GRANDES TEMAS DE DIREITO DE FAMÍLIA AULAS MINISTRADA POR REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA

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1 GRANDES TEMAS DE DIREITO DE FAMÍLIA AULAS MINISTRADA POR REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA

2 A RESPONSABILIDADE CIVIL NO ROMPIMENTO DO CASAMENTO

3 IDEAL A SER ALCANÇADO EM TODAS AS RELAÇÕES FAMILIARES HARMONIA, POR MEIO DO AFETO

4

5 Casamento aspectos sentimentais aspectos religiosos aspectos patrimoniais projeto a reinar com harmonia e felicidade não se concretiza rompimento

6 Tipos de dissolução judicial do casamento Separação e Divórcio judiciais

7 MANUTENÇÃO DA SEPARAÇÃO CULPOSA NO SISTEMA LEGISLATIVO, AO LADO DO DIVÓRCIO CULPOSO NORMAS DO CC/2002 RECEPCIONADAS E RECRIADAS EC 66/2010 CONFORME SUA EMENTA - NÃO ELIMINOU A SEPARAÇÃO JUDICIAL, SOMENTE SUPRIMIU OS REQUISITOS TEMPORAIS DO DIVÓRCIO V. Washington de Barros Monteiro e Regina Beatriz Tavares da Silva, 40ª ed. Curso de direito civil Direito de Família, São Paulo: Saraiva, 2010, p. 316 e ss.

8 Espécies de dissolução do casamento Código Civil, art A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges II - pela nulidade ou anulação do casamento III - pela separação judicial IV - pelo divórcio

9 Espécies de separação Separação litigiosa Por pedido unilateral Separação consensual Por pedido bilateral (1 ano de casamento)

10 Espécies de separação Separação litigiosa Por pedido unilateral Separação culposa Separação ruptura Separação remédio

11 Espécies de separação Separação sanção ou culposa Fundamentada na culpa pelo descumprimento dos deveres conjugais Código Civil, art , caput

12 Separação ruptura Espécies de separação Não importam os motivos que ensejaram a ruptura da vida em comum, tendo como únicos requisitos a separação de fato por um ano contínuo e a impossibilidade de reconstituição da comunhão de vidas. Código Civil, art , 1º A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição

13 Separação remédio Espécies de separação Fundamentada em doença mental grave de um dos cônjuges. Proteção especial ao cônjuge mentalmente doente Código Civil, art , 2º O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável

14 Espécies de divórcio após EC 66/2010 Divórcio conversão ou indireto O divórcio conversão permanece para quem tem estado civil de separado judicialmente, mas sem o lapso temporal do Código Civil, art , caput

15 Espécies de divórcio após EC 66/2010 Divórcio direto Não exige demonstração da causa e do lapso temporal que era previsto no Código Civil, art , 2º

16 Espécies de divórcio após EC 66/2010 Divórcio culposo Demonstração da causa culposa grave descumprimento de dever conjugal com as conseqüências ou sanções previstas na separação judicial culposa: perda do direito à pensão plena e perda do direito de utilização do sobrenome conjugal

17 Espécies de divórcio após EC 66/2010 Divórcio remédio Demonstração da doença mental do cônjuge, com as conseqüências da separação judicial com esse fundamento benefícios patrimoniais em regime da comunhão universal de bens

18 culposo SEPARAÇÃO JUDICIAL e DIVÓRCIO LITIGIOSO descumprimento consciente de uma norma de conduta conjugal que estabelece um dever para um dos cônjuges e, em conseqüência, um direito para o outro (V. TAVARES DA SILVA, R. B.. A culpa nas relações de família. In: DELGADO, Mário Luiz; ALVES, Jones Figueirêdo. (Org.). Questões controvertidas no direito de família e das sucessões. 1 ed. São Paulo: Método, 2005, v. 3, p )

19 SEPARAÇÃO JUDICIAL E DIVÓRCIO LITIGIOSO culposo fundamentado no grave descumprimento dos deveres conjugais (art , caput, CC) grave violação dos deveres do casamento que torne insuportável a vida em comum

20 Art Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: I adultério; II - tentativa de morte; III - sevícia ou injúria grave; IV - abandono voluntário do lar conjugal; V - condenação por crime infamante; VI - conduta desonrosa. Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos, que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. Norma não tem caráter taxativo, apenas exemplificativo

21 Deveres conjugais

22 Deveres pessoais dos cônjuges CC/02: Art São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no domicílio conjugal; III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; V - respeito e consideração mútuos.

23 Fidelidade dever de lealdade, sob o aspecto físico e moral, quanto à manutenção de relações que visem à satisfação do instinto sexual na sociedade conjugal TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz. Reparação Civil na Separação e no Divórcio. São Paulo: Saraiva, p. 71 Adultério: prática de ato sexual com terceira pessoa Quase-adultério: prática de atos com terceira pessoa que demonstram o propósito de satisfação do instinto sexual infidelidade virtual

24 Coabitação dever de vida em comum, no domicílio conjugal Conteúdo moradia sob o mesmo teto, salvo necessidades pessoais, profissionais ou familiares

25 Assistência material auxílio econômico à subsistência do consorte alimenta naturalia: alimentação propriamente dita alimenta civilia: habitação, saúde, vestuário, lazer etc. posição sócio-econômica do casal (padrão de vida)

26 Assistência imaterial Dever de proteger os direitos da personalidade do cônjuge: vida integridade física e psíquica honra liberdade segredo TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz. Dever de assistência imaterial entre cônjuges. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990.

