v a o g o v e r n o p r o v i s ó r i o d a q u e l a é p o c a v i s a n d o a c o n s t i t u i ç ã o d e uma e l i t e d i r i g e n t e p a r a o fu turo, t e n d o e m v i s t a, i n c l u s i v e, seu p r o j e t o d e i n d u s t r i a l i z a ç â o d o p aís. A c r e s c e r e s s a l t a r, ainda, que, a r e f o r m a d o se c u n d á r i o, n o c a s o d a d a c o m o e x e m p l o, n ã o a t i n g i u o seu papel, e i s q u e f i c o u a d s t r i t a a a l g u m a s r e g i õ e s, pois, n ã o t i n h a ca r á t e r n a c i o n a l. O m e s m o r a c i o c í n i o, c o m a p e n a s a l g u m a s a l t e r a ç õ e s, a p l i c a - s e à r e f o r m a do e n s i n o c o m e r c i a l q u e p a d e c i a de i n ú m e r o s d e f e i t o s, c o m o a r i g i d e z d a sua e s t r u t u r a, a c e n t r a l i z a ç ã o a d m i n i s t r a t i v a, e n t r e o utros. Q u a n t o ao e n s i n o r e l i g i o s o, e m b o r a v e d a d o p e l a C o n s t i t u i ç ã o d e 1891, f o i i n t r o d u z i d o no s i s t e m a e d u c a c i o n a l e m r a z ã o d o s i n t e r e s s e s d o g o v e r n o e m m a n t e r uma b o a r e l a ç ã o c o m a I greja. P o s t e r i o r m e n t e, t i v e m o s a C o n s t i t u i ç ã o d e 3 4, que, e f e t i v a m e n t e, f oi o m a r c o i m p o r t a n t e p a r a a e d u c a ç ã o d e n t r o d o p e r í o d o o r a e m estudo. O s p r i n c í p i o s e d i r e t r i z e s n e l a c o n s t a n t e s e, p o r o u t r o lado, a e x i s t ê n c i a d e r e f e r ê n c i a a u m p l a n o n a c i o n a l de e d u c a ç ã o, e s t a v a m a i n d i c a r o c o m e ç o d e uma n o v a e r a e s t a ú l t i m a, o que, i n f e l i z m e n t e, n ã o o c o r r e u ; em r a z ã o s u p e r v e n i ê n c i a do g o l p e d e E s t a d o d e q u e i m p l a n t o u p a í s u m a r í g i d a d i t a d u r a c o m i m e d i a t o s r e f l e x o s n o s e t o r p a r a d a n o e d u c a c i o n a l. A C a r t a o u t o r g a d a de 19 37, p o r sua feita, c o m o

190 181 t i v e m o s a o p p r t u n i d a d e de e n f a t i z a r, e s t a b e l e c e u n í t i d a d i s c r i m i n a ç ã o e n t r e a e d u c a ç ã o que se d a r i a â d e t e r m i n a d a classe(ábà_s t a da) e E que se d a r i a a c l a s s e " m e n o s f a v o r e c i d a ". Ora, ao e s t i m u l a r d e t e r m i n a d o p a d r ã o de e n s i n o v i s a n d o â f o r m a ç ã o de m ã o - d e - o b r a e s p e c i a l i z a d a, e s t a v a o g o v e r n o, n i t i d a m e n t e, f o r t a l e c e n d o o s i s t e m a c a p i t a l i s t a q u a n t o âs r e l a ç õ e s de t r a b a l h o e c a p i t a l, e, p o r outro, g e r a v a u m f a t o r de i n f l u ê n c i a em termos de d e m a n d a p a r a o e n s i n o c o n s i d e r a d o 'nob r e ', n o caso, o e n s i n o s e c u n d á r i o. D o u t r o m o d o, ã e x c e ç ã o de alguns a s p e c t o s p o s i t i v o s q ue se o r i g i n a r a m da C o n s t i t u i ç ã o de 34, a C o n s t i t u i ç ã o de 37, de c u n h o a u t o r i t á r i o e f a s c i s t a, a l é m do c a r á t e r d i s c r i m i n a t ó r i o e a n t i d e m o c r á t i c o, s e r v i u p a r a a p r o m o ç ã o de a m p l a c a m p a n h a de f e i ç ã o i d e o l ó g i c a e m f u n ç ã o dos i n t e r e s s e s da c l a s s e que d e t i n h a o p o d e r t e n d o c o m o u m dos i n s t r u m e n t o s - a e d u c a ç ã o,a t r a v ê s de i n ú m e r o s d i s p o s i t i v o s a n t e s a n a l i sados. F i n a l m e n t e, t i v e m o s a r e f o r m a C a p a n e m a, que a p a r dos s e u s a s p e c t o s p o s i t i v o s, i g u a l m e n t e, c o n t o u c o m i n ú m e r o s dis p o s i t i v o s de n í t i d a t e n d ê n c i a i d e o l ó g i c a em prol do E s t a d o Novo e do s eu r e s p e c t i v o e n g r a n d e c i m e n t o. N a q u e l a fase, c o m o - v i m o s, a e d u e a ç ã o foi a r d i l o s a m e n t e m a n i p u l a d a p e l a c l a s s e d o m i n a n t e que se a c h a v a â t e s t a do g o v e r n o, a fim de a t e n d e r a u m p r o j e t o que não era da nação. e que s o m e n t e a t e n d i a aos i n t e r e s s e s d a q u e l a que d o m i n a v a e que p r o c u r a v a, h a b i l m e n t e, e n c o b r i r tal c i r c u n s t â n c i a. Q u e r nos p a r e c e r que, o b s e r v a d a s a t e n t a m e n t e t odas as p r e m i s s a s h i s t ó r i c a s da época, e, p r i n c i p a l m e n t e, as

191 182 f i n a l i d a d e s d a e d u c a ç ã o, n ã o h o u v e n o p e r í o d o em e x a m e, s i s t e m a e d u c a c i o n a l c a p a z d e p r o m o v e r o ser h u m a n o um i n t e l e c tual, m o r a l e e s p i r i t u a l m e n t e, c a p a z d e d o t á - l o d e c o n d i ç õ e s p a r a i n t e r a g i r no c o n t e x t o social, e assim, c o n t r i b u i r em t o d o o s e n t i d o p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o social. E m b o r a p o s s a se c r e d i t a r c e r t o m é r i t o ao d e s e n v o l v i m e n t o da e d u c a ç ã o p r o f i s s i o n a l l e v a d a a e f e i t o no p e r í o d o d e C a p a n e m a, t o d a v i a, n ã o se p o d e e s q u e c e r q u e e s s e t i p o de e d u c a ç ã o n ã o a t e n d e t a n t o o b e m - e s t a r i n d i v i d u a l p e s s o a l m e n t e c o n s i d e r a d o, m a s sim, l e v a e m c o n t a a c o n t r i b u i ç ã o q u e ele pois sa d a r u m a v e z e s p e c i a l i z a d o. M e r e c e ser l e m b r a d o ainda, o c a r á t e r a n t i d e m o c r á t i c o d e a m b a s as r e f o r m a s ( F r a n c i s c o C a m p o s e C a p a n e m a ) e, i g u a l m e n t e, d a C o n s t i t u i ç ã o f a s c i s t a de 37, eis que, de f o r m a alguma, p r o p i c i a r a m a t o d o s o a c e s s o â e d u c a ç ã o, j u s t a m e n t e l e v a n d o - s e e m c o n t a t a m b é m, o f a t o r econômico, r e l a t i v o à pês> s i m a d i s t r i b u i ç ã o d e r e n d a n a s o c i e d a d e b r a s i l e i r a n a s d u a s dé c a d a s e m q u e o c o r r e r a m t a i s r eformas. F i n a l m e n t e, se a t e n t a r m o s p a r a os p r i n c í p i o s e g a r a n t i a s f i x a d o s n a C o n s t i t u i ç ã o de 1988 r e c e n t e m e n t e p r o m u l gada, v e r e m o s que e l e s n ã o se c o n s t i t u e m e m n o v i d a d e p a r a é p o c a a t u a l, e i s que, m u i t o s deles, já p r e c o n i z a d o s p e l o s a P i o n e i r o s h á m a i s de c i n q ü e n t a a n o s atras. E m n o s s a o p i n i ã o, t e m o s agora, c o n d i ç õ e s v a s n o q u e c o n c e r n e a o a s p e c t o legal, de t o r n a r r e a l i d a d e p r i n c í p i o s e n t ã o c o n s a g r a d o s, p r o p i c i a n d o d e s t a f o r m a o efeti^ o s a l c a n ce de u m a e d u c a ç ã o q u e d e s e n v o l v a e m t o d o o s e n t i d o o ser h u m a n o e p o s s i b i l i t a n d o ao m e s m o d e n t r o do t e c i d o s o c i a l o exercí_

192 183 c i o c o m p l e t o da c i d a d a n i a. Contudo, é i m p o r t a n t e f r i s a r m o s, que n ã o b a s t a a m e r a e x i s t ê n c i a p o r si sõ das n o r m a s c o n s t i t u c i o n a i s ou o r d i n á r i a s que v e n h a m a ser c r i a d a s, s endo n e c e s s á r i o, a n t e s de t u do, q u e a própria, s o c i e d a d e a t r a v é s de seus s e g m e n t o s r e p r e s e n t a t i v o s, f i s c a l i z e c o m o p r e c o n i z a o a r t. 208 da C o n s t i t u i ç ã o h o je v i g e n t e, a o b s e r v a ç ã o de tais p r e c e i t o s, p r o m o v e n d o a r e s p o n s a b i l i d a d e dos g o v e r n a n t e s nos d i f e r e n t e s níveis. Se tal m e d i d a n ã o for t o m a d a p e l a s o c i e d a d e como u m t odo, e s t a r - s e - ã c o n t r i b u i n d o p a r a a p e r p e t u a ç ã o dos p r o b l e m a s n a ã r e a e d u c a c i o n a l e, ao m e s m o tempo, t o r n a n d o l e t r a m o r t a a p r e v i s ã o c o n s t i t u c i o n a l.

193 B ibliografia

194 185 B ibliografia X - O B R A S 01. A L T H U S S E R, Loujs. I d e o l o g i a e a p a r e lhos i d e o l o g i c o s do E s t a d o. Trad. J o a q u i m J o s ê de M o u r a Ramos. 3. ed., Lisboa, E d i t o r a P r e s e n ç a, p. 02. A L V E S, A l a ô r Caffê. E s t a d o e i d e o l o g i a. São Paulo, B r a s i - l i e n s e, 1987, 362p. 03. B E L O C H, Israel ABREU, A l z i r a A l v e s de, Coord. D i c i o n á r i o h i s t o r i c o b i o g r á f i c o b r a s i l e i r o : R io de Janei. r o, F o r e n s e U n i v e r s i t á r i a, FGV, B E N D I X, T e i n h a r d. M a x Weber, u m p e r f i l i n t e l e c t u a l. Trad. E l i s a b e t h H a n n a e J o s ê V i e g a s Filho. Brasilia. Ed. U n i y e r s i d a d e B r a s i l i a, 1986, 428p. 05. B I E R R E N B A C H, F l á v i o F l o r e s da Cunha. Q u e m tem m e d o da C o n s t i t u i n t e. Rio de J a n e i r o, Paz e Terra, 1986, 175p. 06. B O B B I O, N o r b e r t o. Estado, g o v e r n o e s o c i e d a d e ; p a r a u m a teo r i a g e ral da p o l í t i c a. Trad. M a r c o A u r é l i o N o g u e i r a. Rio de J a n e i r o, Paz e Terra, p. 07. B O B B I O, N o r b e r t o et alii. D i c i o n á r i o de p o l í t i c a. Trad. Car m e n C. V a r r i a l l e et alii. 2. ed., B r a s í l i a, U n i v e r s i d a d e de B r a s í l i a, 1986, 1328p. 08. B R A N D I, Paulo. V a r g a s : da y i d a p a r a á h i s t o r i a. 2. ed., Rio de J a n e i r o, Z a h a r Ed., p. 09. B O R D E A U, G e o r g e s. 0 Estado. Trad, de C a s c a e s F ranco. São Paulo, P u b l i c a ç õ e s E u r o p a * - A m e r i c a, p.

195 C A R N O Y, M a r t i n. E d u c a ç ã o, e c o n o m i a e E s t a d o ; b a s e e s u p e r e s t r u t u r a : r e l a ç õ e s e m e d i a ç õ e s. Trad. D a g m a r M.L. Zi bas. São Paulo, C o r t e z, p. 11. C H A U Í, M a r i l e n a. O q u e é i d e o l o g i a. 8. ed. São P a u l o, Bra s i l i e n s e, p C O E L H O, L u i s F e r n a n d o. I n t r o d u ç ã o â c r i t i c a d o d i r e i t o. 2. ed. C u r i t i b a, L i v r o s HDV, 1983, 212p. 13. C O O M B S, P h i l i p h. A c r i s e m u n d i a l d a e d u c a ç ã o. 2.ed. São P a u l o, E d i t o r a P e r s p e c t i v a, p. 14. C R I T E L L I, D u l c e M ã r a. E d u c a ç ã o e d o m i n a ç ã o c u l t u r a l ; t e n t a t i v a d e r e f l e x ã o o n t o l ó g i c a. 2. ed., São Paulo, C o r tez, 1981, 92p. 15. C U N H A, C é l i o da. E d u c a ç ã o e a u t o r i t a r i s m o no E s t a d o N o v o. S ã o Paulo, C o r t e z, A u t o r e s A s s o c i a d o s, p. 16. C U R Y, C a r l o s R. J a m i l. I d e o l o g i a e e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a. 2. ed. São Paulo, C o r t e z, A u t o r e s A s s o c i a d o s, p D E U T S C H, Karl. P o l í t i c a e g o v e r n o. 2.ed. B r a s í l i a, Ed. U n i v e r s i d a d e d e B r a s í l i a, p. 18. E S C O B A R, C a r l o s H e n r i q u e. C i ê n c i a da h i s t ó r i a e i d e o l o g i a. R i o d e J a n e i r o, G r a a l, p. 19. F R E I R E, Paulo. E d u c a ç ã o c o m o p r á t i c a da l i b e r d a d e ed. R i o de J a n e i r o, P a z e Terra, p. 20. F R E I R E, Paulo. E d u c a ç ã o e m u d a n ç a. Trad. M o a c i r G a d o t t i e L i l i a n L. M a r t i n. R i o de J a n e i r o, P a z e T e r r a, p. 21. F R E I T A G, B á r b a r a. E s c o l a, E s t a d o e S o c i e d a d e. 6. ed. São P a u l o, M o a r e s, p.

196 22. G A D O T T I, M o a c i r. C o n c e p ç ã o d i a l é t i c a da e d u c a ç ã o. 5. ed. S ã o P a u l o, C o r t e z, p G A L B R A I T, J o h n K e n n e t h. A n a t o m i a do p o d e r. Trad. H i l á r i o T o r l o n i. S ã o Paulo, P i o n e i r a, p. 24. G A R C I A, W a l t e r E s t e v e s. E d u c a ç ã o ; v i s ã o t e ó r i c a e p r á t i c a p e d a g ó g i c a. São Paulo, M c G r a w - H i l l do B r a s i l, p G I L E S, T h o m a s R a n s o n. Estado, p o d e r, i d e o l o g i a. São P a u lo, Ed. P e d a g ó g i c a U n i v e r s i t á r i a, p. 26. G R U P P I, L u c i a n o. O C o n c e i t o de h e g e m o n i a e m G r a m s c i. 2. ed. T r ad. C a r l o s W e l s o n C o u t i n h o. R i o de J a n e i r o,graal, p. 27. G U A N A B A R A, A l c i n d o. A p r e s i d ê n c i a C a m p o s S a l e s. B r a s í l i a, Ed. U n i v e r s i d a d e d e Brasília, p G U T I É R R E Z, F r a n c i s c o. E d u c a ç ã o c o m o p r á x i s p o l í t i c a. 4. ed. P e t r ó p o l i s, Rio de J a n eiro, V o z e s, p. 29. L I M A, D a n i l o. E d u c a ç ã o, i g r e j a e i d e o l o g i a : u m a a n á l i s e s o c i o l ó g i c a d a e l a b o r a ç ã o da L e i de D i r e t r i z e s e Bases. R i o d e J a n e i r o, F r a n c i s c o Alves, p L O T H, M o a c i r. E d u c a ç ã o, i d e o l o g i a e c o n s t i t u i ç ã o. F l o r i a n ó p o l i s, E s t u d a n t i l, p. 31. L U Z U R I A G A, L o r e n z o. H i s t ó r i a da e d u c a ç ã o e da p e d a g o g i a. T r a d. L u i z D. P e n n a e J.B.D.P. São P a u l o, N a c i o n a l, p. 32. M A A R, W o l f g a n g Leo. O q u e é p o l í t i c a. 5.ed. São Paulo, B r a s i l i e n s e, 1984, 117p.

197 35. M A C H A D O, L i a Zanotta. E s t a d o, e s c o l a e I d e o l o g i a. São P a u l o, B r a s i l i e n s e, 1983, 152p M A R C O N D E S F I L H O, Ciro. 0 que t o d o c i d a d ã o p r e c i s a s a b e r s o b r e i d e o l o g i a. São Paulo, Global, p. 35. M A T H I A S, H e r c u l a n o Gomes. G e t ú l i o V a r g a s. R i o d e Janeiro, E d i t o r a T e c n o p r i n t, p. 36. M E K S E N A S, Paulo. S o c i o l o g i a da E d u c a ç ã o. São Paulo, Edi ç õ e s L o y o l a, p. 37. M E L O, O s v a l d o F e r r e i r a de. D i c i o n á r i o d e d i r e i t o político. R i o d e J a n e i r o, F o r e n s e, p. 38. M O C H C O V I T C H, L u n a G alano. G r a m s c i e a e s c o l a. S ã o Paulo, Ed. Ã t i c a, p. 39. M O N R O E, Paul. H i s t ó r i a d a e d u c a ç ã o» Trad. Idel B e c k e r. 17 ed. S ã o Paulo, N a c i o n a l, p. 40. M O R A I S, J o ã o F r a n c i s c o R é g i s de. H i s t ó r i a e p e n s a m e n t o n a e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a ; c o n t r i b u i ç ã o de T r i s t ã o d e A t h a y d e. C a m p i n a s, P a p i r u s, p. 41. P A S O L D, C e s a r Luiz. O E s t a d o e a e d u c a ç ã o. F l o r i a n ó p o l i s, L u n a r d e l l i, p P A V I A N I, Jayme. P r o b l e m a s d e f i l o s o f i a da e d u c a ç ã o. 4.ed. P a t r ó p o l i s, R i o de J a n e i r o, V o z e s, p. 43. P I T O M B O, M a r i a Isabel M o r a i s. C o n h e c i m e n t o, v a l o r e e d u c a ç ã o e m J o h n D e w e y. São Paulo. P i o n e i r a, p. 44. P O U L A N T Z A S, Nicos. O E s t a d o, o poder, o s o c i a l i s m o. T rad. R i t a Lima. 2.ed. R i o d e J a n e i r o, E d i ç õ e s Graal, p.

198 R E Z E N D E, A n t o n i o Muniz. 0 s a b e r e o p o d e r na Universidade: d o m i n a ç ã o o u s e r v i ç o? 1 4. ed., São Paulo, C o r t e z, p. 46. R I B E I R O, M a r i a L u í s a S. H i s t õ r i a da e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a : a o r g a n i z a ç ã o e s c o l a r. S ã o Paulo, M o r a e s, p. 47. R O M A N E L L I, O t a í z a d e O l i v e i r a. H i s t õ r i a d a e d u c a ç ã o n o B r a s i l. 8.ed. P e t r ó p o l i s, R i o d e J a n e i r o, V o z e s, p. 48. R O U S S E A U, J e a n - J a c q u e s. E m i l i o o u d a e d u c a ç ã o. Trad. S êr g i o M i l l i e t. 3. ed. São Paulo, D I F E L, p. 49. S A L V A D O R, A n g e l o D o m i n g o s. C u l t u r a e e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a. P e t r ó p o l i s, R i o d e J a n e i r o, Vozes, p. 50. S A V I A N I, D e r m e n v a l. E d u c a ç ã o B r a s i l e i r a : e s t r u t u r a e sis tema. 6. ed. S ão P a u l o, Cortez, p. 51. S C H W A R T Z M A N, S i m o n e t alii. T e m p o s de C a p a n e m a. R i o de J a n e i r o, P a z e Terra, São Paulo, Ed. d a U n i v e r s i d a d e de S ã o P a u l o, p. 52. SILVA, F r a n c i s c o de A s s i s & B ASTOS, P e d r o Ivo de Assis. H i s t ó r i a d o B r a s i l : Colônia, I m p é r i o e R e p ú b l i c a. 2.ed. S ã o P a u l o, M o d e r n a, p, 53. S K I D M O R E, T h o m a s E. Brasil: de G e t ú l i o V a r g a s e C a s t e l o B r a n c o ( ). Trad, I s m ê n i a T u n e s Dantas. 6. ed. R i o de J a n e i r o, E d i t o r a Paz e T e r r a, p. 54. SOUZA, P a u l o N a t h a n a e l P e r e i r a de. E d u c a ç ã o na c o n s t i t u i ç ã o e o u t r o s e s t u d o s. São Paulo, P i o n e i r a, p.

199 T E I X E I R A, A n í s i o S p í nola. P e q u e n a i n t r o d u ç ã o â f i l o s o f i a d a e d u c a ç ã o : a e s c o l a p r o g r e s s i v a o u a t r a n s f o r m a ç ã o da e s c o l a. 6.ed. S ã o Paulo, N a c i o n a l, p. 56. T E I X E I R A, A n í s i o Spínosa. E d u c a ç ã o n ã o ê p r i v i l é g i o. 4. ed. São P a u l o, N a c i o n a l, p. 57. V A R G A S, L u t h e r o S a r m a n h o. G e t ú l i o V a r g a s : a r e v o l u ç ã o ina c a b a d a. R i o de J a n e i r o, S i n d i c a t o N a c i o n a l d o s E d i t o r e s de L i v r o s, p. 58. T O B I A S, J o s é A n t ô n i o. H i s t ó r i a d a e d u c a ç ã o b r a s i l e i r a. 3. ed. S ã o P a u l o, I brasa, p T R E V I S A N, L e o n a r d o. E s t a d o e e d u c a ç ã o n a h i s t ó r i a b r a s i l e i r a. S ã o Paulo, M o r a e s, p.

200 191 II - L E G I S L A Ç Ã O : 1. C o n s t i t u i ç õ e s 2. D e c r e t o s 3. D e c r e t o s - L e i 1.1. C o n s t i t u i ç ã o d a R e p ú b l i c a dos E s t a d o s U n i d o s do B r a s i l, d e 16 de j u l h o d e 1934, i n C o n s t i t u i ç õ e s do B r a s i l, n i z a d a p o r A n t ô n i o M e n d e s de A l m e i d a, 4.ed. São o r g a Paulo, Ed. Saraiva, C o n s t i t u i ç ã o d a R e p ú b l i c a dos E s t a d o s U n i d o s do B r a s i l, d e 10 d e n o v e m b r o d e 1937, in C o n s t i t u i ç ã o d o B r a s i l, A n t ô n i o M e n d e s d e A l m e i d a, 4.ed. São Paulo, Ed. S a r a i v a, D e c r e t o s * 2.1. D e c r e t o n d e 11 d e n o v e m b r o de D e c r e t o n de 11 de a b r i l de D e c r e t o n d e 11 d e a b r i l d e D e c r e t o n d e 18 de a b r i l de D e c r e t o n d e 30 d e a b r i l d e D e c r e t o n d e 04 d e a b r i l de D e c r e t o n d e 04 d e a b r i l de D e c r e t o s - L e i * 3.1. D e c r e t o - l e i n d e 18 d e n o v e m b r o de D e c r e t o - l e i n d e 22 de j a n e i r o d e D e c r e t o - l e i n d e 30 d e j a n e i r o d e *Qs D e c r e t o s e D e c r e t o s - L e i e n c o n t r a m - s e em a n e x o s.

201 D e c r e t o - l e i n de 09 de a b r i l d e D e c r e t o - l e i n de 09 de a b r i l d e D e c r e t o - l e i n d e 16 d e j u l h o de D e c r e t o - l e i n d e 07 de n o v e m b r o d e D e c r e t o - l e i n de 21 de n o v e m b r o d e D e c r e t o - l e i n d e 28 de d e z e m b r o d e D e c r e t o - l e i n de 02 de j a n e i r o de D e c r e t o - l e i n de 02 de j a n e i r o de D e c r e t o - l e i n de 20 de a g o s t o de! III - D O C U M E N T O S E O U T R O S 1. A L M E I D A, R ô m u l o. E n s i n o p a r t i c u l a r e c r i s e da e d u c a ç ã o. F o l h a d e São P a u l o, São Paulo, 30 jul A N D R A D E, C a r l o s L i n d o m a r. E v o l u ç ã o p o l í t i c o - c o n s t i t u c i o n a l d o B r a s i l. S ã o Paulo, U n i v e r s i d a d e M a c k e n z i e, 1979 (mono g r a f i a p a r a o g r a u d e e s p e c i a l i z a ç ã o e m E s t u d o s B r a s i l e i ros). 3. A Z E V E D O, F e r n a n d o e t alii. 0 M a n i f e s t o d o s p i o n e i r o s da E d u c a ç ã o n ova. R e v i s t a B r a s i l e i r a d e E s t u d o s P e d a g ó g i c o s. B r a s í l i a, 6 5 ( ) : , M a i o / A g o

202 A N E X O S

203 194 i Indice dos Anexos A N E X O I - D E C R E T O N D E 11 D E N O V E M B R O D E A N E X O II - C O M U N I C A Ç Ã O DO GOVERNO PROVISÓRIO A N E X O I II - O M A N I F E S T O D O S P I O N E I R O S D A E D U C A Ç Ã O N O V A A N E X O I V - LEGISLAÇÃO A N E X O V - F O T O S

204 A N E X O I D E C R E T O N D E 11 D E N O V E M B R O D E

205 196 "Vzc.KQ.to nç J9.39S - dz 77 de novzmbro de 1930 Institui o GovzH.no ProvisÕrio da Rzpública dos Estados Unidos do Brasil, z da outras providznc ias. 0 Chzfz do GovzH.no ProvisÕrio da República dos Estados Unidos do Brasil dzcrzta: Art. JÇ -r 0 Goven.no ProvisÕrio zxercerã discri - cionariamente, em toda sua plenitude, as funções e a t ribuições, nao &Õ do Poder Executivo, como tampem do Poder Legislative, ate que, eleita a Assemtil&ia Constituinte, estabeleça esta a reorganização constitucional do p a i s. Parágrafo Ünico - Todas as nomeações z d e m i s sões dz funcionãrios ou de quaisquer cargos públicos, quer sejam efetivos, interinos ou em comissão, competem exclusivamente ao Chefe do Go ven.no ProvisÕrio, Art, 2Ç * confirmada, para todos os efeitos, a dissolução do Congresso Nacional, das atuais A s sembleias Legislativas dos Estados (quaisquer que sejam as suas dominações}, Câmaras ou assem bleias municipais e quais quer outros Órgãos l e gislativos ou deliberativos, zxistzntzs nos Esta dos, nos municípios, no Vistrito Federal ou Terri.tÕrio do A CH.Z, e dissolvidos os que ainda o não tenham sido de fato. Art Poden. Judiciãrio federal, dos Estados, do Território do Acre z do Vistrito Fede ral continuará a. szr exercido na conformidade das leis em vigor, com as modificações que vierem a ser adotadas dz acordo com' a przszntz lei z as restrições quz dzsta mesma lei decorrerem desde jã. Art, 4Ç - Continuam em vigor as Constituições Fe. dzrat e Estaduais, as demais Izis z dzcrztos fe-

206 197 dzn.az6, a66<cm como cl& po6tun.a6 z dezzbzn.açõz6 z outn.o6 ato6 munzczpazò, todo6, pon.'zm ZncZu6Zvz a.6 pn.opn.za6 con6tztuzç.õz6, 6u.je.ita6 5.6 modz{,zcaçõz6 e n.z6tn.zçõz6 z6taèzzzczda6 pon. Z6ta ZzZ ou pon. decreto ou ato6 uztzn.zon.z6 do GoveA.no Pn.ovZ- 6 ÕH.Z0 ou de 6eu6 delegado6, na z6^zn.a de atnzbuz çoz6 de cada um. kn.t, 59 - FZcam 6u6pzn6a6 a6 gan.antza6 con6tztuczonazò z zxczuzda a aph.eczaq.ao judzczaz do6 dzcn.zto6 e ato6 do Goven.no Pn.ovZ6on.Zo ou do6 Znten.vznton.e6 &zdzn.at6, pn.atzcado6 na con on.mzdadz da ph.z6znte ZzZ ou de 6ua6 modz Zcaçõz6 uztzn.zon.z6. Pah.âgn.a$o QnZco - t mantzdo o kabea6 con.pu6 em Ijavon. do6 n.zu6 z acu6ado6 zm pn.ocz6606 dz cn.zmz6 comun6, 6aZvo 06 $unczonaz6 z 06 da competencza dz tn.zbunaí6 z6pzczaz6. ÁH,t, 69 ContZnuam zm ZntzZn.0 vzgon. z pzznamzntz 0bH.Zgat0H.Za6 toda6 aò nzzaçozò jun.zdzca.6 zntfiz a& pzâ&oaâ dz VZn.zZto Pn.Zvado, con6tztuzda6 na oh.ma da ZzgZòZaçao n.z6pzctzva z gan.antzdo6 oò n.zòpzctzvo6 dznzzto6 adquzn.zdo6. Kn.t, 7? T ContZnuam zm ZntzZn.o vzgon., na on.ma da6 ZzZ6 apzzcavzz6, a6 obn.zgaçoz6 z 06 dzuzzto6 H.z6uZtantz6 dz contn.ato6, dz ccncz660z6 ou outn.a6 outon.ga6, com a UnZão, 06 E6tado6, 06 MunZcZpZo6, o VZ6tn.Zto fzdznaz z o Tzn.n.ZtÕn.Zo do Kc k z, 6aZvo 06 quz, 6ubmztZdo6 a n.zvz6ao, contn.a vznham ao Zntzn.z66z pubzzco z a mofiazzdadz admznz6tn.atzva, hnt. 8Ç T Não 6 z comph-zzndzm no6 an,t6. 69 z 19 z podzkao 6'Zn. anuzado6 ou n.z6tn.zngzdo6, cozetzva ou ZndZvZduaZmentz, pon. ato6 uzten.zon.z6, 06 dzn.zzto6 ate. aquz n.z6uztantz6 dz nomzaçòzó, apo6zn tadon.za6, juàzzaçõzò, dz6ponzbzzzdadz6, n.e{,oam a 6, pzn6pz6 ou 6u^vznçoz6 z, zm gzn.az, dz todo6 06 ato6 fizzatzvo6 a zmpn.zgo, can.go6 ou o$zczo6

207 198 pftblicos, assim corno do exerczcio ou o desempenho dos mesmos, inclusive, e, para todos os efeitos, os da Magistratura, do Ministério Publico, ofzcios de Justiça e quaisquer outros, da União Fede ral, dos Estados, dos municzpios, do Território do Acre e do Vistrito federal, Art. 9? - E mantida a autonomia financeira Estados e do Vistrito federal. dos Art. 1Q9- São mantidas em pleno vigor todas as o- brigações assumidas pela União federal, pelos Estados e pelos municzpios, em virtude de e m p r ê s t i >mos ou de quaisquer operações de credito publico. Art. J.19-0 Governo ProvisÕrio nomearã um i n t e r ventor federal para cada Estado, salvo para aque les jã organizados, em os quais ficarão os respec tivos presidentes investidos dos poderes aqui m e n c i o n a d o s. JÇ - 0 interventor terã, em cada Estado, os pro_ ventos, vantagens prerrogativas, que a legislação anterior do mesmo Estado confira ao seu presiden te ou governador, cabendo-lhes exercer, em toda plenitude, não so o Poder Executivo como o Poder Legislativo. 29 ^ 0 interventor terã, em relação ã Constitui ção e lêis estaduais, deliberações, posturas e atos municipais, os mesmos poderes que por esta lei cabem ao Governo ProvisÕrio,relativamente ã Constituição e demais leis federais,cumprindo-lhe executar os decretos e deliberações daquele no terrztorio do Estado respectivo interventor federal sera exonerado a cri terio do Governo ProvisÕrio, 49 -r- 0 i n t e r ventor nomearã um prefeito para c a da município, que exercerã az todas as funções executivas e legislativas podendo o interventor e xonerã^lo quando entenda conveniente, r e v o g a r ou

208 199 modifaicati qualquzk doò szus atos ou tizsoluçõzs z dati-rlhz insttiuçozs patia o bom de6e.mpe.nho doò catigos tizspzctivos z flzguzafu.zaq.ao z z^icizncia dos sztiviços municipais. 5? >- Nznhum intztivzntoti ou pfiz&zito nomzanã patizntz szu, consanguznzo ou a^im, ate o szxto gfiau, patia catigo publico no Estado ou municzpio,a não szti um patia catigo dz confiança pzssoal. 6Ç - 0 intzfivzntoti z o ptiz^zito, dzpois dz tizgu Zafimzntz zmpossados, Kati^icanão zxptizssamzntz ou tizvo gatião os atos ou. dzlibztiaçozs quz zlzs mzsmos antzs dz Sua invzstidufia, dz acotido com a ptizszn-^ tz Zzi, ou quaisquzh. outtias autotiidadzs, quz antz tiiotimzntz tznham administtiado dz lato o E&tado ou o municzpio, hajam pfiaticado Os intztivzntotizs z ptizizitos mantztião, com ampzitudz quz as co ndiçõzs locais pztimitifizm, tizgimz dz publicidade dos szus atot> z doò motivos quz oó dztztminatizm, z&pzciazmzntz no quz se tiz^i tia (Z atifizcadaçao z aplicação dos dinheitios p ú b l i cos, sendo obfiigatõfiia a publicação mensal do balancztz da Kzczita z da Vzspzsa. SÇ -r Po-6 atos dos intztivzntotizò havztiã tizcuh.so patia o Chzfiz do Govztino Ptiovisotiio. Atit !- A nova Constituição Tzdztial mantztiã a {otima tizpublicana edetiativa z não podztia tizsttiin gin. os ditizitos dos municípios z dos cidadãos bua. silzitios z as gatiantias individuais constantes da Constituição dz 24 dz ^zvztizitio dz 7 9_7. Atit, J 3Ç r- 0 Govztino ftiovisõtiio, poti szus auxilia tizs do Govetino Tzdztial z pzlos intztivzntotizs nos Estados, gatiantitiã a otidzm z szgutiança publica, ptiomovzndo a fizonganização gztial da Rzpublica. Atit, 3 4Ç ^ Ficam zxptizssamzntz tiatifiicados todos os atos da Junta Govztinativa ftiovisotiia, constz t u Z d a nzsta capital aos 24 dz outubtio ultimo z

209 do Governo atual. Art r fita criado o Conòelho Nacional Conòul t l v o, com poderei e atrlbulçõ e& que òerão regulados em le.1 especial. Art r Fica criado o Tribunal Especial pana processo e. julgamento de crimes polztlcos, fiunclo_ nals e outros que serao dls criminados na le.1 da sua organização. Art ato-6 do GoveA.no Provisório constarão de de.cre,tos expedidos pelo Chefie do mesmo Gov&rno e subscritos pelo ministro respectivo. Art. J 89 - Revogam-se todas as disposições contrario. Rio de J a m l r o, 11 de novembro de 1 930, 1099 I ndependência e 429 da Republica. e.m da GETQLÍO VARGAS Qswaldo Aranha Joso. Maria Qhltaker Paulo de Moraes Barros Afiranlo de \kello franco Jose Fernandes Leite de Castro Jose ísazas de Noronha".

210 A N E X O II C O M U N I C A Ç Ã O D O G O V E R N O P R O V I S Ó R I O

211 202 "A Junta Govzn.nati.va, dzpois dz sz havzn. posto zm contato com todas as lonças n.zvolucionãh.zas tniufantzs, podz fazzn. agon.a a szguintz dzclan.a ção: A vitonza da n.zvolução tfiaz como cons zqllzn cza a dzssolução do Congn.zsso Nacional z a Anistia, mas a junta aguanda a chzgada do Vn.. Gz túlio a zsta capital a im dz szn.zm zxpzdzdos os nzczssãnzos atos. As nomzaçõzs atz agon.a zztas são as zs tn.ztam zntz ZndZspznsãvzZs ao nzgulan funczonamznto dos szn,vzços públzcos z tzm todas zlas canãtzn Zntzh.i.no. Fonam zxpzdidos pzla Jun ta z pzlas fon.ças n.zvoluczonãnzas ao Sul z do Non.tz, as on.dzns dz^znztzvas pan.a a czssação das hostili.dadzs z complzta pacificação do P a Z s. A Junta gan.antzh.ã a on.dzm pública, a szgu n.ança nacional, a dzsth-zbuzção da justzça, o fizspzito aos trabalhos z ã uni.dadz naci.onal z pn.oczdzn.ã, pana alcançan o szu objztivo, com a maion. znzngza. Ela aguanda unzcam zntz a chzgada do Vn. Gztúlio ltangas pana quz sz ZnZcZz a non.ma lização dzii.ni.tiva do govzn.no do P a Z s. CapZtal zdzn.al, 27 dz outubno dz Gznzn.al Augusto Passo fn.agoso. Gznznal João dz Vzus Mzna Ban.n.zto. Contna-Almin.antz IsaZas dz Hon.onha".

212 A N E X O III O M A N I F E S T O D O S P I O N E I R O S D A E D U C A Ç Ã O N O V A

213 Debates e Propostas O Manifesto aos Pioneiros da Educação Nova Na oportunidade do 409 ano de circulação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, vem o IN E P, através deste número comemorativo, levantando questões educacionais que perduram com o passar dos anos, malgrado o empenho e devotamento de educadores, administradores e autoridades. Antecedendo o registro das exposições e debates concernentes à Mesa-Redonda sobre o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, realizada em 13 de março p róxim o passado, cujo objetivo f o i o de suscitar a reflexão sobre a influência das idéias e propostas contidas nesse documento sobre o processo educacional brasileiro e discutir sua atualidade em relação à.política vigente tia área da Educação, divulgamos, a seguir, em sua íntegra, o documento original, conservando, inclusive, a ortografia então em uso. A RECONSTRUCÇÃO ED U C AC IO N AL NO B R ASIL - A O PO VO E A O GOVERNO Na hicraj^hia dos problemas nacionaes, nenhum sobreleva em importancia e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caracter economico lhe pódem disputar a primazia nos planos de reconstrucção nacional. Pois, se a evolução organica do systema cultural de um paiz depende de suas condições economicas, é impossível desenvolver as forças economicas ou de producção, sem o preparo intensivo das forças culturaes e o desenvolvimento das aptidões á invenção e á iniciativa que são os factores fundamentaes do accrescimo de riqueza de uma sociedade. No entanto, se depois de 43 annos de regimen republicano, se dér um balanço ao estado actual da educação publica, no Brasil, se verificará que, dissociadas sempre as reformas economicas e educacionaes, que era indispensável entrelaçar e encadear, dirigindo-as no mesmo sentido, todos os nossos esforços, sem unidade de plano e sem espirito de continuidade, não lograram ainda crear um systema de organização escolar, á altura das necessidades m o dernas e das necessidades do paiz. Tudo fragmentario e desarticulado. A situação actual, creada pela successão periódica de reformas parciaes e frequentemente arbitrarias, lançadas sem solidez economica e sem uma visão global do problema, em todos os seus aspectos, nos deixa antes a impressão desoladora de construcções isoladas, algumas já em ruina, outras abandonadas em seus alicerces, e as melhores, ainda não em termos de serem despojadas de seus andaimes... Onde se tem de procurar a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do apparelho escolar, é na falta, cm quasi todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins de educação (aspecto philosophico e social) e da applicação (aspecto technico) dos methodos scientificos aos problemas de educação. Ou, em poucas palavras, na falta de espirito philosophico e scientifico, na resolução dos problemas da administração escolar. Esse empirismo grossei R. bras. Est. pedag., Brasília, 65(150):407-25, maio/ago. 1984

214 205 ro, que tem presidido ao estudo dos problemas pedagogicos, postos e discutidos numa atmosphera de horizontes estreitos, tem as suas origens na ausência total de uma cultura universitaria e na formação meramente literaria de nossa cultura. Nunca cheg3mos a possuir uma cultura ' própria, nem mesmo uma cultura geral que nos convencesse da existencia de um problema sobre objectivos e fins da educação. Não se podia encontrar, por isto, unidade e continuidade de pensamento em planos de reformas, nos quaes as instituições escolares, esparsas, não traziam, para attrahil-as e oriental-as para uma direcção, o polo magnético de uma concepção da vida, nem se submettiam, na sua organização e no seu funccionamento, a medidas objectivas com que o tratamento scientifico dos problemas da administração escolar nos ajuda a descobrir, á luz dos fins estabelecidos, os processos mais efficazes para a realização da obra educacional. Certo, um educador póde bem ser um philosopho e deve ter a sua philosophia de educação; mas, trabalhando scientificamente nesse terreno, elle deve estar tão interessado na determinação dos fins de educação, quanto tambem dos meios de realizal-os. O physico e o chimico não terão necessidade de saber o que está e se passa além da janella do seu laboratorio. Mas o educador, com o o sociologo, tem necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa; as alturas e as profundidades da vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio visual; elle deve ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas phases, para perceber, além do apparente e do ephemero, o jogo poderoso das grandes leis que dominam a evolução social, e a posição que tem a escola, e a funeção que representa, na diversidade e pluralidade das forças sociaes que cooperam, na obra da civilização. Se têm essa cultura geral, que lhe permitte organizar uma doutrina de vida e ampliar o seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjuncto, de um ponto de vista mais largo, para subordinar o problema pedagogico ou dos methodos ao problema philosophico ou dos fins da educação; se tem um espirito scientifico, empregará os methodos communs a todo genero de investigação scientifica, podendo recorrer a technicas mais ou menos elaboradas e dominar a situação, realizando experiencias e medindo os resultados de toda e qualquer modificação nos processos e nas technicas, que se desenvolveram sob o impulso dos trabalhos scientificos na administração dos serviços escolares. Movimento de renovação educacional A luz dessas verdades e sob a inspiração de novos ideaes de educação, é que se gerou, no Brasil, o movimento de reconstrucção educacional, com que, reagindo contra o empirismo dominante, pretendeu um grupo de educadores, nestes últimos doze annos, transferir do terreno administrativo para os planos politico-sociaes a solução dos problemas escolares. Não foram ataques injustos que abalaram o prestigio das instituições antigas; foram essas instituições creações artificiaes ou deformadas pelo egoismo e pela rotina, a que serviram de abrigo, que tomaram inevitáveis os ataques contra ellas. De facto, porque os nossos methodos de educação.haviam de continuar a ser tão prodigiosamente rotineiros, emquanto no México, no Uruguay, na Argentina e no Chile, para só falar na America hespanhola, já se operavam transformações profundas no apparelho educacional, reorganizado em novas bases e em ordem a finalidades lucidamente descortinadas? Porque os nossos programmas se haviam ainda de fixar nos quadros de segregação social, em que os encerrou a republica, ha 43 annos, emquanto nossos meios de locomoção e os processos de industria centuplicaram de

215 206 efficacia, cm pouco mais de um quartel de seculo? Porque a escola havia de permanecer, entre nós, isolada do ambiente, como uma instituição enkystada no meio social, sem meios de influir sobre elle, quando, por toda a parte, rompendo a barreira das tradições, a acção educativa já desbordava a escola, articulando-se com as outras instituições sociaes, para estender o seu raio de influencia e de acção? Embóra, a principio, sem directrizes definidas, esse movimento francamente renovador inaugurou uma serie fecunda de combates de idéas, agitando o ambiente para as primeiras reformas impellidas para uma nova direcção. Multiplicaram-se as associações e iniciativas escolares, em que esses debates testemunhavam a curiosidade dos espíritos, pondo em circulação novas idéas e transmittindo aspirações novas com um caloroso enthusiasmo. Já se despertava a consciência de que, para dominar a obra educacional, em toda a sua extensão, é preciso possuir,- em alto gráo, o habito de se prender, sobre bases solidas e largas, a um conjuncto de idéas abstractas e de princípios geraes, com que possamos armar um angulo de observação, para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, atravez da complexidade tremenda dos problemas sociaes, horizontes mais vastos. Os trabalhos scientificos no ramo da educação já nos faziam sentir, em toda a sua força reconstructora, o axioma de que se póde ser tão scientifico no estudo e na resolução dos proble-. mas educativos, como nos da engenharia e das finanças. Não tardaram a surgir, no Districto Federal e em tres ou quatro Estados as reformas e, com ellas, as realizações, com espirito scientifico, e inspiradas por um ideal que, modelado á imagem da vida, já lhe reflectia a complexidade. Contra ou a favor, todo o mundo se agitou. Esse movimento é.hoje uma idéa em marcha, apoiando-se sobre duas forças que se.completam: a força das idéas e a irradiação dos factos. Directrizes que se esclarecem j! I f Mas, com essa campanha, de que tive- mos a iniciativa e assumimos a responsabi- j lidade, e com a qual se incutira, por todas j as formas, no magistério, o espirito novo, j o gosto da critica e do debate e a còns- j ciência da necessidade de um aperfeiçoa- mento constante, ainda não se podia con- i siderar inteiramente aberto o caminho ás j grandes reformas edu.cacionacs. E certo que, com a effervescencia intellcctual que ; produziu no professorado, se abriu, de j uma vez, a escola a esses ares, a cujo oxy- ] genío se forma a nova geração de educa- 1 dores e se vivificou o espirito nesse fecundo movimento renovador no campo da educação publica, nos últimos annos. A maioria dos espíritos, tanto da velha como da nova geração ainda se arrastam, porém, sem convicções, atravez de um labirintho de idéas vagas, fóra de seu alcance, fe certamente, acima de sua experiencia; e, porque manejam palavras, com que já se familiarizaram, imaginam muitos que possuem as idéas claras, o que lhes tira o desejo de adquiril-as... Era preciso, pois, imprimir uma direcção cada vez mais firme a esse movimento já agora nacional, que arrastou comsigo os educadores de i mais destaque, e leval-o a seu ponto cul- i minante com uma noção clara e definida de suas aspirações e suas responsabilidades. Aos que tomaram posição na vanguarda da campanha de renovação educa- j cional, cabia o dever de formular, em do- cumento publico, as bases e directrizes do > movimento que souberam provocar, defi- ; nindo, perante o publico e o governo, a posição que conquistaram e vem manlcn-, do desde o inicio das hostilidades contra a escola tradicional. Reformas e a Reforma Se não ha paiz onde a opinião se divi- ; da em maior numero de còres, e se não se 409

