PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA E PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO DA QUALIDADE DA ÁGUA PCH RIACHÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA E PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO DA QUALIDADE DA ÁGUA PCH RIACHÃO"

Transcrição

1 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA E PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO DA QUALIDADE DA ÁGUA PCH RIACHÃO Brasil 2013

2 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Pontos de coleta do material ictiológico para o monitoramento da ictiofauna da área de influencia da PCH Riachão. A = Ponto1; B = Ponto 2 e C Ponto Figura 2. Metodologias utilizadas para coleta do material ictiológico durante o Programa de monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão. A e B = rede de espera; C e D = puçá; E e F = rede de arrasto; G e H = tarrafa Figura 3. Triagem, ainda em campo, do material ictiológico coletado durante o monitoramento de ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão Figura 4. Foto de alguns exemplares coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão Figura 5. Percentual (%) de abundância por ordem coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão. 22 Figura 6. Abundância relativa (%) das espécies coletado durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência da PCH Riachão. 24 Figura 7. A = Astyanax asuncionensis e B = Astyanax fasciatus espécie mais representativa durante essa campanha do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência do PCH Riachão Figura 8. Curva de acumulação de espécies (Curva do Coletor) e riqueza estimada (Jackknife 1ª Ordem) da ictiofauna coletadas durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão Figura 9. Índice de diversidade e equitabilidade registrados para os pontos amostrados ao longo do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão Figura 10. Índice de similaridade Bray-Curtis para assembléia de peixes coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência da PCH Riachão Figura 11. (A) Classificação do comprimento padrão (cm); (B) Classificação dos peixes quanto ao seu comprimento (cm) coletados nas últimas campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão Figura 12. Proporção de machos e fêmea e estágio de maturação dos exemplares coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão. A = Proporção do sexo e B = Proporção do estagio de reprodução Figura 13. Percentual de hábito alimentar das espécies de peixes coletadas durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Jataí Figura 14. Trecho de Vazão Reduzida (TVR) da Pequena Central Hidrelétrica Riachão

3 Figura 15. Exemplares coletados ao longo do estudo no Trecho de Vazão Reduzida (TVR) Figura 16. Pontos de coleta do monitoramento da limnologia na área de influência do empreendimento: A) Ponto 1; B) Ponto 2; C) Ponto Figura 17. Valores de turbidez (a) e cor verdadeira (b), registrados em julho de 2011, janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 18. Valores de ph (a), alcalinidade (b) e sólidos totais dissolvidos (STD; c) registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 19. Concentrações de fósforo total registradas em junho de 2012 e fevereiro de Os valores mensurados nos outros períodos foram abaixo do limite de detecção do método e por isso não apareceram no gráfico. A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 20. Valores de nitrato (a), nitrito (b), nitrogênio orgânico (c), nitrogênio total (d) e nitrogênio amoniacal (e) registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 21. Valores DBO 5 registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 22. Valores de ferro dissolvido registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/ Figura 23. Concentrações de sulfeto registradas em fevereiro de Figura 24. Riqueza dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão Figura 25. Densidade dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão Figura 26. Biovolume dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão Figura 27. Variação espacial e temporal da riqueza de espécies dos diferentes grupos zooplanctônicos na área de influência da PCH Riachão Figura 28. Variação espacial e temporal da abundância dos diferentes grupos zooplanctônicos na área de influência da PCH Riachão Figura 29. Densidade total da comunidade de invertebrados bentônicos Figura 30. Riqueza taxonômica registrada

4 Figura 31. Abundância total da comunidade de invertebrados bentônicos...77 Figura 32. Frequência dos táxons da comunidade de invertebrados bentônicos...80 Figura 33. Abundância média dos táxons registrados

5 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Pontos de coleta para o monitoramento da ictiofauna, com as respectivas coordenadas (UTM) e método de coleta...10 Tabela 2. Listagem das espécies ícticas registradas de acordo com as campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão Tabela 3. Índice de diversidade e equitabilidade registrados para os pontos amostrados ao longo do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão Tabela 4. Índice de similaridade Bray-Curtis para assembléia de peixes coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência da PCH Riachão Tabela 5. Classificação da constância para a assembléia de peixes levando em consideração as campanhas (análise temporal) do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia do empreendimento Tabela 6. Local de estudo no Trecho de Vazão Reduzida, com sua respectiva localidade, coordenada geográfica (Formato da posição UTM UPS / Datum do mapa Sth Amrcn 69)...36 Tabela 7. Identificação dos grupos taxonômicos Ordens, Famílias, subfamília Gêneros e espécies de peixes coletados na área do TVR Tabela 8 - Locais de coleta do Programa de Monitoramento da Qualidade da água, com suas respectivas localidades, coordenadas geográficas (Formato da posição UTM UPS / Datum do mapa Sth Amrcn 69) e método de coleta Tabela 9. Índice de Qualidade da Água (IQA) por ponto de coleta, em outubro de 2013, na área de influência da PCH Riachão Tabela 10. Composiçao fitoplanctônica na área de influência da PCH Riachão, durante o período de estudo Tabela 11. Táxons fitoplanctônicos inventariados nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão, em setembro de Tabela 12. Densidade (ind.ml -1 ) dos táxons fitoplanctônicos inventariados nos pontos de coleta da área de influência da PCH Riachão, em setembro de Tabela 13. Inventário de espécies registradas nas amostras de zooplâncton e suas respectivas densidades, nos diferentes pontos de amostragem da área de influência da PCH Riachão, em outubro de Tabela 14. Comunidade de invertebrados bentônicos (ind./m²) encontrada na área de influência do reservatório da PCH Riachão, em outubro de

6 ÍNDICE 1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA CONSIDERAÇÕES INICIAS INTRODUÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO DESCRITORES ECOLÓGICOS DESCRITORES FUNCIONAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS MONITORAMENTO DO TRECHO DE VAZÃO REDUZIDA (TVR) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA PCH RIACHÃO INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO COLETA E ANÁLISE DOS PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) FITOPLÂNCTON ZOOPLÂNCTON ZOOBENTOS RESULTADOS VARIÁVEIS ABIÓTICAS VARIÁVEIS INDICADORAS DE LUMINOSIDADE SUBÁQUATICA ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) PARÂMETROS BIOLÓGICOS FITOPLÂNCTON ZOOPLÂNCTON ZOOBENTOS

7 2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS EQUIPE TÉCNICA REFERÊNCIAS ANEXOS CADASTRO TÉCNICO FEDERAL EMPRESA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA LICENÇA DE PESCA LAUDOS LABORATORIAIS DE LIMNOLOGIA

8 1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAS O presente documento apresenta os resultados da 12ª campanha de monitoramento pós-enchimento da ictiofauna, realizada em outubro de 2013 na área de influência da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Riachão. Esta campanha atende a exigência técnica da Licença de Funcionamento. O estudo foi realizado pela empresa Ambiental Consultoria, Estudos e Projetos INTRODUÇÃO Os peixes constituem pouco mais da metade de todos os vertebrados atualmente conhecidos, incluindo aproximadamente espécies válidas e exibindo enorme diversidade na morfologia, na biologia e nos habitat que ocupam (NELSON, 1994). Neste contexto a região neotropical comporta a maior diversidade de peixes de água doce (MENEZES, 1996). De acordo com dados de Reis et al., (2003) a ictiofauna de água doce neotropical apresenta predomínio marcante dos Ostariophysi, correspondendo a 74% do total de espécies, os autores citam que na região neotropical, os Ostariophysi incluem representantes das ordens Characiformes, Siluriformes e Gymnotiformes, com um predomínio de Siluriformes e Characiformes em números de espécies. A América do Sul é responsável por grande parte dessa diversidade (MENEZES, 1996). Corroborando com este resultado os autores Uieda & Castro (1999) afirmam que a América do Sul apresenta a fauna de peixes de água doce mais rica do mundo, com uma grande diversidade morfológica e adaptativa. Os estudos já realizados mostraram que o Brasil destaca-se pela riqueza e diversidade de sua ictiofauna de água doce (LOWE-MCCONNELL, 1999; REIS et al., 2003; BUCKUP et al., 2007). Estudos que visam caracterizar a diversidade são de grande relevância para avaliar o efeito das alterações antrópicas sobre as comunidades (SANTANA et al., 2007), uma vez que a riqueza e abundância em assembléias são influenciadas por fatores bióticos e abióticos que funcionam e interagem em escalas espaciais e temporais diversas (MATHEWS, 1998). A nível íctico, a determinação dos padrões de distribuição são de grande importância na avaliação da qualidade 8

9 ambiental, uma vez que os peixes ocupam várias posições na teia trófica (TEIXEIRA et al., 2005), fornecendo assim subsídios para a criação de medidas mitigadoras. O conhecimento sobre as assembléias de peixes torna-se de importância fundamental devido à elevada demanda em se construir reservatórios nas principais bacias hidrográficas, com fins principalmente de geração de energia. Resultante disso os grandes rios brasileiros está sobre forte influência dos barramentos (AGOSTINHO et al., 2008). Os barramentos constituem uma das maiores ameaças à biodiversidade de água doce no Brasil, pois alteram de forma significativa os rios, transformando um ambiente que antes era lótico em lêntico. No entanto, é importante ressaltar que o impacto acarretado com a construção de hidroelétricas irá depender das características do reservatório, da fauna ali existente, e das interações entre fatores bióticos e abióticos. Para isso se faz necessário os monitoramentos pré-enchimento e pós-enchimento avaliando assim se as espécies estão ou não se adaptando ao novo ambiente podendo assim formular as melhores medidas mitigadoras OBJETIVO O programa tem como objetivo conhecer e avaliar a ictiofauna residente, analisando os possíveis impactos decorrentes da implantação do empreendimento, através do monitoramento no reservatório e na calha principal do rio Piracanjuba. Os dados reunidos servirão como subsídios a eventuais ações de manejo que sejam necessárias para a conservação da ictiofauna desta sub-bacia, com ênfase nas populações presentes na AID do empreendimento METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO A área de influência da PCH Riachão está localizada no curso do rio Piracanjuba, afluente do rio Corrente e pertencente à bacia Tocantins - Araguaia. Esta bacia drena aproximadamente 9,5% do território nacional, sendo que 76% de sua totalidade estão localizadas dentro dos limites do bioma Cerrado (IBAMA, 2008). Para avaliar a ictiofauna residente e suas interações, três trechos foram 9

