Sistema Probatório Brasileiro e a Atuação do Juiz no Processo Penal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sistema Probatório Brasileiro e a Atuação do Juiz no Processo Penal"

Transcrição

1 XI Salão de Iniciação Científica PUCRS Sistema Probatório Brasileiro e a Atuação do Juiz no Processo Penal Patrícia Guimarães Schmitt, Dr. Nereu José Giacomolli (orientador) Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, PUCRS. Resumo Durante toda a história do Direito as duras opressões e as vastas liberdades se alternaram de forma que as pessoas e, principalmente, o próprio Direito tiveram que se adequar ao momento vivido. Surgiram como resposta do processo penal às exigências do Direito Penal e do Estado de cada época dois tipos distintos de sistemas: o acusatório e o inquisitório. Segundo MAIER, é no Direito Processual Penal que as manipulações do poder político são mais freqüentes e destacadas, até pela natureza da tensão existente (poder de penar versus direito de liberdade). 1 As conquistas do Direito Penal ao longo da história refletem em um sistema de garantias do Direito Processual Penal. A compreensão destes sistemas, portanto, é de extrema importância para que se entenda o Direito Processual Penal da atualidade, eis que traduzem a ideologia política na estrutura da ordem política. 2. O modelo acusatório de processo penal tem como característica a clara distinção entre as atividades de acusar e de julgar, deixando, assim, com que a carga probatória dependa da iniciativa das partes. O juiz, neste sistema, é um terceiro imparcial, alheio aos acontecimentos anteriores à ação penal. Este sistema não permite que as provas sejam tarifadas, pois a sentença deverá de ser conduzida pelo livre convencimento do juiz e a valoração das provas deverá ser demonstrada na fundamentação fática e jurídica, nos termos do art. 93, IX da Constituição Federal. 1 Em LOPES Jr., Aury. Introdução crítica ao Processo Penal. Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro: 2005, p THUMS, Gilberto. Sistemas Processuais Penais. Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro: 2006, p

2 O Código de Processo Penal de 1940, no entanto, possui um viés nitidamente inquisitório, principalmente no que tange a matéria de provas. O julgador ao mesmo tempo em que busca, valora o meio de prova, indo de encontro com princípios constitucionais como o do devido processo constitucional, ético e humanitário, devidamente previstos nos artigos 1º, III, e 5º, LV, ambos da Constituição Federal. No modelo inquisitorial de processo penal qualquer meio de prova é permitido, mesmo que o caminho percorrido para encontrá-la tenha sido repleto de ilicitudes, sendo a tortura o caminho mais utilizado para chegar-se a confissão do acusado, o que é expressamente vedada pela Constituição Federal (art. 5º, LVI, CF). Neste modelo tudo é possível para que se chegue à verdade daqueles que comandam. Tem-se, portanto, um sistema probatório o qual produz muitas provas acusatórias, não deixando que a defesa tenha possibilidade de se manifestar. Este sistema probatório vai de encontro à ampla defesa e ao contraditório, além de ferir diversos princípios fundamentais dos cidadãos, tornando o processo penal desequilibrado. A Lei /2008 alterou certos dispositivos do Código de Processo Penal, os quais regem o sistema das provas. Todavia, o legislador de 2008 continuou a seguir os mesmos passos que serviam de base para o Código de Processo Penal de 1940, ou seja, os passos que caminham para um processo penal cada vez mais inquisitório. O artigo 156 do Código de Processo Penal é um exemplo de que o nosso código continua com dispositivos do sistema inquisitório. Este artigo permite que o juiz determine as provas, mesmo antes de iniciada a ação penal (inciso I), ou seja, há uma quebra na igualdade, do contraditório, ou seja, de toda a estrutura de discussão do Processo Penal. Potencializou-se o poder instrutório do julgador em relação à redação anterior do citado artigo, pois se facultou ao magistrado agir de ofício, mesmo antes da pretensão acusatória. Na redação anterior do artigo 155 Código de Processo Penal, não era permitido que o juiz utiliza-se provas colhidas na fase investigatória. No entanto, com a alteração feita pelo legislador de 2008, o magistrado além de formar sua convicção pela livre apreciação de provas, também poderá utilizar os elementos colhidos na fase de investigação policial. Atribuir poderes instrutórios a um juiz poderá ser um erro que acarretara a destruição do processo penal democrático que tanto lutamos para ter. LOPES Jr. ensina que: opera uma prevalência das hipóteses sobre os fatos, porque o juiz antes de ir atrás das provas ele decide, definindo a hipótese e depois vai atrás dos fatos, das provas que justificam a decisão. 2374

