OS FEITIÇOS TAMBÉM SE APAGAM
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- Ricardo Fraga Tavares
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1 OS FEITIÇOS TAMBÉM SE APAGAM OU COMO FOI POSSÍVEL SUBVERTER O PAPEL DO EXÉRCITO NA FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO DE ADOLESCENTES!? Por ter sido aluno do Colégio Militar de 1942 a 1950, há cerca de 70 anos, e ter mantido um contacto estreito e contínuo com aquela Instituição, acho-me mais informado para escrever sobre ela, do que sobre o Instituto de Odivelas, ou sobre o Instituto dos Pupilos do Exército onde tenho dois netos a estudar. Nesta fase em que todos estes três centenários Estabelecimentos Militares de Ensino, tutelados pelo Exército e pelo Ministério da Defesa Nacional, atravessam períodos ditos de reestruturação, não tem sentido falar de um sem referir os outros, pelo que desde já peço as minhas desculpas pelos desajustamentos de análise em relação a Odivelas e aos Pupilos. Sem pretender fazer história, convém lembrar aspectos dominantes da sua origem. O Colégio Militar foi fundado em 1803 e destinado a filhos rapazes de oficiais das Forças Armadas. Quase um século depois foi fundado o Instituto de Odivelas, destinado a meninas, filhas de oficiais. Com o nascimento da República foi fundado o então chamado Instituto Militar dos Pupilos do Exército, destinado a filhos de sargentos e encaminhado para o ensino técnico comercial e industrial, no âmbito da reforma do ensino de Com o tempo esta estratificação classista começou a esbater-se, com a abertura das Instituições a filhos de civis e, posteriormente, recebendo o Instituto de Odivelas também filhas de sargentos e os Pupilos também filhos de oficiais. Com a revolução de Abril de 1974, as portas abriram-se no Colégio Militar também para filhos de sargentos. Igualmente passaram a beneficiar do acesso a estas três Instituições os filhos de graduados das Forças de Segurança, bem como, no âmbito da Cooperação, a crianças africanas de língua portuguesa, vindas das antigas colónias. Esta evolução não causou qualquer agravo em nenhuma das Instituições, que mantiveram o essencial das suas características de origem. Tratou-se dum ajustamento progressivo que correspondeu à evolução da própria sociedade, onde as classes sociais se foram interpenetrando no campo da educação, da cultura e do ensino, integrando-se num projecto mais amplo da democratização do ensino, ainda por realizar É de salientar que o ensino em Portugal, nos primeiros anos da revolução, desnorteou-se bastante, confundindo populisticamente a dignificação das carreiras, com um único trajecto, o liceal, pois era antes a única plataforma de acesso ao ensino universitário. Isto deu origem a grandes equívocos, e novos preconceitos que demoraram tempo a clarificar e que, em minha modesta opinião, continuam por resolver. 1
2 Independentemente disso a verdade é que se deram passos importantes na direcção da racionalidade, ainda que outros preconceitos se mantenham, não menos irracionais e nefastos para a sociedade, onde as classes se afirmam hoje, cada vez mais, pelo poder económico de cada família. No caso concreto dos Estabelecimentos Militares de Ensino, as agressões, e o recurso à irracionalidade partiram sempre da tutela política, à qual a tutela militar não ofereceu a devida resistência. A meu ver a primeira Instituição a ser molestada com intuitos ditos reformistas, foi o Instituto dos Pupilos do Exército. Justificando-se sempre na dignificação das saídas profissionais, abriram o trajecto liceal, numa parcial substituição do percurso técnico profissional, em lógica inconfessavelmente herdada de valores que deveriam estar ultrapassados. Talvez para compensar essa insensatez preconceituosa, criaram os módulos de ensino superior politécnico nas áreas da gestão e das engenharias, abertos ao exterior, o que parecia ser uma boa inspiração, mas que, por razões que desconheço, duraram muito pouco tempo. Essas experiências foram dinamizadoras da solução de externato pois para além de receberem alunos