FACULDADE BOA VIAGEM DeVry Brasil CLASSIFICAÇÃO DE ACESSO A DISSERTAÇÕES

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1 FACULDADE BOA VIAGEM DeVry Brasil CPPA CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MPGE- MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL CLASSIFICAÇÃO DE ACESSO A DISSERTAÇÕES Considerando a natureza das informações e compromissos assumidos com suas fontes, o acesso à dissertação do Mestrado Profissional em Gestão Empresarial - MPGE do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração CPPA da Faculdade Boa Viagem é definido em três graus: Grau 1: livre (sem prejuízo das referências ordinárias em citações diretas e indiretas); Grau 2: com vedação a cópias, no todo ou em parte, sendo, em consequência, restrita a consulta em ambientes de bibliotecas com saída controlada; Grau 3: apenas com autorização expressa do autor, por escrito, devendo, por isso, o texto, se confiado a bibliotecas que assegurem a restrição, ser mantido em local sob chave ou custódia; A classificação desta dissertação se encontra, abaixo, definida por seu autor. Solicita-se aos depositários e usuários sua fiel observância, a fim de que se preservem as condições éticas e operacionais da pesquisa científica na área de administração. Título da Dissertação: Percepção das Questões Contábeis e Tributárias pelos Empresários das Micro e Pequenas Empresas Comerciais Varejistas de João Pessoa Nome do(a) autor(a): José Ricardo Nascimento de Brito Data da Aprovação: 23 de maio de 2013 Classificação conforme especificação acima: Grau 1 Grau 2 Grau 3 Recife, 14 de agosto de 2013 Assinatura do(a) Autor

2 FACULDADE BOA VIAGEM - DEVRY BRASIL CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - CPPA MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL JOSÉ RICARDO NASCIMENTO DE BRITO PERCEPÇÃO DAS QUESTÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PELOS EMPRESÁRIOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS VAREJISTAS DE JOÃO PESSOA RECIFE MAIO DE 2013

3 JOSÉ RICARDO NASCIMENTO DE BRITO PERCEPÇÃO DAS QUESTÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PELOS EMPRESÁRIOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS VAREJISTAS DE JOÃO PESSOA Dissertação apresentada ao Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da Faculdade Boa Viagem, como requisito complementar para obtenção do título de Mestre em Gestão Empresarial. Orientador: Olímpio José de Arroxelas Galvão, Ph.D. RECIFE MAIO DE 2013

4 Faculdade Boa Viagem DeVry Brasil Centro de Pesquisa e Pós Graduação em Administração CPPA Mestrado Profissional em Gestão Empresarial - MPGE PERCEPÇÃO DAS QUESTÕES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIAS PELOS EMPRESÁRIOS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS VAREJISTAS DE JOÃO PESSOA JOSÉ RICARDO NASCIMENTO DE BRITO Dissertação submetida ao corpo docente do Mestrado Profissional em Gestão Empresarial do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração CPPA da Faculdade Boa Viagem - DeVry Brasil e aprovada em 23 de agosto de Banca Examinadora: Olímpio José de Arroxelas Galvão, Ph.D.- Orientador GuerinoEdécio da Silva Filho, Doutor - Examinador Externo José Raimundo Vergolino, Ph.D.- Examinador Interno

5 DEDICATÓRIA Aos meus pais, João e Valdecir, pelos ensinamentos que recebi, à minha esposa Danielle e ao meu filho João Lucas, sempre presentes em minha vida, e a toda minha família.

6 AGRADECIMENTOS A DEUS, por tudo que me deste nesta vida, à minha esposa, que tanto me incentivou, aos meus familiares, e aos amigos do trabalho que compreenderam minha ausência. Ao professor Olímpio José de Arroxelas Galvão, pela sua enorme paciência e bondade para com minha pessoa, sempre me conduzindo para o caminho de um novo conhecimento. Um homem simples e generoso em aconselhar e corrigir os erros por mim cometidos. À minha esposa Danielle e ao meu filho João Lucas, que são a minha família que tanto amo. Aos professores do Mestrado e a todos os colegas da turma maravilhosa da qual eu pude participar.

7 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1 Participação das MPEs Gráfico 1 Distribuição de ME e EPP por Regiões Gráfico 2 Faturamento Médio das EPP por UF, em Reais Gráfico 3 Participação do Faturamento das EPP no PIB Estadual Gráfico 4 Distribuição de EPP por Setores Gráfico 5 Distribuição de ME e EPP por Setores Gráfico 6 Faturamento Médio das EPP por Setores, em Reais

8 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS MPEs Micro e Pequenas Empresas SEBRAE-SP Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de São Paulo SIMEI Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Social ME Micro Empresa EPP Empresa de Pequeno Porte RJ Rio de Janeiro SP São Paulo DF Distrito Federal AM Amazonas ES Espírito Santo MT Mato Grosso RR Roraima MS Mato Grosso do Sul LC Lei Complementar CC/2002 Código Civil 2002 DIPJ Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica SPED Sistema Público de Escrituração Digital DCTF Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais RAIS Relação Anual de Empregados e Desempregados DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica MEI Micro Empreendedor Individual DARF Documento de Arrecadação Federal SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia

9 RESUMO As micro empresas representam uma grande parcela produtiva da economia nacional e distribuem-se por vários segmentos econômicos, tais como Indústria, Comércio e Serviços. No Nordeste as micro e pequenas empresas são muito importantes para a economia regional, bem como na Cidade de João Pessoa, onde as atividades exercidas pelas micro e pequenas empresas do comércio varejista são muito significativas, principalmente porque a economia dessa cidade é praticamente constituída por estabelecimentos comerciais de micro ou pequeno porte. Várias são as atividades comerciais varejistas exercidas pelas empresas em João Pessoa, tais como lojas de roupas, de bijuterias e presentes, lanchonetes, lojas de material de construção, entre tantas outras. Além do levantamento bibliográfico, recorreu-se a uma pesquisa de campo, que consultou, através da aplicação de questionários e entrevistas, a empresários de micro e pequenas empresas do comércio varejista de João Pessoa, para saber qual a sua percepção sobre as questões contábeis e tributárias, no que se refere à competitividade e à lucratividade. Dessa forma, este trabalho levantou questões importantes acerca do tema proposto, objetivando aumentar o grau de conhecimento e de aplicabilidade, da gestão contábil e tributária dos negócios, para aumento da competitividade e da lucratividade.

10 ABSTRACT Microenterprises represent a large proportion of the productive segment of the national economy, and are distributed among different economic sectors Industry, Commerce and Services. In Northeast Brazil the micro and small enterprises are very important for the regional economy, as well as for the city of Joao Pessoa, where the activities developed by microenterprises of the retail trade are highly significant, mainly due to the fact that this city s economy is basically constituted by micro or small businesses. They are engaged in various activities such as clothing shops, construction material shops, jewelry and gifts shops, and snack bars, among others. Besides the bibliographical research, a field research was undertaken, through questionnaires and interviews applied to micro and small entrepreneurs in Joao Pessoa. This work has thus raised important issues, regarding the proposed theme, with the objective of increasing the level of perception, on the part of micro and small businessmen, respective to accounting and fiscal questions which might affect competitiveness and profitability of their enterprises.

11 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS... 7 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS... 8 RESUMO... 9 ABSTRACT SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO: As Micro e Pequenas Empresas Problema da Pesquisa: Objetivo Geral: Objetivos Específicos: Justificativa: Metodologia: Tipo de estudo Amostra Instrumento de Coleta de Dados Processo de Coleta de Dados Forma de Análise dos Dados CAPÍTULO 2 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL Introdução As Micro e Pequenas Empresas Benefícios Concedidos às MPEs pelo Estatuto das Micro e Pequenas Empresas (LC 123/2006) CAPÍTULO 3 PERCEPÇÃO PELOS EMPRESÁRIOS, DOS BENEFÍCIOS ALCANÇADOS PELAS MPES QUANTO À OBSERVÂNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Introdução Percepção da Legislação Tributária para as MPEs do Comércio Varejista de João Pessoa Falhas Existentes no Controle Interno das MPEs, no Tocante à Gestão dos Tributos e das Obrigações Acessórias CAPÍTULO 4 - FUNCIONALIDADE DOS SISTEMAS DE ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO COMÉRCIO VAREJISTA DE JOÃO PESSOA Introdução Simples Nacional... 37

12 Justificativas para a Criação do Simples Nacional Principais Benefícios Alcançados pelos Optantes do Simples Nacional Formalização da Opção pelo Simples Nacional Abrangência do Simples Nacional: Não Abrangência do Simples Nacional Recolhimento do Simples Nacional Obrigações Trabalhistas Desobrigação da Escrituração Contábil Limites para Enquadramento no Simples Nacional Pessoas Jurídicas Excluídas da Opção Exclusão do Simples Nacional SIMEI Tributação do SIMEI Lucro Presumido Lucro Real CAPITULO 5 A PESQUISA DE CAMPO: COMENTÁRIOS SOBRE A NATUREZA DO QUESTIONÁRIO CAPÍTULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES ANEXO Questionário REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 79

13 13 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 1.1 As Micro e Pequenas Empresas As micro e pequenas empresas são muito importantes para a economia de todos os municípios do Brasil, pois representam cerca de 98% das empresas brasileiras, empregam cerca de 53% das pessoas economicamente ativas do país e respondem por 20% do Produto Interno Bruto brasileiro; a cada ano surgem cerca de novas empresas, sendo a grande maioria, micro e pequenas empresas (SEBRAE-SP, 2006). PARTICIPAÇÃO DAS MPEs Variável Participação (%) Fonte / Ano Número de estabelecimentos 98% Sebrae - SP (2006) Empregados "com carteira" 53% RAIS / MTE (2004) Faturamento 28% Sebrae - NA (2000) Produto Interno Bruto (PIB) 20% Sebrae - NA (1991) Valor das exportações 2,7% Sebrae - NA / Funcex (2006) Fonte: SEBRAE-SP, As microempresas são as que possuem um faturamento de no máximo R$ ,00 por ano e as pequenas empresas devem faturar entre R$ ,01 e R$ ,00 (Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011). As áreas de serviços e comércio são as com maior concentração desse tipo de empresa: cerca de 80% das MPEs trabalham nesses setores.

