Direito Empresarial III

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1 Direito Empresarial III FALÊNCIA : TEORIA GERAL INTRODUÇÃO A FALÊNCIA (que é a execução concursal do empresário), A RECUPERAÇÃO JUDICIAL E A RECUPERAÇÃO EXTRA-JUDICIAL (que são medidas de preservação do devedor) são tuteladas pela LEI /05. Principais norteadores da LF: PRINC. DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA (decorre do princ. da função social da empresa) PRINC. DO PAR CONDITIO CREDITORUM INTRODUÇÃO O principal objetivo da nova Lei de Falências Lei nº /2005 foi viabilizar a recuperação de empresas em dificuldade financeira, com a manutenção de empregos, redução dos juros bancários e concessão de maiores garantias aos credores, substituindo, para isso, a figura da concordata e criando, em substituição, as figuras da recuperação extrajudicial e da recuperação judicial. Inicialmente, examinaremos o instituto da falência, para, então, adentrarmos nas figuras que substituíram a antiga concordata. 1

2 CRISE NA EMPRESA CRISE FINANCEIRA: crise de caixa, impontualidade no pagamento de obrigações. Causas: má gestão financeira; excesso de investimentos; reflexo da crise econômica Possíveis soluções: empréstimos, liquidação de estoque, venda de bens, redução de equipe, admissão de sócio, recuperação judicial CRISE NA EMPRESA CRISE ECONÔMICA: crise no empreendimento, faturamento incompatível com a manutenção da empresa. Causas: desaquecimento do mercado ou economia; falha na gestão (diminuição da competitividade: preço, inadequação tecnológica) Possíveis soluções: redução de equipe, adequação do empreendimento; liquidação de estoque, admissão de novo sócio, empréstimos, recuperação judicial CRISE NA EMPRESA CRISE PATRIMONIAL: crise entre ativo e passivo; a totalidade dos bens sociais é inferior às dívidas. Elevação de risco à credores e investidores. Causas: período de elevados investimentos (com retorno a médio prazo, como construção ou ampliação do parque fabril); má gestão e agravamento da crise econômica. Possíveis soluções: redução de equipe, aumento de eficiência, empréstimos, liquidação de estoque, admissão de novo sócio, recuperação judicial (?) 2

3 CRISE NA EMPRESA E FALÊNCIA CRISE PATRIMONIAL + CRISE FINANCEIRA + CRISE ECONÔMICA = INSOLVÊNCIA ECONÔMICA FALÊNCIA Em caso de insolvência econômica, a regra da execução individual das dívidas será injusta perante a massa de credores, pois os credores que conseguirem penhorar bens antecipadamente serão beneficiados com a satisfação integral de seus créditos em prejuízo dos demais. OBS: não é requisito para a falência = art. 94 LF FALÊNCIA X INSOLVÊNCIA CIVIL Principais diferenças de tratamento da crise da empresa (L.F.) e do devedor não empresário (art. 955 e ss CC/02): 1. Recuperação da empresa: concessão de moratória e/ou parcelamento e/ou redução de valores devidos por meio de plano de recuperação que evita a falência. 2. Falência: Extinção das obrigações pelo pagto. de mais de 50% das dívidas após a alienação do ativo, gera a quitação integral do passivo (art. 158, II da LF). PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 1. Devedor empresário; 2. Insolvência; 3. Sentença declaratória da falência. 3

4 PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 1. Devedor sujeito à falência: Empresário (pessoa jurídica ou física), regular ou irregular, que explora atividade econômica organizando os 4 fatores de produção - Art. 1º da LF c/c art. 966, CC/02 OBS1: Art. 966, parágrafo único = atividade não empresária OBS2: Art. 971, CC: agronegócio = empresário x produtor rural = não empresário OBS3: Atividade não econômica (associações, fundações, ONGs) = não empresária ATIVIDADE ECONÔMICA finalidade de lucro (subsistência) NÃO ECONÔMICA finalidade cultural, educacional, ambiental, social, esportiva, religiosa etc. EMPRESÁRIA NÃO EMPRESÁRIA ONGS (Organizações Ñ Governamentais) Empresário Individual Profissional Liberal Associações EIRELI Artesões / Artistas Fundações Cientistas Instituições Confessionais Soc. Empresária LTDA Soc. Simples LTDA Soc. Anônima (SA) Cooperativa Registro: Junta Comercial Registro: Cartório de Reg. de Pessoa Jurídica * * Eventual registro de atividade simples ou não econômica na Junta Comercial não a transforma em sociedade empresária. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Excluídos TOTALMENTE do processo de falência: 1. Cooperativas (art. 75 da L /71). 2. Empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 2º, LF); 3. Câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e de liquidação financeira (art. 193, LF); 4. Entidades fechadas de Previdência Complementar (arts. 46 e 47 da LC 109/01). 4

5 PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Excluídos PARCIALMENTE do processo de falência: 1. Instituições financeiras (Lei n. 6024/74): 2. Sociedade que explore exclusivamente o leasing (Res. BC 2309/96) 3. Sociedades administradoras de consórcios (art. 10, L. 5768/71) itens 1,2 e 3 liquidação extrajudicial autorizada pelo BACEN (Banco Central) PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Excluídos PARCIALMENTE do processo de falência: 4. Companhias de seguros (art. 26 Dec.L. 73/66) 5. Entidades abertas de Previdência Complementar (LC 109/01, art. 73) 6. Entidades abertas de capitalização (art. 4º Dec.L 261/67) 7. Operadoras de planos privados de assistência à saúde (art. 23, L. 9656/98) itens 4,5 e 6 liquidação extrajudicial autorizada pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) item 7 liquidação extrajudicial autorizada pela ANS (Agência Nacional de Saúde) PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Excluídos parcialmente do processo de falência: Aos excluídos parcialmente do processo de falência, este somente terá cabimento em 2 hipóteses, sempre a serem verificadas no decorrer da liquidação extrajudicial: - Quando houver indício de crime falimentar - Quando o ativo não ultrapassar metade do passivo quirografário. 5