de maioridade, passaram a integrar raparigas, que foram também admitidas nos níveis básico, secundário e técnico profissional. A meu ver poderia parecer mais racional acrescentar ao curso liceal de Odivelas (B+S) os cursos técnicos, e abrir ali também o ensino superior politécnico, contudo a contra-argumentação, que provavelmente surgiu, terá sido o desperdício de infraestruturas especialmente caras neste tipo de formação, dispersas por duas Instituições sob a mesma tutela. A verdade é que o Instituto dos Pupilos de Exército não tem nem está a construir qualquer internato para raparigas e tende a cristalizar-se num externato misto, criando uma outra instituição que, na verdade, nada tem hoje a ver com a sua origem de internato militar para rapazes. Meus netos são alunos externos que entram às 7h30 e saem diariamente, entre as 17h e as 18h de 2ª a 6ª feira, quando não mais cedo. É evidente que neste horário onde nem tempo de recreio têm, passam o dia a correr para as aulas, sem conseguirem conviver ou brincar. Verifico com pena que os seus amigos continuam a ser os que tinham antes de serem Pilões, os únicos com quem continuam a conviver. Na verdade dentro das Instalações do IPE não têm tempo senão para correrem para as aulas, ou para mudar de roupa, ou para tomar banho, ou para formar. Nem mesmo nas pouquíssimas aulas práticas que é possível integrar neste horário tão apertado de afazeres, eles conseguem conviver senão sob a tirania dum horário, que é descansativo para os militares de enquadramento, mas antipedagógico para os e as alunas. Quando conto aos meus netos as nossas inesquecíveis brincadeiras no Geral das Companhias, não entendem do que estou a falar. Quando lhes falo de camaradagem dizem-me que é coisa de que os graduados também falam Mas isso não é para ser falado. É para ser praticado no dia a dia, se para tal sobrar tempo. Tanto o Instituto de Odivelas como o Colégio Militar tinham sido poupados a esta descaracterização, mas os anos de 2012/3/4 foram fatais, como veremos. 2
3 Quando há setenta anos frequentava o terceiro ano do Colégio Militar, desempenhava as funções de Director o então Brigadeiro Luís da Costa Macedo (Mesquitela). Era um Homem de pequena estatura física, mas enorme na sua dimensão moral e intelectual. Tinha o dom da palavra e um profundo sentido pedagógico no relacionamento com professores e alunos. Era um militar de grande prestígio, dispondo duma especial sensibilidade, pois sem ter frequentado o Colégio Militar como aluno, muito rapidamente se apercebeu da sua secular mística radicada no relacionamento entre os alunos - a velha camaradagem - que a eles se colava e mantinha para além dos tempos, associada a um amor eterno ao próprio Colégio, aos seus valores e tradições. Quase todos os meses tínhamos uma visita de ex-alunos, em romagem de saudade, onde podíamos confraternizar com os nossos antecessores (o nosso número era uma verdadeira identidade pessoal), onde miúdos de dez, doze ou dezassete anos, se sentiam irmanados com velhos de sessenta ou oitenta anos só porque durante sete ou oito anos tiveram o mesmo número. Trocavam-se estórias e gargalhadas, semelhantes às vividas naquelas mesmas escadas, no mesmo claustro, na mesma quinta, tudo distanciado de várias dezenas de anos. Fui aluno durante oito anos e sou ex-aluno há mais de setenta, tendo confraternizado, nessas visitas programadas, com várias gerações de sucessores e demais alunos com a idade de meus filhos e netos. A empatia que então se estabelece nesse encontro de gerações, traduz o carinho e a ternura da imutabilidade dos valores que nos identifica, enche a alma, a saudade e a alegria dum reencontro, onde o tempo parece ter esperado. Este fenómeno passa-se desde os tempos de meu avô (século XIX), meu antecessor naquele Colégio, mas julgo não ser exclusivo dos Meninos da Luz, pois em Odivelas e nos Pupilos, algo de muito semelhante se passará também. É muito difícil explicar esta empatia e certamente mais difícil ainda entendê-la para quem não teve o privilégio de crescer naquelas centenárias