14 14 Mesmo sendo de suma importância para a economia, as micro e pequenas empresas brasileiras passam por uma série de dificuldades, sendo um dos principais problemas a sua pouca duração, e esse cenário é encontrado praticamente em todos os municípios brasileiros. Apesar de ter havido uma melhora neste quadro, uma vez que, anteriormente, 50,6% das MPEs fechavam antes de completar dois anos de existência e, atualmente, é de cerca de 22% o percentual de MPEs que fecham as portas com menos de dois anos de existência (SEBRAE-SP ); esse baixo percentual de fechamento ainda é considerado alto em nível nacional. Tal redução é, em parte, devido à melhoria da economia brasileira e também à implantação de um sistema de arrecadação tributária mais desburocratizada, denominado de Super Simples. Segundo o SEBRAE, muitas das empresas que param suas atividades não dão baixa nos seus atos constitutivos, ou seja, não são legalmente fechadas porque consideram os custos altos. Muitas das MPEs fecham por causa do tamanho da burocracia, adicionado a uma infinidade de normas tributárias a serem seguidas, impossibilitando muitas vezes, o bom andamento de seu negócio. Os gestores são obrigados a desviar sua atenção e seu tempo dos objetivos principais da atividade da empresa (comprar, vender, prestar os serviços), para atender aos procedimentos burocráticos que essas normas impõem. Os micro e pequenos empresários do comércio varejista de João Pessoa precisam saber como controlar e organizar as informações, necessárias ao atendimento da legislação tributária, caso contrário, serão frequentemente penalizados pela inobservância de alguns procedimentos meramente burocráticos, tais como: emitir as notas fiscais de vendas, que são bastante complexas, por existirem muitas normas a serem observadas para a emissão de tal documento fiscal - envio de uma simples declaração que muitas vezes não é tão simples; organização documental que é bastante grande, mesmo para as Micro e Pequenas Empresas varejistas de João Pessoa. O custo burocrático é enorme, o tempo desperdiçado para cumprir as obrigações tributárias é muito grande, fazendo com que muitos empreendedores ainda permaneçam na atividade informal, ou até mesmo, pratiquem sonegação tributária. Recolher impostos no Brasil é tarefa difícil e onerosa para as empresas, em especial, as varejistas de João Pessoa, a carga tributária pesando muito no orçamento, e as empresas muitas vezes não sobrevivem devido a essa enorme carga tributária.

15 15 Apesar desse quadro, ao longo do tempo, novas normas têm surgido, e esforços foram empreendidos para que as MPEs possam ter uma condição melhor de sobrevivência. Exemplo disso é a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 ( - legislação), que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, oferecendo um tratamento diferenciado às mesmas. Na implantação do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte foi criado o Sistema de Arrecadação do SIMPLES NACIONAL através da mesma norma. O SIMPLES NACIONAL é o sistema de arrecadação de impostos implantado que obteve uma maior simplificação da arrecadação tributária para as MPEs, permitindo que sejam recolhidos, de forma unificada, os impostos Federais, Estaduais e Municipais, incluindo as obrigações previdenciárias. A relação das empresas que têm permissão de optar pela arrecadação de seus impostos, através do Sistema do Simples Nacional, em sua implantação, foi limitada, mas está sendo ampliada ao longo do tempo, sendo necessário aumentar cada vez mais a abrangência da permissão desse modelo de arrecadação. Através da lei complementar 128 de 19 de dezembro de 2008, foi criado outro sistema de arrecadação de tributos para microempreendedores denominado SIMEI Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais. Esse sistema possibilitou que os empresários individuais, que estavam na informalidade, entrassem na legalidade e assim obtivessem todos os benefícios, tais como: acesso à previdência social, auxílio doença, licença maternidade etc. Também obtiveram a possibilidade de acesso a crédito bancário, aumentando sua capacidade de investimento, que antes era limitada pela falta de apoio financeiro e operacional. Entidades como bancos de desenvolvimento e de assistência à capacitação, como o SEBRAE, têm melhorado significativamente a qualidade da gestão empresarial desses micro e pequenos empreendedores. Embora alguns avanços tenham sido alcançados, ainda se aguarda uma Reforma Tributária mais profunda e estruturadora, através da qual a tributação diminua e a base da arrecadação aumente, possibilitando aos micro e pequenos empresários

16 16 desenvolverem suas atividades de forma objetiva e menos onerosa, desburocratizando, cada vez mais, o sistema de arrecadação dos tributos devidos por esses contribuintes. Com a criação de sistemas de arrecadação mais simplificados, os micro e pequenos empresários podem entender melhor o custo tributário de suas operações, possibilitando, assim, um maior controle e melhores resultados na sua gestão. Como o Simples Nacional e o SIMEI são, de fato, os principais Sistemas de Arrecadação utilizados pelas MPEs, os mesmos serão detalhadamente abordados neste trabalho, pois representam o que existe de mais atual e menos complexo na forma de se cumprir as obrigações tributárias no nosso País. 1.2 Problema da Pesquisa Como os empresários das micro e pequenas empresas comerciais varejistas de João Pessoa lidam com sua gestão contábil e tributária para obter maior competitividade e maior lucratividade? 1.3 Objetivo Geral Verificar a percepção e os conhecimentos contábeis e tributários que os micro e pequenos empresários do comércio varejista de João Pessoa possuem e que são aplicados na gestão de suas empresas para aumento de sua competitividade e de sua lucratividade. 1.4 Objetivos Específicos: Coletar e analisar informações sobre o conhecimento que os micro e pequenos empresários do comércio varejista de João Pessoa, possuem acerca das obrigações contábeis e tributárias de suas empresas e sobre os controles e informações que os gestores devem possuir para aumentar a competitividade e a lucratividade de suas empresas. Fazer um levantamento da percepção dos empresários das micro e pequenas empresas do comércio varejista de João Pessoa quanto ao uso dos conhecimentos contábeis e tributários, para aumentar sua competitividade e sua lucratividade. Investigar se o maior conhecimento da legislação tributária, por parte dos micro e pequenos empresários, e a utilização desse

17 17 conhecimento poderiam propiciar efeitos positivos sobre suas empresas. 1.5 Justificativa O conhecimento dos aspectos contábeis e tributários, que envolvem as micro e pequenas empresas, é necessário para os empresários que realizam a gestão de seus negócios. É provável que, sem esses conhecimentos, muitos tenham prejuízos e percam o rumo dos negócios, porque podem perder a noção dos resultados operacionais e do custo tributário existente nos mesmos, principalmente das penalidades impostas pelo fisco pelo descumprimento das obrigações a que são submetidos. Segundo Porter (1989), a terceira estratégia competitiva genérica é o enfoque e essa estratégia de enfoque tem duas variantes: o enfoque no Custo e o enfoque na Diferenciação. No enfoque no custo, podemos observar os aspectos tributários, sendo os impostos ainda um grande percentual dos custos nos negócios. Mesmo existindo muitas informações publicadas sobre o tema abordado, ainda existe um relativo desconhecimento, por parte dos micro e pequenos empresários, sobre como lidar com essa área de contabilidade e de tributos, ou seja, sobre a contabilização das suas operações e sobre os sistemas existentes de arrecadação de tributos para as MPEs, sobre como eles funcionam e quais são suas obrigações acessórias. Em vista disso, vimos a necessidade de elaborar o presente trabalho, objetivando descrever os conhecimentos básicos necessários aos micro e pequenos empresários do comércio varejista de João Pessoa, sobre as obrigações contábeis e tributárias de suas empresas e sobre quais os controles que as mesmas devem possuir, para o gerenciamento do sistema de informação contábil e de arrecadação tributária, gerando assim, maior competitividade e lucratividade. 1.6 Metodologia: A seguir é descrita a metodologia utilizada: Descrição do atual Sistema Contábil e Tributário para as MPEs. Pesquisa de Campo, objetivando demonstrar o conhecimento dos aspectos contábeis e tributários pelos empresários das micro e pequenas empresas do comércio varejista de João Pessoa.

18 Tipo de estudo Descritivo, que utilizará uma pesquisa de campo, na qual se verificará, em um grupo de micro e pequenas empresas do comércio varejista de João Pessoa, os conhecimentos dos aspectos contábeis e tributários necessários aos gestores para aumentar a competitividade e a lucratividade de seus negócios Amostra A amostra da pesquisa será não probabilística, realizada em um ambiente de 30 (trinta) micro e pequenas empresas comerciais varejistas que funcionam na Cidade de João Pessoa Instrumento de Coleta de Dados Os dados para a pesquisa serão levantados através de um questionário de perguntas básicas sobre o conhecimento contábil e tributário e sobre as informações que a empresa está obrigada a disponibilizar para os fiscos Federal, Estadual e Municipal. Nele consta uma série de perguntas sobre as obrigações acessórias dessas empresas e sua respectiva tributação. Dependendo dessas respostas, que serão comparadas às respostas dadas pelos responsáveis pela contabilidade das empresas da amostra, será medido o grau de conhecimento desses micro e pequenos empresários Processo de Coleta de Dados Os dados serão coletados a partir das informações obtidas no questionário Forma de Análise dos Dados A forma de análise dos dados será ex post facto, pois haverá uma mensuração do grau de conhecimento dos gestores na aplicabilidade da tributação em suas empresas.

19 19 CAPÍTULO 2 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL 2.1 Introdução Este capítulo tem como objetivo avaliar a participação das Micro e Pequenas Empresas no cenário econômico brasileiro, realizar uma análise dos gráficos apresentados pela pesquisa do SEBRAE (2010), analisar sua distribuição percentual nas regiões do país, sua participação nos diversos setores econômicos, comparar a participação das ME e EPP por segmentos, por Estados, por atividades econômicas e estimar os benefícios obtidos pelas MPEs através da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. 2.2 As Micro e Pequenas Empresas As Micro e Pequenas empresas no Brasil são responsáveis por uma grande demanda de mão de obra e por uma expressiva participação na economia Nacional, mas constituem 20% do Produto Interno Bruto brasileiro. Participam de forma acentuada do crescimento das grandes empresas, pois estas terceirizam uma fração significativa de sua produção, transferindo para as Micro e Pequenas Empresas, a realização daquelas atividades que não constituem suas atividades principais. A terceirização para as MPEs foi uma saída que as grandes empresas passaram a adotar para diminuírem seus custos trabalhistas, pois dependendo da atividade e do volume de trabalhadores que são necessários, a empresa contratante economiza encargos trabalhistas significativos, uma vez que as MPEs, quando optantes do Simples Nacional, gozam de alguns benefícios no tocante ao recolhimento previdenciário. As micro e pequenas empresas que executam serviços de terceirização são, em sua maioria, as de Limpeza e Conservação, Segurança, Pequenos Transportes, Informática, etc. Estudos elaborados por várias entidades, dentre as quais o BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - mostram que, com a globalização, ocorreu um fenômeno de proliferação dos pequenos empreendimentos, uma vez que aumentou a competitividade nas grandes empresas e estas passaram a focar nas suas