10 selecionados, reservatório, montante e jusante, abrangendo todo o empreendimento (Tabela 1 e Figura 1). Tabela 1. Pontos de coleta para o monitoramento da ictiofauna, com as respectivas coordenadas (UTM) e método de coleta. PONTOS P1 P2 P3 DESCRIÇÃO Reservatório (Ambiente lêntico) Reservatório (Ambiente lêntico) Jusante Casa de força (Ambiente lótico) COORDENADAS GEOGRÁFICAS UTM 23 L A B C Figura 1. Pontos de coleta do material ictiológico para o monitoramento da ictiofauna da área de influencia da PCH Riachão. A = Ponto1; B = Ponto 2 e C Ponto 3. 10

11 MATERIAIS E METODOS A presente campanha de monitoramento foi realizada no período de 08 a 11 de outubro de 2013, correspondendo a quatro dias efetivos de coleta. Para a obtenção de dados sobre a ictiofauna na PCH Riachão, foram executadas as seguintes metodologias (Figura 2): Redes de espera A metodologia com redes do tipo espera consiste na colocação de redes nos três pontos amostrais. Utilizou-se baterias com malhas de 12, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 60 mm entre nós, que compunham uma bateria. Sendo que o espaçamento entre as redes, em média de 10 metros, dependendo das características do ambiente. O esforço amostral de rede foi de 24h/1 baterias em cada trecho de coleta na calha principal do rio. Puçás, Tarrafas e Rede de arrasto Em relação à metodologia com puçá foi realizado um esforço amostral de 30 min/1 técnico, por ponto de coleta. Já a metodologia com tarrafa foi realizada com um esforço amostral de 20 lances/1técnico por ponto. Já a rede de arrasto foi realizada com um esforço amostral de duas passadas/2técnicos. Essas metodologias visam um melhoramento do levantamento, pois complementam as demais metodologias. 11

12 A B C D E F G Figura 2. Metodologias utilizadas para coleta do material ictiológico durante o Programa de monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão. A e B = rede de espera; C e D = puçá; E e F = rede de arrasto; G e H = tarrafa. H 12

13 Após a despesca, os peixes que ainda estavam em vida foram tirados imediatamente e soltos em seguida. Os demais foram separados em sacos plásticos de acordo com o local de coleta e o tipo de metodologia utilizada, e no caso das redes foram anotadas as malhas, e posteriormente encaminhados para a triagem. Em seguida os espécimes foram medidos (mm), pesados (g), registrados e fotografados. Foi realizada análise do estágio reprodutivo de alguns indivíduos. Não houve espécimes que necessitaram de refinamento na identificação. A identificação dos peixes foi baseada em literatura científica disponível e a nomenclatura científica seguiu a adotada por Reis et al., (2003; Figura 3). Figura 3. Triagem, ainda em campo, do material ictiológico coletado durante o monitoramento de ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão. Análise dos dados Entre os dados obtidos foram analisados: à abundância (frequência); riqueza avaliada utilizando o índice de diversidade Shannon-Wiener; e equitabilidade em cada ponto de coleta segundo Krebs (1989); similaridade de acordo com (MAGURRAN, 2004), e realizada uma análise sobre o estagio reprodutivo das espécies capturadas e análise das guildas tróficas. O índice de diversidade Shannon-Wiener foi calculado através do programa estatístico Biodiversity Professional (1997) 13

14 H ' S i 1 ( pi) log( pi) Onde: H = índice de diversidade de Shannon-Wiener; n i = número de indivíduos de cada espécie; N = número total de indivíduos. A uniformidade na distribuição das espécies foi medida pela eqüitabilidade, calculada através da seguinte fórmula: J ' H' H ' máx Onde: H = índice de diversidade de Shannon-Wiener; H máx = logaritmo da riqueza local. O valor J varia de 0 (nenhuma eqüitabilidade) até 1 (máxima eqüitabilidade). Para avaliar a estimativa da diversidade entre os pontos de coleta foi utilizado o coeficiente de similaridade Bray-Curtis Metric com auxilio do programa Krebs (1989) e Biodiversity Professional (1997). Primeiro os dados de abundância foram inicialmente transformados em 0 (ausência de espécie no ponto amostral) e 1 (Presença da espécie no ponto amostral). Este método permite comparar os pontos de coletas em função da presença/ausência das espécies através da elaboração dos dendogramas (Clusters). Análise do estágio de reprodução dos peixes 14

15 A análise do estagio de reprodução dos peixes foi determinada a partir de observações macroscópicas das gônadas, levando-se em considerações suas características relacionadas à cor, transparência, vascularização superficial, flacidez, tamanho e posição na cavidade abdominal e, especificamente no caso dos ovários, o grau de visualização dos ovócitos. Os peixes foram classificados de acordo com seus estágios reprodutivos. A escala de maturação utilizada foi constituída pelos estágios de imaturo, repouso, maturação, reprodução e esgotado. Segue abaixo cada estágio reprodutivo e suas respectivas características: Imaturo (IMT) Pertencem a este estágio indivíduos jovens, que apresentam ovário (fêmeas) ou testículos (machos) incolores ou de coloração clara e pouco irrigado, ocupando pequeno espaço na cavidade abdominal. Repouso (REP) Inclui indivíduos que se reproduziram pela primeira vez e aqueles que já passaram por pelo menos um ciclo reprodutivo, apresentando gônadas com tonalidades róseas. São maiores que no estágio de imaturo, e mostram pequenas irrigações sanguíneas. Maturação (MAT) Nas fêmeas esse estágio é marcado pela acumulação de vitelo nos ovócitos, que leva a um grande incremento no tamanho dos ovários. A coloração varia de acordo com as espécies entre tons amarelada, cinza-esverdeada e alaranjada. Nos machos, esse estágio é marcado pelo amplo processo de espermatogênese, levando ao aumento dos testículos, apresentando coloração esbranquiçada a branco-leitosa. 15

16 Reprodução (RPD) ou Madura (MAD) Inclui as fêmeas preparadas para a reprodução (Maduras) e àquelas em processo de reprodução (semi-esgotadas). Os ovários apresentam-se litúrgicos, repletos de ovócitos, ocupando quase todo o espaço livre da cavidade abdominal quando maduros. Nos machos inclui indivíduos preparados para a reprodução (maduros) e àqueles em processo de reprodução (semi-esgotados). Os testículos atingem o grau máximo de desenvolvimento, a coloração varia entre esbranquiçado e branco leitoso, observando-se grande quantidade de esperma no ducto espermático. Esgotado (ESG) Nas fêmeas, após a extrusão dos ovócitos os ovários tornam-se flácidos, com poucos ovócitos grandes, ocupando pequenos espaços na cavidade abdominal. Nos machos observa-se considerável redução no tamanho dos testículos RESULTADOS E DISCUSSÃO Os peixes constituem mais da metade do total de espécies conhecidas de vertebrados, somando cerca de espécies válidas de peixes no mundo (NELSON, 1994). A região neotropical apresenta um total de espécies de peixes, com predomínio marcante de Characiformes e Siluriformes, sendo a estimativa mais confiável da diversidade íctica neotropical (REIS et al., 2003). A América do Sul contém a mais rica ictiofauna de água doce do mundo, com uma diversidade estimada em cerca de (BÖHLKE, 1978; CASTRO, 1999) a espécies (SCHAEFFER, 1998). E a utilização da ictiofauna como taxocenose representativa da comunidade biótica de ecossistemas aquáticos se tornou uma ferramenta na avaliação da qualidade ambiental, sendo embasada em algumas características desse grupo. A observação de características específicas como estratégias de vida, hábitos alimentares, ou como o número de indivíduos por amostra, número de espécies ocorrentes, pode ser utilizada em busca de informações reveladoras da organização do grupo nos locais estudados (LOPES & MALABARBA, 2007). 16

17 Durante a 12ª campanha do Programa de Monitoramento da Ictiofauna, realizada na área de influência da PCH Riachão foram coletados 745 espécimes distribuídos em 15 espécies, 04 ordens, 08 famílias e 04 subfamílias. Levando em consideração todas as campanhas atingiu-se uma riqueza de 45 espécies (Tabela 2). Esse resultado é bastante significativo para ambientes alterados, já que estudos recentes demonstram que em grande parte dos reservatórios a riqueza total é inferior a 40 espécies de peixes, contrastando com a riqueza presente nos rios neotropicais (AGOSTINHO et al., 2007). 17

18 Tabela 2. Listagem das espécies ícticas registradas de acordo com as campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão. TÁXON / NOME CIENTÍFICO ORDEM CHARACIFORMES Família Parodontidae NOME COMUM ETAPAS 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª Parodon sp. Canivete X X X X Família Hemiodontidae Hemiodus ternetzi (Myers, 1927) Bananinha X X Família Curimatidae Curimata sp. Branquinha X X X X Steindachnerina sp. Branquinha X Steindachnerina brevipinna (Eigenmann & Eigenmann, 1889) Família Prochilodontidae Branquinha X X X X X X Prochilodus nigricans (Agassiz, 1829) Papa-terra X X X X X X X X Família Anostomidae Leporinus friderici (Bloch, 1974) Piau X X X X X X Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) Piau X X Leporinus elongatus (Valenciennes, 1850) Piau X Leporinus amblyrhynchus (Garavello & X X X X Britiski, 1987) Piau Leporinus cf. tigrinus (Borodin, 1929) Piau X Leporinus sp. Piau X X Família Crenuchidae Characidium sp. Reinhadart, 1867 Canivetinho X X X X Família Characidae Astyanax assuncionensis (Géry, 1972) Lambari X X X 18