27 Respeito Dever de respeitar os direitos da personalidade do cônjuge: vida integridade física e psíquica honra liberdade segredo TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz. Código Civil Comentado. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 1691/1693

28 Respeito e proteção aos direitos da personalidade honra: auto-estima e reputação social (injúria direta e indireta - conduta desonrosa) liberdade: poder de fazer tudo o que se quer, dentro das limitações do ordenamento jurídico

29 Violência doméstica

30 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia agredida pelo marido durante seis anos em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la na primeira com arma de fogo deixando-a paraplégica na segunda por eletrocução e afogamento marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado

31 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Formas de violência doméstica (art. 7º) violência física violência psicológica violência sexual violência patrimonial violência moral

32 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Principais medidas protetivas no âmbito penal (art. 10) adoção imediata das medidas de proteção pela autoridade policial garantia de proteção policial fornecimento de transporte para abrigo em local seguro acompanhamento para retirada de seus pertences pessoais do seu domicílio coleta imediata das provas:oitiva da ofendida, oitiva de testemunhas, oitiva do agressor remessa em 24 horas do expediente ao Juiz para concessão das medidas protetivas

33 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Principais medidas protetivas no âmbito civil (art. 22) afastamento do lar proibição de determinadas condutas aproximação da ofendida contato com a ofendida freqüência em determinados lugares restrição ou suspensão de visitas a filhos menores prestação de alimentos provisionais ou provisórios

34 Lei , de 22/09/2006 Lei Maria da Penha Medidas protetivas Caso Luana Piovani e Dado Dolabella

35 Lei , de 22/09/2006 Lei Maria da Penha Medidas protetivas Caso Luana Piovani e Dado Dolabella O ator foi o primeiro a chegar no local, acompanhado da mãe, Pepita Rodrigues. Dolabella chegou a ser preso na semana passada após descumprir Ordem Judicial de ficar a 250 metros de distância da ex-noiva. Por conta do descumprimento, Dado passou uma madrugada em uma delegacia e o dia preso em uma cela comum com outros 13 detentos. Dolabella recebeu habeas-corpus no dia seguinte e deixou a carceragem da Polinter, na Pavuna Notícia veiculada no dia , em

36 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Medidas protetivas (art. 24) restituição de bens proibição temporária para celebração de contratos de compra e venda, locação de propriedade comum, salvo expressa autorização judicial suspensão de procurações prestação de caução provisória, em depósito judicial, por perdas e danos materiais

37 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha reconhecimento da aplicação dos princípios da responsabilidade civil nas relações de família primeiro diploma legal que reconhece expressamente que a prática de ato ilícito pelo marido ou companheiro contra a esposa ou companheira sujeita o ofensor à condenação em indenização por perdas e danos (art. 24, IV)

38 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha art. 1º. Esta lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher... Sujeito ativo: um homem ou uma mulher Sujeito passivo: a mulher igualdade entre homens e mulheres CF, art. 5º, I Constitucionalidade, já que não protege os homens?

39 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Razão da proteção à mulher violência é praticada principalmente contra a mulher mulher efetivamente é quem mais necessita da proteção especial violência física e moral praticada contra a mulher é secular

40 STF, Ação declaratória de constitucionalidade, Relator Min. Marco Aurélio 19-3 Distrito Federal, Requerente: Presidente da República Igualdade art. 1º - Lei /06 acata o princípio constitucional da proteção do Estado à família - Há pronunciamentos do STF em que se distingue o gênero, como em concursos públicos, prova de esforço físico - Há distinções na CF, como a licença maternidade, prazo menor para aposentadoria por tempo de contribuição

41 STF, Ação declaratória de constitucionalidade 19-3 Distrito Federal, Relator Min. Marco Aurélio, Requerente: Presidente da República Liminar indeferida: suspensão dos atos que, direta ou indiretamente, neguem vigência à Lei /06 Com a emenda constitucional 3/93 surgiu a ação direta de constitucionalidade, com características muito assemelhadas à ação direta de inconstitucionalidade...em ambas, mostra-se possível chegar-se a conclusão diametralmente oposta à requerida na inicial. São ações, então, que podem ser enquadradas como de mão dupla.

42 STF, Ação declaratória de constitucionalidade 19-3 Distrito Federal, Relator Min. Marco Aurélio, Requerente: Presidente da República Liminar indeferida: suspensão dos atos que, direta ou indiretamente, neguem vigência à Lei /06 A previsão de implementar-se medida acauteladora no tocante à ação direta de inconstitucionalidade tem como base a necessidade de afastar-se de imediato a agressão da lei a texto constitucional. A recíproca é de todo imprópria. Diploma legal prescinde do endosso do Judiciário para surtir efeitos......eventual aplicação distorcida da Lei evocada pode ser corrigida ante o sistema recursal vigente...

43 Lei , de 22/09/ Lei Maria da Penha Para evitar debates sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei, com posições divergentes em julgados, bastaria a seguinte modificação na lei: Substituição da palavra mulher pela palavra pessoa MULHER CONTINUARIA COM A PROTEÇÃO LEGAL

44 Pressupostos e fundamentos da responsabilidade civil. Responsabilidade civil na dissolução do casamento: danos morais e materiais

45 Agressões morais e físicas são praticadas pelo homem contra a mulher

46 O homem extravia grande parte do patrimônio comum, para evitar a respectiva partilha

47 PROFESSOR CALMON DE PASSOS DIREITO: SOLUÇÃO DE CONFLITOS MUNDO DO DIREITO: ESPAÇO EM QUE AS PESSOAS FRACASSAM QUANTO MELHOR A FAMÍLIA, MENOS NECESSITADA ESTARÁ DO DIREITO DIREITO É IMPORTANTANTE QUANDO IMPÕE E PROÍBE E NÃO QUANDO SIMPLESMENTE FACULTA