20 20 atividades fins, terceirizando as outras atividades complementares através das micro e pequenas empresas. Com o desenvolvimento tecnológico, que ocorreu em décadas recentes, as grandes empresas demitiram muitos funcionários, uma vez que as máquinas substituíram a mão de obra, e aqueles que perderam seus empregos procuraram criar suas empresas para prestar serviços e comercializar produtos, formando, em alguns casos, pequenas indústrias. Com o desenvolvimento da economia e a criação de sistemas de arrecadação tributária mais simplificados, a mortalidade das micro e pequenas empresas diminuiu, significativamente, fazendo com que continuassem realizando suas atividades, por um período de tempo mais longo. A estrutura flexível existente nas micro e pequenas empresas faz com que as crises econômicas existentes não as atinjam de forma tão radical, porque elas conseguem mudar ou adequar as suas atividades às demandas existentes naquele momento. A modernidade atual exige empresas mais enxutas, sem tanta burocracia ou dificuldades de decisão, e é necessário que se use a tecnologia e a informação para que a empresa seja rápida e eficiente na realização de suas atividades, e obtenha um maior índice de produtividade. Segundo Drucker (1992): empreendedores inovam; empreender é a ação que contempla os recursos com nova capacidade de criar riqueza. Num momento em que o país busca saídas para os efeitos da crise econômica mundial, optando pelo combate ao desemprego e pela busca do crescimento sustentável, o estímulo aos empreendedores e às micro e pequenas empresas representa uma alternativa eficaz. Basta dizer que, no período de 1995 a 2001, cerca de 96% dos novos empregos foram criados por empresas com até 100 empregados. Segundo a revista FAE Business, no Brasil, as micro e pequenas empresas representam 25% do PIB, geram 14 milhões de empregos e constituem 99% dos milhões de estabelecimentos formais existentes. Realmente, são valores muito significativos, evidenciando a participação econômica e social que essas micro e pequenas empresas representam para o país. De acordo com o SEBRAE (2010), através de pesquisa realizada a partir das Declarações do Imposto de Renda dos Optantes do Simples Nacional, entregues em

21 à Receita Federal, 23,5% das micro e pequenas empresas não apresentaram faturamento e 61,4% apresentaram faturamento, as micro empresas representando 84,9% das empresas que declararam seus rendimentos, e as empresas de pequeno porte, representando 14,9% do total de micro e pequenas empresas (SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil). Através dos gráficos apresentados a seguir, observa-se a distribuição das ME e EPP por regiões de nosso país, o faturamento médio destas empresas por Unidade da Federação, a participação das Empresas de Pequeno Porte EPP - no PIB de cada estado e município, a distribuição das EPP por setores, a distribuição de ME e EPP, também por setores, o faturamento médio das EPP por setores e a distribuição do faturamento bruto declarado das EPP. Segundo estudo do SEBRAE (2010) foi constatado que a maior parte das MEs e EPPs localiza-se na região Sudeste, lembrando que esse levantamento foi feito a partir

22 22 das empresas que declararam o Imposto de Renda pelo Simples Nacional, não tendo sido apresentado o percentual das empresas regidas por outro sistema de tributação. Na região Sudeste, como era de se esperar, a maior concentração está no estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, áreas que detêm a maior parte da atividade econômica do país. Existe uma pequena diferença nos percentuais entre as ME e EPP na região Sudeste, cerca de 2% (dois pontos percentuais). Não foi fornecido o percentual dos declarantes em outros sistemas de tributação e sabe-se da existência de uma grande informalidade nas atividades econômicas exercidas pelos micro e pequenos negócios. Entretanto, acredita-se que a tendência é a de que essa diferença entre ME e EPP esteja nesse patamar, também nas empresas que não declararam o IRPJ Simples Nacional e não formalizaram suas atividades. A região Sul, bastante desenvolvida economicamente, possui mais ou menos a metade das Micro e Pequenas empresas existentes na região Sudeste, apresentando uma diferença de apenas 1 ponto percentual entre os dois tipos de empresa com respectivamente 23% para ME e 24% para EPP. Por possuir grandes empresas industriais e também por ser grande produtora na atividade agropecuária, a região Sul apresenta os índices de participação de ME e EPP perto da metade da região Sudeste, pois sua tendência natural de exercer atividades como o agronegócio, não permite um crescimento significativo dos micro e pequenos empreendedores. A região Nordeste deveria ter uma participação mais significativa das suas Micro e Pequenas empresas na economia regional, uma vez que sua economia é mais atrasada, seu parque industrial ainda não é tão desenvolvido, e sua atividade no setor de agronegócios não se compara à do Sudeste e do Sul. Na região Nordeste ainda existe um alto índice de informalidade, fazendo com que os percentuais de participação das MEs e EPP permaneçam no mesmo patamar, em relação às outras regiões do país. A região Centro Oeste vem na quarta posição, no que se refere ao número de micro e pequenas empresas, e apresenta percentuais de 7% para as ME e 8% para as EPP, demonstrando uma diferença muito pequena entre os dois tipos de empresa. Esses valores indicam, também, que existe uma baixa atividade econômica dessas empresas nessa região, talvez devido ao fato de a região ser uma grande produtora nos setores da

23 23 agricultura e da pecuária, onde existem grandes latifúndios, sobre os quais sua atividade econômica se fundamenta. Por último a região Norte com representação de 3% das ME e de 3% das EPP, esses baixos percentuais demonstrando que falta muito a ser desenvolvido na criação ou legalização das atividades das micro e pequenas empresas na região Norte do nosso país. Observa-se que nos estados do RJ e SP, na região Sudeste, são os que apresentam maior valor de faturamento, seguidos do DF, AM, ES, MT e RR, que têm faturamentos médios de suas EPP acima da média nacional. O Paraná, na região Sul, é o primeiro estado em faturamento médio em suas EPP, estando praticamente no mesmo nível da média nacional, ficando bem próximo do estado de Roraima, que foi o último colocado, dentre os estados com faturamento acima da média nacional. Os que estão abaixo da média nacional distribuem-se nas demais regiões do país, ficando no último lugar o estado do Piauí, na região Nordeste, demonstrando a condição econômica pouco expressiva das EPP nesse estado.

24 24 Segundo o referido estudo do SEBRAE (2010), a média nacional de faturamento das EPP fica em torno de R$ ,00 anuais, sendo o estado de São Paulo o que apresenta maior número de EPP e maior faturamento. Próximos da média ficam os estados de RR e PR e, por último, o estado do Piauí, como já assinalado. A participação do faturamento das EPP no PIB estadual tem uma expressiva significação, levando-se em conta a importância que os salários pagos aos trabalhadores dessas empresas têm para a economia. Observa-se que no estado de Santa Catarina e no Paraná, seguido do estado de Goiás, a participação do faturamento dessas empresas no PIB estadual chega perto dos 14% e vai diminuindo, tendo como média o estado de São Paulo, que mesmo possuindo o maior número de EPP do país, devido ao seu PIB ser elevado, apresenta uma participação dessas EPP de cerca de 8,5% a 9%, percentual quase igual ao dos estados de MS e MT. Com a menor participação no PIB estadual apresentam-se, no gráfico, os estados do Amazonas e do Amapá, com um percentual de 3% a 4,5% de participação.

25 25 Na distribuição das atividades das EPP no Brasil, o setor do comércio é o maior, concentrando esta atividade cerca de 59% das EPP, seguido da indústria, com 20%, os serviços com 19%, e a construção civil apresentando um percentual de 2%.

26 26 Verifica-se, acima, que as participações das ME e das EPP, por setores da economia brasileira, são iguais no setor de Comércio, com 59% para ambos os tipos empresas. No setor da Indústria as ME aparecem com menor participação, existindo uma diferença de cerca de 8 pontos percentuais entre esses dois tipos de empresas, chegando as ME a participar com 12% e as EPP com 20%. Já no setor de Serviços, as ME possuem uma maior participação, com uma diferença de cerca de 8 pontos percentuais com relação às EPP - as ME com 27% e as EPP com 19% de participação. Observa-se, assim, que a diferença de participação entre as ME e as EPP é igual nos setores de Serviços e na Indústria. No Setor de Construção Civil, a participação das ME e das EPP é igual: cerca de 2% sendo este o setor com menor participação das ME e EPP na economia nacional.

27 27 Os faturamentos médios, apresentados no gráfico acima, demonstram que a indústria possui o maior faturamento médio de todos os setores, seguido da Construção Civil, com uma diferença de cerca de 10 pontos percentuais. O faturamento médio do Comércio fica bem próximo do faturamento médio dos Serviços, que fica na última colocação dentre todos os segmentos da economia. 2.3 Benefícios Concedidos às MPEs pelo Estatuto das Micro e Pequenas Empresas (LC 123/2006) As micro e pequenas empresas MPEs, também recebem tratamento diferenciado no cumprimento das obrigações tributárias, trabalhistas e previdenciárias e, também, no acesso ao crédito e ao mercado, no que diz respeito à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos poderes públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. Estão abrangidos pela lei os empresários e as sociedades simples, sendo definida, como empresário, a pessoa que exerce a atividade empresarial de forma profissional, através de uma atividade econômica organizada para a produção, ou circulação de bens e serviços (artigo 966, CC/2002).

28 28 O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa jurídica (Sociedade Empresária), devidamente registrada na Junta Comercial de cada estado onde exerça as suas atividades. As sociedades simples são formadas por duas ou mais pessoas para o exercício de uma atividade econômica ou não, porém não organizada (art. 966, parágrafo único, CC) e são registradas no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. Dessa forma, tanto o empresário quanto a Sociedade Simples poderão se beneficiar do regime único de tributação, desde que atendam todos os requisitos previstos na lei. Nas licitações públicas, as certidões negativas de débito de tributos só serão exigidas no ato da assinatura do contrato e, se existir alguma restrição nesta data, ainda será dado um prazo de dois dias úteis no momento em que ele for considerado vencedor, para a regularização e apresentação da documentação, e para o pagamento ou parcelamento dos débitos existentes, para a emissão das certidões negativas de débitos. Quando existir empate nas licitações será considerada como vencedora a MPE, podendo a União, os Estados e os Municípios concederem tratamento diferenciado e simplificado às mesmas, tendo como objetivo a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, bem como a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica. A União, os Estados e Municípios, poderão dar incentivos às MPEs nas licitações, conforme determinam os artigos 48 e 49 da LC 123/2006 e demais normas aplicáveis, limitando-se a 25% ao ano dos valores totais licitados, podendo realizar os processos licitatórios da seguinte forma: Destinado exclusivamente às MPEs nas contratações até R$ ,00; Em que seja exigida dos licitantes, a subcontratação de MPEs, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda 30% do total licitado; Em que se estabeleça o limite, de até 25% do objeto da licitação, para contratação de MPEs sem certames, para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível. No acesso à justiça do trabalho fica facultado às MPEs fazerem-se substituir ou representar por terceiros que conheçam os fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário (artigo 54, LC 123/2006).

29 29 As fiscalizações realizadas nos aspectos trabalhistas, metrológicos, sanitários, ambientais e de segurança das MPEs serão realizadas prioritariamente em caráter de orientação, estabelecendo um tratamento diferenciado, mas não abrangendo a parte tributária. O Estatuto das Micro e Pequenas Empresas prevê que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão manter programas de incentivo à inovação (art. 65). Para melhorar o acesso ao crédito e ao mercado de capitais, para redução dos custos operacionais, os bancos comerciais públicos, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal mantêm linhas de crédito específicas para o crescimento das ME e EPP (art. 58). As ME e EPP são estimuladas a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para a solução de seus conflitos (art. 75). Dessa forma, as mesmas terão condições de solucionar seus conflitos de maneira mais rápida.