6 PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 2) Insolvência Jurídica No processo falimentar, não é necessária a prova da insolvência econômica (patrimônio menor que o passivo). Basta o enquadramento em uma das hipóteses previstas no art. 94, LF. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 2) Insolvência Jurídica HIPÓTESES: a) a impontualidade injustificada (art. 94, I, LF); b) execução frustrada (art. 94, II, LF); c) a prática de atos de falência (art. 94, III, LF). CRISE NA EMPRESA E FALÊNCIA PRÁTICA DE ATOS DO ART. 94 DA LF PRESUNÇÃO DE CRISE = INSOLVÊNCIA JURÍDICA FALÊNCIA A prática de certos atos, gera a presunção de crise insuperável. Assim, mesmo que o empresário não esteja propriamente em insolvência econômica (com passivo superior ao ativo e impontualidade), é possível ter sua quebra decretada se ficar configurada a insolvência jurídica prevista no art. 94 da LF. Logo, NÃO É NECESSÁRIA A PROVA DE QUE O PASSIVO SUPERA O ATIVO. 6

7 Pressupostos para a falência: 2) Insolvência Jurídica: impontualidade injustificada (art. 94, I, LF) impontualidade injustificada de obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos na data do pedido de falência (art. 94, I, da LF); OBS: É possível o litisconsórcio ativo PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Para que se prove a impontualidade injustificada, é necessário que o título que represente a obrigação seja protestado ainda que ele, por sua natureza, não o exija, conforme determina o art. 94, 3º, da LF. Títulos de crédito, títulos executivos extrajudiciais e judiciais (arts. 584 e 585, II e VII, do CPC), a sentença trabalhista, os títulos da dívida ativa (CDA). Em todos os casos deverá ser realizado o protesto cambial ou o protesto especial. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 2) Insolvência Jurídica: execução frustrada (art. 94, II, LF) configura-se quando o executado por qualquer quantia líquida não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal (art. 94, II, da LF); OBS: É necessária Certidão de objeto e pé para a prova da execução frustrada 7

8 PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA Esse pressuposto estará configurado na hipótese em que o executado, por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal. Nesse caso, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. Não se exige, portanto, que o título seja levado a protesto, nem que tenha valor superior a 40 salários mínimos. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA 2) Insolvência Jurídica: a prática de atos de falência (art. 94, III, LF). liquidação precipitada, negócio simulado, alienação irregular do estabelecimento, simulação de transferência de estabelecimento, concessão ou reforço de garantia a credor por dívidas anteriormente contraídas, abandono do estabelecimento comercial, descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação judicial A SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA 3) Sentença declaratória de falência: encerra a fase pré-falimentar (pedido de falência) e marca o início da fase de execução concursal. Efeitos da constituição do estado de falência (art. 77 LF): OBS: art. 81 LF a) o vencimento antecipado das dívidas, com o abatimento proporcional dos juros, e conversão de todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial, para todos os efeitos legais.; b) a arrecadação de todos os bens suscetíveis de penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo. 8

9 FALÊNCIA: CARACTERÍSTICA PECULIAR Juízo universal (art. 76, LF). O juízo da falência é universal, ou seja, todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo em que tramita o processo falimentar. Porém, à regra da universalidade existem algumas exceções. PROCESSO FALIMENTAR EXCEÇÕES DO JUÍZO UNIVERSAL DA FALÊNCIA: 1. Ações não-reguladas pela lei falimentar em que a massa falida seja autora ou litisconsorte; EX: Ação de Anulação de Duplicata, Cautelar de Sustação de Protesto e Crimes comuns (que não os falimentares), proposta pela falida antes da decretação de quebra. 2. Reclamações trabalhistas (art. 114, CF); 3. Execuções fiscais (art. 187 do CTN e art. 29 da LEF (Lei 6.830/80); 4. Ações de conhecimento de competência da Justiça Federal (art. 109, I, CF); 5. Ações que demandarem quantia ilíquida. Independentemente, o administrador judicial da massa falida deverá ser intimado para representá-la, sob pena de nulidade do processo. Exercícios: 1. Dentre os princípios que estruturam o atual regime legal de insolvência empresarial, pode-se afirmar que o princípio da preservação da empresa é o mais importante ou relevante? Por quê? 2. Defina o princípio par conditio creditorum. 3. A quem se dirige a Nova Lei de Falências (Lei /05)? Pode ser decretada a falência de pessoa física? E de Instituição Financeira? 9

10 Direito Empresarial III FALÊNCIA : PROCESSO FALIMENTAR I PROCESSO FALIMENTAR Etapas/Fases da falência: 1. Pedido de falência (pré-falimentar) 2. Falencial (execução concursal) 3. Reabilitação do falido. Petição Inicial Sentença Declaratória Decisão de encerramento da falência da falência!!!! PRÉ-FALIMENTAR EXECUÇÃO CONCURSAL REABILITAÇÃO PRINCÍPIOS PROCESSUAIS NA FALÊNCIA: CELERIDADE e ECONOMIA PROCESSUAL PROCESSO FALIMENTAR Legislação aplicável: Principal: Lei de Falência (Lei /2005). Subsidiária: Código de Processo Civil. COMPETÊNCIA: Art. 3o LF: É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento* do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. * Sede administrativa (Trajano de Miranda Valverde) * Maior volume de negócios (Fábio Ulhoa Coelho) 10