48 Responsabilidade Civil ESTADO FAMÍLIA Presente em todos os domínios da ciência jurídica

49 Se um acidente de trânsito, mesmo que provoque um pequeno prejuízo, gera ao culpado o dever de repará-lo Se a propaganda enganosa fomenta a reparabilidade de danos acarretados aos consumidores Se o extravio de bagagem em transporte aéreo enseja a indenização pelos prejuízos morais ocasionados ao passageiro Se até mesmo a pessoa jurídica é alvo de resguardo da honra objetiva, com direito à reparação dos danos a esse direito da personalidade

50 Qual seria a razão para a inadmissibilidade do direito à indenização pelos danos causados em relações de família? Princípios da responsabilidade civil: aplicáveis em todas as relações civis, inclusive nas relações de casamento Regra geral da responsabilidade civil Código Civil - Parte Geral Código Civil Comentado, 6ª ed. Coordenação de Regina Beatriz Tavares da Silva, 2008, São Paulo: Saraiva, p. 881/890

51 REGRA GERAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL Ação ilícita nexo causal dano art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e causar prejuízo a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito

52 Pressupostos: Ação: violação a direito - caráter comissivo ou omissivo Dano: prejuízo a bens morais ou materiais Nexo causal: liame entre a ação e o dano

53 Danos morais: sofrimento, humilhação, angústia ofensa a direito da personalidade: vida, honra, integridade física e psíquica, liberdade caráter compensatório ao lesado caráter de desestímulo ao lesante Danos materiais: prejuízo econômico danos emergentes e lucros cessantes caráter ressarcitório

54 Danos morais podem ser comprovados objetivamente: não são adequadas indagações de ordem psíquica demonstração da violação à personalidade teoria da responsabilização pelo fato da violação Carlos Alberto Bittar: Reparação Civil por Danos Morais, São Paulo: Revista dos Tribunais

55 Pensão alimentícia: natureza assistencial não tem natureza indenizatória: não chega a compensar ou ressarcir os prejuízos morais ou materiais do lesado condiciona-se, em sua fixação e vigência, ao preenchimento de pressupostos: necessidade do cônjuge credor e possibilidade do consorte devedor, nos moldes do art do Código Civil Conclusão: não há bis in idem nos pedidos de pensão alimentícia e reparação de danos V. Regina Beatriz Tavares da Silva, Reparação Civil na Separação e no Divórcio, São Paulo, Saraiva

56 Reparabilidade de danos nas relações de família Princípios da responsabilidade civil: aplicáveis em todas as relações jurídicas Instrumento de combate à violência doméstica Aproximação entre a Moral e o Direito: desejável em todos os ramos da ciência jurídica, especialmente no Direito de Família

57 Separação e divórcio culposos: fundamento Culpa no Direito : inobservância consciente de norma de conduta, com resultado danoso a alguém, objetivado pelo agente - dolo - ou não desejado por ele, mas previsível - culpa em sentido estrito Culpa na Psicanálise: sentimento essencial para estabelecer limites e possibilitar o convívio em sociedade, já que propicia a aceitação da ética e das regras morais impostas pela cultura de cada povo, limitando os impulsos instintivos

58 MANUTENÇÃO DA SEPARAÇÃO CULPOSA NO SISTEMA LEGISLATIVO, AO LADO DO DIVÓRCIO CULPOSO NORMAS DO CC/2002 RECEPCIONADAS E RECRIADAS EC 66/2010 CONFORME SUA EMENTA - NÃO ELIMINOU A SEPARAÇÃO JUDICIAL, SOMENTE SUPRIMIU OS REQUISITOS TEMPORAIS DO DIVÓRCIO V. Washington de Barros Monteiro e Regina Beatriz Tavares da Silva, 40ª ed. Curso de direito civil Direito de Família, São Paulo: Saraiva, 2010, p. 316 e ss.

59 FUNDAMENTO MULTIDISCIPLINAR DANOS: DESCUMPRIMENTO DE DEVER CONJUGAL PRINCÍPIO DO DIREITO E DA PSICANÁLISE: REPARAÇÃO É INDISPENSÁVEL À INTEGRAÇÃO DA PESSOA NO MEIO EM QUE VIVE

60 STJ 3ª Turma, Recurso Especial nº 37051, Relator Min. Nilson Naves, j A melhor das indicações é a de que houve comportamento injurioso...tal fato, por si só, enquadra-se, a meu juízo, para fins de indenização, no art. 159 do Código Civil, que compreende... também o dano de natureza moral Se existe um comportamento injurioso diante da lei brasileira, causando a ruptura do casamento, diante das atitudes dominadoras do marido que provocaram a instabilidade psíquica da mulher, a indenização é cabível

61 STJ 3ª Turma, Recurso Especial nº 37051, Relator Min. Nilson Naves, j A importância pecuniária, recebida pelo cônjuge inocente, a título de alimentos, por exemplo, não tem a finalidade de reparar as ofensas físicas e psíquicas sofridas pela esposa. Isto porque os alimentos, além de serem arbitrados em função do binômio possibilidade/necessidade, tem a finalidade única de prover a subsistência do alimentando, e não a de ressarcir o dano moral... Com efeito, são situações não excludentes entre si, sendo perfeitamente cumulável, na ação de separação litigiosa, o pedido de indenização por danos morais, sem que haja bis in idem...

62 STJ 3ª Turma, Recurso Especial nº /RJ, Relatora Min. Nancy Andrighi, j Reparação por danos materiais e morais. Descumprimento dos deveres conjugais de lealdade e sinceridade recíprocos. Omissão sobre a verdadeira paternidade biológica. (...) O desconhecimento do fato de não ser o pai biológico dos filhos gerados durante o casamento atinge a honra subjetiva do cônjuge, justificando a reparação pelos danos morais suportados... (julgado em que ex-mulher foi condenada a pagar indenização a ex-marido por ter omitido a verdadeira paternidade dos filhos, no valor de R$ ,00).