30 30 CAPÍTULO 3 PERCEPÇÃO PELOS EMPRESÁRIOS, DOS BENEFÍCIOS ALCANÇADOS PELAS MPES QUANTO À OBSERVÂNCIA DA legislação TRIBUTÁRIA 3.1 Introdução Este capítulo tem como objetivo fazer um levantamento da percepção que os empresários têm dos benefícios que as micro ou pequenas empresas podem obter ao aplicar o conhecimento e observar as normas inerentes às suas obrigações tributárias. Observa-se que os empresários das micro e pequenas empresas, muitas vezes são vítimas do desconhecimento da legislação sofrendo, por esse motivo, consequências graves pela inobservância da mesma, e sendo penalizados por autos de infração e multas pelo descumprimento dessas obrigações. É possível que a aplicação de um controle eficaz da atividade contábil da empresa e do cumprimento de suas obrigações tributárias torne o negócio mais competitivo e lucrativo, pois a transparência dos relatórios contábeis propicia o conhecimento de sua realidade econômica e financeira, fazendo com que a empresa possa ter informações confiáveis para a tomada de decisão. Segundo Marion (2002), a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, a partir dos relatórios contábeis e fiscais, que possibilitam ao empresário estabelecer políticas de gerenciamento, adequadas ao aumento de sua competitividade, uma vez que poderá prever os resultados econômicos desses procedimentos. Segundo Porter (1989), uma empresa diferencia-se da concorrência quando oferece aos compradores alguma coisa singular e valiosa, além de simplesmente oferecer um preço baixo. A diferenciação permite que a empresa peça um preço-prêmio, venda uma maior quantidade do seu produto por determinado preço, ou obtenha benefícios equivalentes, como uma maior lealdade do comprador durante quedas cíclicas ou sazonais. Portanto, uma empresa que tem controle de suas atividades financeiras, através da contabilidade, poderá investir em políticas de aperfeiçoamento de qualidade, tornando-se mais competitiva.

31 Percepção da Legislação Tributária para as MPEs do Comércio Varejista de João Pessoa É importante salientar que, mesmo com a complexidade existente em se atender a tantas normas tributárias e com os altos valores cobrados em impostos no nosso país, os empresários das MPEs devem observar e seguir a legislação tributária pertinente à sua atividade, para terem um controle mais efetivo de seus negócios. Nesse contexto, é um dos propósitos deste trabalho investigar qual a percepção dos empresários das MPEs quanto a essa realidade pois, como será mostrado, quando uma empresa registra todas as suas operações, poderá implantar um controle mais eficiente do seu negócio, como por exemplo: o controle de receitas de vendas de mercadorias e serviços, o controle de seus estoques, e o controle das despesas da atividade, entre outros. Hoje, a grande maioria das empresas controla as suas atividades através de sistemas de informática e só é possível ter o controle eficiente de suas operações, se estas forem todas devidamente registradas no sistema. Dessa forma, as empresas podem realizar controles internos, evitando desvios de conduta de seus operadores. Geralmente, as empresas que praticam a sonegação fiscal perdem o controle de suas atividades, citando-se como exemplo o controle de estoques, que fica à mercê dos funcionários, que podem desviar mercadorias não registradas no sistema de entrada ou saída de mercadorias. A mesma coisa ocorre com o controle do faturamento, pois tornase possível desviar os recursos das operações de vendas não faturadas. Normalmente, as grandes empresas contabilizam todas as suas operações, a saber, compras, receitas, custos, despesas, entre outros itens importantes para a prática contábil. Ao registrar todas as suas operações, tais empresas têm a condição de impedir, ou reduzir, o desvio ou o furto de seus produtos ou recursos, pelos colaboradores internos, uma vez que o controle de todas as operações é feito através dos registros realizados no sistema financeiro da empresa. É difícil controlar a atividade financeira de uma empresa, sem que haja registros contábeis de suas operações e sem que se acompanhe a documentação que serve de apoio a essa contabilização. Quando uma empresa não contabiliza totalmente suas operações, e recorre ao caixa dois, que é a parte que fica fora dos registros da contabilidade, geralmente perde o

32 32 controle de sua movimentação, sendo muitas vezes vítima de desvios, porque a sua contabilidade está propositadamente desorganizada, para facilitar possíveis ações fraudulentas de colaboradores, ou a perda de seu controle patrimonial. Muitas vezes, o desvio de recursos da empresa é realizado pelos próprios sócios ou pelo titular da empresa, e eles perdem a noção de lucratividade, confundindo a receita com o lucro, justamente por não terem implantado um sistema de contabilidade adequado, que demonstre o resultado mensal de sua operação, para mostrar aos sócios ou titular o quanto podem retirar de recursos da empresa para seus gastos pessoais. É importante ressaltar que as micro e pequenas empresas têm que adotar a mesma atitude das grandes empresas, devendo contabilizar a totalidade de suas receitas, de seus custos e de suas despesas para, dessa forma, obter o resultado operacional real de sua atividade, e assim saber se de fato a empresa é superavitária ou não. Um grande número de empresas perde o controle de sua gestão, justamente quando são implantados sistemas de sonegação fiscal. Essas empresas ficam sem ter como registrar suas operações e, sem esses registros, os valores que estão fora da contabilidade podem ser manipulados e muitas vezes desviados de seus proprietários. Outro benefício de se ter um registro contábil das operações na sua empresa, é o de se evitar multas aplicadas pelas fiscalizações. As multas por sonegação fiscal são muito elevadas, muitas vezes chegando a comprometer a continuidade dos negócios da empresa. Os micro e pequenos empresários devem possuir o conhecimento de que suas atividades de negócios precisam ter uma receita suficiente para arcar com a respectiva carga tributária, com seus encargos e despesas e, ao mesmo tempo, dar um retorno positivo do capital aplicado, ou seja, o lucro. Muitos empreendedores exercem uma determinada atividade sem ter a margem de lucro necessária para a sua sobrevivência, perdem o controle do negócio e aí recorrem à sonegação de impostos. Quando uma fiscalização detecta este procedimento de sonegação, autua o contribuinte infrator, muitas vezes deixando-o sem capacidade de pagar esses impostos, que são acrescidos de multas e juros, e deixando a empresa, praticamente, sem condição alguma de sobrevivência. É muito importante que os micro e pequenos empresários analisem qual é o melhor sistema de tributação a que devem aderir, verificando qual a porcentagem de

33 33 impostos que incidirá sobre sua receita e sobre seus custos e o quanto esse sistema vai representar para sua atividade em cada exercício social. Outro cuidado que as empresas devem ter é o de verificar se está cumprindo com as obrigações acessórias aos fiscos federal, estadual e municipal. Essas obrigações acessórias consistem em apresentar informações, através de declarações, aos fiscos em datas estabelecidas, e caso essas informações não sejam enviadas nos prazos estabelecidos pelas normas, podem ser aplicadas multas pelo descumprimento desses prazos. Normalmente, a responsabilidade pela elaboração e pelo envio das declarações das empresas ao fisco é do setor de contabilidade, representado pelo contador profissional. Em resumo, a maior vantagem de obedecer à legislação tributária - além de cumprir-se um dever - é obter o controle mais eficaz da empresa, através de informações mais claras e verdadeiras, associado a um menor risco de prejuízos decorrentes de multas e ações judiciais e, além disso, obter o resultado operacional real dos negócios da empresa Falhas Existentes no Controle Interno das MPEs, no Tocante à Gestão dos Tributos e das Obrigações Acessórias Segundo a revista Meu Próprio Negócio Ed. 106 On Line, por apresentarem uma estrutura quase sempre pequena e pelo fato de os sócios geralmente organizarem precariamente a sua documentação, uma boa parte das Micro e Pequenas Empresas não possui uma cultura de aprimoramento e de implantação de controle interno. Isso tende a fazê-los perder o controle de informações necessárias, tanto à sua administração, como também à prestação de contas ao fisco. Para que o contribuinte possa gerir, de forma mais eficaz, seus tributos é necessário que ele detenha o mínimo necessário de conhecimento da tributação de sua empresa, que poderá ser obtido mediante informações em órgãos especializados, através dos contadores, dos advogados tributaristas, administradores, etc. É importante que o empresário saiba organizar seu negócio, para que se cumpram as exigências fiscais de uma forma menos onerosa e também é importante saber das suas obrigações e tentar estabelecer um controle interno, no sentido de obter

34 34 as informações essenciais para uma boa gestão, bem como as informações fiscais necessárias para o cumprimento das normas. Sem controles mínimos e sem conhecimento de sua carga tributária, o pequeno empresário está propenso ao insucesso em seu negócio, pois agir sem controle, sonegando informações a si mesmo e ao fisco, trará grandes prejuízos, pois a desinformação conduz a ações administrativas erradas, que podem causar prejuízo e até mesmo a extinção de sua empresa. Além das informações que devem ser obrigatoriamente geradas e enviadas ao fisco, que vão contribuir para o controle de seu próprio negócio, os micro e pequenos empresários devem exercer controle sobre suas atividades negociais através da implantação de um sistema interno de informações. Todas as obrigações acessórias exigidas pelo fisco, tais como: declarações do SIMPLES NACIONAL, DIPJ, SPED, DCTF, RAIS, GFIP, CAGED dentre outras, fazem com que os pequenos contribuintes necessitem um mínimo de organização, para prestar essas informações ao Governo. Em geral, os micro e pequenos empresários não demonstram interesse pelos assuntos tributários de suas empresas, não compreendem bem as informações que devem ser apresentadas ao fisco, e procuram apenas pagar os impostos, pois entendem que se trata de uma obrigação. Por outro lado, as ações do governo são implantadas através das informações que os setores da sociedade disponibilizam, e é importante fazer com que o governo conheça melhor a realidade dos contribuintes e os resultados das políticas públicas adotadas para eles. O governo só sabe se as empresas de determinado segmento vão bem, através das declarações que lhe são apresentadas, por exemplo, sobre o faturamento e o resultado operacional. Para que o governo saiba o grau de empregabilidade de determinado segmento, são necessárias as declarações CAGED apresentadas ao Ministério do Trabalho, assim como para tomar conhecimento das características dos trabalhadores, é necessário ter a RAIS, também apresentada ao Ministério do Trabalho. São as informações, apresentadas pela contabilidade das micro e pequenas empresas, que permitem ao governo adequar seu sistema de arrecadação tributária e obter informações complementares para realizar pesquisas com a finalidade de coletar

35 35 informações relevantes como, por exemplo: capacidade de arrecadação por atividade, desenvolvimento das atividades, aumento de empregabilidade, etc. As micro e pequenas empresas devem possuir um mínimo de organização documental, para enviar ao setor de contabilidade, que geralmente é terceirizado, para que este possa fazer cumprir as obrigações exigidas pelas normas dos fiscos. A Prefeitura Municipal de João Pessoa obriga os contribuintes micro e pequenos empresários, não inscritos no Simples Nacional, a apresentarem a declaração denominada GISSONLINE. ( finanças - Legislação). Essa declaração, além de apresentar informações sobre a receita das empresas de prestação de serviços, também solicita informações dos contratantes de serviços de sua empresa e dos que prestam serviços à mesma. Dessa forma, a Prefeitura tem a informação sobre os setores que mais prestam serviços no município e, também, sobre quais são os serviços que as empresas mais contratam ( finanças - Legislação). A Prefeitura tem disponíveis informações sobre onde as empresas de João Pessoa mais prestam serviços, e de onde elas contratam mais prestadores de serviços. Esse é um dado importante para a gestão pública, que pode então adotar políticas de incentivo, justamente onde está existindo importação de serviços de outros municípios. É de suma importância que exista uma capacitação desses empresários, no sentido de criar condições para que as informações necessárias ao governo, sejam geridas e enviadas à contabilidade que, através das declarações existentes, as enviam evitando multas desnecessárias. Todas as declarações existentes são obrigatórias e devem ser enviadas em prazos pré-estabelecidos. Caso o contribuinte não cumpra tais prazos, a legislação prevê a aplicação de multas pelo descumprimento de obrigação acessória. Como mencionado anteriormente, os micro e pequenos empresários têm muita dificuldade em entender e atender as obrigações principais e acessórias a que são submetidos pelas normas do governo. As MPEs devem ter conhecimento dos resultados de sua gestão empresarial e, a gestão dos tributos incidentes em sua atividade é de suma importância para que isso ocorra.