216 207 encontra theoria que entre nós não tenha adeptos, segundo já observou A lberto Torres, princípios e idéas não passam, entre nós, de bandeira de discussão, ornatos de polemica ou simples meio de exito pes- ' soai ou politico. lllustrados, ás vezes, e eruditos, mas raramente cultos, não assimilamos bastante as idéas para se tornarem um nucleo de convicções ou um systema de doutrina, capaz de nos impellir á acção cm que costumam desencadear-se aquelles que pensaram sua vida e viveram seu pensamento. A interpenetração profunda que já se estabeleceu, em esforços constantes, entre as nossas idéas e j convicções e a nossa vida de educadores,. em qualquer sector ou linha de ataque em que tivemos de desenvolver a nossa actividade já denuncia, porém, a fidelidade e o vigor com que caminhamos para a obra de reconstrucção educacional, sem estadear a segurança de um triumpho facil, mas com a serena confiança na victoria definitiva de nossos jdeaes de educação.!em logar dessas reformas parciaes, que se succede-! ram, na sua quasi totalidade, na estreiteza ; chronica de tentativas empiricas, o nosso : programma concretiza uma nova politica educacional, que nos preparará, por eta- ; pas, a gtande reforma, em que palpitará, ; com o rythmo accelerado dos organismos * > novos, - o musculo central da estruetura politica e social da nação. Em cada uma das reformas anteriores, em que impressiona vivamente a falta de uma visão global do problema educativo, a força inspiradora ou a energia estimulante mudou apenas de fórma, dando soluções differentes aos problemas particulares. Nenhuma antes desse m ovim ento renovador penetrou o amago da questão, alterando os caracteres geraes e os traços salientes das reformas que o precederam. Nós assistíamos á aurora de uma verdadeira renovação educacional, quando a revolução estalou. Já tínhamos chegado então, ( na campanha escolar, ao ponto decisivo e j V climatérico, ou se o quizerdes, á linha de 410 divisão das aguas. Mas, a educação que, no final de contas, se resume logicamente numa reforma social, não póde, ao menos em grande proporção, realizar-se senão pela acção extensa e intensiva da escola sobre o indivíduo e deste sobre si rnesmo nem produzir-se, do ponto de vista das influencias exteriores, senão por uma evolução continua, favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de cultura e dè educação. As surprezas e os golpes de theatro são impotentes para modificarem o estado psychologico e moral de um povo. É preciso,'porém, atacar essa obra, por um plano integral, para que ella não se arrisque um dia a ficar no estado fragmentario, semelhante a essas muralhas pelasgicas, inacabadas, cujos blócos enormes, esparsos ao longe sobre o solo, testemunham gigantes que os levantaram, e que a morte surprehendeu antes do corôamento de seus esforços... Finalidades da educação Toda a educação varia sempre em funcç.ão de uma concepção da vida, reflectindo, em cada época, a philosophía predominante que é determinada, a seu turno, pela estruetura da sociedade. E evidente que as differentes camadas e grupos (classes) de uma sociedade dada terão respectivamente opiniões differentes sobre a concepção do mundo, que convem fazer adoptar ao educando e sobre, o que é.'. ' necessário considerar como qualidsraesocialmente util. O fim da educação não é, com o bem observou G. Davy, desen- \ volver de maneira anarchica as.tendencias dominantes do educando; se o mestre in-. tervem para transformar, isto implica nelle a representação de um certo ideal á imagem do qual se esforça por modelar os jovens espíritos. Esse ideal e aspiração dos adultos tom a:se mesmo mais facil de-aprehender exactamente quando assistimos á sua transmissão pela obra educacional, isto é, pelo trabalho a que a socie- I I

217 ] dade se entrega p3ra educar os seus filhos. A questão primordial das finalidades da educação gyra, pois, em tom o de uma concepção da vida, de um ideal, a que devem conformar-se os educandos, e que uns consideram abslraçto e absoluto, e outros, concreto e relativo, variavel no tempo e no espaço. Mas, o exame, num longo olhar para o passado, da evolução da educação atravez das differentes civilizações,'nos ensina que o conteúdo real desse ideal variou sempre de accôrdo com a estructura e as tendencias sociaes da época, extrahindo a sua vitalidade, como a sua força inspiradora, da própria natureza da realidade social. Ora, se a educação está intimamente vinculada á philosophia da cada época, que lhe define o caracter, rasgando sempre novas perspectivas ao pensamento pedagogico, a educação nova não póde deixar de ser uma reacção categórica, intencional e systematica contra a velha estructura do serviço educacional, artificial e verbalista, montada para uma concepção vencida. Desprendendo-se dos interesses de classes, a que ella tem servido, a educação perde o sentido aristoloaco. para usar a expressão de Ernesto Nelson, deixa de constituir um privilegio determinado pela condição economica e social do in- rigjr o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento, de accôrdo" com uma certa concepção do mundo. A diversidade de conceilos da vida provém, em parte, das differenças de classes e, em parte, da variedade de conteúdo na noção de qualidade socialmente util, conforme o angulo visual de cada uma das classes ou grupos sociaes.^ educação nova que, certamente pragmatica, se propõe ao fim de servir não aos interesses de classes, mas aos interesses do indivíduo, e que se funda sobre o principio da vinculação da escola com o meio social, tem o seu ideal condicionado pela vida social actual, mas profundamente humano, de solidariedade, de serviço social e cooperaçãoj A escola tradicional, installada para uma concepção burgueza, vinha mantendo o indivíduo na sua autonomia isolada e esteril, resultante da doutrina do individualismo libertário, que teve aliás o seu papel na formação das democracias e sem cujo assalto não se teriam quebrado os quadros rijidos da vida social. A escola socializada, reconstituída sobre a base da actividade e da producção, em que se consideia o trabalho com o a melhor maneira de estudar a realidade em eral (acquisição activa, da cultura) e a melhor maneira de estudar o trabalho em - g c o ", com que ella se organiza para a si mesmo, como fundamento da sociedade humana, se organizou para remontar. (collectividade em geral, reconhecendo a - j - - j.. - _ j - j j - todo o indivíduo o direito a ser educado a corrente e restabelecer, entre os ho- & até onde o permitiam as suas aptidões na- Türãés7independente de razões de ordem Economica e social. A educação nova. alargando a sua finalidade para além dos lim i tes das classes, assume, com uma feição mais humàna, a sua verdadeira funcção social, pteparando-se para formar a hierarchia democratica pela hierarchia das capacidades, recrutadas em iodos os grupos sociaes, a que se abrem as mesmas opportunidades de educação. Ella tem, por objecto, organizar e desenvolver os meios de acção durável com o fim de dimens, o espirito de disciplina, solidariedade e cooperação, por uma profunda obra social que ultrapassa largamente o quadro estreito dos interesses de classes. ^ Valores mutáveis e valores permanentes Mas, por menos que pareça, nessa concepção educacional, cujo embryão já se disse.ter-se gerado no seio das usinas e de que se impregnam a carne e o sangue de tudo que seja objecto da acção educativa, não se rompeu nem está a pique de rom 411

218 per-se o equilíbrio entre os valores muta* I veis e os valores permanentes da vida humana. Onde, ao contrario, se assegurará melhor esse equilíbrio é no novo systema de educação, que, longe de se propôr a fins particulares de determinados grupos sociaes, ás tendencias ou preoccupações de classes, os subordina aos fins fundamentaes e gerae.s que assignala a natureza nas suas funeções bioloricas. E certo que é preciso lazer homens, antes_ de fazer instrumentos de producção. Mas, o. trabalho que f5t~s fflpre~ãlnaior escola de formação da personalidade moral, não é apenas o methodo que realiza o accrescimo da pr^ducçãõ~^ ia ]7 ^ ~ õ ú n icõ methodo susceptivel 5e~ fazer homens' cultivados e uteis sob todos os aspectos. O trabalho, a solidariedade sociafè a cooperação, em que repousa a ampla uti- Jidade das experiencias; a consciência social que nos leva a comprehender as necessidades do indivíduo atravez das da communidade, e o espirito de justiça, de renuncia e de disciplina, não são, aliás, grandes valores permanentes que ele- \ vam a alma, ennobrecem o coração e fortificam a vontade, dando expressão e valor á vida humana? Um vicio das escolas espiritualistas, já o ponderou Jules Simon, é o desdém pela multidão. Querse raciocinar entre si e reflectir entre si. Evitae de experimentar a sorte de todas as aristocracias que se estiolam no isolamento. Se se quer servir á humanidade, é preciso estar em communhão com ella... Certo, a doutrina de educação, que se apoia no respeito da personalidade humana, considerada não mais como meio, más como fim em si mesmo, não poderia ser accusada de tentar, com a escola do trabalho, fazer do homem uma machina, uin instrumento exclusivamente apropriado a ganhar o salario e a produzir um resultado material num tempo d à d o A alma tem uma potência de milhões de cavallos, que levanta mais peso do que o vapor. Se todas as verdades mathematicas se perdes 412 sem, escreveu Lamartine, defendendo a causa da educação integral, o mundo indjjstrial, o mundo material, soffreria sem duvida um detrimento immenso e um damno irreparavel; mas, se o homem perdesse uma só das suas verdades moraes, seria o proprio homem, seria a humanidade inteira que pereceria1.^mas, a escola socializada não se organizou como um meio essencialmente social senão para transferir-do plano da abstracção ao da vida escolar em. todas as suas manifestações, vivendo-as intensamente, essas virtudes e verdades moraes, que contribuem para harmonizar os interesses individuaes e os interesses collectjvosjj Nós não so-' mos antes homens e depois seres sociaes, lembra-nos a voz insuspeita de Paul Bureau; somos seres sociaes, por isto mesmo que somos homens, e a verdade está antes em que não ha acto, pensamento, desejo, attitude, resolução, que tenham em nós sós seu principio e seu termo e que realizem em nós somente a totalidade de seus effeitos. O Estado esn face da educação a) A educação, uma funeção essencialmente publica Mas, do direito de cada indivíduo á sua educação integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a.educação, na variedade de seus gráos e manifestações, com o uma funeção social e eminentemente publica, que elle é chamado a realizar, com a cooperação de todas as instituições sociaes. A educação que é uma das funeções de que a familia se vem despojando em proveito da sociedade politica, rompeu os quadros do communismo familial e dos grupos específicos (instituições privadas), para se incorporar definitivamente entre as funeções essenciaes e primordiaes do Estado. Esta restricção progressiva das attribuiçõcs da familia, que lambem.

219 :'3 '> 210 deixou de ser um centro de prodücção para ser apenas um centro de consumo, em facc da nova concurrencia dos grupos profissionaes, nascidos precisamente em vista da protecção de interesses especiali- zados, fazendo-a perder constantemente em extensão, não lhe tirou a funcção especifica, dentro do fóco interior, embora cada vez mais estreito, em que cila se confinou. Ella é ainda o quadro natural que áustenta socialmente o indivíduo, como o meio moral em que se disciplinam as tendencias, onde nascem, começam a desenvolver-se e continuam a entreter-se as suas aspirações para o ideal JPor isto, o Estado, longe de presr cindir dafamilía, deve assentar o trabalho da educação no apoio que ella dá á escola e na collaboração effectiva entre paes e professores, entre os quaes, nessa obra profundamente social, tem o dever de restabelecer a confiança e estreitar as relações, associando e pondo a serviço da obra commum essas duas forças sociaes a família e a escola, que operavam de todo indillerentes, senão em direcções diversas e ás vezes oppostas. b ) A questão da escola unica Assentado o principio do direito biologico de cada indivíduo á sua educação integral, cabe evidentemente ao Estado a organização dos meios de o tomar effectivo, por um plano geral de educação, de estructura oiganica, que tom e a escola accessivel, em todos os seus gráos, aos cidadãos a quem a estructura social do paiz mantém em condições de inferioridade economica para obterom axim ode desenvolvimento de accôrdo com as suas aptidões vitaes. Chega-se, por esta forma, ao principio da escõta para todos, escõía commum ou unica, que, tomado a rigor, so nao ticarà na contíngencia de soffrer quaesquer restncções, em paizes em que asrelormas pedagógicas estão intimamen- "IFlígadas com a reconstrucçàotundamental das relações sociaes. Em nosso regimen político. o~est3dõ~ não poderá, de certo, impedir que, graças á organização ~de~escõlas privãdas~de typos differentes, a r^ãtses majs privilegiadas assegurem a seus filhos uma educação de classe determinada; mas está no devei i n declinavel de não adniittir, den tro d o systema escolar do bstado, quaesquer classes ou escolas, ã que sq tenha accesso uma minoria, por um pnvilegio exclusivamente economico. Afastada a idéa do monopolio da educação pelo Estado num paiz, em que o Estado, pela sua situação financeira não está ainda em condições de assumir a sua responsabilidade exclusiva, e em que, por-. tanto, se toma necessário estimular, sob sua vigilancia as instituições privadas idôneas, a escola unica se entenderá, entre nós, não como uma conscripção precoce, arrolando, da escola infantil á universidade, todos os brasileiros, e submettendo-os durante o maior tempo possível a uma formação idêntica, para ramificações posteriores em vista de destinos diversos,/ mas antes como a escola official, unica, em que todas as creanças, de 7 a 15, to-, das, ao menos que, nessa edade, sejani confiadas pelos paes a escola publica. tênfiãm uma educação commum, egual para todos. c) A laicidade, gratuitidade, obrigatoriedade e cõeducação * A laicidade, gratuitidade, obrigatoriedade e coeducação são outros tantos princípios em que assenta a escola unificada e que decorrem, tanto da subordinação á finalidade biologica da educação de todos os fins particulares e parciaes (de classes, grupos ou crenças), como do reconhecimento do direito biologico que cada ser humano tem á educação.^a lair-idadp q ue colloca o ambiente escolar acima de rrenças e disputas religiosas, alheio a todo o dogmatismo sectário, subtráe o educando, respeitando-lhe a integridade da personali 413

220 211 dade em formação, á pressão perturbadora da escola quando utilisada como instrumento de propaganda de seitas e doutrinas. A_ ratuidade^2llçiílb^ todas as instituições officiaes de educação é um principio egualitario que torna a.educação, em qualquer de seus gráos, accessivel não. a uma minoria, por um privilegio economico, mas a todos os cidadãos que tenham võrffãde_e_ Stejam.em cõndí^ões de recebel-a. Aliás o Estado não pode tornar o ensino obrigatorio. sem tornal-o gratuitõt^^õbrigatoriedade que, por falta de TScólas, ainda não passou do papel, nem em relação ao ensino primário, e se deve estender progressivamente até uma edade conciliável com o trabalho produetor, isto é. até aos 18 anos, é mais necessaria ain d a. na sociedade moderna em que o industrialisme e o desejo de exploração humana sacrificam e violentam a creança e o joven, cuja educação é frequentemente impedida ou mutilada pela ignorancia dos paes ou responsáveis e pelas contingências economicas. A escola unificada não pernutte ainda,~entre alumnos de um e outro sexo outras separações que não sejam as que aconselham as suas aptidões nsychologjcas e profissionaes, estabelecendo em todas as instituições a ectúcação p.rfttnrnmum" ou coeducacão. que, pondo-os no mesmo pé de egualdadé e envolvendo todo o processo educacional, toma mais economica a organização da obra escolar A consciência desses principios fundamenlaes da laicidade, gratuidade e obrigatoriedade, consagrados na legislação universal, já penetrou profundamente os espíritos, como condições essenciaes á organização de um regimen escolar, lançado, em harmonia com os direitos do individuo, sobre as bases da unificação do ensino, com todas as suas consequencias. De facto, se a educação se propõe, antes de tudo, a desenvolver ao maximo a capacidade vital do ser humano, deve ser considerada uma só a funeção educacional, cujos differentes gráos estão destinados a servir ás differentes phases de seu crescimento, que são partes organicas de um todo que biologicamente deve ser levado á sua completa formação. Nenhum outro principio poderia offcrecer ao panorama das instituições escolares perspectivas mais largas, mais salutares e mais fecundas em consequencias do que esse que decorre logicamente da finalidade biologica da educação. A selecção dos alumnos nas suas aptidões naturaes, a suppressão de instituições creadoras de differenças sobre base economica, a incorporação dos estudos do magistério á universidade, a equiparação de mestres e professores em remuneração e trabalho, a correlação e a continuidade do ensino em todos os seus gráos e a reacção contra tudo que lhe quebra a coherencja interna e a unidade vital, constituem o programma de uma politica educacional, fundada sobre 3 applicação do principio unificador que modifica profundamente a estruetura intima e a orgánização dos elementos constitutivos do ensino e dos systemas escolares. b ) A autonomia da funeção educacional A funeção educacional ] a) A unidade da funeção educacional 414 Mas, subordinada a educação publica a interesses transitorios. caprichospèssgggs ~õu appêtitér~dé partidos, será imnossivel ao Estado realizar a immensa tarefa que se propoe da formação integral das novas geraçoes.]nãõ~h?systema escolar cuja unidade e efficacia não estejam constantemente ameaçadas, senão reduzidas e annuladas, quando o Estado não o soube ou não o quiz acautelar contra o assalto de poderes estranhos, capazes de impõr á educação fins inteiramente contrários aos fins geraes que assignala a natureza em ^&

221 suas funcções biologicas. Toda a im potência manifesta do systema escolar actua] e a insufficiencia das soluções dadas ás questões de caracter educativo não provam senão o desastre irreparavel que. resulta, para a educação publica, dc influencias e intervenções estranhas que conseguiram sujeital-a a seus ideaes secundários e interesses subalternos. Dahi decorre a necessidade de uma ampla autonomia technica, administrativa e economica, com que os technicos e educadores, que têm a responsabilidade e devem ter, por isto, a direcção e administração da funcção educacional, tenham assegurados os meios materiaes para poderem realizal-a. Esses meios, porém, não podem reduzirse ás verbas que, nos orçamentos, são consignadas a esse serviço publico e, por isto, sujeitas ás crises dos erários do Estado ou ás oscillações do interesse dos governos pela educação. A autonomia ecnnnmira não se poderá realizar, a não ser pela instituição de um fundo especial ou escola i, que, constituido de patrimonios, impôs tòrt7êndãs~prõpnas, seja administra- ~dt> e applícãdo exclusivamente no desenvolvimento da obra educacional, pelos proprios orgãos do ensino, Incumbidos de~ sua direccão. " c ) A descentralização A organização da educação brasileira unitaria sobre a base e os principios do Estado, no espirito da verdadeira communidade popular e no cuidado da unidade nacional, não implica um centralismo esteril e odioso, ao qual se oppõem as condições geographicas do paiz e a necessidade de adaptação crescente da escola aos interesses e ás exigencias regjonaes. Unidade não significa uniformidade. A unidade presuppõe multiplicidade. Por menos que pareça, á primeira vista, não é, pois, na centralização, mas na applicação da doutrina federativa e desccntralizadora, que teremos de buscar o meio de levar a cabo, em toda a Republica, uma obra methodica e coordenada, de accõrdo com iam plano commum, de completa efficiencia, ta^to em intensidade como em extensão. A União, na capital, e aos estados, nos seus respectivos territorios, é que deve competira educação em todos os gráos, dentro dos principios geracs fixados na nova constituição, que deve conter, com a definição de attribuições e deveres, os fundamentos da educação nacional. A o governo central, pelo Ministério da Educação, caberá vigiar sobre a obediencia a esses principios, fazendo executar as orientações e os rumos geraes da funeção educacional, estabelecidos na carta constitucional e em leis ordinarias, soccorrendo onde haja deficiencia de meios, facilitando o intercâmbio pedagogico e cultural dos Estados e intensificando por todas as fórmas as suas relações espirituaes. A unidade educativa, essa obra immensa que a União terá de realizar sob pena de perecer com o nacionalidade, se manifestará então com o uma força viva, um espirito commum, um estado de animo nacional, nesse regimen livre de intercâmbio, solidariedade e cooperação que, levando os Estados a evitar todo desperdicio nas suas despezas escolares afim de produzir os maiores resultados. com as menores despezas, abrirá margem a uma successão ininterrupta de esforços fecundos em creações e iniciativas. O processo educativo O conceito e os fundamentos da educação nova O desenvolvimento das sciencias lançou as bases das doutrinas da nova educação, ajustando á finalidade fundamental e aos ideaes que ella deve proseguir os processos apropriados para realizal-os. A extensão e a riqueza que actualmente alcança por toda a parte o estudo scientifico e experimental da educação, a libertaram 415

222 J do empirismo, dando-lhe um caracter e um espirito nitidamente scientifico e organizando, em corpo de doutrina, numa série fecunda de pesquizas e experiencias, os principios da educação nova, pressentidos e ás vezes formulados em- rasgos de synthese, pela intuição luminosa de seus precursores. A nova doutrina, que não considera a funcçãoeducacional como uma funcção de superposição ou de accrescimo, segundo a qual o educando é modelado exteriormente (escola tradicional), mas uma funcção complexa de acções e reacções em que o espirito cresce de dentro para fóra, substitue o mecanismo pela vida (actividade funccional) e transfere para a creança e para o respeito de sua personalidade o eixo da escola e o centro de gravidade do problema da educação. Considerando os processos mentaes, como funeções vitaes e não com o processos em si mesmos, ella os subordina á vida, como meio de utilizaj-a e de satisfazer as suas múltiplas necessidades materiaes e espiriluaes. A escola, vista desse angulo novo que nos dá o conceito funccional da educação, deve offerecer á creança um meio vivo e natural, favoravel ao intercâmbio de reacções e experiencias, em que ella, vivendo a sua vida propria, generosa e bella de creança, seja levada ao trabalho e á acção por meios naturaes que a vida suscita quando o trabalho e a acção convem aos seus interesses e ás suas necessidades. 416 Nessa nova concepção da escola, que é uma reacção contra as tendencias exclusivamente passivas, intellectualistas e verbalistas da escola tradicional, a actividade que está na base de todos os seus trabalhos, é a actividade espontanea, alegre e fecunda, dirigida á satisfacção das necessidades do proprio indivíduo. Na verdadeira educação funccional deve estar, pois, sempre presente, como elemento essencial e inherente á sua propria natureza, o problema não sô da conespondencia entre os gráos do ensino e as etapas da evolução intellectual fixadas sobre a base dos interesses, como também da adaptação da actividade educativa ás necessidades psychobiologicas do momento. O que distingue da escola tradicional a escola nova, não é, de facto, a predominancia dos trabalhos de base manual e corporal, mas a presença, cm todas as suas actividades, do factor psychobiologico do interesse, que é a primeira condição de uma actividade espontanea e o estimulo constante ao educando (creança, adolescente ou joven) a buscar todos os recursos ao seu alcance, graças á força de attracção das necessidades profundamente sentidas. E certo que, deslocando-se por esta fôrma, para a creança e para os seus interesses, moveis e transitorios, a fonte dè inspiração das actividades escolares, quebra-se a ordem que apresentavam os programmas tradicionaes, do ponto de vista da logica formal dos adultos, para os pôr de accõrdo com a logica psychologica, isto é, com a logica que se baseia na natureza e no funccionamento do espirito infantil. Mas, para que a escola possa fornecer aos impulsos interiores a occasião e o meio de realizar-se, e abrir ao educando á sua energia de observar, experimentar e crear todas as actividades capazes de satisfazel-a, é preciso que ella seja reorganizada como um mundo natural e social embrionário, um ambiente dynamico em intima connexão com a região e a communidade. A escola que tem sido um apparelho formal e rijido, sem differenciaçâo regional, inteiramente desintegrado em relação ao meio social, passará a ser um organismo vivo, com uma estruetura social, organizada á maneira de. uma communidade palpitante pelas soluções de seus problemas. Mas, se a escola deve ser uma communidade em miniatura, c se em toda a communidade as actividades manuaes, motoras ou constructoras constituem as funeções predominantes

223 da vida, è natural que ella inicie os alumnos nessas actividades, pondo-os em contacto com o ambiente e com a vida activa que os rodeia, para que elles possam, desta forma, possuil-a, aprecial-a e scntil-a de accôrdo com as aptidões ç possibilidades. A vida da sociedade, observou Paulsen, se modifica em funcção da sua economia, e a energia individual e collectiva se manifesta pela sua producção material A escola nova, que te-m de obedecer a esta lei, deve ser reorganizada de maneira que o trabalho seja seu elemento formador, favorecendo a expansão das energias creadoras do educando, procurando estimular-lhe o proprio esforço como o elemento mais efficiente em sua educação e preparando-o, com o trabalho em grupos e todas as actividades pedagógicas e sociaes, para fazel-o penetrar na corrente do progresso material e espiritual da sociedade de que proveiu e em que vae viver e luetar. Plano de reconstrucção educacional a) As linhas geraes do plano Ora, assentada a finalidade da educação e definidos os meios de acção ou processos de que necessita o individuo para o seu desenvolvimento integral, ficam fixados os princípios scientificos sobre os quaes se p6de apoiar solidamente um systema de educação. A applicação desses principios importa, como se vê, numa radical transformação da educação publica em todos os seus gráos, tanto á luz do novo conceito de educação, tom o á vista das necessidades nacionaes. No plano de reconstrucção educacional, de que se esboçam aqui apenas as suas grandes linhas geraes, procuramos, antes de tudo, corrigir o erro capital que apresenta o actual systema (se é que se póde chamar systema), caracterizado pela falta de continuidade e articulação do ensino, em seus diversos gráos, como se não fossem etapas de um mesmo processo, e cada um dos quaes deve ter o seu fim particular, proprio, dentro da unidade do fim geral da edu-,cação e dos principios e methodos communs a todos os gráos e instituições educativas. De facto, o divorcio entre as entidades que mantem o ensino primário e profissional e as que mantêm o ensino secundário e superior, vae concorrendo insensivelmente, como já observou um dos signatarios deste manifesto, para que se estab.eleçam no Brasil, dois systemas escolares parallelos, fechados em compartimentos estanques e incommunicaveis, differentes nos seus objectivos culturaes e sociaes, e, por isto mesmo, instrumentos de estratificação social. A escola primaria que se estende sobre as instituições das escolas matemaes e dos jardins de infância e conslitue o problema fundamenta] das democracias, deve, pois, articular-se rigorosamente com a educação secundaria unificada, que lhe succede, em terceiro plano, para abrir accesso ás escolas ou institutos superiores de especialização profissional ou de altos estudos. A o espirito novo que já se apoderou do ensino primário não se poderia, porém,, subtrahir a escola secundaria, em que se apresentam, collocadas no mesmo nivel, a educação chamada profissional (de preferencia manual ou mecanica) e a educação humanistica ou scientifica (de preponderancia intellectual), sobre uma base commum de tres annos. A escola secundaria deixará de ser assim a velha escola de um grupo social, destinada a adaptar todas as intelligencias a uma forma rijida de educação, para ser um apparelho flexivel e vivo,,organizado para ministrar a cultura geral e satisfazer ás necessidades praticas díafiaptação á variedade dos grupos sociaes. É o mesmo-principio que faz alargar o campo educativo das Universidades, em que, ao lado das escolas destinadas ao preparo para as profissões chamadas liberais, se devem introduzir, no systema, as escolas de cultura especializada, para as profissões indus- 417

224 418 triaes e mcicantis, propulsoras de nossa riqueza economica e industrial. Mas esse principio, dilatando o campo das universidades, para adaptadas á variedade e ás necessidades dos grupos sociaes, tão longe está de lhes restringir a funeção cultura] que tende a elevar constantemente as escolas de formação profissional, achegando-as ás suas próprias fontes de renovação e agrupando-as em tom o dos grandes núcleos de creação livre, de pesquiza scientifica e de cultura desinteressada. A instnicção publica não tem sido, entre nós, na justa observação de Alberto Torres, senão um systema de canaes de exodo da mocidade do campo para as cidades e da producção para o parasitismo! E preciso, para reagir contra esses males, já tão lucidamente apontados, pôr em vja de solução o problema educacional das massas ruraes e do elemento trabalhador da cidade e dos centros industriaes já pela- extensão da escola do trabalho educativo e da escola do trabalho profissional, baseada no exercício normal do trabalho em cooperação, já pela adaptação crescente dessas escolas (primaria e secundaria profissional) ás necessidades regjonaes e ás profissões e industrias dominantes no meio. A nova politica educacional rompendo, de um lado, contra a formação excessivamente literaria de nossa cultura, para lhe dar um caracter scientifico e technico, e contra esse espirito de desintegração da escola, em relação ao meio social, impõe reformas profundas, orientadas no sentido da producção e procura reforçar, por todos os meios, a intenção e o valor social da escola, sem negar a arte, a literatura e os valores culturaes. A arte e a literatura tem effectivamente uma significação social, profunda e múltipla; a approximação dos homens, a sua organização em uma collectividade unanime, a diffusão de taes ou quaes idéas sociaes, de uma maneira imaginada, e, portanto, efficaz, a extensão do raio visual do homem e o valor moral e educativo conferem certamente á arte uma-enorme importancia social. Mas, se, á medida que a riqueza do homem augmenta, o alimento occupa um logar cada vez mais fraco, os produetores intellectuaes não passam para o primeiro plano senão quando as sociedades se organizam em solidas bases economicas. b ) O ponto nevrálgico da questão A estrueturâ do plano educacional corresponde, na hieratchia de suas instituições escolares (escola infantil ou pre-primaria; primaria; secundaria e superior-ou universitaria) aos quatro grandes periodos que apresenta o desenvolvimento natural do ser humano. É uma reforma integral da organização ie dos methodos de toda a educação nacional, dentro do mesmo espirito que substitue o conceito estático do ensino por um conceito dynamico, fazendo um appello, dos jardins de infanda á Universidade, não á receptividade mas á actividade creadora do alumno. A partir da escola infantil (4 a 6 annos) até á Universidade, com escala pela educação primaria (7 a 12) e pela secundaria (12 a 18 annos), a continuação ininterrupta de esforços creadores deve levar á formação da personalidade integral do alumno e ao desenvolvimento de sua faculdade produetora e de seu poder creador, pela applicação, na escola, para a aequisição activa de conhecimentos, dos mesmos methodos (observação, pesquiza, è experiencia), que segue o espirito maduro, nas investigações scientificas. A escola secundaria, unificada para se evitar o divorcio entre os trabalhadores mànuaes e intellectuaes, terá uma solida base commum de cultura geral (3 annos), para a posterior bifurcação (dos 15 aos 18), em secção de preponderancia intellectual (com os 3 cyclos de humanidades modernas; sciencias physicas e mathematicas; e sciencias chimicas e biologjcas), e em secção de preferencia manual, ramificada por sua

225 vez, em cyclos, escolas ou cursos destinados á preparação ás actividades profissionaes, decorrentes da extracção de matérias primas (escolas agricolas, de minera: ção e de pesca) da elaboração das matérias primas (industriaes e profissionaes) e da distribuição dos produfctos elaborados (transportes, communicações e commercio). Mas, montada, na sua estructura tradicional, para a classe média (burguezia), emquanto a escola primaria servia á classe popular, com o se tivesse uma finalidade em si mesma, a escola secundaria ou do 39 gráo não fórma apenas o reducto dos interesses de classe, que crearam e mantêm o dualismo dos systemas escolares. E ainda nesse campo educativo que se levanta a controvérsia sobre o sentido de cultura geral e se põe o problema relativo á escolha do momento em que a matéria do ensino deve diversificar-se em ramos iniciaes de especialização. Não admira, por isto, que a escola secundaria seja, nas reformas escolares, o ponto nevrálgico da questão. Ora, a solução dada, neste plano, ao problema do ensino secundário, levantando os obstáculos oppostos pela escola tradicional á interpenetração das classes sociaes, se inspira na necessidade de adaptar essa educação á diversidade nascente de gostos e á variedade crescente de aptidões que a observação psychologica regista nos adolescentes e que representam as unicas forças capazes de arrastar o espirito dos jovens á cultura superior. A escola do passado, com seu esforço inutil de abarcar a somma geral de conhecimentos, descurou a própria formação do espirito e a funcção que lhe cabia de conduzir o adolescente ao limiar das profissões e da vida. Sobre a base de uma cultura geral commum, em que importará menos a quantidade ou qualidade das matérias do que o methodo de sua acquisição, a escola modema estabelece para isto, depois dos 15 annos, o ponto em que o ensino se diversifica, para se adaptar já á diversidade crescente de aptidões e de gostos, já á variedade de fórmas de actividade social. c) O conceito modemo de Universidade e o problema universitário no Brasil A educação superior que tem estado, no Brasil, exclusivamente a serviço das profissões liberaes (engenharia, medicina e direito), não póde evidentemente erigir-se á altura de uma educação universitária, sem alargar para horizontes scientificos e culturaes a sua finalidade estrictamente profissional e sem abrir os seus quadros rijidos á formação de todas as profissões que exijam conhecimentos scientificos, elevando-as a todas a nivel superior e to T - nando-se, pela flexibilidade de sua organização, accessivel a todas. A o lado das faculdades profissionaes existentes, reorganizadas em novas bases, impõe-se a creação simultanea ou successiva, em cada quadro universitário, de faculdades de sciencias sociaes e economicas; de sciencias mathematicas, physicas e naturaes, e de philosophia e letras que, attendendoá variedade de typos mentaes e das necessidades sociaes, deverão abrir ás universidades que se crearerri ou se reorganizarem, um campo cada vez mais vasto de investigações scientificas. A educação superior ou universitaria, a partir dos 18 annos, inteiramente gratuita como as demais, deve tender, de facto; não somente á formação profissional e technica, no seu máximo desenvolvimento, como á formação de pesquizadores, em todos os ramos dt conhecimentos humanos. Ella deve ser organizada de maneira que possa desempenhar a triplice funcção que lhe cabe de elaboradora ou creadora de sciencia (in vestigação), docente ou transmissora de conhecimentos (sciencia feita) e de vulgarizadora ou populariza d ora, pelas instituições de extensão universitaria, das sciencias e das artes.

226 N o entanto, com ser a pesquiza.na expressão de Coulter, o systema nervoso da Universidade, que. estimula e domina qua]quer outra füncção; com ser esse espirito de profundidade e universalidade, que imprime á educação superior um caracter universitário, pondo-a em condições de contribuir para o aperfeiçoamento constante do saber humano, a nossa educação superior nunca ultrapassou os limites e as ambições de formação profissional, a que se propõem as escolas de engenharia, de medicina e direito. Nessas instituições, organizadas antes para uma funeção docente, a sciencia está inteiramente subordinada á arte ou á technica da profissão a que servem, com o cuidado da applicação immediata e próxima, de uma direcção utilitaria em vista de uma funeção publica ou de uma carreira privada. Ora, se, entre nós, vingam facilmente todas as formulas e phrases feitas; se a nossa illustração, mais variada e mais vasta do que no império, é hoje, na phrase de Alberto Torres, mais vaga, fluida, sem assento, incapaz de habilitar os espiritos a formar juizos e incdpaz de lhes inspirar actos, é porque a nossa geração, além de perder a base de uma educação secundaria solida, posto que exclusivamente literaria, se deixou infiltrardesse espirito encyclopedico em que o pensamento ganha em extensão o que perde em profundidade; em que da observação e da experiencia, em que devia exercitarse, se deslocou o pensamento para o hedonismo intellectual e para a sciencia feita, e em que, finalmente, o periodo creador cede o logar á erudição, e essa mes^ ma quasi sempre, entre nós, apparente e. sem substancia, dissimulando sob a superficie, ás vezes brilhante, a absoluta falta de solidez de conhecimentos. Nessa superficialidade de cultura, facil e apressada, de autodidactas, cujas opiniões se mantêm prisioneiras de systemas ou se matizam das tonalidades das mais variadas doutrinas, se tem de buscar as causas profundas da estreiteza e da fluctuação dos espiritos e da indisciplina mental, quase anarchica, que revelamos em face de todos os problemas. Nem a primeira geração nascida com a republica, no seu esforço heroico para adquirir a posse de si mesma, elevando-se acima de seu meio, conseguiu libertar-se de todos os males educativos de que se viciou a sua formação. A organização de Universidades é, pois, tanto mais necessaria e urgente quanto máis pensarmos que só com essas instituições, a que cabe crear e difíundir ideaes politicos, sociaes, moraes e estheticos, é que podemos obter esse intensivo espirito çommum, nas aspirações, nos ideaes e nas luetas, esse estado de animo nacional, capaz de dar força, efficacia e coherencia á acção dos homens, sejam quaes -forem as divergências que possa estabelecer entre elles a diversidade de pontos de vista na solução dos problemas brasileiros. E a universidade, no conjuncto de suas instituições de alta. cultura, prepostas ao estudo scientifico dos grandes problemas nacionaes, que nos dará os meios de combater a facilidade de tudo admittir; o scepticismo de nada escolher nem julgãr; a falta de critica, por falta de espirito de synthese; a indifferença ou a neutralidade no terreno das idéas; a ignorancia da mais humana de todas as operações intellectuaes, que é a de tomar partido, e a tendencia e o espirito facil de substituir os principios (ainda que provisorios) pelo paradoxo e pelo humor, esses recursos desesperados. d) O problema dos melhores De facto, a Universidade, que se encontra no apice de todas as instituições educativas, está destinada, nas sociedades modernas a desenvolver um papel cada vez mais importante na formação das elites de pensadores, sabios, scientistas, technicos, e educadores, de que ellas precisam para o estudo e solução de suas questões scientificas, moraes, intellectuaes, politi-

227 cas e economicas. Se o problema fundamental das democracias é a educação das massas populares, os melhores e os mais capazes, por selecção, devem formar o verlicc de uma pyramide de base immensa. Certamente, o novo conceito de educação repelle as elites formadas artificialmente por differenciação economica ou sob o critério da independencia economica, que não é nem póde ser hoje elemento necessário para'fazer parte déllas. A primeira condição para que uma elite desempenhe a sua missão e cumpra o seu dever é de ser "inteiramente aberta e não somente de admittir todas as capacidades novas, como tambem de rejeitar implacavelmente de seu seio todos os indivíduos que não desempenham a funeção social que lhes é attribuida no interesse da collectividade. Mas, não ha sociedade alguma que possa prescindir desse orgão especial e tanto mais perfeitas serão as sociedades quanto mais pesquizada e seleccionada íõr a sua elite, quanto maior íõr a riqueza e a variedade de homens, de valor cultural substantivo, necessários para enfrentar a variedade dos problemas que põe a complexidade das sociedades modernas. Essa selecção que se deve processar não por differenciação econom i ca, mas pela differençiáção de todas as capacidades, favorecida pela educação, mediante a acção biologica e funccional, não pódé, não diremos completar-se, mas nem sequer realizar-se senão pela obra universitaria que, elevando ao máxim o o desenvolvimento dos indivíduos dentro de suas aptidões natüraes e seleccionando os mais capazes, lhes dá bastante força para exercer influencia effectiva na sociedade e affectar, dessa forma, a consciência social. A unidade de formação de professores e a unidade de espirito Ora, dessa elite deve fazer parte evidentemente o professorado de todos os gráos, ao qual, escolhido como sendo um corpo de eleição, para uma funeção publica da mais alta importancia, não se dá, nem nunca se deu no Brasil, a educação que uma élite póde e deve receber. A maior parte delle, entre nós, é recrutada em todas as carreiras, sem qualquer preparação profissional, como os professores do ensino secundário e os do ensino superior (engenharia, medicina, direito, etc.), entre os profissionaes dessas carreiras, que receberam, uns e outros, do secundário a sua educação geral. O magistério primário, preparado em escolas especiaes (escolas normaes), de caracter mais propedeutico, e, ás vezes mixto, com seus cursos geral e de especialização profissional, não recebe, por via de regra, nesses estabelecimentos, de nivel secundário, nem uma solida preparação pedagógica, nem a educação geral em que ella deve basear-se. A preparação dos professores, como se vê, é tratada entre nós, de maneira differente, quando não é inteiramente descuidada, como se a funeção educacional, de todas as funeções publicas a mafs importante, fosse a unica para cujo. exercício não houvesse necessidade de qualquer preparação profissional. T o dos os professores, de todos os gráos, cuja preparação geral se adquirirá nos estabelecimentos de ensino secundário, devem, no entanto, formar o seu espirito pedagogjco, conjunctamente, nos cursos universitários, em faculdades ou escolas normaes, elevadas ao nivel superior e incorporadas ás universidades. A tradição das Jiierarclüas docentes, baseadas na differenciação dos gráos de ensino, e que a linguagem fixou em denominações differentes (mestre, professor e cathedratico), é inteiramente contraria ao principio da unidade da funeção educacional, que, applicado, ás funeções docentes, importa na incorporação dos estudos do magistério ás universidades, e, portanto, na libertação espiritual e economica do professor, mediante uma formação e rem.une- 421

228 ração. equivalentes que lhe permittam manter, com a efficiencia no trabalho, a dignidade e o prestigio indispensáveis aos educadores. A formação universitaria dos professores não é sómente uma necessidade da funeção educativa, mas o unico meio de, elevando-lhes em verticalidade a cultura, e abrindo-lhes a vida sobre todos os horizontes, estabelecer, entre todos, para a realização da obra educacional, uma comprèhensão reciproca, uma- vida sentimental commum e um vigoroso espirito commum nas aspirações e nos ideaes. Se o es-. tado cultural dos adultos é que dá as directrizes á formação da mocidade, não se poderá estabelecer uma funeção e educação unitaria da mocidade, sem que haja unidade cultural naquelles que estão incumbidos de transmittil-a. Nós não temos o feiticismo mas o principio da unidade, que reconhecemos não ser possivel senão quando se creou esse espirito, esse ideal commum, pela unificação, para todos os gráos do ensino, da formação do magistério, que eleyaria o valor dos estudos, em todos os gráos, imprimiria mais logica e harmonia ás instituições, e corrigiria, tanto quanto humanamente possivel, as injustiças da situação actual. Os professores de ensino primário e secundário, assim formados, em escolas ou cursos universitários, sobre a base de uma educação geral commum, dada em estabelecimentos de educação secundaria, não fariam senão um só corpo com os do ensino superior, preparando a fusão sincera e cordial de todas as forças vivas do magjslerio. Entre os diversos gráos do ensi-.,no, que guardariam a sua funeção especi-. fica, se estabeleceriam contactos estreitos que permiltiriam as passagens de um ao outro nos momentos precisos, descobrindo as superioridades em germen, pondoas em destaque e assegurando, de um ponto a outro dos estudos, a unidade do espirito sobre a base da unidade de formação dos professores. 422 O papel da escola na vida e a sua funeção social Mas, ao mesmo tempo que os progressos da psychologia applicada á creança começaram a dar á educação bases scientificas, os estudos sociologicos, definindo a posição da escola em face da vida, nos trouxeram uma consciência mais njtida da sua funeção social e da estreiteza relativa de seu circulo de acção. Comprehende-se, á luz desses estudos, que a escola, campo especifico de educação, não é um elemento estranho á sociedade humana, um elemento separado, mas uma instituição social, um orgão feliz e vivo, no conjuncto das instituições necessarias á vida, o logar onde vivem a creança, a adolescencia e a mocidade, dè conformidade com os interesses e as alegrias profundas de sua natureza. A educação, porém, não se faz sómente pela escola, cuja acção é favorecida ou contrariada, ampliada ou reduzida pelo jo g o de forças innumeraveis que concorrem ao movimento das sociedades modernas. Numerosas e variadíssimas, são, de facto, as influencias que fórmam o homem atravez da existencia. Ha a herança que a escola da especie, com o já se escreveu; a família que é a escola dos paes; o ambiente social que é a escola da communidade, e a maior de todas as escolas, a vida, com todos os seus imponderáveis e forças incalculaveis. Comprehender-se-á, então, para empregar a imagem de C. Bouglé, que, na sociedade, a zona luminosa é singularmente mais estreita que a zona de sombra; os pequenos fócos de acção consciente que são as escolas, não são senão pontos na noite, e a noite que as cerca não é vasia, mas cheia e tanto mais inquietante; não é o silencio e a immobilidade do deserto, mas o frêmito de uma floresta povoada. Dessa concepção positiva da escola, com o uma instituição social, limitada, na sua acção educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concoirem