11 PROCESSO FALIMENTAR LEGITIMADOS A REQUERER A FALÊNCIA (art. 97 LF): 1. O próprio devedor: autofalência; 2. O cônjuge sobrevivente, herdeiro do devedor ou inventariante: só para empresário individual. 3. Cotista ou acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade: somente para sociedades empresárias; 4. Qualquer credor. Direito Empresarial III FASE PRÉ-FALIMENTAR: AUTOFALÊNCIA FASE PRÉ-FALIMENTAR: AUTOFALÊNCIA Autofalência (art. 97, I, c/c arts. 105/107, LF): O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial. Na autofalência, ou falência requerida pelo próprio empresário, o pedido deve vir instruído com uma longa lista de documentos previstos no art. 105 da LF. 11

12 FASE PRÉ-FALIMENTAR: AUTOFALÊNCIA Documentos que deverão instruir a inicial: I demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável; II relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; FASE PRÉ-FALIMENTAR: AUTOFALÊNCIA Documentos que deverão instruir a inicial (continuação): IV prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; V os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. FASE PRÉ-FALIMENTAR: AUTOFALÊNCIA Se apresentado o pedido devidamente instruído, o juiz decretará a quebra do requerente. Quando o próprio devedor requer a quebra, o juiz somente não irá decretá-la em caso de desistência apresentada antes da sentença. Depois de decretada a falência, aplicam-se as mesmas regras da falência requerida pelos credores. 12

13 Direito Empresarial III FASE PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA LEGITIMADOS: Normalmente feito por um dos credores (art. 97, IV, LF). Mas também pode ser solicitada pelas seguintes pessoas: Cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante (art. 97, II); Cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade (inciso III). PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA Requisitos específicos para o credor empresário pedir a falência ( art. 97, LF): 1. Apresentar certidão do Registro Público de Empresas (JUNTA COML.) que comprove a regularidade de suas atividades. 2. O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 da LF. 13

14 PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA TÍTULO: O credor para o fazer o pedido de falência deve exibir o título, mesmo que não vencido (para pedido de quebra com base no art. 94, III LF) ou sendo vencido, devidamente protestado (art. 94, I LF). RITO: Segue o rito dos artigos 98 e seguintes da LF. PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA DEFESA DO REQUERIDO: Citado, no prazo de 10 dias, o requerido poderá (art. 98 LF): 1. Só contestar (caso de impontualidade art. 96 LF); 2. Só depositar o valor apontado como devido depósito elisivo (em caso de impontualidade ou execução frustrada); Súm. 29 do STJ 3. Contestar e depositar o valor apontado como devido depósito elisivo (em caso de impontualidade ou execução frustrada, a falência fica afastada, se torna ação de cobrança ); 4. Apresentar plano de recuperação judicial (art. 95); 5. Deixar escoar o prazo sem manifestação; PRÉ-FALIMENTAR: PEDIDO DE FALÊNCIA COMPOSIÇÃO: 1. Não existe previsão de audiência de conciliação no processo de falência. 2. Não obstante, é possível a composição entre as partes no pedido de falência por impontualidade (EX. parcelamento de dívida ou recebimento em valor menor) através de petição conjunta de acordo. 3. Caso em que, será extinto o processo sem a decretação da quebra, ante ao afastamento da impontualidade. 14

15 Exercícios: Quais os requisitos para decretação de falência do devedor? Pode haver litisconsórcio para que se atinja o limite de 40 salários mínimos necessários para decretação da falência? Exercícios: Caracteriza-se o estado de insolvência face a: a) sinais de crise na empresa e dificuldades com a administração do negócio b) impontualidade, frustração da execução, atos suspeitos e descumprimento da recuperação judicial c) impontualidade, falta de pagamento de credores, frustração da execução e atos suspeitos d) falta de pagamento de credores, ação de cobrança e descumprimento da recuperação judicial Exercícios: No caso de pedido de falência com base na impontualidade a) o protesto só será necessário caso haja coobrigados no título executivo extrajudicial b) não há necessidade de protesto para títulos executivos extrajudiciais e nem judiciais c) o protesto é necessário somente no caso de títulos executivos extrajudiciais, sob pena de inépcia da inicial d) há necessidade de protesto tanto para os títulos executivos extrajudiciais como para os títulos judiciais, sob pena de inépcia da inicial. 15

16 Exercícios: Sendo a CDA um título executivo extrajudicial, pode o fisco requerer a falência de uma sociedade empresária por não pagamento de tributo? Como se define o juízo concursal competente no caso de filial de empresa estrangeira, estabelecida no Brasil? Por quê? Exercícios: Qual o critério utilizado para definir o juízo do principal estabelecimento do devedor? Para se definir o foro competente nos processos de recuperação judicial e falência, basta verificar-se, no contrato social ou estatuto social, o endereço da matriz da empresa? Você concorda com essa afirmação? Por quê? Exercícios: Uma vez recebido o pedido de falência, o juiz determinará a citação do devedor que: a) deverá optar por apresentar sua defesa ou realizar o depósito elisivoda falência,no prazo de 10 dias. b) poderá apresentar defesa no prazo de 10 dias e em igual prazo, também, o valor total do crédito, elidindo a falência, seja qual for o resultado do julgamento c) poderá apresentar defesa no prazo de 10 dias e em igual prazo depositar o valor total do crédito, elidindo a falência, desde que julgado improcedente o pedido d) terá, obrigatoriamente, de apresentar sua defesa e realizar o depósito elisivo da falência, no prazo de 10 dias, sob pena de decretação da falência por falta de garantia do juízo 16