36 36 Um ponto muito importante para o controle do resultado da empresa é saber determinar o preço de venda de seus produtos ou serviços. Para que uma MPE seja competitiva, ela deverá saber formar um preço de vendas competitivo, mas que também dê resultados positivos à empresa. Sabe-se que a tributação não é o único, nem mesmo o maior custo que uma empresa possui ao colocar seus produtos ou serviços à venda. Entretanto, pode-se constatar que certamente ele representa uma boa parte desse custo, e que envolve uma série de atividades, que não se restringem apenas ao pagamento dos impostos mas, incluem também, uma série de obrigações acessórias que o contribuinte tem que cumprir, aumentando indiretamente esse custo.

37 37 CAPÍTULO 4 - FUNCIONALIDADE DOS SISTEMAS DE ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO COMÉRCIO VAREJISTA DE JOÃO PESSOA 4.1 Introdução Este capítulo visa descrever os Sistemas de Arrecadação Tributária que os micro ou pequenos empresários podem adotar para as suas empresas. Serão abordados de forma resumida os Sistemas do Simples Nacional, SIMEI, Lucro Presumido e Lucro Real, as obrigações existentes nesses sistemas, as facilidades que cada um oferece, seus objetivos, obrigações e benefícios previstos em cada tipo específico de sistema de arrecadação, os avanços alcançados pela legislação no tocante à aplicação desses sistemas e os resultados propostos pela legislação tributária no que se refere à arrecadação tributária. O Simples Nacional foi o sistema mais debatido, pelo fato de representar a melhor opção para os contribuintes enquadrados como micro e pequenos empresários. Foram analisados os principais benefícios esperados para os optantes do Simples Nacional e todas as observações pertinentes ao mesmo Simples Nacional O Simples Nacional é o regime de tributação adotado pelo governo e que é, ao mesmo tempo, mais fácil e menos oneroso para as micro e pequenas empresas. É um regime diferenciado, simplificado e que favorece os contribuintes nele enquadrados. Foi criado pela Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 e implantado a partir de ( O art. 12 da referida Lei Complementar define o Simples Nacional como um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e empresas de Pequeno Porte ( - Simples Nacional). Dessa forma, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, poderão realizar o recolhimento de suas obrigações tributárias federais, estaduais e municipais, através de uma guia única denominada de DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional. Esses contribuintes, de acordo com a legislação criada, terão direito a

38 38 tratamento diferenciado na apuração e no recolhimento dos impostos e contribuições nos três níveis de governo, bem como no cumprimento das obrigações acessórias Justificativas para a Criação do Simples Nacional Segundo Pêgas (2011), as justificativas apresentadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, para a instituição do regime simplificado para Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte EPP são as seguintes; a) Essas empresas possuem baixo potencial arrecadatório e, portanto, não devem ter um ônus excessivo nas atividades de controle exercidas pela administração; b) A concessão de benefícios tributários diretos (redução da carga tributária) deve observar uma transição suave, de tal sorte a não criar descontinuidade acentuada que induza à prática de planejamento fiscal; c) O regime simplificado destina-se a buscar um ambiente mais competitivo entre grandes e pequenas empresas e não a conceder privilégios a determinado grupo. O ingresso no regime deve ser destinado exclusivamente aos setores econômicos que estão sujeitos à concorrência assimétrica, em razão da dimensão das empresas. Atividades econômicas que, por natureza, encontram-se pulverizadas e, portanto, não sofrem concorrência desigual não devem ter acesso ao regime; d) Dada a importância dessas empresas (geração de empregos, inovação tecnológica, competição no mercado etc.), o custo de cumprimento das obrigações tributárias para esse segmento deve ser minimizado, de modo a não comprometer sua sobrevivência; e e) A relação entre o contribuinte e o Estado, sempre que possível deve ser única, a despeito da existência de distintos níveis de governo e administração tributária envolvidos Principais Benefícios Alcançados pelos Optantes do Simples Nacional Ainda, segundo Pêgas (2011) está prevista a utilização de princípios expressos, oriundos do projeto REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), que definam diretrizes objetivas para a

39 39 implantação do cadastro unificado, entrada única de documentos, na existência de vistorias prévias para atividades sem risco, dentre outros. Além disso, a Lei Complementar 123/2006 prevê que: A abertura da empresa será efetuada mediante registro simplificado dos seus atos constitutivos; A empresa terá apenas um único número de identificação, baseado no CNPJ; A baixa da inscrição no CNPJ será de imediato por meio de requerimento acompanhado do ato de dissolução da empresa; e Micro e pequenas empresas sem movimento, há mais de 3 anos, poderão encerrar atividades, independentemente do pagamento de taxas ou multas. As empresas poderão ter sua baixa concedida imediatamente, mesmo se houver débito tributário. Nesse caso os sócios responderão por esses débitos. Algumas empresas, antes da abertura ou do início de suas atividades, tinham de requerer a licença da vigilância sanitária ou a licença da Sudema, ou mesmo, do Corpo de Bombeiros, entre outras. Essas licenças demoravam muito a ser expedidas. A Lei do Simples Nacional, no seu artigo 6º, determina que os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndio, deverão ser simplificados em favor das MPEs. As fiscalizações para a concessão dos alvarás de funcionamento deverão ocorrer após o início de funcionamento do estabelecimento quando, por sua natureza, o grau de risco for compatível com esse procedimento. Caso o grau de risco seja alto, deverão ser seguidos os procedimentos normais, devendo a licença ser liberada antes da concessão do alvará de funcionamento. Para facilitar a abertura e o início da atividade das MPEs, as Prefeituras deverão emitir alvarás provisórios de funcionamento, tão logo ocorra o registro dos atos constitutivos das empresas na Junta Comercial e na Receita Federal e Estadual. Quanto à baixa das MPEs, as que se encontrarem sem movimento há mais de três anos, poderão ter sua baixa concedida, independentemente do pagamento dos débitos existentes, e essa baixa será realizada em sessenta dias após o vencimento desse prazo. Porém, os débitos poderão ser exigidos antes ou depois da baixa, através dos sócios da empresa (art. 78 LC 123/2006).

40 40 As obrigações acessórias foram diminuídas. As empresas deverão apresentar anualmente à Receita Federal, uma declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, sendo esta declaração considerada como confissão de débitos tributários e previdenciários Formalização da Opção pelo Simples Nacional Segundo a Revista Meu Próprio Negócio, a formalização da opção pelo SIMPLES NACIONAL é feita pela internet, sendo necessário que o contribuinte observe se a sua atividade não é proibida de optar pelo Simples, ou mesmo se existem outros impedimentos citados na lei, que façam com que o contribuinte não possa optar, porque caso o mesmo opte sem prestar atenção a esses detalhes, poderá ter problemas junto à Receita Federal, porque a opção é irretratável para todo o ano-calendário. O prazo para a inscrição de empresas no SIMPLES NACIONAL é o último dia do mês de janeiro, observando-se que a opção serve para todo o exercício, não se podendo mais mudar de regime de tributação no exercício em que fez a opção pelo Simples Nacional. No momento da opção, o contribuinte deverá prestar declaração de que sua atividade não é impedida de optar pelo SIMPLES NACIONAL. Caso a opção pelo SIMPLES NACIONAL não seja aceita pela SRFB, será expedido termo de indeferimento por autoridade fiscal integrante da estrutura administrativa do respectivo ente federativo, que decidiu o indeferimento, inclusive na hipótese da existência de débitos tributários. E, no caso de decisão administrativa definitiva ou judicial deferindo a opção pelo Simples Nacional com efeitos retroativos, os tributos e contribuições devidos pelo Simples Nacional poderão ser recolhidos, sem a cobrança de multa de mora, mas tão somente com a cobrança de juros de mora Abrangência do Simples Nacional Segundo Luís Martins de Oliveira, com fundamento na LC 123/2006, os impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional seguem o que está disposto na Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996, determinando que a inscrição no Simples implica o pagamento mensal unificado dos seguintes impostos: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

41 41 Contribuição para o PIS/PASEP. Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL). Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Contribuição para a Seguridade Social a cargo da Pessoa Jurídica. Além do mais, segundo a Lei Complementar n.º 123/2006, o Simples Nacional poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) ou o Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza (ISS), devido por micro empresa ou empresa de pequeno porte. No entanto, para isso, é necessário que a Unidade Federada (UF) ou o Município onde a empresa esteja estabelecida venha a aderir ao Simples, mediante convênio. Não poderá pagar o ICMS pelo Simples, ainda que a UF onde esteja estabelecida seja conveniada, a empresa que: a) seja estabelecida em mais de uma UF; b) exerça, mesmo que parcialmente, atividade de transporte interestadual ou intermunicipal. O art. 5º da Instrução Normativa da SRF N.º 608, de 09 de janeiro de 2006, Diário Oficial da União de 12 de Janeiro de 2006, em seu 8º determina que as empresas optantes do Simples Nacional, são dispensadas do recolhimento das demais contribuições tais como: Serviço Social do Comércio (SESC), ao Serviço Social da Indústria (SESI); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE); Salário educação e contribuição Sindical Patronal Não Abrangência do Simples Nacional Segundo Oliveira (2006), a Lei nº º estabelece que o pagamento na forma do parágrafo anterior não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:

42 42 a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; b) Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros - II; c) Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; d) Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, bem assim relativo aos ganhos de capital, obtidos na alienação de ativos; e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; f) Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - CPMF; g) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; h) Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado Recolhimento do Simples Nacional Segundo a Revista Meu Próprio Negócio a LC 123/2006 determina que a alíquota do Simples Nacional aplicada para se calcular o valor do tributo vai depender do tipo de atividade da empresa e de sua Receita Bruta. Para cada ramo de atividade existe uma tabela específica dividida em Comércio, Serviços e Indústria para esse cálculo, sendo que cada uma possui várias faixas de alíquotas, que variam conforme o valor da receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração. Ou seja, a alíquota aumenta conforme sobe o valor do faturamento acumulado do ano. Assim, multiplicando a receita bruta do mês, pela alíquota, encontra-se o valor a ser pago. No portal do Simples Nacional ( existe o aplicativo Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), que calcula o valor e gera a Guia para pagamento do imposto denominado DAS. O pagamento do DAS é mensal e seu prazo de vencimento é sempre o dia 20 do mês seguinte, sem possibilidade de pagamento parcelado. ( Ainda, segundo a Revista Meu Próprio Negócio (2012) uma vantagem para os optantes do Simples Nacional foi a diminuição do recolhimento à Previdência Social, uma vez que o percentual a ser recolhido pelas empresas optantes pelo Simples deve ser feito à parte, na Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS), sobre o valor