19 Astyanax bimaculatus Lambari X Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) Lambari X X X X X X X X X X Astyanax sp.1 Lambari X X X X X X X X X Astyanax sp.2 Lambari X X Hemigrammus marginatus (Ellis, 1911) Lambari X X X Bryconamericus sp. Lambari X X Moenkhausia cf. dichroura (Kner, 1858) Maconerinho X Subfamília Characinae Galeocharax cf. Knerii (Steinachner, 1875) Dentudo X X X X Subfamília Serrasalminae Myleus cf. micans (Lütken, 1875) Pacu X X X X X X X Myleus sp. Pacu X X Serrasalmus marginatus Piranha X X X X X X Subfamília Tetragonopterinae Tetragonopterus argenteus Cuvier, 1816 Sauá X X X X Tetragonopterus sp. Sauá X X X Família Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira X Hoplias lacerdae Miranda Ribeiro, 1908 Traira X X X ORDEM SILURIFORMES Família Loricariidae Subfamília Hypostominae Hypostomus cf. albopunctatus (Regan, 1908) Cascudo X X X X X Hypostomus aff. ancistroides (Ihering, 1911) Cascudo X X X X X Hypostomus sp.1 Cascudo X X X X X X X Hypostomus sp.2 Cascudo X X Hypostomus sp.3 Cascudo X X X Hypostomus sp.4 Cascudo X X Programa de Monitoramento Limnológico e ictiofauna 19

20 Squaliforma emarginata(valenciennes, 1840) Cascudo X X X Subfamília Loricariinae Loricaria sp. Rapa-canoa X X X X Loricariichthys sp. Rapa-canoa X X X Família Heptapteridae Pimelodella sp. Mandi-chorão X X X Família Pimelodidae Pimelodus blochii (Valenciennes, 1850) Mandi X X ORDEM GYMNOTIFORMES Família Gymnotidae Eigenmannia trilineata (López & Castello, 1966) Tuvira ORDEM PERCIFORMES Família Cichlidae X X X X X X X X X X Aequidens sp. Cará X X Retroculus lapidifer (Castelnau, 1855) Cará X X X Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) Tilápia X X X X X X X X X X Cichlasoma amazonarum Cará X Programa de Monitoramento Limnológico e ictiofauna 20

21 Serrasalmus marginatus (piranha) Leporinus sp. (piau) Hoplias malabaricus (trairá) Prochilodus nigricans (papa-terra) Figura 4. Foto de alguns exemplares coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão DESCRITORES ECOLÓGICOS A utilização dos descritores ecológicos (abundância, riqueza e constância) contribui para a compreensão da dinâmica das assembléias de peixes assim como na caracterização do seu padrão de distribuição espaçotemporal (SANTANA et al., 2007). Abundância Quando se avalia a estrutura das assembléias em uma comunidade é importante avaliar as diferenças existentes entre as espécies, visto que cada espécie possui uma posição ecológica distinta e relações ecológicas únicas. As diferenças nestas relações ecológicas frequentemente se revelam nas 21

22 abundâncias das espécies, está ainda pode refletir a abundância de recursos disponíveis as assembléias (RICKLEFS, 2003). Diante do que foi supracitado é de grande relevância avaliar a abundância, tanto em nível de ordem como em nível de espécie, avaliando assim como a assembléia de peixes da área de influencia do estudo está respondendo aos impactos decorrentes do empreendimento sobre suas relações ecológicas. Levando em consideração os dados referentes às ultimas campanhas (8ª Campanha; 9ª Campanha; 10ª Campanha, 11ª Campanha e 12ª Campanha), verifica-se que ao longo dessas, as ordens Characiformes e Siluriformes foram as mais representativas. Esse número foi maior na campanha realizada em setembro de 2013 (12ª Campanha), onde se verificou uma representatividade de 89.53% para a ordem Characiformes (Figura 5). Este resultado encontra-se dentro do esperado para os sistemas fluviais sulamericanos, ocorrendo o predomínio das ordens Characiformes e Siluriformes (AGOSTINHO et al., 1997; LOWE-MCCONNELL,1999). Figura 5. Percentual (%) de abundância por ordem coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão. 22

23 Nesse estudo foi avaliada a contribuição de cada espécie por sua abundância relativa (%), que significa a proporção do número total de indivíduos numa comunidade que pertence àquela espécie (RICKLEFS, 2003). Com relação à abundância relativa (%) de cada espécie ao longo das campanhas de monitoramento pós-enchimento, foi possível observar que poucas espécies apresentaram uma elevada abundância, algumas apresentaram abundância intermediária e a maioria apresentou uma baixa abundância. Dentre as espécies coletadas ao longo dessas campanhas, verificou que as espécies mais representativas foram Astyanax assuncionensis com 26,04%; Astyanax fasciatus com 25,50%; Hemiodus ternetz com 15,30% e Leporinus friderici com 15,43% (Figura 6). A elevada abundância dessas espécies provavelmente é resultante da adaptação das mesmas as novas condições impostas, demonstrando assim que no novo ambiente há uma boa disponibilidade de recursos para as referidas espécies. 23

24 Figura 6. Abundância relativa (%) das espécies coletado durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência da PCH Riachão. 24

25 A espécie Astyanax asuncionensis e Astyanax fasciatus apresentaram as maiores contribuição até o momento, conhecida popularmente como lambari, é uma espécie onívora que consome material vegetal, insetos e demais invertebrados, realiza curtas migrações e não apresenta cuidado parental com sua prole, sendo encontrada em margens de rios e igarapés (SANTOS et al., 2004; Figura 7). A Figura 7. A = Astyanax asuncionensis e B = Astyanax fasciatus espécie mais representativa durante essa campanha do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência do PCH Riachão. B Riqueza O número de espécies é uma das medidas simples, mas eficiente para avaliar a estrutura de uma comunidade (RICKLEFS, 2003). Vários são os estimadores utilizados para avaliar a riqueza, assim como a diversidade de um determinado local. A riqueza da área de influência do estudo foi avaliada através do estimador de riqueza Jack-knife 1ª ordem, indice diversidade Shannon-wiener e Similaridade. Estimador Jack-knife 1ª ordem De acordo com os dados da analise do Jack-knife 1ªordem a diversidade encontrada ainda tende aumentar com o decorrer das campanhas, visto que a diversidade estimada ainda e bem relevante com a relação a diversidade encontrada. Essa estabilização da curva de acumulação de espécies demanda estudos longos por vários anos, e mesmo assim existe a possibilidade de acréscimo de novas espécies, podendo ser inclusive espécies exóticas. Nesse contexto, para realizar análise levou-se em consideração os dados, em conjunto, das campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna realizadas até o momento, que contemplam 12 campanhas já realizadas 25

26 (Figura 8). Os resultados das campanhas, em conjunto, demonstram que os valores encontrados e estimados obtiveram uma leve aproximação (Curva de acumulação = 45 espécies e Curva de jack-knife = 51,42 espécies). No entanto, a tendência à estabilização ainda não está ocorrendo, o que provavelmente irá ocorrer ao longo das próximas campanhas. Ou seja, a curva do coletor não atingiu uma assíntota e os melhores resultados, ou uma tendência de estabilização apenas será possível com o decorrer das atividades de monitoramento e analisando as campanhas em conjunto. Figura 8. Curva de acumulação de espécies (Curva do Coletor) e riqueza estimada (Jackknife 1ª Ordem) da ictiofauna coletadas durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Riachão. O índice de diversidade Shannon-Wiener e Equitabilidade O índice de diversidade Shannon (H ) tem sido bastante utilizado para contabilizar as variações na abundância ao comparar a diversidade entre amostras (RICKLEFS, 2003). Em relação aos pontos amostrados, o ponto P2 apresentou a maior diversidade (H = 0,63). Não corroborando com o resultado encontrado na ultima campanha, onde foi encontrada uma maior diversidade para o ponto localizado a jusante. Com os dados dessa campanha verifica se uma maior diversidade encontrada na área do reservatório, no entanto a diferença encontra nos valores de diversidade não é tão significativa variando de 0,53 a 0,63. A equitabilidade foi considerada baixa ao longo dos pontos 26

27 amostrais variando de 0,58 a 0,66 demonstrando que a distribuição da abundancia dentre as espécies ainda não está bem distribuída, provavelmente pelo fato da ictiofauna residente está em fase de adaptação ao novo ambiente. A maior equitabilidade ou uniformidade indica se os espécimes possuem ou não a mesma abundância numa unidade amostral, fornecendo a razão de diversidade encontrada para o máximo de diversidade existente na assembléia, os valores de equitabilidade variam entre 0 e 1, sendo independentes da riqueza de espécies, atingindo valores máximos quando representado pelo mesmo número de indivíduos de cada espécie (MAGURRAN, 2004; Tabela 3 e Figura 9). Tabela 3. Índice de diversidade e equitabilidade registrados para os pontos amostrados ao longo do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão. Índice de diversidade Pontos amostrais P1 P2 P3 Shannon (H') Equitabiliade (J') Figura 9. Índice de diversidade e equitabilidade registrados para os pontos amostrados ao longo do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia da PCH Riachão. 27

28 Similaridade A análise de agrupamento realizada a partir dos dados de presença e ausência das espécies ao longo do estudo demonstrou que existem duas assembléias distintas na área de influencia do empreendimento. Uma formada por espécies presentes na área do reservatório; em sua maioria espécies que conseguem se adaptar em ambientes lênticos, com hábito alimentar onívoro e carnívoro e em sua maioria exemplares que não realizam migrações de longa distância, ou seja, são espécies que conseguem realizar todo o ciclo de vida na área do reservatório com pequenos deslocamentos. No entanto, esse resultado não se aplica a toda à ictiofauna residente na área do reservatório, visto que na 9ª e 10ª campanha foram coletados exemplares (pequena quantidade) da espécie Prochilodus nigricans (espécie migratória de longa distancia). A outra assembléia de peixes encontra-se a jusante do reservatório (ponto P3). Esta se diferencia totalmente das espécies coletadas a montante, visto que o ponto P3 apresenta características hidromorfológicas bem distintas das encontradas no reservatório (Tabela 4 e Figura 10). A maior similaridade foi encontrada entre os pontos P2 + P1 com 70,58% demonstrando que as assembléias de peixes desses dois pontos apresentam uma maior semelhança quando comparados com as assembléias de peixes do ponto P3. Tabela 4. Índice de similaridade Bray-Curtis para assembléia de peixes coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pósenchimento na área de influência da PCH Riachão. Pontos amostrais Pontos amostrais P1 P2 P3 P1 * P2 * * P3 * * * 28