63 Danos indenizáveis no rompimento do casamento não se trata de punir o desamor falta de amor, por si só, não gera a responsabilidade civil se a falta de amor provoca descumprimento de dever do casamento, com danos ao consorte: reparação

64 Cumulação dos pedidos separação culposa / divórcio culposo e reparação de danos CPC, art. 292, 1º, I, II, III compatibilidade dos pedidos entre si: mesma causa de pedir - conexão adequação do mesmo tipo de procedimento: ordinário competência jurisdicional: Varas especializadas V. Washington de Barros Monteiro e Regina Beatriz Tavares da Silva, 40ª ed. Curso de direito civil Direito de Família, São Paulo: Saraiva, 2010, p. 316 e ss.

65 Competência jurisdicional Varas especializadas de família: competência feitos referentes ao Direito de Família causas relativas ao estado das pessoas e ao Direito de Família ações referentes às questões de família

66 Competência dos Juízos de Família para julgarem os pedidos de reparação de danos em rompimento de casamento: CAUSA DE PEDIR É A MESMA: CONEXÃO (ART. 103 DO CPC) MAIS DO QUE SIMPLES COMPATIBILIDADE QUE JÁ PERMITE A CUMULAÇÃO (ART. 292, 1º DO CPC) REPERCUSSÕES JURÍDICAS DIVERSAS NÃO AFASTAM A POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ART. 186 DO CC/2002 REGRA GERAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL APLICÁVEL A TODOS OS LIVROS OU PARTES ESPECIAIS DO CC/2002

67 Não aceitação da competência dos Juízos de Família para julgarem os pedidos de reparação de danos em rompimento de casamento: tramitação da ação reparatória e da ação de separação judicial perante Juízos ou Varas diferentes risco evidente de decisões conflitantes, já que a causa de pedir nos dois feitos é a mesma: descumprimento de dever oriundo do casamento contraria princípios da celeridade e economia processual: repetição dos mesmos atos processuais em dois feitos

68 NAMORO E UNIÃO ESTÁVEL

69 Diferenças entre as relações de fato e de afeto Repercussões e existência ou inexistência de efeitos jurídicos namoro, noivado e união estável

70 Namoro Relação social de afeto e amor Não é relação jurídica não tem efeitos imediatos na esfera do direito Não cria direitos nem obrigações! Não muda o estado civil Não há regime de bens

71 Noivado Relação de amor não é relação jurídica Não é promessa de casamento, mas uma preparação social tradicional Havendo negligência (culpa) no rompimento do noivado, causando dano ao outro, pode levar à reparação de danos Não muda o estado civil Não há regime de bens

72 União estável Requisitos legais para sua constituição CC, art Relação jurídica com efeitos imediatos no direito Constitui família proteção constitucional! Não muda o estado civil Há regime de bens CC, art Há efeitos jurídicos pessoais CC, art

73 Requisitos de constituição da união estável

74 É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com o objetivo de constituição de família Código Civil de 2002 (art. 1723)

75 Existência de núcleo familiar duradouro união estável: constituição de família e não simples objetivo de constituição de família namoro ou noivado, em que há somente o objetivo de formação familiar, não se equipara à união estável V. TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz (coord.) Código Civil comentado, 7ª ed., 2010, São Paulo, Saraiva, comentários da coordenadora ao art

76 MORADIA CONJUNTA?

77 Súmula 382, STF: A vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, não é indispensável à caracterização do concubinato. união de fato sem natureza de entidade familiar necessidade de prova da sociedade de fato Súmula 380, STF: Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum.

78 Unicidade domiciliar hipóteses excepcionais: moradias diversas - necessidades profissionais, familiares ou pessoais (CC/2002, art ) duplicidade domiciliar: prova do esforço comum MONTEIRO, Washington de Barros; TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz. Curso de Direito Civil, v. 2: direito de família, 40ª ed., São Paulo: Saraiva, 2010.

79 Superior Tribunal de Justiça, REsp , 4ª Turma, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j. 23/09/03 Reconhecimento de união estável - duplicidade domiciliar Duplicidade domiciliar justificada: incompatibilidade entre o companheiro e o filho de anterior casamento da companheira - necessidades pessoais ou familiares Convivência sob o mesmo teto durante três anos Convivência sob tetos diferentes durante mais nove anos União extinta pela morte do companheiro O que se torna indispensável... é que a união tenha estabilidade, ou seja, que haja aparência de casamento...

80 Projeto de lei 6.960/2002 art , parágrafo único Unicidade domiciliar As relações meramente afetivas e sexuais, entre o homem e a mulher, não geram efeitos patrimoniais, nem assistenciais. V. TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz (coord.) Código Civil comentado, 7ª ed., 2010, São Paulo, Saraiva, comentários da coordenadora ao art

81 Notoriedade da relação relações clandestinas, vedadas aos olhos da sociedade, com mero cultivo de relações sexuais não constituem união estável V. TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz (coord.) Código Civil comentado, 7ª ed., 2010, São Paulo, Saraiva, comentários da coordenadora ao art

82 Continuidade da relação relações descontínuas não são estáveis V. TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz (coord.) Código Civil comentado, 7ª ed., 2010, São Paulo, Saraiva, comentários da coordenadora ao art

83 Ausência de impedimento CC/2002, art , 1º c/c art ascendência e descendência afinidade em linha reta parentesco na linha colateral: irmãos casamento, se não houver separação de fato CC/2002, art. 1595: Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade

84 Inaplicabilidade do impedimento do casamento, desde que haja separação judicial ou de fato CC/2002, art , 1º MONTEIRO, Washington de Barros; TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz. Curso de Direito Civil, v. 2: direito de família, 40ª ed., São Paulo: Saraiva, 2010.