Instituições, mas o nosso Director Mesquitela não precisou de muitas semanas para intuir aquela natureza e conseguir penetrar na alma dos alunos como se fosse mais um deles. Expressava nos seus brilhantes discursos de boas vindas aos ex-alunos, no velho refeitório, com o Batalhão em silêncio para não perder uma palavra, e ele repetia aquela frase que tudo parecia explicar e ainda hoje ecoa nos nossos ouvidos: Estas paredes têm feitiço! Ele bem sabia que o tal feitiço nascera, crescera e vivia do especial relacionamento entre os alunos e do convívio que tal gerava. Esta vivência, semelhante em repetidas gerações, permite-nos hoje ver e perceber a grandeza da Instituição que assim formatou tantos Homens e Mulheres numa dádiva absoluta pela Pátria e pelo Bem. 3
4 A alma destas Instituições é o feitiço a que o nosso saudoso General se referia nas suas repetidas mas nunca gastas alocuções ecoando, ainda hoje, na nossa memória. A transcendência desce à terra na racionalidade dos factos, pois é na terra que vivemos. Esta alma ou feitiço são fruto das características que resistiram aos tempos e às mudanças durante mais de dois séculos, onde a vida da Nação seguiu o rumo da modernização e do progresso, respigando para o interior do Colégio tudo aquilo que o tornou actual, sem, contudo, comprometer a génese da sua alma. Com apenas quatro anos de idade (1807), o Colégio Militar dirigido pelo seu fundador, o então Coronel de Artilharia do Forte de S. Julião da Barra, Teixeira Rebelo, resistiu sólido às invasões napoleónicas. A primeira, comandada por Junot, chegou mesmo a ocupar Lisboa, e por lá se manteve durante mais de um ano, até ser vencido em 1808, na Roliça e no Vimeiro. Seguiram-se mais duas invasões, mantendo o País parcialmente ocupado e em guerra total até 1810, ano em que Massena foi derrotado na serra do Buçaco e nas Linhas de Torres, e perseguido em 1811 até para lá dos Pirinéus, com o rabo entre as pernas. Mau grado esse trágico período, o jovem Colégio Militar prosseguiu a sua honrosa missão de formar rapazes para servirem a nossa Pátria, consolidando um rumo que viria a ser histórico. Ainda não refeito do abalo invasor napoleónico, estala em Portugal, dez anos depois (1820), a revolução liberal, onde durante outros dez anos, antigos alunos, irmãos, pais e filhos, se combateram com inusitada violência e coragem. Mas o Colégio Militar prosseguiu o seu caminho, moldando nos seus alunos uma irmandade, uma camaradagem e um amor pela Pátria, à prova dos conflitos que se iam passando fora das suas paredes. Anos mais tarde, alunos e antigos alunos do Colégio sofreram indignados e revoltados a humilhação nacional do ultimatum inglês de 1890, impedindo, manus militarae, Portugal de assegurar a sua soberania nas regiôes africanas referenciadas pelo mapa côr-de-rosa, ligando Angola e Moçambique. A agitação popular por tal provocada criou uma animosidade crescente contra o poder monárquico, agravada por uma crise financeira que atingiu a bancarrota. Essa crise manteve-se por mais de 20 anos, resultando, em 1910, na implantação da República. Mas a agitação não terminou, pois a resistência à mudança, a luta pelo poder e o desgaste de uma guerra em África e na Flandres, entre 1914 e 1918, mantiveram o País em permanente estado de sítio, nele participando, em campos políticos divergentes, ex-alunos do Colégio. Mesmo assim aquelas paredes guardaram o feitiço do nosso Colégio, pois algo mais forte impediu que se apagasse. Foi essa força interior e as suas condicionantes que fizeram o Colégio Militar resistir às perturbações e mudanças da revolução de Abril onde, de novo, ex-alunos se encontraram de lados opostos de um processo que deu origem a profundas modificações da própria sociedade portuguesa. Na verdade, não foram essas guerras e revoluções, ou a modernização da conjuntura social e política, ou mesmo a mudança de hábitos e costumes, como o aparecimento de uma nova sexualidade saída do Maio de 68, que afectaram o espírito colegial ao ponto de pôr em causa o feitiço gerador das virtudes de uma educação 4