29 Figura 10. Índice de similaridade Bray-Curtis para assembléia de peixes coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influência da PCH Riachão. Constância ou frequência de ocorrência (%) Neste estudo a constância foi avaliada numa escala temporal (levando em consideração as campanhas), verificando assim, a frequência da ocorrência das espécies ao longo das campanhas. Como resultado verificou que dentre as 45 espécies coletadas ao longo do estudo, 07 espécies foram classificadas como constante ocorrendo em mais de 50% das campanhas, 21 espécies foram classificadas como acessórias ocorrente entre 25 a 50% e 17 espécies foram classificadas como acidentais ocorrendo em menos de 25% das campanhas (Tabela 5). Nenhuma espécie apresentou 100% de constância, mas 04 espécies apresentaram os maiores valores de constância: Astyanax fasciatus, Eigenmannia trilineata, Tilapia rendalli com 83,33% e Astyanax sp. 1 com 75% de representatividade ao longo das campanhas, essas espécies refletem a habilidade biológica que essas espécies possuem nas diferentes fases ontogenéticas em explorar os recursos ambientais disponíveis num determinado momento do biótopo (LEMES & GARUTTI, 2002). 29

30 Tabela 5. Classificação da constância para a assembléia de peixes levando em consideração as campanhas (análise temporal) do Programa de Monitoramento da Ictiofauna fase pós-enchimento na área de influencia do empreendimento. ESPÉCIE CONSTÂNCIA CLASSIFICAÇÃO Astyanax fasciatus Constante Eigenmannia trilineata Constante Tilapia rendalli Constante Astyanax sp.1 75 Constante Prochilodus nigricans Constante Myleus cf. micans Constante Hypostomus sp Constante Steindachnerina brevipinna 50 Acessória Leporinus friderici 50 Acessória Serrasalmus marginatus 50 Acessória Hypostomus cf. albopunctatus Acessória Hypostomus aff. ancistroides Acessória Parodon sp Acessória Curimata sp Acessória Leporinus amblyrhynchus Acessória Characidium sp Acessória Galeocharax cf. Knerii Acessória Tetragonopterus argenteus Acessória Loricaria sp Acessória Astyanax assuncionensis 25 Acessória Hemigrammus marginatus 25 Acessória Tetragonopterus sp. 25 Acessória Hoplias lacerdae 25 Acessória Hypostomus sp.3 25 Acessória Squaliforma emarginata 25 Acessória Loricariichthys sp. 25 Acessória Pimelodella sp. 25 Acessória Retroculus lapidifer 25 Acessória Hemiodus ternetzi Acidental Leporellus vittatus Acidental Leporinus sp Acidental Astyanax sp Acidental Bryconamericus sp Acidental Myleus sp Acidental Hypostomus sp Acidental Hypostomus sp Acidental Pimelodus blochii Acidental Aequidens sp Acidental Steindachnerina sp Acidental 30

31 Leporinus elongatus 8.33 Acidental Leporinus cf. tigrinus 8.33 Acidental Astyanax bimaculatus 8.33 Acidental Moenkhausia cf. dichroura 8.33 Acidental Hoplias malabaricus 8.33 Acidental Cichlasoma amazonarum 8.33 Acidental DESCRITORES FUNCIONAIS Classe de comprimento (cm) Os resultados encontrados para classificação do comprimento dos peixes corroboram com os resultados encontrados para sistemas fluviais sulamericanos (AGOSTINHO et al., 1997; LOWE-MCCONNELL,1999), onde se encontra uma grande quantidade de exemplares de pequeno a médio porte. Levando-se em consideração as três últimas campanhas, os exemplares de pequeno porte constituíram maioria (10ª Campanha = pequeno porte com 58,7%; 11ª Campanha = pequeno porte com 34,86% e 12ª Campanha = pequeno porte com 85,1%; Figura 11A). Dentre as classes, a representada pelos exemplares de 4 a 10 cm foi a mais significativa ao longo das campanhas (10ª Campanha = 65,6%; 11ª Campanha = 47,62%; 12ª Campanha = 47,62%; Figura 11B). A 31

32 B Figura 11. (A) Classificação do comprimento padrão (cm); (B) Classificação dos peixes quanto ao seu comprimento (cm) coletados nas últimas campanhas do Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão. ANÁLISE DO ESTÁGIO DE REPRODUÇÃO DOS PEIXES Um dos aspectos mais importantes da biologia de uma espécie é a reprodução, visto que a manutenção da população depende do sucesso reprodutivo. Diante disso é de grande importância o estudo da reprodução de peixes em ambientes modificados, visto que a alteração do habitat pode levar a falhas na reprodução, diminuindo assim os estoques naturais (WELCOMME, 1979). Com relação ao estágio de reprodução dos peixes na área de influencia do estudo é notória a grande contribuição de peixes classificados como fêmeas (10ª Campanha as fêmeas foram representadas em 72%; 11ª Campanha as fêmeas foram representadas em 76% e 12ª Campanha com 52,94%) demonstrando que a assembléia de peixes locais é composta em sua maioria por fêmeas. Dentre os estágios de reprodução, o estágio maturação (indivíduos que estão se preparando para reproduzir) representaram 40% dos exemplares coletados na campanha realizada em julho, em fevereiro, os estágios esgotados (69%) classificados como os indivíduos que já reproduziram e maduro (23%) que estão aptos para reproduzir foram os mais representativos e nessa ultima campanha realizada em setembro o estágio imaturo (indivíduos jovens) foi o mais representativo com 78,93% (Figura 12). 32

33 A B Figura 12. Proporção de machos e fêmea e estágio de maturação dos exemplares coletados durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influencia da PCH Riachão. A = Proporção do sexo e B = Proporção do estagio de reprodução. ANÁLISE DAS GUILDAS TRÓFICAS O estudo das guildas tróficas em ambientes antropizados é de suma importância, visto que, a formação de um reservatório causa mudanças imprevisíveis para as quais apenas as espécies dotadas de maior plasticidade alimentar estão adaptadas. Algumas fontes de alimento sofrem alterações rápidas, principalmente na fase de enchimento dos reservatórios, período caracterizado por intensas mudanças ecológicas (AGOSTINHO et al., 1999). Esse espectro alimentar pode ser influenciado tanto pelas condições ambientais como pela biologia de cada espécie. Sendo assim, os estudos das 33

34 guildas tróficas servem para avaliar a relação da ictiofauna quanto a suas guildas tróficas com o ambiente onde vivem, servindo como indicador das relações ecológicas e revelando ainda quais foram as possíveis alterações causadas com o represamento (RÊGO et al., 2007). A construção de reservatórios reflete de forma significativa na disponibilidade de alimento para a fauna aquática (SUZUKI & AGOSTINHO, 1997). Nesse estudo foram consideradas seis guildas tróficas (Onívoro, Herbívoro, Piscívoro, Carnívoro, Insetívoro e Detritívoro). Na campanha realizada em julho (10ª Campanha) a guilda trófica mais representativa foi a dos herbívoros com 33,33%, na campanha realizada em fevereiro (11ª Campanha) a guilda trófica mais representativa foi a dos insetívoros com 40% e na campanha realizada em setembro (12ª Campanha) a guilda trófica mais representativa foi onívoro com 26,67% (Figura 13). Figura 13. Percentual de hábito alimentar das espécies de peixes coletadas durante o Programa de Monitoramento da Ictiofauna na área de influência da PCH Jataí CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos dados apresentados, conclui-se que a última campanha, realizada em setembro de 2013, apresentou um total de 745 exemplares, sendo a campanha com o maior número de exemplares coletados. Quanto aos pontos amostrais, o ponto P2 localizado na área do reservatório apresentou a maior diversidade com H = 0,63, no entanto a diversidade não foi muito 34

35 diferente ao longo demais pontos amostrais (P1 = 0,53 e P3 = 0,51). Outro resultado importante observado foi à presença de duas assembléias distintas na área do estudo. Uma formada por espécies residentes na área de influência do reservatório (espécies que conseguiram se adaptar ao ambiente lêntico), e a outra assembléia formada por espécies presentes na área à jusante do reservatório (ambiente lótico; calha principal do rio). Foi possível observar também que as assembléias de peixes da área do estudo são compostas, em sua maioria, por exemplares de pequeno porte, sendo a classe de 4 a 10 cm foi a mais representativa. Alguns dos resultados apresentados corroboram com o esperado para os sistemas fluviais Sul-americanos e outros corroboram com ambientes impactados (implantação de hidrelétricas). O resultado encontrado nessa campanha se diferencia das demais campanhas quanto ao valor da abundância, no entanto a riqueza vem se mantendo ao longo das campanhas. Diante disso, observa-se haver uma condição bastante conservativa da ictiofauna na área de estudo, devido a grande homogeneidade temporal verificada na composição taxonômica das ictiocenoses nas últimas campanhas realizadas. A continuação dos monitoramentos garante a as informações que devem ser obtidas da ictiofauna para que se conheçam constantemente as alterações nas populações e também avaliar a presença das espécies no novo ambiente formado como também a saúde dos exemplares capturados MONITORAMENTO DO TRECHO DE VAZÃO REDUZIDA (TVR) OBJETIVOS O principal objetivo do monitoramento no Trecho de Vazão Reduzida (TVR) é conhecer e avaliar a fauna terrestre, aquática e alada no entorno, verificando se as condições ambientais propostas pelo funcionamento desse segmento do rio estão de conformidade com os objetivos propostos, analisando os possíveis impactos decorrentes da implantação do empreendimento. 35