85 União estável: estado civil de solteiro separado judicialmente ou divorciado viúvo casado, desde que separado de fato

86 Diferenças entre relação de namoro e união estável

87 Namoro Namoro vs União estável não tem requisitos jurídicos depende, exclusivamente, do combinado entre os namorados não tem conseqüências jurídicas União estável requisitos legais envolve a notoriedade social da relação tem conseqüências jurídicas

88 Declaração de namoro

89 Declaração de namoro Namoro declaração ou contrato? DECLARAÇÃO DE NAMORO Não cria, modifica ou extingue obrigações não pode ser contrato O namoro não cria obrigações!

90 Declaração de namoro Código Civil, art. 107 A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir

91 Declaração de namoro Se há uma união estável, adianta fazer declaração de namoro? Não!!! A declaração de namoro deve corresponder a uma realidade

92 Declaração de namoro Por que fazer uma declaração de namoro? No término da relação, uma das partes pode tentar alegar a constituição de união estável e tentar dar ao namoro as conseqüências da união: Alimentos Direitos sucessórios Meação dos bens adquiridos durante a relação

93 Declaração de namoro E se, após o namoro, houve a constituição de uma união estável? A declaração de namoro adiantou para alguma coisa? Sim! A união estável, em geral, é precedida por namoro Sem declaração de namoro os efeitos patrimoniais da união estável podem retroagir ao primeiro brinde do casal!!! Meação dos bens anteriores à união, do tempo do namoro Com declaração de namoro sabe-se, ao certo, quando foi namoro, quando foi união estável

94

95 Declaração de namoro Declaração de namoro e realidade A declaração de namoro sempre deve corresponder à realidade Se não houver correspondência, não tem validade para excluir o companheiro da meação ou da herança para evitar perda dos alimentos do ex-marido/ex-mulher para afastar o direito de credores

96 Declaração de namoro Forma da declaração de namoro A declaração de namoro não tem forma prescrita em lei Recomenda-se que seja feita na presença de duas testemunhas

97 Diferenças entre relação de noivado e união estável

98 Noivado vs União estável Noivado não tem requisitos jurídicos tem repercussão social entre os noivos, família e amigos demonstra plano de constituir família e não a constituição de uma família não tem conseqüências jurídicas imediatas União estável requisitos legais envolve a notoriedade social da relação constituição de família tem conseqüências jurídicas imediatas

99 Noivado A existência de noivado não elimina a existência de união estável Alguns companheiros pretendem se casar e se chamam de noivos satisfação social aliança de ouro na mão direita, festa de noivado, pedido da mão da noiva As conseqüências, jurídicas ou não, devem corresponder à realidade chamam um ao outro de noivo, mas preenchem os requisitos da união estável é união estável!

100 Responsabilidade civil no rompimento do noivado

101 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Não há conseqüências jurídicas diretas do noivado Noivado não é pré contrato de casamento Não há obrigação de casar em virtude do noivado Ninguém é obrigado a casar, se não quiser MAS, se causar dano, fica obrigado a ressarcir

102 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Qualquer rompimento de noivado pode causar reparação de danos? NÃO!!! Deve preencher os pressupostos da responsabilidade civil ação ilícita dano nexo causal

103 Responsabilidade civil no rompimento do noivado O rompimento do noivado é, necessariamente, um ato ilícito? NÃO!!! Em regra, o rompimento do noivado é ato lícito O rompimento do noivado é exercício regular do direito liberdade! O rompimento injustificado às portas da igreja é abuso de direito ato ilícito

104 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Quais os critérios que podem ser usados pra definir o abuso do direito? O rompimento sempre deve ser injustificado Distribuição de convites Proximidade da data do evento Notoriedade e publicidade familiar e social Divulgação em colunas sociais

105 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Ninguém é obrigado a casar sem querer O noivado sempre pode ser rompido Mas, alguém descobre que não quer mais casar na semana da festa??? Caso tenha ocorrido motivo para o rompimento às portas da igreja não é ato ilícito descoberta de traição descoberta de toxicomania

106 Código Civil Responsabilidade civil no rompimento do noivado Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito Art. 187 Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes

107 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Dano moral no rompimento do noivado Proteção dos direitos da personalidade Rompimento injustificado e às portas da igreja dano à honra objetiva e subjetiva da pessoa

108 Responsabilidade civil no rompimento do noivado Danos materiais no rompimento do noivado Gastos combinados por ambos para a celebração do casamento, mas feitos apenas por um dos dois feitos para melhoras no imóvel em que o casal iria residir

109 Diferenças entre relação adulterina e união estável

110 União estável vs concubinato adulterino Concubinato adulterino ausência de publicidade relação clandestina impedimentos do casamento Não há coabitação União estável relação pública com notoriedade social não pode haver os impedimentos do casamento e deve haver, ao menos, separação de fato em regra, há coabitação

111 CC/2002, art As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato contradição com o art , 1º Projeto de lei 6.960/2002, reapresentado como 276/07 As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar e que não estejam separados judicialmente ou de fato, constituem concubinato, aplicando-se a este, mediante comprovação da existência de sociedade de fato, as regras do contrato de sociedade

112 Tribunal de Justiça da Paraíba, Apelação Cível n , Comarca da Capital, Relator Desembargador Antônio Elias de Queiroga, j. 20/03/2003 O Direito não protege situação construída à margem da lei. A amante, a amásia, ou qualquer nomeação que se dê à pessoa que, paralelamente ao vínculo do casamento, mantém uma outra relação, uma segunda ou terceira... Ela será sempre a outra, ou o outro, que não tem lugar em uma sociedade monogâmica

113 Projeto de lei 6.960/2002, reapresentado como 276/07 As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar e que não estejam separados judicialmente ou de fato, constituem concubinato, aplicando-se a este, mediante comprovação da existência de sociedade de fato, as regras do contrato de sociedade

114 CC/2002, art. 981 Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. CC/2002, art. 987 Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la por qualquer modo.