5 com caracter, fraternidade e lealdade. Isso decorreu sempre do circunstancialismo interno característico do próprio convívio colegial. É facto que o Colégio de 1803 a 2013 (210 anos) não se manteve imutável e fechado à evolução da sociedade. Ocorreram, ao longo destes dois séculos, mudanças internas que alteraram a própria educação e instrução dos alunos, umas vezes melhorando-as, outras dificultando-as. Mas nada chegou para esfumar o feitiço. Nas condições impostas pela tutela externa, ou mesmo na pluralidade de tantas Direcções, nem todas exemplares, o espírito colegial assegurou muitas vezes através dos graduados, o desenvolvimento da camaradagem, do espírito de corpo, da lealdade, da coragem física e moral, do amor pela responsabilidade, da dedicação ao estudo e desejo de saber, do desembaraço, do aprumo e galhardia, da perseverança perante as dificuldades, enfim de tudo aquilo que pensamos ser o produto das características do Colégio Militar. Deverei aqui realçar a suma importância da organização dos tempos e dos espaços que permitem, ou dificultam, o convívio dos alunos entre si: Tempo para estar e viver em grupo, para brincar, para aprender, estudar, marchar, brigar, dormir, conversar, asnear e ler. O Colégio é o que é, porque se conjugaram múltiplas circunstâncias internas para que tal acontecesse: Não é obra do acaso, nem benção do Céu. Existe uma efectiva dinâmica de grupo entre os alunos, alimentada pelo culto da tradição ligada aos mais sublimes valores humanos. Com toda a subjectividade que isso possa acarretar, acompanhando de perto a vida colegial ao longo destes 70 anos, constato que houve, no passado recente, erros das chefias militares e da tutela política, afectando as capacidades formativas do Colégio, por terem ocasionado mudanças no tipo de convívio entre os alunos e destes com os seus oficiais instrutores, professores e outro pessoal militar e civil, correndo-se o grave risco de se produzirem alterações nefastas. Darei alguns exemplos: O crescimento do número de alunos nos anos cinquenta e sessenta e a necessidade de melhorar as condições do internato determinaram a ampliação das instalações. Só que essa ampliação deveria ter tido em conta, na concepção do projecto, que dela não resultassem tempos roubados ao convívio dos alunos, nem aos dedicados à sua formação individual e colectiva. A quebra da centralidade original, ocasionada pela separação radical entre o internato, as aulas, os estudos e as refeições, não me parece ter favorecido o melhor aproveitamento do tempo disponível para produzir uma educação tão condicionada pelas longas deslocações obrigatórias. É pena, mas julgo que essa falha será hoje muito difícil de corrigir. O meu camarada e amigo eng. Eduardo Zuquete, ex-aluno do Colégio, apresentou um trabalho mais desenvolvido sobre esta matéria, que me pareceu exemplar. Ainda na mesma linha de pensamento, recordamos que o sistema de internato dos alunos há 70 anos, com duas ou uma saída por mês ao sábado, era uma violência de que muito nos queixávamos. Anos mais tarde, a saída passou a ocorrer todos os fins de semana, à 6ª feira à tarde, resultando numa melhoria que em nada afectou as características do Colégio e permitiu aos Meninos da Luz, não apenas mais tempo 5
6 para a indispensável intervenção educativa dos pais e demais família, mas também maior contacto com a sociedade envolvente. Posteriormente, foi acrescentada mais uma saída à 4ª feira depois do almoço, com regresso na 5ª feira de manhã. Esta última decisão, para além de privilegiar apenas os alunos da zona de Lisboa e obrigar a uma maior concentração das aulas nos restantes dias da semana, com o consequente prejuízo escolar, criou problemas a muitos pais que têm trabalho nessa tarde, acabando por retirar tempo de convívio entre os alunos que, como dissemos, é indispensável na formação específica dos Meninos da Luz. Noutro aspecto, o nosso Colégio nasceu, cresceu e formou-se como uma escola militar, onde a existência de graduados responsáveis e cooperantes no processo educativo de raíz militar, a