36 METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO DO TRECHO DE VAZÃO REDUZIDA (TVR) O Trecho de Vazão Reduzida inicia-se a partir do vertedouro, onde é lançada a vazão sanitária e se prolonga até a restituição das águas vindas da casa de força (Tabela 6 e Figura 14). Tabela 6. Local de estudo no Trecho de Vazão Reduzida, com sua respectiva localidade, coordenada geográfica (Formato da posição UTM UPS / Datum do mapa Sth Amrcn 69). DESCRIÇÃO Trecho de Vazão Reduzida TVR COORDENADAS GEOGRÁFICAS UTM 23L Figura 14. Trecho de Vazão Reduzida (TVR) da Pequena Central Hidrelétrica Riachão MÉTODO DE COLETA DOS DADOS Para a obtenção de dados sobre as condições ambientais na área de influência do Trecho de Vazão Reduzida TVR utilizou-se como metodologia a visualização das condições do leito do rio, a situação da vegetação local e vestígios da presença ou trânsito de fauna aquática, terrestre e alada. O esforço amostral foi de observação direta 4h/2técnicos, e vistorias aleatórias em todo o trecho. Utilizaram-se também dados do monitoramento da ictiofauna coletada nas adjacências do TVR. 36

37 RESULTADOS O dispositivo que garante a vazão sanitária está em pleno funcionamento. Como resultado deste monitoramento verificou que a vegetação no entorno do TVR continuou, praticamente inalterada. Ao longo do TVR não foram verificadas poças d água isoladas que pudessem aprisionar espécies da fauna aquática ou mesmo causar insanidade ao trecho. O segmento é acidentado e rochoso, mas pelas condições que apresenta pode se constituir em abrigo ou rota de trânsito de fauna. O monitoramento da ictiofauna na área do TVR possibilitou a coleta com uma riqueza de 08 espécies, 01 ordem e 03 famílias, peixes de pequeno porte (Tabela 7 e Figura 15). Tabela 7. Identificação dos grupos taxonômicos Ordens, Famílias, subfamília Gêneros e espécies de peixes coletados na área do TVR. TÁXON / NOME CIENTÍFICO ORDEM CHARACIFORMES NOME COMUM ÁREA DE ESTUDO Família Curimatidae Steindachnerina brevipinna (Eigenmann & Eigenmann, 1889) Branquinha X Família Crenuchidae Characidium sp. (Reinhadart, 1867) Canivetinho X Família Characidae Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) Lambari X Astyanax sp.1 Lambari X Astyanax assuncionensis Lambari X Hemigrammus marginatus (Ellis, 1911) Lambari X Bryconamericus sp. Lambari X Subfamília Tetragonopterinae Tetragonopterus argenteus (Cuvier, 1816) Sauá X TVR 37

38 Figura 15. Exemplares coletados ao longo do estudo no Trecho de Vazão Reduzida (TVR). Diante dos dados desta campanha de monitoramento no TVR constatase que as condições ambientais do mesmo continuam em conformidade com os objetivos de sua existência e manutenção. 38

39 1.8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINHO, A. A.; HAHN, N. S. VAZZOLER, A. E.; A. de M.;(Ed.). A Planície de Inundação do Alto Rio Paraná. Aspectos físicos, biológicos e sócio Econômicos. Maringá: EDUEM: Nupélia. p , AGOSTINHO A. A.; MIRANDA L. E; BINI L. M.; GOMES L. C; THOMAZ S. M.; AND SUZUKI H. I. Patterns of Colonization in Neotropical reservoirs, and Prognoses on Aging. In: TUNDISI JG AND STRASKRABA M (Eds),Theoretical Reservoir Ecology and its Applications, International Institute of Ecology, São Carlos, SP, Brazil, p , AGOSTINHO, A. A., GOMES, L. C., PELICICE F. M. Ecologia e manejo de recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil. Eduem, Maring, 501 p AGOSTINHO, A. A.; PELICICE, F. M. & GOMES, L. C. Dams and the fish fauna of the Neotropical region: impacts and management related to diversity and fisheries. Brazilian Journal of Biology 68 (4, suppl.): BÓHLKE, J.E.; S.H. WEITZMAN & N.A. MENEZES Estado atual da sistemática dos peixes de água doce da América do Sul. Acta Amazonica 8 (4): BUCKUP, P. A., N. A. MENEZES & M. S. GHAZZI. Catalogo das espécies de peixes de água doce do Brasil. Museu Nacional. Rio de Janeiro, RJ. p CASTRO R.M.C Evolução da ictiofauna de riachos sul-americanos: padrões gerais e possíveis processos causais. Pp In:E.P.Caramaschi, R. Mazzoni, C.R.S. F. Bizzerril & P.R Peres Neto (Eds). Ecologia de peixes de riachos. Série Oecologia Brasiliensis, vol.7, PPGE- UFRJ, Rio de Janeiro, 260 pp LEMES, E. M. & GARRUTTI, V. Ecologia da ictiofauna de um córrego de cabeceira da bacia do alto rio Paraná, Brasil Iheringia. Serie Zoologia, 92(3): pag , LOWE-MCCONNELL, R. L. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. São Paulo, Edusp, 535p

40 MAGURRAN, A. E. Measuring biological diversity. USA: Blackwell Science Ltd. 256p MATTHEWS, W. J. Patterns in freshwater fish ecology. Chapman & Hall & International Thompson Publishing. 756 p MENEZES, N. A. Methods for assessing freshwater fish diversity. In: Menezes, N. A., Bicudo, C. E. M. (eds.). Biodiversity in Brazil: a first approach. CNPq, São Paulo, p NELSON, J. S. Fishes of the world. 3.ed. New York: John Wiley & Sons, 1994, p , REGO, A; CUNHA, M.P.; SOUTO, S.(2007), Espitirualidade nas Organizações e Comprometimento Organizacional, RAE-electronica, Vol.6, nº2, Art12, Julho/Dezembro 2007 Rego, A; Cunha, M. P.; Souto, S.(2007a), Workplace Spirituality, commitment and self reported individual performance, an empirical study Management Research, Vol.5, nº3, REIS, R. E., S. O. KULLANDER & C. J. FERRARIS Jr. Check listo f freshwater fishes os South and Central America. EDIPUCRS, Porto Alegre, p RICKLEFS, R. A Economia da Natureza. 5 ed. Rio de Janeiro SANTANA, A. O. Caracterização ecológica da ictiofauna do canal principal do Ribeirão João Leite, Goiânia,GO. VIII Congresso de Ecologia do Brasil. Caxambu MG. Anais SANTOS, G. M.; MÉRONA, B.; JURAS, A. A.; & JÉGU, M. Peixes do baixo rio Tocantins: 20 anos depois da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Eletronorte, Brasília SCHAEFER, S.A. Conflict and resolution: impact of new taxa on Phylogenetic studies of the Neotropical cascudinhos (Siluroidei: Loricariidae), p In: L.R. MALABARBA; R.E. REIS; R.P. VARI; Z.M.S. LUCENA & C.A.S. LUCENA (Eds). Phylogeny and classification of Neotropical fishes. Porto Alegre, EDIPUCRS, 603p

41 SUZUKI, H. I.; AGOSTINHO, A. A; Reprodução de peixes do reservatório de Segredo. In: AGOSTINHO, A. A.; GOMES, L. C. (Ed). Reservatório de Segredo: bases ecológicas para o manejo.maringá: EDUEM, TEIXEIRA, T. P., B. C. T. PINTO, B. F. TERRA, E. O. ESTILIANO, D. GRACIA & F. G. ARAÚJO. Diversidade das assembléias de peixes nas quatro unidades geográficas do rio Paraíba do Sul. Iheringia, Série Zoologia, 95 (4): WELCOMME, R.L. fiheries ecology of floodplain rives. London: Longman, UIEDA, V. S.; CASTRO, R. M. C. Coleta e fixação de peixes deriachos. In: CARAMASCHI, E. P.; MAZZONI, R.; PERES-NETO, P. R.(Eds.). Ecologia de Peixes de Riachos, Série Oecologia Brasiliensis. Vol. VI. PPGE-UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil. p PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA PCH RIACHÃO 2.1. INTRODUÇÃO A transformação de um trecho de rio em reservatório desencadeia uma série de processos que resultam em interferências no ambiente aquático, destacando-se a instabilidade física e química e a alteração das comunidades biológicas. Essas alterações ocorrem tanto a montante como a jusante dos empreendimentos e constituem um impacto sobre os corpos aquáticos. Programas de monitoramento limnológico (que incluem as principais assembléias biológicas) são primordiais para a identificação e avaliação dos impactos ambientais causados por empreendimentos hidrelétricos nos corpos aquáticos. Especificamente, as séries de dados obtidas antes das intervenções antrópicas permitem estabelecer uma linha de base que indica os valores de medidas de tendência central e de variabilidade que, de acordo com a regra de temporalidade (utilizando os princípios da inferência causal), não estão associadas com as intervenções, uma vez que estas ainda não ocorreram. 41

42 Somente a comparação dos dados, obtidos antes e após as intervenções, pode fornecer evidências sobre seus efeitos e sua magnitude no ambiente aquático. Os dados obtidos em programas de monitoramento também são essenciais para verificar a eficiência ou não de medidas de manejo (e.g., controle de fontes pontuais e difusas de nutrientes), utilizando a mesma regra de temporalidade da inferência causal, ou seja, a eficiência deve ser avaliada considerando os dados obtidos antes e após a efetivação da medida de manejo. É necessário destacar, no entanto, que os programas de monitoramento devem ser de longa duração uma vez que muitos impactos podem não ocorrer imediatamente após a intervenção, ou seja, pode existir uma falta de sincronia ou uma defasagem temporal entre a intervenção e os impactos causados por essa intervenção. O objetivo desse relatório é apresentar os resultados obtidos no monitoramento de 03 pontos localizados no reservatório da PCH Riachão, amostrados em outubro de OBJETIVOS Os objetivos específicos do presente relatório foram: (I) descrever os métodos analíticos que foram utilizados para determinação das variáveis físicas, químicas, bacteriológicas e biológicas; (II) apresentar os resultados das características físicas e químicas da água, bem como, das comunidades de fitoplâncton, zooplâncton e zoobentos obtidos em outubro de 2013, em 03 pontos de monitoramento localizados na área de influência da PCH Riachão, comparando com os resultados obtidos em julho de 2011, janeiro e junho de 2012 e fevereiro de (III) comparar os resultados obtidos com os limites preconizados pela Resolução n o. 357 de 17 de março de 2005 do CONAMA, para águas da classe II; 42

