Aula IX: Decadência e Prescrição; Restituição e Compensação de Contribuições

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1 Aula IX: Decadência e Prescrição; Restituição e Compensação de Contribuições PARTE I - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO (art. 45, 46 e 88 da Lei n 8.212/91, art. 103 e 104 da Lei n 8.213/91, art. 345, 347, 348 e 349, RPS) 1 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO NO CUSTEIO Este assunto já é familiar para alguns, especialmente em razão das semelhanças com a lógica do direito tributário. Aqui, a idéia é exatamente a mesma, ou seja, tem-se o prazo decadencial para a confecção do lançamento, constituindo-se o crédito tributário, e depois desta etapa, começa a correr o prazo prescricional para a Fazenda dar início à execução fiscal, cobrando o valor devido. Vamos falar primeiro da decadência. Como sabemos, as contribuições sociais são objeto de lançamento por homologação (em regra), já que cabe ao sujeito passivo calcular o quanto deve e recolher este valor independente de qualquer manifestação da Fazenda. Nestas hipóteses, encontra aplicação o art. 150, 4 do CTN, que prevê que o prazo decadencial de 5 anos tem início com o fato gerador FG. Este início foge à regra geral do art. 173 do CTN, que prevê o início do prazo decadencial somente no início do exercício subseqüente àquele que o lançamento poderia ter sido efetuado. O tema, que já foi bastante controvertido, pois a Lei nº /91, nos arts. 45 e 46, fixava tanto a decadência como a prescrição do crédito previdenciário em 10 anos, em contrariedade ao CTN, que estabelece o prazo de 5 anos (arts. 150, 4º, 173 e 174, CTN). A questão foi finalmente definida 1

2 pelo STF com a edição da súmula vinculante nº. 8, que dispõe: SÃO INCONSTITUCIONAIS O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5º DO DECRETO-LEI Nº 1.569/19771 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI Nº 8.212/1991, QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO Enfim, o prazo começa a correr do FG, salvo, como prevê a parte final do art. 150, 4 do CTN, quando há dolo, fraude ou simulação. Nestas hipóteses, o prazo de 5 anos começa a correr do 1 dia do ano subseqüente, nos termos do art. 173, I do CTN. Para o STJ, o prazo também começa a correr do 1 dia do ano subseqüente quando o contribuinte nada paga, pois aí não haveria o que ser homologado. Pois bem, uma vez feito o lançamento, começa a correr a prescrição, certo? Não necessariamente. Muitas vezes, como já vimos, a contribuição previdenciária submete-se ao lançamento de ofício, como no caso de um auto-de-infração. Nestas hipóteses, é óbvio, o sujeito passivo terá direito ao contraditório e ampla defesa, podendo demonstrar, mesmo administrativamente, que o lançamento é equivocado, total ou parcialmente. Daí tem início o processo administrativo fiscal PAF, lembrando que, durante o andamento do mesmo, a exigibilidade do crédito está suspensa (art. 151, CTN). Nestas situações, tem decidido o STF que, uma vez feito o lançamento (AI), não há mais que se falar em decadência, mas a prescrição não se inicia, pois durante o PAF a Fazenda não pode, evidentemente, iniciar a execução fiscal. Assim o que corre durante o PAF? Decadência ou prescrição? Nenhum dos dois! Novamente de acordo com o STF, a prescrição somente se inicia com a constituição definitiva do crédito, que ocorre com a decisão final em âmbito administrativo. 1 Art 5º Sem prejuízo da incidência da atualização monetária e dos juros de mora, bem como da exigência da prova de quitação para com a Fazenda Nacional, o Ministro da Fazenda poderá determinar a não inscrição como Dívida Ativa da União ou a sustação da cobrança judicial dos débitos de comprovada inexequibilidade e de reduzido valor. Parágrafo único - A aplicação do disposto neste artigo suspende a prescrição dos créditos a que se refere. 2