3 Decisão esta que já está tomada. O recolhimento de prova pelo juiz, assim, antecipa a formação do juízo, indo de encontro ao contraditório, à ampla defesa e ao equilibro do processo penal. 3 Desde a Constituição Federal de 1988 doutrinadores e operadores do direito, os quais defendem a efetivação dos direitos e garantias fundamentais, vêm buscando que o processo penal brasileiro siga os postulados do sistema acusatório. No entanto, deste consenso inicial surgem as divergências doutrinárias, a começar pela controvertida delimitação daquilo que constitui a essência do processo penal, o seu núcleo fundante. Isto porque, a separação das funções de acusar e julgar não é suficiente para a configuração do sistema acusatório. A luta para a consolidação do sistema acusatório no processo penal brasileiro encontra como barreira o legislador. Nota-se que nas alterações realizadas em 2008, este perdeu a que seria a grande oportunidade para que, finalmente, o caminho para a consolidação do modelo acusatório fosse trilhado, deixando de lado o processo penal inquisitivo de outrora. O que ocorreu, contudo, foi bem diferente do que se imaginava inicialmente, pois as alterações deixaram o processo penal brasileiro ainda mais inquisitório. Introdução O presente trabalho, portanto, analisa a atuação do juiz no processo penal, principalmente no curso da investigação preliminar e da instrução probatória à luz do sistema acusatório, o qual foi acolhido pela Constituição Federal de Em um primeiro momento, examina os princípios utilizados no sistema probatório brasileiro, contrapondo o entendimento doutrinário com o dos tribunais superiores. Em um segundo momento analisa os sistemas processuais penais intitulados acusatório, inquisitório e misto, constatando que há discussões a respeito deste último, pois para muitos doutrinadores este não é deve ser considerado um verdadeiro sistema, além de analisar o sistema acusatório e sua conformidade constitucional e o processo penal em um Estado Democrático de Direito. A seguir, versa sobre a função do juiz no processo penal, assim como a sua função na investigação preliminar, averiguando a (im)possibilidade da gestão da prova no sistema acusatório e a problemática do cabimento dos poderes instrutórios do magistrado, buscando o confronto 3 LOPES Jr., Aury. Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional. Editora Lumen Juris. 2375

4 entre os entendimentos dos doutrinadores. Enfim, tudo isso em apenas uma finalidade: repensar o sistema probatório brasileiro e atuação do juiz no processo penal. Metodologia A investigação analisa a problemática da atuação do juiz no processo penal, a partir da Constituição Federal, delimitando o tema à iniciativa probatória constante no Código de Processo Penal. Utilizou-se, assim, preferentemente, da metodologia dedutiva, partindo de premissas universais até o particular. Além da doutrina, com uma revisão bibliográfica, buscou-se, na metodologia procedimental, analisar, igualmente, a jurisprudência dos Tribunais de Justiça e Tribunais Superiores. Problemas da Pesquisa a) As reformas processuais criminais de 2008 foram compatíves com o modelo de processo penal constante na Constituição Federal de 1988? b) A iniciativa probatória do juiz no processo penal, possui aderência constitucional? Resultados e Discussão Segundo a maioria dos doutrinadores, o Código de Processo Penal é extremamente inquisitorial, pois, dentre diversas demonstrações do inquisitorialismo, o juiz poderá gestar a prova durante a fase preliminar e a fase processual. A iniciativa instrutória do juiz gera muitos prejuízos aos cidadãos, aos quais são vítimas de um juiz acusador, de um juiz contaminado. Poucos entendem que a gestão de provas nas mãos do juiz não acarreta prejuízos aos cidadãos. O Código de Processo Penal de 1941 vai de encontro a Constituição Federal de 1988 em diversos aspectos, principalmente no que tange às provas. A Constituição Federal adota o sistema acusatório e o sistema probatório brasileiro é, em grande parte, inquisitorial. As alterações ocorridas no Código de Processo Penal em 2008, a qual enchia de esperança os doutrinadores e profissionais do direito, acabou decepcionando, pois ao invés de tornar o processo penal um processo acusatório, deixou-o ainda mais inquisitorial. Rio de Janeiro: p

5 Os resultados obtidos até o presente momento, além da apresentação em Salão de Iniciação Científica, foram o fornecimento de base para a pesquisa, elaboração e conclusão do Trabalho de Conclusão ao término do curso de graduação. Conclusão O Código de Processo Penal de 1941, mesmo com as reformas realizadas no ano de 2008, contém um arsenal legal nitidamente inquisitorial, privilegiador da potestade punitiva, em detrimento do status libertatis. Isto porque, principalmente, possibilita ao juiz produzir provas na fase inquisitorial e na fase processual, assim como utilizar os atos produzidos durante a investigação preliminar como base de sua fundamentação da decisão, mesmo que não exclusivamente. Ao juiz, portanto, cabe a função de decidir e julgar, pois o Ministério Público já é o encarregado da função de acusar (art. 129, I, da CF). Desta forma, ao juiz não pode gestar provas, pois a gestão de provas realizada pelo o magistrado configura-se o sistema inquisitório, indo de encontro com a Constituição Federal Brasileira. O Código de Processo Penal, no entanto, permite ao juiz a gestão de provas tanto durante a fase de investigação quanto na fase processual, assim como utilizar os atos produzidos durante a fase inquisitorial para fundamentar sua decisão, conforme os artigos 155, 156 e 212 do Código de Processo Penal, entre outros, os quais não foram analisados por esta pesquisa. Afastou-se, assim, ainda mais, os princípios basilares do sistema acusatório constitucional do processo penal brasileiro. Há, portanto, uma grande discrepância entre o processo penal adotado pela legislação infra-constitucional e aquele preconizado pelas bases democráticas e humanitárias pela Constituição Federal de A solução deste impasse, no entanto, faz-se possível pela observância do princípio da supremacia constitucional. Para que o sistema acusatório seja consagrado, visto que é utilizado pela Constituição Federal brasileira, é necessário que as normas do Código de Processo Penal, as quais atribuem ao juiz poderes instrutórios, sejam revogadas. Isto porque, há uma inconstitucionalidade em tais disposições, principalmente, no artigo 156 do Código de Processo Penal, o qual será analisado nesta pesquisa. 2377