43 2.3. METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO A área de influência da PCH Riachão está localizada no curso do rio Piracanjuba, contribuinte do rio Caiapó e pertencente à bacia do Tocantins- Araguaia. Esta bacia drena aproximadamente 9,5% do território nacional, sendo que 76% de sua totalidade estão localizadas dentro dos limites do bioma Cerrado (IBAMA, 2008). Para avaliar a qualidade da água, três trechos foram selecionados, abrangendo todo o empreendimento (Tabela 8 e Figura 16). Tabela 8 - Locais de coleta do Programa de Monitoramento da Qualidade da água, com suas respectivas localidades, coordenadas geográficas (Formato da posição UTM UPS / Datum do mapa Sth Amrcn 69) e método de coleta. PONTOS DESCRIÇÃO COORDENADAS GEOGRÁFICAS P1 P2 P3 Jusante Casa de força (Ambiente lótico) Reservatório (Ambiente lêntico) Reservatório (Ambiente lêntico) 23 L / L / L / A B 43

44 C Figura 16. Pontos de coleta do monitoramento da limnologia na área de influência do empreendimento: A) Ponto 1; B) Ponto 2; C) Ponto COLETA E ANÁLISE DOS PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS Em campo, foram obtidos os valores de ph, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido (OD) e temperatura da água (YSI 556). Amostras de água foram coletadas logo abaixo da superfície (aproximadamente 20 cm) com frascos de polietileno e acondicionadas em caixas de isopor com gelo. A turbidez foi obtida através de um turbidímetro digital Hach. A cor foi determinada através de espectrofotometria. As amostras destinadas à análise laboratorial foram preservadas e encaminhadas para o laboratório de limnologia situado na Life Projetos Limnológicos, em Goiânia para realização das análises. Parte das amostras foi filtrada, no mesmo dia da coleta, em membranas Whatman GF/C, e armazenadas em freezer a 20 ºC para posterior determinação das concentrações de material em suspensão total. O material em suspensão foi estimado por gravimetria (Wetzel e Linkens, 2000). As amostras de água filtrada e não filtrada foram preservadas (4 o C) para posterior determinação das formas dissolvidas e totais de nitrogênio e fósforo. A concentração de fósforo total foi determinada diretamente nas amostras não filtradas, sendo quantificado após a adição de reagente misto (molibdato de amônia, tartarato de antimônio e potássio e ácido ascórbico) e leitura em espectrofotômetro (882 nm). A quantificação do nitrato foi realizada através do método de redução do cádmion e leitura em espectrofotômetro a 400 nm (Método 4500-NO 3 -E do Standard Methods). A concentração de nitrito foi determinada através do 44

45 método colorimétrico onde o nitrito reage com o ácido sulfanílico, formando um composto que é determinado em espectrofotômetro a 507 nm (Método NO 2 -B do Standard Methods). A concentração de nitrogênio total envolveu primeiramente a determinação do nitrogênio total Kjeldahl, quantificado através de amostras não filtradas que sofreram digestão em meio ácido e com elevada temperatura. Após a digestão, as amostras foram destiladas em aparelho Kjeldahl e, posteriormente, o destilado foi titulado com ácido clorídrico 0,01 N (MACKERETH et al., 1978). A soma das concentrações de nitrogênio total Kjeldahl, nitrato e nitrito resultou na concentração de nitrogênio total, enquanto que a concentração de nitrogênio orgânico foi resultado da subtração do nitrogênio total Kjeldahl da concentração de nitrogênio amoniacal ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) Índices de qualidade da água (IQA) são bastante úteis para facilitar a comunicação entre público geral e corpo técnico, para avaliar tendências temporais da qualidade da água e permitir uma comparação entre diferentes cursos d'água. Normalmente, um índice de qualidade de água varia entre 0 (zero) e 100 (cem), sendo que quanto maior o seu valor, melhor é a qualidade da água. O IQA pode ser determinado pelo produto ponderado das qualidades de água correspondentes aos seguintes parâmetros: Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 ), Coliformes Fecais, Temperatura, ph, Nitrogênio Total, Fósforo Total, Turbidez e Resíduo Total ( Foi utilizada a seguinte fórmula: 45

46 Onde: IQA = Índice de qualidade da água, variando entre 0 e 100; q i = qualidade do parâmetro i. Um número entre 0 e 100, obtido do respectivo gráfico de qualidade, em função de sua concentração ou medida (resultado da análise); w i = peso correspondente ao parâmetro i fixado em função da sua importância para a conformação global da qualidade, isto é, um número entre 0 e 1, de forma que: Sendo n o número de parâmetros que entram no cálculo do IQA. A qualidade das águas interiores, indicada pelo IQA em uma escala de 0 a 100, pode ser classificada em categorias narrativas da seguinte forma: IQA QUALIDADE Qualidade Ótima Qualidade Boa Qualidade Aceitável Qualidade Ruim 0 19 Qualidade Péssima FITOPLÂNCTON As amostragens da comunidade fitoplanctônica foram realizadas na logo abaixo da superfície da coluna da água, utilizando-se frascos de vidro. As amostras foram fixadas com Lugol acético e guardadas no escuro até o momento da identificação e contagem dos organismos. Paralelamente, foram 46

47 obtidas amostras com rede de plâncton de 15 µm de abertura de malha. Estas amostras foram fixadas com solução Transeau (BICUDO e MENEZES, 2006). O estudo taxonômico e quantitativo do fitoplâncton foi efetuado através de microscópio invertido (Carl Zeiss modelo Axiovert 135), com aumento de 400 vezes. Para o estudo taxonômico também foram analisadas as amostras coletadas com a rede. A densidade fitoplanctônica foi estimada segundo o método de Utermöhl (1958) com prévia sedimentação de 10 mililitros da amostra. A densidade fitoplanctônica foi calculada de acordo com Apha (1998) e o resultado foi expresso em indivíduos (células, cenóbios, colônias ou filamentos) por mililitro. A biomassa fitoplanctônica foi estimada através do biovolume, multiplicando-se os valores de densidade de cada espécie pelo volume médio de suas células, considerando-se as dimensões médias das espécies mais abundantes. O volume de cada célula foi calculado a partir de modelos geométricos aproximados à forma dos indivíduos, como esferas, cilindros, cones, paralelepípedos, pirâmides, elipses e outros (EDLER, 1979; SUN & LIU, 2003). Em função da legislação, foi feita a contagem do número de células de cianobactérias, através do retículo de Whipple (normalmente utilizado para contagem de Unidade-Padrão de Área - UPA). As colônias foram sobrepostas intactas ao quadrado e contou-se o número de células. O retículo é calibrado para que sejam feitos os cálculos necessários. As contagens também podem ser realizadas utilizando câmaras de Utermöhl ou Sedgwick Rafter. Como riqueza de espécies considerou-se o número de espécies presentes em cada amostra quantitativa ZOOPLÂNCTON As amostras de zooplâncton foram coletadas com auxílio de uma motobomba, tendo sido filtrados 200 litros de água, por amostra, em uma rede de plâncton de 68 m de abertura de malha. O material coletado foi acondicionado 47

48 em frascos de polietileno e fixado em solução de formaldeído a 4%, tamponada com carbonato de cálcio. A abundância zooplanctônica foi determinada a partir da contagem das amostras em câmaras de Sedwigck-Rafter, sob microscópio ótico. As amostras foram concentradas em um volume de 75 ml, e as contagens realizadas a partir de 3 sub-amostras (7,5 ml) tomadas com pipeta do tipo Stempel, sendo a densidade final expressa em indivíduos.m -3. Visto que as amostras não foram contadas na íntegra e que o método de sub-amostragens não é eficiente para fornecer resultados de riqueza de espécies (apesar de fornecer uma estimativa confiável da abundância total, as espécies pouco abundantes podem não ocorrer nas sub-amostras), após as contagens das 3 sub-amostras, uma análise qualitativa da amostra foi realizada. Assim, em cada amostra, subamostras foram analisadas até que nenhuma nova espécie fosse encontrada. Foi utilizada a seguinte bibliografia básica: Vucetich (1973), Reid (1985), Segers (1995), Velho et al., (1996), Elmoor-Loureiro (1997) ZOOBENTOS A amostragem quali-quantitativa dos organismos bentônicos foi realizada com uma draga de Petersen, sendo coletadas 2 réplicas em cada ponto com o objetivo de obter uma maior representatividade da comunidade. No ponto 1, a amostragem foi realizada com um amostrador de Surber (utilizado em ambientes com menor profundidade e apresentando substrato formado por pedra e/ou cascalho, folhiço, gravetos, algas). O material amostrado com Surber passou por uma pré-triagem em campo para a separação das pedras, gravetos e folhas maiores. Por outro lado, o material amostrado com draga foi levado ao laboratório e lavado através de uma série de peneiras com diferentes aberturas de malhas, para facilitar o processo de triagem. Em seguida, foi acondicionado em frascos plásticos e fixado com álcool 80%. Já em laboratório procedeu-se a triagem, identificação e contagem dos táxons encontrados, utilizando-se um estereomicroscópio. 48

49 Os dados foram tabulados e utilizados para o cálculo da abundância média e freqüência de cada táxon, abundância total, índice de diversidade de Shannon (H ), Equitabilidade (J) (MAGURRAN, 1988) e riqueza taxonômica para cada ponto amostral. Foram utilizadas as seguintes referências bibliográficas para auxílio nas identificações dos táxons: Edmunds Jr. et al., (1979), Fernández e Dominguez (2001), Merrit e Cummins (1996) e Peckarsky et al., (1990). A partir da comparação entre estes atributos da comunidade, procurouse avaliar a estrutura da comunidade antes da implantação do empreendimento RESULTADOS VARIÁVEIS ABIÓTICAS VARIÁVEIS INDICADORAS DE LUMINOSIDADE SUBAQUÁTICA A turbidez da água é causada pela matéria inorgânica e orgânica suspensa, como por exemplo, argila, silte, partículas de carbonato, matéria orgânica particulada fina, plâncton e outros organismos microscópicos (WETZEL & LIKENS, 2000). Em resumo, indica a capacidade da água em dispersar a radiação luminosa. O aumento da turbidez da água pode comprometer direta ou indiretamente os múltiplos usos de um ecossistema aquático. Na coleta realizada em outubro de 2013, os valores de turbidez variaram entre 0,64 NTU (ponto 2) e 3,39 NTU (ponto 3; Figura 17a). De maneira geral, os maiores valores de turbidez foram mensurados durante o período de chuvas na região, janeiro e fevereiro (médias iguais a 3,5 NTU em julho de 2011; 7,97 NTU em janeiro de 2012; 2,91 NTU em junho de 2012; 19,8 NTU em fevereiro e 1,59 NTU em outubro de 2013). De fato nessa época ocorre o escoamento superficial para o interior do ambiente aquático, elevando as concentrações de turbidez. Assim, durante todo o período de monitoramento, todos os locais 49