3 Somente daí começa a correr a prescrição. As demais regras sobre prescrição, incluindo as hipóteses de interrupção do prazo (com a inovação da LC 118/05), são plenamente válidas para o custeio previdenciário. Mais adiante, ainda sobre este assunto, a legislação previdenciária, enigmaticamente, prevê que para comprovar o exercício de atividade remunerada, com vistas à concessão de benefícios, será exigido do contribuinte individual, a qualquer tempo, o recolhimento das correspondentes contribuições (art. 45-A, 1, Lei 8212/91). Ora, se poderia a SRFB exigir, a qualquer tempo, o recolhimento das contribuições do CI, como compatibilizar isso com a idéia de decadência e prescrição no custeio? Parece totalmente contraditório! Mas não é! A idéia é a seguinte: imaginemos um CI que já trabalha a 35 anos. Somente recolheu os últimos 20 anos, mas não pagou um centavo referente aos primeiros 15 de trabalho. Como acha que sabe alguma coisa, nosso amigo CI vai à previdência social, requerendo aposentadoria por tempo de contribuição, que é concedida, ao homem, após 35 anos de contribuição. Terá direito? Óbvio que não. A previdência dirá que os primeiros 15 anos, realmente, já caducaram, isto é, já foram objeto de decadência, mas isso não significa presumir seu recolhimento! Ou seja, a previdência não teria como coagir o CI a efetuar este recolhimento como segurado obrigatório que era, em razão da decadência, mas se ele quiser contar com este tempo, é evidente que somente poderá fazê-lo se recolher as contribuições devidas. É fácil de entender esta norma quando se raciocina dentro do contexto previdenciário, o que não ocorre normalmente, e por isso muitas pessoas entendem mal o que a lei quer dizer. 3

4 Por isso, visando também afastar qualquer tentativa de aplicação da súmula vinculante n 08 do STF, os arts. 45 e 46 da Lei n 8.212/91 foram revogados e criado o art. 45-A, implementado por LC, prevendo, a necessidade de recolhimento das contribuições devidas pelo CI mesmo após os 5 anos do CTN, pois haveria a necessidade de indenizar o sistema, sob pena de desequilíbrio financeiro e atuarial. Recapitulando, se um segurado quiser computar um tempo de 30 anos atrás, por exemplo, terá de pagar. Apesar da RFB não poder autuar a pessoa e inscrevê-la em dívida ativa, pois o prazo decadencial já estourou, o tempo somente será computado se pago. Se assim não fosse, as pessoas, especialmente os autônomos, somente iriam contribuir à previdência nos últimos 5 anos de atividade... Também o art. 7 da LC n 128/08 dá nova redação ao art. 21, 4 da Lei n 8.212/91, prevendo que a contribuição complementar de 9% para os segurados que optaram por recolher somente 11% (CI ou facultativos), pode ser exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício. É tentativa evidente de afastar qualquer tentativa de aplicação da súmula vinculante n 08 do STF. A própria procuradoria da Fazenda Nacional tem entendido que esta ressalva da Lei 8212/91 não foi atingida pela súmula vinculante do STF. II DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO NO BENEFÍCIO CONTRA O SEGURADO Infelizmente, o assunto sobre decadência e prescrição também não é dos mais simples no benefício. Aqui também vamos abordar o assunto de modo simplificado, deixando de lado as controvérsias (que não são poucas) sobre a matéria. Em prova, este assunto é geralmente abordado a literalidade da lei ou do RPS. Dispõe o art. 103 da lei n. 8213/91 que: É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou 4