6 Referências CORDERO, Franco. Procedura Penale. 8.ed. Milão: Giuffrè, LOPES Jr., Aury. Introdução crítica ao Processo Penal. Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro: GIACOMOLLI, Nereu José. Reformas (?) do Código de Processo Penal. Rio de Janeiro. Lumen Júris, GOLDSCHIMIDT, James. Problemas Políticos e Jurídicos del Proceso Penal, II. Buenos Aires. THUMS, Gilberto. Sistemas Processuais Penais. Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro:

DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. CRISTIANE DAMASCENO 1ª FASE DO EXAME DA OAB

DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. CRISTIANE DAMASCENO 1ª FASE DO EXAME DA OAB DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. CRISTIANE DAMASCENO 1ª FASE DO EXAME DA OAB SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS ANALISANDO A PROVA AS TEMÁTICAS MAIS COMUNS NOS EXAMES DA OAB: 1. 5 questões INQUÉRITO POLICIAL 2.

Leia mais

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese os princípios da política processual de uma nação não são outra coisa senão os segmentos de sua política (ética) estatal

Leia mais

É ca c r a ac a t c e t r e iz i ad a o p l e a l co c n o c n e c n e t n r t aç a ã ç o d po p d o e d r e na n s

É ca c r a ac a t c e t r e iz i ad a o p l e a l co c n o c n e c n e t n r t aç a ã ç o d po p d o e d r e na n s SISTEMAS DE PROCESSO PENAL SISTEMA INQUISITO É caracterizado pela concentração de poder nas mãos do julgador, que exerce, também, a função de acusador; a confissão do réu é considerada a rainha das provas;

Leia mais

ROBERTO A. REIS - Advogado

ROBERTO A. REIS - Advogado Rio de Janeiro, 23 de junho de 2015. Exma. Sra. Presidente da Comissão de Direitos Humanos do IAB Dra. MARCIA DINIS Ref. Ao PL. 6705/2013, de autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá que amplia os poderes

Leia mais

A ATUAÇÃO INSTRUTÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO THE INSTRUCTORY JUDGE ACTING IN CRIMINAL PROCEDURE BRAZILIAN

A ATUAÇÃO INSTRUTÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO THE INSTRUCTORY JUDGE ACTING IN CRIMINAL PROCEDURE BRAZILIAN A ATUAÇÃO INSTRUTÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO THE INSTRUCTORY JUDGE ACTING IN CRIMINAL PROCEDURE BRAZILIAN Ana Claudia de Lima Muriele de Conto Boscatto ** RESUMO O presente artigo versa sobre

Leia mais

O processo penal é um instrumento de. determinado fato histórico...

O processo penal é um instrumento de. determinado fato histórico... TEORIA GERAL DA PROVA NO PROCESSO PENAL O processo penal é um instrumento de retrospecção, de reconstrução aproximativa de um determinado fato histórico... as provas são os meios através dos quais se fará

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar: I - Podem ser decretadas de ofício pelo juiz

Leia mais

JUIZ DAS GARANTIAS: UMA PROPOSTA ACUSATÓRIA PARA O PROCESSO PENAL BRASILEIRO 1

JUIZ DAS GARANTIAS: UMA PROPOSTA ACUSATÓRIA PARA O PROCESSO PENAL BRASILEIRO 1 JUIZ DAS GARANTIAS: UMA PROPOSTA ACUSATÓRIA PARA O PROCESSO PENAL BRASILEIRO 1 MOTA, Luiza Rosso 2 1 Trabalho de Iniciação Científica _UNIFRA 2 Curso de Direito do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA),

Leia mais

Direito processual penal Conceito e finalidade

Direito processual penal Conceito e finalidade Direito processual penal Conceito e finalidade O Direito é uno, logo não devemos interpretar as disciplinas do direito de forma isolada, mas sim em um sistema único que se comunica com as outras disciplinas

Leia mais

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL. Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL. Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMAS PROC PENAIS e LEI PROC PENAL Profª. Karem Ferreira Facebook: Karem Ferreira OAB Twitter: @Prof_KaFerreira 1. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 1.1. Devido Processo Legal

Leia mais

NOÇÕES INICIAIS NOÇÕES INICIAIS

NOÇÕES INICIAIS NOÇÕES INICIAIS NOÇÕES INICIAIS 1 11 DIREITO PROCESSUAL PENAL para concursos CAPÍTULO 1 A polícia judiciária exerce a função investigatória. Não lesa o sistema acusatório o controle externo do Ministério Público, nos

Leia mais

NOTAS DOS AUTORES. 9420_book.indb 13 29/05/ :32:24

NOTAS DOS AUTORES. 9420_book.indb 13 29/05/ :32:24 NOTAS DOS AUTORES Os meios de captação de sons e imagens (cada vez mais sofisticados), a par das suas inúmeras utilidades e benefícios no cotidiano social, tornaram-se já há algum tempo importantes ferramentas

Leia mais

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL E O PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL E O PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE 1 A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL E O PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE 1 INTRODUÇÃO Os sistemas processuais no decorrer dos anos sofreram grandes mudanças de suas fases mais primitivas até

Leia mais

TEORIA GERAL DA PROVA II

TEORIA GERAL DA PROVA II TEORIA GERAL DA PROVA II MEIOS DE PROVA E SUA ADMISSIBILIDADE - MEIO DE PROVA: é tudo quanto possa servir, direta ou indiretamente, à comprovação da verdade que se procura no processo. - CPP prevê: exame

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte VIII Prof. Francisco Saint Clair Neto Momento de inversão do ônus da prova Na inversão convencional e legal, não surge problema quanto ao momento de inversão do ônus da prova;

Leia mais

Aula 01. Deste modo, o juiz pode condenar alguém com base nos elementos do inquérito policial?