17 Direito Empresarial III FASE PRÉ-FALIMENTAR: SENTENÇA Sentença declaratória da falência Deve conter (art. 99, LF): I conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; II fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindose, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados; Sentença declaratória da falência Deve conter (art. 99, LF): III ordenará ao falido que apresente, no prazo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; IV explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no 1o do art. 7o desta Lei; 17

18 Sentença declaratória da falência. Deve conter (art. 99, LF): V ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos 1o e 2o do art. 6o desta Lei; VI proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; Sentença declaratória da falência. Deve conter (art. 99, LF): VII determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime falimentar; Sentença declaratória da falência. Deve conter (art. 99, LF): VIII ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei; 18

19 Sentença declaratória da falência Deve conter (art. 99, LF): IX nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei; X determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; Sentença declaratória da falência Deve conter (art. 99, LF): XI pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, (art. 99, VI e XI, e art. 109) Sentença declaratória da falência Deve conter (art. 99, LF): XII determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembleia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; 19

20 SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA Deve conter (art. 99, LF): XIII ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA A sentença declaratória da falência tem caráter constitutivo. Após ter sido proferida, a pessoa, os bens, os atos jurídicos e os credores do empresário falido ficam sujeitos a um regime jurídico específico, que é o falimentar. Uma vez declarado procedente o pedido de falência, o juiz deverá atentar-se tanto ao disposto no art. 458 do CPC (que contém os requisitos gerais da sentença) quanto ao art. 99 da LF (que se refere às medidas a serem tomadas imediatamente após o proferimento da sentença declaratória da falência). SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA O juiz também pode determinar medidas cautelares de interesse à massa, como o sequestro de bens, assim como ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando houver provas da prática de crimes falimentares. 20

21 SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA A sentença declaratória de falência deverá ser publicada por edital, ou seja, não apenas o deu dispositivo, mas seu inteiro teor deve ser publicado no Diário Oficial. Além disso, se a massa falida comportar, deverá ser publicada em jornal ou revista de circulação regional ou nacional. Proceder-se-á, ainda, à intimação do Ministério Público e das Fazendas respectivas, e finalmente a falência deverá ser comunicada à Junta Comercial em que o falido tem seus atos arquivados. A SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA Sentença declaratória de falência: encerra a fase pré-falimentar (pedido de falência) e marca o início da fase de execução concursal. Efeitos do reconhecimento do estado de falência (art. 77 LF): OBS: art. 81 LF a) o vencimento antecipado das dívidas, com o abatimento proporcional dos juros, e conversão de todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial, para todos os efeitos legais.; b) a arrecadação de todos os bens suscetíveis de penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo. TERMO LEGAL DA FALÊNCIA O termo legal da falência pode retroagir em até 90 dias contados (art. 129 LF): 1. Do primeiro protesto (regular) por falta de pagamento do falido 2. Da distribuição do pedido de falência 3. Do pedido de Recuperação Judicial 21

22 SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA. Da decisão que decreta a falência cabe agravo de instrumento no prazo de 10 dias (art. 100, LF). A previsão de recurso de agravo para recorrer da decisão de decretação da quebra visa garantir a celeridade e efetividade do processo de falência e o interesse da massa de credores, possibilitando o início da fase de execução concursal imediatamente. SENTENÇA DENEGATÓRIA DA FALÊNCIA. Da sentença que julga a improcedência do pedido de falência, cabe apelação no prazo de 15 dias (art. 100, LF). Julgado improcedente o pedido de falência, o juiz deverá examinar o comportamento do requerente e, se for o caso, aplicar o artigo 101 da LF. Caso a sentença denegatória da falência ocorra em razão de depósito elisivo, o requerido deverá ser condenado em sucumbência; Em caso de acolhimento das razões do requerido, é o requerente quem arcará com a sucumbência. Exercícios: Considera-se o termo legal da falência: a) um período decretado pela sentença, no qual todos os atos do falido são considerados suspeitos e passíveis de nulidade. b) um período estabelecido pelo Juízo, a partir do qual, os atos são revogáveis c) um período onde os atos são passíveis de restituição d) um período deferido ou não a critério do Juizo. 22

23 Exercícios: A sentença que decreta a falência tem natureza declaratória ou constitutiva? Materialmente a sentença declaratória da falência é considerada sentença ou decisão interlocutória? Gabarito Q2. Segundo lição do prof. Bernardo Pimentel Souza, ao tecer comentários sobre as "sentenças agraváveis", in verbis: "Cabe recurso de agravo quando a decisão interlocutória proferida pelo juiz de primeiro grau é denominada sentença pelo legislador ou pelo próprio julgador [...] duas "sentenças" agraváveis são encontradas nos artigos 18, parágrafo único, e 99, caput, ambos da Lei n.o , de Com efeito, tanto a "sentença que houver julgado as impugnações" (artigo 18, parágrafo único, in fine) quanto a "sentença que decretar a falência do devedor" (artigo 99, caput) são agraváveis, porquanto são verdadeiras decisões interlocutórias, consoante revelam os artigos 17, caput, e 100, proêmio, ambos da Lei n.o , de 2005, respectivamente. Aliás, prevalece o entendimento jurisprudencial de que a interposição do recurso de apelação configura erro grosseiro, de forma a afastar a aplicação do princípio da fungibilidade. Com efeito, a interposição da apelação configura erro em ambas as hipóteses" (Bernardo Pimentel Zouz. Introdução aos recursos cíveis. 5 ed. São Paulo:Saraiva, p. 433).Assim sendo, o recurso cabível é o de agravo de instrumento (art. 524 do CPC). Direito Empresarial III SENTENÇA: EFEITOS DA FALÊNCIA 23