43 43 retido das contribuições dos funcionários, autônomos e pró-labore da folha de pagamento. A alíquota de 20%, cobrada para a Previdência Social, como contribuição da empresa, não é cobrada às empresas optantes do Simples Nacional. Segundo Rezende(2010), a Lei 123/2006 estipula que o SIMPLES NACIONAL trouxe alguns benefícios quanto às obrigações acessórias, que são as obrigações exigidas pelo fisco, além do recolhimento, tais como a de declarar os impostos devidos e enviá-los à Receita Federal, organizar a documentação entre outras. As principais mudanças foram as seguintes: Fazer declaração única e simplificada à Receita Federal; Emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, não sendo obrigatória a utilização do ECF ou do TEF; Manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária, não exigindo a obrigação da escrita contábil; Entregar declaração eletrônica que deve conter os dados referentes aos serviços prestados ou aos serviços contratados a terceiros Obrigações Trabalhistas Conforme a LC 123/2006, da mesma maneira que existe simplificação em relação às obrigações acessórias, também foram simplificadas as obrigações trabalhistas, tendo sido dispensadas as seguintes exigências: Afixação de quadro de trabalho em suas dependências; Anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; Empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; Posse do livro intitulado: Inspeção do trabalho ; Comunicação ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre a concessão de férias coletivas. Segundo Rezende (2010), na legislação do Simples Nacional ainda foram mantidos como obrigatórios os seguintes procedimentos: Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;

44 44 Arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; Apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP); Apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) Desobrigação da Escrituração Contábil A Lei Complementar 123/2006 também reconheceu a não-obrigatoriedade da escrituração contábil para esses contribuintes. Para atender à legislação, basta escriturar o Livro-caixa, que deverá conter também a movimentação bancária; deverá ainda realizar o registro de inventário com informações sobre os estoques existentes no final de cada exercício. Segundo Pêgas (2011), a realização da escrituração contábil é muito importante para as empresas, uma vez que constitui um grande auxílio no controle de suas atividades, e é exigida pelo Código Comercial Brasileiro, pois serve como instrumento de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus herdeiros e sucessores. No Livro-caixa é registrada somente a movimentação financeira, não se registrando as compras e vendas a prazo, os empréstimos e os demais valores a pagar e a receber. Por esse motivo, a realização de um controle contábil e o levantamento de balancetes, reduz a insegurança e os prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro dos direitos e obrigações da empresa. A Lei /2002, do novo Código Civil, assegura tratamento diferenciado, simplificado e mais favorável aos pequenos empresários (art , $ 2 ), dispensandoos de escrituração contábil regular Limites para Enquadramento no Simples Nacional Segundo a LC 123 de 14/12/2006, Capítulo II, artigo 3, inciso I, as micro empresas são as que possuem um faturamento de, no máximo, R$ ,00 por ano e

45 45 as pequenas devem faturar entre R$ ,01 e R$ ,00. Assim, para que as micro e pequenas empresas possam fazer a opção de aderir ao Simples Nacional, não poderão ultrapassar esses limites de faturamento bruto anual. A receita considerada pelo Simples Nacional é a Receita Bruta auferida através das atividades da empresa, não compreendendo as demais receitas eventualmente obtidas, podendo ser excluídas: devoluções de vendas, vendas canceladas, descontos incondicionais (comerciais, concedidos na nota fiscal), e IPI e ICMS ST (Substituição Tributária). Não são incluídas, para o Simples Nacional, as receitas financeiras, de modo que o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) incidente sobre essas receitas, não é passível de recuperação, sendo de caráter definitivo, e tratado como despesa pelo contribuinte Pessoas Jurídicas Excluídas da Opção Segundo Higuchi (2012), os artigos 3 e 17 da LC N 123 de 2006 vedam a opção pelo SIMPLES Nacional, nas seguintes hipóteses: No caso da microempresa, quando a receita bruta do ano calendário anterior for superior a R$ ,00; No caso da empresa de pequeno porte, quando a receita bruta do ano calendário anterior for superior a R$ ,00. Fica ainda impedida de se enquadrar no SIMPLES, a empresa que: Tenha participação no seu capital de outra pessoa jurídica; Seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior; Tenha sócio domiciliado no exterior; Tenha participação no seu capital de entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; Tenha participação no seu capital de pessoa física com firma individual, ou que seja sócia de uma empresa enquadrada no SIMPLES Nacional, caso a receita global ultrapasse R$ ,00 no ano calendário; Tenha um titular ou sócio que participe, com mais de 10%, do capital de outra empresa não inscrita no SIMPLES Nacional, se a receita bruta global ultrapassar o valor de R$ ,00;

46 46 Participe do capital de outra pessoa jurídica; Seja constituída sob a forma de cooperativa, com exceção das de consumo; Exerça atividade de instituição financeira ou similar, ou factoring; Seja resultante de cisão nos últimos cinco anos calendários; Seja constituída sob a forma de sociedade por ações; Possua débito com o INSS ou com as fazendas públicas federal, estadual ou municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; Preste serviços de transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros; Seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; Exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; Exerça atividade de importação de combustíveis; Exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtro para cigarros, armas de fogo, munições e pólvora, explosivos e detonantes; exerça atividade de produção ou venda no atacado das bebidas a seguir descritas: alcoólicas; refrigerantes, inclusive águas carbonizadas gaseificadas; preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; cervejas sem álcool; Tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitui profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, corretor, despachante ou qualquer tipo de intermediação de negócios; Realize cessão ou locação de mão de obra; Realize atividade de consultoria; Dedique-se ao loteamento ou incorporação de imóveis; Realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS; Não possua inscrição, ou esteja com irregularidade em cadastro federal, municipal ou estadual, quando exigível.

47 Exclusão do Simples Nacional A exclusão do SIMPLES NACIONAL poderá ser feita de duas formas: mediante comunicação do próprio contribuinte, ou por ofício. A exclusão por parte do próprio contribuinte pode ser feita por opção ou por obrigatoriedade, quando este incorrer em uma das proibições apresentadas pela lei. Segundo o artigo 30 da LC 123/2006, a exclusão poderá ser formalizada pela empresa, mediante alteração cadastral, firmada por seu representante legal e apresentada à unidade da Receita Federal. Segundo Higuchi (2012), a exclusão por oficio ocorrerá quando a pessoa jurídica incorrer nas seguintes irregularidades: For verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; For oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não-fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; For oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal, ou a qualquer outro local onde desenvolvem suas atividades ou onde se encontram bens de sua propriedade; Quando sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; Tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta lei complementar; A empresa for declarada inapta, na forma dos art. 81 e 82 da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações; Comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; Houver falta de escrituração do Livro-caixa, ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; For constatado que durante o ano calendário o valor das despesas pagas supera em 20% o valor dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; ou For constatado que durante o ano calendário, o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas

48 48 hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% dos ingressos dos recursos no mesmo período, excluído o ano do início de atividade. Segundo Higuchi (2012), a exclusão de ofício (exceto a descrita na letra A) produzirá efeitos a partir do próprio mês em que forem detectadas as irregularidades, impedindo a opção pelo SIMPLES NACIONAL pelos três anos calendários seguintes. Além disso, o prazo será elevado para 10 anos, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha tributos incluídos no SIMPLES NACIONAL. Entretanto, apesar de o Simples Nacional ter sido uma grande conquista por parte de todos os contribuintes do país que puderam enquadrar-se nele, ainda existe uma certa dificuldade de entendimento por parte desses contribuintes, que no nosso caso específico, seriam os micro e pequenos empresários da cidade de João Pessoa. A legislação acima elencada demonstra, de forma clara que, mesmo existindo por parte dos Governos federal, estadual e municipal, a intenção de simplificar e facilitar, dessa forma, a legalização das empresas em nosso país, ainda seria necessário que se criasse outro tipo de sistema, que pudesse abranger ainda mais empresas, incluindo aqueles contribuintes que ficaram fora do Simples Nacional, não pela falta de permissão de optar por tal regime, mas pela absoluta falta de condição econômica, para optar pelo Simples Nacional. No nosso país, vemos ainda um grande caminho a ser percorrido no tocante à simplificação e à redução da carga tributária. A legislação tributária é bastante complexa e geralmente só é entendida por profissionais das áreas que se correlacionam com a atividade econômica. Os micro e pequenos empresários têm sérias dificuldades de entendimento da legislação existente e, muitas vezes, por falta de uma compreensão adequada, não seguem adequadamente as normas, e se veem em apuros, por terem que recolher aos cofres públicos pesadas multas pelo não cumprimento da exigência fiscal contida na norma tributária. Dessa forma, foi criado o MEI, um sistema ainda mais simplificado de arrecadação tributária, com a intenção de se legalizar muitas atividades que estavam na informalidade e que não possuíam condições de optar pelo Simples Nacional. Muitos brasileiros não têm acesso à previdência pública e a informalidade os deixa sem nenhuma seguridade social. Sendo assim, o MEI veio para beneficiar aqueles

49 49 que trabalham em várias atividades econômicas e que não possuem a menor condição de se legalizar, nem mesmo através do Simples Nacional. 4.3 SIMEI Através da Lei Complementar 128/2008 foi criado o Micro Empreendedor Individual MEI, com vigência a partir de Conforme o art. 966 da Lei nº , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), é considerado microempreendedor, aquele empresário que tenha auferido uma receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ ,00, optante pelo Simples Nacional. Segundo a Receita Federal do Brasil ( considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei /2002, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ ,00, optante pelo Simples Nacional. No caso de início de atividades, o limite de receita será de R$ 3.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início da atividade e o final do respectivo ano calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. Para ser registrado como Micro Empreendedor Individual, o empresário, deverá ser inscrito no site do Simples Nacional e fazer a opção de registro como MEI Tributação do SIMEI O Micro Empreendedor Individual (MEI) poderá optar pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais, dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI), independentemente da receita bruta por ele auferida no mês ( acessos de 10 de janeiro a 20 de junho de 2012). O optante pelo SIMEI recolherá, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), valor fixo mensal (fixado a partir de ) correspondente à soma das seguintes parcelas: ( *R$ 27,25 (vinte e sete reais e vinte e cinco centavos), a título de contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; R$ 1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto;