Aula 01. Deste modo, o juiz pode condenar alguém com base nos elementos do inquérito policial? Turma e Ano: Regular 2015 Master B Matéria / Aula: Direito Processual Penal - Aula 01 Professor: Elisa Pittaro Monitora: Kelly Soraia Aula 01 Vamos começar o segundo módulo do nosso curso de Processo Penal.

Leia mais

Curso Preparatório Defensoria Pública de São Paulo. Tema: Sujeitos Processuais, Direito de Defesa e Interrogatório. Prof.

Curso Preparatório Defensoria Pública de São Paulo. Tema: Sujeitos Processuais, Direito de Defesa e Interrogatório. Prof. Curso Preparatório Defensoria Pública de São Paulo 1 Tema: Sujeitos Processuais, Direito de Defesa e Interrogatório Prof. Fernando Magri SISTEMAS PROCESSUAIS o Sistemas acusatório / inquisitório / misto

Leia mais

I Súmula. II Fundamentação teórica e fática

I Súmula. II Fundamentação teórica e fática I Súmula Nos termos do art. 155 do Código de Processo Penal, o juiz somente poderá formar sua convicção pela livre apreciação das provas produzidas em contraditório judicial, não podendo utilizar os elementos

Leia mais

AULA 21. Quando falamos em destinatários da prova, a doutrina apresenta dois destinatários da prova. O destinatário direto e o destinatário indireto.

AULA 21. Quando falamos em destinatários da prova, a doutrina apresenta dois destinatários da prova. O destinatário direto e o destinatário indireto. Turma e Ano: Master A (2015) 29/06/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 21 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 21 CONTEÚDO DA AULA: Teoria Geral das provas. Destinatário

Leia mais

O Princípio do nemo tenetur se detegere (inexigibilidade de produção de provas contra si) e o Interrogatório Judicial

O Princípio do nemo tenetur se detegere (inexigibilidade de produção de provas contra si) e o Interrogatório Judicial 1 O Princípio do nemo tenetur se detegere (inexigibilidade de produção de provas contra si) e o Interrogatório Judicial MONITOR: Leonardo Costa de Paula ORIENTADOR: Rodrigo Machado Gonçalves Sumário 1

Leia mais

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2013.

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2013. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1ª CÂMARA CRIMINAL APELAÇÃO CRIMINAL nº. 0033935-38.2010.8.19.0014 APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO APELADO: JOSÉ MARCOS DA SILVA PACHECO RELATOR: DESEMBARGADOR

Leia mais

- TEORIA GERAL DA PROVA. O juiz pode produzir provas no processo penal? É compatível com o sistema acusatório?

- TEORIA GERAL DA PROVA. O juiz pode produzir provas no processo penal? É compatível com o sistema acusatório? Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 02 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Teoria Geral da Prova: Limitações à atividade probatória; Prova Ilícita; Prova Ilícita por Derivação:

Leia mais

A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias

A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias A ocorrência dos requisitos da prisão preventiva como fator determinante para as prisões provisórias Jean Marcelo da Rosa Formado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil e especializando em Direito.

Leia mais

1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que:

1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que: P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL 1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que: I - De acordo com o Código de Processo Penal, as

Leia mais

Direito Processual. Penal. Provas

Direito Processual. Penal. Provas Direito Processual Penal Provas Provas Conceito: é tudo aquilo que é introduzido no processo com o fim de servir de elemento para a formação da convicção do juiz. Provas Art. 155, CPP O juiz formará sua

Leia mais

I Identificação Direito Processual Penal I. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º. II Ementário

I Identificação Direito Processual Penal I. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º. II Ementário I Identificação Disciplina Direito Processual Penal I Código PRO0065 Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º II Ementário O direito processual penal. A norma: material e instrumental

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA CRIMINAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA/PR.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA CRIMINAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA/PR. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA CRIMINAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA/PR. A ausência, no processo penal, do aludido e generoso princípio [identidade física do juiz]

Leia mais

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO PROCESSO PENAL Henrique Oliveira Bontempo 1 RESUMO: O presente artigo analisa a possibilidade de produção de provas ex officio pelo juiz criminal à luz da eleição constitucional

Leia mais

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL. Introdução

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL. Introdução 376 ANAIS IX SIMPAC INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL José Balbino Júnior 2, Horácio Vanderlei Tostes 3 Resumo: O presente trabalho busca fazer análise crítica do dissenso existente entre o entendimento

Leia mais

PROVAS NO PROCESSO CIVIL

PROVAS NO PROCESSO CIVIL PROVAS NO PROCESSO CIVIL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. TEORIA GERAL DA PROVA... 4 O que precisa ser provado...4 Destinatário e dever de realização da prova...4 Ônus da Prova...6 Sistemas de avaliação