115 Superior Tribunal de Justiça, REsp 5.537/PR, Rel. Min. Nilson Naves, j. 28/06/1991 Sociedade de fato entre concubinos. Homem casado. Dissolução judicial. Admissibilidade. É admissível a pretensão de dissolver a sociedade de fato, embora um dos concubinos seja casado. Tal situação não impede a aplicação do princípio inscrito na Súmula 380/STF...Espécie dessa natureza acha-se regida pelo Direito das Obrigações e não pelo Direito de Família...Cuida-se, em suma, de contrato de sociedade, tanto que ao verbete servem de referência os arts e do Código Civil...É como se dissolvesse uma sociedade comercial. Obs. CC/1916 (arts e 1.366) CC/2002 (arts. 981 e 987)

116 Superior Tribunal de Justiça, REsp /SP, 3ª Turma, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, j Inadmissível que o homem, ou a mulher, participe, ao mesmo tempo, de duas sociedades fundadas no Direito de Família. Em outras palavras, de duas sociedades conjugais...a sociedade entre os concubinos rege-se pelo Direito das Obrigações...O direito da concubina advém de sua participação na formação do patrimônio e não se classifica como meação. Dissolvida a sociedade de fato, fará jus à parcela com que houver concorrido para a constituição ou crescimento daquele.

117 Superior Tribunal de Justiça, REsp /ES, 4ª Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, j. 29/02/2000 Concubinato adulterino Transformação em união estável Contribuição indireta considerada, na proporção do esforço - 15% Segundo a jurisprudência do STJ, é admissível a pretensão de dissolver a sociedade de fato, ainda que um dos concubinos seja casado....a união estável perdurou quase treze anos, maior tempo do que o réu manteve paralelamente a sociedade conjugal

118 ALIMENTOS

119 Conteúdo e fixação da pensão alimentícia

120 Dever de assistência material e alimentos Art , Código Civil Art , Código Civil Mútua assistência tem duplo conteúdo material e imaterial No aspecto material: auxílio econômico necessário à subsistência dos cônjuges v. Tavares da Silva, Regina Beatriz. Código Civil Comentado. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, comentários aos artigos citados

121 Dever de assistência material e alimentos Pelo princípio da solidariedade entre ex-cônjuges e ex-companheiros, o dever de mútua assistência material, após a separação, manifesta-se como obrigação de alimentos daquele que tem possibilidades para com aquele que não tem condições de arcar com o seu próprio sustento

122 Pensão alimentícia quem pode pedir Código Civil Art Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

123 Dever de assistência material e alimentos O dever de mútua assistência que perdura ao longo da união, protrai-se no tempo, mesmo após o término da sociedade conjugal, assentado o dever de alimentar dos então separandos, ainda unidos pelo vínculo matrimonial, nos elementos dispostos nos arts e do CC/02, sintetizados no amplamente difundido binômio necessidades do reclamante e recursos da pessoa obrigada (REsp /SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. em 25/03/2008)

124 Pensão alimentícia - conteúdo Alimentos naturais: necessarium vitae. Manutenção da vida de uma pessoa: alimentação, tratamentos de saúde, vestuário, habitação Alimentos civis: necessarium personae. Outras necessidades: intelectuais, morais e educacionais (v. Monteiro, Washington de Barros e Tavares da Silva, Regina Beatriz. Curso de Direito Civil v. 2: Direito de família. 40ª edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva, 2010)

125 Pensão alimentícia conteúdo aspectos polêmicos No que toca à genérica disposição legal contida no art , caput, do CC/02, referente à compatibilidade dos alimentos prestados com a condição social do alimentado, é de todo inconcebível que ex-cônjuge, que pleiteie alimentos, exija-os com base no simplista cálculo aritmético que importe no rateio proporcional da renda integral da desfeita família; isto porque a condição social deve ser analisada à luz de padrões mais amplos, emergindo, mediante inevitável correlação com a divisão social em classes, critério que, conquanto impreciso, ao menos aponte norte ao julgador que deverá, a partir desses valores e das particularidades de cada processo, reconhecer ou não a necessidade dos alimentos pleiteados e, se for o caso, arbitrá-los. (REsp /SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 25/03/2008)

126 Características da obrigação alimentar irrenunciabilidade ou renunciabilidade? Código Civil Art Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar ao direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora Os alimentos entre cônjuges e companheiros passaram a ser irrenunciáveis Os alimentos somente deveriam ser havidos como irrenunciáveis no parentesco (jus sanguinis) A renunciabilidade dos alimentos no casamento estava mais do que consagrada na jurisprudência, superada a Súmula 379 do STF Na união estável os alimentos sempre foram renunciáveis

127 Características da obrigação alimentar renunciabilidade PL 6960/02, atual PL 276/07 Art Tratando-se de alimentos devidos por relação de parentesco, pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar ao direito a alimentos

128 Características da obrigação alimentar renunciabilidade Alimentos provisórios - Fixação em 3 salários mínimos mensais - Afastamento, por ora, ante a existência de cláusula de renúncia pela ex-mulher, ora demandante Recurso provido para esse fim. Vale notar que a renúncia do cônjuge ou companheira aos alimentos do ex-marido é matéria tormentosa na doutrina e na jurisprudência, conquanto tenha o art consagrado a irrenunciabilidade dos alimentos. (...) A jurisprudência pátria, notadamente do Colendo Superior Tribunal de Justiça, vem se inclinando no sentido de que é válida a cláusula de renúncia dos alimentos quando da separação judicial pela ex-mulher, que deles só poderá reclamar em ação própria desconstitutiva. TJSP. Ag / ª Câmara de Direito Privado. Rel. Des. Silvério Ribeiro, j. em

129 Características da obrigação alimentar incompensabilidade ou compensabilidade? Art Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar ao direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora Pagamentos diretos efetuados pelo alimentante a dedução dos pagamentos diretos realizados pelo alimentante é perfeitamente cabível desde que sua natureza seja efetivamente alimentar