229 ao movim ento das sociedades, resulta a necessidade de rcorganiz3l-a, com o um organismo malleavel e vivo, apparelhado de um systema de instituições susceptíveis de lhe alargar os limites e o raio de acção. As instituições perieseolares e postescolaies, de caracter educativo ou de assistência social, devem ser incorporadas em todos os systemas de organização escolar para corrigirem essa insufíiciencia social, cada vez maior, das instituições educacionaes. Essas instituições de educação e cultura, dos jardins de infancia ás escolas superiores, não exercem a- acção intensa, larga e fecunda que são chamadas a desenvolver e não podem exercer senão por esse conjuncto systematico de medidas de projecção social da obra educativa além dos muros escolares. Cada escola, seja qual fò r o seu gráo, dos jardins ás universidades, deve, pois, reunir em tom o de si as familias dos alumnos, estimulando e aproveitando as iniciativas dos paes em favor da educação; constituindo sociedades de ex-alumnos que mantenham relação constante com as escolas; utilizando, em seu proveito, os valiosos e múltiplos elementos materiaes e espirituaes da collectividade e despertando e desenvolvendo o poder de iniciativa e o espirito de cooperação social entre os paes, os professores, a imprensa e todas as demais instituições directamente interessadas na obra da educação. Pois, é impossível realizar-se em intensidade e extensão, uma solida obra educacional, sem se rasgarem á escola aberturas no maior numero possivel de direcções e sem se multiplicarem os pontos de apoio de que ella precisa, para se desenvolver, recorrendo a communidade como á fonte que lhes ha de proporcionar todos os elementos necessários para elevar as condições materiaes e espirituaes das escolas. A consciência do verdadeiro papel da escola na sociedade impõe o dever de concentrar a offensiva educacional sobre os núcleos sociaes, com o a familia, os agrupamentos prolissionaes e a imprensa, para que o esforço da escola se possa realizar em convergencia, numa obra solidaria, com as outras instituições da communidade. Mas, além de attrahir para a obra commum as instituições que são destinadas, no systema social geral, a fortificar-se mutuamente, a escola deve utilizar, em seu proveito, com a maior amplitude po.ssivel, todos os recursos formidáveis, com o a imprensa, o disco, o cinema e o radio, com que a sciencia, multiplicando-lhe a efficacia, acudiu á obra de educação e cultura e que assumem, em face das condições geographicas e da extensão territorial do paiz, uma importancia capital. A escola antiga, presumida da importancia do seu papel e fechada no seu exclusivismo acanhado e esteril, sem o indispensável complemento e concurso de todas as outras instituições sociaes, se succederá a escola moderna apparelhada de tòdos os recursos para estender e fecundar a sua acção na solidariedade com o meio social, em que então, e só então, se tomará capaz de influir, transformando-se num centro poderoso de creação, attracção e irradiação de todas as foiças e actividades educativas. A democracia, um programma de longos deveres Não alimentamos, de certo, illusões sobre as difficuldades de toda a ordem que apresenta um plano de reconstrucção educacional de tão grande alcance e de tão vastas proporções, Mas, temos, com a consciência profunda de uma por uma dessas difficuldades, a disposição obstinada de enfretal-as, dispostos, com o estamos, na defeza de nossos ideaes educacionaes, para as existencias mais agitadas, mais rudes e mais fecundas em realidades, que um homem tenha vivido desde que ha homens, aspirações e luetas. O proprio espirito que o informa de uma nova politica educacional, com sentido 423

230 unitário e de bases scientificas, e que seria, em outros paizes, a maior fonte de seu prestigio, tomará esse plano suspeito aos olhos dos que, sob o pretexto e em nome do nacionalismo, persistem em manter a educação, no terreno de uma politica empírica, á margem das correntes renovadoras de seu tempo. De mais, se os problemas de educação devem ser resolvidos de maneira scientifica, e se a sciencia não tem patria, nem varia, nos seus princípios, com os climas e as latitudes, a obra de educação deve ter, em toda a parte, uma unidade fundamental, dentro da variedade de systemas resultantes da adaptação a novos ambientes dessas idéas e aspirações que, sendo estructuralmente scientificas e humanas, têm um caracter universal. E preciso, certamente, tempo para que as camadas mais profundas do magistério e da sociedade em gera] sejam tocadas pelas doutrinas novas e seja esse contacto bastante penetrante e fecundo para lhe modificar os pontos de vista e as attitudes em face do problema educacional, e para nos permittir as conquistas em globo ou por partes de todas as grandes aspirações que constituem a substancia de uma nova politica de educação. Os obstáculos accumulados, porém, não nos abaterarti ainda nem poderão abater-nos a resolução firme de trabalhar pela reconstrucção educacional no Brasil. Nós temos uma missão a cumprir: insensíveis á indifferença e á hostilidade, em lucta aberta contra preconceitos e prevenções enraizadas, caminharemos progressivamente para o termo de nossa tarefa, sem abandonarmos o térreno das realidades, mas sem perdermos de vista os nossos ideaes de reconstrucção do Brasil, na base de uma educação inteiramente nova. A hora critica e decisiva que vivemos, não nos permitte hesitar um momento-deante da tremenda tarefa que nos impõe a consciência, cada vez mais viva da necessidade de nos prepararmos paia 424 enfrentarmos com o evangelho da nova geração, a complexidade tragica dos problemas postos pelas sociedades modernas. Não devemos submctlcr o nosso espirito. Devemos, antes de tudo proporcionar-nos um c./pinto.firme e seguro; chegar a ser serios em todas as cousas, e não continuar a vivér frivolamente e com o envoltos em bruma; devemos formarnos principios fixos e inabalaveis que sirvam para regular, de um modo firme, todos os nossos pensamentos e todas as nossas acções; vida e pensamento devem ser em nós outros de uma só peça e formar um todo penetrante e solido. Devemos, em uma palavra, adquirir um caracter, e reflectir, pelo movimento de nossas próprias idéas, sobre os grandes acontecimentos de nossos dias, sua relação comnosco e o que podemos esperar delles. E preciso formar uma opinião clara e penetrante e responder a esses problemas sim ou não de um modo decidido e i.iabalavel. Essas palavras tão opportunas, que agora lembramos, escreveu-as Fichte ha mais de um século, apontando á Allemanha, depois da derrota de Iena, o caminho de sua salvação pela obra educacional, em um daquelles famosos discursos á nação allemã, pronunciados de sua cathedra, emquanto sob as janellas da Universidade, pelas ruas de Berlim, resoavam os tambores francezes... Não são, de facto, senão as fortes convicções e a plena posse de si mesmos que fazem os grandes homens e os grandes povos. T o da a profunda renovação dos principios que orientam a marcha dos povos precisà acompanhar-se de fundas transformações no regimen educacional: as unicas revoluções fecundas são as que se fazem ou se consolidam pela educação, e é só pela educação que a doutrina democratica, utilizada com o um principio de desaggregação mora] e de indisciplina, poderá transformar-se numa fonte de esforço moral, de energia creadora, de solidariedade so-

231 ciai e de espirito de cooperação. O ideal da democracia. que, escrevia Gustave Belot em 1919, parecia mecanismo polilico, toma-se principio de vida moral e social, e o que parecia cousa feita e realizada revelou-se como um caminho a seguir e com o um programma de longos deveres. Mas, de todos os deveres que incumbem ao Estado, o que exige maior capacidade de dedicação e justifica maior somma de. sacrifícios; aquelle com que não é possivel transigir sem a perda irreparavel de algumas gerações; aquelle em cujo cumprimento os erros praticados se projectam mais longe nas suas consequencias, aggravando-se á medida que recuam no tempo; o dever mais alto, mais penoso e mais grave é, de certo, o da educação que, dando ao povo a consciência de si mesmo e de seus destinos e a força para affirmar-se e realizal-os, entretém, cultiva e perpetua a identidade da consciência nacional, na sua communhão intima com a consciência humana. Fernando de Azeyedo Afranio Peixoto A. de Sampaio Doria Anisio Spinola Teixeira M. Bergstrom Lourenço Filho Roquctte Pinto J. G. Frota Pessõa Julio de Mesquita Filho Raul Briquet Mario Casasanta C. Delgado de Carvalho A. Ferreira de Almeida Jr. J. P. Fontcnclle Roldão Lopes de Barros Noem y M. da Silveira Hermes Lima Attilio Vivacqua Francisco Venancio Filho Paulo Maranhão Cecilia Meirelles Edgar. Sussekind de Mendonça Armanda Alvaro Alberto Garcia de Rezende Nobrega da Cunha Paschoal Lemme Raul Gomes.

232 A N E X 0 IV LEGISLAÇÃO

233 * * * T.-vrrw T t r m i m w VIII) DECRETO N d e 10 Abril de 1931 R E V I S T A de P O R n N S B P i l n t * M 4 24 d e ja n e ir o de 1501 o prazo de a rreu - i institutos fed eraes de ensino do direito d a m eoto d a ReUc ds Vliyfão Sul M ioeira I da m ed icin a e d e engenharia, nao ini c o rp o ra d o s a universidades, O C h e fe d o G o ve rn o P rovisorio da R e M. U m represen tan te do ensino su-' p u b lica d os E stados Unidos do Brasil, p eriu r e sta d u a l equ ip arad o e um do a tte n d e n d o ao qu e solicitou o G overn o p articu lar tam bém equiparado. d o E sta d o d e M inas Geraes e ten do em IV. U m representante do ensino secu n d á rio fe d e ra l; um d o ensino secun-' v is ta a e x p o s iç ã o q u e 'lh e íez o m inistro d e E sta d o d os N e g o c io s da V iação e d ario e sta d u a l equ ip a ra d o e um d o par-: O bras Publicas, em 20 de março do corren te an n o, tiçotaj- tain bem equiparado. decreta: / " V. y T r e s mc-mbros escolhidos Iivre- A r tig o unico. Fica dilatado até 24 de : W n ie^ n ire it L 'T 5 0 ra 1 1 ct3 T te r^ T ir^ iro saja n e iro d e 1961 o prazo de arrendam en-! b er e re c o n h e c id a cap acidade em assum - to ao G o v e rn o d o E stado de Minas G eraes, p to s 'd e edu cação e de ensino. (ln R êd e d e V ia ç ã o Sul M ineira, fixado 2. S e rá m e m b ro nato do Conselho na clau su la II d o contracto au ctork a d o! o d irecto r d o D epartam ento Nacional de. p e lo d e c re to n , de 22 de m arço I E nsrm rs d e 1922, e m anfjdo em virtude do disp o s to na clausula X II do d ecreto n. ( 3. J O s m em b ros do C onselho te rã o* e>feíeieu> p e lo p razo d e quatro annos , d e 12 de abril de 1929.! p o d e n d o s e T T e c on d u zid o s. R io de Janeiro, 10 de Abril de 1931, í A r i. 4 O C on selh o N a cion al d e Edu d a In d cp en d en c ia e 43. da Repu- j b lic a. IX) DECRETO Ä-I9-850 de ^ de 1931 ' Crêa o CoQ&elho Kacional d«educação O C h efe d o G overn o Provisorio da Re- os -- E^ stados... p u b lic a dj Unidos do Brasil, d e c r e t a : A rt. 1. F ica instituído o Conselho N a c io n a l d e E du cação, que será o orgã o c o n s u ltiv o d o m inistro de E ducação e S a u d e P u b lic a nos assumptos relativos a o ensino. A r t. 2.. O C on selh o N acion al d e E d u ca çã o d estin a-se a collaborar com o m in is tro nos altos propositos de e lev a r o n iv e l da cultu ra brasileira e de lundam e n ta r, n o v a lo r intellectu al do in d iv í d u o e na edu cação profissional apurad a, a g ra n d e z a da N a çã o. Art. 3 O o rg ã o de qu e tratam os ar-.tigos anteriores será constituído de con s elh e iro s, n o m ea d o s p elo Presid en te d a I. U m rep resen ta n te d e cada univer* : sidade fed era l ou equiparada. ; II. U m representante d e cada um dos! cação n flo te rá attribuiçôes d e ordem a d m in is tra tiv a, m as opinará em ultim a G E T U L IO V A R G A S in stan cia s o b re assum ptos techn icos e!, d id á c tic o s e e m ittirá parecer sob re as J o s é Am érico de Almeida. q u e s tõ e s a d m in istra tivas correlatas, atte n d id o s os d isp ositivos dos estatutos das u n iv e rsid a d e s e dos regulam entos d os in stitu tos singu lares de ensino sup e rio r. A rt. 5. C on stitu em attribuiçôes fund a m e n ta e s d o C o n selh o: a ) c olla b o ra r com o ministro na orientação e d irecção superior do e n sin o : b) p r o m o v e r e estitm ila r iniciativasjem b e n e fic io d a cultura nacional, e anim ar a c tiv id a d es p rivadas, qu e se proponham a cojjãborar com o E stado em qu aesquer dom in ios da edu cação; c) s u g g e r ir p ro vid en c ia s tendentes a am pliar os recursos financeiros, concedid os p e la U n iã o, p elo s Estados ou p elo s m u nicíp ios á organ ização e ao desen volvim en to d o ensino, em todos os ramos: d) estudar e em ittir parecer sobre assu m p tos d e o rd e m ad m inistrativa e d i-, d actica, referen tes a qualquer instituto'! d e en sin o, q u e d e v e m ser resolvidos p e lo m in is tr o ; e ) fa c ilita r, na esphera de sua acção, d a R ep u b lic a e escolh id os entre nor.iss! a e x te n s ã o u n iversitaria e p ro m o ver o e m in e n lf-s d o m aaiytp.rio. e ffectiv o ou m a io r c o n ta c to entré os institutos teen tre p erson alid ad es de reconhecida capa c id a d e e e x p e rie n c ia e m_jtssunmtps! ch n ico -scien tificos e o am biente social; p cd a gogic.os. f ) firm a r as d irectrizes geraes do ene n sin o p rim n rio, secu ndário, technico e iv ~Os_ rnêm bros do Conselho N a cio M jp e riò r, á tte n d e n d õ j acim a dê tudo, os n al d e E d u ca çã o s e ra o escolhidos, d e in te re ssçs d a c iv iliz a ç ã o e da cultura do a ccord o com os seguintes iten s:} p a iz, 1f?;.-.y* * ' -. m 'ívv -í M í m-t í - m i m : I rx: * A *. V- I >* M t d. j j -. n i. y.. r LEOIS \rl. 6- Sern presidente nato d o C on-.(lio d c E du cação o m inistro, qu e pretiilir.i as resp ectivas reuniões, d e v e n d o <rr julisiituido, nas suas ausências even - tii.ifs. director do D ep a rta m en to y.iriona] d e Ensino. P.irngraplio unico. O CoTise1J)Qjreunir-_ jsf.j quatro vezes anm lãlm ente, e reali-. Tãr.VVin T.id ã reunião as sessões qu e forôiii necessarias ao d esem pen ho d os res-. neriivos trabalhos. Art. 7. Os m em bros do C on selh o N a - lional de Educação não terão veiu.im en - (05 perm anentes, mas perceberão, a titulo de gratificação,.diarins fix ad.is p e lo ministro, ie n d o ainda direito á in d em n i- 7 açt:o lie despesas d e viagens., "T T ffrs.^ O C onselho organizará o seu rfuimento interno, no qual serão con stituídas as comrnissôes necessarias no e s tudo dos assumptos da sua com petencia. Paragrapho unico. O regim ento interno. de que trata este artigo, será submettido á ap p rova çã o do m inistro, qu e o expedirá Rio de Janeiro, 11 de A bril de 1931, 110. da In dependencia e 43. da R ep u blica. G E T U L IO V A R G A S. Francisco Campos.

234 tação 547 : gtandeza da N nçflo e para o ap crleiçoa- : m e n to da hum anidade. A r i. 2. A o rga n ização das universida- : tles brasileiras attenderá, prim ordialm en- te, ao c rile rio dos reclam os e n ecessidades d o p aiz e. assim será orientada pelos : ia c to re s n acionaes de ordem psychica, social e econom ica e por quaesquer ou- tras çircnm stancias que possam interíei rir na realizaçíto dos altos designios univ e rs itá rio s. A r t. 3. O regim en universitário no Brasil obed ecerá aos preceitos geraes in stitu idos no presente decreto, p od en - do, eptretan to, adin iflir variantes re g io - n aes no qu e fespc iia" ã"ãcinnnistração è /! Ã rt. 4. À s u niversidades brasileiras / d e s e n v o lv e rã o acçíto conjuncta em be- /. n eficio da alta cultura nacional, e se esforça rã o para am pliar cada v e z mais as suas re la ç õ es e o seu intercâm bio com ' as u n iversid ad es estrangeiras. j T I T U L O n I> DECRETO N de 11 de Abril de ~ j Itíspôc q o e o e n sin o ç o p e rio r n o b r a v il t>ede- * c e rã. cie p re fe r e n c ia, ro svstcm a u m V e rs U n rio, p od en d o a in d a *o r m in is tr a d o em iu s titu to s is o la d o s, e que a o rg a n iz a ç ã o te c h n ic a e a d m in is trativa das universidades é in stitu ída no p resente d ecreto, retendo -se os in stitu tos imola d o s p elo s r e s p e c tiv o s re c ru b in e n to s, o b s e r v a - ; o es os d is jin s it iv o s d o scgu iu tc E s ta tu to das U n iv e r s id a d e s B r a s ile ir a s. ao en O Chefe do G overn o Provisorio da Re- 1 sino efficien te ; publica d os E stados U nidos do B ra sil I III, dispôr de recursos financeiros con decreta :! c e d id o s p e lo s govern os, por instituições p riva d a s e p or particulares, Que garan- TITULO I!;la í m o fu n ccion am en to norm al dos cur- Fins d o ensino universitário! i;so s e a p len a efficien cia da activid ad e u n iversitaria; A rt. 1. O ensino u n iversitário te m i' i IV, su b m etter-se ás norm as geraes como fin a lid a d e : elevar o n ivel da cultura geral; estim ular, a in v e s tig a ç ã o scienlifica em quaesquer dom inios dos c o nhecimentos humanos; habilita- ao e x e r cid o de actividades que requerem p reparo technico e scientifico superior; con correr, em fim, pela educação do in d iv í duo e da c o lle c tiv id a d e, p ela h a rm on ia de o b je c tiv os entre professores e estu dantes e p e lo ap roveitam en to d e to d a s 0s actividades uníversitarias, p ara a C on stitu içã o das universidades brasileiras C A P IT U L O 1 Generalidades A r t. 5. A constituição d e unia univ e rs id a d e b rasileira d everá attender as segu in tes exigencias; I, c o n g r e g a r em unidade universitaria p elo m enos tres dos seguintes institu tos d e ensin o superior: Faculdade de D ireito, F a c y ld a d e de M edicina. E scola d e E n g en h a ria e Facu ldade de Educação, S cien cia s e Letras; II, d isp õ r de capacidade didactica, áhi c o m p re h en d id o s professores, lab oratories e dem ais condições necessarias í! instituídas neste Estatuto. I! A r t. 6. A s universidades brasileiras i: p o d e rã o ser creadas e m antidas p ela '' U niao, p elos Estados, ou, sob a íórm a i. d e fu n d a çõ e s ou d e associações, p or p articu lares, constituindo u niversidades fed era es, estad oa es e livres.!! P a ra gra p h o u n ico. Os govern os estadu aes p o d e rã o dotar as u niversidades!; p or e lle s orga n izad as com patrim onio jj proprio, m as continuarão obrigados a

235 %. «t t e s «J «J O u É ' C ^ O O Ü. W-s 0> c g 4> 2. «c 4> = =» 5. «0 ^ P - «'=?.ss c S s ~ & S ^ ê s S C «Ê D B t ^ g?e " 3 </í w O) o Cfl * u. w i; 5,2 ü C 0*3 O i " c (V U v S ' 3 ê «4) O J. S J - o - o - o èi ~ 5. o. E S Ä 3 2. «c r *o ás-e j D O O :5 S g ^3 ^ r í H ã.og5s i E? 9. C d) - 3 ï 2 fc, g - i S c > OJ (X) c > «S («L» V3 P C 5.2 o 3 c c ï; S s - = <u - c t ~. c 5 : ss=,8 Ê Â l ^ w O o t - a r* C C/O r~ E o!>^ ^ i> 4).ÍS 0) C N - M s.» lis c 2 P o ^ 5 c S O E c rj CJ «3 a o ^ c e 4> X.í 2 i -o «o O-a <ü ss.g «o^-g B.g 0 <3 O u O'Ofo'S.2 3 o N í o s^g-ã-s b»? ^ u o» < & * r s O y W e o - o ä 5 m * Irt a> c. ío 0 n *o (/) d;.. t/i 0 * Í3 c.< E d ) 0 i 0) s V) u, O fcl f* * 0 a> c to t_ C 0 0 a> 0) > a 0 3 5fc ãs «c ê! a3 l $ o C 0-5 CJ-O S s o g-gs KJ 1/5 fl» «> ^ «3 o - 3 O a, a>w i> i= *- -<3 O "C ra 5 S S g l l ^ S 0,"* c 3^í o ^ w 3 o < g.-s«^s«< 2. fli»*.! -n 3 r' "» ' 2 ^ N S»n s ÍSO ra-.2 ^ S > ^ c *a u o r3 3J w 1 «i O' O > *C 0 3 O -3 * - 3 Ún *0_-j cg-g cs r3*- > E.= > <U U - 3 rí í o*oc: í o. > & e3 Í > s g e r a d e : «"i!ás:p s s l t ^ i s o* cr t: o 0 aj f\ Cju ** «< U ] - z r i_ ca fc- r p i i & E «2 _ O *r4> ^ - o *0 o *o c 2 ï a! ^ s s W o ^ ^ 00, E -2 y C - i* yt 3c :- I a> 3--- ~ <ü 'Si O..Q cl cg P O <j0 o c - c " O Wi Wt <uy rorãa) 0*0 a a.» 1C rt N ^ «rs» ^ 2 w aj 1C 1 V ^ C3 O I Q t > <U GJ 2 t/>, I O to *-< O oj ;^.n J3 o c 2 - ~ «T3 lá, ^ i O U a w t O i - *C OJ -, x : «o o ~ dj^ t,xj w. cx *5& O > P s o - r s CL S fct-c c <u a> *0 u tsi u. ^ 4>. k. a> «a X? 4; vi V *«n.2 % w i. C J o <y *". fcn C* 2 «x 3 In T3 2 ^ I- *0» «j c, c 3 VI*0 ' Í o 2 u u a) «^ 3 o *H o «0-0 o. - o rj O CT o r j «Sç «^ " Q, I ojg *ja. C.._ N <Q i.

236 *, r; S v- 227 $ o * d. 5 c n oa I o I í ca cj X\ ** w OJ C t K «o g IA 4i O*"* 5 h * O S <t a >» ««f ) t I o r: o c c o. w > O O 4> O W O 3. C _ O) u ) C - UQJ 3 K3 O «* vt 0) t: Ci. 5 * : l " S o a> c o 4) o o. 3 ' S " 2 ÍI-S-3 4 O > 3 * V) (O O ~ a> 4> ^ S (fl J* " 2 o O *E 3 3 O o wi,5 g. s- I, _ 4, #rt t3 O _ o * «O o. 3 co - 2 c E O ~ a -a o : 2 O 2. t E í. E 2 g - G. ä ««e o. «J E c u Vic «o) r, o. o._ C 2 S JE ï 5 «~ <uü E 2 X o ; "O g O) c 5 T3 - s» s a > IO (Q s «. o c 2 C - O c u - ~ E I c o E n o ^ c O 0*3 < to O * - : = 2 = «E 2 ü X ra ~ E O 3 S a E c o C 3 2 <u Oi < U D - ^ u «a. r G s «a > a > o - o»-.. u Ci - ( «3 R3 1 «? racx ao c o-. v. O a> o n 3 «n t~ to c a > O C 1/3«.. S 5 s ^ s w. S 5 S &..?! f)u 3 ü Só o ra.2 Õj O)»*55 i n o c a» t. X 5 o> ci.t< - Qj to cn o w O - 0 ) ^ 3 0 A» /rt P3 w w **T (O o* o o t ÛJ -a eo «3 ü V ü - ra I R c O J, I CO :s a a * c O u ë T5 Ë a Ui C/5 O - - < * o 3 - e * 3 - E c t e 2 c í E = 3 2 = 5 ;.2 5 C3 3 0*^3 S s * c > S > ta» to C > 3 t r.t* o lu t - <fi 'O c r u in -o* h M o D k. VI ü SÆ fc- g «à-è a) C O S i «-a.s c s g 8. s 3 (0 «3 et-' o i «= 3 a> 2 2 " 5 V) Ci fc -^ L - * c ^ O «g «.3 * *a *5 0-2*5 c L «3 c C M ft> C 3 «o o u * cc ÛJ 3 rs-s C3 ^ a) *- C) «V- «t 4) ^ n o ^ b ca C ^ 03. ^. 3 g ü «(3 «<D2 3 3-a 0 ojw o E o «o g & u a, S 2. 2 " s t. «s e - > 5 3 vi *C Ç; f. V) 4; C O - fî i/i > a> > c 3 O *X3. - o rs C E < 4> > C 3 C E o aï o o c JS oci O *3 *- (A iz. o g o O «S ^ î ; c s - - o i: o Ô E E E E S l â g. g. tf C < 2 ^ 2 : E 10 5 S - Ci M.2-<o a> o ^ c - o o 22 w > S 'S.C ûj»- O C C3 3 d QJ.ti c Im o -a C3 ô a> a. a S "O en 8 o u S -g -o o o fcj33 eue a> c C eo V) O O C Ci «t r U v. ns a> U -g. 3.> -a "* * s r a e g. t i *u c ûj a ^ f c â Î 5 '" *a r a w d,*^ ß.E c ^ " 3 «M - c " 3 Si - c «J. C O) «o th 3 g.s 4 *»- 5 ^ w O 4 c f) l y g ) S i e " o.«- c ï U»)» ü E ^ 4. 5 X w >< w * 5 * a 3 _ CJ S3 41 g.3 >. J = " W «s C ü ü t f l «J <D C3 fc- S o - 5 «=. V ) CS U - «s.* «y ~ E C o S*o «c ;= «E o I <0 I o T3?.5 oj 5 fx C; o «o «fc, c a; i; o ClO C u O.! e S > u S E r â < «.0) ' *- CJ -T CJ - s-i E U C ï (3 to R3 " I w v C/l vl rt f3 O. CX, _ ( 3 «r v X «a o g C X E X RJ ^3 a> i o.*i: <a a ttj *» *o c 2> g iz i2 ^ c g > O 3 «0 ^ ( 9 _ M CJ S 2 a X, c < u 2 " *3 rs -: ^2 fl) i/)-c 1/1 a 2 _ - r w r T j Ä 4» E - 3 g «S» O» S o i r V) fl) = - = -S ÛJ O r o Cc3 g _ < u u ). 2 c *53 C -r 0> en p3 <2 W S C.= U C a 1 - «1)* i. 41 O S.s S ^ 0)*O w OJ - - E y o C -«b u c «S O.C 2 ^ > 53 O «> o e E»X»-> S.2 o 3 w O C. vt I c- «'S o o O u ü» «3 S 2 o 3 OTGJ O «t/i. E o *a i l SS O 5 p eq «a a) <D «O r; C c " ü W i5 O v> 3 2 c.. V C S2 = 2 j j c «<i> _ co 3 o 0) h ^ w <o y c e/> > O - O 5 o <Tj es -a s i s S.s c. g ë a E S I E g - > S ^.»X S * «O Si «3 «I l i f i s g «* o 'G _ c o c - S' -S ë c w *5 a» 10 2 O U 2 P3 - Ë.Ï -aï r C J m <0 P a O = O C OJ <0 E o c *-"2 e &- n ex w Q O C3 o *- V. T cî c S3 T3 «3 HX 'J, ZT* w ut " C O R3 ex ÏT* 0) > w. 0) C 0) «A. X 3 G C era; o O f3.5 C ( J V3 w D W ß O «0 «Ü 'H C L A O W <ü Ç>C3 V3 «C - *o o o o ^ Ci * O «T3 #0 % % V Ci o - Ci o _ *tr «3 V* c C3 o 0) O CZ P -i- ^ * * uz-c3 O i Ci C3 <3 3 w - a â o u to P3 Q> O ". 3 ö O O a > E 5 o Ä 5= U -w O i3 O O Vi O o*53 = c r M " fc)e " o Ci «t> ul w *" O^ra 3 - t/1 >»-«c «ûj > g -o to S u: ûj : s ^ > 'a B ci -c g O O 3 *a w " o S g " c 1.1 O o 5 o 3.- il eo 4) C o ^ p O rj 0*0 o, rj <w o- E a* N 4> Ci UJ i_ C CO C X o a>2 > 3.0 w r: 3 5==-s o g» 2 ^ O 3 - ^ a, v. o^.2 ra o 3 > ^.ti s s i s C3 o 3 ro O Kl a -o ü s 3 o -3 c *5 X I o ï- ci c q ci 0*0 ^ w r tfl s s S E 3 ci a H rr-* * L* *S X i: O <0 c *3 «C. o 60 g * ra e i 3 o c O -3 C - ^ -*-* Ci.H P fco Ci 3 V5 tj O) to «^ cj a> çj "3 C w 4) fc. O Ä 3 -S 5 3 S - c 8 - G î c S " 2 S 0-2 c <c '3.. T3 M C «o - « > ^Cl n W C <s «3 *C Ci k., C c f3 ü QJ «> _ - -a o o O a S => s-a a S - 3wi - S ^ uo O u. *a o u. C = O <u ( o *a 3,0 ** t/1 CJ (3 4) O "C fî *3 t/3 ^ J 4) 3. 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246 237 i ft>' o O f- o a o * o ju Q.j, í) ), i ; «4) ' «o o o o * ««* «o» a>» o»r ' e 3 f> <5-5 *ç «3 5*o ^ *c e- * *55*0 2 r s s S s c'3» «-o ^ íiic w ««2 W icã ü ü «c.5 c = f *> o -.ter c-~ At:c «~ ü C--5 c <->? t:*_ «s s-s d g e. x ~ «<yo 0» ^ i U c i U z M t u i 1 i ^ i i ^ i H s g. i i i n g s : < s % i 8= : g 5 : i «s äí ^ Ä C > C?- t ÿ?c Oi -O 5 «O o E w C S-3 O í n s O, t C3 0> «= ra «3 m S cu ~ e. Õ o 5 P = 5 0) «=.-: sj u = ~ K aí. ~. «bcwí-r.oo.b*.e c S - 3 =. - PE -! n0 S J r -«ec 5iS- ^JTÍ. ^ ~ -o tj g f S ^ 5 c ^ -.E ^ -p«n 5 So o i.-a.-, 2 i0 0? g n El 5. Ê- i - ï c.». " ï ' S-S - o G'1 ia <3 f o _ - - = o.5- ' 8 ' ' E g? > -c & SllÊcáÂis&ssl.siss&g = 5 - S-ãs t^ '5fi6ÍÍ - 8á 3 H S S = S ^. Õ 2 ã ^ 5!;-g-i--íí2-2^3t^ = -i 5 l s l : 5 «'5s " ra*o)5 g o 3 a öiifi a ; e g ß«a l i l l ^ 8! 5 S S H i t g? i s Í 5 I ^ e o ÏI* <C»- *- > t> O tr ~ k * - ~ _ n c r ^ > 5: T 3 í<, S Î2 «(Q * I t I I I I «' * C C V) I/> V)», s - «21 ü ^ S *C * D Î i ;5 c P l5i p a ) < - J ', ï O fc3 S3 û? - O T j t o o O ^ O - ^ ^ r a 1~ 3 r, C- *r _ t Í T 3 ~ u "3 * c i > t : s * * > 1: ^ 2 -t,. _.5 &bsís 2=5 C5 -Sõ cu-5 «0 õ -g-=.s M 5 = 3 5? «>8^ g «j f -0 " 5 0 S,_ l tu «' í a C = o S E S >: = «õ s SÉ&S -OJ ««o.o-c.l üf-s^ci g. _ r e O. - c. Ü«. S à - - S»!2 - s - D w n o 'o --n S Ç E.E = C «Si -"=«K «'" ««JH r a o!r ' E!S gw w-=s-c-o - ír!-5 o -eio-oçj s c r o» w -s «r» V -s» TS ai O) ^ t i) w ~ W ^ u yj 0 - i- c/3 II S e S - õ S,! - ^ - H 5 ê o 5», Sa«g.2 ^ S g S g S ç. ^ i ï S S Ss S.ï-s s.2 s «= = 4=S g.5 >.=.2 S s O» 5 S S -g «g ~ «= 2 s «.2= s ô-2-g-ë 5 B-, -a ra ~ -c o. - '5-1' ^ u - I-> 2 t C?, u o «j e, w -'C c ~ 2 o 3 «18.= a ^ =5 <= s» -i: ais"==?ãs 0 jlhl raw- 2 -ES o5 5g.s.g«s È.S#S-s=ã*Bol3S & t o-s -=-c = 3 Sg.í-googgS3 fl g-^isí-g S2 <U* 2 g p -crie. w 10 ~ <c._ ~ s o. o S 5!C n, * ' ' ~ * " «o o.2 >4 «o? í? s» «= s õ o E.-5 n S u = o S " u - " ; c ï *= S ç; g = «3 Ë. n ~ o c - S E c isk C ia S c-saic.-o 5 «-» t?,. l í c - o t u - a " ~ c S S s.. - s u o = <-> l~ : 5 J ë l l = : & 5 - s i i - ë g s - s i ^ s l ^ siisei» ô - g - l s l. y i l s i i ã.ë Ë ^ -3 = 0 u t u ^ - u c Ö «' ' o ;? * : M M c - c S ( ^ í 2 ' ~ ' ^ 3 ^ ~ = - p ^ o " ' «2 " W.!._ 0 % ^ ~ = g = g.5 S s «Q S ^c5 o 5 c-sw^æ ^ S..SE C.Ö o 2 c 5-3=-sEW d.ot«-_;-ïï5 ~«3 'or.ç.-s' ^ g--=e v >'3 5 c.o_<u g^^ «1 e t s eü «! «" 2 i>t o «.ë s s s': «-g s - J s» s «z='b-s. Six' ïî Ü ï-5-s= î s > S r:g-e^i =.^o^í- 5 c.e'cçjs ocítí = = í = S;o-i:=ri2S :! 5 «-c c - - c ^ : ; < Ç u» i «- : ; s i i i îi - ^ ï ^ ' E c ^ P c - m ^ ï 3 - «ô ' c '-, -= I - - S i? - C = ï S g = : 5 5!2 5.- =. f = ~ S ^ 3 5 n ~ c = C C «> Ü 0 3 ï> ^ ».s. *. i- Ai C -. - O O C G «-,»- U <»- w T 3 * *.iw > w,o w.u C vi C.JS y ü i ; «.» v i ^ C ) C i"w ~ 2. te O <3 0) «a* < c C3 4) t * ü *»» «I t « 0> 3 X C Û O 3* o- o g S ü 5 3 «S 'à S *3 f=5 X» D C/5 V3 <z w o CO V5 g- to u S S 3. 5 Çg^oüg 0 c/j c a> S 0-0 S ^»gêsgã t_ C/5 r: c O CJ *3 C o-ssixg- o S. 3 O "S. õ * l»sa os.. SogSgg o em te tj u s «5 s ~ 0-ï c = 2 i ~ a == S c : ë *' c '55 ;: «. ü ï Q S-*5 w TÕ o *V3 c ü o a> _CD ra ÿî 0.= 3,4 1 = 11 = 5 «3 c '. Î S s ^ o ï ' 5 O o - = S = e r S w L.?3 Ow î5-x"2^?r;.. E t-'e îj 3 co o 3*â *a (A O u ri n 0> o > i) 'S V5 *5.*3 O 4) ir. V -S'S-i 3. / i a -3 s ; = ct -S-S 1 ï É 1 2 = 1 o i á 5 s ^ g ^ ï j j S ï ï S : ^! s ^ - = o ä. -assssg. - 5«: s ë t - cë.uuo.= ^~^=/> 3 3 ^ 0 C 3.T3 à ÍT «î.e"3-^0 l = 1 2= p "!C. r i i3 -CO ^ - a 1 1! I l2 s_ l11~ l st i c.! S 2?. «õ'3 l-siiõ3 &i3^ S 2 o3 õ g i M = - n ê5 ôy 3--sia s 3. S3= g & r -g 2 - fl- «ï ' s.iissoli! : r c o : ï ; s 2«!S?ãs.r3a ~ w r = t-^ S á s C C -"-3 î 2ï om5 s. Ï " - 1? * 4 - ï 2 H u i iiîiî^ 'ü " <U*,) = Ö W Ä ~ 0 5 a- C» 2 3 ^ S o Z 5 t; g ã Õ -2 -c-a o = = = 2 = - o " C ~ i =. 5 ^ 5 «3 u = = O.> g g> f c -g g ^ f o a n2 S _ J a - ^,*3 - t* S O - S ^ ^ COr? ij'o U ^*3 Si - w ^ - W " 3 u O C 'O l e ^. ri O ^ O ï ï y ^ l ; ^ S Z ^ S u O < 3 g. - c Í 5 C u C.. S?. 0 5 ' â J. u -. 3 ^ E ; ' 3 ~ 5 ^ e. _ = = ï «s ï,-d M C - - Í ^i= = g SáS5 U.v: a>2 2 3" ïû g''1si-s J 6 = = ^= tia.^ s Tf2 «>= = ^ = g 5! c < 2 E *11 o v ' - ^ S s ï 5 n 3 ä s S S-c < ï < u o e i g < g O rs ÜO» iî o w o c c y : 2.W 4; u S 'S «C ^ 'D 'C y. c < H (/> > ü3ce

247 574 REVISTA VORENSR tig o, será falcultada transferencia para! R io d e Janeiro, 18 d e A b ril d e 1931 esta b ele cim en to de ensino secu n d ário i 110. d a In d ep cn d en cia e 43, -da R ep u - s o b inspecção, no qual cursará, d e n o vo, b lica. a s é rie em cujo exam e náo lo g ra ra app rovn çflo. G E T U L IO V A R G A S, * 5. Nenhum candidato p od erá inscrever-se, sim ultaneam ente, para e x a Francisco Campos.. m e s nos term os d este artigo, em m ais d e u m estab elecim en to d e ensin o, s e n d o, n u llo qu alquer exa m e re a liz a d o cotn in fra cçã o deste d ispositivo, caso em qu e s e applicará ainda ao estudante a p e E s ta b e le c e a tnarc&ç&o o b ris ftto ria dos te c id o s d e n a lid a d e d e suspensão d e estu d os p e lo fabricução brtu*ileir& e d oat?:is p rovid en cias. p ra z o d e um anno. O c h e fe d o G overn o P ro vis o rio d a R e - A r t. 80. Será perm ittido aos estud an tes, que tenham m ais d e seis p rep a -, a tte n d e n d o á con ven ien cia d e to m a r n o- i p u b lica d o s Estados U nidos d o B ra sil, ratorios, obtidos sob o regim en d e e x a, to rio o g rá o d e adean tam en to a q u e já m e s parcellados, prestar os qu e lh es c h e ga ra m no Brasil as industrias d e fia - laltarem, nos term os da legisla çã o an terior, conjuntam ente com o exa m e v es 1m o d a lid a d es, evitan d o o abuso d e se- ' çâo e te c e la g e m, nas suas d iffe re n te s tib u lar, nos institutos d e ensin o su p e j rem m uitos tecidos brasileiros ap resen rio r on de pretendam m atricula. ta d os nos nossos m ercados com o sen d o 1 O candidato aos e xa m es d e qu e ; de p roven ien cia estrangeira, decreta : trata este artigo deverá juntar ao requ e ; A r t. 1. T od o s os tecidos, d e q u a lq u e r rim e n to d e inscripção o s segu in te s d o e sp ecie, fabricados no Brasil, serflo, p e la s cum entos: resp ectiva s fabricas, m arcados d e ta l a) certificados dos preparatorios ob tid o s sob o regim en d e e xa m es p a rc e lla - c e r a sua proveniencia brasileira. m o d o qu e facilm en te se possa re c o n h e dos; A r t. 2. A m arcarão a qu e s e re fe re b) recib o d e p aga m en to d a ta x a d e i o a r tig o anterior d everá ser feita, d e inscripçso em exam e. 'XV) DECRETO 1f de 22 de Abril de 1931 i p referen cia, e sem pre que p ossive l p o r '! m e io d e d ecalcom an ias. a p p lica d a s n os i te c id o s em lo g a r con ven ien te, c o m es- : paços livres, nao su periores a tres m e -! tros, e contendo obrigatoriam ente a d e c la ra çã o d e - Industria B rasileira, 2 Os exam es referid os n este a rtig o versarão, para cada disciplin a sob re a m a téria constante dos p rogram m as q u e vigoraram, no anno de 1929, p^ra o e n sino d o C ollegio -Pedro II. 3. Os exam es de p rep aratorios a qu e se refere este artigo d e v e rã o ser prestados na época dos exam es v es tibulares do anno proxim o Art. 81. A presente reform a se ap p licará im m ediataniente aos alum nos da pri j P a ra gra p h o unico. A s fabricas p o d e rã o ' tam bern, si assim o preferirem, te c e r nas ou rela s a d eclara çã o Industria B rasij le ira, com espaços livres nflo s u p erio re s j a tres m etros. I A rt. 3. N os tecidos em qu e n ã o s e ja m eira e segunda séries do ensino se- ; p ossivel a p p lica r nenhum d esses p rocu ndario, prosegu indo os das d em a is sé- i : cessos, a m arcação d istinctiva con sta rá ries o curso na fórm a da le gisla i,-3 o ' i d e tres fios bem visíveis, situ a d os em an terior, a este decreto e ficando, para ; toda a extensão das ourelas, com as c õres se m atricularem nos cursos s u p e rio re s,! verd e, azul e am arella. sujeitos a exam e vestibular. II A rt. 4. T od o s os artefactos, in c lu s iv e 1. Os program m as dos cursos a serem : as m eia s e outros artigos d e m a lh a ria, leitos de accordo com a seriaça o c on terã o em cada p eça a d eclara çs o o b ri- da le g is la ç ã o anterior serâo os a d o p ta - i ga toria d e ludustria Brasileira. dos p elo C ollegio Pedro II em j, A rt. 5.? N ã o será p erm ittid a a im p o r- 2. " Para a im iiiediata execuçaò d este taçao d e tecidos estrangeiros q u e -conalu d e c re to e necessaria ad ap ta çã o dos ten h am nas suas ourelas, ou ju n to d elia s, itinos a o n ovo regim en d id á ctico, o ' fios com as côres verde, azul e a m a rella m in istro da Educação e S au de P u b lica ou verd e e am arella. e x p e d irá as instrucçoes qu e ju lg a r c on A rt. 6. Os transgressores destes p rec ven ientes. A r t. 82. O presente d ecre to entrará eitos fica rão sujeitos a multa d e 100S0Q0 a lroooüofx), qu e será cobrada em d o b ro em \ ig o r n a data de sua publicação. para cad a reincidência. A r t. 83. R evogam -se as d is p o s iç õ e s ' A r t. 7. O presente d ecre to en trará em contrario. ein v ig o r 90 dias' depois da sua publica -

248 : Ä ; f. í.'& 'u 576 R E V IS T A F O H lin S E R io d e Janeiro, 20 d c Abril de 1031, " 110. d a In d e p e n d e n c ia e 43. da R c p u -! b iica. ka r ie T U L IO V A R G A S k XV1I1) DECRETO ti. 19J}ll-dC 30 de Abril - de_1931 j: *& nos cur&os prinim o. wcuiulario tí c Jinrinal. [i O C h e fe d o G o v e rn o P rovisorio d a :: b iica. * R e p u b lic a d os E stad os U nidos do Brasil G E T U L IO V A R G A S V d e c r e t a : ji A r t. 1. F ic a facu lta d o, nos e sta b ele -j Francisco Campos c im e n to s d c in stru cção prim aria, sccu n-ij d a ria e n orm al, o ensin o da re lig iã o. T A r t. 2. D a assistência ásnufas de r e - :: XIX) DECRETO R dc 27 de Abril lig iã o h a v erá d isp en sa para os alum nos I; de 1931 cu jos p aes ou tutores, no acto da m atri- ji cuia, a requ ererem.- ' ji D is jõ o RDbrc a s terras d c v o ]u U.*i'-'v A r t. 3. P a ra q u e o ensino re lig io s o ': O C h e fe d o G o vern o P ro v is o rio d a Re^ rçi seja m in is tra d o n os estnh elecim en tos o l-j; fic ia e s d e en sin o é necessário que um!: g ru p o d e, p e lo m en os, v in te alumnos' se p ro p o n h a a re ce b el-o. A r t. 4. A o rg a n iz a ç ã o dos program - m as d o ensin o re lig io s o e a escolha dos liv ro s d e te x to ficam a c a rg o dos m inis- j; tros d o re s p e c tiv o cu lto, cujas c om in u -l' n ica çô e s, a este resp eito, serão transmittid as ás. au torid a d es escolares interessa- l a ^ ^ A r t 5. A jn s )e c ç ã o _ e vigila n c ia do ^ensin o r e lig io s o pertcnce~m_ ao Estado, iw>-4 M ^fésj>êjta á~ d is cip liiiã 'escola r, e lj às a u to rid a d es religiosas", rio q iie se ré- ij lére a dciütnna e ã~ínõrá1 dós proiessores.!j A tte n d e n d o a q u e u rge fa c :lita r e for- ::ü ATI 6. O s p rõ lês sõ re s de instriicçao ;i ta lecer a acção d os E stados na reinter e lig io s a serã o d e s ig n a d o s pelas a u to ri-j: gra çã o e n a d efesa dessa p arte d e seu s\;:- d a d es d o cu lto a qu e se referir o ensino I; p atrim onios e ao m e sm o tem po, orien-, jj m inistrado. tar e p ro m o v e r o bom a p ro v eita m e n to í: A r t. 7. O s h o rá rio s escolares d eve- dessas terras, d e con fo rm id a d e com rfto s e r o rg a n iz a d o s d e m od o qu e per- altos in teresses n acionaes / "ii m itta m aos alu m n os o cum prim ento D e cre ta : ' 7,' ex^c4o^dos seus d everes religiosos. t^ > (Á r t. fevj A irvstrucção religiosa <leverá s e m n n is t r a d a d e m a n eira a n io pre- L ju d icar o h o rá rio d as aulas das d em ais i! m atérias d o curso. A rt. 9. N a o 6 perm ittido aos professores d e outras d iscip lin a s im pugnar os e n s in a m e n to s re lig io s o s ou, d e qu alquer outro m od o, o fíen d er os direitos de consciên cia dos alum nos que lhes sao confiad os. A r t. 10. Q u a lq u er d u vid a que possa s u r g ir a re s p e ito da in terp retação d este ji d e c re to d e v e r á ser re s o lv id a de com m um accordo entre as autoridades civis '«re lig io s a s, afim d e d ar á con sciên cia d* fa in ilia s tod as as garan tias d c au thcn«* c id a d e e segu ran ça d o ensino rclicj0«/: m in istra d o nas e sco la s o ffic ia e s.' v;.'^ Josc Maria Whitaker / A r t. 1 J. _ 0 G o v e rn o p oderá, p q r jn «s _ iiv is o d o J W m s T e r ío d a Educação c S a iid r P u b lica. suspen der o ensino reh. g io s o nos estab rlcn m en U T s- otnctã^ríc in s lru c ç ã» quantlo assmi- õ cxigirêrnt" nj h iteressestla o rd en rn u blica -e a disdnli^ obre a in^trnoçn rvlijrh*»!j nxdstfõlãrzh R io d e Jan eiro, 30 d e abril de d a Im le p e n d e n c ia e 43. da Renu-< p ublica d os E stad os U n id os do Bra-r.::i sil: - :.. ; A lte n d e n d o a qu e cab e aos E stados,.;": o d o m in io das terras d evolu ta s, em vir.- tu de d o art. 64 da C onstitu ição de 24?X de fev ereiro de 1891; A tte n d e n d o a qu e essas te e m s id o,-: í m uitas v e z e s e ein m u itos logares, invad id a s, ou até usurpadas m ed ia n te ar-' ;- tificios frau du len tos e crim inosos, inclu- s ive a sim u la çã o d e titulos an tigos de.,' i p ro p rie d a d e, frustrando-se as garantias d e j qu e o C o d ig o C iv il revestiu os bens>ví pú blicos; A r t. 1. C o m p ete aos E stados re g u ; -.; lar a ad m in istra çã o; c o n c e s s io, exp lora-.;-' çfto, uso e transm issão das terras d e v o -;,;, lutas, q u e lh es p erten cem, e xch iid a semp r e (C o d, C iv il, arts. 06 e 67) a a e q u i';? sição p or u sucapião, e na con form id a-v >_; d e d o p resen te d e c re to e lr-is fed eraes. a p p lica veis. l i i'9'í -til Art. 2. N a con cessão d e terras devo-v. ' lutas, observa d a s as regras qu e a legis-^ lação re sp e ctiva con sign ar, se procurará -. 'Ji sem p re fa c ilita r e e s tim u la r a lorinaçâo. de p eq u e n a s p ro p ried a d es, e a sua OC-. >