50 50 R$ 5,00 (cinco reais), a título de ISS, caso seja contribuinte desse imposto. * Contribuição Previdenciária reduzida pela Medida Provisória 529/2011. Segundo o site da Receita Federal ( o Sistema de Recolhimento de Valores Fixos Mensais de tributos SIMEI é um sistema de tributação que faz parte do Simples Nacional, mas é voltado para micro empreendedores individuais. Essa modalidade foi criada com a finalidade de regulamentar o trabalho desses profissionais. Entre os requisitos para participar do regime, um deles diz respeito à receita bruta anual que, pelas novas regras, deve ser menor que R$ ,00 (que equivalem a aproximadamente R$ 5.000,00 mensais). Além disso, existem restrições quanto às atividades dos participantes do SIMEI. É necessário que o empreendedor individual possua um único estabelecimento e um único funcionário. Segundo a Revista Meu Próprio Negócio (2012), a vantagem dessa modalidade é que o contribuinte paga um único imposto integrado e ainda tem direito a benefícios previdenciários, tais como auxílio-doença, auxílio-maternidade, auxílio-reclusão e aposentadoria por idade. A opção pelo SIMEI também deve ser feita até o último dia útil do mês de janeiro de cada ano, não podendo, assim como no Simples Nacional, haver mudanças durante o ano calendário. A opção é irretratável e é feita diretamente pelo portal do Simples Nacional. O empresário individual que ultrapassar o limite de receita bruta em menos de 20% do permitido, e não estiver no ano calendário de inicio de atividades, será desenquadrado do SIMEI em 1 de janeiro do ano calendário subsequente ao da ocorrência do excesso de receita. Já os que ultrapassarem em mais de 20%, e também não estiverem no ano calendário de início de atividades, serão desenquadrados do Simei, retroativamente, em 1 de janeiro do ano calendário em que ocorreu o excesso de receita. Nesse caso o empresário terá de recolher todos os tributos relativos ao Simples Nacional, desde o ano anterior e com os acréscimos legais. Como no Simples Nacional, o pagamento do SIMEI é feito pelo DAS, devendo ser pago até o dia 20 de cada mês subsequente ao período de apuração, não sendo possível o pagamento em quotas. Esse documento também é emitido por intermédio do PGDAS, que pode ser acessado através do site da Receita Federal do Brasil.

51 51 Os valores a serem pagos pelos integrantes do SIMEI são fixos e variam de acordo com a atividade que exercem. Entretanto, podem ser alterados anualmente conforme as mudanças estabelecidas pelo governo. 4.4 Lucro Presumido Segundo a Receita Federa do Brasil ( no sistema do Lucro Presumido, um valor pré-estabelecido pelo governo serve de base para o cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e é aplicado sobre a receita bruta do período de apuração. Esse valor tem base na dedução do que o governo presume ser a média de lucro obtida, de acordo com o ramo de atividade de cada empresa. Conforme determina a Lei 8.383/1991 do Lucro Presumido, o período de apuração desse Lucro é trimestral, sendo os trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, e pode ser pago em três quotas mensais, iguais e sucessivas, com vencimento para o último dia dos meses seguintes ao período de apuração. No entanto, se o valor total do imposto for inferior a R$ 2.000,00 ele deverá ser pago em quota única. E no caso de parcelamento, as parcelas também não poderão ter valor inferior a R$ 1.000,00. Conforme a norma, essa opção de tributação é ideal para as empresas que possuem lucro igual ou superior ao presumido pelo governo. Por exemplo, uma empresa comercial, que tem um lucro sobre suas vendas de mercadorias de 12% e o lucro presumido pelo governo é de 8%, será beneficiada por esse sistema de tributação, porque o lucro presumido pelo governo é menor do que o lucro real que a empresa obtém sobre suas vendas. O pagamento é feito pelo Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) e as empresas participantes devem ter receita bruta anual igual ou inferior a R$ ,00 (aproximadamente R$ ,00 ao mês). A escolha desse regime é feita por meio do pagamento da primeira, ou única parcela do imposto correspondente ao primeiro período apurado e, após isso, não há mais a possibilidade de mudança.

52 52 Algumas atividades também são proibidas de aderir a essa modalidade, como, por exemplo, pessoas jurídicas do setor de bancos de investimentos, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e capitalização, entre outras. Se a pessoa jurídica ultrapassar o limite de faturamento permitido, isso não acarretará mudanças para o ano calendário no qual ocorre o excesso. Porém, no ano seguinte, a empresa será obrigada a recolher tributos com base no lucro real. 4.5 Lucro Real Diferentemente do Lucro Presumido, a modalidade do Lucro Real é calculada em cima do lucro da empresa no período de apuração anual ou trimestral. Se for feita a opção pelo período trimestral, os períodos trimestrais serão encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, e os tributos serão pagos em quota única, ou em até três parcelas mensais, iguais e consecutivas, mas corrigidas pela taxa SELIC. Já se a opção for pela apuração anual, devem ser feitos recolhimentos mensais, pagos até o último dia útil do mês seguinte. Assim como no sistema de Lucro Presumido, o pagamento será feito de forma única se for inferior a R$ 2.000,00 ou, se for dividido, as parcelas não poderão ser menores que R$ 1.000,00. O valor do Lucro Real será determinado a partir de alíquotas fixas aplicadas sobre o lucro líquido da empresa nesses períodos. O recolhimento também será feito através de DARF. Não existe ainda limitação para os participantes desse sistema, podendo qualquer empreendedor adotar o sistema de tributação do Lucro Real. Porém, existem algumas regras que obrigam determinadas empresas a participarem desse regime. Esse sistema é ideal para os empreendimentos que têm lucro inferior ao estabelecido pelo governo no Lucro Presumido pois, dessa forma, o empresário pagará menos imposto. Se não houver lucro durante os meses de apuração, a empresa fica isenta de pagar o imposto correspondente a esse período. Para o Lucro Real a opção também é efetuada por meio do pagamento do primeiro Imposto de Renda no ano. A partir desse primeiro recolhimento, a opção tornase irretratável para todo o ano calendário.

53 53 CAPITULO 5 A PESQUISA DE CAMPO: COMENTÁRIOS SOBRE A NATUREZA DO QUESTIONÁRIO Foi realizada uma pesquisa de campo, e aplicado um questionário, com o objetivo de extrair informações necessárias para a captação da percepção dos empresários entrevistados das Micro e Pequenas Empresas do Comércio Varejista de João Pessoa sobre assuntos contábeis e tributários. Como mencionado anteriormente, entende-se, em geral, que os micro e pequenos empresários não demonstram interesse pelos assuntos tributários de suas empresas, e procuram apenas pagar os impostos, por não compreenderem bem as informações que devem ser apresentadas ao fisco. O questionário aplicado, que se encontra anexo ao final desta Dissertação, teve como objetivo central saber qual o grau de conhecimento que os micro e pequenos empresários varejistas de João Pessoa possuem sobre as atividades contábeis e tributárias de suas empresas, e como utilizam esse conhecimento como ferramenta para aumentar a competitividade e a lucratividade de suas empresas. No questionário constam 10 questões, cada uma com 3 ou 4 opções de respostas já formatadas, que objetivam dar ao entrevistado, as possibilidades de respostas mais adequadas possíveis sobre o tema. A primeira questão trata de qual o Sistema de Tributação que a empresa adotou, e tem a intenção apenas de saber se o contribuinte tem conhecimento do tipo de tributação usada em sua empresa. Esse dado é de muita importância, pois apesar de serem apenas três os tipos de sistemas de tributação mais usados, são sistemas diferentes, que influenciam o resultado econômico da empresa, bem como a sua forma de organização - tanto para atender as normas da legislação pertinente ao sistema que a empresa adotou, como com vistas à possibilidade de aumento de competitividade e lucratividade. Dessa forma, torna-se uma informação bastante necessária. A segunda questão procura inquirir se o entrevistado sabe o motivo de a sua empresa estar enquadrada no sistema de tributação que ele selecionou como resposta à primeira questão. Dessa forma, procura-se saber o motivo da opção por um determinado sistema de tributação, segundo o entendimento do contribuinte. Geralmente, a primeira ideia das pessoas é a de pagar menos, ou de pagar com mais facilidade os tributos.

54 54 Porém, existem outras razões para a escolha, tais como a inexistência de outra forma de tributação que possa se adequar à empresa, ou até mesmo o total desconhecimento do motivo da opção. Quando o contribuinte sabe a forma de tributação pela qual sua empresa optou, este tem uma maior percepção do grau de lucratividade que possui sobre os produtos que vai comercializar, ou mesmo de como deve trabalhar com preços de venda desses produtos, de modo a aumentar a sua competitividade. A terceira questão procura saber qual o grau de controle financeiro existente na empresa do entrevistado, se as informações são fornecidas pela contabilidade ao empresário, e em que medida essas são utilizadas. Esta questão permite verificar se o empresário tem conhecimento do tipo de controle financeiro exercido dentro de sua empresa e se ele sabe medir a eficácia desse controle contábil e financeiro. Isso é importante para que o empresário possa tomar decisões, baseadas em informações que sejam confiáveis e possam aumentar a competitividade e a lucratividade de sua empresa. A quarta questão procura avaliar se o controle financeiro existente na empresa fornece informações que atendam, satisfatoriamente, as necessidades do entrevistado e se essas informações contábeis são realmente importantes para a administração do negócio. Essa questão avalia, também, se existe a necessidade de mais informações para a administração da empresa. Sabe-se que o controle financeiro da empresa é de fundamental importância e que, adicionado a outros dados econômicos, fornecidos pela contabilidade, proporciona uma visão mais adequada sobre a situação patrimonial da empresa. A opinião do entrevistado sobre seu entendimento a esse respeito permite uma visão mais real sobre a percepção do empresário em relação à necessidade dessas informações para o seu negócio. A quinta questão objetiva saber qual o entendimento que o entrevistado possui da importância de enviar à contabilidade as informações financeiras de sua empresa e do nível de informação que deverá ser repassado para a contabilidade. O empresário terá várias opções de responder a essa questão, que visa medir seu entendimento sobre a realidade financeira e contábil da empresa. Os negócios, em sua maioria, não possuem uma contabilidade gerencial, mas simplesmente fiscal. Dessa forma, o empresário nem envia à contabilidade as informações necessárias para que a contabilidade gere bons relatórios, nem se utiliza desses relatórios. Muitas vezes, ele segue sua intuição e não

55 55 utiliza informações baseadas em fatos reais, que possibilitem a tomada de decisões mais fundamentadas em informações obtidas da contabilidade de sua empresa. A sexta questão busca saber qual a percepção que o entrevistado possui sobre a política tributária aplicada nos negócios e quais as suas consequências, no tocante à sonegação fiscal. Nessa questão, são oferecidas ao empresário, cinco possibilidades de respostas que, de forma bastante abrangente, procuram inquirir sobre o que ele compreende a respeito da prática de sonegação tributária, e sobre se ele percebe se existe benefício, ou não, nessa prática. É de largo conhecimento geral que a sonegação fiscal pode ser praticada por quem exerce atividades comerciais. A sétima questão procura saber qual a percepção que o entrevistado possui sobre a contabilidade de sua empresa, e sobre seu grau de importância e sua utilização. São apresentadas ao entrevistado quatro possibilidades de resposta, que incluem as formas mais comuns de utilização e percepção da contabilidade, pelos empresários. Muitos pensam que a contabilidade é uma mera formalização de atendimento à lei, outros a utilizam parcialmente para atender à lei fiscal e, também, para informar cadastros bancários para obtenção de linhas de crédito, cadastro de fornecedores etc. Essa questão busca, principalmente, inquirir sobre a percepção do empresário quanto à importância da contabilidade para a administração da empresa. A oitava questão procura verificar se o entrevistado acha necessário que sua empresa se utilize de algum procedimento de planejamento tributário, para diminuir seu grau de arrecadação de impostos, objetivando assim, obter maior competitividade e lucratividade nos seus negócios. Muitas empresas realizam várias formas de planejamento, de como proceder no campo da tributação de sua empresa, e aplicam este planejamento de forma adequada às suas conveniências. O objetivo maior da realização desse planejamento tributário é o de diminuição da carga tributária. Dessa forma, a empresa alcança uma diminuição de seus custos, podendo repassar essa redução aos seus preços, aumentando, assim, sua competitividade. A nona questão objetiva saber se o entrevistado utiliza algum procedimento contábil para aumentar sua competitividade e sua lucratividade, tal como manipulação das informações contidas na contabilidade para obter um menor resultado tributável, ou se segue toda a legislação contábil e fiscal, mantendo uma contabilidade transparente que demonstra sua real situação econômica.