estrutura hierarquizada e disciplinada em todo o quotidiano da vida colegial, desde a alvorada ao silêncio, sempre foi a matriz de enquadramento daquele colectivo. Essa circunstância fez também parte de uma génese formativa cujos resultados estão bem patentes na celebridade dos nomes de antigos alunos, atribuidos a centenas de artérias das nossas cidades e vilas, sejam eles militares, ou civis, mas todos notáveis, fazendo jus a uma educação que sempre honrou Portugal. Os alunos viviam este ambiente militar desde que acordavam até adormecerem, com deslocações em formatura durante as horas de serviço. A esmagadora maioria dos professores e instrutores escolares eram oficiais do Exército, com especial relevo para profissionais do ensino, disponibilizados pelo Ministério da Educação, mas escolhidos pela Direcção do Colégio, chamados ao activo como milicianos (quadro de complemento). Mas também, durante as aulas, com programas sancionados pelo Ministério da Educação, o relacionamente entre alunos e professores era essencialmente militar. Nada disto tem a ver com o facto de antes só existirem professores do género masculino, pois hoje as mulheres estão, como os homens, nas Forças Armadas. Veja-se que a partir dos anos oitenta do século passado as Direcções do Colégio tiveram de aceitar uma totalidade de professores civis, sem qualquer formação ou identificação com a realidade militar, logo desconhecedores e, naturalmente, distantes das normas que regulam as relações castrenses. Não é possível que este facto deixe de trazer consequências nefastas na especificidade da formação dos alunos de um estabelecimento militar de ensino, pois, na maioria das horas despertas de permanência no Colégio, passaram a privar apenas com civis. Estas decisões, que considero negativas, poderão ter descaracterizado um pouco o Colégio Militar, limitando o convívio entre os alunos, e apaisanando as relações com os professores. Contudo, parece ter existido a força interior suficiente para não afectar, de forma irremediável, o espírito colegial. Chegados ao ano fatídico de 2012, o Colégio Militar sofreu, da parte da sua tutela política - Ministério da Defesa Nacional o mais duro, decisivo e absurdo golpe, com a extinção doutra Instituição Militar de Ensino, irmã, igualmente centenária: o Instituto de Odivelas e a transferência das suas alunas para o Colégio, transformandoo num estabelecimento de ensino misto, onde insistem em construir um internato para raparigas dentro do mesmo campus, o que parece querer transformar o Colégio da 6
7 Luz num caso de estudo internacional Na gíria dos alunos já dizem que estão ali a construir a maternidade? Será que a sensibilidade dos rapazes não é de escutar? Não chegam as palavras para demonstrar a minha indignação ao ver como gente como esta, insensata, acéfala, julgando que não é preconceituosa, mas mostrando que o é e da forma mais primária, se atreve a desfazer uma Instituição centenária como o Instituto de Odivelas, com tantos, tão longos e ricos serviços prestados na formação e educação de raparigas, com um projecto de ensino próprio, único e enaltecido por consecutivas gerações da sociedade portuguesa?! Quem é esta gente que se atreve a conspurcar com as suas mãos algo que a Pátria lhe deu a guardar?! As razões bacocas a favor dum internato misto, imposto aos pais que o não desejam, configuram um teatro de pretensioso progressismo, cuja insanidade não pode deixar de esconder outros objectivos. De todas as razões apresentadas, a menos hipócrita ser a das vantagens económicas, mas que, depois de desmontado com dados tratados por técnicos competentes, igualmente surge como um pretexto, demonstrando, isso sim, uma incompreensível animosidade a tudo o que possa ser a participação da Instituição Militar como viveiro de jóvens com carácter, coragem e boa formação física, moral e cívica em Portugal. Isso, aliás, também já se passara com a extinção do serviço militar obrigatório. Em dois despachos ciclónicos, o Ministro e a sua equipa civil e militar - que ficarão na história do País