5 beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação (1) ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo (2). Tome cuidado, pois este prazo era de 5 anos até a alteração da Lei n /04. Aqui temos duas situações distintas. Uma diz respeito ao benefício que é concedido, mas erroneamente (1), enquanto a outra hipótese prevê a revisão devido ao indeferimento da prestação (2). Por exemplo, o segurado requer sua aposentadoria, e esta é concedida, mas em valor inferior ao devido. O segurado terá um prazo de 10 anos, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação, para solicitar a revisão, administrativamente ou judicialmente. Em outro exemplo, se o segurado teve o benefício erroneamente indeferido, o prazo de 10 anos é contado a partir do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. Pela lei, ambas as hipóteses tratam de prazos decadenciais (Embora eu não concorde, é como normalmente cai em provas, seguindo-se a literalidade da lei). Percebam que estes prazos somente se aplicam para os beneficiários que pediram seus benefícios, tendo sido os mesmos concedidos em valores inferiores ou indeferidos. Se o segurado ou dependente nunca pediu o benefício, poderá fazê-lo mesmo décadas depois, em razão do direito adquirido. Os prazos aqui apresentados somente têm início com o requerimento da prestação pelo beneficiário. Por exemplo, o segurado completa hoje TODOS os requisitos para a aposentadoria por idade. Não pede o benefício, mas somente 20 anos depois, quando todos os requisitos legais já são diferentes. Terá direito ao benefício? Evidente, em razão do direito adquirido. 5

6 Imaginemos então um segurado que tenha entrado exatamente no prazo de 10 anos, demandando a revisão de seu benefício. Como entrou no prazo, conseguiu demonstrar o erro do INSS e obter o benefício. Como ficarão os atrasados? Apesar de poder-se retroagir 10 anos para a revisão do ato administrativo que indefere ou concede erroneamente o benefício, o beneficiário somente recebe os últimos 5 anos! É isso que fala o parágrafo único do art. 103 da Lei n. 8213/91. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Vejam que são coisas diferentes. Uma coisa é o prazo decadencial (de acordo com a lei) de 10 anos para a revisão do ato administrativo que indefere ou concede erroneamente o benefício, outra coisa é o prazo prescricional de 5 anos para recebimento de valores atrasados. Vejam que este prazo de 5 anos aplica-se mesmo quando não há revisão de benefício a ser feito. Imaginem, por exemplo, um segurado que obteve sua aposentadoria regularmente, concedida no valor exato. Não há, agora, qualquer revisão a ser feita, mas, por qualquer motivo, o benefício de maio não foi pago! O que segurado poderá fazer? Reclamar junto ao INSS, mas no prazo máximo de 5 anos. Essa é a idéia. III DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO NO BENEFÍCIO CONTRA O INSS Todos estes prazos e hipóteses do item II foram feitos visando a situação do segurado ou dependente demandar alguma revisão do INSS. 6

7 Mas e o contrário? Como sabemos, a Administração Pública, incluindo suas Autarquias, como o INSS, podem anular seus próprios atos quando viciados por ilegalidade. Desta forma, se o INSS identifica uma ilegalidade na concessão de algum benefício, tem o poder/dever de revê-lo, assegurando, naturalmente, o direito de defesa do segurado interessado. Mas qual o prazo para o INSS rever seus atos? De acordo com o art. 103-A da Lei 8213/91, este prazo é de 10 anos. Vejamos: O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Cuidado, pois aqui o prazo decenal corre contra o INSS. Se o instituto concedeu erroneamente uma pensão, por exemplo, em 10 anos para identificar isso, do contrário, o benefício torna-se definitivo. A única ressalva é a comprovada má-fé na concessão, quando, por exemplo, o segurado fez declarações falsas junto ao INSS. Na hipótese de má-fé, a ser comprovada pelo INSS, a revisão pode ser feita a qualquer tempo. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. Ou seja, no caso de uma aposentadoria, que é paga todo mês ao segurado, o prazo decenal começa a contar contra o INSS a partir do primeiro pagamento do benefício. Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Isto é, o INSS, no prazo de 10 nos, deve exarar algum ato no sentido da investigação da validade daquele determinado benefício. O prazo decenal é para o INSS COMEÇAR algum procedimento investigatório de ilegalidade na concessão da prestação. 7