130 Características da obrigação alimentar incompensabilidade Parte geral do Código Civil, art. 373 Não se pode compensar débito com crédito de alimentos a não ser que a causa das dívidas seja diferente Exemplo de incompensabilidade:

131 Características da obrigação alimentar compensabilidade Parte geral do Código Civil, art. 373 Se a causa e a natureza é a mesma: alimentar, cabe a compensação Exemplo de compensabilidade:

132 Características da obrigação alimentar compensabilidade ALIMENTOS - EMBARGOS DE DEVEDOR - PAGAMENTOS FEITOS A TÍTULO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA - COMPENSAÇÃO - POSSIBILIDADE. Se os pagamentos feitos pelo alimentante aos alimentados, comprovados através de recibos, referem-se a parcelas alimentícias, tais como, moradia, educação e saúde, devem ser deduzidos do valor agravante, não podendo ser considerados como mera liberalidade. Recurso parcialmente provido (TJMG, Embargos de devedor /001, Rel Des. Eduardo Andrade, j. 10/02/2004)

133 Princípio da igualdade Lei do Divórcio - igualdade CF - art. 226, parágrafo 5º igualdade absoluta Pressupostos: Possibilidades do alimentante (devedor) Necessidades do alimentando (credor)

134 Princípio da igualdade O principal subproduto da tão propalada igualdade de gêneros estatuída na Constituição Federal, foi a materialização legal da reciprocidade no direito a alimentos, condição reafirmada pelo atual Código Civil, o que significa situar a existência de novos paradigmas nas relações intra-familiares, com os mais inusitados arranjos entre os entes que formam a família do século XXI, que coexistem, é claro, com as tradicionais figuras do pai/marido provedor e da mãe/mulher de afazeres domésticos. (REsp /SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 25/03/2008)

135 Necessidade/possibilidade Na fixação dos alimentos equacionam-se, portanto, dois fatores: as necessidades do alimentado e as possibilidades do alimentante. Trata-se, evidentemente, de mera questão de fato, a apreciar-se em cada caso, não se perdendo de vista que alimentos se concedem não ad utilitatem, ou ad voluptatem, mas ad necessitatem. Monteiro, Washington de Barros e Tavares da Silva, Regina Beatriz. Curso de Direito Civil v. 2: Direito de família. 40ª edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

136 Necessidade/possibilidade Dessa forma, em paralelo ao raciocínio de que a decretação do divórcio cortaria toda e qualquer possibilidade de se postular alimentos, admite-se a possibilidade de prestação do encargo sob as diretrizes consignadas nos arts e ss. do CC/02, o que implica na decomposição do conceito de necessidade, à luz do disposto no art do CC/02, do qual é possível colher os seguintes requisitos caracterizadores: (i) a ausência de bens suficientes para a manutenção daquele que pretende alimentos; e (ii) a incapacidade do pretenso alimentando de prover, pelo seu trabalho, à própria mantença. (REsp /SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 25/03/2008)

137 Necessidade/possibilidade Partindo-se para uma análise sócio-econômica, cumpre circunscrever o debate relativo à necessidade a apenas um de seus aspectos: a existência de capacidade para o trabalho e a sua efetividade na mantença daquele que reclama alimentos, porquanto a primeira possibilidade legal que afasta a necessidade existência de patrimônio suficiente à manutenção do ex-cônjuge, agrega alto grau de objetividade, sofrendo poucas variações conjunturais, as quais mesmo quando ocorrem, são facilmente identificadas e sopesadas. (REsp /SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 25/03/2008, DJe 11/04/2008)

138 Culpa e alimentos indispensáveis

139 Alimentos indispensáveis Código Civil de 2002 introduz em nosso direito o conceito de alimentos indispensáveis: devidos mesmo diante de culpa companheiro do cônjuge ou envolvem o que é estritamente necessário à subsistência do alimentário - necessidades básicas princípio da solidariedade nas relações de casamento e de união estável v. Tavares da Silva, Regina Beatriz. Código Civil comentado. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

140 Alimentos e separação judicial e divórcio culposo Pensão alimentícia Perda do direito aos alimentos pelo culpado CC, art , caput

141 Alimentos e dissolução culposa da união estável Pensão alimentícia Perda do direito aos alimentos pelo culpado Alimentos indispensáveis ao culpado CC, art , 2º

142 Alimentos indispensáveis e separação culposa Pensão alimentícia Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de separação judicial CC/2002, art. 1704, caput

143 Alimentos indispensáveis e separação culposa Alimentos indispensáveis Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à sobrevivência CC/2002, art. 1704, parágrafo único

144 Alimentos indispensáveis e separação culposa alimentos indispensáveis: sem apego ao status social do casal e às possibilidades do prestador dos alimentos, e, ainda, sem baliza em outras necessidades cuja cobertura não tenha em vista a sobrevivência. alimentos indispensáveis: somente se o cônjuge culpado não tiver parentes em condições de prestar-lhe a pensão alimentícia e não tiver aptidão para o trabalho falta de aptidão não equivale à ausência de condição real e concreta, mas, sim, à inexistência de condição hipotética ou curricular de auto-sustento

145 Alimentos indispensáveis e separação culposa Casamento, União Estável e Parentesco Código Civil/2002 Art Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 2º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

146 Culpas recíprocas e alimentos Não há compensação de culpas na separação judicial. Havendo culpa de ambos os cônjuges, a separação deve ser decretada por culpa recíproca. Nesse caso, há perda do direito de alimentos por ambos os cônjuges. Apenas persistirá a possibilidade de alimentos indispensáveis.