249 j! ' ** *" sè. 3 c II 38«! ià 10 «J 4> *» «jh «è à ta 1(d «3 3 CD S s «, 5 c ô n O o S.2 EË.«cj ca - tu» a *C ï; P c M 62 * s i ë o s i s h f-g-his. w ë c J3 S I S 610 O en i*.2 O ««O ^ <0.S S Î 5. Ï «Â = ra Ç c o 0) ^ «i c 4) 'Jl *C 2 ai r^" *0 _ <8 «s.jij i Sd - I *o «" g 3 Ô S '= (1' ^ E 3 O <j O <0 F* «_oo «D * vx o < g a -a i *.H 5 ü go o, O ï s. :Æ» 3 a -S o 73 ««J.^2 tô a = swft, *<!íá* D ~ o? o u a..2 2 ils te tû i ta"c "3>u f E 'n o.«rt>.-s-^ <uo. c o- «f3 ft) I O C "C 11!2ir 'S - I.2 E ^ 'G r t u Z o TT, W E «,w ii O 4) 2 - u r;.- : W«/i o W 3' a -S te I (Ti rt* *0 < >i? t"r-2? i - ft) V- O O. g io s - i c. o o «i ft> - o ut*a 2' o*ün ~- s / o ^ e ;a x j S». «J 2 c a g S «ft> 5 n ~~ -^ V j o es es V ÛJaj 3 O, «S S M vi-o w s i B'Sâ 4> w «O 'C q 2 c g o w 1& ««'s u â o «;.5 Ë -? z û S -85- E? «B-S c rt.e -S rr S'-r: c.2 <0 0,1»* txr* ^ö 0 * ^ {S-3-2 ^3_r O (/J «7.2.= u H w " i «~ 2 «9 J2-S-"* 3f..s'C-s 2 2 J i o ^ O ta *" < ; n 0 < «J O *o 3 e? C -o..*55 *:ÎÉ o, v» o - ft} O Ç> i 2 C-S «Í--.Í2 a.2 S 5.ï «I <JS o 'E*V* 'S V! «=<>!r. N 1 *5 è s 2 ^ so r ^ o VI VI o -5. E *! P f e S S ^ S «* ë., = -!S s L c c C w 50^ ^ S Sg-c^-3« ü O r - O RI c/>_j 33v> -ri í. s 3 '. p*á-çü 'I e -.-; o i l?, < = p - ^ 3? N c.a - = E E. 5 " - u i)_* O? O î j ß 31*3 - S 2*0 vi O c/j O P3 E^H S tu «J S'* *0 C *> -, o ^ ü s S f o ^ i 5 5* S S ^ l ^ i p > '! * * o '! ^ 3 Ü ç - s S E r 41 SgoSc* = S'.Ê «S o â a «^ " S u ' S S o ' 1- ^ s a E d ^ i» Ra *2 trt î: */*o 1 *- <0 «5 C JT w CJ g o -o u Oc <uw ; - 2?. s s «g Seîgg-glgg. 3 S n 5-3 Í j y ^ to 's _ " ai S *** " 0»'0_ -S p ftj =- c»,r; = s ~ ->' ë &u ft> ü o - r a i ; c Ü ^ o 2 c E 0 *5 i^o*5. ä <u I n 2 X3J5 22 *2 * «s 3Í -u o 3-2^. o o-^-g ^ û «c «o c- G) 3 < a ü 3 -J «Jc Ä -^iîïïlio -' E-0 Q a> o V z 3^ 'X. eu a - e- Z *- 13O «^ico te rî i; 3 -r. < - S < c ". S? c S 12 Ç.a o I êc c j, È~^ O ' c c. f3fti *-.E O Ci 3 S **^2 *" gv a c.e-g ft)*o «H ütiç.fï ut a 2S-Sc1=io2ioI«a>wê -2 2 &2 -S«-ë.5*os tc S o S i O r r\ 5^ B C C P c O o ûift> ' ratcs.2 o?,í' o «,!=: ~ e: a C C ~ i i *~ o o ra C c u-,.p ; ta À 8 S?4 -a Z. o g 0 e cc u wq oüp'o 2 "C <n«-* O«1 0 S o Cj'O * 3 S ^ o ej u S3 'w* si o a ï ï îo C a> o «} * c: ft>.2. ft> r ft> *S «^ a» ^ ' 2 «3. - u * w M lo ^ «*rî aj "C O <ï ft) >0 ï x i a « o CX*C5 *0 «J RJ S U... _ o o a». TJ'Ö-Ö'O^S^C'SO _ ^JX. c ï-'ü g Sgg-go n w o «g-c-kn «<0 -ë c 0 ÿ z. ^ 5 2 M je; 2 nw5^ T3 (UOlN-o J3 1,3 «S ^ ï O 6 2 u a»«.^-0 ra ~S i 13 'S c w a c cop n 0 rr VI c S «M-S F2«O W w 4) X> * O c -ü^.o-soes E 3 ^2 =Â &î U ft>. o ' ; «a CS.O S s S ^ o o» ss'gâs.l^gii to^ îr ft) ra r tusüà) ü lo c J ^ a ^ -a ^ E c». iz a j ; G. _ ft> C C ft> ^ T 3 * o «ri«æ rj' e o < o es CS o. o P o c «toê. Ê2«â o ~ <y c 3 O 3 -= «O ft) Ä w «*0 5ß -53 ^ 'S ^ C C c A3 < c «oft)p3 K 3 O o fcft)*o (d È 3» ra > O S * 0 «OJgi«bû fe D. ^ o O o.a 9 o 2 c. û» M *a * c ~ o»? <D ft>a O n IA ft) «î 05 C ft> «S O ~ rao ü. D O á H <rc4. 2O S"0-0 <* tt(,o *"» C ft) -a I. «Ë *n ^ c: o 8*.«'S p r t>o 3 a ft) 3 I» U O Í O Í ^ ^ '! ;. «3 2- fcïïct y x ). w ü 10 o o s^e CXC N cin fti o * S o e e *5; ft> ï *5 * 5 E I'" y xi 0) G o-o - «Ec *SS-o * O w K C a> - «U M'a c V-) a» a) CX, c/7 «W»- -o J fl 3 O <y ft) [Ta o jj ä Mjj,2 5.0 gxj^s g «o 2 > 0 *0 ^ WOr** u^: ^ g -a a) *- '*- ^ *5 ^ 5' w 0 ^ ft)9 -rtkß G F o «S ^ a>s ESg a ft) O ( y V"..* _ r >«. 00 c ; S S í i? =j ft> O ra 3 c n o 2 > ft>.5 ßfflÜ _ Ç* «ot53;s 2-5 l o - 2 g ^ _ o S ã.5g. «1 _ 3 3^ ü r- O-ctP.«*=> c a> n i: U---0 ex -S-OTjß^c^g-Ssg-Siöa csßo^oq.2 0, OS t / i n n «J- >5íw C u --- y.xwooaj.s^uo^ctgcji'5*^ cî ^ -*jro o o 2 3». r, ^ r w:c -C c ' > i e..ra U m Ä C 3-2 > j : i Z C ^ v _ ^- 1; (3^.2 QJ r-.tx ^ 10 2 Ci ^ G. G "O"O O * <U O.C CO oij N O, 2-a O «r* <3 t: o. o i: a a o» ^3 0-5 «ft> o S s H ^ 0.73 ^ 2 ïsïjooû ^ p M ü 4-4ra-a o 5«1 ^ 4)0 *c o D w o o w 5 ri i - r: U ftíc3.s O 3 S.S ft).t: Mto - rc S o* E e u <-)? co<0 <D >,H»-< 3 ^ O c 0 O CXTJ U O 0*0 4) ra a) -. «( O v N C X «0 «o i u»j o u > 3 & N 4)O 3 Q ^ft) Cfl^ s s o O cgïï ft)2 C c VJ'Õ ai rj «i j3 c 1Î3 > = «.2 a *a c o s n <s <u<v.sêt *o BV s e-2 f3 *e ï S ij c cj n) 3- o cin ai rt ^ Xi E - -,-. E E - S îr*c* O d> - a 0 ^ a o w </) «a» <2-S ^ cx ûî 0*2 3 a» o -I cr ft)o O 0,0. ** *

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254 -245 X o o,_ «^ G. t f i *? Í 3 í g $ *, S^sISi ü-ocj2c S «O *3 O - cr, C O o *. a V 3 3 -< 3 -S.5 tf O!Q*JS T3 C c w 4 > S < - á g ^ 3 s C J «. ' Ö Ä a w > c C «3 CO 3 d g o 0 2 ^ o 5 M tj;s S ü ^ r a N -.cag S M w rac o ^ ^ ^ ^õs J2 ra r a ~ l. S < - a «i & ^ r!s ^ c 3 * o 3 O * c «' p t/i ' S c 3 g «< g «, ã w - a o «O o. 2 3» 0 > _ Q ) «O o fl-r c r * o.. < o 3 * - * - S. 2 < 3 < w r.t -~* «% Í O (/) l_, ffj L a -«-» u O C J Û KN l o * c : o «o o * n & +2 (0 vi - * * y- O D. P w.&> " G K c i / i O ö 4 d ) c 3 - O t J 3 Q «- e i - g 2 c * o -*- Ö J O r 2 r- «5 ( 3 C W Û ) < / ^ C 5 o c o 0 ) Q.. S O ÍS c 4) õ ia "". w S B 3 r t d 1 * C ï t 2? rt > Ä '-? W > JD o. c u. Ê o. S. áooãri8 2 ' ^ - 3. c ' - ' 2 0 S - ' > tf,u X. * O o O i; j -«-vs ^ V - T - ^ i cr.wi-tk-< -g V ^ I I - c. * ^ i*2 ètf àsvá CJ2 g ">C 4,0 «J a ) r * > ^ r í S P o Í «r. o *-.1Í (U*o w ü 3 J S5 t>ü D - O J ( J t _ 0 CJ Vλ-. k- f l ) C f í C - O ^ n o -2 «ws-ra^ g u 0-0»! " ï J5 -o ro ra /y w o S > C, o _ ;» - *" u iq.a a O H l B S J.O u.o. ui con a Q ) o C? " 0 o 10 o o t s 3 'S " o i! io i:-o o o W, c - S g á s. tfv5**' í7^ío25rc,t*' - 3 a xt f Q 4 > u O, x 3 ill! S t O 1 0 g ' 2.g õ "i P I l i! c, r o «O ß c, r a ^ D D, -O P O «0 aj. r cr tc & ú f l t 0 2 í - ~ í 3 v.* Ö «7 5 * 5 c D C 5 < u - ; v» o 'O ví -Q í E S - ^ T ;a o> «í - * o, o cr ^ 5 o»- > oj ^ - - > O > < C a. k. O. o > c x. q o O - w «3.a,i-Sa^ãI Ss -i3l X o ) > Q c. ; «í O c/j * *' ï ] * D, g - 1 < u Õ 4 J _ - ï! «= O o w Ü ^ j M S r S C o w ^ *<' * - c a j " * 3 At J j n 3 «S t n O Í ^ S o - "'55 S2"H = c f * r a ^ <. 2 o ' >. - 2» < j o ï E S c n C < u C c ^ rtj - r :, SÍ 1 t q 2a 2 o. E G > = = 0 k ü W tx na & O J 5 W 0. < K C «^ - '. 3 S S - g. 2» g o o cl.ï ; o. uj -u *a «a-a C.2 ^,~ O '«3 *3

255 _ JA 6.O O k_f í/jai *'' C 00 gj aj^ C w ^"0 tf 3 ^ : ' crv<,. WCdS'O «3*=5 $ m * Z * * Z Z 4 ) &.? 3^ ^ ^. to *o o w c «3í^: <*a)c'gs^2 S O *0 ^ &. C3 Jj -Ç3 T3 CJ o a> 'o ~ t> E Crt -5 3 CO <U. ra < 3 «* o ««s n ^ O k ^ S o. f3 «3. *3 C P I 32 5 Ê 5 n c-ã «.2 g«> o S". ã w "? 2 p,i cq o o <u* «fl^cim {/Î "O! < O o» c -S-ã-So o «5«>o SffJyS rj. to O "o r;_.2 «S.s SESlg «c Qj*-c ^ f5 11 f3 ri o> o. G c " ~ S «8 2 3 E í '

256 «fl i í> 4 3 c o U C «J - «O O C «! «1 i-cw ^ S o - ^ s : 5 00 CO c3 O,Cÿ(fl g J fiz 'I o E x «- i'ju-i* Ï-C 2 cd o - - i/5, a r «ft 2.2 U CJ t t - n V «' «<3 O à ' M * 3n ^ 5 í j. 1 J,. 1 ^ O g O «SÕ-S «-a ra. «O Í U Í5 w- Ü «,rt «-H.2 n. <fl 0 e (0 S g w c v> x» 3 «S t J - c o 5 «-C o *> O o S 10^ Si w «d 5 c : w 'C ô - * - S o to <D O <uc«d<a.i;</»o_,~.2 - V\ *ô ç- o * -0^gi«sii-s-:»i!.se. vî >3.CQ c S ÏÏ-ô «O O.S 2 «> e» SJ «D (d!/l C on 25 OJ o õ o> ft:f ^ossi-ss«- - - *-i2*c o eu < a. 1 < S 2 W ««u ' E o «" S ' i s ra ^ d) - vj ^ ÂsS-EoSsi3 ^ * 'H <V cd 00-^» v. cr-a CT-Ö o ^ H_ o cj o :- o. cr oo. i; ^ ü > «3 ^ în -o a og V c-5 e Se 5 S E ' & ^ S 2.-o cãc 'C ^ " ' > ^ o ^ t e g o. _ W ' «S - c 2 S «c g. S ï o = i S s ' I ^ S EU 1 1 ^ S ôë~5'.2 SS.H-e;5 Ç-' -==>E'-.S E " - gp o Ë O. S o 0-,y - a j 3 'ra.y < ' «3 1.2 r o ^ C - K g 2 jleo E 'S o x ï o. eoto 0-<0 w o J. 0)! «^.-O *r- «O,7t l- «n w O - <Ü <D GJ O E «D.2 X o > ÛJ 3 ~= fío eu 4/y s i t. t/î «o * cd r3 d) O O * o -c-s g' Cf3j3 3 nj - : e g - s g - 3 ^ «i î * o r\ w o o : «0 t, S '«) Ë.o g s «' a 'ö s c '.Í S.«)» S b S :o -_-c ^2. p, p 5lu o *<ô to : ï «o-a o. c ï E» ; o c u «a : î= -o a. p o. a. _ o.5 : o g.'s-«;. g «. O GJ O t J.. E-a-g«o. C o «n cd ; s o ' g 3 E o «& ' ô s S 'g S g * XP3tdü*yîcâraS<d u-,% 4/ > c ^ - c u* o o a W u '= C <u~ u j c 0- U 2 E ^ c; ^ *: o y O o û>.,«i^ C,-v m -r-/ \ a a> ^ n w?.n Vî g S «S e S S É - g p ^ H í g ^ o - Q ^ ^ ^ Q - c Q ^ ir> <ô t-i» ci «ü p O <y 5 ' o o * 3 <D. (N C3 ^ -Q <* c.s^c-e E «^.2 o \s-o CX xn «j C v» </2.. Ö *W 0) îr. o n r ; <u c ^ ï -.- TP «s (U 4) t-* ta c -? ;.- c? ^ (3 Í2 c n w ^ ë-l og5 S^I 3 S g S -2 o f ^ - s l l «2 m u - w c *5 O BS - w O- c O) ^ «j «co^: ra^ < ^cjcnbrs 3 j S «-fjcü o O g i o i o g p. ï 0 S S S c - 'S 5 E - î i.10w S* V2 ï«w w CXT3 rs c 3 0 0)«o 0.t:P-o ra ^ 2 msí. i i o > n p 2 o «ts.2 - «æ *-> c»- o d c: g ^ o t o j j t o O > 3 -<< O r**ü w O a> Sfs.B.'g..o o. c3 ë «S s.o 3'. '-g.3 o 5 - c -S- ra = C w C U ;»!! oo ^.ïïh - ~ w 1 Íí 1/3^ - ^ > a c J g =.s S - 5 ^ «s s -2 C 0-5 c ë - = S 5 cx.s ' ^ 0-0 «- : fcc-j o cf*i a> S5â -: OjO 3 ^ w S ë3s"5go.-3 ^ (il *L. 1 3 S Ci G - -* /î DÛ v! 5 to <d \ - - cd 0 <d 3 - c C O. < 0 0 u - o *0 to 0 0-C2 3 ÍT 3 J D a>!/l. - cc 0 C J O *o r r c - OJ ai OJ 0 TJ i j ct CL) U 0. -» Ci.5. 1«Ci e u t : 1^ (d tf CJ in OJ *0^ * «3 t/> to *0 ra CJ 3 *o (3 O v> «( O O «d g * r c*. a «g ^ p, M ^ c *a Clo i's ^ <u 3 euo> înffsi í B <U«: 3 o 5 «t t e»«y E = o-o VÏ «3 %* as ^ cr" w.2 %i4 î s s 2(3 tr S tî-sssâl ÖJ00 di À i, *&'2" à g. 4J > - u- * C X Ä a O S W 3 h CJ CU <0 O. o flj co *2 «<y-2 C ^ ^ T3 ' *? o*c.x> <oí2 *«cd Cl 3 T3,» <u e i. e - s g!?. : y tô S 1> <0. 2 g -*ô - 5 ^> ^ c rj O CL. QJ. T3 <w t/î (J ÖS Si ë S ^ (1 )0. O C? (0 «.y J â g S i 5 0 c -C -C c u o «g.s *o ««u 4) 2 «X) J3 *0 p.â Ü yj Q>«-0 3 ^ 3-p-r: - «J o *o 2 ^ "a P. t: C» <y o. " c ÎJ C 4) O _ <u X (j o I-. OJ C, K3 «Ç raü ss l l l s S s n tn1 o. X3 H u ß 3 p. f c 5 O-«; i: -a (tí^ O - o " " P C to <u C D U S ïï, ti ^ Ê 3 c c 0 o 1,3 o m fcû 1fcj} "c ï «" S (J OJ0) T3.5 X c O s TJ K s g P3 a C3 l -g's usf-s,g t v 2 Da)-gû) «a, id W ü ir S3 u T ^ O E w w CL (*3 O O *0 o 5 ««4> 'C w. OT S O 3 E c *, - o ««ë ë o <a Jr *0 O 0> ^ w «a>^* X> U OJ -o <u -<a 2 û* K ^ o ^ ^ ^ c ^ c OJ P3 fd cj K 3 « ^-o 5 '-POJ *o 0 u ï 2, *.'JÎ6rtO JJE o 1 eu -a-x; ^ ^ - o "«? a. I1 ^ a> a> 01u, O /=. Si11 n 3 O. c *o, j».r. L o c» v» :r; «. E t î - a -a -c > rtj o s Ê S - «( a Bg-.ï Ci. ^ 2 h M «J ojo< CJ -M OS Ú S o» (/) cr t> 4, i» «Í ü «s *tî «a» 1 a C X) 3 S C à aheb s D O i 4J E en à.^*2*a s *ô - B c o ^ -a 3 ex o o 8 ^ «3o. "ÎJ?^ <u c; io bs-siîc <0 QJ ro X3 ^ -c s 2 3-g o, E _ <U 2 curag. trto-j " fe-d ï «* * c w) «3 Mw t; ë c u e ;u «"O (D - S - «s í BJ p «3 MM WW w S S g i g - *-tzfcoj tox îr: o Í *J»-TJ o _- «ÿ - a o C«lO M 2 (U ^ OJ C 5 c S? c a»«*-«t/l V) c* c C vi CJ S rtv c o c: o > o ^ - C.. n A3O» S 5 g aj aj a C a; > u p. O -o w 03"v)0 ««.2 -p 2 '2 «j Ç * S «.2. c e X C E c S E S S 5 -S 2 «O <DO <u «.<uo w O «3 3 O 0 3 u ^ y v r'i ^ O CJg w S? S»... o X3 a) D ^ ^ o, <«o c. b > g tes S t M 'M w V IO O * -r3c/í cj ^ So.Ü S ^ 2 iï «-g -. r : ra Q.CM f l - a 0 3 O ^ C rtj M.p -0 -.S- 3 o/, E =3 ' 2 S o ^2 o a t S j r g* -«E. ^ Cr OJ <U Í» S.«. U CX 0) efis 3 ^ *3 0 *5 2 L B n ; Ci e 0, E CJ CJ 3 > O a D O OJC D,"0.5 C. S <3 o fci - o ic I Wï i o ** <a tj p rt o SfeS-Sg *- u s a. ««75 T3 -a o ÜJn 5-S^- S 2 o- S c «ä i j 3.! u3 3 n.y 2 S S irw n 'a c. p. o.. CJ rj 2= s 3 ^ ê - S 0 I s! «3 g 3-S= 2.2 -o : o 0 3 ^ ^ - a 1'5 "9 rag s c O, u* Ci o,. o 'Z! Q. c M r 3 S g  g S! C) O 00 SSgcj-S ÛJ CTi ftj M C OJ V, ^ 55 2 s 0-5 u/ - - <o g OJ 3 g S ^ " O. - x3 n lr lu W u> 'J 'CÕ0. -a _ C O'» to ra O- ci e ^ co^.s o? CÄ0.3 VI P co * OJû. N o f*»^3 ^ O cs ÛJr? 3 ïïcen q. c <A R] rrt Qp U O *0 O :V5

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258 : 249 X Il DECRI ETO-LEI N DE 22 DE JANEIRO DE 1942 Transfere gratuitamente à Associação Pro-Matre o domínio util dos terrenos acrcscwos de marinha que menciona, situados na Capital Federal, e dá outras providências.. ' DECRETO-LEI N DE 22 DE JANEIRO DE 1942 Cria o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (SENAI) Art. 1. Fica criado o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários. Art. 2. Compete ao Serviço Nacional- de Aprendizagem dos Industriários organizar e administrar, em todo o país, escolas de aprendizagem para indus- triários. y Parágrafo único. Deverão as escolas de aprendizagem, que se organizarerti, ministrar ensino de continuação e de aperfeiçoamento e especialização, para trabalhadores industriários não sujeitos à aprendizagem. Art. 3. O Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários será organizado e.dirigido pela Confederação Nacional da Indústria. Art. 4. Serão os estabelecimentos industriais das modalidades de indústrias enquadradas na Confederação Nacional da Indústria obrigados ao pagamento de uma contribuição mensal para montagem e custeio das escolas de aprendizagem.. / 1. À contribuição referida neste artigo será de dois mil réis, por operário e por mês. S 2. A arrecadação da contribuição de que trata êste artigo será feita pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, sendo o produto posto à disposição do Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários. 3. O produto da arrecadação feita em cada região do país, deduzida a quota necessária às despesas de carater geral será na mesma região aplicado. Arf._ 5. Estarão isentos da contribuição referida no artigo anterior os es- ; tabelecimentos que, por sua própria conta, mantiverem, aprendizagem, considerada, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários, sob a ponto de vista da montagem, da contribuição do corpo docente e do regime escolar, adequada aos seus fins. Art. 6. A contribuição dos estabelecimentos que tiverem mais de quinhentos operários será acrescida de vinte por cento. Parágrafo único. O Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários aplicará o produto da contribuição adicional referida nêste artigo, em benefício do ensino nêsses mesmos estabelecimentos, quer criando bolsas de estudo a serem concedidas a operários, diplomados ou habilitados, e de excepcional valor, para aperfeiçoamento ou especialização profissional, quer promovendo a montagem de laboratórios que possam melhorar as suas condições técnicas e pedagógicas., Art, 7. Os serviços de carater educativo, organizados e dirigidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários, serão isentos de impostos federais. Parágrafo único. Serão decretadas isenções estaduais e muncipais, em benefício dos serviços de que trata o presente artigo! Art. 8. A organização do Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários constará' de seu regimento, que será, mediante projeto apresentado ao Ministiro da Educação pela Confederação Nacional da Indústria, aprovado por decreto do Presidente da República. Art. 9- A contribuição, de que trata o art. 4. deste decreto-lei, começará a ser cobrada, no corrente ano, a partir de 1de abril. Art. 10. Êste decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 11. Ficam revogadas as disposições anteriores, relativas à matéria dc presente decreto-lei.

259 250 l. a SECÇÀO 59. LEGISL. FEDERAL \ tratà, dii respeito a seu pagamento e não à prestação do serviço de que 8 mesma decorrer; X as vantagens referidas nas alíneas "b a *'e,mh*? e "i do item. I serão incluidas cm folha de pagamento, as da alínea a do mesmo item e as das alíneas * a e *'c do item II constarão de folhas avulsas, devendo todas, por<?m, ser creditadas na ficha financeira do funcionário, e. XI a vantagem prevista na alínea "e do item II, quando a respectiva despesa não correr à conta da Verba Pessoal efetuar-se por adiantamento, mediante autorização do Presidente da República, sera concedida e paga independentemente da publicação da folha respectiva e de registo prévio. Are 2. Na determinação, concessão e pagamento das vantagens previstas nfste decreto, serão observadas, alem das normas no mesmo estabelecidas, as constantes dos de ns, (*)., 5.062, de 9 e 27 de dezembro de 1939, respectivamente, e do de n (*), de 23 de novembro de 1940, no que não colidirem. Art. 3. Será responsabilizada a autorização que ordenar o pagamento de.qualquer vantagem, contrariamente às normas prescritas no presente decreto, alem da punição disciplinar que couber.., Art. 4.. Aplica-se ao pagamento de gratificação decorrente da prestação de serviço extraordinário já autorizado no corrente exercício, o disposto nos itens VIII e IX dêste decreto. ' '. ' f. ' ' Axt. 5..* Êste decreto entrará em vigor na data de súa publicação, revo gado o de n , de 24 de dezembro de 1941 (*), e demais disposições em.contrário. ( ) y, reipectivament^ Ï-EX, 1939, 1«. Stcç& o, p. p. 671, 681; p. S70; 1940 p. 671 e Suplto. Est. Fune. Público.. ^ DECRETO-LEI N. 4; 073 DE 30 OE JANEIRO DE 1942 Lei orgânica do ensino industrial O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta o seguinte: LEI ORGANICA DO ENSINO INDUSTRIAL. ~ TITULO I Disposições preliminares Art. 1. Esta leiestabelece as bases de organização e de regime do ensino industrial, que é o ramo de ensino, de grau secundário, destinado à prepara* ção profissional dos trabalhadores da indústria e das atividades artesanais, e ainda dos trabalhadores dos transportes, das comunicações e da pesca. Art. 2. Na terminologia da presente lei:. a) o substantivo "indústria e o adjetivo "industrial têm sentido ampli, referindo-se a todas as atividades relativas aos trabalhadores mencionados no altigo anterior; b) os adjetivos t«knicom, MindustrialM e **artesanam te^m, além de sea sentido amplo, sentido restrito para designar três das modalidades de cu rso s e de escolas dc ensino industrial \ W A

260 1 * SECÇÃO 60 LEGISL. FEDERAL TITULO II Dos conceitos fundamentais do ensino industrial CAPITULO I Dos conceitos fundamentais do ensino industrial Art. 3. O ensino industrial deverá atender: ' 1. Aos interesses do trabalhador, realizando a sua preparação profissional e a sua formação humana. 2. Aos imcrosscs das empresas, nutrindo-as, segundo as suas necessidades crcsccntes e mutáveis, de suficiente e adequada mão de obra. 3. Aos interesses da nação, promovepdo continuamente.a mobilização de eficientes construtores de sua economia e cultura. Art. 4 O ensino industrial, no que respeita à preparação profissional do trabalhador, tem as finalidades especiais seguintes: 1. Formar profissionais aptos ao exercício de ofício e técnicas nas atividades industriais. 2. Dar a trabalhadores jovens e adultos da indústria, não diplomados ou habilitados, uma qualificação profissional que lhes aumente a eficiência e a produtividade. 3. Aperfeiçoar ou especializar os conhecimentos e.capacidades de trabalhadores diplomados oü habilitados. 4. Divulgar conhecimentos de atualidades técnicas. Parágrafo único. Cabe ainda ao enino industrial formar, aperfeiçoar ou especializar professores de determinadas disciplinas próprias dêsse ensino, e administradores de serviços a esse ensino relativos. Art. 5. Presiderão ao ensino industrial os seguintes princípios fundamentais: 1: Os ofícios e técnicas deverão ser ensinados, nos cursos de formação profissional, com os processos de sua exata execução prática, e também com os conhecimentos teóricos que lhes sejam relativos. Ensino prárico e ensino teórico apóiar-se-ão sempre um no ôutro.. 2. A adaptabilidade profissional futura dos trabalhadores deverá ser salvaguardada, para o que se evitará, na formação profissional, a especialização prematura ou excessiva. 3. No currículo de toda formação profissional, incluir-se-ão disciplinas de culrura geral.e prática educativas, que concorram para acentuar e elevar o valor humano do trabalhador. 4. Os estabelecimentos de ensino industrial deverão oferecer aos trabalhadores, tenham êles ou não recebido formação profissional, possibilidade de desenvolver seus conhecimentos técnicos ou de adquirir uma qualificação profissional conveniente. 5. O direito de ingressar nos cursos industriais é igual para homens e mulheres. A estas, porém, não se permitirá, nos estabelecimentos de ensino industrial,trabalho que, sob o ponto de vistada saude, não lhes sejaadequado., CAPITULO II Da.organização geral do ensino industrial. SECÇÃO I Dos ciclos, ordens e secções Are. 6. O ensino industrial será ministrado em dois ciclos. $ 1. O primeiro ciclo de ensino industrial abrangerá as seguintes ordens de ensino:

261 1.» SECÇÃO 61 LEGISL. FEDERAL 1. Ensino industrial básico; 2. Ensino de mestria; 3- Ensino artesanal; 4. Aprcndizngem. 2. O segundo ciclo do ensino industrial compreenderá as seguintes oràens de 'ensino:- 1. Ensino técnico; 2. Ensino pedagógico. _Art. 7. Dentro de cada ordem de ensino, o ensino industrial será desdo-.brado em secções, e as seçpes, em cursos. SECÇÃO II Da classificação dos cursos Arc. 8. Os cursos de ensino industrial serão das seguintes modalidades: a) cursos ordinários, ou de formação profissional; b) cursos extraordinários, ou de qualificação, aperfeiçoamento ou especia- 'liznção profissional; c) cursos avulsos, ou de ilustração profissional. SECÇÃO III Dos cursos ordinários Art. 9. O ensino industrial, no primeiro ciclo,compreenderá as seguintes modalidades.de cursos ordinários, cada qual correspondente a uma das ordens de ensino mencionadas no $ 1. do art.6. dèsta lei: 1. Cursos industriais; 2. Cursos de metria; 3. Cursos artesanais; 4. Cursos de aprenefizegem. $ 1. Os cursos industriais são destinados ao ensino, de modo completo, de um ofício cujo exercício requeira a mais longa formação profissional 2. Os cursos de mestria têem por finalidade dar aos diplomados em curso industrial a formação profissional necessária ao exercício da função de mestre. S 3. Os cursos artesanais destinam-se ao ensino de um ofício em período de duração reduzida. 4. Os cursos de aprendizagem são destinados a ensinar, metodicamente, aos aprendizes dos estabelecimentos industriais, em período variavel e sob regime de horário reduzido, o seu ofício. Art. 10. O ensino industrial, no segundo ciclo, compreenderá, em correspondência às ordens de ensino mencionadas no $ 2. do art.-6. desta lei,as seguintes modalidades de cursos: 1. Cursos técnicos; 2. Cursos pedagógicos. 1. Os cursos técnicos são destinados ao ensino de técnicas, próprias ao exercício de funções de carater específico na indústria. S 2. Os cursos pedagógicos destinam-se à formação de pessoal docente e administrativo do ensino industrial Art. 11. Cala secção, de que trata o art- 7. desta lei,será constiruida por um ou mais cursos ordinários, e abrangerá os cursos extraordinários e avulsos que versem sobre os mesmos assuntos. Parágrafo único. A secções relativas à aprendizagem não abrangerão cursos extraordinários.

262 1* SKCÇAO 62 LEGISL. FEDERAL SECÇÃO IV Dos cursos extraordinários Art. 12. Os cursos extraordinários serão de três modalidades: a) cursos de continuação; b) cursos de aperfeiçoamento; c) cursos de especialização. 1. Os cursos de continuação destinam-se a dar a jovem e a adultos não diplortiados ou habilitados.uma qualificação profissional 2. Os cursos de aperfeiçoamento e os cursos de especialização têm por finalidade, respectivamente, ampliar os conhecimentos e capacidades, ou ensinar uma especialidade definida, a trabalhadores diplomados ou habilitados em curso de formação profissional de ambos os ciclos,e bem assim a professores de disciplinas de cultura técnica ou de cultura pedagógica, incluídas nos cursos de ensino industrial, oiia administradores de serviços relativos ao ensino industrial. SECÇÃO V Dos cursos avulsos Art. 13. Cursos avulsos, ou de divulgação, são os destinados a dar aos interessados em geral conhecimentos de atualidades técnicas. SECÇÃO Vi Dos tipos de estabelecimentos de ensino industrial Art. 14. Os tipos de estabelecimentos de ensino industrial serão determinados, segundo a modalidade dos cursos de formação profissional, que ministrarem. Art. 15. Os estabelecimentos de ensino industrial serão dos seguintes tipos: a) escolas técnicas, quando destinados- a ministrar um ou mais cursos técnicos; b) escolas industriais, se o seu objetivo for ministrar um ou mais cursos -industriais; c) escolas artesanais, se se destinarem a ministrar um ou mais cursos artesanais; d) escolas de aprendizagem, quando tiverem por finalidade dar um ou mais cursos de aprendizagem As escolas técnicas poderão, além de cursos técnicos, ministrar cursos industriais, de mestria e pedagógicos. S 2. As escolas industriais poderão, além dos cursos industriais, ministrar cursos de mestria e pedagógicos. $ 3. Os cursos de aprendizagem, objeto das escolas de aprendizagem, poderâo ser dados, mediante entendimento com as entidades interessadas, por qual' quer outra espécie de estabelecimento de ensino industrial 4. Os cursos extraordinários e avulsos poderão ser dados por qualquer espécie de estnbelecimento de ensino industrial, salvo os de aperfeiçoamento -e os de especialização destinados a professores ou a administradores, os quais só poderão ser dados pelas escolas técnicas industriais.

263 254 %. I * SECÇÃO 63 LEGISL. FEDERAL CAPITULO III Dos diplomas e dos certificados Art. 16. Aos alunos que concluírem qualquer dos cursos industriais conícrir-sc-á o diploma de artífice; aos que concluírem qualquer dos cursos de mestria, o diploma de mestre; aos que concluírem qualquer dos cursos técnicos ou pedagógicos, o diploma correspondente à técnica, ou à ramificação pedagógica estudadas. I. Permitír-se-d a revalidação de diplomas da natureza dos de qúe trata Êste artigo, conferidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino. 2. Os diplomas a que se refere o presente artigo estarão sujeitos a inscrição no registro competente do Ministério, da Educação. Art. 17. A conclusão de qualquer dos demais cursos dç formação profissional ou de qualquer curso extraordinário dará direito a um certificado. CAPÍTULO I V. Da articulação no ensino industrial e dêste com outras modalidades de ensino Art. 18, A articulação dos cursos no ensino industrial, e de cursos dêste ensino com outros cursos, far-se-á nos termos seguintes: I. Os cursos dc formação profissional do ensino industrial se articularão entre side modo que os alunos possam progredir de um a outro segundo a sua vocação e capacidade. '. I. Os cursos de formação profissional do primeiro ciclo estarão articulados com o ensino primário, e os cursos técnicos, com o ensino secundário de primeiro ciclo, de modo que se'possibilite um recrutamento bem orientado. III. Ê assegurada aos portadores de diploma conferido em virtude de conclusão de curso técnico a possibilidade de ingresso em estabelecimento de ensino superior, para matrícula em curso diretamente relacionado com o curso técnico concluído, verificada a satisfação das condições de preparo, determinadas pela legislação competente. TITULO III Das escolas industriais e das escolas técnicas- CAPITULO I Disposição preliminar Art. 19. As disposições dêste título regerão o ensino nos cursos industriais, de mestria, técnicos e pedagógicos. CAPITULO II D o ano escolar Art. 20. O ano escolar, para os cursos de que trata o presente título, dividir-será em dois períodos: a) período letivo,de dez meses;* b) período de férias,de dois meses. S 1. O período letivo, que se destinará a aulas,a exercícios escolares, e a exames escolares ou vestibulares, terá início a 20 de fevereiro.

264 SECÇÃO 64 LEGISL. FEDERAL $ 2. Pelo período de uma semana, no fim de junho e no começo de setembro, versarão os trabalhos escolares exclusivamente sobre práticas educativas O período de férias terá início a 20 de dezembro, salvo para os que, ate essa data, não tenham concluido a prestação de exames. CAPITULO III Dos alunos é dos ouvintes Art. 21. Os alunos dos cursos de que trata este título poderão ser de duas categorias: a) alunos regulares: b) alunos ouvintes. 1. Alunos regulares são os obrigados a aulas, e bém assim a exercícios -e exames escolares. Poderão estar matriculados nos cursos de formação, qualificação, aperfeiçoamento ou especialização profissional. S 2. Alunos ouvintes, que só se admitem no caso do art. 46 desta lei,são os matriculados sem obrigação de regimenescolar, salvo quanto a exames finais Art. 22. Chamar-se-ão ouvintes os componentes do auditório do$ cursos de divulgação. CAPITULO IV Da duração dòs cursos Art. 23. Os cursos industriais terão a duração de quatro anos; os cursos de mestria, a de dois anos; os cursos técnicos, a de três ou auatro anos; e os cursos pedagógicos, a de um ano. Parágrafo único. Os cuxsos de mestria poderão ser feitos sob o regimende habilitação parcelada. CAPITULO V Das disciplinas Art 24. Os cursos industriais, os cursos de mestria e os cursos técnicos serão constituidos por duas ordens de disciplinas: a) disciplinas de cultura geral; b) disciplinas de cultura técnica. Art. 25. Os cursos pedagógicos constituir-se-ão de disciplinas -de cultura pedagógica. CAPITULO VI Das práticas educativas Art. 26. Os alunos regulares dos cursos mencionados no capítulo anterior serão obrigados às práticas educativas seguintes: a) educação física,obrigatória até a idade de vinte e um anos, e que será ministrada de acôrdo com as condições de idade, sexo e trabalho de cada aluno; b) educação musical, obrigatória até a idade de dezoito anos, e que será.dada por meio de aulas e exercícios de canto orfeônico. 1. Aos alunos do sexo masculino se dará ainda a educação premilitar, unoirfm a «lahr nrnnria da instrução militar.

265 1. SECÇÃO 65 LEGISL. FEDERAL 2. As" m ulheres se dará também a educação dom éstica, qu e consistirá essencialm ente no ensino dos misteres próprios da adm inistração do lar. A rt. 27. São isentos das obrigações referidas no a rtig o an terior os alunos qu e fo rem cursos de mestria sob o regim ende habilitação parcelada. C A P ÍT U L O V I I. Da elaboração dos programas de ensino A rt. 28. Para o ensino das disciplinas e das práticas educativas, serão o r ganizados, e periodicam ente revistos, programas, que deverão conter, alem do sum ário das matérias, a indicação do m ctodo e dos processos pedagógicos adequados. C A P IT U L O V I I I Da admissão à vida escolar SECÇÃO I Das condições de admissão A rt. 29. O candidato à m atrícula na prim eira série de qualquer dos cursos industriais, de mestria, ou técnicos, ou na única série dos cursos pedagógicos, deverá desde lo g o apresentar prova de não ser portador de doença contagiosa e de estar vacinado. A rt. 30. D everá o candidato satisfazer, alem das condições gerais re feridas no a rtig o anterior, as seguintes condições especiais de admissão: I. Para os cursos industriais: a ) ter doze anos feitos è ser m enor de dezessete anos; b ) ter recebido educação prim ária com pleta; c ) possuir capacidade.física e aptidão m ental para os trabalhos escolares que devam ser realizados; d ) ser aprovado em exames vertibulares. I I. Para os cursos de m estria: a ) ter concluído curso industrial correspondente ao curso de mestria que pretenda fazer; b) ser aprovado em exames vestibulares. I I I. Para os cursos técnicos: a) ter concluído o p rim eiro ciclo do ensino secundário, ou curso industria l relacionado com o curso técnico que pretenda fazer; b) possuir capacidade física e aptidão m ental para os trabalhos escolares que devam ser realizados; c ) ser aprovado em exames vestibulares. IV. Para os cursos pedagógicos: á ) ter concluído qualquer dos cursos de mestria ou qu alqu er dos cursos técnicos; b) ser aprovado em exames vestibulares. S E C Ç Ã O II Dos exames vestibulares A rr. 31. Os exames vestibulares poderão ser feitos, a a rb ítrio do candidato, em duas épocas do ano escolar coincidentes com as épocas dos exames finais

266 1. SECÇÃO 66 JLEGISL. FEDERAL $ 1. O candidato a exames vestibulares deverá fazer, na inscrição, prova das demais condições especiais e das condições gerais de admissão. 2. Os exames vestibulares prestados num estabelecimentos de ensino federal serão váliados para a matrícula em qualquer outro, federal, equiparado ou reconhecido; os prestados cum estabelecimento de ensino equiparado serão váliados para a matrícula cm qualquer outro, equiparado ou reconhecido; os prestados em um estabelecimento de ensino reconhecido serão válidos para a matrícula em qualquer outro, reconhecido, se o candidato, por mudança de residência, não ptider matricular-se no estabelecimento de ensino em que se houver habilitado., S 3- O candidato inhabilitado em exames vestibulares, em primeira época, não poderá fazê-los de novo, em segunda, nem o inhabilitado num estabelecimento de ensino poderá repeti-los, na mesma- época, em outro. CAPITULO IX D o ingresso nas séries escolares Art. 32. A matrícula far-se-á no decurso do mês anterior ao início do período letivo. 1. A concessão da matrícula dependerá, quanto à primeira, ou à única série, da satisfação das condições de admissão; e, quanto a qualquer outra de estar o candidato habilitado na série anterior. 2. Admitir-se-á à matrícula, em qualquer estabelecimenro de ensino, aluno, que se transfira, de outro estabelecimento do ensino, nacional ou estrangeiro, devendo-se fazer, no caso de tranferência proveniente de estabelecimento estrangeiro de ensino, a conveniente adaptação do aluno transferido. CAPITULO X Do regime escolar SECÇÃO I Da adaptação racional dos alunos aos cursos Art. 33. Nos estabelecimentos de ensino, em que funcionem vários cursos industriais, far-se-á, no começo da vida escolar, observação psicológica de cada aluno, para apreciação de sua inteligência e aptidões, e para o fim de se Ihç dar conveniente orientação, de modo que o curso, que venha a escolher, seja o mais adequado à sua vocação e capacidade. Art. 34 Na primeira metade do período letivo correspondente à primeira série escolar de um curso técnico da natureza dos a que possam ser admitidos curso industrial, far-se-á a adaptação dos alunos, dando-se aos da primeira categoria os elementos de cultura, técnica que se possam considerar básicos, e aos da segunda categoria, a necessária ampliação da cultura geral SECÇÃO II Dos trabalhos escolares e do tempo escolar Art. 35. Os trabalhos próprios do currículo constarão de aulas, e bem assim de exercícios e exumes escolares. Parágrafo único. Far-se-á verificação do valor dos exercícios e exames escolares por meio de notas, graduadas de zero a cem. t

267 9 258 i.r SHCÇAO 67 LEGISL. FEDERAL t Art. 36. O período semanal destinado aos trabalhos escolares para ensino das disciplinas e das práticas educativas variará, conforme o curso, de trinta e seis a quarenta e quatro horas. J 1. O período semanal dos trabalhos escolares, nos cursos pedagógicos, poderá restringir-se a vinte e quatro horas O preceito dêste artigo não se estenderá aos períodos de exames e às semanas reservadas, nos termos do J 2, do art. 20 desta lei,sòmente a práticas educativas. - Art. 37. O plano de distribuição do tempo de cada semana constituirá maréria do horário escolar, que será organizado, pela direção de cada estabelecimento de ensino, antes do início do período letivo. S E C Ç Ã O Da execução dos programas de ensino Art. 38. Os programas de ensino de cada série, tanto das disciplinas, como das práticas educativas, deverão ser executados na íntegra, no período letivo correspondente, e com observância do método e dos processos pedagógicos, que recomendarem., S E C Ç Ã O I I I I V Das aulas e ' dos exercidos escolares Are. 39. É obrigatória a frequência das aulas, tanto das disciplinas còmo dás práticas educativas» Art. 40. Os exercícios escolares, escritos, orais ou práticos, serão igualmente obrigatórios. Art. 41. Nos cursos de formação profissional, de que se ocupa o presente título, os exercícios escolares práticos, nas disciplinas de cultura técnica, revestir-se-ão, sempre que possivel, da forma do trabalho industrial, realizado manualmente com aparelho, instrumento ou máquina, em oficina ou outro terreno de trabalho. Parágrafo único. Ao trabalho dos alunos, realizado nos termos dêste artigo, se dará conveniente limite e se conferirá carater essencialmente educativo. Art. 42. Mensalmente, de março a novembro, será dada, em cada disciplina, e a cada aluno, pelo respectivo professor, uma nota resultante dá verificação de seu aproveitamento por meio de exercícios-escolares. Sé, por falta de comparecimento, não se puder apurar o aproveitamento de um aluno ser-lhe-á atribuída a nota zero. Parágrafo único. A média aritmética das notas de cada mês, em uma disciplina, será a nota anual de exercícios escolares dessa disciplina.. S E C Ç Ã O V Dos exames escolares Art. 43. Haverá, em cada período letivo, para todas as disciplinas, duas ordens de exames escolares; os primeiros exames e os exames finais Os primeiros exames serão realizados no -decurso do mês de julho, e constarão, para cada disciplina, de uma prova escrita. S 2. Facultar-se-á segunda chamada para primeiros exames ao aluno que não tiver comparecido, à primeira, por moléstia impeditiva do trabalho escolar,

268 1. SECÇÃO 6 8 LEGISL. FEDERAL ou p o r m o tiv o d e n ojo cm consequência de falecim en to do pai ou m ãe, ou de quem as suas vezes fizer, ou de irm ão. A segunda chamada só se p erm itirá no dccurso dos dois meses seguintes à época norm al dos prim eiros exames. $ 3. D.ir-se-á nota zero, em p rim eiro exam e de uma disciplina, ao aluno qu e deixar de comparecer* à prim eira chamada, sem m o tivo de força m aior, ou ao que não com parecer, à segunda.. J 4. O s exames finais serão de p rim eira ou de segunda época, realizando-se os p rim eiros a partir de 1 de dezem bro e os outros em p erío d o especial, n o decurso do ú ltim o mês do períod o de férias. 5. Os exames finais se destinarão à habilitação para efe ito de prom oção de uma serie escolar o outra, ou para e fe ito de conclusão de curso. Os exames fin ais dc prom oção constarão,. pára cada disciplina, e conform e a sua natureza, de uma prova oral ou de uma p rova prática. Os exames fin ais de conclusão constarão, para cada disciplina, de uma prova escrita e ainda, con fo rm e a natureza dessa disciplina, de uma prova oral ou de uma prática. Os exam es fin ais dc prom oção versarão sobre a matéria ensinada em cada série escolar. Versarão os exames finais de conclusão sobre toda a m atéria d o curso Os prim eiros exames serão prestados perante os professores das disciplinas, e os exames finais, perante bancas examinadoras. 7. N ã o poderá prestar exames finais, de prim eira ou de segunda época, o aluno qu e hou ver faltado a vin te p o r cento da totalidade das aulas dadas nas, disciplinas de cultura técnica, ou de cultura pedagógica, ou a trinta p or ccnto da totalidade das aulas dadas nas disciplinas de cultura geral, ou a trinta por cento das aulas e exercícios dados em cada prática educativa obrigatória, e bem assim o que tiver com o resultado dos exercícios escolares e dos prim eiros exames, no g ru p o das disciplinas de cultura, geral e no gru pò das disciplinas de cultrura técnica, ou no gru po das disciplinas de cultura pedagógica, m édia a ritm ética in fe rio r a quarenca Só poderão prestar exames finais de segunda época os alunos que os não tiverem feito, em prim eira época, p o r m o tivo de força m aior, ou os que, em p rim eira época, houverem sido in habilitados sòmente no gru p o das d isc ip linas de cultura.geral, lim itando-se os novos exames, em tal caso, sòm ente a êsse g ru p o de disciplinas. S E C Ç Ã O V I D a habilitação A rt. 44. Feitos os exames finais, será considerado habilitado, para efe ito de p rom oção ou conclusão, o aluno que h ou ver obtido, no gru p o das d isc ip linas de cultura gera l e "no gru po das disciplinas de cultura,- técnica, ou no gru p o das disciplinas de cultura pedagógica, a nota glo b a l cinquenta p elo menos, e se, em cada um a delas, tiver obtido a nota fin al quarenta pelo menos. 5 '1. A nota fin al de cada disciplina, no caso de habilitação para e fe ito de prom oção, será a m édia ponderada da nota anual de exercícios escolares,'da nota d o p rim e iro exame e da nota d o exam e fin al. Para o cálcu lo, considerax-se-ão os pesos equivalentes, respectivam ente, aos núméros três, três e quatro. S 2. A nota fin al de cada disciplina, no caso de habilitação para efe ito de cohcjusão, será a m édia aritm ética das notas das duas provas com ponentes do exam e fin a l dessa disciplina.