como coveiros do sagrado -, ferem de morte a essência do relacionamento e convívio que gerou uma plêiade de Gente necessária. Tal como o Colégio era uma escola de formação de rapazes, Odivelas era uma escola de formação de raparigas, todos (eles e elas) adolescentes, com formação específica de internato. O Ministro quis fazer nascer uma terceira escola de internato misto, no mesmo campus, parecendo desconhecer que, misturar géneros em adultos, não é o mesmo que misturar géneros em adolescentes, possivelmente esperando que os pais dessas adolescentes venham a optar pelo externato, facilitando essa opção também aos rapazes, com a experiência conseguida nos Pupilos. Tanto o Colégio como Odivelas sempre funcionaram, no seu longo passado, como internatos, onde o aluno externo constituia uma muito ponderada excepção, não tendo constituído, por isso, qualquer influência no tipo de relacionamento entre alunos que dormiam numa mesma camarata. Ao juntar rapazes e raparigas adolescentes nesta terceira e diferente instituição de ensino, o Ministro e as Chefias Militares certamente não ignoram que, na prática, estão a criar um novo externato de meninos e meninas, mascarados com uma farda côr de pinhão, igual à dos antigos Meninos da Luz, mas que muito pouco tem a ver com eles. Outra novidade destes despachos foi a abertura do futuro colégio a jovens para os 9º e 10º anos, limitando para estes uma vida colegial de 4 e 3 anos, o que não 7
8 chegará para aquecer o lugar e, muito menos, para uma integração no espírito colegial. A primeira consequência destas medidas é, obviamente, a redução drástica dos tempos de convívio entre alunos e a criação de novos valores e hábitos, ou seja uma outra educação que não pode gerar camaradagem nem respeito pelos valores tradicionais do Colégio. A segunda consequência consiste na profunda lesão da acção complementar educativa e formativa dos graduados naquele universo e, logo, do desenvolvimento consolidado de um desejável sentido de comando (mando com), criador duma disciplina consentida e não imposta. A terceira consequência resulta de que, um colégio com maioria de alunos externos, e muitos outros acabados de entrar com 15 anos, não permitirá tempo disponível para justificar as aulas práticas (ginástica, atletismo; equitação, esgrima, remo, etc. e, também instrução militar). É evidente que, a curto prazo, essas disciplinas serão extintas do projecto educativo, pois não se justificará mantê-las apenas para um reduzido número de internos. Com a esperada redução do número de alunos internos, tendendo obviamente para um só externato misto, as instalações existentes nas Companhias serão aproveitadas para aulas e não será de espantar que os velhos claustros venham a ter o mesmo ou semelhante destino das históricas instalações do Instituto de Odivelas. Sem tempo para as actividades desportivas, nomeadamente a equitação e o atletismo, haverá muito terreno desnecessário, isto é, disponível para ser alienado para a construção. Eis pois aqui desmascarado o objectivo estratégico dos despachos ministeriais: O negócio imobiliário, com terrenos vendidos por escritórios de advogados de confiança do poder político. Está-se, pois, a desmontar e vender as instalações do Instituto de Odivelas e a criar um novo colégio de externato misto, que até poderá vir a obter o primeiro lugar nos rankng s nacionais, mas dele jamais poderão saír Meninos da Luz nem Meninas de Odivelas como aqueles e aquelas que, durante duzentos anos, constituíram uma verdadeira elite de portugueses, no campo da Cultura, da Defesa, das Ciências, das Artes, da Política, do Desporto e da Administração (pública e privada), heróis formados por um feitiço, consolidado durante dois séculos, mas apagado em dois anos pela insanidade e ambição obtusa de um poder irresponsável. Restar-nos-á sempre a memória, pois essa nem com a morte se apaga. Lisboa, 10 de Maio de 2015 João M. Bilstein Menezes L Sequeira Ex-aluno nº 70/42 do Colégio Militar Coronel Reformado de Cavalaria 8
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