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL. Jurisdição e competência Competência criminal da Justiça Federal Parte 6 Prof. Thiago Almeida

DIREITO PROCESSUAL PENAL. Jurisdição e competência Competência criminal da Justiça Federal Parte 6 Prof. Thiago Almeida DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Parte 6 Prof. Thiago Almeida Causas relativas a graves violações a direitos humanos. Emenda Constitucional 45, de 2004: Art. 109. Aos juízes federais compete

Leia mais

O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E A GARANTIA DA NÃO SURPRESA NA APLICAÇÃO DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO PARA JUÍZOS PRIMA FACIE DE PRECEDENTES

O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E A GARANTIA DA NÃO SURPRESA NA APLICAÇÃO DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO PARA JUÍZOS PRIMA FACIE DE PRECEDENTES O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E A GARANTIA DA NÃO SURPRESA NA APLICAÇÃO DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO PARA JUÍZOS PRIMA FACIE DE PRECEDENTES Juliana Provedel Cardoso 1 PALAVRAS-CHAVE: Processo Civil.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Teoria Geral do Processo do Trabalho Princípios do Direito Processual do Trabalho. Prof ª.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Teoria Geral do Processo do Trabalho Princípios do Direito Processual do Trabalho. Prof ª. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Teoria Geral do Processo do Trabalho Prof ª. Eliane Conde PRINCÍPIOS GERAIS E SINGULARIDADES DO PROCESSO DO TRABALHO Princípios são proposições genéricas, abstratas, que

Leia mais

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição.

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 09 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Princípios da Jurisdição: Aderência. Competência: Natureza Jurídica; Competência Absoluta x Relativa;

Leia mais

PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL

PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL PERSECUÇÃO PENAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ACUSAÇÃO CRIMINAL INVESTIGAÇÃO CRIMINAL Polícia judiciária Procedimento inquisitivo Ausência de partes Contraposição de interesses Dupla função FUNÇÕES DA INVESTIGAÇÃO

Leia mais

Impacto do NCPC no Direito Eleitoral

Impacto do NCPC no Direito Eleitoral Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Eleitoral - 09 Professor: André Marinho Monitor: Paula Ferreira Aula 09 Impacto do NCPC no Direito Eleitoral 1. Introdução O processo eleitoral é um

Leia mais

CONCEITO DE PROCESSO: CÂMARA ramos da ciência jurídica que estuda e regulamente o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional.

CONCEITO DE PROCESSO: CÂMARA ramos da ciência jurídica que estuda e regulamente o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional. CONCEITO DE PROCESSO: CÂMARA ramos da ciência jurídica que estuda e regulamente o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional. Conjunto de princípios e normas que visam regular a função jurisdicional.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Direitos Básicos do Consumidor Parte II Prof. Francisco Saint Clair Neto Destinatários da Prova É costumeira a afirmação, encontrada em doutrina e jurisprudência, de que o destinatário

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br (Artigos) a garantia constitucional da ampla defesa na fase de investigação preliminar Poliana Dantas Benício * O direito à defesa surgiu na seara penal como forma de compensar a

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM LEDA DAMASCENO GASPARI INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA À LUZ DO PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE

FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM LEDA DAMASCENO GASPARI INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA À LUZ DO PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM LEDA DAMASCENO GASPARI INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA À LUZ DO PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2018 LEDA DAMASCENO GASPARI INVERSÃO DO

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Correlação entre acusação e sentença Gustavo Badaró aula de 11.08.2015 1. Noções Gerais PLANO DA AULA 2. Distinção entre fato penal e fato processual penal

Leia mais

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA E DEVIDO PROCESSO LEGAL. Prof. Rodrigo Capobianco

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA E DEVIDO PROCESSO LEGAL. Prof. Rodrigo Capobianco SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA E DEVIDO PROCESSO LEGAL Prof. Rodrigo Capobianco Princípios do Contraditório, Ampla Defesa e Devido Processo Legal PRINCÍPIOS

Leia mais

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO INQUÉRITO POLICIAL E SUA INCONFORMIDADE COM A GARANTIA DA IMPARCIALIDADE DO MAGISTRADO RESUMO

A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO INQUÉRITO POLICIAL E SUA INCONFORMIDADE COM A GARANTIA DA IMPARCIALIDADE DO MAGISTRADO RESUMO A INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ NO INQUÉRITO POLICIAL E SUA INCONFORMIDADE COM A GARANTIA DA IMPARCIALIDADE DO MAGISTRADO Ana Paula Sigounas Muhammad 1 Ruben Rockenbach Manente 2 RESUMO O presente artigo

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. A Norma Processual e suas Características... 002 II. Jurisdição, Ação e Competência... 005 III. Processo... 024 IV. Formação, Suspensão e Extinção do processo... 025 V. Sujeitos

Leia mais

Direito Processual Penal. Prova. CFSd

Direito Processual Penal. Prova. CFSd Direito Processual Penal Prova CFSd Da Prova Teoria Geral Sistemas de Valoração da Prova - Sistema legal; - Sistema da íntima convicção e - Sistema da persuasão racional ou da convencimento racional, livre