269 i.n si:c ç a o 69 LEG1SL. ] ):d i;kal 3. Considerar-se-á nota g lo b a l, em cada gru p o de disciplinas, a media artm ética das notas finais dessas disciplinas. S E C Ç Ã O V I I Da itikabiliiação A rt. 45'. O aluno que não h ou ver sido afinal habilitado para e fe ito de p ro m oção poderá matricular-se novam ente na mesma série escolar. O aluno repetente será ob rigad o a repetição de todos os trabalhos do currículo, sob o mesmo re gim e escolar dos demais alunos regulares. A rr. 46. facultado ao aluno não h abilitado para efeito de conclusão de curso matricular-se, na qu alidade de ouvinte, para estudo das-disciplinas em que seja d eficien te a sua form ação profissional. $ l. O aluno inhabilitado, de que trata C-ste iartigo, poderá prestar nóvos exnmes finais, em qualquer época posterior. 2. N a hipótese de ter sido a inhabilitação relativa sbmente a um dos dois grupos de disciplinas, a repetição dos exames finais a C-le se lim itará. C A P I T U L O X I Dos estágios e das execuções A rr. 47.* Consistirá o estágio em um períod o de trabalho, realizado por alunp, sob o controle da com petente autoridade docente, em estabelecim ento industrial.. Pará gra fo único. Articular-se-á a direção dos estabelecim entos de ensino com os estabelecimentos industriais cujo trabalho se relacione com os seus cursos, para o fim de asseguarar aos alunos a possibilidade de realizar de estágios, sejam estes ou não obrigatórios. A rt. 48. N o decurso do p eríod o letivo, * farão os alunos, conduzidos por autoridade docente, excursões em estabelecimentos industriais, para observação das atividades relacionadas com os seus cursos. C A P I T U L O X I I D o culto cívico A rt. 49. Será organizado,em cada escola industrial ou escola técnica, um centro civico, filiado à Juventude Brasileira. S I. A s arividades relativas à Juventude Brasileira executar-se-ão dentro d o períod o semanal de trabalhos escolares, indicado no a rtigo 3.6 desta lei. S 2. Os alunos regulares, m enores de dezoito anos, que faltarem a trinca p o r cento das com em orações especiais do centro cívico, não poderão prestar exames finais, de prim eira ou de segunda época. C A P I T U L O X I I I Da orientação educacional A rt. 50. Instituir-se-á, em cada escola industrial ou- escola técnica, a orien tação educacional, que busque, m ediante a aplicação de processos pedagógicos dequados, e em face da personalidade de cada aluno, e de seus problem as, não

270 SECÇÃO 70 LEGlSL. J l.dl UAL só a necessária correção e encam inham ento, mas ainda a elevação das qualidades morais. A rt. 51. Incum be tam bem à orientação educacional, nas escolas industriais c escolas técnicas, prom over, com o a u xílio da direção escolar, a organização c a desenvolvim ento, entre os alunos, de instituições escolares, tais com o as coopc-. rativas, as revistas e jornais, os clubes ou grêm ios, criando, na vida dessas instituições, um regim e de autonom ia, as condições favoráveis à cducação social dos escolares. A rt. 52. Cabe ainda à orientação educacional valor no sentido de que o estudo e o descanso dos alunos decorram em termos da m aior conveniência pedagógica. C A P Í T U L O X I V D a educação relig io sa A rt. 53. Os estabelecim entos de ensino poderão inclu ir a educação religiosa entre as práticas educativas dos alunos dos cursos industriais, sem carater o b rigatório. A rt. 54. C A P I T U L O X V D os corpos docentes Os professores, nas escolas industriais e eácolas técnicas, serão de uma ou mais categorias, de acordo com as possibilidades e necessidades de cada estabelecimento de ensino A form ação dos professores de disciplinas de culrura geral, de cultura técnica ou de cultura pedagógica, bem assim dos de práticas educativas, d e verá ser feita em cursos apropriados. ' 2. O provim en to, em carater e fe tiv o, de professores das escolas industriais e escolas técnicas federais ou equiparadas dependerá da prestação de co n curso. 3- O provim en to de professor de escola industrial ou escola técnica re conhecida dependerá de p révia inscrição do candidato no com petente registo do M in istério da Educação. 4. Exigir-se-á a inscrição de que trata o parágrafo anterior dos can didatos a provim en to, em carater não efe tiv o, para professores das ecolas industriais e escolas técnicas federais e equiparadas, salvo em se tratando de estrangeiros de com provada com petência, não residentes no país, e especialm ente chamados para a função. S 5. Buscar-se-á elevar o n ivel dos conhecim entos e a com petência pedagó g ic a dos professores das escolas industriais e escolas técnicas, pela realização de curso de aperfeiçoam ento e de especialização, péla organização de estágios em estabelecim entos industriais, e pela concessão de bolsas de estudo para v ia gem no estrangeiro. S 6. Ê de conveniência ped agógica que os professores das disciplinas de Cultura técnica, que exijam esforços continuados, sejam de tem po in tegral., A rt. 55. D isporá cada professor, sem pre que possivel, de um ou mais assistentes, cujo provim en to dependerá de dem onstração de h abilitação adequada. A rt. 56. Os orientadores educacionais faxão parte dos corpos docentes, sendo a sua form ação, e os seus estudos de aperfeiçoam ento ou especialização, feitos etricursos apropriados.

271 ' t *** x. s..zt * SKCÇÂO 71 LEG1SL. N ID K R AL C A P I T U L O X V I Da administração escolar A rt. 57. A. adm inistração escolar, nas escolas industriais e escolas técnicns, será concentrada na autoridade d o diretor, e orientar-se-á no sentido dc clim i-' nar toda tendência para a a rtificia lid a d e c a rotina, prom ovendo a execução de m edidas que dêem ao estabelecim ento d e ensino atividade, realism o e eficiência Dar-se-á a cada estabelecim ento de ensino uma organização p róp ria a m antê-lo cm perm anente contato com as atividades exteriores de natureza económ ica, especialm ente com as que mais diretam ente se relacionem com o ensino nôle m inistrado. Poderá ser prevista, p elo respectivo regim ento, a instituição, ju n to ao diretor, de um conselho consultivo com posto de pessoas de rep.resen* tação nas atividades econôm icas do m eio, e que coopere na manutenção dêsse contato com as atividades exteriores. S 2. Organizar-se-á racionalm ente e manter-se-á em dia a vid a adm inistrativa de cada estabelecim ento de ensino, especialmente quanto aos sereviços de escrituração escolar e de a rqu ivo escolar. S 3. As matrículas serão sem pre lim itadas à capacidade didática de cada estabelecim ento de ensino A lé m do regim e de externato, serão sem prè que possível, adotados os regim es de sem i-iniernato e de internato. 5. D everão as escolas industriais e escolas técnicas fu ncionar não só de dia, mas tam bem à n oite, de m odo que trabalhadores, ocupados durante o dia, possam frequentar os seus cursos. S 6. Períod os»speciais de ensino intensivo, no decurso do p erío d o letivo ou durante as férias, deverão ser estabelecidos, para as realização de determ in a dos cursos de aperfeiçoam ento e de especialização. 7. Em cada escola industrial ou escola técnica, deverá funcionar um serviço de orientação profissional. 8. Cada escola industrial ou escola técnica manterá um serviço de v ig i lância sanitária, que nela assegure a constante observância dos preceitos da h i g ie n e escolar e da h igien e do trabalho. C A P I T U L O X V I I D o regime disciplinar A rt. 58. Observar-se-á, em cada escola industrial ou escola técnica, quanto ao co rp o docente, ao corp o discente e ao pessoal adm inistrativo, conveniente re g im e disciplinar, que deverá ser d efin id o pelo respectivo regim ento. C A P I T U L O X V I I I D a m on ta g em escolar A rt. 59. N ã o poderão fu n cion ar escolas industriais e escolas técnicas, que não disponham de adequada m ontagem, quanto a construção e ao m aterial escolares. C A P Í T U L O Das escolas industriais t escolas técnicas federais, equiparadas e reconhecidas A rt. 60. A lé m das escolas industriais e escolas, técnicas federais, mantida C adm inistradas sob a responsabilidade da União, poderá haver duas outras m o dalidades desses estabelecim entos de ensino: os equiparados e os reconhecidos. X I X

272 1.» SECÇÃO 72 LEG1SL. FEDEU A l $ 1. Enquiparadas serão as escolas industriais ou escolas técnicas m antidas c adm inistradas pelos Estados ou p elo D istrito Federal, e que hajam sido autorizadas p elo G o vern o Federal. 2. Reconhecida serão as escolas industriais ou escolas técnicas mantidas e adm inistradas pelos M u n icípios ou p o r pessoas natural ou pessoa ju ríd ica d c d ire ito p rivado, c que hajam sido autorizadas p elo G overn o Federal S 3. Conccder-se-á equiparação ou o reconhecim ento, m ediante prévia ve- ' rifica çã o, ao estabelecim ento de ensino, cuja organização, sob todos os pontos d e vistá, possuir as im prescindíveis condições de eficiência. A equiparação ou reconhecim ento será concedido com relação a um ou m ais cursos de form ação profissional determ inados, podendo, m ediante a necessária verificação, estender-se a outros cursos tam bem de form ação profission al. 5. A equiparação ou reconhecim ento será suspenso ou cassado, para um ou m ais cursos, sem pre que o estabelecim ento de ensino, p o r deficiência de organ ização ou quebra de registro, não assegurar a existência das condições de eficiên cia im prescindíveis. $ 6. O M in istério da Educação exercerá inspeção sobre as escolas industriais e escolas técnicas equiparadas e reconhecidas, e lhes dará orientação p e d a gógica. $ 7. Escolas industriais ou escolas técnicas federais, não incluidas na adm inistração do M in istério da Educação, d ste receberão orientação pedagógica. C A P I T U L O X X D isposições gerais A rt. 61. Será exped id o p elo Presidente da R ep ú b lica o regulam ento do q u ad ro dos cursos d o ensino industrial, em que serão discrim inadas as secções d o ensino industrial, da prim eira e da segunda ordens d e ensino do prim eiro c iclo, e das duas ordens de ensino do segundo ciclo, enumerados os cursos ord in ários incluídos nessas secções; relacionadas as disciplinas com ponentes desses cursos, e bem assim regulada a m atéria concernente à duração dos cursos o rd i nários, às condições especiais de admissão, à seriação das disciplinas, a organ i zação dos program as de ensino e à especificação dos diplom as. Axt. 62. Os preceitos especiais relativos a organ ização e ao regim e de cada escola'in du strial ou escola técnica serão defin idos p elo respectivo regim ento. P a rá g ra fo único. O regu lam en to de que tr3ta êste a rtigo deverá ser submetid o, p e lo W in istro da Educação, à aprovação do Presidente da R epública. T I T U L O I V Das escolas artesanais e das escolas de aprendizagem. C A P Í T U L O I Das escolas artesanais A rt. 63. O ensino industrial, nas escolas artesanais, será regido, quanto a o rgan ização e ao regim e, em cada Estado, e bem assim no D istrito Federal, p o r um regulam ento, expedido, p or decreto do g o vern o respectivo, m ediante p révia audiência do Conselho N a cio n a l de Educação. A rt; 64. P elo regu lam en to referid o no a rtigo an terior serão observadas as seguintes prescrições: 0 '

273 J.n SUCÇÃO 73 LEGISL. FEDERAL I. O ano escolar abrangerá um períod o letivo, que não poderá durar mais de dez meses, c um período de férias. II. Os cursos artesanais terão a duração de um ou de dois anos. I I I. Os cursos artesanais abrangerão disciplinas de cultura gera l c dc cu l tura técnica, c bem assim as práticas educativas de que trata o art. 26 desta lei. IV. A m atrícula só será acessível aos candidatos que tiverem atingido a idade dc doze 3nos c recebido su ficiente ensinó prim ário. V. Os trabalhos curriculares abrangerão aulas, e bem assim exercícios e exam es escolares. A habilitação dependerá de frequência, e de notas suficientes ncsses exercícios e exames. V I. Em cada escola artesanal, deverá funcionar um centro cívico da Juventude Brasileira. V I I. O ensino religioso pod efá ser incluido, sem carater obrigatório, entre as práticas educativas. V I I I. A conclusão de um curso artesanal será d ireito ao respectivo certific a d o de habilitação. IX. Os professores, salvo no caso de concurso, estarão sujeitos a prévia inscrição, m ediante com provação de idoneidade, no registo com petente da adm inistração de cada Estado ou d o D istrito Federal. X. Cada escola artesanal disporá de um conveniente serviço de saúde escolar. X I. A s escolas artesanais, não subordinadas à adm inistração dos Estados e d o D istrito Federal, deverão ser, p o r essa administração, autorizadas e inspecionadas. X I I. Cada escola artesanal disporá de um regim ento que fix e.o s preceitos especiais de sua organização e regim e. A rt. 65. O M in istério da Educação exercerá inspeção geral sobre o sisiema das escolas artesanais de cada Estado e do D istrito Federal, e lhe fixará as necessárias diretrizes pedagógicas. A rr. 66.: A organização e o regim e das escolas artesanais federais, observadas as prescrições do art. 64 desta lei, salvo as de número I X e X I, constituem m atéria de regulam entação especial. C A P Í T U L O Das escolas de aprendizagem A r e 67. O ensino industrial das escolas de aprendizagem será organizado e funcionará, em todo o país, com observância das seguintes prescrições: I. O ensino dos ofícios, cuja execução exija form ação profissional, constitu i obrigação dos em pregadores para com os aprendizes, seus em pregados. II. Os em pregadores deverão p>ermanentemente, m anter aprendizes, a seu serviço, em atividade cu jo exercício ex ija form ação profissional. III. A s escolas de aprendizagem serão administradas, cada qual separadam ente, pelos próprios estabelecim entos industriais a que pertençam, ou p or serviços, de âm bito local, region al ou nacional, a que se subordinem as escolas de serviço, em atividades cujo exercício exija form ação profissional IV. A s escolas de aprendizagem serão localizadas nos estabelecim entos in dustriais a cujos aprendizes se destinem, ou na sua proxim idade. V. O ensino Será dado den tro do horário norm al de trabalho dos aprendizes, sem preju izo de salário prara êstes. I I

274 1.» SECÇÃO 74 LEG1SL. FEDHRAL V I. Os cursos de apren dizagem terão a duração de um, dois, três ou quatro anos. V I I. Os cursos de aprendizagem abrangerão disciplinas de cultura geral e dc cultu ra tccnica, e ainda as práticas educativas que fo r possível, em cada caso, m in istrar. * V I I I. Preparação p rim á ria suficiente, e aptidão física e. m ental necessária ao estudo do o fíc io escolh ido são condições exigíveis do apren diz para m atrícula nas escolas de aprendizagem. I X. A habilitação dependerá de frequência às aulas, e de notas suficientes nos exercícios e exam es escolares. X. A çonclusão de um curso de aprendizagem dará d ireito ao respectivo certifica d o dc habilitação. X I. Os professores estarão sujeitos a prévia inscrição, m ediante prova de capacidade,no registo com peten te do M in istério da Educação. X I I. A s escolas de apren dizagem darão cursos extraordinários, para trabalhadores que não estejam recebendo aprendizagem, Esses cursos, conquanto não in clu ídos nas seções form adas pelos cursos de aprendizagem, versarão sobre os seus assuntos. A r t. 68. O M in istério da. Educação fixará as diretrizes pedagógicas do ensino dos cursos dc aprendizagem de todo o país, organizado e m an tido pelá in i cia tiva particu lar, e sôbre êle exercerá a necessária inspeção. A r t. 69. A o s poderes públicos cabem, com relação à aprendizagem nos estabelecim entos industriais oficiais, os niesmos deveres p or esta lei atribuídos aos P a rá g ra fo único. A aprendizagem, de que trata este a rtigo, terá regulam entação especial, observadas, qu an to à 'orga n ização e ao regim e, aos prescrições do a rtig o 67 desta lei. C A P IT U L O I I I D isposição geral A rt. 70. O p ortador dè certificado de habilitação con ferid o p o r m otivo de conclusão de curso artesanal de dois anos, ou de curso de aprendizagem de dois anos p e lo menos, poderá m atricular-se na segunda série de curso industrial que m in istre o ensino do m esm o o fíc io, m ediante a prestação de exam es vestibulares especiais. T I T U L O V Das providências para 0 desenvolvimento do ensino industrial A r t. 71. A o M in istério da Educação, além da adm inistração de estabelecim entos federais de ensino industrial e da supervisão dos dem ais estabelecim entos da mesma m odalidade de ensino existentes no país, nos term os desta lei, cabe a in icia tiv a das seguintes providências de ordem geral; I. Esrudar, em perm anente articulação com os meios econôm icos interessados, úm p rogram a de conju n to, de carater nacional, para desen volvim en to do ensino industrial, m ediante, a instituição de um sistema geral de estabelecim ento» de ensino dos diferen tes tipos. II. Estabelecer m ediante os necessários estudos, as diretrizes gerais quanto aos diferentes' problem as de' ensino industrial, m encionadam ente quanto à caracterização das profissões a qu e se destina êste ensino, à determ inação dos conhecim entos que devam entrar na form ação profissional relativa a cada m odalidade de o fic io ou técnica à d efin içã o da m etod ologia própria do ensino industrial e

275 266». * 1.» S E C Ç Ã O 75 L lig IS L. 1 H D J R A L à organ ização dos serviços escolares de orientação profissional. A rr. 72. A os poderes públicos em geral incum be: I. A d o ta r, nos estabelecim entos oficiais de ensino industrial, o sistema da gratuidade, p e lo menos para os alunos privados de meios financeiros suficientes. II. In stitu ir, com a cooperação dos meios interessados, e era b en efício dos que não possuam recursos suficientes, assistências, escolares que possibilite a fo r mação profission al dos candidatos de vocação, e o aperfeiçoam ento ou especialização profission al dos mais bem dotados. A rt. 73- Provid en ciarão ainda os poderes públicos, na medida conveniente, a instituição de estabelecimentos de ensino industrial para frequência exclusivam ente fem in in a ; e destinados à preparação para profissões a que se dediquem p rin cip alm en te as mulheres. T I T U L O V I D isposições fin a is A rt. 74. Serãó expedidos p elo Presidente da República, os regulam entos que forem necessários à execução da presente lei, ressalvado o disposto no seu art. 63. P a rá g ra fo único. Para o mesmo efeito da execução desta lei e para execução dos regulam entos que sôbre a sua m atéria baixar o Presidente da R epública, exp ed irá o M in istro da Educação as necessárias instruções. A re. 75. Esta lei entrará em v ig o r na data de sua publicação. A rt. 76. Revognm -se as disposições em contrário. D E C R E T O -L E I N DE. 6 D E F E V E R E IR O DE 1942 Restabelece a Al/^ndega de N ite r ó i e dá outras providências. D E C R E T O -L E I N D E 6 D E F E V E R E IR O D E 1942 T ran sfere a séde do Com ando de A rtilh a ria D ivision ária da 7.a D ivisão de In fan taria. D E C R E T O -L E I N. f. 097 D E 6 D E F E V E R E IR O DE A u to riza o M in istério, da G uerra a requisitar a aparelhagem fotogram étrica da 'S erviços Aéreos C ondor Ltda... D E C R E T O -L E I N D E 6 D E F E V E R E IR O D E 1942 A p ro v a o plan o geral- de uniform es para os oficiais e praças da Aeronáutica e dá outras providências.- DECRJETO N D E 6 D E F E V E R E IR O D E 1942 A p ro v a a tabela num érica d ó pessoal extranum erário mensalista da A lfâ n dega de N ite r ó i. D E C R E T O -L E I N D E 2 D E F E V E R E IR O D E 1942 M an da observar para o m aterial despachado com isenção de direitos, pela C om pan h ia Siderúrgica N a cio n al, as form alidades previstas no art- 21 do decreto-lei n. 300, de 24 de fevereiro de ( * ) ( ) V. L E X *. U. S c c f i o, p D E C R E T O -L E I N D E 2 D E F E V E R E IR O D E 1942 P ro rro g a até o prazo para inscrição de professores e auxiliares da. adm inistração escolar, em serviço nos estabelecimentos particulares de en sin a

276 267 D E C R E T O -L E I N D E 9 D E A B R IL DE 1942 Amplia o âmbito de operações das Caixas Econômicas Federais e dá outras providências A rt. 1. A o art. 57 do R egu lam en to aprovado p elo decreto n , de 19 de ju nh o de 1934, acrescente-se a seguinte alínea: * j ) sob garantia de bens, cousas e direitos de empresas id ô neas organizadas para incentivar a exploração da navegação aérea brasileira. A rt. 2. Este decreto-lei entrará em v ig o r na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.. pc D E C R E T O -L E I N D E 9 D E A B R I L DE 1942 bei orgânica do ensino secundário O Presidente da República, usando da atribuição que lhe con fere o artig o 180 da Cinstituição, decreta a seguinte LEI O R G Â N IC A D O E N S IN O S E C U N D Á R IO T IT U L O Das bases de organização do ensino secundário C A P IT U L O Dar finalidades do ensino secundário A rt. L O ensino secundário tem as seguintes finalidades: 1. Form ar, em prosseguim ento da obra educativa do ensino prim ário, a -personalidade integral dos adolescentes. 2. A cen tu ar e e le v a r, na form ação espiritual dos adolescentes consciência p atriótica e a consciência humanistica. I I

277 SLCÇAO ISO LEG1SL. FEDERAL 3. D a r preparação iin telectu al g e ra l que possa servir de base a estudos mais elevad os de form ação especial. * C A P I T U L O II Dos ciclos e dos cursos A r t. 2. O ensino secundário será m inistrado em dois ciclos. O p rim eiro com preen derá um só curso: o curso ginasial. O segundo com preenderá dois cursos paralelos: o curso clássico e o curso cien tífico. A r t. 3. O curso ginasial, qu e terá a duração de quatro anos, destinar-se-á a dar aos adolescentes os elem entos fundam entais do ensino secundário. A r t. 4. O curso clássico e o curso cien tificb, cada qual com a duração de três anos, terão p o r o b jetivo con solidar a educação adm inistrada no curso g i nasial e bem assim desenvolvê-la e aprofundá-la. N o curso clássico, concorrerá para a form ação intelectual, além de um m aior conhecim ento de filo so fia, ura acentuado estudo das letras antigas; n o curso cien tífico, essa form ação será maçcada p o r um csrudo m aior de ciências. C A P I T U L O Dos tipos de estabelecimentos de ensino secundário A r t. 5. H averá dois tipos de estabelecim entos de ensino secundário, o g i násio e o co légio G in ásio será o estabelecim ento de ensino secundário destinado a m i nistrar o curso de p rim eiro ciclo. 2. C o lé g io será o estabelecim ento de ensino secundário destinado a dar, alem d o curso p ró p rio do ginásio, os dois cursos de segundo ciclo. N ã o poderá o c o lé g io exim ir-se de m inistrar q u alqu er dos cursos m encionados oeste parágrafo. A r t. 6. Os estabelecim entos de ensino secundário não poderão adotar outra den om in ação que não a de gin á sio ou de co légio. A r t. 7. G in ásio e c o lé g io são denom inações vedadas a estabelecim entos d e en sin o não destinados a dar o en sin o secundário. A rt. 8. N ã o poderá fu n cion ar n o país estabelecim ento de ensino secundár io qu e se reja p o r legislação estrangeira. H l ' C A P I T U L O I V D a ligação do ensino secundário com as outras modalidades de ensino Art. 9. O ensino secundário manterá ligação com as outras modalidades de ensino pela forma seguinte: 1. O curso ginasial estará articu lado com o ensino p rim á rio, de tal m odo q u é deste para aquele o aluno transite em term o de m etódica progressão. 2. Estará o curso ginasial vin cu lado aos cursos de segundo ciclo dos ra-, m os especiais d o ensino de segundo gráu, para a realilzação dos quais deverá' con stitu ir base preparatória suficiente. 3. A o s alunos que concluírem qu er o curso clássico qu er o curso cien tífico m ediante a prestação dos exames d e licença será assegurado o d ire ito de ingresso em q u alqu er curso d o ensino su perior, ressalvadas, em cada caso, às ex i gências peculiares à matrícula.

278 I.» SECÇÃO 181 LEG1SL. FED ERAI T ÍT U L O Da estrutura do ensino secundário II CAPITULO I D o curso ginasial. Art. 10. O curso ginasial abrangerá o ensino das seguintes disciplinas: I Línguas: 1 Português; 2 Làtim; 3 Francês; 4 Inglês. II Ciências: 5 Matemática; 6 Ciências naturais; 7 História geral; 8 História do Brasil; 9 Geografia geral; 10 Geografia do Brasil. III Artes: 11 Trabalhos manuais; 12 Desenho; 13 Canto orfeônico.,art. 11. As disciplinas indicadas no artigo anterior terão a seguintes seriação: Primeira série: 1 Português; 2 Latim; 3 Francês; 4 Matemática; 5 História geral; 6 Geografia geral; 7 Trabalhos manuais; 8 Desenho; 9 Canto orfeônico. Segunda série: I Português; 2 Latim; 3 Francês; 4 Inglês; 5 Matemática; 6 História Geral; 7 Geografia Geral; 8 Trabalhos Manuais; 9 Desenho; 10 Canto Orfeônico. Terceira série: 1 Português; 2 Latim; 3 Francês; 4 Inglês; 5 Matemática; 6 Ciência naturais; 7 História do Brasil; 8 Geografia do Brasil; 9 De- senho; 10 Canto orfeônico. Quarta série: 1 Português, 2 Latim; 3 Francês; 4 Inglês; 5 Matemática; 6 Ciências naturais; 7 História do Brasil; 8 Geografia do Brasil; 9 Desenho; 10 Canto orfeônico. ' CAPÍTULO II Dos cursos clássico e cientifico Art. 12. As disciplinas pertinentes ao ensiao dos cursos clássico e científicosão as seguintes: I Línguas: 1 Português; 2 Latim; 3 Grego; 4 Francês; 5 Inglês; 6 Espanhol. II Ciências e filosofia; 7 Matemática; 8 Física; 9 Química; 10 Biologia; 11 História Geral; 12 História do Brasil; 13 Geografia geral; 14 Geografia do Brasil; 15 Filosofia. III Arte: 16 Desenho. Art. 13. As disciplinas indicadas no artigo anterior são comuns aos cursos clássico e científico, salvo o latim e o grego, que sòmente seministrarão no curso clássico,e o desenho, que se ensinará sòmente. no curso científico." Art. 14. As disciplinas constitutivas do curso clássico terão a seguinte se-. riação: Primeira série: 1 Português; 2 Latim; 3 Grego; 4 Francês ou Inglês; 5 Espanhol; 6 Matemática; 7 História geral; 8 Geografia geral; Segunda série: 1 Português; 2 Latim; 3 Grego; 4 Francês ou inglês; 5 Espanhol; 6 Matemática; 7 Física; 8 Química; 9 História Geral; 10 Geografia Geral Ṫerceira série: 1 Português; 2 Latim; 3 Grego; 4 Matemática; 5 Físi-, Ca; 6 Química; 7 Biologia; 8 História do Brasil; 9 Geografia do Brasil; 10 Filosofia. Art. 15.' As disciplinas constitutivas do curto cientifico terão a seguinte seriação:

279 1* s e c ç ã o 182 LEGISL. FEDERAL P rim eira serie: 1 Português; 2 Franccs; 3 Inglês; 4 Espanhol; 5 M a tem ática; 6 Física; 7 Q u ím icaj 8 H istória ge ra l; 9 G eografia geral. Segunda serie: 17 Português; 2. Francês; 3 Inglcs; 4 M a tem á tica ; 5 Física; 6 Q u ím ica; 7 B io lo g ia ; 8 H istória g e ra l; 9 G eografia geral; 10 Desenho. T erceira série: 1 Português: 2 M atem ática; 3 Física; 4 Q u ím ica; 5 B io lo g ia ; 6 H istória do Brasil; 7 G e o g ra fia d o Brasil; 8 Filosofia; 9 Desenho. A rt. 16. E perm itida a realização d o curso clásico, sem o esrudo do grego. Os alunos que optarem p or esta form a de currículo serão obrigados ao esrudo, na prim eira c na segunda série, das duas línguas vivas estrangeiras do curso ginasial. A rt. 17. A s disciplinas comuns aos cursos clássico e cien tífico serão ensinadas de acordo com um mesmo program a, salvo a matemática, a física, a qu ím ica e a b io lo g ia, cujos program as terão m aior am plitude no curso c ie n tífico d o que no curso clássico, e a filo s o fia, que terá nêste riiais am plo program a dó qu e nnquêle.. Pará gra fo úni.co. Os program as das dem ais disciplinas comuns aos dois cursos serão os mesmos, devendo o respectivo ensino ser dado, num e noutro, com o mesmo núm ero de aulas semanais. C A P Í T U L O I I I D os program as das disciplinas ^A rc. 18. Os program as das disciplinas serão simples, claros e flex iveis, devendo indicar, para cada uma delas, o sum ário da matéria e as diretrizes essenciais. P a rá g ra fo único. Os program as de que trata o presente a rtigo serão sempre organizados por uma comissão gera l ou p or comissões especiais, designadas p elo M in istro da Educação, que os expedirá. C A P IT T J L O I V D a educação fisica A rt. 19. A educação física constiruirá, nos estabelecimentos de ensino secundário, uma prática educativa o b rig a tó ria para todos os alunos, até a idade de v in te e um anos. P a rá gra fo único. A educação física será m inistrada segundo program as o r ganizados e expedidos na form a d o a rtig o anterior. C A P I T U L O V D a educação m ilita r A rt. 20. A educação m ilita r será dada aos alunos do sexo masculino dos cstabelecim éátos de ensino secundário.ressalvados os casos de incapacidade f i sica. Dar-se-á aos menores de dezesseis anos a instrução prem ilitar, e a instrução m ilita r tos qu e tiverem com pletado essa idade. P a rá gra fo único. As diretrizes pedagógicas da instrução p rem ilita r e da instrução m ilita r serão fixadas p elo M in istério da Guerra.

280 . i.n srcç A o 183 LEGISL. FEDERAL C A P IT U L O V I D a educação relig iosa A rt. 21. O ensino de re ligiã o constitue parte in tegran te da educação da adolescência, sendo lícito aos estabelecimentos de ensino secundário incluí-lo nas disciplinas do p rim eiro e do segundo ciclo.' P a rá g ra fo único. Os program as de ensino de re lig iã o e o seu regim e di- dático serão fixados pela autoridade eclesiástica. C A P IT U L O V I I D a educação m ora l e cívica A rt. 22. Os estabelecimentos- de ensino secpndário tom arão cuidado especial e constante na educação m oral e cívica de seus alunos, buscando neles fo r m ar, com o base de carater, a compreensão do va lo r e d o destin o d o bom em, e, com o base de patriotism o, a compreensão da continu idade histórica do p o vo brasileiro, de seus problem as e desígnios, e de sua missão em m e io dos o u tros povos. A r t. 23. D everão ser desenvolvidos nos adolescentes os elem entos essenciais da m oralidade: o espírito de disciplina, a dedicação aos ideais e a consciência da responsabilidade. Os responsáveis pela educação m oral e cívica da adolescência terão ainda em m ira que é fin alidade do ensino secundário form ar as in d i vidualidades condutoras, p elo que fôrça é desenvolver nos alunos a capacidade de in iciativa e todos os tributos fortes da vontade. A r t. 24. A educação m oral e cívica não será dada em tem po lim itado m ediante a execução de um program a específico, mas resultará a cada m om ento da fo rm a de execução de todos os problem as que deem ensejo a esse objetivo, e de um m odo geral do própricr processo da vida escolar, qu e -em todas às a tividades e circunstâncias, deverá transcorrer em têrm os de elevada dignidade e fe rv o r patriótico Para a form ação da consciência patriótica, serão com freqüência u tilizados os esrudos históricos e geográficos, devendo, no ensino de história geral e de g e o g ra fia gera l, ser postas em evidência as correlações de uma e outra, respectivam ente, com a história do Brasil e a g e o g ra fia d o Brasil lncluir-se-á nos program as de história d o B rasil e 3e geogra fia do Brasil dos cursos clássico e c ien tífico o estudo dos problem as vitais d o país Formar-se-á consciência patriótica de m od o especial pela fie l execução d o serviço cívic o p ró p rio da Juventude Brasileira, na con fprm idade de suas prescrições. 5 4.c A prática d o can to o rfeô n ico de sentido p a trió tico é obrigatória nos estabelecim entos de ensino secundário para todos os alunos de p rim eiro e de segundo ciclo. _ T Í T U L O I I I D o ensino secundário fentininom A r t 25. Serão observadas, n o ensino secundário fem in in o, as seguintes prescrições especiais: 1. E recom endável que a educação secundária das m ulheres se faça em estabelecim entos de ensino de exclusiva freqüência fem inin a.

281 1. SUCÇÃO 184 L E G IS L. 'F E D E R A L 2. N o s estabelecimentos d e ensino secundário freqüentados p o r homens c m ulheres, será n educação destas m inistradas em classes exclusivam ente fem ininas. Este p receito só deixará de v ig o ra r p o r m o tiv o relevante, e dada especial autorização d o M in istério da Educação. 3. lncluir-se-á, em tôdas as série? dos cursos ginasial, clássico e cien tífico, e será m inistrado com o con ven ien te desenvolvim en to, o ensino de econom ia dom éstica. 4. A orientação m etológica dos program as terá em m ira a natureza da personalidade fem inina e bem assim a missão da m ulher dentro d o lar. T I T U L O I V D a vid a escol-ar C A P I T U L O D isposições p relim in a res A rt. 26. Os trabalhos escolares constarão de lições, exercícios e exames. Os exam es serão de três ordens: de admissão, de suficiência e de licença. Pa rá gra fo único. In tegrarão o quadro da vida escolar os trabalhos com plem entares. t A r t. 27. Os estabelecimentos de ensino secundário adotarão processos pedagó gicos ativos, que deem aos seus trabalhos o p róp rio sentido da vida. C A P I T U L O I I I D o ano escolar. 'A xt. 28. O ano escolar, no ensino secundário, dividir-se-á em dois períodos. a ) p erío d o letivo, de nove meses; b ) p eríod o de férias, de três meses. S I. O p eríod o letivo terá in ício a 15 de março e o p eríod o de férias, a 15 de dezem bro H averá trabalhos escolares diariam ente. Excetuam-se os-dias festivos. Serão de descanso os sete ú ltim os dias de junho. S 3. Poderão realizar-se exam es no decurso de férias. C A P I T U L O D o s alunos A rt. 29. Os alunos dos estabelecim entos de ensino secundário poderão ser de duas categorias: a ) alunos regulares; b ) alunos ouvintes. 5 1» A lu n os regulares serão os m atriculados para a realização dos trabalhos escolares de uma série. Os alunos regulares, quando repetentes p o r não terem alcançado a habilitação, nos termas do art. 51 desta lei, para e fe ito de prom o- x ção ou de prestação dos exames de licença, serão obrigados a todos os trabalhos escolares de série repetida.. S 2. A o s alunos que não conseguírpm a habilitação, nos term os do art. 64 desta lei, para efeito de conclusão do curso, será facultado matricular-se, na qualidade de alunos ouvintes, para estudo da disciplina ou das disciplinas em que seja d eficien te a sua preparação. I I I

282 273 1* SECÇÃO 1S5 LEGISL. FEDERAL. C A P IT U L O Da avaliação dos resultados escolares Art. 30. A avaliação dos resultados èm exercícios e exames será obtida por meio de notas, que se graduarão de zero a dez. Parágrafo único. Deverá ser recomendada pelo Ministério da Educação a ndoção de critério e processo que assegurem o aumento da objetividade na verificação do rendimento escolar e no julgamento dos exames. C A P ÍT U L O V Da admissão aos cursos Art candidato à matrícula na primeira série de qualquer dos cursos de que trata esta Jei,deverá apresentar prova- de não ser portador de doença contagiosa e de estar vacinado. Art. 32. O candidato à matrícula no curso ginasial deverá ainda satisfazer as seguintes condições: a) ter pelo menos onze anos, completos ou por completar até o dia 30 de junho; b) ter recebido satisfatória educação primária; -.c) ter revelado, em exames de admissão, aptidão intelectual para os estudos secundários. Art. 33. O-candidato à matrícula no curso clássico ou no curso científico deverá ter concluído o curso ginasial C A P ÍT U L O Dos exames de admissão Art. 34. Os exames de admissão poderão ser realizados em duas épocas, uma em dezembro e outra em fevereiro. 1. 'O candidato a exames de admissão, deverá fazer, na inscrição, prova das condições estabelecidas pelo art. 31, e pelas duas primeiras alíneas do art. 32, desta lei. $ 2. Poderão inscrever-se nos exames de admissão de segunda época os candidatos que, em primeira época, os não tiverem prestado ou nêles não tenham sido aprovados O candidato não aprovado em exames de admissão num estabelecimento de ensino secundário não poderá repeti-los em outro, na mesma época. V I C A P IT U L O V I I Da matricula Art. 35. A matrícula farse-á na primeira quinzena de março. $ 1. A concessão de matrícula como aluno regular dependerá, quanto à primeira série, de ter o candidato satisfeito as condições de admissão e, quanto às outras, de ter êle*conseguido suficiência na série anterior. A concessão de matricula a candidato que pretenda fazer estudo como aluno ouvinte reger-se-á pelo disposto no 2. do art. 29, desta lei No ato da matrícula para ingresso nos estudos do segundo ciclo, O candidato declará a sua opção pelo curso clássico ou pelo curso científico. Caso a opção recaia sâbre o curso clássico, cumprir-lhe-á acrescentar se prefere O currículo com grego ou o currículo sem grego. Se a opção recair sôbre o

283 SIiCÇÀO 186 LEGISL. H id llla L curso clássico com ^grego, deverá o can didato escolher, dentre as duas lingu.is v i vas estrangeiras d ó curso ginasial, aquela cu jo estudo queira intensificar. C A P I T U L O V I I I Da transferência A rt. 36. E perm itida a transferência de um para outro estabelecim ento de ensino secundário. A rt. 37. E adm issível a transferência de aluno proveniente de estabelecim en to estrangeiro de ensino secundário, de reconhecida idoneidade. P a rá g ra fo único. O aluno tran sferido no caso deste artigo será adaptado, p o r fò rm a conveniente, ao plano de estudos desta lei. C A P Í T U L O I X Da caderneta escolar A rt. 38. Cada aluno de estabelecim ento de ensino secundário possuirá uma caderneta, em que se lançará o h istórico de sua vida escolar, desde o ingresso, com os exames de admissão, até a conclusão,.com a expedição do d evid o certificado. C A P I T U L O X.Da limitação e distribuição do tenupo dos trabalhos escolares A rt. 39. Os trabalhos escolares não excederão a vinte e. o ito horas semanais no curso ginasial, e a trinta horas sem anais nos cursos clássico e cien tífico. A rt. 40. O plano de distribuição d o tem p o em cada semana é m atérí3 do h orá rio escolar será fix a d ó pela- direção dos estabelecimentos de ensino secu n dário antes do in ício d o p erío d o le tiv o, observadas as determ inações dos program as quanto ao núm ero de aulas semanais de cada disciplina e de sessões semanais de educação física. C A P I T U L O X I Das lições e exercícios A r t. 41. A s lições e exercícios, o b je to das aulas das disciplinas e das sessões de educação física, são de freq u ê n cia 'o b riga tó ria. A rt. 42. Estabelècer-se-á nas aulas, en tre o professor è os alunos, um reg im e d e ativa e constante colaboração. $ 1. O professor terá em m ira qu e a preparação intelectual dos alunos d everá visar antes à segurança do qu e à extensão dos conhecim entos. $ 2. Os alunos deverão ser conduzidos não apenas à aquisição de conhecim entos, mas à madureza de esp írito p ela form ação d o hábito e da capacidade d e pensar. A rt. 43. A educação física será dada a gru pos hom ogéneos, organizados in dependentem ente do critério da seriação escolar. Os alunos que, p o r d e fe it o ' físic o ou deficiên cia orgânica, não possam fazer os exercícios ordin ários serão subm etidos a exercícios especiais. A educação física far-se-á com perm anente assistência m édica. A rt. 44. Os program as deverão ser executados na íntegra, de co n fo rm i dade com as diretrizes que fixarem.