50 apresentaram concentrações de turbidez abaixo dos limites máximos estipulados pela Resolução CONAMA nº357/2005 (100 NTU; Figura 17a). Assim como a turbidez, os maiores valores de cor verdadeira foram registrados no mês de maior precipitação pluviométrica (fevereiro de 2013; Figura 17b). Em outubro de 2013, o maior valor foi registrado no ponto 2- interior do reservatório (18 mg Pt/L; Figura 17b). Todos os locais, assim como nos meses anteriores, apresentaram valores de cor inferiores ao limite preconizado pela resolução CONAMA nº 357 de 2005 (75 mg Pt/L), exceto o ponto 3 na campanha de fevereiro de (a) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 Turbidez (NTU) P1 P2 P3 Pontos Cor verdadeira (MgPt/L) (b) Julho/11 Janeiro/12 Junho/13 Fevereiro/13 Outubro/13 0 P1 P2 P3 Pontos Figura 17. Valores de turbidez (a) e cor verdadeira (b), registrados em julho de 2011, janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. Em outubro de 2013, os valores de ph registrados indicaram uma tendência geral a neutralidade, variando entre 7,49 (ponto 1) e 7,59 (pontos 2; Figura 18a). O mesmo ocorreu nos meses anteriores. Assim, todos os locais 50

51 apresentaram valores de ph dentro dos limites preconizados na Resolução CONAMA n o 357/2005 (6,0-9,0) (Figura 18a). A alcalinidade reflete a capacidade que um ecossistema aquático apresenta em neutralizar (tamponar) ácidos a ele adicionados, dependendo de alguns compostos como bicarbonatos e carbonatos. Em outubro de 2013, os valores de alcalinidade variaram entre 20 mg/l (pontos 1 e 3) e 21 mg/l (ponto 2). Valores similares foram registrados nos meses anteriores (médias iguais a 24 mg/l em julho de 2011; 18,3 mg/l em janeiro e 26,3 mg/l em junho de 2012; 30 mg/l em fevereiro e 20,3 mg/l em outubro de 2013) (Figura 18b). As concentrações de sólidos totais dissolvidos mensuradas em outubro de 2013 foram inferiores aos registrados em fevereiro (médias iguais a 17,6 mg/l em outubro e 30,6 mg/l em fevereiro de 2013) (Figura 18c). De fato, baixos valores de transparência da água (indicados pelos valores de turbidez e sólidos totais) são esperados durante o período de chuvas, tendo em vista o maior escoamento superficial do ambiente terrestre para o sistema aquático nesse período. 51

52 Nutrientes fosfatados e nitrogenados (a) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 50 Jullho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 (b) ph Alcalinidade (mg/l) P1 P2 P3 Pontos 0 P1 P2 P3 Pontos 550 Sólidos Totais Dissolvidos (mg/l) (c) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 0 P1 P2 P3 Pontos Figura 18. Valores de ph (a), alcalinidade (b) e sólidos totais dissolvidos (STD; c) registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. O fósforo é um elemento químico essencial à vida aquática e, na forma de fosfatos dissolvidos, é um importante nutriente para os produtores primários. Juntamente com o nitrogênio, o fósforo é o principal nutriente responsável pelo processo de eutrofização dos ecossistemas aquáticos (KALFF, 2002). Além disso, o lançamento de despejos ricos em fosfatos num curso d água pode estimular o crescimento de micro e macroorganismos fotossintetizadores, chegando até o desencadeamento de florações indesejáveis (BAUMGARTEN & POZZA, 2001). 52

53 Em outubro de 2013 todos os locais apresentaram concentrações de fósforo total inferiores ao limite de detecção do método (<0,001 mg/l). A campanha de fevereiro (cheia) de 2013 registrou os maiores valores de fósforo (Figura 19), provavelmente devido o escoamento superficial para o interior do ambiente aquático e consequentemente aumento dos nutrientes. Ao longo do monitoramento, todos os locais apresentaram concentrações em conformidade com a Resolução CONAMA nº357/2005 (0,05 mg/l em ambientes intermediários com tempo de residência da água entre 2 e 40 dias e 0,1 mg/l em ambientes lóticos) Figura 19. Concentrações de fósforo total registradas em junho de 2012 e fevereiro de Os valores mensurados nos outros períodos foram abaixo do limite de detecção do método e por isso não apareceram no gráfico. A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. Juntamente com o fosfato, o nitrogênio é um dos elementos mais importantes no metabolismo de ecossistemas aquáticos. Dentre as diferentes formas, o nitrato, juntamente com o íon amônio, assume grande importância nos ecossistemas aquáticos, uma vez que representam as principais fontes de nitrogênio para os produtos primários. O nitrito é encontrado em baixas concentrações notadamente em ambientes oxigenados. Considerando as formas inorgânicas de nitrogênio, os maiores valores de nitrato foram registrados na estação chuvosa (médias iguais a 0,1 mg/l em julho de 2011; 0,4 mg/l em janeiro e 0,23 mg/l em junho de 2012; 0,4 mg/l em fevereiro e 0,26 mg/l em outubro de 2013; Figura 20a). A maior concentração de nitrito foi registrado no ponto 1 localizado à jusante da casa de força (0,006 53

54 mg/l; Figura 20b). Em média os maiores valores foram mensurados em nessa campanha de outubro (médias iguais a 0,002 mg/l em julho de 2011; 0,001 mg/l em janeiro e 0,002 mg/l em junho de 2012; 0,001 mg/l em fevereiro e 0,005 mg/l em outubro de 2013). Assim, todos os locais monitorados apresentaram concentrações de nitrato e nitrito dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA n o 357/2005 (10 mg/l para nitrato e 1,0 mg/l para nitrito). As concentrações de nitrogênio amoniacal foram bem similares ao mês de fevereiro de 2013 e superiores aos meses anteriores (médias iguais a 0,05 mg/l em julho de 2011; 0,02 mg/l em janeiro e 0,07 mg/l em junho de 2012; 0,19 mg/l em fevereiro e 0,2 mg/l em outubro de 2013; Figura 20e). De acordo com a resolução Conama nº357/2005, o limite permitido para a concentração de nitrogênio amoniacal é dependente do valor de ph do meio. Em ambientes com valores de ph inferiores a 7,5, o valor máximo permitido para a concentração de nitrogênio amoniacal é igual a 3,7 mg/l, ou seja, o trecho monitorado apresenta concentrações inferiores ao limite preconizado pela resolução. Os valores médios do nitrogênio orgânico foram iguais a 0,16 mg/l sendo similares aos valores de janeiro de 2012 (média igual a 0,1 mg/l) e inferiores aos valores de fevereiro de 2013 (média igual a 0,2 mg/l; Figura 20c). Já os valores de nitrogênio total variaram entre 0,37 mg/l à 0,7 mg/l com média igual a 0,48 mg/l (Figura 20d). 54

55 11 1,1 0,5 Nitrato (mg/l) (a) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 Nitrito (mg/l) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 (b) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 Nitrogênio orgânico (mg/l) 0,4 0,3 0,2 0,1 (c) Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 1 0,1 0 P1 P2 P3 Pontos 0,0 P1 P2 P3 Pontos 0,0 P1 P2 P3 Pontos 1,6 0,35 Nitrogênio total (mg/l) 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 (d) N-amonical (mg/l) 0,30 0,25 0,20 0,15 0,10 Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 (e) 0,2 0,05 0,0 P1 P2 P3 Pontos 0,00 P1 P2 P3 Pontos Figura 20. Valores de nitrato (a), nitrito (b), nitrogênio orgânico (c), nitrogênio total (d) e nitrogênio amoniacal (e) registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. DBO 5 A demanda bioquímica de oxigênio, DBO 5, é definida como a quantidade de oxigênio que será utilizada, pelos microorganismos presentes em uma amostra, na oxidação da matéria orgânica para uma forma inorgânica estável (KALFF, 2002). Ecossistemas com baixa velocidade da água, que recebem grandes quantidades de efluentes orgânicos e/ou de matéria orgânica derivada de fontes difusas, podem apresentar elevadas taxas de respiração que promovem a demanda biológica/bioquímica de oxigênio (DBO 5 ). De maneira geral os menores valores de DBO 5 foram registrados em outubro de 2013 e junho de 2012 que compreende o período de estiagem na região (médias iguais a 1,2 mg/l em janeiro e 0,9 mg/l em junho de 2012; 1,1 mg/l em fevereiro e 0,5 mg/l em outubro de 2013; Figura 21). Assim, Todos os locais monitorados em todos os meses de coleta apresentaram valores de 55