Leia mais

Auxiliar Jurídico. Módulo III. Aula 01

Auxiliar Jurídico. Módulo III. Aula 01 Auxiliar Jurídico Módulo III Aula 01 1 INTRODUÇÃO O 3º módulo correspondente ao Direito Processual do Trabalho que trata de alguns mecanismos processuais dentro da Justiça do Trabalho. Estudaremos ainda,

Leia mais

O PROCESSO NOS TRIBUNAIS DE CONTAS Contraditório, Ampla Defesa e a Necessária Reforma da Lei Orgânica do TCU

O PROCESSO NOS TRIBUNAIS DE CONTAS Contraditório, Ampla Defesa e a Necessária Reforma da Lei Orgânica do TCU Alexandre Aroeira Salles O PROCESSO NOS TRIBUNAIS DE CONTAS Contraditório, Ampla Defesa e a Necessária Reforma da Lei Orgânica do TCU Área específica DIREITO ADMINISTRATIVO Áreas afins Seria possível o

Leia mais

Curso de SENTENÇA PENAL

Curso de SENTENÇA PENAL Fabrício Castagna Lunardi Luiz Otávio Rezende Curso de SENTENÇA PENAL Técnica Prática Desenvolvimento de habilidades 3ª edição revista, atualizada e ampliada 2018 Capítulo II ESTRUTURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA

A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA A CONSTITUCIONALIDADE DAS ALTERAÇÕES NA JURISPRUDÊNCIA APÓS A REFORMA TRABALHISTA Gustavo Filipe Barbosa Garcia É livre-docente e doutor pela Faculdade de Direito da USP pós-doutor e especialista em Direito

Leia mais

O PAPEL DO JUIZ CRIMINAL NA FUNÇÃO ACUSATÓRIA RESUMO

O PAPEL DO JUIZ CRIMINAL NA FUNÇÃO ACUSATÓRIA RESUMO O PAPEL DO JUIZ CRIMINAL NA FUNÇÃO ACUSATÓRIA RESUMO Maxiandro de Almeida Martins 1 Cleber Freitas do Prado 2 Este trabalho de monografia tem por objetivo analisar a divergência doutrinaria em torno da

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 02/03 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV dias. i)- Sentença em audiência ou no prazo de 10 - Prazo para encerramento da Primeira Fase do

Leia mais

Processual Penal Acusatório

Processual Penal Acusatório Edimar Carmo da Silva Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Sistema de Justiça Criminal (UFSC). Graduado em Direito (Uniceub). Professor de Direito Processual Penal (Estácio/FacitecIDF).

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O processo criminal brasileiro e o ônus da prova: Análise feita a partir da doutrina de Afrânio Silva Jardim Sidio Rosa de Mesquita Júnior * 1. INTRODUÇÃO Afrânio Silva Jardim declara

Leia mais

A MORTE DO PRINCÍPIO DO IN DÚBIO PRO RÉU, ANTE A ÂNSIA DA BUSCA DA VERDADE REAL

A MORTE DO PRINCÍPIO DO IN DÚBIO PRO RÉU, ANTE A ÂNSIA DA BUSCA DA VERDADE REAL 1 A MORTE DO PRINCÍPIO DO IN DÚBIO PRO RÉU, ANTE A ÂNSIA DA BUSCA DA VERDADE REAL Amadeu de Almeida Weinmann 1 A Crença Em Um Mito: A Verdade Real: A Constituição Federal, no seu art. 5º, inciso LVI, ao

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Teoria Geral da Prova. Gustavo Badaró. aulas de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Teoria Geral da Prova. Gustavo Badaró. aulas de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Teoria Geral da Prova Gustavo Badaró aulas de 25.10.2016 01.11.2016 PLANO DA AULA 1. Processo penal e busca da verdade 2. Conceitos e significados 3. Meios

Leia mais

Conceito. Requisitos.

Conceito. Requisitos. Conceito. Requisitos. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Prisão preventiva CONCEITO DA PRISÃO PREVENTIVA A prisão preventiva é uma dentre as modalidades

Leia mais

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça

Título Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral Direção-Geral da Administração da da Justiça - 2013 da Justiça Princípio da oficialidade Princípio da legalidade Princípio do acusatório Princípio do contraditório Princípio da verdade material

Leia mais

KARLA SOARES DE AMORIM

KARLA SOARES DE AMORIM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UniCEUB KARLA SOARES DE AMORIM A INCONSTITUCIONALIDADE DO INCISO I DO ARTIGO 156 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: atuação do juiz na investigação probatória do inquérito policial

Leia mais

O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL

O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL Carlos Medeiros da Fonseca 1 1) Contraditório O que é? O contraditório, além de ser uma garantia individual, um direito

Leia mais

A OBRIGATORIEDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA PROGRESSÃO DE REGIME Carina Machado OCCHIENA 1 Luís Henrique de Moraes AFONSO 2

A OBRIGATORIEDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA PROGRESSÃO DE REGIME Carina Machado OCCHIENA 1 Luís Henrique de Moraes AFONSO 2 A OBRIGATORIEDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA PROGRESSÃO DE REGIME Carina Machado OCCHIENA 1 Luís Henrique de Moraes AFONSO 2 RESUMO: O presente trabalho teve por objetivo demonstrar a discussão acerca da

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Coordenador: Leonardo Barreto Moreira Alves MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL Promotor de Justiça Estadual 2ª edição 2016 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Renato Bretz Pereira 1. DO PROCESSO DE CONHECIMENTO (MPE/SP/Promotor/2015)