284 i.r si:c ç A o * 187 LEGISL. 1'L.UhK A L C A P IT U L O X I I, Da nota anual de exercícios A rt Mensalmente, de abril a novem bro, será dada, em cada discip lin a, e a cada aluno, pelo respectivo professor, uma nota resultante da avaliação de seu aproveitam ento por m eio de exercícios realizados em aula. Se, p o r falta de cam parccim ento, não se puder apurar o aproveitam ento de um alu no, scr-ihe-á atribuída a nota zero. P a rá g ra fo único. A media aritm ética das notas de cada mês, em uma discip lin a, será a nota anual de exercícios dessa disciplina. C A P ÍT U L O X I I I Dos trabalhos complementares A rt. 46. O s estabelecimentos de ensino.secundário deverão prom over, en- tre os alunos, a organização e o d esen volvim en to'd e instituições escolares de car3ter cu ltu ral e recreativo, criando, na vida delas, com um regim e de autonom ia, as condições favoraveis à form ação do espírito econ ôm ico, dos bons sentim entos de camaradagem e sociabilidade, do g ê n io desportivo, do gôsto artístico e literá rio. M erecerão especial atenção as instituições que tenham p or objetivo despertar entre os escolares, o interesse pelos problem as nacionais. C A P ÍT U L O X I V Dos exames de suficiência. A r t. 47. Os exames de suficiência terão p or fim : a ) h ab ilitar o ajuoo de qualquer série para prom oção à série imediata; b ) h ab ilitar o aluno da últim a série para prestação dos exames de licença. A rt. 48. Os exames de suficiência de cada disciplina com preenderão, no caso de habilitação para efeito da prom oção, uma p rim eira e uma segunda prova parcial e uma prova final, e no caso de habilitação para e fe ito de prestação dos exam es de licença, somente uma prim eira e uma segunda prova parcial. P a rá g ra fo único. As provas parciais versàrão sobre a m atéria ensinada até uma semana antes da realização de cada uma, e a prova fin a l sobre toda a matéria ensinada na serie, A rt. 49. Serão escritas as duas provas parciais, salvo as de desenho, trabalhos, manuais e canro orfeônico que serão práticas. $ 1. A s provas parciais serão prestadas perante o professor da disciplina A prim eira prova parcial será realizada em junho, e a segunda em outu bro. $ 3. Facultar-se-á. segunda chamada ao aluno qu e à p rim eira não tiver com p arecid o p o r m oléstia im peditiva de trabalho escolar ou p o r m o tivo de luto cm consequência de falecim ento de pessoa de sua fam ília Sòm ente se perm itirá a' segunda chamada até o fim d o mês seguinte ao em que se fez a prim eira. 5. D ar-se-i nota zero ao aluno que deixar de com parecer à prim eira chamada sem m o tivo de fôrça m aior nos term os d o 5 3- dêste artigo ou ao qu e Dão com parecer à segunda chamada. A r e 50. Será oral a prova fin al, salvo as de desenho, trabalhos manuais e canto o rfeô n ico que serão práticas. S 1. A prova fin al será prestada perante banca exam inadora.

285 i.n s e c ç ã o 188 LEGISL. ÍTDURAL 5 2. Iln vcrá duas cpocas de p rova fin al. A prim eira terá in ício a 1 de dezem bro c a segunda será cm fevereiro N n o poderá prestar p rova fin al, na prim eira ou na segunda-epoca, o aluno que tiver, co m o resultado dos exercícios e das duas provas parciais, n o conju n to das disciplinas, m édia aritm ética in ferio r a três. T a m b em não po-.derá prestar p rova fin a l, na p rim eira época, o aluno que tixer faltado a vin te e cin co por. cento da totalidade das aulas dadas nas disciplinas e das sessões dadas cm educação física, e, na segunda época, o aluno que tiver in cid id o cm cincoenta por cento das mesmas faltas Só poderá prestar prova fin a l em segunda época o aluno que não o tiver fe ito na p rim eira p o r m o tiv o de fórça m aior nos termos do $ 3. d o artig o anterior, ou o que tiv e r satisfeito, na prova fin al de prim eira época, uma das condições de h abilitação referidas no a rtigo seguinte. A rt. 51. Considerar-se-á h ab ilitad o: 1 ) para e fe ito de prom oção o aluno que satisfazer as duas condições seguintes: a ) obter, no con ju n to das discipljnas, a nota glob a l cinco p e lo menos; b ) obter, em cada disciplina, a nota fin a l quatro pelo menos; 2 ) para e fe ito de prestação dos exames de licença, o aluno que satisfazer as duas condições m encionadas na alínea anterior e que não houver faltado a trinta p o r cento da totalidade das aulas dadas nas disciplinas e das sessões dadas cm educação física. l. a A nota g lo b a l será a m édia aritm ética das notas finais de todas as disciplinas. $ 2. A nota fin a l de cada disciplina, no caso de habilitação para efe ito de prom oção,.será a m édia ponderada de quatro elementos: a nota anual de exercícios e as notas da p rim eira e segunda provas parciais e da p rova fin al. A esses elem entos se atribu irão, respectivam ente, os pesos dois, quatro e dois. S 3. A nota fin a l de cada disciplina, no caso de habilitação para efe ito de prestação dos exam.es de licença, será a m édia ponderada de três elem enros: a nota anual de exercícios e as notas da prim eira e segunda provas parciais. A esses elem entos se atribu irão, respectivam ente, os pesos três, três e quatro. A rt. 52. N ã o poderá, nos exames de suficiência, sob pena de nulidade, ser prestada prova de uma disciplina perante professor que a tenha ensinado ao exam inando em carater particular.. C A P Í T U L O X V D o s exames d * licenca «A rt. 53. A conclusão dos estudos secundários, de p rim eiro e de segundo c íd o, só se verifica rá pelos exames de licença. A r t. 54. Serão adm itidos.a prestar exames de licença os candidatos para êste e fe ito devidam en te habilitados. A rt. 55. Os exames de licença serão de duas categorias: 1. Exames de licença ginasial, para conclusão dos estudos de p rim eiro ciclo. ' 2. Exames de licença clássica e exames de licença cientifica, para conclu-7 são dos esrudos, respectivam ente, d o curso clássico e do curso cien tífico. A rt. 56. Os exames de licença ginasial versarão sobre as seguintes disciplinas: 1 Portu gu ês,2 Latim ; 3 Francês; 4 In glês; 5 M atem ática; 6 Ciências naturais; 7 H istó ria gera l e do Brasil; 8 G eo gra fia G eral e do B rasil; 9 Desenho.

286 277 J.R SECÇÃO * * IS? LEG1SL. FEDERAL A lt. 57. O s exames de licença clássica.versarão sobre as seguintes d iscip linas: 1 P o rtu gu ês; 2 L a tim ; 3 G re g o ; 4 e 5 Duas línguas vivas estrangeiras escolhidas den tre o francês, o in gles e o espanhol; 6 M atem ática; 7 Física, qu ím ica e b io lo g ia ; 8 H istó ria g e r a ld o Brasil; 9 G eogra fia gera l e d o Brasil; 10 F ilosofia. P a rá g ra fo único. Os candidatos que tenham feito o curso clássico de acord o com o disposto no art. 16 desta le i não prestarão exam e de g re g o, más serão obrigados aos exam es das três línguas vivas estrangeiras d o segundo ciclo. A.rt. 58. O s exames de licença cien tífica versarão sobre as seguintes disciplinas: 1 Portu gu ês; 2 e 3 Duas línguas vivas estrangeiras escolhidas dentre o francês, o in glês e o espanhol; 4 M atem ática; 5 Física, qu ím ica e b io lo gia ; 6 H is tó ria gera l e d o B rasil; 7 G eografia geral e d o B rasil; 8 F ilo so fia ; 9 Desenho. A r t 59- Serão expedid os p e lo M in istro da Educação os program as para exames de licença. S 1. O s program as de xjue trata este a rtigo abrangerão a m atéria essencial de enda disciplin a. S*2. O s program as de m atem ática e de. física, quím ica e b io lo g ia para os exames de licen ça cien tífica serão ínais amplos do qu e os destinados aos exames de licença clássica. $ 3. O s program as das dem ais disciplinas comuns aos exam es d e licença clássica e aos de licença cien tífica serão os mesmos. A rt. 60. O s'exam es de licença constarão, para as línguas e a m atem ática, de uma p ro va escrita e de uma p rova oral, para as dem ais ciências e a filo so fia, sbmente de um a prova o ra l, e para o desenho, somente de uma p ro vá prática. P a rá g ra fo único. A prova escrita, nos exames de licença, terá carater e lim i natório, sem pre qu e lhe fo r con ferida nota in ferio r a três. A rt. 61. O s exam es de licença serão realizados no decurso dos meses de dezem bro e d e janeiro.. J l. Cònceder-se-á segunda chamada, para qualquer das provas dos exames de licença, ao aluno que não tiver com parecido à prim eira p o r m o tiv o de fôrça m aior, nos term os d o $ 3. do art. 49 desta leu 5 2. A segunda cham ada só poderá ser feita até o in íc io do p e río d o letivo. A r t 62. O s exames de licença ginasial poderão ser processados em qiialquer estabelecim en to de ensino secundário federal, equ iparado ou reconhecido e serão prestados perante bancas examinadoras, constituídas pela respectiva d i reção. P a rá g ra fo único. d o a r t 52 desta lel E extensivo aos exames de licença gin asial o preceito A r t 63. O s exames de licença clássica e os de licença c ie n tífic a revesrirse-ão de carater o fic ia L Serão processados nos colégios federais e equiparados e nos estabelecim entos o ficia is de ensino superior, que para essa responsabilidade forem indicados p o r ato d o Presidente da República, e prestados perante bancas exam inadoras compostas, sem pre que possivel, de elem entos d o m agistério o fic ia l e designadas p elo M in istro da Educação A o s exam es processados em co légio federal ou equiparados não p o derão co n correr, os seus próprios alunos, salvo quando não fo r possivel, na- respectiva localid ad e, submetê-los a exames em ou tro estabelecim enro d e ensino.

287 278 l.n Sl.CÇAO 190 LEG1SL. lüd H R AL S 2. N ã o poderá, sob pena de nulidade, ser prestada prova de uma discip lin a perante exam inador que, no decurso dos estudos de segundo ciclo, a tenha ensinado, no tod o ou em parte, ao exam inando. A rt. 64. Conciderar-se-á h abilitado, para e fe ito de conclusão de qualquer dos cursos dc que trata esta lei, o carididato que, nos exames de licença, satisfiz e r as duas condições segu inte: a ) o b ter,.n o conjunto das disciplinas, a nota geral cinco p elo menos; b ) obter, em cada disciplina, a nota quatro p elo ruenos A nota geral será a m édia a ritm ética das n otai de tôdas as disciplinas. * 2. A nota de cada disciplina será a m édia aritm ética das notas da p rova escrita e da prova oral ou, quando o exam e constar sbmente dc uma prova, a nota desta. - A rt. 65. O candidato à repetição dos exam es de licença, p o r não os ter com plçtado ou nelas não houver sido h a b ilita d o, poderá exim ir-se das provas relativas à disciplina ou às disciplinas em qu e anteriorm ente houver ob tid o a nota sete p elo menos. Nesse caso, será o resultado anterior com putado para o cálcu lo da nota geral dos novos exames de b'cença. A rt. 66. Os exames de licença não processados em estabelecim ento federal d e ensino correrão sob inspeção especial d o M in istério da Educação. A rt. 67. Os onus decorrentes da realização dos exames de licença constitu irã o encargos da pessoa natural ou ju ríd ica responsável pela manutenção do estabeleeim ento de ensino em que êles se processarem. C A P I T U L O X V I D o s certifica d os A rt. 68. A o s alunos que concluírem o curso ginasial conferir-se-á o certifica d o de licença ginasial; aos que con ciu irem o curso clássico ou o curso cien tífic o conferir-se-á respectivam ente o c ertifica d o de licença clássica ou o certifica d o de licença científica. P a rá gra fo único. Perm itir-se-á a revalidação de certificados da natureza dos de qu e trata êste a rtigo, conferidos, p o r estabelecim ento estrangeiro de ensino secundário, de reconhecida idoneidade, uma vez satisfeitas as exigências de adaptação relativam ente ao plan o de estudos da presente lei. T I T U L O V D a organização escolar C A P I T U L O I. D o ensino o fic ia l e d o en sino liv re A rt. 69. O ensino secundário será m in istrado pelos poderes públicos, e è / liv re à in iciativa particular. / A rt. 70. As pessoas naturais e as pessoas jurídicas dé d ireito p rivado, que mantenham estabelecim ento de ensino secundário, são consideradas com o no desem penho de função de carater público. Cabem -lhes em m atéria educativa os deveres e responsabilidades inerentes ao serviço público.

288 ).' S 1 C Ç A O * 191 LEGJSL. F EDERAL C A P I T U L O Dos estabelecimentos de ensino secundário federais, equiparados e reconhecidos A rt. 71. A lb m dos estabelecim entos de ensino secundário federais, mantidos sob a responsabilidade direta da U n ião, haverá no país duas outras moda* lidadcs de estabelecimentos de ensino secundário: os equiparados e os reconhecidos Estabelecimentos de ensino secundário equiparados serão os m antidos pelos Estados ou pelo D istrito Federal, e que hajam sido autorizados pelo G o vêrn o Federal. 2. Estabelecimentos de ensino secundário reconhecidos serão os mantidos pelos M u n icípios ou p or pessoa natural ou pessoa ju rídica de d ireito p rivado, e que hajam sido autorizados p e lo G overn o Federal. A rt. 72. Conceder-se-á a equiparação ou o recolhim ento, m ediante prévia verifica çã o, aos estabelecimentos d e ensino secundário cuja organização, sob todos os pontos de vista, possua as condições im prescindíveis a um regular e ú til funcionam ento, P a rá g ra fo único. A equiparação ou o reconhecim ento será suspenso ou cassado sem pre que o estabelecim ento de ensino secundário, p or deficiência de organ ização ou quebra de regim e, não assegurar as condições de eficiência indispensáveis. A rt. 73. Os estabelecimentos de ensino secundário colocados sob a administração dos T erritó rio s não poderão validam ente fu n cion ar sem p révia autorização d o M in istério da Educação. A rt. 74. Os estabelecimentos de ensino secundário federais, não incluídos n a'ad m in istração do M inistério da Educação, com êste se articularão para fins de cooperação administrativa e pedagógica. C A P IT U L O Da inspeção federal dos estabelecimentos de ensino secundário equiparados e reconhecidos A r t 75. O M in istério da Educação exercerá inspeção sobre os estabelecim entos de ensino secundário equiparados e reconhecidos A inspeção far-se-á não sòmente sob o ponto de vista administrativ o, mas ainda com o carater de orientação pedagógica A inspeção limitar-se-á ao m ín im o im prescindível a assegurar a ardem e a eficiên cia escolares. A r t. 76. A inspeção de que trata o a rtigo anterior estender-se-á aos estabelecim en tos d e ensino secundário colocados sob a adm inistração dos T e rritórios. C A P IT U L O II I I I I V Da administração escolar A r t. 77. A administração de cada estabelecim ento de ensino secundário estará en feixada na autoridade do diretor, que presidirá ao funcionam ento dos serviços escolares, ao trabalho dos professores, às atividades dos alunos e às relações da com unidade escolar confi a vida exterior, velan do por que regularm ente se cum pra, no âm bito de sua ação, a ordem educacional vigen te no país.

289 S lic Ç A O VJZ L fcü lm.. l l. U l ; K A L A r t. 78. Serão observadas, quanto à adm inistração cscolar, nos cstabclecim cn tos d e ensino secundário, as seguintes prescrições: 1. Dar-sc-á a necessária eficiên cia aos serviços adm inistrativos, especialm ente aos referen tes à escrituração e ao arqu ivo, à conservação m aterial e à ordem d o n parclh flm cnto cscolar, à saúde escolar e à recreação dos alunos. 2. A s m atrículas deverão ser lim itadas à capacidade didática de cada estab e le c im e n to de ensino secundário. 3. A com unidade escolar buscará contacto com as atividades exteriores, qu e lh e possam com unicar a fôrça e o rum o da vida, dentro, tod avia, dos lim ites p ró p rio s a assegurar-lhe a distância e.a isenção exigid a s p ela obra edu cativa. ' 4. H a verá constante en tendim ento eritre a direção escolar e a fa m ília de cada alu n o, no interesse da educação dêste.. ' C A P I T U L O V D o s.professores A r t. 79. A constituição do corpo docente, em cada estabelecim ento de ensino secundário, far-se-á com observância dos seguintes preceitos: 1. D eve rã o os professores d o ensino secundário receber con ven ien te fo r m ação, em cursos apropriados, em regra de ensino superior. 2. O p rovim en to, em carater e fe tiv o, dos professores dos estabelecim entos d e en sin o secundário federais e equiparados dependerá da prestação de concurso. 3. D o s candidatos ao exercício do m agistério nos estabelecim entos de ensin o secu n dário reconhecido exigir-se-á p révia inscrição, que se fará m ediante p ro va d e h abilitação, no com petente registo do M in istério da Educação. 4. A o s professores d o ensino secundário, será assegurada rem uneração con d ign a, qu e se pagará pontualm ente. C A P IT U L O V I Da orientação educacoinal A r t. 80. Far-se-á nos estabelecim entos de ensino secundário, a orientação edu cacion al A r t. 81. E função da orientação educacional, m ediante as necessárias observações, co op era r n o sentido de que cada aluno se encam inhe convenientem ente nos estudos e na escolha de sua profissão, m inistrando-lhe esclarecim entos e conselhos, sem pre em entendim ento com a sua fam ília. A r t. 82. Cabe ainda à orientação educacional coop erar com os professores n o sen tid o da boa execução, p o r parte dos alunos, dos trabalhos escolares, buscar im p r im ir segurança e atividade aos trabalhos com plem entares e vela r p o r qu e o estudo, a recreação e o descanso dos alunos decorram em.co n d ições da m a io r con ven iên cia pedagógica. A r t. 83. São aplicáveis aos orientadores educacionais os preceitos d o art. 79 desta le i, relativos aos professores. C A P I T U L O V I I Da construção e do aparelhamento escolar A r t. 84. Os estabelecim entos de ensino secundário para que possam v a lidam ente fu n cion a r, deverão satisfazer, quanto à construção d o e d ifíc io ou dos

290 1. J»U-VAU % ~ «V5 LtOlM-. l-luhkal ed ifício s qu e u tilizarem c quanto ao seu aparelham ento escolar, as norm as p e dagógicas estabelecidas pelo M in istério da Educação. C A P ÍT U L O V I I I D o re g im e n to A r t. 85. Cada estabelecim ento de ensino secundário terá um regim en to destinado a d e fin ir de m odo especial a sua organização e a sua vida escolar, e bem assim o seu regim e disciplinar. T I T U L O V I Das medidas auxiliares - A rt Os poderes públicos tom arão medidas que tenham p o r o b je tiv o acentuar a gratuidade do ensino secundário o ficia l. Á r t. 87. N enh u m a taxa recairá sobre os alunos dos estabelecim entos de ensino secundário... A r t. 88. A contribuição ex igid a dos alunos pelos estabelecim entos p a rticulares d e ensino secundário será m ódica e cobrar-se-á de acôrdo com as normas de carater gera l fixadas pelo M in istério da Educação. A r t. 89. Os poderes públicos, em entendim ento e cooperação com os estabelecim entos de ensino secundário, prom overão a instituição de serviços e p ro vidências assistenciais que ben eficiem os adolescentes necessitados, a que, em atenção à sua vocação e capacidade, deva ser' ou esteja sendo dado ensino secundário... A r t. 90. Constitui obrigação dos estabelecimentos de ensino secundário, fe derais equiparados e reconhecidos, reservar, anualmente, determ inada percentagem d e lugares gratuitos»e de contribuição reduzida, para adolescentes necessitados. Essa percentagem será fixada, em cada caso, m ediante a aplicação de critério geral. T I T U L O V U D os estudos secundários dos m aiores de dezenove anos A r t. 91- A os maiores d e dezenove anos será perm itida a obtenção do certifica d o de licença ginasial, em consequência de estudos realizados particu larm ente, sem a observância do regim e escolar ex ig id o por esta lel A r t. 92. Os canditados aos exames de licença ginasial, nqs term os d o artig o an terior, deverão prestá-los em estabelecim entos de ensino secundário federal ou equiparado. P a rá g ra fo único. Os exames de que trata êste a rtigo reger-se-ão pelos preceiros relativos aos exames de licença ginasial próprios dos alunos regu lares dos estabelecim entos de ensino secundário. A r t. 93. O certificado de licença ginasial obtido de con form id a d e com o re gim e de exceção d efin id o o o s d o is artigos anteriores dará ao seu p orta d o r os mesmos direitos conferidos ao certificado de licença ginasial ob tid o em virtu de de conclusão do curso de p rim eiro ciclo. T I T U L O V I U D isposições fina is Asa 94. Serão expedidos p elo Presidente da República os regu lam entos necessários à execução da presente lel Para o mesmo e fe ito dessa execução e

291 l.» SKCÇAO 194 LEGISL. F D1:KAL para execução dos regulam entos que sôbre a m atéria baixar o Presidente da R e p ú b lic a, rv p o dirá o M im V m AQ...VAtm r ã n pc instruções. A r t Esta lei entrará em v ig o r na data^e^sila^pybhcação. Ficam revogadas as disposições em contrário. D E C R E T O -L E I N D E 9 D E A B R IL D E í* Disposições transitórias para a execução da le i orgânica do ensino secundário J en ted a R epública, usando da a trib uição que Ibe-corrfere o art. 180 da Çonstituição7"3ecreta; C A P I T U L O I Dos estabelecimentos de ensino secundário ora existentes no país A r t. 1. Ficam desde já considerados com o colégios, nos term os do art. 5., 2., da Jei orgânica do ensino secundário, os estabelecim entos de ensino se* cu n dário q u e ora m antenham, sob inspeção do G o vern o Federal, o curso fundam ental e o curso com plem entar, de acôrdo com o decreto n , de 4 de a b ril d e A rt. 2. Os estabelecim entos de ensino secundário que ora mantenham, sob inspeção d o G overn o Federal somente o curso fundam ental, de acôrdo com o d ecreto re fe rid o no a rtigo anterior, ficam desde lo g o considerados com o g i násios, nos term os do art. 5., $ 1.» da lei orgânica do. ensino secundário. A r t. 3- Os estabelecim entos de ensino secundário de que tratar o artigo an terior, sendo de carater perm anente a inspeção federal sôbre eles exercida, pod erão requ erer ao m in istro da E du cação'qu e lhes seja au torizado o fu ncionam ento co m o co légio, observadas as disposições regulam entares qu e para este e fe ito fo re m decretadas. A r t. 4. Os estabelecim entos de ensino secundário que ora fu ncionem sob inspeção p relim in a r do G o vern o Federal continuam obrigados à satisfação das exigên cias relativas à inspeção perm anente, nos term os da legislação anterior. C A P I T U L O I I Dos alunos ora matriculados nos curso do ensino secundário A r t 5. O s alunos ora m atriculados na p rim eira série d o curso fundam ental In iciarão a sua vida escolar de acôrdo com o plan o de estudos da lei orgâ n ica d o ensino secundário. A r t. 6. Os alunos ora m atriculados na segunda, na terceira e na quarta série d o curso fundam ental adptar-se-ão desde lo g o, respectivam ente, aos estudos da segunda, da terceira e da quarta série do curso ginasial A r t. 7. Os alunos ora m atriculados na quinta série d o curso fundam ental c bem assim os alunos ora m atriculados na p rim eira e na segunda série d o curso com p lem en tar prosseguirão num e nou tro curso de acordo co m o plan o de estudos da legislação anterior. A r t. 8. Aplicar-se-á, desde lo go, com relação a todos os alunos o regim e escolar da le i orgânica do ensino secundário, salvo nos seguintes casos: 1. O s exam es de licença para os alunos adaptados, no corren te ano, à qu arta série d o curso gin asial versarão sòm ente sôbre a m atéria nessa serie ensinada. 2. Os alunos ora m atriculados na quinta série do curso fundam ental assim co m o os alunos ora m atriculados na p rim eira e na segunda série d o curso com-

292 283 i * SECÇÃO 195 LEG1SL. FEDERAL- ilcm cn ta r continuarão sujeitos, em m atéria de exames, ao disposto na legislaçiío in terior, C A P ÍT U L O D o regim e de estudos dos m aiores de d ezoito anos A rt. 9. Os maiores de dezoito anos, que ora estejam fazendo o cursõ fundam ental de acôrdo com o regim e prescrito no art. 100 do decreto n , áe 4 de a b ríl de 1932, poderão concluir esse curso, p elo m esmo regim en. C A P ÍT U L O I I I I V D os cursos clássicos e c ie n tífic o A r t. N ã o funcionará a partir de 1943 a p rim eira série do curso com plem en tar. Os repetentes dessa série terão a sua vid a escolar regida p e lo disposto n o a rtig o seguinte. A r t. 11. A os portadores do certificado de conclusão d o curso fu ndam ental será assegurado, a partir de 1943, o d ire ito de m atrícula ná segunda série d o curso clássico ou do curso cien tífico. A rt. 12. Em 1943, serão ministradas, nos colégios, a prim eira e a segunda série d o curso clássico e do curso cien tífico. - C A P IT U L O Disposições diversas e fina is 'A r t. 13. Serão expedidos p elo m inistro da Educação os necessários p rogra mas p rovisórios de adaptação tanto para o curso ginasial com o para os cursos clássico e cien tífico. A rt. 14. Os professores orientarão as lições, no decurso do p e río d o de adaptação dos alunos ao plano de estudos Jei orgânica d o ensino secundário, de m o d o q u e os livros didáticos atuais possam ser utilizados nas séries correspondentes. A rt. 15. Para a execução do disposto no presente decreto-lei, inclusivç quanro às m atérias dependentes de regulam entação, até que esta se faça baixará o M in is tro da Educação as instruções necessárias. A r t. 16. N o s casos omissos, serão as situações de carater tran sitório resolvidas p o r decisão ou instruções d o m in istro da Educação, que ou virá, quando ju lga r conveniente, o Conselho N a cio n a l de Educação. A r t. 17. Esne decreto-lei entrará em v ig o r n a'data de sua publicação. A r t. 18. Revogam -se as disposições em contrário. V D E C R E T O -L E I N D E 9 D E A B R IL D E 1942 A u to riz a a Prefeitu ra M u n icipal d e N ite r ó i, do Estado d o R io d e Janeiro, a desapropriar, p o r utilidade pública, o d o m ín io util de terrenos d e m arinha e b en feitorias, que m enciona, e dá outras providências. D E C R E T O -L E I N D E 9 D E A B R IL D E 1942 A u to riz a o P refeito do D istrito Federal a prestar assistência ju d iciá ria aos fu n cion ários m unicipais nas condições que m enciona.

293 *L w.j fc* SECÇÃO 325 LÉGISL. FEDERAL V D E C R E T O -L E I N D E 16 D E J U L H O D E 1942 Dispõe sôbre a aprendizagem dos. industriários, estabelece deveres dos empregador ès e dos aprendizes relativamente a essa aprendizagem e dá outras providências A r t. 1. O s estabelecimentos industriais de qualquer natureza são obrigados a em pregar, e matricular nos cursos m antidos pelo Serviço N a cio n a l de A p ren d iza gem dos Industriários ( S E N A I ): a ) u m núm ero de aprendizes equivalentes a cinco p or cento n o fninim o dos operários existentes em cada estabelecimento, e cujos ofícios dem andem fo r mação profission al; b ) e ainda um número de trabalhadores menores que será fix a d o pelo Conselho N a cio n a l do S E N A I, e que não excederá a três por cento d o total de em pregados de tôdas as categorias em serviço em cada estabelecimento. P a rá g ra fo único. As frações de unidades, no cálculo da porcentagem de que trata o p rim eiro item do presente a rtigo, darão lugar à admissão de um aprendiz. A r t. 2. T erã o preferência, em igualdade de condições, para admissão aos lugares d e aprendizes de um estabelecim ento industrial, em prim eiro lugar, os filh os, inclu sive os órfãos, e ém segundo lugar, os irmãos dos seus em pregados. A r t. 3. Os candidatos à admissão com o aprendizes além de terem a idade m in im a de quatorze anos, deverão satisfazer as seguintes condições: a ) ter concl.uido o curso p rim á rio ou possuir os conhecimentos mínimos essenciais à preparação profissional; b ) ter aptidão física e mental, verificada por processo de seleção profissional, para a atividade *que pretendem exercer; c ) não sofrer de moléstia contagiosa e ser vacinado contra a varíola. P a rá g ra fo único. A os candidatos rejeitados pela seleção profissional deverá ser dada, tanto quanto possível, orientação profissional para ingresso em ativid ad e m ais adequada às qualidades e aptidões que tiverem demonstrado. A r t. 4. A s atividades que deverão ser realizadas para a conveniente form ação profission al dos aprendizes serão as seçuintes: a ) estudo das disciplinas essenciais à preparação geral do trabalhador e bem assim as práticas educativas que puderem ser ministradas; c ) prática das operações d o referid o o fício. b ) estudo das disciplinas técaicas relativas ao o fíc io escolhido; A r t. 5. Para a realização do disposro no artigo anterior, serão instituídas escolas d e aprendizagem, com ó unidades autônomas, nos próprios estabelecimentos industriais ou na proxim idade dêles, ou organizados 'cursos d e aprendizag e m em outros estabelecimentos de ensino industrial 1. Poderá uma escola, ou curso de aprendizagem, destinar-se aos aorendizes d e um só estabelecimento industrial, uma vez que o número dos que aí necessitem de form ação profissional constitua o suficiente contingente escolar. 2. N o caso contrário, uma escola, ou curso de aprendizagem, convenientem ente localizado, destinar-se-á aos aprendizes de dois ou mais estabelecim entos industriais. A r t. 6. O horário de trabalho e o dos cursos de aprendizagem, e a form a de admissão dos aprendizes nos estabelecimentos industriais serão determ inados, para cada ramo da indústria, p o r acordo entre o S E N A I e os sindicatos patronais.

294 . i - ;. l SE G Ç Â O, 326 L E G IS L. FE D E R A L A r t. -7. Gs cursos destinados à form ação profissional dos aprendizes funcionarão dentro do horário norm al de seu trabalho. A r t. 8. Os aprendizes são obrigados à frequência do curso de aprendiza* g e m em que estejam matriculados. 1. O aprendiz que faltar aos trabalhos escolares d o curso de apresend iza gem,èm que estiver m atriculado, sem justificação aceitável, perderá o salá rio dos dias em que se der a falta A falta reiterada no cu m prim ento do dever de que trata este artigo ou a falta de razoável aproveitam ento, será considerada justa causa para dispensa d o aprendiz. A r t. 9. A o aprendiz, que concluir um curso de aprendizagem, dar-se-á a correspondente carta de ofício. A r t : 10. O em pregador da indústria que deixar de cu m prir as obrigações estipuladas no art. 1. dêste decreto-lei ficará sujeito à m ulta de cinco m il réis p o r dia e p or aprendiz ou trabalhador m enor não.adm itido e matriculado. A r t. 11. É dever dos em pregadores da indústria fa cilita r a fiscalização, pelos õrgãos do S E N A I, do cum prim ento das disposições legais, regulamentares e regim entais e bem assim das instruções e decisões relativas a aprendizagem. A r t. 12. O recolhim ento das contribuições devidas ao S E N A I será feito, até o ú ltim o dia do mês subsequente ao vencido, p elo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, executando-se, no que fô r aplicável, o disposto nos ares. 2., 3. e 9. do decreto-lei n. 65, de 14 de dezem bro de ( * ) 1. A aplicação da multa prevista no art. 3. do decreto-lei n. 65, citado nêste a rtigo, obedecerá ao critério fixado na alínea IV, do arr. 172, do regulam en to aprovado pelo decreto n , de 27 de agôsto de 1937 ( * ). 2. A falta reiterada no cum prim ento d o deve. de que,trata este artigo será apurada pelo Instituto de A posentadoria e Pensões dos Industriários, que p rom overá a execução do com petente auto, em duas vias, assinadas, se possív e l, p e lo infrator, sendo-lhe uma delas entregues ou rem etidas dentro de quaren ta e o ito horas. O auto será, em seguida, encam inhado, p elo Instituto de A posen tad oria e Pensões dos Industriários, ào òrgão com petente do S E N A I, para ju lgam ento. A r t. 13. Os empregadores que deixarem de cu m prir as disposições legais e regulam entares qúe rejam a aprendizagem, bem com o o determ inado pelo regim en to d o S E N A I, excluidos os casos previstos pelos arts..10 e 12 dêste decreto-lei, estão sujeitos à multa de duzentos m il réis a vin te contos de réis. A r t. 14. A importância das multas deve ser recolhida p o r interm édio do In stitu to de Aposentadoria e Pensões dos Industriários, juntamente com a contribu ição devida pelo estabelecimento industrial, no mês seguinte ao da sua im posição. A r t. 15. O presente decreto-lei entrará em v ig o r na data de sua publicação, fican do revogadas as disposições em contrário.. (» ) V. respectivamente LEX, la. Sece3o, 1937, p. p. Sfi2 e 215. / D E C R E TO -LE I N D E 17 D E J U L H O D E 1942 A ltera, sem aumento de despesa, o atual orçam ento do M in istério da Viação e Obras Públicas.

295 & a cu > H 'r>'vi W «HM - e 0 :8 4J ï» Z. > 5.*:.>; v.rc*? *.» FtiSiK*. 'í:;t*: 'Vv.-V": V\ s i 2 V) C 4) o 4* tn JJ -o tü J* o o cs O 'IS -O _ ^ < N.N < C **s r*i 1 g g ««g u 5 5 "o -ü 2. --» u< 2 S «Ö-CO -oo -< < e CS -ÏÏ.im,.n C ^ Hf... o -oc -s.2 o.«u -jj _ «o -5 Z ci g a - 1 :. «' g s.«y E a-s. Í i / o J < Cr* f l r w p E Li A ^ U *41 o S.8-0 s o > U E._ w a ««o *Ä w t?? e.s g \ < : s < E HÍ C : T3 «ïï «SO,. - ü E: u 'E e,s 2 «~ S *'- S * '.g g 8 ' * '%'$ * 3 S*!. 3.S -fl 4 8 «.s no» «Ä l l - s - a S* S--3 «v» w c;. ^ ^ *a - M (J d»ti W - C o 45 >1 P «.2-1,S s ã o S-i-o a g e «'s 8 O '* ) 3 5 u? ^ a n I -S-5 " l - S ' l. L_< 41 - if} V?,»«** v.r. y, > SZ ( O j zi ô» * w a i Ô S ï..s..* Ó SL = «S «y S'*3 ^.y «- S3 y ^ >o < S. ü i<i. C O U g «u.rm *3 < 4* 5 ** - 4,-0 ^ i 4* S - 3 > i " 0. # Ä «ï cr c u * 'kff (Q fo 2-y M 2. o 0 w S 2-0» ^ G. Q ro b ti ^ 1 ^ 8 * < ci I ~ 'g «" 5 à j,:v. > :v-'.: '-v ^ ^ >r S ^3 C ^ s 3 * -S -I *3 s 0 O c o ir ^.-o s s 6-- 'T» 2 ~» o. o 2 y -S Ë ««-a 5 h 'U * 8L. W.4» «g* «o- ' «S ^ S g - 8 c a, - o «ja C o S! c c -5 c <8 H «o H. S «O 3 tt> Ö* S -U. ^ * s g s 1 ë S J o ; fi ^ s 2 < T : u ' ^ 4> S W» I! 3 C C 00 -r» ro ï c ïï c o es < C C v> ï V c CO- ft... s: «, \u -, *? &" w 5 o 0 - : S Í.-* o -8 CQ * O *5; r 5? M *** %j «-»»H %» W- ^ W. > / s "XJ * *5 n g ^.Sî4 Cn S «.-s * SO W â V o SJ v>,2> Q ^ -'? o ' «> > _-;6n.io,'a, ' : S ~ 'r>\ '- - «g '«: ' Í Í <7-» lîi A (N, -.S 0\, «S3 4) '. es w «J «z ~ u ^ g -ra S g - ' = Ö Wî qj ê 3 4) VI ' r f - ' g o S C TI - Cd G a».. 4» > ««3 P «> 3 O -! «C TJ t r c u <U ai X C V «.S vs S -0 X * w *rr O (D «o I *«5 fs 5»> tr > u * ^ ^ ^ W, t «o ï VJ- 'T S t! 2: y.. V*. 2 W R S -1 «2 è ï -«S M O Ö j, - UJ ^ H û a * 2 0 '3 «3 6 cr V*-«O 3 08 t-4 O u ec rs',00^ 04 '-,' o 0 *C4 fcs 0 j 03 > CU ai t* < 14 2 O Vb* u E V Os Il ;

296 V» E A A O a P w. C û - 2 E fl o <4 C. - t u Â. 8 «1 / S Q 1 * o O a V *2 O -O S C i o p3 o S S. 8. S O ^ ûî * P o «- 287; ' > o ï l 8 g 3 I o l a a I f î I -S 2 c* 2 _ «o.y. S O O f t S. E h «, 8 S - o - À *n O * 8 - r a * - a 'll f - a..2 a. c» S 8 < I Í **8 *S L '* ^, ^ <o «o ; ï c 0 g o ca a «1* Ü IW -. f 8r -f ' ; O a ÿ <0!< -a S y ) W CJ w «J «Ö c i 5 c - X I *-* E -* <* O ««ï>! ".»'S'0 > o* 2 «o! 4>4) T3 Ë i!* g - o -S L <0. : ' 5, u 8 o ' c ^ g D SS s as. T3 «# <ü -G S.-Ö 5-8 ^ O. 6 s g «. - c E S 2 c v> «o ii *-«u< 3 e J*«C o g, vr ~ o ^ ~ g. TD'O «C\ S cr * iïo. -.iv c 3 «* o o S V? 55 E ^ 5 g* ««. o! S 2 'o o :s '&S3-ß-2 r s M r, ^ O S w cl _û c ^ >ri? S S-a ïï., v..2 fi (N 'i ^ C. ft.'v 'c Ji «Ü ms Z Wî ^ Cl e _ s i > dj c *-» oáífl«% y 'S G 9 o ^ _ VI *> G H c '2 2 S ^*8.«,ÿ Ö «JJ Si j % ò.y-õ M -«2 «JC J <u * y> w 3 V) a ^ o d g ï I.2 rî g r S g g s... a s «s y S u.2. 'J o S.ü a, > r. 3 ' o P n je - w s à 01 S. g.5 O <u< Í u S S " «o.ss«1o. -O q 3-2» g.s'0. M 3 ^-S^-y"00 u Ü o M '8.-g \ ^ «u w y u ^ G^ g C J3 c ' S Û4JS s-a c B S X «'<-> «.!2 "^ '. y - g - g, O»Q c o. m I t ^ O n î «9 ^ «W «0 -o a & ë ô o o c es ^ ï«í h 5S ö 8. ^ tû o fs o *o ^ es 4 w S w O C. W O V hj NO 05 Ó ù «f e e - 6 a 1: W o 'O s a - (4 W» ft. ^ i «;v - -'.' ' î»:--.;«' g *i C\ Js fc.â ;\î:;î'vv '.^- *«'%' - *'à'-5* -s *5;.- fa. C3 : o s o ; -3. T3 S -.S, 1 -.«* s V» O/ e' ^, C " d 6 K - 0 «3 5 ï? I^ g.^8- E. t í > g S.ií" u c ea-a H "tî,2 ^ g 8 s 5Í-2 E rt o g y ctj I «.'il s s. -a t S?'K.g c. g K.O ^ e*"- ü 05.S rt S'GS.5^1. o 'Ü2 S _r o vi V» c S s, í * ^ «O S " ô - 2 G 5 5 u e U o s 5 ï* s V.5 S c w.h tr1^ <u u 's 5 2 y,go a -. s -». 04s Æti -S *-a O S «îj.-< o a u S -S g o s -o ««2 O,2 Jû ^ 0 S I&.i ^ a & c 3 vr S '>. *o o 2.8 o. «a S e l Q9 d «* o <N 3 S' ^ S -m «!2 fc/i ô í í I 1; t"' M.2 V Ä H S k î u w O a n o.y wc o.g y s l a SI û o ï 2 ü ' «2 _. c ja i < " S.?.5 P * S G O V v Ï Î y) ï -S': «r ^ C í^ ' ^».ÎiV y -. C Õ S S 2. f: V 5 s.: E S^ a ^ 2 3 cr-a 5 «^ - o.-. fi S, o o eu ut O c c g 2 M o C 3 S cfl L< ex, 14 u»? o 8 «C J3 J O 'ta 5 3 cr». S S -?S :K

297 288. ^ V ^ E ^ J E T O - L E I N D E 21 DE N O V E M B R O DE I942jj^ D js p õ e s5breã~~ãgnndizjzgem~.g<ií_^estabe le ci mentos in d ustriais dã^xuilkn. dos Estados, d o D is trito Federai e dos M u n icíp io s A xí. 1. Cada estabelecim ento industrial da U nião, dos Estados, do D istrito Federal e dos M unicípios, qu e disponha de organização perm anente, com mais <le cem em pregados, deverá a partir de 19-43, manter, por conta de seu próp rio orçam ento, uma escola ou um sistema de escola de aprendizagem, destinadas à form ação profissional de seus aprendizes e ao ensino de continuação e de aperfeiçoa m en to e especialização de seus demais trabalhadores. A rt. 2. A s escolas de aprendizagem, de que trata o a rtigo anterior, observarão, no que lhes fô r aplicável, as disposições da lei orgânica d o ensino indus. tria l c bem assim dos decretos-leis n , de 22 de janeiro de 1942, ( S:) e n. 4.4 S l, de 16 de ju lho de ( * ) A rt. 3. A escola de aprendizagem ou o sistema de escolas de aprendizag e m d e enda. estabelecim ento industrial oficial terá a sua organização pedagógica d efin id a em regu lam ento especial, que será expedido m ediante decreto do Presiden te da R epública. O projeto dêsse regulam ento será subm etido à aprovação presidencial, p or interm édio, do M in istro da Educação. A rt. 4. E p erm itid o que cs estabelecimentos industriais oficiais, para o e fe ito da adm inistração de seu ensino, se articulem com o sistema das escolas de apren dizagem incluídas no Serviço N a cion al de A p ren d izagem Industrial. A rt. 5. Este decreto-lei entrará em v ig o r na data de sua publicação, fi-' cando revogadas as disposições em contrário.

298 ca.. u o tiflc O * g «í f l < O g < " 0 TH d CO SÎ + ^, u 5 _ Ö O.0 t/i * 3 - '«CT'O cr'o.. '^ 8 < <!;'.:;í'í,v_ '-»gg&msidte... ' ;---: 07 '** O H «Q Ö cc CQ W NJ W Q.W *Q OO «* cv] c: W «I «.Q r-4 S '3? o 4 3» o H «W O 4> U Ä. d o 4) a 4> 3 O* O tctf O *3 -Q -3' -«; M U Ä (4 3* O U O g 35 z a o Q do o ja n3 *<3 : <u o : a -g,s g, «2 Q I I «3 O > > -S3.3 2»H *- O I* H H g i? V) - «5/Ï o, o> ea.3 o : Oi u VI t/í a. tí «O - <ü'; o O : 4) C >03 O) o TJ. <tf ^ (A 1»O. O "Ö H «03 o s as =1 ^ ;/- «u * ' «g C8 U ' «a o ; '3 O ÖC g «L.»0J «Cl 9 o, '' u vi _ '. : - «í T3 2. <U fll 5 I-» c 0> o Va 3 O *3» 5 : T3 v.v >J <a so TZ - Gô «J 1 V CS. u o. * ; í O vi «* 3 '. 2 * Aí o 4> ut " '3.<!> l*' * b et 5 O aí 3 O es *C5 C3 O. M. 5- T3 'u 55' O ' 4> a a a a #«o.. «o :»? j"x ta c v <A 4} ««4-4> X X!» 3 ;. 3 e# ; O u f-t <A «;..-} * D O «? * ^ o 1» ' : c. IQ,2 3- H.. *tí. V. ct WÎ.' H CL, vi. r4' * «S tfï T3 a> <u S* *4 Q ' o Ü.v V5»o O J-i ' E- < ' O i :. Q ; 9 o o </» ö a> ^ C8 * a-». Û» 3 O *- s s *».2. o '- õ -a <u ' o «2.5.o -5 «ä g. u «s O Ua 3 «2 0 *4 o ««S ' «ca «3 -u I'. a.: ' a s? «a ü l 3 o *<U a S -o.í> n. * * «a, ã a. o «o. t- O.2 o u «. > 7* C«ft 3 *- 8 â te. «g o Z*5 ^ V 9. <u ;. «O a <N « cg ' *! T3 g. *.0 'r o o -4 ca o O e* q...*o Si 3 O 2 O 3 o» *3 d o Û- V *» Ö.* o «o o 9 w "vv.» '.»ív-i *. * * /.-!í* -, o *< ü* U - W..C0 c «1 9 «u t* Q,»O. O. \ r -. «<í 7.* ' -,\.'V:'Î.-',. *> O u a P - 5/o 3 Ví *o *t3 S O O o «-2 o aj *t3 C9O O,*o &4 O 00 4> -Ö O - 3 eo <ü. V» «í a r3 O iaj. u 50.. (/> *0 g O* a o ß. ; <. O J «1... KS! c a» ^ I i 4» o 2 ; o «.SJ </. V< a I. -g u ; ^ O 5 p 2 ^ M O o > <3 ü TJ *0,*Ç. J2 t* «e a «3,2 ë O O O yc 4. (4 «1. U s u u t,.v- -"-if <! M J t, C. /.< A.*: ' - \

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302 ï * o v *' o. k. 'ö Q. * 3. Ö*.. V 4> 'ts 4> 2 5. M A * é M O 'ös u ZZ q S-S-9 ^ ü.n a ß c3 o n o. S 2 «~ "S " 4»:V I.. * 2 fl *2 cs 1*. * v» */i v V. 2 a o fl I^ *0.. o 4* û, 4J r* ut a.. <u ä> M O u,2 «4) O Ot 1 : O «O ; «j c -9 S - "O E «. O a..3 «a S u o *3 G»1 - ^ T I CJ 2 O 9 O Ä s -o J- a O a " K O 8 «3 i- S. * V) V o O «9 M «-3 o. o XJ g 2 B * «-*»< «o c a lí,, u B o v «, ^ *3 o1 2 '5,0J ~ S.«?.2 - y ü.u o o w «'S Jj i 0 fl O» o «M y, * P. t J f l. :2 - «: «4>..ö ^ 1 's-'0 o W..v r, «i. o -. 2 : a 5» a, Ä.. g... - O n ß, -o t/i 2 - o >««o 293*!' : Ä ;» V ï 3 n «.2 is~.-rf S S. «.'"C-.o.2 ä o H "2 ß 5.f;«o o "_ -a o o 'ii o 73 H -u «o rj «E g S - -C.* ' -' «U- '3 U - *. " o.»- 3 «S u a o «j.s. m.'«) r g -. _, '«rt. «Í o. S i-....-*3 «-K. v- «ti s/5.** 4) m :*ä fl R'*«Q a - o ö... - u o «~ * w UÍ «.2 ' %*ci t*, _. ~ a> o «\*0 a U ', ei 41 V fl 4>- ^. ;e Ss- S s- O,. - O. T 3 O 4) 4) 5*.-o *. vo : «.*o.*3 o, v*. ä o> o^s >' 0/2 ü:=;< & tr -»ï '. X %j t?. '. ß. «. o o-.is-v S r. «, *> a T»'S o o -a "S 5 fe-o.î'^î 5i Ul a- : : it.-: _!.S 5,o.. "o o 'S. "5 Q - o -' ' ; ". -«'>2' a - '. o 2 o>-b S-;W a W «3'S5 2*.: w^:g.-g'-2 o' ß f : r'h«i* s iiä*-. " Qi 4) ^. : v *Ö; I r-s S ii 'a " S fl *Ö w - o, 'S cs *5 «,.:;u -.s - a d -» S-S* ;o O c3 'S. ö 3 - «3 ;2 Vs-.&;8Í 14> W.* ;o.«rt ' *C > S fl- «s «o-2.fi :«'S -3 0 XI io f l cö eö ^ ; r t «> 9 '' & f l 4> ' O 0$ fc-. C3<,K 0 > * * r >' -, U i î (U.2 '«2.s Æ s s s e «--o.jj- W ^ a U «a g *) 3.r*. 2 -c '<ö*«,r:s 2.5-2,* T u «ï! o d S *ts à h V'; a «J Ä &,. i. Cd' Ö Õ 4 ) l' > « «3 «S ^, t V *» V ;? * i.'j». " tv*. /r *!. : ' ï's.y \ \Y J r * *. ' N = ; : ^ V ' M Q i f1. B ;.V. v Ô i O - CÖ o es -, * 2y1t-.'Ji/-/* -<. S s " b ^"O'S.2 P.S 0 "-0 T),T3 & & Z -S S K;- ^ ' 0,-S^ï Sä co?' oo r :a's^l?,ç o o '. 'j, o-o.-.«s «* * o - CI. '2 r : «'! «O v s -va P* et -. *»3 ;-.*vn i '4 u1y λ j-t «.. -..«\. '«, s^«k. V* :.î.. i: w c».. ; î '-3 a «v' V-tv-ï S-..;: -"*';y'.;***.? < : 4) «a.»,. :..-,*/»- W Xj:3 'T ^ i V k** * * \ *';Wî' -*V\ t- ; * 'Yv. A..- o 0 >*o \-a. «S S'S! r'i S 1 l v ^ *3 I -. l (VÏÜ %? «o,c-^ 5 O «s. ;.. «ï s S» ^ Ä a W O r.