24 EFEITOS DA FALÊNCIA: PESSOA DO FALIDO A sentença declaratória de falência produz efeitos em relação à pessoa do falido, seus bens, obrigações e credores. São efeitos da sentença declaratória de falência em relação à pessoa do falido: a) o falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações (art. 102 LF); EFEITOS DA FALÊNCIA: PESSOA DO FALIDO São efeitos da sentença declaratória de falência em relação à pessoa do falido: b) o falido perde a administração e a disponibilidade de seu patrimônio (art. 103); c) suspende-se a proteção do sigilo à correspondência em relação à atividade empresarial; d) o falido só pode praticar, sem a autorização do juiz, os atos não-patrimoniais da vida civil; EFEITOS DA FALÊNCIA: PESSOA DO FALIDO São efeitos da sentença declaratória de falência em relação à pessoa do falido: e) o falido não pode se ausentar do lugar da falência sem a autorização do juiz; e f) o falido submete-se a uma série de deveres, previstos no art. 104 da LF, colaborando com a administração da falência. 24

25 EFEITOS DA FALÊNCIA: BENS DO FALIDO Os efeitos da decretação de falência sobre os bens do falido são profundos (arts. 108 a 114 LF). Nesse sentido, decretada a falência, todos os seus bens existentes na época de sua decretação ou adquiridos no curso do processo ficam sujeitos à massa falida. Se o falido for o espólio, fica suspenso o processo de inventário. EFEITOS DA FALÊNCIA: BENS DO FALIDO Os efeitos da decretação de falência sobre os bens do falido são profundos. Assim, todos os bens de que o falido for proprietário (mesmo que estejam em poder de terceiros) ou possuidor serão arrecadados e depositados judicialmente por pessoa indicada pelo administrador judicial. Se a arrecadação atingir bens de terceiros, estes poderão formular pedido de restituição (art. 85 da LF). EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos (arts. 115 a 128 LF): a) sujeita todos os credores aos efeitos da sentença, que somente poderão exercer os seus direitos sobre os bens do falido e do sócio ilimitadamente responsável na forma prevista pela LF; 25

26 EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos: b) suspensão do exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; e do exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas cotas ou ações, por parte dos sócios da sociedade falida; EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos: c) continuidade dos contratos bilaterais, que não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê; (art. 117 LF)** ** VIDE A FRENTE EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos: d) possibilidade de o administrador judicial, mediante autorização do Comitê, dar cumprimento a contrato unilateral se esse fato reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, realizando o pagamento da prestação pela qual está obrigada; (art. 118 LF)** ** VIDE A FRENTE 26

27 EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos: e) o mandato conferido pelo devedor, antes da falência, para a realização de negócios, cessará seus efeitos com a decretação da falência, cabendo ao mandatário prestar contas de sua gestão; EFEITOS DA FALÊNCIA: OBRIGAÇÕES DO FALIDO Em relação às obrigações do falido, a sentença declaratória produzirá os seguintes efeitos: f) as contas correntes com o devedor consideram-se encerradas no momento de decretação da falência, verificando-se o respectivo saldo. EFEITOS DA FALÊNCIA: CREDORES DO FALIDO Efeitos da sentença declaratória de falência em relação aos credores: 1. Formação da massa falida subjetiva; 2. Suspensão das ações individuais (art. 6º); 3. Vencimento antecipado dos créditos (art. 77); 4. Suspensão da fluência dos juros (art. 124). 27

28 Direito Empresarial III EFEITOS DA FALÊNCIA : CONTRATOS DO FALIDO (ARTS. 119 LF) CONTRATOS DO FALIDO O administrador judicial, mediante autorização do Comitê, poderá dar cumprimento a contrato unilateral se esse fato reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, realizando o pagamento da prestação pela qual está obrigada (art. 118). CONTRATOS DO FALIDO Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê (art. 117). 28

29 CONTRATOS DO FALIDO INTERPELAÇÃO JUDICIAL: MANIFESTAÇÃO SOBRE A CONTINUIDADE OU DISTRATO O contratante pode interpelar o administrador judicial, no prazo de até 90 dias, contado da assinatura do termo de sua nomeação, para que, dentro de 10 dias, declare se cumpre ou não o contrato. A declaração negativa ou o silêncio do administrador judicial confere ao contraente o direito à indenização, cujo valor, apurado em processo ordinário, constituirá crédito quirografário. CONTRATOS DO FALIDO a) Compra e Venda Mercantil (falência do comprador): vendedor não pode obstar a entrega das coisas expedidas e ainda em trânsito, se o falido, antes do requerimento da falência, as tiver revendido, sem fraude; b) Compra e Venda Mercantil (falência do vendedor): se o administrador judicial resolver rescindir o contrato de venda de coisas compostas, o comprador poderá requerer perdas e danos. colocando à disposição da massa falida as coisas já recebidas; CONTRATOS DO FALIDO c) Compra e Venda Mercantil ou Prestação de Serviço com pagamento a prestação (falência do vendedor): o administrador judicial poderá rescindir o contrato, devendo o credor habilitar seu crédito (relativo ao valor pago) na classe própria; d) Compra e Venda com Reserva de Domínio (falência do comprador): o administrador judicial poderá rescindir o contrato, podendo o vendedor recuperar a coisa móvel, devolvendo os valores já recebidos (Arts e 1071 CPC); 29