Leia mais

Universidade de Brasília UnB PRINCÍPIOS PROCESSUAIS: CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO PROCESSO PENAL (HABEAS CORPUS /MG)

Universidade de Brasília UnB PRINCÍPIOS PROCESSUAIS: CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO PROCESSO PENAL (HABEAS CORPUS /MG) Universidade de Brasília UnB Luísa Borges Pereira de Mello Leal 12/0127024 PRINCÍPIOS PROCESSUAIS: CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA NO PROCESSO PENAL (HABEAS CORPUS 104.648/MG) Brasília, 22 de abril de 2014

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULAS ABRIL E MAIO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULAS ABRIL E MAIO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA DIREITO PROCESSUAL PENAL III AULAS ABRIL E MAIO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com PROCEDIMENTO SUMÁRIO - Regulado no Capítulo V, do Título II, do Livro II (arts. 531

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito PERÍODO: 6º Semestre DISCIPLINA: Provas Processuais Penais CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas/aula I EMENTA Prisão. Liberdade provisória.

Leia mais

30/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

30/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I I 13ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1 JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Direito Processual Penal(história/ ramo etc); Aplicação da lei penal; Processo inquisitivo IP Ação penal partes/mp

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito

SUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito SUMÁRIO Introdução Capítulo 1 PRINCÍPIOS INFORMADORES DO PROCESSO PENAL 1.1 Devido processo legal (due process of law) ou justo processo 1.2 Publicidade dos atos processuais 1.3 Presunção de inocência,

Leia mais

2

2 1ª QUESTÃO A Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso do Sul, após instaurar, sob a presidência de Defensor Público, inquérito civil voltado a apurar fatos que chegaram ao seu conhecimento, ajuizou

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Processo Penal II Código

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Psicografia e prova penal Renato Marcão * Questão interessante e controvertida busca saber se material psicografado pode ser utilizado como prova em processo penal. 1. Introdução

Leia mais

Professor Wisley Aula 01

Professor Wisley Aula 01 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 Caros alunos, Iniciamos nossa preparação para o concurso da Polícia Rodoviária Federal.

Leia mais

Aspectos Gerais. Medidas cautelares

Aspectos Gerais. Medidas cautelares Aspectos Gerais. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DOS ASPECTOS GERAIS DAS MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS DIVERSAS DA PRISÃO, APLICADAS PELO MAGISTRADO Medidas cautelares

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual Período 2008 2016 1) FCC - JUIZ ESTADUAL - TJGO (2012) Em relação à prova no processo penal, é correto afirmar que a) não sendo possível o exame de

Leia mais

O suspeito, o acusado e o condenado frente aos direitos humanos fundamentais I

O suspeito, o acusado e o condenado frente aos direitos humanos fundamentais I Universidade Católica de São Paulo Departamento VI Direitos Difusos e Coletivos Programa de Ensino - Núcleo de Prática Jurídica - 2018 Professor: Plínio Antônio Britto Gentil O suspeito, o acusado e o

Leia mais

A possibilidade de admissão de prova ilícita nos casos de alienação parental, considerando o Princípio da Dignidade Humana e o da Proporcionalidade

A possibilidade de admissão de prova ilícita nos casos de alienação parental, considerando o Princípio da Dignidade Humana e o da Proporcionalidade A possibilidade de admissão de prova ilícita nos casos de alienação parental, considerando o Princípio da Dignidade Humana e o da Proporcionalidade Cimara Santos da Silva RESUMO: O presente projeto tem

Leia mais

Direito Processual do Trabalho. Professor Raphael Maia

Direito Processual do Trabalho. Professor Raphael Maia Direito Processual do Trabalho Professor Raphael Maia 2.1 Funções dos Princípios no Processo do Trabalho: a) Função informadora: a) Tem por objetivo é orientar o legislador b) Função Interpretativa: a)

Leia mais

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO NA BAHIA Av. Paulo VI, nº. 844, Pituba, Salvador/BA, CEP: ESPELHO DE CORREÇÃO

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO NA BAHIA Av. Paulo VI, nº. 844, Pituba, Salvador/BA, CEP: ESPELHO DE CORREÇÃO ESPELHO DE CORREÇÃO DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Domínio do conteúdo do tema abordado 9,0 Inconstitucionalidade formal da lei por transgressão da iniciativa legislativa do Presidente

Leia mais

Estudo teórico do direito e dos elementos estruturais do direito processual civil e penal.

Estudo teórico do direito e dos elementos estruturais do direito processual civil e penal. 1. INFORMAÇÕES GERAIS 1.1 PROFESSOR: Wellington José Tristão 1.2 DEPARTAMENTO: Disciplinas de Formação Fundamental 1.3 DISCIPLINA: Teoria Geral do Direito e do Processo 1.4 SÉRIE: 1º TURMAS: A e B TURNOS:

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Teoria Geral da Prova no Processo Civil Daniel Nobre Morelli INTRODUÇÃO Podemos considerar prova como o meio pelo qual se procura demonstrar que certos fatos, expostos no processo,

Leia mais

Prof. Murillo Sapia Gutier

Prof. Murillo Sapia Gutier Prof. Murillo Sapia Gutier www.murillogutier.com.br Objetivo: É o meio considerado idôneo pelo ordenamento jurídico para demonstrar a existência ou inexistência de um fato jurídico. A prova é vista como