8 IV DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO NOS BENEFÍCIOS ACIDENTÁRIOS Vimos que o prazo para revisão de indeferimento ou concessão errônea de benefícios é de 10 anos. Todavia, quando o benefício objeto de revisão é decorrente de acidente do trabalho, o prazo cai para 5 anos. É isso que prevê o art. 104 da Lei 8213/91: Art As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento das seqüelas do acidente. Assim, aplicamos a regra geral dos 10 anos para os demais benefícios, exceto os acidentários, que seguem a regra dos 5 anos. Vejam que este dispositivo é até mais genérico, pois fala, de modo amplo, em ações relativas a acidentes do trabalho, englobando não somente benefícios previdenciários, mas também qualquer outra demanda, mesmo quanto ao empregador. PARTE II - RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 8

9 1 Restituição e Compensação A Lei /09 inova no art. 89, que trata da restituição e compensação de contribuições previdenciárias. A lei continua prevendo que somente poderão ser restituídas ou compensadas nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, mas estabelece que o procedimento será feito nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Com isso, a lei delega ao Executivo a regulamentação precisa do tema. A lei não mais prevê a necessidade da compensação ser entre contribuições de mesma espécie (só era possível compensar contribuição previdenciária com contribuição previdenciária), mas a limitação ainda é prevista na IN RFB n O valor a ser restituído ou compensado continua corrigido pela taxa SELIC, acumulada mensalmente, a partir do mês subseqüente ao do pagamento indevido ou a maior que o devido até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de um por cento relativamente ao mês em que estiver sendo efetuada. Também é revogada a necessidade da empresa em comprovar que não havia repassado o recolhimento à maior para o custo do produto ou serviço, já que a contribuição previdenciária é tributo direto, como admitiu o STJ. Era letra morta da Lei nº. 8212/91. Também acaba com o limite de 30% para a compensação. Pela lei, a compensação poderá ser feita independente de limite. O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em cinco anos, contados da data: I - do pagamento ou recolhimento indevido; ou II - em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a sentença judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória. Por exemplo, o recolhimento foi feito à maior hoje, e daí começa a correr o prazo de 5 anos. Todavia, há situações nas quais a empresa faz o recolhimento, entende que foi indevido, mas a RFB discorda, de modo que vão discutir no Judiciário. Após 10 anos, a decisão final é emitida, dando razão à empresa. Poderá ela ainda pedir restituição? Certamente, pois nessa situação, o prazo de 5 anos só começa da decisão final. 2 - Reembolso de Pagamento V. Lei n 8.213/91, art. 68. V. RPS, art

10 O reembolso ocorre quando a empresa paga o benefício diretamente ao segurado e compensa estes valores com o total a pagar a SRFB na guia das contribuições previdenciárias - GPS. Não é liberalidade da empresa, mas a lei, em duas hipóteses, determina à empresa que efetue o pagamento do benefício, deduzindo este valor da guia de recolhimento. Este procedimento é conhecido como reembolso. O reembolso de pagamento obedecerá aos mesmos critérios aplicáveis à restituição. Hoje, o reembolso é restrito ao salário-família e o salário-maternidade para afastamentos a partir de 09/2003 (Lei n /03). EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01- Analise: a)o salário-maternidade não se submete ao reembolso. b)o benefício de auxílio doença é devido ao segurado a título de indenização, para custeio de despesas médicas. c)o benefício de auxílio reclusão é devido apenas ao segurado considerado de baixa renda. d)o salário família é benefício de natureza trabalhista pago pela previdência social e reembolsado pela empresa. e)o segurado de baixa renda faz jus aos benefícios da previdência social independentemente de contribuição. Gabarito: 10