30 CONTRATOS DO FALIDO e) Compra e Venda a Termo (futuro): no contrato de coisa vendida a termo, que tenha cotação em bolsa ou mercado, e não se executando o contrato pela efetiva entrega daquelas e pagamento do preço, pagar-se-á a diferença entre a cotação do dia do contrato e a da época da liquidação em bolsa ou mercado; f) Compra e Venda de Imóveis: o administrador judicial não poderá rescindir a promessa de compra e venda. Na falência do vendedor, o compromisso deverá ser cumprido. Na falência do comprador, os direitos devem ser arrecadados e liquidados nos termos do art. 30 da L /79 CONTRATOS DO FALIDO g) Locação Empresarial (falência do locador): não resolve o contrato de locação h) Locação Empresarial (falência do locatário): o administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato; Direito Empresarial III EFEITOS DA FALÊNCIA : ATOS INEFICAZES e REVOGÁVEIS 30

31 ATOS INEFICAZES O falido, em razão de sua situação préfalimentar, pode ter praticado atos de alienação que podem prejudicar o direito de crédito da massa de credores. São atos objetivamente ineficazes, que não necessitam de prova de conluio e intenção de fraude contra credores (art. 129 LF), podendo ser declarados de ofício pelo juízo ou a requerimento dos credores ou do administrador judicial, mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo: ATOS INEFICAZES Atos objetivamente ineficazes (art. 129): a) Pagto. de dívidas não vencidas, dentro do termo legal da falência; b) Pagto. de dívidas vencidas e exigíveis, por forma diversa da prevista no contrato, dentro do termo legal da falência; c) Constituição de direito real de garantia, (inclusive a retenção), dentro do termo legal da falência, em favor de dívida contraída anteriormente; ATOS INEFICAZES Atos objetivamente ineficazes (art. 129): d) Atos a título gratuito, praticados até 2 (dois) anos antes da decretação da falência; e) Renúncia à herança ou a legado, praticada até 2 (dois) anos antes da decretação da falência; f) Trespasse irregular (sem anuência dos credores e sem ter deixados bens suficientes para a quitação das dívidas empresariais) g) Registro de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, realizados após a decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. 31

32 ATOS REVOGÁVEIS São atos subjetivamente ineficazes, que necessitam de prova de conluio fraudulento entre o falido e terceiro, bem como o prejuízo à massa falida (art. 130 LF), a ser requerido pelos credores ou do administrador judicial ou pelo MP, mediante ação própria: AÇÃO REVOCATÓRIA (art. 132 LF). JUÍZO COMPETENTE: para conhecer a Ação Revocatória é o juízo da falência. PRAZO PRESCRICIONAL: 3 anos contados da decretação de falência. AÇÃO REVOCATÓRIA ATOS REVOGÁVEIS LEGITIMADOS (P. ATIVO): o administrador judicial, qualquer credor ou o Ministério Público podem propor a ação revocatória. LEGITIMADOS (P. PASSIVO): art. 133 da LF I todos os que figuraram no ato ou por ele beneficiados (pagamento ou garantia); II terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, da intenção do devedor de prejudicar os credores; III contra os herdeiros ou legatários das pessoas indicadas nos incisos I e II deste artigo. Exercícios: Somente se admite o pedido de restituição: a) se os bens ainda não foram alienados b) de coisa vendida no período de 15 dias anteriores à decretação da falência c) se a coisa foi vendida à vista e entregue no período de 15 dias a contar da decretação da falência d) da coisa vendida a prazo e entregue ao devedor no período de 15 dias a contar do requerimento da falência. 32

33 Exercícios: Consideram-se atos ineficazes a) atos patrimoniais praticados pelo devedor, independentemente da intenção de fraudar, ocorridos no termo legal da falência e outros atos expressamente previstos na LRE b) diminuição do patrimônio do devedor desde que os atos sejam praticados dentro do termo legal da falências, doações e renúncia à herança desde que provado a fraude c) venda ou transferência do estabelecimento, sem o consentimento expresso dos credores ou pagamento dos mesmos, desde que presente a intenção de fraudar credores d) atos que impliquem na diminuição do patrimônio do devedor ocorridos a qualquer tempo antes da decretação da falência Exame OAB Nacional Segunda Fase Direito Empresarial. Em 15 de março de 2008, a pessoa jurídica Beta celebrou contrato de compra e venda de veículo de sua propriedade para a pessoa jurídica Gama, que se obrigou a efetuar o pagamento pela compra do veículo em 6 prestações iguais e mensais, vencendo a primeira em 15 de abril do mesmo ano. Em 20/3/2008, ou seja, 5 dias após a entrega do veículo, foi requerida a falência de Gama, pedido deferido posteriormente. Em face dessa situação hipotética, identifique, fundamentando-se na lei de falências e de recuperação de empresas, o procedimento mais adequado e eficaz para a defesa dos direitos de Beta, na hipótese de o veículo permanecer na propriedade de Gama e na de o veículo já ter sido alienado por Gama a terceiro de boa-fé. Em sua resposta, informe, ainda, os dispositivos legais aplicáveis. Direito Empresarial III ETAPA FALIMENTAR: ADMINISTRAÇÃO E ÓRGÃOS DA FALÊNCIA 33