147 Culpas recíprocas e alimentos Dentro da orientação do novo Código, na hipótese de decretação de culpas recíprocas, ou seja, de descumprimento pelo marido e pela mulher de dever conjugal, ambos perdem o direito a alimentos, uma vez que não haverá inocência de qualquer deles, sempre com observância do disposto no parágrafo único, do art (cf. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil, Volume V, atualização de Tânia Silva Pereira, 16ª edição Rio de Janeiro, Forense, 2007, página 512)

148 Culpas recíprocas e alimentos O dever de mútua assistência decorre originariamente da sociedade conjugal e, em caso de separação judicial não consensual (art. 5º, caput, da Lei nº 6.515/77), só subsiste em favor do cônjuge necessitado, a quem não se possa irrogar a responsabilidade pela separação. A declaração de reciprocidade de culpas não caracteriza essa isenção de responsabilidade, denota a sua existência e exclui, para ambos os cônjuges, o direito da percepção de alimentos STF, RE nº , 1ª Turma, Rel. Min. Gallotti, j. em

149 Culpas recíprocas e alimentos Possível alegar-se, em sede de embargos à execução, a extinção da obrigação alimentar constituída de prestações sucessivas, se a decisão exeqüenda revisional da pensão sofreu efeito desconstitutivo da coisa julgada na ação de separação judicial que decretou a dissolução da sociedade conjugal por culpa recíproca de ambos os cônjuges, a ensejar a aplicação, à espécie, do art. 19 da Lei n /1977 c/c os arts. 462, 471, I e 741, VI, do CPC. REsp /DF, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, 4ª T., j. em 15/12/2005

150 Culpas recíprocas e alimentos Culpa recíproca perda de direito a alimentos pedido de alimentos indispensáveis indeferido por falta de necessidade. Separação judicial. Decretação. Culpa recíproca. Alimentos indevidos. Insurgência da autora. Aplicável, à hipótese, o previsto no parágrafo único do art do CC. Situação fática, no entanto, a revelar desnecessidade da apelante, que trabalha e é relativamente jovem. Descumprimento dos pressupostos legais. Sentença mantida. Recurso improvido. TJSP. Ap / ª Câmara de Direito Privado. Rel. Des. Joaquim Garcia, j. em

151 Perda do direito à pensão alimentícia

152 Perda do direito a alimentos Casamento e União Estável Código Civil/02 Art Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos. Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor. (V. TAVARES DA SILVA, Regina Beatriz (org.) Código Civil comentado. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010)

153 Perda do direito a alimentos namoro ou união estável? Deve o ex-cônjuge perder o direito a alimentos por namoro sério, longo, com envolvimento familiar e viagens de casal? E, ficando evidente que não há coabitação com intenção de manutenção da pensão, deve o ex-cônjuge ou excompanheiro perder o direito a alimentos? Por união estável sem coabitação ou por comportamento indigno deve ocorrer a perda do direito à pensão alimentícia?

154 Perda do direito a alimentos namoro ou união estável Apelação cível. Exoneração de alimentos. Ex-esposa que estabeleceu relacionamento, semelhante à união estável, há mais de dez anos. Artigo do CC. Extinção do encargo alimentar até então suportado pelo ex-cônjuge, em razão de acordo realizado na separação do casal. Alimentos que têm característica assistencial e não indenizatória, sendo repassados ao novo companheiro, quando do estabelecimento de posterior união. Apelo desprovido. TJRS. Ap , 7ª Câmara Cível, Rel. Des. Vasco Della Giustina, j. 03/12/2008

155 Perda do direito a alimentos namoro ou união estável? Alimentos. Exoneração. Namoro. O fato de a mulher manter relacionamento afetivo com outro homem não é causa bastante para a dispensa da pensão alimentar prestada pelo ex-marido, acordada quando da separação consensual, diferentemente do que aconteceria se estabelecida união estável. Precedentes. Recurso não conhecido. REsp /RS, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, 4ª T., j. 07/06/2001

156 Perda do direito a alimentos namoro ou união estável? Direito de família. Civil. Alimentos. Ex-cônjuge. Exoneração. Namoro após a separação consensual. Dever de fidelidade. Precedente. Recurso provido. I - Não autoriza exoneração da obrigação de prestar alimentos à ex-mulher o só fato desta namorar terceiro após a separação. II - A separação judicial põe termo ao dever de fidelidade recíproca. As relações sexuais eventualmente mantidas com terceiros após a dissolução da sociedade conjugal, desde que não se comprove desregramento de conduta, não têm o condão de ensejar a exoneração da obrigação alimentar, dado que não estão os ex-cônjuges impedidos de estabelecer novas relações e buscar, em novos parceiros, afinidades e sentimentos capazes de possibilitar-lhes um futuro convívio afetivo e feliz. REsp /MG, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 4ª T., j. em 25/03/1999

157 Perda do direito a alimentos namoro ou união estável? III - Em linha de princípio, a exoneração de prestação alimentar, estipulada quando da separação consensual, somente se mostra possível em uma das seguintes situações: a) convolação de novas núpcias ou estabelecimento de relação concubinária pelo ex-cônjuge pensionado, não se caracterizando como tal o simples envolvimento afetivo, mesmo abrangendo relações sexuais; b) adoção de comportamento indigno; c) alteração das condições econômicas dos ex-cônjuges em relação às existentes ao tempo da dissolução da sociedade conjugal. REsp /MG, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 4ª T., j. em 25/03/1999

158 Pensão alimentícia a filhos maiores

159 Pensão alimentícia a filhos maiores Súmula 358, STJ O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos

160 Pensão alimentícia a filhos maiores A maioridade dos filhos não interrompe automaticamente a obrigação de prestar alimentos O alimentante deve pedir exoneração da obrigação alimentar, alegando que não há mais necessidade por parte do alimentado Se, em contraditório, o alimentado fizer prova de que ainda está estudando e que não tem condições de manter o seu sustento, a obrigação não deve ser extinta

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