11 a) Errado. De fato, o reembolso, desde novembro de 1999, era restrito ao salário-família. Todavia com o advento da Lei no /03, o salário-maternidade da empregada gestante voltou a ser pago pela empresa, estando o mesmo atualmente inserido na técnica do reembolso, isto é, a empresa paga o benefício e abate o mesmo da guia de recolhimento. O reembolso, como vimos, não se confunde com a compensação, pois esta somente é aplicável a casos de recolhimento de valor indevido, o qual é ressarcido via ajuste financeiro com as contribuições devidas. O reembolso, embora seja igualmente um acerto financeiro, tem conceito restrito, e é definido como hipóteses previstas em lei de pagamento de beneficio pela empresa e abatimento em guia de recolhimento. Somente com previsão legal poderá a empresa fazer o reembolso. Em qualquer outra hipótese, deverá o segurado obter o benefício frente ao INSS, sendo vedada à empresa antecipar este valor. Muitas empresas, visando o bem-estar de seus empregados, realizam convênios para pagamento de benefícios, situação na qual o INSS repassa diretamente os valores à empresa, sem abatimento em guia. Em suma, o reembolso é restrito ao salário-maternidade (incluída a gratificação natalina proporcional ao período da correspondente licença) e ao salário-família, somente. Cabe ressaltar que o salário-maternidade da segurada adotante, mesmo empregada, é pago pelo INSS, e não pela empresa. O reembolso de pagamento, por analogia, obedecerá aos mesmos critérios aplicáveis à restituição, sendo seus preceitos aqui também aplicáveis. A Lei nº /03 erra ao rotular o reembolso da empresa referente ao salário-maternidade como compensação, na nova redação dada ao art. 72, 1º da Lei nº 8.213/91. Os dois institutos são inconfundíveis e possuem regras próprias e diferenciadas. Mas, na prova, você pode aceitar a redação legal, desde que não exista opção melhor! 11

12 b) Errado. O auxílio doença é devido a qualquer segurado que se incapacitar temporariamente para o trabalho por período superior a 15 dias. A incapacidade pode ser decorrente de acidente ou de doença (art. 71, RPS). A saúde não tem correlação com a previdência social. As despesas médicas são custeadas pelo SUS. Ver aula zero sobre a diferença entre previdência e saúde. c) Certo. Trata-se de disposição expressa da Constituição, com a redação dada pela EC n. 20/98. Assim como o salário família, o auxílio reclusão é restrito aos dependentes do segurado de baixa renda (art. 201, IV, CRFB/88). Apesar da redação imperfeita, já que não é o segurado de baixa renda preso que faz jus ao benefício, mas sim seus dependentes, o item é a melhor opção da questão. Este tema será também melhor abordado em aulas futuras. d) Errado. Apesar da origem do salário-família ser realmente de natureza trabalhista, é ele atualmente pago pela previdência social, tendo portanto caráter previdenciário, à semelhança do salário maternidade (art. 201, IV, CRFB/88). Com relação aos empregados, a empresa paga o benefício, mas deduz da guia de recolhimento, mediante procedimento denominado de reembolso (e não compensação). Para os avulsos, o benefício é pago pelo sindicato ou OGMO, mediante convênio com o INSS, enquanto para os aposentados, é pago junto com a aposentadoria. e) Errado. Evidentemente incorreta, pois a previdência social tem natureza contributiva, devendo todo e qualquer segurado realizar suas contribuições, ao contrário do que ocorre na saúde e na assistência social (art. 201, caput, CRFB/88). 12

13 2) Analise. a) A Constituição da República dispõe que cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente, entre outros temas, acerca de prescrição e decadência tributárias. Sendo indiscutível a natureza tributária das contribuições sociais e sendo qüinqüenal o prazo decadencial definido no Código Tributário Nacional (CTN) para efeito da constituição do crédito tributário, deve, então, ser afastada, por vício de inconstitucionalidade, a aplicação do prazo decenal fixado em lei ordinária para a constituição do crédito tributário relativo às contribuições sociais. b) A Constituição da República chancelou a incidência de duas contribuições sociais sobre idêntica base de cálculo, haja vista autorizar, no âmbito das disposições gerais da seguridade social, a instituição de contribuição social incidente sobre o faturamento das empresas e, a par disso, recepcionar expressamente, no bojo das disposições constitucionais gerais, a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). c) Considere a seguinte situação: dispõe a Lei n , de 15/12/1988: (...) Art. 6. A administração e fiscalização da contribuição social de que trata esta lei compete à Secretaria da Receita Federal. (...) Art. 8. A contribuição social será devida a partir do resultado apurado no período-base a ser encerrado em 31 de dezembro de Nessa situação, o artigo 8 é inconstitucional. d) A Constituição da República não permite que a União institua contribuição nova, não prevista no texto constitucional, por meio de medida provisória. e) A legislação tributária relativa à receita para a seguridade social não é alcançada pela limitação, decorrente de princípio constitucional, que veda a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. GABARITO: a) 13