34 ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA. A falência é administrada de uma maneira geral pelo juiz, pelo administrador judicial, pela Assembleia-geral de Credores e pelo Comitê de Credores, cada qual possuindo uma função específica. Ademais, a falência é fiscalizada pelo representante do Ministério Público, que funciona como fiscal da lei e representante dos interesses difusos. ADMINISTRADOR JUDICIAL Auxiliar do juiz, cargo de confiança do juízo (art. 21). Trata-se de um auxiliar do juízo, que fica sujeito à sua supervisão e à fiscalização do Comitê de Credores (art. 27, I, a, da LF). Artigo 30 LF: impedimentos para ser administrador. ADMINISTRADOR JUDICIAL O ADMINISTRADOR JUDICIAL é o profissional, de confiança do juiz, habituado à administração de empresas, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou ainda pessoa jurídica especializada, que representa a massa falida, auxilia o juiz na administração da massa falida e fiscaliza o devedor-falido. O administrador judicial é quem representa a massa falida, que é um ente despersonalizado, mas que apresenta capacidade judiciária. 34

35 ADMINISTRADOR JUDICIAL Atos de maior importância: 1. Verificação de créditos (artigo 7o ao 20); 2. Relatório inicial (art. 22, II, e, LF); 3. Contas mensais (art. 22, III, p, LF); 4. Relatório final (art. 155, LF) ADMINISTRADOR JUDICIAL OUTROS DEVERES: art. 22 A.enviar correspondência aos credores (art. 51, III; art. 99, III ou art. 105, II LF), comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; B.fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; C.dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; ADMINISTRADOR JUDICIAL OUTROS DEVERES: art. 22 D. exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; E. elaborar a relação de credores de que trata o 2o do art. 7o LF; F. consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 LF; 35

36 ADMINISTRADOR JUDICIAL OUTROS DEVERES: art. 22 G. requerer ao juiz convocação da assembleiageral de credores nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua oitiva para a tomada de decisões; H. contratar, mediante autorização judicial, profissionais para auxiliá-lo no exercício de suas funções; I. manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; ADMINISTRADOR JUDICIAL SUBSTITUIÇÃO E DESTITUIÇÃO (art. 31 LF): sendo a última uma penalidade em razão da desídia do administrador judicial ou de interesses conflitantes com a massa falida. O administrador deve cumprir diversos deveres na administração da massa falida, respondendo pessoalmente (em razão de culpa/dolo) em caso de prejuízo à massa falida, credores, falido ou terceiro prejudicado. OBS: legitimado para ação de reparação de danos durante o processo falimentar: MASSA FALIDA. Legitimado para a ação após o encerramento do processo falimentar: QQUER CREDOR QUE PEDIU A DESTITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR JUDICIAL CAUSAS PARA A SUBSTITUIÇÃO: a) Renúncia motivada; b) Morte; c) Incapacidade civil superveniente. 36

37 ADMINISTRADOR JUDICIAL CAUSAS PARA A DESTITUIÇÃO: a) Desobediência ou descumprimento dos deveres impostos pela LF; b) Negligência no cumprimento das funções; c) Prática de atos lesivos às atividades do falido ou de terceiros; ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES ÓRGÃO DELIBERATIVO em que participam todos os credores, divididos em classes de acordo com o crédito que titularizam. MATÉRIAS: a) Constituição do Comitê de Credores, eleição e substituição de seus membros; b) Adoção de modalidades extraordinárias para a venda de bens da massa falida; c) Outras matérias de interesse dos credores. CONVOCAÇÃO: compete ao juiz: publicação no D.O. e jornais de grande circulação na sede e filiais do falido. ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES COMPOSIÇÃO DA AGC: a) Titulares de créditos derivados da relação de trabalho e acidentes de trabalho; b) Titulares de créditos com garantia real; c) Titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, privilégio geral ou subordinados QUORUM DELIBERATIVO: em regra, maioria simples. Exceto: a) eleição dos membros do Comitê de Credores (eleitos pela classe que representam art. 44 LF); b) aprovação de forma alternativa de alienação de bens (quórum qualificado de 2/3 dos presentes na AGC) 37

38 COMITÊ DE CREDORES Se o patrimônio do falido comportar, a Assembleia Geral de Credores poderá constituir um Comitê de Credores, cuja função é auxiliar o juiz na administração da falência, fiscalizando as atividades do administrador judicial. COMPOSIÇÃO: a) 1 repres. de credores trabalhistas + 2 suplentes b) 1 representante de credores com garantia real ou privilégios especiais + 2 suplentes c) 1 representante de credores quirografários e com privilégios gerais + 2 suplentes COMITÊ DE CREDORES PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES (ART. 27 LF): a) Fiscalizar os atos e examinar as contas do administrador judicial; b) Zelar pelo bom andamento do processo e cumprimento da lei; c) Comunicar ao juízo, caso verifique a violação de direitos ou prejuízos aos interesses dos credores; d) Apurar e emitir parecer sobre qualquer reclamação dos interessados (credores, falido e terceiros) e) Requerer ao juiz para que convoque a AGC f) Fiscalizar a administração das atividades do falido, apresentando relatórios a cada 30 dias JUIZ e MINISTÉRIO PÚBLICO JUIZ: preside e fiscaliza a administração da falência. REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO: intervém no feito como fiscal da lei (arts. 8º, 9º, 30 e 132, LF). 38