Leia mais

- TEORIA GERAL DAS PROVAS

- TEORIA GERAL DAS PROVAS Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 21 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Teoria Geral das Provas - Conceito, Objeto de Incidência, Natureza Jurídica das normas sobre prova,

Leia mais

TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos

TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos TST não pode contrariar normas ao definir ultratividade de acordos Por Gustavo Filipe Barbosa Garcia Há intenso debate a respeito da integração dos direitos previstos em instrumentos normativos coletivos

Leia mais

LEI N /1996 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

LEI N /1996 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA LEI N. 9.296/1996 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA SIGILO DAS COMUNICAÇÕES Constituição Federal (CF) Art. 5º (...) XII é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Processo Penal I Código

Leia mais

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA

OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA OBRA: GUILHERME DE SOUZA NUCCI-MANUAL DE PROCESSO PENAL E EXECUÇÃO PENAL EDITORA RT OBRA: EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA CURSO DE PROCESSO PENAL EDITORA LUMEN JURIS CONCEITO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, preparatório

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

Sumário Princípio da igualdade processual ou da paridade Princípio da prevalência do interesse do réu ou

Sumário Princípio da igualdade processual ou da paridade Princípio da prevalência do interesse do réu ou Sumário Capítulo I INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL PENAL... 27... 27... 29... 30... 30 Capítulo II PRINCÍPIOS E SISTEMAS DO PROCESSO PENAL... 35... 35... 36 2.1. Princípios constitucionais explícitos

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Princípios Gerais de Processo Penal (continuação) Princípios 14. Princípio do devido processo legal Ninguém será privado de sua liberdade e de seus bens, sem que haja

Leia mais

PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL VASCONCELOS.B.A.M 1 ; PAVOLAK, P.H 2. Resumo: O presente trabalho trata da investigação criminal comandada pelo Ministério Público a

Leia mais

Continuação - aula princípios

Continuação - aula princípios Continuação - aula princípios Isso não significa, entretanto, que as partes podem ser tratadas diferentemente. Justamente com o objetivo de compensar eventuais desigualdades, suprindo o desnível da parte

Leia mais

Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito; Espécies; Princípios.

Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito; Espécies; Princípios. Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 10 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Prisão Temporária: Contagem do Prazo; Rol de Crimes; Recurso do Indeferimento. Nulidades: Conceito;

Leia mais

Direito Processual Civil. Recurso Especial e Extraordinário

Direito Processual Civil. Recurso Especial e Extraordinário Direito Processual Civil Recurso Especial e Extraordinário Recurso Especial e Extraordinário Art. 1.029: O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão

Leia mais

Conselho da Justiça Federal

Conselho da Justiça Federal RESOLUÇÃO N. 063, DE 26 DE JUNHO DE 2009. Dispõe sobre a tramitação direta dos inquéritos policiais entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. O Presidente do Conselho da Justiça Federal,

Leia mais

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão O artigo 489 do novo Código de Processo Civil, que estabelece regras para a fundamentação das

Leia mais

1. SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA.

1. SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA. 1. SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA. Sociedade e Direito Conflito de Interesses e Lide Interesse: Desejo, Exigência e Pretensão que o ser humano deseja satisfação; Lide: Pretensão x Resistência O direito é

Leia mais

PROVAS ILÍCITAS. AnnyCarolini MARTINS 1. Roberta da Silva Ramos RADTKE 2 RESUMO

PROVAS ILÍCITAS. AnnyCarolini MARTINS 1. Roberta da Silva Ramos RADTKE 2 RESUMO PROVAS ILÍCITAS AnnyCarolini MARTINS 1 Roberta da Silva Ramos RADTKE 2 RESUMO As Provas Ilícitas são provas que não são obtidas de uma forma ou maneira correta. Produzir algo que na sua forma concreta

Leia mais

O USO DE PROVAS ILICITAS EM PROCESSOS

O USO DE PROVAS ILICITAS EM PROCESSOS O USO DE PROVAS ILICITAS EM PROCESSOS Gonçalves, Tuany Caroline¹ Magalhães, Taynara Cristina ² Oliveira, Ariane F.³ Introdução Este trabalho tem como objetivo apresentar o uso de Provas ilícitas nos processos

Leia mais

CURSO DE QUESTÕES DISCURSIVAS 2016

CURSO DE QUESTÕES DISCURSIVAS 2016 CURSO DE QUESTÕES DISCURSIVAS 2016 Quais os principais impactos do novo CPC à luz do artigo 93, da CFRB, inciso IX? (Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Sentença e Coisa Julgada Parte II Prof. Gisela Esposel - Princípio da Correlação, adstrição ou congruência entre a acusação e a sentença - O juiz deverá julgar

Leia mais

O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO DENTRO DO PROCESSO CONSTITUCIONAL. Palavras-Chave: Estado Democrático de Direito, contraditório, processo constitucional.

O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO DENTRO DO PROCESSO CONSTITUCIONAL. Palavras-Chave: Estado Democrático de Direito, contraditório, processo constitucional. O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO DENTRO DO PROCESSO CONSTITUCIONAL. Sabrina Gomes Martins 1 Resumo: O presente artigo defende uma posição democrática do princípio do contraditório sob a ótica do Estado Democrático

Leia mais