303 I M I s> * v «td o ) * S 4ex *0 «4 go «5 Ü I l f 3S s t> o s -! g s 2 o,a u < 5 c V 2 «S c ;.*h-' ir o s o 2 2 «<s "m»es - *4> P«*o O 08 t*> U O 1 <*.. N ívi ví:':.- 1Í S.2 S '/ ' '" ii ** S -2 8 **. J» S TA;". 2* %» < O Q «y :' '<;)r. M «f t A g S^ G ',«eo.!; «S :.' - W2 «a ;; -. 5 *? '. u4) 0.5,; -. Jl v '- i.,q, 5 :, -_y o a ^ g -o. Ou 4> 8,' c"z V «o. «. s "5». 5 3 a s " «3 o VUs&x:.s aa /s, --ti.'' -»-' vv: \>;nv^çi? «i. o Ss si õs v*w. es -,*5s };v»' îes,«w* V.;Vi '- * 2Í 294 u H ^ «. H O M 0» s 3 s a «* 0«sa 0.' ;v3 o\ Sö ft2 S if S?8.y* «Pi a P «t. a*«aoflg,«8 S a ' «5 t ï g O. ««2.. s ^ *o. o o U 3es w* eos.: W 4) u 0 w. «."* -». o S* «S S 3 o es S *o %) * 8. ; KS ^ :o3 a s tt> 4) P. 0 f-.k'. - «S H O a O01 S' O. o «.. «a v 3 ' '. ' A * *. -i 0 : f l, w 0) 0 o> o «a -8 1 m ct* /v* * *f.v': d" 3 p. ica *i t/ *i»c_s «) 4) M 8 a w- H ' - VI 4).5.. O O.2 V* 3 ' &3 S-& s P a õ wli es ft> a ^. & 'x Ö-.2 4) c*** ö ps> «ïïso^. U *-* t-*. 1 3 : «o. a U ; V 5*- 14, >' *»<, u «j *3 O ^ V.14> < 0 O y O->olÿ «9 L. i «>* W J.ï SO «M..2 O "O * * «a a à- 5 t < *ct R * *5. '* U o «3, H 0 o o ^ a HV4 ^ S ^( «M * '*3 M u es ; Ä. Sill H 19 V «SNÍ S. SW 0> as as. ' S w S * 5 o s 4>. 4 8 : U j *3 S u. o «o ^ L* ;> o. O S U í ' «5 0 M '. 2» «a G U) t flõ g s- 'Ä 1.W O r t «W.cS» m cl i ; e S j t 4> / ; '. r / *» p :SOJ w -fl aa s a») fl ca» S o w> ST X S. a *. A 8»a 4> S 'S ' ++ ;VB -i y Q -«t/l.3 S.0 a a O ü es!4> *v»f 8-3;'; a Vv ++ S! ',s *5 * a * s u â ".2 Ê V'jN 1 *a 3 S a.-.v O j 4 0 y% :^ *-î*: O 7 ; u. 5 o 5.ü. 3.g -5,*:i, «. s. Ï '»». ' o!,1 V a! '. > ;.-V H ' o "a o ä o " «t- a.oo>o P C ^»0 «P o o - J. o S <.»A. 0 > - -q 2 a, -g ^ o j. «# «a,p *'o. h «M «g. S u o» «- ah -.âw * g t «* :..S m : «4 w -.ï á oa > «S3. «0 O» '! i "» 5O O*»-; om 5 Q - ws M IA a *. wa ' J5. o '.i.t.ii.vc.:-1,' a 3 0 S oo 4) a a O cs o 4 o.« ^ Jj <3 <3 4» ä O O o ol «2 o Q. e«;a E am..:- Os O» * o 2 '.< ; «c "* ' o 4> 8a" *8 /- p* o33 «, 8»CS '.* V. fi ü 4) «: o - /7*> E ; OM ai.o > S - B.'O. JD4 ) 4> B SP. 0o? T3 ï CS 'MÄ3 ï{. h( <4u Xci. r - -f p* S & S ' s ^ -Kr/;*?. O *C - i' 1 O Cu oos «-5 3 O «d t3 ' «&,B W.- 2 s M.. o ~ o J5 c 4> s 5 «s y y., X.3 1* 1** TZ o *.. IooCB O %» ta 3» S 3u gv «tj o i, - -», v-vj. - >... > ;i» :>};.«,:,r.- ^ >.innm U T O a r»-; V*.

304 295 ção das disciplinas è-disposições è'spe ciaisvsôbre os programas de ensino /para êssas disciplinas e-jpara.as práticas educatiyas.,v> A rt. 60 Serão ainda expedidos pelo Presidente da República os demais ~ regulamentos necessários à execução, da-presente leu, Para o mesmo efeito ' dessa execução e para execução dos regulamentos que sôbre a m atéria b a i- ',xar o Presidente da República,, éxpedirá o Minist.ro da Educaçãp as necessárias instruções. : i v õ -.?: '-C ri* i->.v w.-\ví "r-v y Art Esta lei entrará em vig o r na data de sua publicação. *. ^. Art f? ' F im m rilvffq*ft <; as disnosicõcs em contrário.

305 296 1» SECÇÃO 10 LBG1SL. FEDERAL Observações: A armazenagem das mércadoriaa em trânsito ou pertencentes a navios arribados, a que se aplicam as taxas 5 e 6 desta tabela, é devida pelo armador que requisitar a descarga para ulterior reembarque ou destino. < ) V. LEX. 1938, 1«. Srcçào. p. Sã. DECRETO-LEI N DE 28 DE DEZEMBRO DE 1945 Dispõe sôbre a reorganização da Inspetoria Geral de Iluminação (I. G. L), que passa a denominar-se Departamento Nacional de Iluminação e Gás (D.NXG.), e dá outras providências. DECRETO-LEI N DE 28 DE DEZEMBRO DE 1945 Dispõe sôbre a reorganização da Inspetoria Federal de Obras Contra as Sêcas (I.F.O.C.S.), que passa a denominar-se Departamento Nacional de Obras Contra as Sêcas (D.N.O.C.S.). DECRETO-LEI N DE 28 DE DEZEMBRO DE 1945 Suprime o Quadro Suplementar do D.A.S.P., e dá outras providências. DECRETO-LEI N DE 31 DE DEZEMBRO DE 1945 Extingue a Comissão Executiva da Pesca, criada pelo Decreto-lei número 5.030, de 4 de dezembro de 1942 (*), e dá outras»providências. (* ) V. LEX. 1942, la. Secção, p. ÃÕ8. DECRETO-LEI N DE 31 DE DEZEMBRO DE 1945 Cria, no Ministério da Agricultura, o Serviço Ambulante de Vendas de Produtos Hortícolas ou de Granjas e dá outras providências. DECRETO-LEI N DE 2 DE JANEIRO DE 1946 Lei Orgânica do Ensino Primário O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da. Constituição, decreta o seguinte: L E I OROANICA DO ENSIN O PRIM ÁRIO TITULO I Das bases de organização do ensino primário CAPITULO I Das finalidades do ensino primário Art. 1» O ensino primário tem as seguintes finalidades: a) proporcionar a Iniciação cultural que a todos conduza ao conhecimento da vida nacional, e ao exercício daa virtudes morais é cívicas que a

306 297 i* SECÇA.O 11 LEGISL. FEDERAL mantenham e a engrandeçam, dentro de elevado espirito de fraternidade humana; b) oferecer de modo especial, &s crianças de sete a doze anos, as condiçoes de equilibrada formação é desenvolvimento da personalidade; c) elevar o nível dos conhecimentos úteis & vida na família, à defesa da saúde e ft.inlciaç&o no trabalho. CAPITULO II Das catcyorias do ensino primário e de seus cursos Art. 2* O ensino primário abrangerá duas categorias do ensino: a) o ensino primário fundamental, destinado às crianças de sete à. doze anos; b) o ensino primário supletivo, destinado aos adolescentes e adultos. Art. 3 O ensino primário fundamental será ministrado em dois cursos sucessivos: o elementar e o complementar. Art. 4* O ensino primário supletivo terá um só curso, o supletivo. CAPITULO UI Da ligação do ensino primário com a-s mitras m-oãalidades do etisino Art. 5* O ensino primário manterá da seguinte forma articulação com as outras, modalidades do ensino: 1. O-curso primário elementar com. os cursos de artezanato e com os de aprendizagem industrial e agrícola. 2. O curso primário complementar com os cursos ginasial, industrial, agrícola e de formação de regentes de ensino elementar. 3. O curso supletivo com os cursos de aprendizagem agrícola e industriai e com os de artezanato, em geral. Art. 6» Os cursos de jardim da infância se articularão com o curso primário elementar. TITULO II Da estrutura do ensino primário CAPITULO I Do curso primário elémentar A r t 7* O curso primário elementar, com quatro anos de estudos, compreenderá: I. Leitura e linguagem oral e escrita. U, Iniciação matemática. III. Geografia e história do Brasil. IV Conhecimentos gerais aplicados à vida social, à educação para a saúde e ao trabalho.

307 1» SEGÇAO 12 LEGISL. FEDERAL V. Desenho e trabalhos manuais.. VL Canto orfeônico. VH. Educação fisica. CAPITULO II Do curso primário complementar Art. 8 O curso primário complementar, de um ano, terá os seguintes grupos de disciplinas e atividades educativas: L Leitura e linguagem oral e escrita. H. Aritmética e geometria. IH. Geografia e história do Brasil, e noções de geografia geral e his* lória da América. IV. Cências naturais e higiene. V. Conhecimentos das atividades econômicas da região. VL Desenho. VH. Trabalhos manuais e práticas educativas rererentes às atividades econômicas da região. V TTT. Canto orfeônico. ' IX. Educação física. Parágrafo único. Os alunos do sexo feminino, aprenderão, ainda noções de economia doméstica e de puericultura. CAPITULO m Do curso primário supletivo Art. 9* O curso supletivo para adolescentes e adultos, terá dois anos de estudos, com as seguintes disciplinas: L Leitura e linguagem oral e escrita. IL Aritmética e geometria, m. Geografia e história do Brasil. IV. Ciências naturais e higiene. V. Noções de direito usual (legislação do trabalho, obrigações da vida civil e militar)..vl Desenho. Parágrafo únioo. Os alunos do sexo feminino aprenderão, ainda, economia doméstica e puericultura. CAPITULO IV. Da orientação geral do ensino primário fundamental Art. 10. O ensino primário fundamental deverá atender aos seguintes princípios: a) desenvolver-se de modo sistemático e graduado, segundo os interêsses da Infância; b) ter como fundamento didático as atividades dos próprios discípulos;

308 1«'SECÇÃO * _ 13 Le g isl. f e d e r a l c) apoiar-se nas realidades do ambiente em que se exerça, para que Sirva 6. sua melhor compreensão e mais proveitosa utilização; d) desenvolver o espirito de cooperação e.o sentimento da solidariedade social; e) revelar as tendências e aptidões dos alunos, cooperando para o seu melhor aproveitamento no sentido do bem estar individual e coletivo; f) Inspirar-se, em todos os momentos, no sentimento da unidade na-, clonal e da fraternidade humana. CAPITULO V D a ' orientação geral do ensino primário supletivo Art. 11. O ensino primário supletivo atenderá os mesmos princípios Indicados- no artigo anterior, em tudo quanto se lhe possa aplicar, no sentido do melhor ajustamento social de adolescentes e adultos. CAPITULO VI Dos programas do ensino primário Art. 12. O ensino primário obedecerá a programas mínimos e a diretrizes essenciais, fundamentados em estudos de caráter objetivo, que realizem os órgãos técnicos dp Ministério da Educação e Saúde, com a cooperação dos Estados. Párágrafo únicò. A adoção de programàs mínimos não prejudicará a de programas de adaptação regional desde que respeitados os princípios gerais do presente decreto-lei. Art. 13. í: licito aos estabelecimentos de ensino primário ministrarem o ensino religioso. Não poderá, porém, êsse ensino constituir objeto de obrigação de mestres ou professores, nem de freqüência obrigatória dos alunos. t i t u l o n r Da vida escolar CAPITULO I Do ano escolar Art. 14. O ano escolar será de dez nieses, dividido em dois períodos Jetivos, entre os quais se intercalarão vinte dias de férias. De um para outro ano escolar haverá dois meses de férias. Art. 15. A duração dos períodos letivos e dos de férias, será fixado segundo as conveniências regionais, indicadas pelo clima, e, zonas rurais, atendidos, quanto possivel, os períodos de fainas agrícolas.

309 'o 300 1» SECÇÃO H - LEGISL. FEDERAL CAPÍTULO n Da admissão aos cursos Art. 16. Serâo admitidas à matrícula na primeira série do curso elementar as crianças analfabetas de sete anos de idade. Poderào ser admitidas também as que completarem sete anos até 1 de junho do ano da matricula, desde que apresentem a necessária maturidade para os estudos. Serão matriculadas, nas demais séries do mesmo curso, as crianças que tiverem obtido aprovação na série anterior e ainda aquelas que, mediante verificação de estudos já feitos, possam ser classificadas em tais séries. Art. 17. Serão admitidas & matricula na primeira série do curso complementar as crianças que tiverem obtido aprovação no curso elementar. Art. 18. Serão admitidos à matricula nos. cursos supletivos os maiores de treze anos, que necessitem de seu ensino. Art. 19. E admitida a transferência das matriculas de um para outro estabelecimento de ensino primário. CAPITULO ni Da avaliação dos resultados do ensino Art. 20. O aproveitamento dos alunos verificado por meio de exercícios e exames será avaliado em notasf que se graduarão de zero a cem. Parágrafo único. E recomendada a adoção de critérios ou processos que assegurem a objetividade ná verificação, do rendimento escolar. Art. 21. Aos alunos que concluírèm qualquer dos cursos de ensino primário será expedido o correspondente certificado. TITULO IV Da administração e organização do ensino primário CAPITULO I Do Isnsino oficial e do ensino livre Art. 22. O ensino primário será ministrado pelos poderes públicos e é livre à iniciativa particular. r Art. 23. As pessoas naturais e pessoas jurídicas de direito privado que mantenham estabelecimentos de ensino primário, serão consideradas, no desempenho de função de caráter público cabem-lhes em matéria edúcatlva os deveres e responsabilidades inerentes ao serviço público.

310 1«SÉCÇAO 15 LEGISL..FEDERAL CAPITULO n t '. Dos sistemas de ensino primário. Art. 24. Os.estabelecimentos de ensino primário, públicos e particulares formarão, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal, um só Fistema escolar; com a devida unidade de -organização e direção. Art. 25. Providenciarão os Estados, os Territórios e o Distrito Federal no sentido da mais perfeita organização do respectivo sistema de ensino primário, atendidos 03 seguintes pontos: a) Planejamento dos serviços de ensino, em cada ano, de tal modo qye a rêde escolar primária satisfaça às necessidades de todos os núcleos da população; b) organização, para cumprimento progressivo, de um plano de construções e aparelhamento escolar; c) preparo do professorado e do pessoal da administração, segundo as necessidades do número das unidades escolares e de sua distribuição geográfica; d) Organização da carreira do professorado, em que se estabeleçam níveis progressivos de condigna remuneração; e) organização de órgãos técnicos centrais, para a direção, orientação e fiscalização das atividades do ensino; f) organização dos serviços de assistência aos escolares. g) execução das normas de obrigatoriedade da matrícula e da frequência escolar; h) organização» das instituições complementares da escola; i) coordenação das atividades dos órgãos referidos no item c com os órgãos próprios do Ministério da Educação e Saúde, para mais perfeita articulação dos sistemas regioi)aisi e crescente aperfeiçoamento técnico pedagógico.. Art. 26. O sistema de ensino primário, em cada Estado e no Distrito Federal, terá legislação própria, em que se atendam aos princípios do presente decreto-lei. Parágrafo único Os sistemas dos Territórios terão regulamento expedido pelo Ministro da Educação e Saúde. CAPITULO EU Dos tipos de estabelecimentos de ensino primário Art. 27/ Os estabelecimentos de ensino primário serão carcterizados por designações especiais, segundo ministrem um ou mais cursos, e sejam mantidos pelos poderes públicos ou por particulares. Art. 28. Serão assim designados os estabelecimentos de ensino primário mantido pelos poderes públicos: I. Escola isolada (E. I. ), quando possua uma só turma de alunos, entregue a um sô docente.

311 lo ; 302 1» SECÇÃO. 16 LEGISL. FEDERAL Tf Escolas reunidas (E. R. ), quando houver dc duas a quatro turmas de alunos, e número correspondente de professôres. t t t Grupo escolar (G.E.), quando possua cinco ou mala turmas d e alunos, e número Igual ou superior d e.docentes. IV. Escola supletiva (E.S.),-quando ministre'ensino supletivo, qualquer que seja o número de turmas de alunos e de professôres. Art. 29. As escolas Isoladas e escolas reunidas ministrarão sòmente o curso elementar, os grupos escolares poderão ministrar o curso elementar e O curso complementar; as escolas supletivas ministrarão apenas o curso supletivo. Art. 30. Os estabelecimentos de ensino primário fundamental, mantidos por particulares, terão as seguintes designações, independentemente do número de seus alunos e docentes: I. Curso elementar (C.E.), quando apenas ministre o curso elementar. II. Curso primário (C.P.), quando ministre o curso elementar e o curso complementar. m. Curso supletivo (C.S.), quando mantenha o curso supletivo. Art. 31. Quando, num mesmo prédio, sob a mesma direção e com os mesmos professôres se ministre ensino fundamental e ensino supletivo, as classes dêste último constituirão unidade escolar à parte. As escolas e cursos supletivos não poderão ministrar outro ensino serão o indicado na denominação que recebem. Art. 32. Para efeitos estatísticos, e estudos de planejamento, será juntado, as designações mencionadas nos artigos anteriores, o qualificativo urbano, distrital ou rural, segundo a localização do estabelecimento, e designação numérica, destinada, à sua pronta identificação em cada Município. Parágrafo único Aos estabelecimentos de ensino primário poderão ser atribuídos nomes de pessoas já falecidas, que hajam prestado relevantes serviços à humanidadeiao pais, ao Estado, ou ao Município, e cuja vida pública e particular possa ser apontado às novas gerações como padrão digno de ser imitado. Art. 33. Os estabelecimentos particulares de ensino primário ficarão su- jeitos a registro prévio, mediante o preenchimento das seguintes condições: a) prova de ser o estabelecimento dirigido por brasileiro nato; b) prova de saúde, e de idoneidade moral, social e técnica das pessoas encarregadas da administração e do ensino; c) prova de que as, instalações de ensino atendem às exigências higiênicas e pedagógicas para os çursos que pretendam ministrar; d) adoção do plano de estudos e organização didática constante desta lei, e do regulamento da unidade federada onde funcione., S 1» As mesmas condições serão exigidas para o funcionamento de estabelecimentos mantidos pelos Municípios, quando não estejam diretamente subordinados à administração do Estado. 2» O registro referido neste artigo se fará nos órgãos próprios de administração do ensino primário dos Estados, dos Territórios e do Distrito

312 1» SECÇÃO 17 LEGISL. FEDERAL Federal, a cuja fiscalização direta ficam sujeitos os estabelecimentos de ensino primário, sem prejuízo de qualquer verificação que o Ministério da Educação e Saúde possa determinar. CAPITULO IV Do corpo doccnte e administrativo Art. 34. Ö magistério primário só pode ser exercido por brasileiros, maiores de dezoito anos, em boas condições de saúde física e mental, e que hajam recebido preparação conveniente, em cursos apropriados, ou prestado exame de habilitação, na forma da lei. Art. 35. Os poderes públicos providenciarão no sentido de obterem continuo aperfeiçoamento técnico do- professorado das suas escolas primárias. Art. 36. Os diretores de escolas públicas primárias serão sempre escolhidos mediante concurso de provas entre professores diplomados, com exercício anterior de três anos, pelo menos, e( de preferência, entre os que hajam recebido curso de administração escolar. CAPITULO V Das instituições complementares da escola Art. 37. Os estabelecimentos de ensino primário deverão promover, entre os alunos, a organização e o desenvolvimento de instituições que tenham por fim a prática de atividades educativas; e,assim, também, entre as famílias dos alunos, e pessoas de boa vontade, instituições de caráter assistência! e cultural, que estendam sôbre o meio a influência educativa da escola. CAPITULO VI Da construção e do aparelhamento escolar. Art. 38. Os estabelecimentos da ensino primário deverão satisfazer, quanto à construção dos edificios que utilizarem e quanto aô seu aparelhamento escolar, as normas estabelecidas em lei. Parágrafo único. Providenciará o Ministério da Educação e Saúde, em cooperação com os Estados e o Distrito Federai, para organização de estudos referentes às construções e ao aparelhamento escolar. TÍTULO V Da gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário CAPITULO I «Da gratuidade Art. 39. O ensino primário é gratuito, o que não exclui a organização de caixas escolares a que concorram, segundo seus recursos, famílias do3 alunos.

313 304 í* s e c ç ã o 16 l egisl. f e d e r a l Art. 40. A organização do funcionamento c aplicação dos recursos das caixas escolares serão estabelecidos em regulamento próprio. c a p í t u l o n Da obrigatoriedade de matricula e frequência cscolar Art. 41. O ensino primário elementar é obrigatório para tódas as crianças nas idades de sete a doze anos, tanto no que se refere à matricula como no que diz respeito à freqüência regular às aulas e exercícios escolares. Art. 42. A a'dministração dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal baixará regulamentos especiais sôbre a obrigatoriedade escolar, e organizaiá, em cada Município ou distrito, serviços de Cadastro Escolar, pelos, quais se possa tomar efetiva essa obrigatoriedade. Art. 43. Os pais ou responsáveis pelos menores de sete a- doze anos que infringirem os preceitos da obrigatoriedade escolar, estarão sujeitos às penas constantes do art. 246, do Decreto-lei n de 7 de dezembro de 1040 (Código Penal). Art. 44. Os proprietários agrícolas e cmprêsas, em cuja propriedade se localizar estabelecimento de ensino primário, deverão facilitar e auxiliar as providências que visem a plena execução da obrigatoriedade escolar. TITULO VI Dos recursos para o ensino primário Art. 45. Os Estados e o Distrito Federal reservarão, cada ano, para manutenção e desenvolvimento de seus serviços de ensino primário, a cota parte das rendas tributárias de impostos, fixada no convênio, de que trata o Decretolei n. 4958, de 14 de novembro de Igual providência tomará a União, quanto aos orçamentos dos Territórios. Art. 46. Os.recursos destinados ao ensino primário, pelos Municípios, por fôrça do convênio referido no artigo anterior, poderão ser incorporados à3 dotações estaduais, em cada Estado, ou terem aplicação direta, segundo os acordos estipulados entre os Municípios e a administração estadual respectiva. Art. 47. Os recursos do Fundo Nacional de Ensino Primário, estabeleciaos pelo Decreto-lei n , de 14 de novembro de 1942, serão ^distribuidos pela União, na forma do respectivo regulamento, atendidas as maiores e mais urgentes necessidades de cada região, verificadas de modo objetivo. Art. 48. Não poderão receber auxílio à conta' do Fundo Nacional de Ensino Primário, sem quaisquer outros benefícios da' União em favor da educa- / ção primária, as unidades federadas cuja legislação escolar desatenda aos prin- ' cipios dêste decreto-lei, a juízo do Ministério da Educação e Saúde, ouvido o Conselho Nacional de Educação". Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo, comunicarão os órgãos de administração do ensino primário, em cada unidade federada, ao Mi-

314 305 JL» S E C Ç Ã O 19, L E G I S L. F E D E R A L nlst^rio da Educação e Saúde, as leis e regulamentos pertinentes, bom como, até 30 de mafço de cada ano, sucinto relatório sôbre a situação geral do ensino primário e trabalhos do ano letivo anterior.! TITULO vn Das medidas auxiliares Art. 49. Onde se tornarem necessárias, poderão funcionar, em caráter de emergência, classes de alfabetização (C.A.), para adolescentes e adultos. Art. 50. Os Estados e os Territórios poderão organizar, com o fim de preparar docentes de emergência, para classes de alfabetização, em zonas de população muito disseminada, e com o fim de divulgar noções de higiene e de organização de trabalho, missões pedagógicas itinerantes, bem como campanhas de educação de adolescentes e adultos. Parágrafo único. Entidades particulares poderão estabelecer e manter campanhas de educação, com os mesmos fins, mediante prévia comunicação de seus planos e projetos ao Ministério da Educação e Saúde, e aprovação da administração do ensino de cada unidade federada, onde tenham de exercer-se. Art. 51. Nas escolas isoladas, em que existirem vagas, depois de matri-.culadas as crianças de sete a doze anos, poderão ser admitidas à matricula, alunos cuja idade ultrapasse os limites de obrigatoriedade escolar, na conformidade do que estabelecer o regulamento de cada unidade federada. TITULO VIÍI Disposições finais Art. 52. O Ministério da Educação e Saúde.providenciara. por seus órgãos técnicos, e em cooperação com a administração dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, no sentido da realização de estudos e pesquisas especiais sôbre a organização do ensino primário, verificação de seu rendimento social, apuro e oportunidade dos levantamentos estatísticos, e mais eficiente aplicação dos recursos. Art. 53. Revogam-se as disposições em contrário DECRETO-LEI N DE 2 DE-JANEIRO DE 1S26 Lei Orgânica do Ensino Normal O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta a seguinte L E I ORGÂNICA DO ENSIN O NO RM AL TITULO I Das bases de organização do ensino normal CAPITULO I Das fitialidades dó ensiiio normal Art. 1» O ensino normal, ramo de ensino do segundo grau, tem as seguintes finalidades:

315 lú «SECÇÃO 19 LEGISL. FEDERAL A >nlstério da Educação e Saúde, as leis e regulamentos pertinentes, bem como, até 30 de março de cada ano, sucinto relatório sóbrc a situação geral do ensino primário e trabalhos do ano letivo anterior. TITULO vn Das medidas auxiliares Art. 49. Onde se tornarem necessárias, poderão funcionar, em caráter da emergência, classes de alfabetização (C.A.), para adolescentes e adultos. Art. 50. Os Estados e os Territórios poderão organizar, com o fim de preparar docentes de emergência, para classes de alfabetização, em zonas de população muito disseminada, e com o fim de divulgar noções de higiene e de organização de trabalho, missões pedagógicas itinerantes, bem como campanhas do educação de adolescentes e adultos. Parágrafo único. Entidades particulares poderão estabelecer e manter campanhas de educação, com os mesmos fins, mediante prévia comunicação de seus planos e projetos ao Ministério da Educação e Saúde, e aprovação da administração do ensino de cada unidade federada, onde tenham de exercer-se. Art. 51. Nas escolas isoladas, em que existirem vagas, depois de matriculadas as crianças de sete a doze anos, poderão ser admitidas à matrícula, alunos- cuja idade ultrapasse os limites de obrigatoriedade escolar, na conformidade do que.estabelecer o regulamento de cada unidade federada. TITULO v m Disposições finais Art. 52. O Ministério da.educação e Saúde providenciará, por seus órgãos técnicos, e em cooperação com a administração dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, no sentido da realização de estudos e pesquisas especiais sôbre a organização do ensino primário, verificação de seu rendimento social, apuro e oportunidade dos levantamentos estatísticos, e mais eficiente aplicação dos recursos. Art. 53. Revogam-se as disposições em contrário. DECRETO-LEI N DE 2 DE-JANEIRO, Lei Orgânica do Ensino Normal O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta a seguinte L E I ORGÂNICA DO ENSINO NO RM AL TITULO I D o3 bases de oryanização do ensino normal CAPITULO I Das finalidades dò ensino normal Art. 1» O ensino normal, ramo de ensino do segundo grau, tem as seguintes finalidades : t

316 1* SECÇÃO 20 LEGISL. FEDERAL 1. rover & formação do pessoal docente necessário às escolas primárias. 2. Habilitar administradores escolares destinados às mesmas escolas. 3..Desenvolver e propagar os,conhecimentos e técnicas relativas à educação da inf&ncia. CAPITULO n Dos ciclo» do ens-ijio normal e de ecus cursos Art. 2* O ensino normal será. ministrado em dois ciclos. O primeiro dará o curso de regentes de ensino primário, em qoatro anos, e o segundo, o curso de formação de professôres primários, em três anos. Art. 3 Compreenderá ainda o ensino normal cursos, de especialização para professôres primários, e cursos de habilitação para administradores dò grau primário. CAPITULO m Dos tipos de estabelecimentos de ensino normal Art. 4«Haverá três tipos de estabelecimentos de ensino normal: o curso normal regional, a escola normal e o instituto de educação. 1» Curso normal regional será o estabelecimento destinado a ministrar tão sòmente o primeiro ciclo de ensino normal. 2» Escola normal será o estabelecimento destinado a dar o curso de segundo ciclo dêsse ensino, e ciclo ginasial do ensino secundário. 3* Instituto de educação será o estabelecimento que, além dos cursos. próprios da escola normal, ministre ensino de especialização do magistério e de habilitação para administradores escolares do grau primário. 4 Os estabelecimentos de ensino normal não poderão adotar outra denominação senão as indicadas no artigo anterior, na conformidade dos cursos que ministrarem. Parágrafo único. E vedado a outros estabelecimentos de ensino o uso de tais denominações bem como o de nomes que incluam as expressões normais, pedagógico e de educação. CAPITULO IV Da ligação do ensino normal, com outras modalidades de ensino Art. 6 O ensino normal manterá da seguinte forma ligação com as outras modalidades de ensino: 1. O curso de regentes de ensino estará articulado com o curso primário. 2. O curso de formação geral de professôres primários, com o curso ginasial.

317 :0L) 308 j. SECÇÃO 21 LEGISLi. FEDERAL S. A 03 alunos que concluírem o segundo ciclo de ensino normal será assegurado o direito de Ingresso em cursòs de faculdade de filosofia, ressalvadas, em cada caso, as exigências peculiares à matrícula. TITULO II Da estrutura do ensino normal CAPITULO I Do curso de regentes de ensino primário» Art. 7* O curso de regentes de ensino primário se fará em quatro séries anuc.is, compreendendo, no mínimo, as seguintes disciplinas: Primeira série: 1) Português. 2) Maetmática. 3) Geografia geral 4) Ciências naturais. 5) Desenho e caligrafia. 6) Canto orfeõnico. 7) Trabalhos manuais e economia doméstica. 8) Educação física. Segunda série: lj- Português. 2) Matemática. 3) Geografia do Brasil. 4) Ciências naturais. 5) Desenho e caligrafia. 6) Canto orfeõnico. 7) Trabalhos manuais e atividades econômicas da região. 8) Educação flslca. Terceira série: 1) Português. 2) Matemática. 3) História geral. 4) Noções de anatomia e fisiologia humanas. 5) Desenho. 6) Canto orfeõnico. 7) Trabalhos manuais e atividades econômicas da região. 8) Educação física, recreação e jc%os. Quarta série: 1) Português. 2) História do Brasil. 3) Noções de Higiene. 4) Psicologia e pedagogia. 5) Didática e prática de ensino. 6) Desenho. 7) Canto orfeõnico. 8) Educação física, recreação e jogos. 1* O ensino de trabalhos manuais e das atividades econômicas da região obedecerá a programas específicos, que conduzam' os alunos ao conhecimento das técnicas regionais de produção e ao da.organização do trabalho na região. 2* O curso normal regional, que funcionar em zonas de colonização, dará ainda, nas duas últimas séries, noções do idioma de origem dos colonos e explicações sõbre o seu modo de vida, costumes e tradições. CAPITULO n Do curso de formação de professôres primários Art. 8«O curso de formação de professôres primários se fará. em três séries anuais, compreendendo, pelo menos, as seguintes disciplinas: Primeira série: 1) Português. 2) Matemática. 3) Física e química. 4) Anatomia e fisiologia humanas. 5) Música e canto. 6) Desenho e artes aplicadas. 7) Educação física, recreação e jogos. Segunda série: 1) Biologia educacional. 2) Psicologia educacional. 3) Higiene e educação sanitária. 4) Metodologia do ensino primário. 5) Desenho e artes aplicadas. 6) Música e canto. 7) Educação física, recreação e Jogos.

318 309 X* SECÇÃO 22 LEGISL. FEDERAL Terceira série: 1) Psicologia educacional. 2) Sociologia educacional. 3) História e filosofia da educação. 4) -Higiene e puericultura. 5) Metodologia do ensino primário. 6) Desenho e artes aplicadas. 7) Música e canto. 8) Prática do ensino. 9) Educação fisica, recreação e jogos. Art. 9' - Será também permitido o funcionamento do curso de que trata o artigo anterior, em dois anos de estudos intensivos, com as seguintes disciplinas, no mínimo: Primeira série: 1) Português. 2) Matemática. 3) Biologia educacional (noções de anatomia e fisiologia humanas e higiene). 4) Psicologia educacional (noções de psicologia da criança e fundamentos psicológicos da educação). 5) Metodologia do ensino primário. 6) Desenho e artes aplicadas. 7) Música e canto. 8) Educação fisica, recreação e jogos. Segunda série: 1) Psicologia educacional. 2) Fundamentos sociais da educação. 3) Puericultura e educação sanitária. 4) Metodologia do ensino primário. 5) Prática de ensino. 6) Desenho e artes aplicadas. 7) Música e canto. 8) Educação fisica, recreação e jogos. c a p i t u l o m Dos cursos de especialização e de administração escolar Art. 10 Os cursos de especialização de ehsino normal compreenderão os seguintes ramos: educação pré-primária; didática especial do curso complementar primário; didática especial do ensino supletivo; didática especial de desenho e artes aplicadas; didática especial de música e canto. Art. 11. Os cursos de administradores escolares do grau primário visarão habilitar diretores de escolas, orientadores de ensino, inspetores escolares, auxiliares estatísticos e encarregados de provas e medidas escolares. Art. 12. A constituição dos cursos de especiauzação de magistério e os de administradores escolares será definida em regulamento. CAPITULO IV Dos programas e da orientação geral do ensino Art. 13 Os programas das disciplinas serão simples, claros e flexíveis, e se comporão segundo as bases e a orientação metodológica que o Ministro da Educação e Saúde expedir. Art. 14. Atender-se-á na composição e na execução dos programas aos seguintes pontos: a) adoção de processos pedagógicos ativos; ' b) a educação moral e cívica não deverá constar de programa especifico, mas resultará do espírito è da execução de todo o ensino; c) nas aulas de metodologia deverá ser feita a explicação sistemática dos programas de ensino primário, seus objetivos, articulação da matéria, indicação dos processos e formas de ensino, e ainda a revisão do conteúdo dêsses programas, quando necessário;

319 * * «' +J.. 1* SECÇÃO 23 LEGISL. FEDERAL 310 d) a prática de ensino será feita em exercícios de observação e de participação real no trabalho docente, de tal modo que nela se integrem os conhecimentos teóricos e técnicos de todo o curso; e) a3 aulas de desenho e artes aplicadas, música e canto, e educação física, recreação e jogos, na última série de cada curso compreenderão a orientação metodológica de cada uma dessas disciplinas, no grau primário. Art.' 15. O ensino religioso poderá ser contemplado como disciplina dos cursos de primeiro e segundo ciclos do ensino normal, não podendo constituir, porém objeto de obrigação de mestres ou professôres, nem de frequência compulsória por parte dos alunos. TITULO in Da vida escolar CAPITULO I Dos trabalhos escolares * S Art. 16. Os trabalhos escolares constarão de lições, exercícios e exames. Parágrafo único. Integrarão a vida escolar trabalhos complementares. '. CAPITULO n Do ano escolar Art. 17. O ano escolar dividir-se-á em dois períodos letivos e em dois períodos de férias, a saber:. a) períodos letivos, de 15 de março a 15 de junho, e de 1 de julho a 15 de dezembro; b) períodos de férias de 16 de dezembro a 14 de março e de 16 a 30 de junho.. _ 1» Haverá trabalhos escolares diáriamente, exceto aos domingos e dias festivos. S 2» Poderão realizar-se exames no decurso das férias. CAPITULO m Dos alunos é da admissão aos cursos.art. 18. Os alunos dos estabelecimentos de ensino normal serão sempre de matrícula regular, não se admitindo alunos ouvintes.' Art. 19. Nos estabelecimentos que admitirem alunos de um e outro sexos, as classes poderão ser especiais para cada g ruço, ou mistas. Art. 20. Para admissão ao curso de qualquer dos ciclos de ensino normal, serão exigidas do candidato as seguintes condições: a) qualidade de brasileiro; b> sanidade física e mental;

320 311 1«SECÇÃO 24 LEGISL. FEDERAL c) ausência de defeito físico ou distúrbio funcional que contraindlque o exercício da função docente; d) bom comportamento social; e) habilitação nos exames de admissão. Art. 21. Para inscrição nos exames de admissão ao curso de primeiro ciclo será exigida do candidato prova de conclusão dos estudos primários e idade mínima do treze anos; para inscrição aos de segundo ciclo, ceitificado de conclusão de primeiro ciclo ou certificado do curso ginasial, e idade mínima de quinze anos. Parágrafo único. Não serão admitidos em qualquer dos dois cursos can-, didatos maiores de vinte e cinco anos. Art. 22. Os candidatos à matricula em cursos de especialização dé magistério primário deverão apresentar diploma de conclusão do curso de segundo ciclo e prova de exercício do magistério primário por dois anos, no mínimo; os candidatos à matricula em cursos de administradores escolares, ou funções auxiliares de administração, deverão apresentar igual diploma, e prova do exercício do magistério por três anos, no mínimo. CAPITULO IV Da matricula e da transferência Art. 23. A matricula far-se-á de 1 a 10 de março, e sua concessão dependerá, quanto à primeira série, de ter o candidato satisfeito as condições de admissão; quanto às demais de ter êle conseguido habilitação no ano anterior. Art. 24. E permitida a transferência de um para outro estabelecimento de ensino normal, em cursos do mesmo ciclo. Parágrafo único. A regulamentação poderá dispõr sõbre os exames de seleção, entre candidatos à transferência, quando seu número exceda ao de vagas. CAPITULO V Da limitação e distribuição do tempo dos traballx>s em, classe. Art. 25 Os trabalhos em classe não excederão de vinte e oito horas semanais, em qualquer dos dois ciclos do ensino normal. Parágrafo único. A distribuição semanal dos trabalhos será fixada pela direção de cada estabelecimento, antes do início do período letivo, observadas as determinações dos programas quanto ao número de aulas de cada disciplina. ' CAPITULO VI / Das aulas, exercidos e trabalhos complementares Art. 26. As lições e exercícios são de frequência obrigatória, e, bem assim, os trabalhos complementares definidos em regulamento.

321 312» ' > «J -. w- j» SECÇÃO 25 LEGISL. FEDERAL Art. 27. Estabelecer-se-á nas aulas entre o professor e os alunos regimen de ativa e constante colaboração. 1«O professor terá em mira que a preparação pára o magistério exige sempre capacidade para trabalho em cooperação, espírito de autocrítica e de compreensão humana, pelo que se esforçará em assim orientar o seu ensino. 2» Os alunos deverão ser conduzidos não apenas à aquisição de conhecimentos discursivos, mas à realização das técnicas de trabalho intelectual mais recomendáveis a futuros docentes. Art. 28.' Os programas deverão ser executados na íntegra, de conformidade corj>-aa. diretrizes que fixarem 29. ) Como trabalhos complementares _os estabelecimentos de ensino normal froverão promover entre os alunos, a organização e o desenvolvimento de instituições para-escolares, destinadas a criar, em regímen de autonomia, condições favoráveis à formação dos sentimentos de sociabilidade e do estudo em cooperação. Merecerão especial cuidado as instituições que tenham por objetivo despertar entre os"~sscolarss o interesse pelos problemasthacíoriais. CAPITULO vn Da habilitação dos alunos.art. 30. A habilitação dos alunos, para a promoção à série imediata, ou conclusão de curso, dependerá em cada disciplina, de uma nota anual de exercícios, da nota obtida em prova parcial e das notas do exame final.. Parágrafo único. As notas serão expressas em escala de zero a cem. Art. 31. A partir de abril e excetuados os meses em que se realizem provas escritas, será dada, em cada disciplina, e a cada aluno, pelo respectivo professor, uma nota resultante da avaliação de seu aproveitamento. A média aritmética dessas notas mensais será a nota anual de exercícios. Art. 23. Haverá, na primeira quinzena de junho, para tôdas as disciplinas, prova parcial, escrita, ou prática, que versará sôbre tôda a matéria até uma semana antea de sua realização; e ao fim do ano letivo, exames finais que constarão de prova escrita e de prova oral, ou de prova escrita e de prova prática. Parágrafo único. As provas escritas dos exames finais serão realizadas na segunda quinzena de novembro, e as provas orais e práticas no mês de dezembro. Art. 33. Será habilitado nos trabalhos do ano, o aluno que obtiver nota final cinquenta, pelo menos, em cada disciplina. 1 A nota final resultará da média aritmética da nota anual de exercícios, da obtida na pròva parcial e das obtidas nas duas provas do exame final. 2 Será facultada segunda chamada para qualquer das provas nas condições que o regulamento admitir.