14 Certo. Esta questão, como vimos, trata de um dos pontos mais problemáticos da atualidade do direito previdenciário. De fato, a Constituição determina que as contribuições especiais, incluindo aí as contribuições sociais, devem seguir as normas gerais fixadas em lei complementar sobre prescrição e decadência (Art. 149, CF/88). Tal lei complementar hoje, ainda que formalmente ordinária, é o CTN. Este prevê prazos decadenciais e prescricionais de 5 anos (Art. 173 e 174, CTN), enquanto a legislação previdenciária prevê 10 anos (Art. 45 e 46, Lei n /91). A grande maioria da doutrina tributária entende aplicável o prazo do CTN, enquanto os da Lei n /91 restariam inconstitucionais. Esta é a posição atual do STF, com a súmula vinculante n 8. Este mesmo item já caiu em prova da CESPE com o gabarito Errado, mas atualmente, é correto. b) Certo. Tal questão traz jurisprudência do STF a respeito. Apesar de COFINS (art. 195, I, b, CF/88) e PIS (Art. 239, CF/88) incidirem sobre a mesma base-de-cálculo, que é o faturamento, em evidente bis in idem, ainda assim a cobrança é válida, pois tal imposição dupla foi criada pelo próprio Poder Constituinte Originário, o qual não tem qualquer restrição na criação do novo Estado. O mesmo raciocínio é aplicável à CSLL (Art. 195, I, c, CF/88) e o imposto de renda das empresas, que incide sobre a mesma base o lucro. Ambos os tributos tem sua cobrança válida, apesar de identidade de bases-de-cálculo. c) Certo. Esta questão é também referente a ponto já pacificado pelo STF. As contribuições sociais, não obstante sua destinação à seguridade social, não precisam, necessariamente, serem fiscalizadas e arrecadas por Ente Paraestatal, como o INSS, podendo ser realizada pela própria Administração Direta, por meio da Receita Federal do Brasil. Definiu o STF que o importante é o destino dos recursos, e não o sujeito ativo, isto é, o agente responsável pela exigência do cumprimento da obrigação. Já o artigo seguinte é considerado inconstitucional por contrariar a anterioridade nonagesimal das contribuições sociais, que tem sua exigibilidade condicionada ao transcurso do prazo de 90 dias a partir da publicação de sua instituição ou modificação (Art. 195, 6, CF/88). 14

15 d)certo. A Constituição, de modo expresso, dá a faculdade ao legislador de criar novas contribuições sociais, além das definidas no texto constitucional. Contudo, tais tributos devem ser instituídos, necessariamente, por meio de lei complementar (Art. 195, 4, CF/88). Como somente a lei complementar poderá instituir a nova contribuição, a medida provisória não poderá ser utilizada, já que esta não poderá substituir lei complementar, ainda que existentes os requisitos de urgência e relevância (Art. 62, 1, III, CF/88). Apesar desta vedação expressa somente ter sido criada pela EC n. 32/01, o STF já adotava este entendimento. e)errado. A questão trata da obediência ao Princípio da Irretroatividade das leis, aplicável a qualquer tributo. Em princípio, as leis somente produzem efeitos para o futuro, em nome da segurança jurídica. Evidentemente, o objetivo aqui seria confundir o candidato, trazendo o Princípio da Irretroatividade ao invés do Princípio da Anterioridade, o qual é excepcionado pela Constituição (Art. 195, 6, CF/88). 15

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