56 56 A décima questão procura, de forma genérica, a informação de como a empresa aplica seus procedimentos contábeis e tributários, para alcançar maior competitividade e lucratividade, e apresenta ao entrevistado, três possibilidades de resposta, que abrangem o conhecimento necessário sobre as ações que a empresa pode praticar no tocante a esses temas.

57 57 CAPÍTULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A pesquisa de campo foi realizada junto a 30 (trinta) empresas varejistas da cidade de João Pessoa, distribuídas em vários setores tais como: loja de motocicletas usadas, loja de veículos usados, mercadinho, lanchonete, loja de móveis para escritório, pastelaria, loja de roupas, artigos para presente, papelaria, bar e restaurante, pizzaria e frigorífico, entre outros. Essas empresas ficam localizadas tanto em shoppings existentes na cidade de João Pessoa, como também em lojas de rua, onde encontramos vários níveis de percepção. Apesar de as micro empresas serem a maioria, observou-se que existem empresários com conhecimento no campo da contabilidade e na área tributária de suas atividades. Encontrou-se essa situação principalmente entre os empresários que têm seus negócios situados dentro de shopping centers, talvez por esses empresários terem, em geral, um nível sociocultural mais elevado. Alguns empresários, mesmo tendo uma boa experiência no seu negócio, não possuem uma percepção ainda definida sobre como devem utilizar seu conhecimento contábil e tributário, para obter maior competitividade e lucratividade nos negócios. Dos trinta entrevistados, 19 empresários, correspondentes a 63% da amostra, responderam que são optantes do Sistema de Tributação do Simples Nacional, 8 empresários, correspondentes a 26%, optaram pelo Sistema de Tributação pelo Lucro

58 58 Presumido e só 3, correspondentes a 10%, optaram pelo Sistema de Tributação pelo Lucro Real. Todos souberam dar a informação de qual era o sistema de tributação que sua empresa adotou e, como foi observado, só 10% optaram pela apuração dos impostos a partir de suas informações contábeis. A maioria dos empresários entrevistados tem a percepção de que a opção por um sistema tributário para sua empresa tem, como objetivo mais importante, tentar pagar menos impostos, e em segundo lugar, a facilidade de recolhê-los. Na sua maioria, os empresários optaram pelo Simples Nacional e pelo Lucro Presumido, 18 empresários, equivalentes a 60%, responderam que optaram por um sistema que possibilitasse pagar menos impostos, 6 empresários, correspondentes a 20% da amostra, responderam que optaram por um sistema no qual seria mais fácil pagar os impostos, enquanto 2 empresários, equivalentes a 6%, disseram que escolheram por falta de outra opção e 4 empresários, equivalentes a 13%, responderam que não sabiam o motivo da opção pelo sistema de tributação adotado por sua empresa. Isso demonstra que 80% dos entrevistados, adotam sistemas que acreditam ser mais fáceis e mais em conta para o caixa da sua empresa, mas nem sempre a forma mais fácil que um sistema de tributação adota, ao recolher os impostos, é a forma mais econômica, devendo o empresário assessorar-se de um profissional da área tributária para ajudá-lo a tomar essa decisão.

59 59 A maior parte dos empresários acha que os sistemas de controle financeiro das atividades da empresa devem ser próximos da realidade, fazendo com que muitos optem por um sistema de recolhimento tributário mais fácil, que não exija um controle financeiro muito rigoroso das atividades comerciais da empresa. Nove empresários, correspondentes a 30% da amostra, responderam que suas empresas possuem um controle financeiro real de suas atividades; 18 empresários (60%), responderam que seu controle financeiro é próximo da realidade, 2 empresários (6%), responderam que seu controle financeiro fica distante da realidade e só 1 empresário, equivalente a 3% da amostra, respondeu que não sabia responder ou definir seu grau de controle financeiro.

60 60 Quanto à percepção do nível adequado de informação, que o controle financeiro da empresa tem que dar à administração e à contabilidade, alguns empresários acreditam possuir plenamente essas informações, mas a maioria diz possuir apenas parcialmente as informações necessárias para administrar seus negócios; 12 empresários, equivalentes a 40% dos entrevistados, disseram que seu controle possuía informações que atendiam plenamente às necessidades administrativas da empresa; 11 empresários (36%) responderam que o controle financeiro de sua empresa possuía informações que atendiam parcialmente à administração financeira da empresa; 6 empresários, correspondentes a 20%, disseram que o controle financeiro de sua empresa não atendia inteiramente, através de suas informações, às necessidades administrativas e financeiras de sua empresa, sendo necessárias mais informações; e 1 empresário, correspondente a 3%, disse que seu controle financeiro não atendia, de forma alguma, às necessidades de sua empresa.

61 61 Quanto à questão de se os empresários acham importante enviar à contabilidade as informações reais do controle financeiro da empresa, e acreditam que essas informações são relevantes para os seus negócios, 26 empresários, correspondendo a 86% dos entrevistados responderam que sim, que a empresa deve enviar totalmente à contabilidade, as informações do seu controle financeiro, disponibilizando as informações financeiras e econômicas; 4 empresários (13%) responderam que a empresa deve enviar de forma parcial, as informações financeiras à contabilidade.

62 62 Quanto à Pergunta 6 - percepção em relação à tributação (gráfico acima), a maioria acredita que a sonegação fiscal gera crescimento e competitividade, mas que pode causar grandes prejuízos para a empresa, por autuações fiscais e complicações legais e, por isso, não a praticam; 16 empresários, equivalentes a 53% da amostra, responderam que sua percepção é que a sonegação gera crescimento e competitividade, mas não a praticam; 9 empresários (30%) responderam que entendem que a sonegação poderá gerar grandes prejuízos e, por isso, não a praticam; 1 empresário, equivalente a 3%, tem a percepção de que a sonegação pode gerar mais lucros e por isso a pratica; e 4 empresários, correspondentes a 13%, responderam que sem sonegar, a empresa não consegue sobreviver. Vemos dessa forma, que 17% dos entrevistados têm a percepção de que a sonegação deve existir, o que é um percentual considerável. A percepção dos empresários é de que a contabilidade é necessária para a administração da empresa, devendo ser utilizada, uma vez que traz informações úteis para o controle da empresa, aumentando a sua competitividade e sua lucratividade; 20 empresários (66%) responderam que a contabilidade é necessária para ajudar a administração, pois traz informações importantes para a administração; 3 empresários (10%) responderam que a contabilidade é realizada apenas para atender à legislação, porque é obrigatória, mas que não traz informações úteis à administração da empresa, no que se refere à competitividade ou à lucratividade; 1 empresário, correspondente a 3%, respondeu que a contabilidade é utilizada, em parte para ajudar a administração da

63 63 sua empresa, pois traz algumas informações úteis para a mesma; e 6 empresários (20%) responderam que a contabilidade é utilizada apenas para atender ao fisco. Quanto ao planejamento tributário, a percepção dos empresários é a de que deve se realizado, para alcançar melhores resultados. Ou seja, os empresários percebem que devem optar pelo melhor sistema de tributação, que possibilite diminuir o custo tributário de seus negócios, resultando em um aumento da competitividade e da lucratividade; 28 empresários, correspondentes a 93% dos entrevistados, responderam que a empresa deve adotar o planejamento tributário para aumentar sua competitividade e sua lucratividade, devendo optar pelo melhor sistema de tributação, aliado a estudos que objetivam diminuir os tributos e, por consequência, sua participação no custo total da empresa; 1 empresário, equivalente a 3%, respondeu que a empresa deve realizar o planejamento tributário para aumentar a sua competitividade e a sua lucratividade, com a aplicação da sonegação fiscal, evitando grandes custos tributários; 1 empresário correspondente a 3% respondeu que não deve ser utilizada a prática de planejamento tributário, já que os impostos não podem ser alterados ou diminuídos, devendo apenas ser pagos.

64 64 No quesito de planejamento contábil, a maioria dos entrevistados respondeu que essa prática deve ser adotada pela empresa, objetivando a obtenção de uma contabilidade real, demonstrando com maior exatidão a situação econômica e financeira da empresa; 28 empresários, equivalentes a 93%, responderam que os empresários devem utilizar-se de práticas de planejamento contábil para aumentar sua competitividade e sua lucratividade, demonstrando seu verdadeiro resultado econômico, recolhendo os impostos sobre o valor real dos lucros da atividade, obtendo também da contabilidade, informações gerenciais importantes para a gestão da empresa; 2 empresários, correspondentes a 6%, responderam que a contabilidade só é feita para atender às normas e aos bancos, não devendo ser utilizado nenhum planejamento contábil na empresa.

65 65 Os empresários têm a noção de como por em prática ações que possam aumentar a competitividade e a lucratividade dos negócios, mas não utilizam, ainda, métodos adequados para reduzir os custos tributários através de sua contabilidade e administração, porque acham a matéria bastante complexa e de difícil entendimento. Os empresários, de um modo geral, têm a percepção de que devem seguir os procedimentos contábeis e tributários, conforme determina a legislação, porém acham difícil lidar com o assunto, porque consideram a legislação complexa, mas têm a percepção de que, utilizando este conhecimento, poderão diminuir os custos tributários e gerais da empresa, gerando mais competitividade e lucratividade nos seus negócios. Vinte e cinco empresários, correspondentes a 83%, responderam que as suas empresas devem seguir os procedimentos contábeis e tributários, visando aumentar a sua competitividade e a sua lucratividade, utilizando o que determina a lei, objetivando, assim, economizar os impostos, tornando seus negócios mais lucrativos; três empresários (10%) responderam que as suas empresas devem seguir as leis de forma parcial, visando economizar impostos, tornando seus produtos mais competitivos; e 2 empresários (6%) responderam que não seguem as normas fielmente, porque objetivam obter mais resultados positivos, que aumentem a competitividade e a lucratividade de sua empresa.

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