39 DEVERES DO FALIDO (art. 104 LF) I assinar nos autos, desde que intimado da decisão, termo de comparecimento, com a indicação do nome, nacionalidade, estado civil, endereço completo do domicílio, devendo ainda declarar: a) as causas determinantes da sua falência; b) se sociedade, os nomes e endereços de todos os sócios, acionistas controladores, diretores ou administradores, apresentando o contrato ou estatuto social e suas alterações; c) o nome do contador encarregado da escrituração dos livros obrigatórios e os mandatos que porventura tenha outorgado a terceiros d) indicar seus bens imóveis e os móveis que não se encontram no estabelecimento; indicar outras sociedades que fizer parte; indicar suas contas bancárias, aplicações, títulos em cobrança e processos judiciais em andamento. DEVERES DO FALIDO II depositar em cartório, no ato de assinatura do termo de comparecimento, os seus livros obrigatórios, a fim de serem entregues ao administrador judicial, depois de encerrados por termos assinados pelo juiz; III não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e comunicação expressa ao juiz, e sem deixar procurador bastante, sob as penas cominadas na lei; IV comparecer a todos os atos da falência, podendo ser representado por procurador, quando não for indispensável sua presença; V entregar, sem demora, todos os bens, livros, papéis e documentos ao administrador judicial, indicando-lhe, para serem arrecadados, os bens que porventura tenha em poder de terceiros; DEVERES DO FALIDO VI prestar as informações reclamadas pelo juiz, administrador judicial, credor ou Ministério Público sobre circunstâncias e fatos que interessem à falência; VII auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza; VIII examinar as habilitações de crédito apresentadas; IX assistir ao levantamento, à verificação do balanço e ao exame dos livros; X manifestar-se sempre que for determinado pelo juiz; XI apresentar, no prazo fixado pelo juiz, a relação de seus credores; XII examinar e dar parecer sobre as contas do administrador judicial. 39

40 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS NA FALÊNCIA Os sócios solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações sociais são atingidos pela falência da sociedade, ficando sujeitos aos efeitos que a sentença declaratória produzir em relação à sociedade falida. Esses efeitos aplicam-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de dois anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. Qualquer que seja o tipo societário, ainda que estejamos tratando de sociedade limitada ou anônima, os representantes legais da sociedade estarão sujeitos às mesmas obrigações do falido. Direito Empresarial III FASE FALIMENTAR: PROCESSO FASE PRÉ-FALIMENTAR FASE FALIMENTAR Fase Cognitiva Fase Satisfativa Pedido de Citação Sentença Sentença de Falência do devedor de falência Encerramento Mensuração Realização Relatório 10 dias do Ativo do Ativo Final + + Defesa Depósito Mensuração Satisfação Prestação Elisivo do Passivo do Passivo de contas Pedido de do síndico Recup. Jud. 40

41 FASE FALIMENTAR A fase, ou etapa falimentar, é sub-dividida em duas fases (com finalidades distintas) que poderão ocorrer concomitantemente: Fase Cognitiva: destinada a mensuração do ativo (bens e direitos) e do passivo (dívidas). Fase Satisfativa: destinada à liquidação do patrimônio do falido e pagamento dos credores. FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO ATIVO Declarada a falência por sentença: Inicia-se, efetivamente, o processo falimentar; Definição do ativo, que envolve atos como a arrecadação de bens na posse do falido e exibição de documentos e escrituração mercantil (ver art. 108); FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO ATIVO ATOS: 1. Arrecadação de Bens (art. 108 LF): cabe ao administrador judicial a arrecadação e avaliação dos bens em posse do falido, docs e escrituração mercantil 41

42 FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO ATIVO ATOS: 2. Pedido de Restituição (art. 85 LF): caso os bens arrecadados em posse do falido sejam de propriedade de terceiro (ex. locação, depósito e comodato). É possível o pedido de restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao falido nos 15 dias anteriores ao pedido de falência. 3. Embargos de Terceiro (art. 93 LF): em caso de bens de terceiro terem sido arrecadados. EX: defesa da meação de cônjuge para empresário individual. FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO PASSIVO A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial com base: 1. Relação de Credores apresentada pelo falido (na inicial da autofalência ou nos 5 dias após a sentença de falência); 2. Livros contábeis, documentos comerciais e fiscais do falido 3.Documentos apresentados pelos credores... Vide quadro abaixo FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO PASSIVO Definição do passivo (ver arts. 7º ao 20). Compete ao Administrador Judicial. Feita com base na escrituração, documentos do falido e informações de credores (art. 7º). Publicação da relação de credores para possíveis impugnações (art. 8º e parágrafos do art. 7º). 42

43 FASE COGNITIVA: APURAÇÃO DO PASSIVO Definição do passivo (ver arts. 7º ao 20). Habilitação dos credores (arts. 9º e 10) e eventuais impugnações (arts. 11/13). Sentença homologatória dos credores pelo juiz (arts. 14/17). SENTENÇA DE FALÊNCIA AGRAVO (art. 17) (5 dias) (10 dias) RELAÇÃO DE CREDORES JULGAMENTO DAS (ART. 99, III, LF) IMPUGNAÇÕES PUBLICAÇÃO RELAÇÃO CRED. MANIFESTAÇÃO DO CONSOLID. (art. 52, 1º e art. 99, único) FALIDO/COMITÊ CRED. Q.G.CREDORES (art. 12 LF) (art. 18 LF) (15 dias) (5 dias) DIVERGÊNCIAS HABILITAÇÕES CONTESTAÇÃO HOMOLOGAÇ. (art. 7º, 1º) (art. 7º, 1º) (art. 11 LF) Q.G.CREDORES (45 dias) (5 dias) PUBLICAÇÃO RELAÇÃO CRED. IMPUGNAÇÃO SEM IMPUGNAÇ (art. 7º, 2º LF) DOS CREDORES DOS CREDORES (art. 8º LF) (10 dias) CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS (Art. 83 LF) 0 - créditos extraconcursais (art. 84) I os créditos trabalhistas, limitados a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, exceto as multas tributárias; 43

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