322 313 1» SECÇÃO 26 LEGISL. FEDERAL Art. 34. Aos alunos que não tiverem obtido habilitação em uma ou duas disciplinas, será assegurado o.direito de realizarem exames finais em segunda época, ps quais se farão na primeira quinzena de março. Parágrafo único. Nessa hipótese, o cômputo de habilitação se fará pela mesma forma indicada no art. 33\ substituindo-se, apenas, os resultados das provas de primeira época pelas de segunda. Art. 35. Não poderão prestar exames finais, na primeira época ou na s -gfunda, os alunos que houverem faltado a vinte e cinco por cento das aulas e exercícios, ou dos trabalhos complementares, quando de caráter obrigatório. CAPITULO VIU Dos certificados c diplomas Art. 36. Aos alunos que concluírem o curso de primeiro ciclo de ensino normal será expedido o certificado de regente de ensino primário; aos que con.- cluírem o.curso de segundo ciclo dar-se-á o diploma de professor primário. Art. 37. Aos habilitados em curso dé especialização ou de administração escolar, serão expedidos os competentes certificados. Parágrafo único. Dos certificados e diplomas de ensino normal constarão sempre indicações claras sõbre a natureza do curso, sua duraçãto, disciplinas componentes e notas obtidas. TITULO IV Da administração e organização do ensiiió normal CAPITULO I Da administração Art. 38. Não poderá funcionar no pais estabelecimento de ensino normal que desatenda aos princípios e preceitos desta lei. Parágrafo único.. Não poderá igualmente funcionar o estabelecimento que desatenda à legislação complementar, ou a regulamento, expfedidos pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, relativamente ao ensino normal em seus respectivos territórios. Art. 39. Os poderes públicos federais e estaduais devem desenvolver a réde de estabelecimentos de ensino normal, mediante conveniente planejamento, a fim de que no devido tempo e onde se tome necessário, haja em número e 'qualidade os docentes reclamados pela expansão dos'serviços de ensino primário. v / CAPITULO n Do ensino normal mediante mandato Art. 40. Onde se tome conveniente poderão os Estados outorgar mandato a estabelecimentos municipais ou particulares de ensino, para que ministrem

323 314 ÊECÇAO * legisl. fkdeual cursos de ensino normal, do primeiro ou do segundo ciclo e que serão, assim oficialmente reconhecidos. Art. 41. Á outorga de mandato será deferida em cada Estado, segundo a regularrientação que fôr expedida, mas dependerá sempre, de confirmação do Ministério da Educação e Saúde. Art. 42. Os estabelecimentos municipais ou particulares, que desejarem outorga de mandato de ensino normal, deverão satisfazer às seguintes exigências mínimas: a) prédio e instalações adequadas; b) organização de ensino nos têrmos do presente decreto-lei; c) corpo docente com a necessária idoneidade moral e técnica; d) ensino de português, geografia e história do Brasil, entregue a brasileiros natos; e) manutenção de um professor-fiscal, no estabelecimento designado pela autoridade de ensino competente; f) existência de escola primária anexa, para a demonstração e prática de ensino. Parágrafo único. Não poderá ser concedido mandato para curso de segundo ciclo do ensino normal, senão a estabelecimento que já possua ginásio oficialmente reconhecido. Art. 43. O mandato será suspenso ou cassado pela autoridade que o houver concedido, sempre quê o estabelecimento de ensino normal deixe de preencher as condíçõs de idoneidade ou eficiência de ensino indispensáveis. ' Art. 44. Os estabélecimentos de ensino normal subordinados à administração dos Territórios não poderão funcionar validamente sem prévia autorização do Ministério da Educação e Saúde. CAPÍTULO III Da organização escolar Art. 45. A organização interna e demais condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino normal serão definidas, para cada unidade federada, na conformidade da legislação complementar e regulamento que, sôbre a matéria, forem expedidos, pelos Estados e pelo Distrito Federal. 5 1* A legislação de cada Estado deverá definir o caráter especializado dos cursos normais regionais, segundo as condições de vida social e econômica das diferentes zonas de seu território, podendo igualmente limitar o funciona-.mento dêsses cursos a algumas delas, ou a uma só e determinada zona. 2? Não funcionarão no Distrito Federal cursos de primeiro ciclo de ensino normal. Art. 46. A legislação de cada unidade federada poderá acrescer disciplinaa à seriação indicada nos artigos 7, 8* e 9. ou desdobrá-las, para maior eficiência do ensino. /

324 1* SECÇÃO 28 l e g i s l. f e d e r a l CAPITULO IV Das escolas anexas aos estabelecimentos de ensino tiormaz - Art. 47. Todos os estabelecimentos de ensino normal manterão escolas primárias anexas para demonstração e prática do ensino. 1» Cada curso normal regional deverá manter, pelo menos duas escolas primárias isoladas. { 2* Cada escola normal manterá um grupo escolar. 39 Cada instituto de educação manterá um grupo escolar e um jardim de infância. Art. 48. Além das escolas primárias referidas no artigo anterior, cada escola normal e cada instituto de educação deverá manter um ginásio, sob regimen de reconhecimento oficial. CAPITULO V Dos professóres de ensino normal Art. 49. A constituição do corpo docente em cada. estabelecimento de ensino normal, far-se-á com observância dos seguintes preceitos: 1. Deverão os professóres do ensino normal receber conveniente formação, em cursos apropriados, em regra de ensino superior. 2. O provimento, em caráter efetivo, dos professóres dependerá da prestação de concurso. 3. Dos candidatos ao exercício do magistério nos estabelecimentos de ensino normal exigir-se-á inscrição em competente registro do Ministério da Educação e Saúde. 4. Aos professóres do ensino normal será assegurada remuneração condigna. TITULO V Das medidas auxiliares Art. 50. Os poderes públicos tomarão medidas que tenham por objetivo acentuar a gratuidade do ensino normal e bem assim, para a Instituição de bõlsas, destinadas a estudantes de zonas que mais necessitem de professóres primários. Parágrafo único. A concessão das bôlsas se fará com o compromisso da parte do beneficiário de exercer o magistério, nessas zonas pelo prazo mínimo de cinco anos. ' Art. 51. A União, os Estados e os Municípios poderão subvencionar estabelecidos particulares de ensino normal, sob mandato, sempre que funcionenv em zonas oude não baja ensino normal oficial. Art estabelecimentos de ensino normal deverão constituir-se como centro3 de cultura escolar e extra-escolar da zona em que funcionem,esforçando-se sempre por desenvolver ação conjunta em prol da dignificação da carreira do professor primário.

325 316 l * SECÇÃO 29 LEGISL. FEDERAL Art. 53. Nenhuma taxa recairá sôbre os alunos dos estabelecimentos de ensino normal. TITULO VI. Disposições finais / Art. 54. Não poderão receber auxilio à conta do Fundo Níi.cional de Encino Primário, as unidades federadas que não providenciarem nos têrmos- do presente decreto-lei, quanto ao planejamento e desenvolvimento da rêde de ensino normal, que lhes caberá manter, à fim de que a expansão de seu sistema escolar primário não venha a ser prejudicada por escassez de pessoal docente devidamente habilitado. Parágrafo único. Para os efeitos do que se dispõe neste artigo, os órgãos de administração do ensino normal, em cada unidade federada, se articularão com os órgãos próprios do Ministério da Educação e Saúde, aos quais farão enviar a legislação existente e a legislação que lhe fôr acrescida, bem como até 30 de março de cada ano, sucinto relatório sôbre as atividades do ensino normal no ano anterior. A-rt. 55. Atendidas a diferenciação do nível de formação e as normas que disciplinarem a investidura e a carreira dò magistério, em cada unidade federada, os diplomas de professor primário, expedidos na conformidade do presente decreto-lei, terão validade * em todo o território nacional. Parágrafo único. A regulamentação que fôr baixada pelos Estados e pelo Distrito Federal assegurará, porém, em igualdade de condições, preferência aos diplomados em cada uma dessas unidades, respectivamente. Art. 56. Os certificados de professores especializados de ensino primário e de administradores escolares terão a validade que lhes outorgar a regulamentação de cada unidade federada. Art. 57. Revogam-se as disposições em contrário. DECRETO-LEI N» DE 2 DE JANEIRO DE 1946 Dispõe, sôbre a realização dos exames de que trata o art. 91, da lei orgânica do ensino secundário Art. 1«Os exames de que trata o art. 91 da lei orgânica do ensino secundário, com a redação que lhe deu o Decreto-lei n , de 10 de dezembro <!e 1945 (*), serão realizados no mês de outubro de cada ano. Art. 2* Haverá era janeiro seguinte uma-segunda época para os candidatos que não tenham sido habilitados na primeira. Parágrafo único. Será aplicado neste caso 0 regimen estabelecido para a segunda época de exame pelos $ 3, 4o e 5* do art. 50 da citada lei orgâ- Wcatcom a redação que lhes deu o decreto-lei referido no artigo anterior.

326 DECRETO-LEI N, DÊ 20 DE AGOSTO DE 1946 '. _ Lei Orgânica do Ensino Agrícola O Presidente da Repúblira, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta-,. LEI ORGÂNICA DO ENSINO AGRÍCOLA TITULO I. Disposição preliminar Art. 1' Esta lei estabelece aa bases de organização e de regimen do ensino agrícola, que é o ramo de ensino até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores da agricultura. TITULO II Da organização do ensino agricola CAPITULO I Das finalidades dó ensino agrícola Art. 2* O ensino agrícola deverá atender: 1. Aos interesses dos que trabalham nos serviços e misteres da vida rural. Promovendo a sua preparação técnica e a sua formação humana. c. -. í' 2. Aos interêsses das propriedades ou estabelecimentos agrícolas, pro- CPorcionando-lhes, de acôrdo com as suas necessidades crescentes e imutáveis, a suficiente e adequada mãa de obra.

327 318 ' J 1* SECÇÃO 508 LEGISL. FEDER AL 3. Aos lntcrêsses da Nação, fazendo continuamente a mobilização de eficientes construtores de sua economia e cultura. Art. 3 O ensino agrícola, no que respeita especialmente à preparação profissional do trabalhador agrícola, tem as finalidades seguintes: 1. Formar profissionais aptos às diferentes modalidades de trabalho«agrícolas. 2. Dar a trabalhadores agrícolas jovens e adultos não diplomados urm* qualificação profissional que lhes aumente a eficiência e produtividade. 3. Aperfeiçoar os conhecimentos e capacidade técnicas de trabalhadores agrícolas diplomados... Art. 4» Ao ensino agrícola çabe ainda formar professôres de disciplinas próprias dêsse ensino e administradores dé serviços a êsse ensino relativos, t bem assim aperfeiçoar-lhes os conhecimentos e a competência. CAPITULO n Dos princípios gerais do ensino agricola Art..5» Presidirão ao ensino agrícola os seguintes princípios gerais: 1. Evitar-se-á, nos cursos de formação de trabalhadores agrícolas, a especialização prematura ou excessiva, de modo que fique salvaguardada a adaptabilidade profissional futura dos operários mestres e técnicos. 2. N 03 cursos de que trata o número anterior, incluir-se-ão-juntamente com o ensino técnico, estudos de cultura geral e práticas educativas que concorram para acentuar e elevar o valor humano do trabalhador agrícola. 3. As técnicas _e os ofícios deverão ser ensinados com os processos de Bua exata execução prática e também com os conhecimentos teóricos que lhes sejam relativos. Ensino prático e ensino teórico apoiar-se-ão sempre um no outro.. 4. A informação cientifica exigir-se-á em todos oa casos, mesmo no ensino dos cursos destinados a dar rápida e sumária preparação para os comuns trabalhos da vida rural, por forma que o ensino- agrícola, com tornar conhecidos os processos.racionais de trabalho, concorra para eliminar da agricultura as soluções empíricas inadequadas. CAPITULO m Dos ciclos e dos cursos SEÇAO I Disposições preliminares A rt. 6* O ensino agrícola será ministrado em dois ciclos. Dentro de cada ciclo, o ensino agrícola desdobrar-se-á em cursos.

328 j. SECÇÃÒ 699 ' LEGISL. FEDERAL Art. 7* Os-cursos de ensino agrícola serão das seguintes categorias: a) cursos de fprmação; b) cursos de continuação; c) cursos de aperfeiçoamento. SEÇAO n XK>s cursos de formação Art. 8 O primeiro ciclo do ensino agrícola compreenderá dois cursos de formação: 1..Curso de iniciação agrícola; JS. Curso de mestria agrícola. Ji 1 O curso de iniciação agrícola, com a duração de dois anos, destina-se 8 <lar a preparação profissional necessária a execução do trabalho de operário agrícola qualificado.. 2* O curso de mestria agrícola, com a duração dc dois anos, e seqüente ao curso de iniciação agrícola tem por finalidade dar a preparação profissional necessária ao exercício do trabalho de mestre agrícola. 3 O curso de iniciação agrícola e o curso de mestria agrícola revestirse-ão, em cada região do pais, da feição e do sentido que as condições locais do trabalho agrícola determinarem. Art. 9* O segundo ciclo do ensino agrícola compreenderá duas modalidades de cursos de formação: os cursos agrícolas técnicos e os cursos agrícolas pedagógicos. * 1 Os cursos agricòlas técnicos, cada qual com a duração de três anos, destinam-se ao ensino de técnicos próprios áo exercício dé funções de caráter especial na agricultura. São os seguintes: 1. Curso de agricultura. 2. Curso de horticultura. 3. Curso de zootécnica. 4. Curso de práticas veterinárias. 5. Curso de indústrias agrícolas. 6. Curso de laticínios. 7. Curso de mecânica agrícola. 2 Os cursos agrícolas pedagógicos destinam-se à formação de pessoal docente para o ensino de disciplinas peculiares ao ensino agrícola ou de pessoal administrativo do ensino agrícola. São os seguintes: o primeiro com a duração de dois anos e os outros com a duração de um ano: 1. Curso de magistério de economia rural doméstica. 2. Curso de didática de ensino agrícola. 3. Curso de administração de ensino agrícola. SEÇAO m Dos cursos de continuação.art. 10. Os cursos de continuação, que também se denominarão cursos práticos de agricultura, pertencem ao primeiro ciclo do.ensino agrícola, e são destinados a dar a jovens e adultos não diplomados nesse ensino uma sumária preparação que habilite aos mais simples e correntes trabalhos da vida agrícola.

329 320 1«SECÇÃO 600 LEGISL. FEDERAI, SEÇAO IV Dos cursos de aperfeiçoamento Art. li. Os cursos de aperfeiçoamento poderão ser do primeiro ou do segundo ciclo do ensino agrícola, e tém por finalidade proporcionar a ampliação ou elevação dos conhecimentos e capacidade técnicas de trabalhadores diplomados, de professôres de disciplinas de cultura técnica Incluídas nos cursos de ensino agrícola, ou de administradores de serviços relativos ao ensino agrícola. CAPITULO IV Dos tipos de estabelecimentos de ensino agricolã Art. 12. Haverá.três tipos de estabelecimentos de ensino agrícola: a) escola de iniciação agrícola; b) escola agrícolas; c) escolas agrotécnicas. 1 As escolas de iniciação agrícola são as destinadas a ministrar o curso de iniciação agrícola. 2 As escolas agrícolas são as que têm por objetivo ministrar o curso de mestria agrícola e o curso de iniciação agrícola. 3 As escolas agrotécnicas são as que se destinam a dar um ou mais cursos agrícolas técnicos. As escolas agrotécnicas poderão ainda ministrar um ou mais cursos agrícolas pedagógicos e bem assim o curso de mestria agrícola e o curso de iniciaçãa agrícola. Art. 13. Qualquer estabelecimento de ensino agrícola poderá ministrar cursos de continuação e bem assim cursos de aperfeiçoamento, salvo os destinados a professôres ou a administradores, os quais só poderão ser dados pelas escolas agrotécnicas ' CAPITULO V Da articulação no ensino agrícola e dêste com outras modalidades de ensina Art. 14. A articulação no ensino agrícola e dêste com outras modalidades de ensino far-se-á nos têrmos seguintes: I. Os cursos de formação do ensino agrícola se articularão entre si de modo que os alunos possam progredir de um a outro segundo a sua vocação e capacidade. H. O curso de iniciação agrícola estará articulado com o ensino primário, e os cursos agrícolas técnioos e o curso de magistério de economia doméstica agrícola,'com o ensino secundário e o ensino normal do primeiro ciclo. UI. assegurado ao portador do diploma conferido em virtude da conclusão de um curso agrícola técnico, a possibilidade de Ingressar em estabe-

330 j. SECÇÃO 601 LEGISL. FEDERAL ' f jecüncntoa de ensino superior para matricula em curso diretamente' relacionado.com o curso agrioola técnico concluído, uma vez verificada a satisfação das condições' de admissão determinadas pela legislação competente.,, N TITULO' in.. Dos cursos de formação CAPITULO I Da estrutura dos cursos -Art. 15'. Os cursos de formação constituir-se-ão essencialmente do ensi- no de disciplinas e de práticas educativas. Art. 16. As disciplinas constitutivas do curso de iniciação agrícola, do curso de mestria agrícola, dos cursos agrícolas técnicos é do curso de magistério de economia rural doméstica serão de duas ordens: a) disciplinas de cultura geral; b) (ilsciplinas de -cultura técnica. Art. 17. O curso de didática do ensino agrícola e o curso de administração do ensino constituir-se-ifo sòmente de disciplina de cultura especializada. Art,' 18. Os alunos de qualquer dos cursos de formação serão obrigados às práticas educativas seguintes: ' ' a) educação física, obrigatória até a idade de vinte- um anos; b) canto orfeôriico, obrigatório até a idade de dezoito anos. Art. 19. Para cada disciplina ou. prática educativa, será organizado, e 'Periòdicamente revisto, um programa que deverá conter o sumário da matéria e as instruções relativas ao seu ensino. \ CAPITULO n Dos trabalhos escolares e complementares Art.20. Os trabalhos escolares constarão de lição, exercícios e exames. 5 1* As lições e exercícios constituirão objeto dais aulas. 2* Os exames serão de-duas modalidades: de admissão e de suficiência. T 5 3» A avaliação dos resultados nos exercicios e exames, sempre que ne- ^cessária ao processo da vida escolar, far-se-á por meio de notas, que se gra- Suarão de zero a dez. Art. 21. Integrarão o quadro da vida escolar os trabalhos complementarea.

331 322 - '.. 3 1:3 1» SECÇÃO 602 LEGISL. FEDER A i CAPÍTULO m Da divisío e distribuição do tempo na vida escolar- SEÇAO I Da divisão do ano escolar Art O ano escolar, para o ensino nos cursos de formaç&o, dividirse-á em dois períodos letivos e em dois períodos-de férias a saber: a) períodos letivos, de 20 de fevereiro a 15 de junho e 1 de julho a 20 de dezembro; b) períodos de férias, de 21 de dezembro a 19 de fevereiro e de 16 a 30 de jurího. Parágrafo ünico. Poderão realizar-se exames no decurso das férias. KEÇAO n Da distribuição de tempo dos. trabalhos escolares Art. 23. O período semanal dos trabalhos escolares, no curso de iniciação agrícola, no curso de mestria agrícola, nos cursos agrícolas e no curso da magistério de economia rural doméstica, variará de trinta a seis a quarenta e quatro horas. No curso de didática do ensino agrícola e no curso de administração do ensino agrícola, poderá restringir-se a vinte e quatro horas. Art O plano de distribuição do tempo de cada semana é matéria do horário escolar,'que será fixado pela direção doa estabelecimentos de ensino agrícola antes do inicio do período letivo e com observância do número obrigatório de aulas semanais de cada disciplina e de cada prática educativa. CAPITULO IV Da vida escolar &EÇAO I Da admissão aos Cursos Art. 25. O candidato à matricula inicial em qualquer doa cursos de formação deverá apresentar prova de não ser portador da doença c o n t a g io s a e d estar vacinado. Art. 26. Além das condições referidas no artigo anterior, deverá o candidato, satisfazer o seguinte: I. Para o curso de iniciação agrícola: a) ter doze anos completo; b) ter recebido educação primária conveniente;

332 i» SECÇÃO 603 LKGISL. FEDERAL ' c) possuir capacidade flaica e aptidão menta] para os trabalhos eseot jares que devam ser realizados; I Û) ser aprovado em exame vestibular. j H. Para o curso de mestria * agrícola: a) ter concluído o curso de iniciação agtícola;?. b) possuir capacidade física para os trabalhos escolares que devam ser realizados; * c) ser aprovado em exames vestibulares, ÿ III. Para os cursos agrícolas ou o curso de magistério de economia rural doméstica:. a) ter concluído o curso de mestria agrícola ou o curso de primeiro clclt>' : do ensino secundário ou do ensino normal; ^ b) possuir capacidade física para os trabalhos escolares que devam ser *;lealizados;. c) ser aprovado em exames vestibulares. I IV. Para o curso de didática do ensino agrícola ou o curso de adminls- tração, do ensino agrícola: í a) ter concluído qualquer dos cursos agrícola técnicos;? bj ser aprovado em exames vestibulares. EEÇAO II D «s exames vestibulares V*? - Art. 27. Os exames vestibulares serão feitos na primeira quinzena de i Janeiro. Parágrafo único. O examie vestibular para os candidatos à matricula na } primeira série do curso de iniciação agrícola versarão sôbre as disciplinas de português e matemática. i'_' Art. 28. O candidato a exames vestibulares deverá fazer, na Inscrição, prova das condições exigidas pelo artigo 25, e, conforme o caso, pelas três primeiras alíneas do n. I, ou pelo n. II, ou pelo n. HE, ou pelo número IV, do art. 26 desta lei. fi SEÇAO m Da matricula e da transferência k V ' Art. 29. O tempo próprio.para a-matricula serão os trinta (lias anteriojp rea ao inicio do período letivo. Art. 30. A concessão da matrícula inicial dependerá de ter o candidato satisfeito as condições de admissão; a concessão da matrieula em qualquer série que não a primeira dependerá de estar o candidato habilitado na série íj, anterior. 3 ', Art. 31. E permitida entre estabelecimentos de ensino agrícola do país a transferência de alunos. E também permitida a transferência de aluno pro- V" veniente de estabelecimentos estrangeiros de ensino agrícola, de reconhecida ii-. idoneidade.

333 1» SECÇÃO 604 LEGISL. FEDERAL Parágrafo único. A transferência, no caso da segunda parte dêste artl go, far-se-á com adaptação do aluno ao plano de estudos do curso para que se transferiu. 'SEÇAO IV Das aulas Art. 32. As aulas, em tôdas as disciplinas e práticas educativas, eão de freqüência obrigatória. Art. 33. Mensalmente será dada, em cada disciplina, e a cada aluno pelo respectivo professor, uma nota resultante da avaliação de seu aproveitamento por meio de exercício. Se, por falta de comparecimento, não se puder apurar o aproveitamento de um aluno, ser-lhe-á atribuída a nota zero. Parágrafo único. A média aritmética das notas de cada mês em uma disciplina, será a nota anual de exercício dessa disciplina. Art. 34. Os programag de ensino deverão ser executados na integra de conformidade com as.respectivas instruções. 1 SEÇAO V Dos exataes de suficiência Art. 35. Os exames de suficiência versarão sôbre as diciplinas e terão por íim a verificação periódica do aproveitamento dos alunos, para efeito não só de promoção de uma série à.outra, mas também de conclusão do curso. Art. 36. Os exames de suficiência, em cada disciplina, compreenderão uma primeira e uma segunda prova parcial e uma prova final. Parágrafo único. As provas parciais versarão sôbre a matéria ensinada até uma semana antes da realização de cada uma, e a prova final sôbre tofla a matéria ensinada na série. Art. 37. As duas provas parciais serão, conforme a natureza da disciplina, escritas ou práticas. 1» As provas parciais serão prestadas perante o professor da disciplina. 5 2* A primeira prova paroial será realizada no quarto mês, e a segu n da no oitavo mês do período letivo. 3* Facultar-se-á segunda chamada ao aluno que à primeira não tiver comparecido por moléstia impeditiva de trabalho escolar ou por motivo de luto em conseqüência do falecimento de pessoa de sua família. S 4* Sômente so permitirá a segunda chamada áté o fim do mês seguinte ào em que se fez a primeira. 5«Dar-se-á a nota zero ao aluno que deixar de comparecer à primeira chamada sem motivo de fôrça maior nos têrmo3 do } 3«dêsté artigo ou a que não comparecer & segunda chamada. Art. 38. A prova final será, conforme a natureza da disciplina, oral ou prática.

334 ; ÊECÇÀO 605. LEGISL. FEDERAL 1* A prova final prestar-se-á perante banca examinadora. S 2* Haverá duas épocas de prova final. A primeira terá Inicio a partir de 1 de dezembro e a segunda em período especial, no decurso dos últimos trinta dias de fériajs. ' { 8 Não poderá prestar prova final, na primeira ou na segunda época, O aluno que tiver, como resultado dos exercícios e as duas provas parciais, no conjunto das diciplinas, média aritmética inferior a três. Também não poderá prestar prova final, jia primeira época, o aluno que tiver faltado a vinte por cento da totalidade das duas aulas dadas nas disciplinas ou a trinta por cento <Jasaulas dadas em cada prática educativa,le, na segunda época, o aluno que tiver Incidido no dôbro das mesmãstaltas. g 4* Só poderá prestar prova final em segunda época o aluno que não a tiver feito -ná primeira por motivo de fôrça maior, nos têrmos do 3,do artigo anteriw, ou o que, tendo-a prestado em primeira época, houver satisfeito uma das condições de habilitação referidas no artigo seguinte. Art. 39. Considerar-se-á habilitado o aluno que satisfazer as duas condições seguintes: a) obter, no grupo das disciplinas de cultura geral e bem assim no grupo das disciplinas de cultura técnica, a nota global cinco, pelo menos; b) obter, em cada'disciplina, a nota final quatro, pelo menos. l* A nota global, em cada grupo de disciplina, será a média aritméüca das notaj finais dessas disciplinas. 2» Nota final de cada disciplina será a média ponderada de quatro elementos: a nota anual de exercicios e as notas da primeira e segunda provas parciais e da prova final. A êsses elementos se atribuirão respectivamente os pesos dois, dois, quatro e dois. *. SEÇAO VI " Dos trabalhos complementares Art. 40. São trabalhos complementares: a) as excursões; b) as atividades sociais escolares; c) os estágios, $ 1* Farão os alunos, conduzidos por autoridade docente, excursões em estabelecimentos de exploração agrícola, com o fim de observarem as atividades relacionadas com os seus estudos. 2* Os estabelecimentos de ensino agrícola -velarão pelo desenvolvimento, entre os alunos, de instituições sociais de caráter educativo, criando na vida delas, com um regímen de autonomia, as condições favoráveis à formação do gênio desportivo, dos bons sentimentos de camaradagem e sociabilidade, dos hábitos econômicos, do espírito de iniciaitva e de amor à profissão. Merecem especial atenção, entre essas instituições, as cooperativas, as quais deverão.ser constituídas em todos os estabelecimentos de ensino agrícola. 3* A direção dos estabelecimentos de ensino agrícola articula-se-á com estabelecimentos de exploração agrícola, para o fim de assegurar aos alunos a

335 1» SECÇÃO LEGISL. FEDERAL possibilidade de realização de estágios, que consistirão em períodos de trabalho, realizados sob a orientação da autoridade docente. SEÇAO VII Dfla alunos repetentes Art. 41. Quando repetentes por não terem alcançado a habilitação nos têrmos do art. 39 desta lei, serão os alunos obrigados a todos os trabalhos escolares e complementares da série repetida.. SEÇAO VIU Doa ãiplomoa Art. 42. Serão conferidos pelos estabelecimentos de ensino agrícola os diplomas seguintes: 1. Aos que concluírem o curso de iniciação agrícola ou o curso de mestria agrícola, respectivamente, o diploma de operário agrícola ou o diploma de mestre agrícola. 2. Aos que concluírem os cursos de agricultura, de horticultura, de zootecnia, de práticas veterinárias, de indústria agrícola, respectivamente o diploma de tecnioo em agricultura, técnico em indústrias agrícolas, técnico em laticínios ou técnico em mecânica agrícola." 3 Aos que concluírem os cursos de magistério de econômia rural doméstica, de didática do ensino agrícola ou de administração do ensino agrícola, respectivamente, o diploma de licenciado em econômia rural doméstica, licenciado em didática do ensino agrícola ou técnico em administração do ensino agrícola. 1» Permitir-se-á a revalidação de diploma de natureza dos de que trata êste artigo, conferido por estabelecimento estrangeiro de ensino agrícola. 2* Os diplomas de que trata o presente artigo, para que produzam efeito relativamente à admissão èm curso do ensino superior, estarão sujeitos a inscrição no registro competente.do Ministério da Agricultura. SEÇAO IX. Da caderneta escolar ^ Art. 43. Os alunos dos estabelecimentos de ensino agrícola possu irão ifma caderneta, em que se lançará o histórico de sua vida escolar, desde o in* gresso com os exames de admissão, até a conclusão, com a expediçã<o do devido diploma.

336 1«.SECÇÃO 607 LEGISL. FEDERAL ' CAPITULO V Do instrução moral e civica Art 44. Os estabelecimentos de ensino agrícola tomarão cuidado especial e constante com a educação moral e civica de seus alunos. Essa educação não será dada em tempo limitado, mediante a execução de um programa especifico, mas resultará da execução de todos os programas que dêem ensejo a ésse objetivo, e, de um módo geral, do próprio processo da vida escolar, que em tôdas as atividades e circunstâncias, deverá transcorrer em têrmos de elevada dignidade e fervor patriótico. CAPITULO VI Da orientação educacional e profissional Art. 45. Far-se-á, nos estabelecimentos de ensino agrícola, a orientação educacional e profissional. Art. 46. E função da orientação educacional e profissional, mediante as.necessárias observações, velar no sentido de que cada aluno execute satisfatóriamente os trabalhos escolares e em tudo o mais, tanto no que interessa à sua saúde quanto no que respeita aos seus asuntos e problemas intelectuais e morais, na vida escolar e fora dela, se conduza de maneira segura e conveniente, e bem assim se encaminhe com acêrto na escolha ou nas preferências de sua profissão. Art. 47. A orientação educacional e profissional estará continuamente articulada com os professôres e, sempre que possível, com a f&milia dos alunos. CAPITULO VII Da educação religiosa Art. 48. E licito ao3 estabelecimentos de ensino agrícola incluir o ensino de religião nos estudos do primeiro e do segundo ciclo, sem caráter obri- "gatório..* Parágrafo único. Os programas de ensino de religião e o seu regimen " didático serão fixados pela autoridade eclesiástica. TITULO IV fç- I DOs cursos de Continuação e de Aperfeiçoamento CAPITULO I r Dos cursos de Continuação f.: p Art. 49. Os cursos de continuação ou cursos práticos de agricultura re- ie^r-be-áo pelas seguintes prescrições: &

337 1* ê e c ç a ô éoô t-egisl. FÊDERAL 1. Os estabelecimentos de ensino agrícola administrarão os cursos que as condições do meio exigirem, e cuja organização seja compatível com a3 suas possibilidades financeiras e técnicas. 2. A duração dos curíos variará de acôrdo com.a matéria de cada um, nso devendo exceder a doze mêses. 3. Serão admitidos à matricula jovens maiores de 16 anos e adultos que tenham ínterésse em aprender, mediante sumário estudo, um oficio agricola especial ou uma técnica ou processo de aplicação usual ou recomendável na agricultura. 4. Os trabalhos escolares constarão de lições e exercícios. A habilitação dependerá de freqüência e de notas suficientes nos exercícios. 5. A conclusão de üm curso dará direito a um certificado, com mençào da matéria estudada. C A P I T U L O n Dos cursos de aperfeiçoamento Art.' 50. Os cursos de aperfeiçoamento regular-se-ão pelos preceitos seguintes : 1. Os estabelecimentos de ensino agricola ministrarão os cursos que as suas condições financeiras e técnicas permitirem. 2. A duração e a constituição de cada curso variarão de conformidade com a natureza da disciplina ou disciplinas que devem ser ministradas. 3. Os cursos serão acessiveis aos portadores de diploma de conclusão do curso de iniciação agricola, do curso de mestria agrícola, técnicos ou pedagógicos e bem assim a professôres, orientadores e administradores dé ensino agrícola. 4. Os trabalhos escolares constarão de lições, exercícios e exames. A habilitação dependerá de freqüência e de notas suficientes nos exercícios e exames. 5. A conclusão de um curso dará direito a um- certificado, com menção da modalidade e extensão dos estudos concluídos. TITULO V D o ensino agricola fem inino Art. 51. O direito de ingressar nos cursos de ensino agrícola é igual para homens e mulheres. Art. 52. No ensino agricola feminino serão observadas a s segu in tes prescrições especiais: 1. E recomendável'que 03 cursos do ensino agricola para mulheres sejam dados em estabelecimentos da ensino de exclusiva freqüência feminina. 2. As mulheres não se permitirá, nos estabelecimentos de ensino agríco- Ja, trabalho que, sob o ponto de vista de saúde, nào lhe3 seja adequado.

338 1. SECÇÃO 60S LEGISL. FEDERAL 3. Na execução dos programas, em todos os cursos, ter-se-á em mira a natureza da personalidade feminina e o papel da mulher na vida do lar. 4. Nos dois cursos de formação do primeiro ciclo, incluir-se-á o ensino de econômla rural doméstica. 5. Além dos cursos de continuação para mulheres que trabalhem na agricultura e destinados a dar-lhes sumário ensino de um oficio agrícola, ministrarão os estabelecimentos de ensino agrícola a mulheres,que trabalhem nas lides do lar cursos de continuação da economia rural domrstica para ensino rápido e prático os cursos dos'misteres da vida doméstica rural. TITULO VI Da organização escolar CAPITULO I Dos 'estabelecimentos de ensino agrícola federais, equiparados e reconhecidos Art. 53. O ensino agrícola será ministrado pelos poderes, públicos e é livre à iniciativa particular. Art. 54. ialém dos estabelecimentos de ensino agrícola federais, que serão os mantidos e administrados*sob a responsabilidade direta da União, poderá haver no país duas outras modalidades dêsses estabelecimentos de ensino: os equiparados e os reconhecidos. i» Equiparados serão os estabelecimentos de ensino agrícola mantidos pelos Estados ou pelo Distrito Federal, e que hajam sido autorizados pelo Govêrao Federal. 2* Reconhecidos serão os estabelecimentos de "ensino agricola mantidos pelos Municípios ou por pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado, e que hajam sido autorizados pelo Governo Federal. Art. 55. Conceder-se-á equiparação ou reconhecimento, mediante prévia verificação, aos estabelecimentos de ensino.agrícola cuja organização, sob tódos os pontos de vista, possuam as condições imprescindíveis a um regular e Útil funcionamento. 19 A equiparação ou o reconhecimento será concedido com relação a Um ou maía cursos de formação determinados, podendo estender-se, mediante a necessária verificação, a outros cursos também de formação.. 2v A equiparação ou o reconhecimento será suspenso ou cassado sempre que o estabelecimento de ensino agrícola, por deficiência de organização Pu quebra do regímen, não assegurar a continuidade das condições de eficiência indispensáveis. ' Art. 56. O Ministério da Agricultura, pelo seu órgão competente, articulado com o Ministério da Educação, para fins de cooperação pedagógic,a, f-xercerá inspeção sôbre 03 estabelecimentos de ensino agricola equiparados e reconhecidos. Essa inspeção far-se-á não sòmente sob o ponto de vista administrativo, mas ainda com o caráter de orientação pedagógica.

339 1» SÉCÇAO 610 LEGISL. FEDERAL Ãrt. 57. Os estabelecimento's de ensino agrícola administrados por qualquer ôrgão do Govérno Federal deverão também observar os preceitos de organização e de regimen'fixados na presente lei e na regulamentação que dela decorrer. Art. 58. Os estabelecimentos de ensino agrícola sob a administração dos Territórios não poderão vàlidaríiente funcionar sem prévia autorização do Ministério da Agricultura. A êsses estabelecimentos de ensino agricola se estenderá a inspeção de que trata o art. 56 desta lei. Art. 59. Sòmente os estabelecimentos de ensino agricola federais, equiparados e reconhecidos poderão usar alguma das denominações fixadas pelo art. 12, ou expedir diploma de natureza dos indicados pelo artigo 42 desta lei. Parágrafo único. A violação do presente artigo importará em proibição de funcionamento. CAPITULO n Da administração escolar Art A administração de cada estabelecimento de ensino agtícola estará enfeixada na autoridade do diretor, que presidirá ao funcionamento dos serviços escolares ao trabalho dos professores e orientadores, às atividades dos alunos e às relações de comunidade escolar com a vida exterior. Art. 61. Serão observadas, quanto à administração escolar, nos estabelecimentos de ensino agrícola, as seguintes prescrições: 1. As matriculas deverão ser limitadas à capacidade didática de cada estabelecimento de ensino agrícola. 2. Funcionarão os estabelecimentos de ensino agrícola com o regímen de internato, e bem assim, para os alunos residentes nas proximidades, com o re gímen de serní-intemato e de externato. 3. Serão convenientemente coordenados e executados os trabalhos escolares e complementares aos cursos de formação, e devidamente escolhidos os períodos especiais, no decurso do ano letivo, para a realização dos cursos de continuação e de aperfeiçoamento. 4. Manter-se-á permanente regularidade quanto ao provimento e à freqüência dos membros do corpo docente. 5. Cada estabelecimento de ensino agricola disporá de um serviço de saúde que nêle assegure a constante õbservâíicia de um adequado regímen de higiene escolar.,.6. Dar-se-á a necessária eficiência aos serviços administrativos gerais, ã organização e ao funcionamento burocrático, à escrituração escolar, à conservação de edifício ou edifícios utilizados, à conservação e à ordem do material escolar. 7. Serão organizados, em todos os estabelecimentos de ensino a g r ic o la campos experimentais e de demonstração. 8. Dar-se-á a cada estabelecimento de ensino agricola organização própria a manté-lo em permanente contato com as atividades exteriores de natureza agricola, especialmente cóm as que mais diretamente se rel&cio-

340 331 I: % ' ' - & 1* SECÇÃO 611 LEGISL. FEDERAL, ;/ r V nem com o ensino nêle ministrado. Será prevista, pelo respectivo regimentq, a instituição, junto ao diretor, de um conselho consultivo conposto de pessoas de atuação nas atividades agrícolas do, meio, e que cooperem na manutenção dêsso contato com as atividades exteriores. CAPITULO m Do corpo docente - Art. 62. O corpo docente, nos estabelecimentos de ensino agrícola, compor-se-á de professôres e de orientadores. Art. 63. A constituição do corpo docente far-se-á com observância dos S> seguintes preceitos: 1. Deverão os professôres das disciplinas de cultura geral e de cultura í;. técnica e os das práticas educativas e bem assim os orientadores receber conveniente formação em cursos apropriados. í 2. O provimento em caráter efetivo dos professôres e dos orientadores / dos estabelecimentos dg ènsino agrícola federais ou' equiparados dependerá P- da prestação de concurso. ^ K- i 3. Dos candidatos ao exercício das funções de professor ou de orientador \y. nos estabelecimentos de ensino agrícola reconhecidos exigir-se-á prévia ins- V' Crição no competente registro do Ministério da Agricultura. Ç. 4. E de conveniência pedagógica que os professôres das disciplinas de cul- : tura técnica que exijam esforços continuados e os orientadores trabalhem em rc-gímen' de tempo integral. v;: 5. Será facultada a admissão de professôres e técnicos mediante a indeínização por hora de aula. ^- CAPITULO IV l ; # - Da construção e do material escolar Art. 64. Os estabelecimentos de ensino agrícola, para que possam vàlida- _ mente funcionar, deverão satisfazer, quanto à construção de edifício ou edifíf. cios que utilizarem, e quando ao seu material escolar, às exigências do Ministé- V' rio da Agricultura, de acôrdo com as normas pedagógicas estabelecidas peio Ç Ministério da Educação. ir' í CAPITULO V 'i~ Do ensino primário nas escolas de iniciação agrícola ri - 1 «.< j -1 ' Art. 65 As escolas de iniciação agrícola poderão ministrar ensino prii-j tnário, de conformidade com a legislação competente, a adolescentes analfa- betos ou que ainda não tenham recebido aquêle ensino de modo satisfatório, í- 6 cm««piam rnnrtihatos án r.ursn d iniciac.ão aprírola.

341 ! SECÇÃO 612 LEG1SL. FEDERAL ' CAPITULO VI Da organização e regimen em cada, estabelecimento de ensino agrícola Art. 66. Os preceitos especiais relativos à organização e ao Tegimen de cada estabelecimento de ensino agrícola serão definidos pelo respectivo regimento. TITULO VI Do regimen disciplinar Art. 67. A direção dos estabelecimentos de ensino velará no sentido de que se observe constantemente, pelo corpo docente, pelo corpo discente e pelo pessoal administrativo, o regimen disciplinar obrigatório. TITULO VII Da iniciação agrícola para os maiores de dezessete anos Art. 68. Aos maiores de dezessete anos é permitida a obtenção do diploma correspondente à conclusão do curso de iniciação agrícola, independentemente de observância do regímen escolar para tal fim exigido por esta lei. Art. 69. Os candidatos ao diploma referido no artigo anterior prestarão exames de suficiência especiais. Parágrafo único. -Os exames de que trata éste artigo versarão sóbre tódas as disciplinas constitutivas decurso de iniciação agrícola e-constarão, para cada disciplina de cultura geral, de uma prova escrita e de uma prova oral, e, para cada disciplina de cultura técnica, somente de uma prova prática. A êsses exames se estendem, no que fôr aplicável, os preceitos que, nos têrmos desta lei, regem os exames de suficiência. I, Art. 70. O diploma obtido de conformidade com o regímen de exceção definido nos dois artigos anteriores dará' ao seu portador os mesmos direitos conferidos ao diploma obtido em virtude de conclusão do curso de iniciação agrícola. t i t u l o v m Da educação agrícola circunvizinha Art. 71. Os estabelecimentos de ensino agrícola buscarão estender a sua Influência educativa sóbre as propriedades agrícolas circunvizinhas, quer levando-lhes ensinamentos relativos aos seus trabalhos agrícolas habituais ou de matéria de economia rural doméstica, quer despertando entre a população rural lnterêsse pelo ensino agrícola e compreensão de seus objetivos e feit03.

342 333 J.» ÊflSCÇAO 613 -r- LEGISL. FEDERAL..TITULO IX Das providências previstas para o desenvolvimento do ensino agrícola Art. 72. Ao Ministério da Agricultura caberá prescrever as seguinte3 medidas de ordem geral: I. Estudar, em entendimento com os governos estaduais e as administrações municipais, e com os meios agrícolas interesçados, um programa de conjunto de caráter funcional, para o desenvolvimento do ensino agrícola, mediante a instituição de um sistema geral de escolas agrícolas e de escolas de iniciação agrícola. Nesse programa se incluirá a instituição de estabelecimento de ensino agrícola para freqüência exclusivamente feminina. II. Estabelecer, mediante os necessários estudos, as diretrizes gerais relativas aos diferentes prpblemas de ensino agrícola, especialmente, quanto à determinação dos conhecimentos que devem entrar na preparação profissional de cada modalidade de ofício ou técnica, à definição da metodologia própria do ensino agrícola e à organização das atividades escolares da orientação educacional e profissional. Art. 73. Aos poderes públicos em geral incumbe: JL. Adotar nos estabelecimentos oficiais de ensino agrícola, o sistema da gratuidade. II Instituir, com a cooperação dos círculos interessados e em beneficio dos que não possuam recursos suficientes, assistência escolar que possibilite a formação profissional dos candidatos de vocação e o aperfeiçoamento profissional dos mais bem dotados. TTTr Promover a èlevação de nível dos ensinamentos e da competência pedagógica dos professôres e dos orientadores dos estabelecimentos de ensino agrícola, pela realização de cursos de aperfeiçoamento, pela organização de estágios especiais em estabelecimentos de exploração agrícola e pela concessão de bôlsas de estudo para viagem ao estrangeiro. ) TTTXJLO X, Disposições finais Art. 74. O Presidente dá República expedirá o regulamento dos currículos do ensino agrícola. Nesse regulamento especial se fará a discriminação e a seriação das disciplinas substitutivas dos cursos de formação do ensino agtlcola e se disporá sôbre a organização dos programas de ensino para essas disciplinas e para as práticas educativas. Art. 75. Serão ainda expedidos pelo Presidente da República os demais regulamentos necessários à execução da presente lei. Para o mesmo efeito dessa execução e para execução dos regulamentos que sôbre a matéria baixar o Presidente da República, expedirá o Ministro da Agricultura as necessárias instruções. Art. 76. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 77. Ficam revogadas as disposições em contrário.

343 334 A N E X O V F O T O S

344 335

345 D e s f i l e da Juventude por ocasião da visita de C a p a n e m a a Curitiba, 14 d e o u t u b r o d e

346 337 D e s f i l e da Juventude por ocas i ã o da v i s i t a de Capanema a Curitiba, 14 d e o u t u b r o d e 1943.

347 338 M a n i f e s t a ç ã o Cívica.

348 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CORPO DOCENTE 01. A B R E U, A l c i d e s. D o u t o r era D i r e i t o ( E c o n o m i a P o l í t i c a e T e o r i a G e r a l d o E s t a d o ). 02. B L A S I, P a u l o H e n r i q u e. (Doutor e m D i r e i t o A d m i n i s t r a t i v o ). 03. B A S T O S, J o ã o J o s ê - C a l d e i r a. (Mestre e m D i r e i t o p e l a U F S C ). 04. B O R G E S, N i l s o n. (Mestre e m D i r e i t o p e l a U F S C - C u r s a n d o D o u t o r a d o n a U F S C ). 05. C A R L I N, V o l n e i I v o. ( D o c t o r a t D ' E t a t - U n i v e r s i d a d e de Toul o u s e - F r a n ç a ). 06. C A U B E R T, C h r i s t i a n Guy. D o u t o r em D i r e i t o (Doctorat D ' E t a t - U n i v e r s i d a d e de T o u l o u s e - F r a n ç a ). 07. C O E L H O, Luiz F e r n a n d o. D o u t o r e m D i r e i t o ( F i l o s o f i a do D i r e i t o ). 08. G O U L A R T, C l õ v i s de Souto. D o u t o r em D i r eito. (Teoria G e r a l do Estado)..

349 09. G R I L L O, V e r a de A r a ú j o. M e s t r e e m D i r e i t o p e l a UFSC. C u r s - s a n d o D o u t o r a d o n a U F S C. 10. M E L O, Ari K a r d e c B o s c o de. D o u t o r em D i r e i t o ( D i r e i t o F i n a n c e i r o ). 11. M E L O, O r l a n d o F e r r e i r a de. D o u t o r em D i r e i t o p e l a UFSC. 12. M E L O, O s v a l d o F e r r e i r a de. D o u t o r e m D i r e i t o (Teoria G e r a l d o E s t a d o ). 13. M I N E L L A, O l g a M a r i a de A g u i a r. D o u t o r a em D i r e i t o ( D i r e i t o S o c i a l - U N A M - M É X I C O ). 14. P A S O L D, C e s a r Luiz. D o u t o r em D i r e i t o (Direito do E s t a d o - U S P - S P ). 15. R E G I S, O s n i de M e d e i r o s. D o u t o r em D i r e i t o ( Teoria G e r a l d o E s t a d o e E c o n o m i a ). 16. R O C H A, Leonel S evero. M e s t r e e m D i r e i t o p e l a UFSC. C u r s a n d o D o u t o r a d o n a UFSC. 17. V E I G A, Luiz A d o l f o O l s e n da. M e s t r e em D i r e i t o p e l a U F S C. C u r s a n d o D o u t o r a d o n a ' U F S C. 18. V I E I R A, J o s é M a r e i o M a r q u e s. M e s t r e em D i r e i t o p e l a U F SC. C u r s a n d o D o u t o r a d o n a UFSC.

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