56 DBO 5 abaixo do limite estabelecido pela Resolução CONAMA nº357 (5,0 mg/l). 5,5 5,0 DBO 5 (mg/l) 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 Janeiro/12 Junho/12 Janeiro/13 Outubro/13 1,5 1,0 0,5 0,0 P1 P2 P3 Pontos Figura 21. Valores DBO 5 registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. De maneira geral, os metais são introduzidos no ambiente aquático pela lixiviação de solos e rochas, erupções vulcânicas e por uma variedade de atividades humanas envolvendo mineração e processos industriais pelo uso de metais ou de substâncias que contenham metais. Alguns deles, como Manganês, Ferro, Cobre e Zinco são micronutrientes essenciais, enquanto outros como Mercúrio, Cádmio e Chumbo não são requeridos pelos organismos, nem mesmo em pequenas quantidades. Dentre os íons freqüentemente monitorados, o ferro é de grande importância para o metabolismo dos seres vivos e apresenta clara influência sobre a precipitação do fósforo. Assim, em ambientes onde predominam condições de oxidação (altas concentrações de oxigênio) e ph próximo ao neutro, grande parte dos íons de ferro encontra-se na forma oxidada (Fe 3+ - íon férrico), podendo assim adsorver-se ao íon fosfato e acarretar a precipitação do fósforo no sedimento (ESTEVES, 1998). Em ambientes que não estão submetidos a impactos, o ferro e o manganês são registrados em baixas concentrações, pois as suas formas predominantes são as oxidadas que são mais insolúveis (Fe 3+ e Mn 4+ ). 56

57 As concentrações de ferro dissolvido mensurados em outubro foram as mais baixas já registradas com média igual à 0,03 mg/l (Figura 22). As maiores concentrações foram registradas durante o período de chuvas, onde ocorre o escoamento da superfície para o interior do ambiente aquático podendo elevar as concentrações desse íon (médias iguais a 0,18 mg/l em janeiro e 0,06 mg/l em junho de 2012; 0,25 em fevereiro de 2013) De maneira geral, tais valores foram inferiores ao limite preconizado pela Resolução CONAMA nº 357/2005 (0,3 mg/l), exceto o registrado no ponto 3 em fevereiro de 2013 (Figura 22). 0,45 Ferro dissolvido (mg/l) 0,40 0,35 0,30 0,25 0,20 0,15 0,10 Julho/11 Janeiro/12 Junho/12 Fevereiro/13 Outubro/13 0,05 0,00 P1 P2 P3 Pontos Figura 22. Valores de ferro dissolvido registrados em julho de 2011; janeiro e junho de 2012; fevereiro e outubro de A linha vermelha indica o limite preconizado pela Resolução Conama nº357/2005. Nesse mês, também foram registradas baixas concentrações de sulfeto (Figura 23). Todos os locais monitorados apresentaram concentrações inferiores ao limite de detecção do método (<0,001 mg/l), e inferiores ao limite preconizado pela Resolução CONAMA (0,002 mg/l). 57

58 Sulfeto (mg/l) 0,0100 0,0095 0,0090 0,0085 0,0080 0,0075 0,0070 0,0065 0,0060 0,0055 0,0050 0,0045 0,0040 0,0035 0,0030 0,0025 0,0020 0,0015 0,0010 0,0005 0,0000 Fevereiro/13 Outubro/13 P1 P2 P3 Pontos Figura 23. Concentrações de sulfeto registradas em fevereiro de ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) Em outubro de 2013, todos os pontos localizados na área de influência da PCH Riachão, apresentaram valores de IQA (Índice de Qualidade da Água), que classificaram o trecho monitorado como de Ótima Qualidade (Tabela 9). De fato nessa coleta foram registrados baixos valores de fósforo total, DBO 5, coliformes termotolerantes, parâmetros esses que corroboram para a boa qualidade da água. Tabela 9. Índice de Qualidade da Água (IQA) por ponto de coleta, em outubro de 2013, na área de influência da PCH Riachão. PONTOS IQA CLASSIFICAÇÃO P1 81,601 Ótima P2 83,844 Ótima P3 83,174 Ótima PARÂMETROS BIOLÓGICOS FITOPLÂNCTON Composição A comunidade fitoplanctônica amostrada na área de influência direta da PCH Riachão, localizada no rio Buritis apresentou alta complexidade 58

59 taxonômica (Tabelas 10, 11). Em setembro de 2013 foram registrados 46 táxons, distribuídos entre nove grupos taxonômicos (Tabela 11). As algas verdes (Chlorophyceae e Zygnemaphyceae) foram os grupos taxonômicos mais especiosos em setembro de 2013, que são comuns em condições de alta transparência da água e mistura da coluna (REYNOLDS, 1995; BORGES et al., 2003; TRAIN & RODRIGUES, 2004; RODRIGUES et al., 2009; BORGES, et al., 2008, 2010; TRAIN et al., 2005). As cianobactérias, as quais foram registradas em todas as amostragens, foram representadas por sete táxons em setembro de Embora sejam componentes naturais do fitoplâncton, são reconhecidas como um crítico problema no mundo todo e suas florações representam um fenômeno típico em ambientes eutróficos (RODRIGUES et al., 2005; TRAIN et al., 2005), freqüentemente associado a influência antrópica. Algumas espécies podem produzir uma ampla variedade de toxinas, com risco potencial a saúde humana e ambiental (CODD et al., 2005). Tabela 10. Composiçao fitoplanctônica na área de influência da PCH Riachão, durante o período de estudo. jan/09 jun/11 jan/12 jun/12 fev/13 Set/13 Bacillariophyceae Cyanobacteria Chlorophyceae Chrysophyceae Euglenophyceae Cryptophyceae Zygnemaphyceae Dinophyceae Oedogonophyceae Xanthophyceae Raphidophyceae 1 59

60 Total Tabela 11. Táxons fitoplanctônicos inventariados nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão, em setembro de TÁXONS PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 BACILLARIOPHYCEAE Achnantes exigua Grun. + Cyclotella meneghiniana Kütz. + Gomphonema gracile Ehr. + Penales não identificada 1 + CYANOBACTERIA Aphanizomenon gracile Lemmerm. + Cyanogranis ferruginea (Wawrik) Hindák + Dolichospermum solitarium (Kleb.) Wacklin et al. + Oscillatoria sp. + Planktothrix agardhii (Gom.) Anag. & Komárek + + Snowella atomus Kom. & Hind Phormidiaceae não identificada + CHLOROPHYCEAE Crucigeniella pulchra (West. Et G. S. West.) Komárek + Crucigenia tetrapedia (Kirch.) W. e G.S. West + Dictyosphaerium elegans Bachm. + Dictyosphaerium pulchellum Wood + Eudorina elegans Her. + 60

61 Eutetramorus fottii (Hind.) Kom. Sensu Kom. + Monoraphidium arcuatum (Kors.) Hind. + Monoraphidium contortum (Thur.) Kom. - Legn Monoraphidium komarkovae Nyg Monoraphidium tortile (W. e G.S. West) Kom.- Legn Monoraphidium sp. + Nephrocytium agardhianum Nägeli + + Chlorophyceae não identificada + CHRYSOPHYCEAE Dinobryon divergens Imh. + Dinobryon sertularia Ehr. + + Mallomonas sp EUGLENOPHYCEAE Euglena sp. + Euglena sp1 + + Trachelomonas lacustris Dezep. + CRYPTOPHYCEAE Cryptomonas curvata Ehr. Emend. Pen. + Cryptomonas marssonii Skuja Cryptomonas sp. + + ZYGNEMAPHYCEAE Cosmarium punctulatumbréb. + Cosmarium regnesi Reins. + Cosmarium sp Desmidium baileyi (Ralfs) Nordstedt + Micrasterias truncata (Corda) Bréb ex Ralfs + 61

62 Mougeotia sp. + + Spyrogira sp. + Staurastrum sp. + Xanthidium regulare Norsdted. + + Xanthidium trilobum Nordstedt + Xanthidium sp. + + DINOPHYCEAE Peridinium sp XANTHOPHYCEAE Centritractus belenophorus Lemm. + + Riqueza de espécies Os valores de riqueza de espécies fitoplanctônicas foram altos na maior parte do período de estudo. Em setembro de 2013 os valores variaram de 13 no ponto 2 a 19 no ponto 3, com média de 15 táxons por amostra. Menores valores médios ocorreram em junho de Bacillariophyceae, Cyanobacteria, Chlorophyceae e Cryptophyceae foram os grupos mais especiosos nos pontos monitorados (Figura 24). 62

63 Riqueza (n. táxons) Raphidophyceae Xanthophyceae Dinophyceae Zygnemaphyceae Cryptophyceae Euglenophyceae Chrysophyceae Chlorophyceae Cyanobacteria Bacillariophyceae 5 0 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 Janeiro 2011 Julho Janeiro 2012 Junho Fevereiro 2013 Setembro Figura 24. Riqueza dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão. Densidade e biomassa fitoplanctônica Foram registrados altos valores de densidade (Tabela 12, Figura 25) e biomassa fitoplanctônica (Figura 26) na maioria dos pontos e meses monitorados na área de influência da PCH Riachão. Em setembro de 2013 os valores destes atributos foram altos nos pontos 1 e 2. De acordo com os critérios estabelecidos por Vollenweider (1968, apud LIND et al., 1993), os resultados de biovolume obtidos para a PCH Riachão em setembro de 2013 indicaram condições oligotróficas. Os valores de densidade variaram de 625 ind.ml -1 no ponto 3 a 2410 ind.ml -1 no ponto 1 (Figura 25). Os valores de biomassa estiveram entre 0,63 mm 3.L -1 no ponto 3 a 2,44 mm 3.L -1 no ponto 1 (Figura 26). Os valores médios de densidade e biovolume registrados para setembro de 2013 foram superiores aos verificados para a maioria dos meses estudados. Como observado em 63

64 fevereiro de 2013 e diferente do observado ao longo do período de estudo, o maior valor de densidade e biomassa em setembro de 2013 ocorreu no ponto 1, localizado a jusante da barragem. Densidade (ind.ml -1 ) Raphidophyceae Xanthophyceae Dinophyceae Zygnemaphyceae Cryptophyceae Euglenophyceae Chrysophyceae Chlorophyceae Cyanobacteria Bacillariophyceae P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 Janeiro 2011 Julho Janeiro 2012 Junho Fevereiro 2013 Setembro Figura 25. Densidade dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão. Zygnemaphyceae foi o grupo responsável pelos maiores valores de densidade e biomassa registrados nos três pontos amostrados em setembro de 2013, e foi representado principalmente por Cosmarium spp., o qual é favorecido em ambientes com alta transparência da água e condições mesotróficas (REYNOLDS et al., 2002). As cianobactérias apresentaram baixa contribuição à densidade e biomassa fitoplanctônica, e foram representadas principalmente por colonias nanoplanctônicas (Tabela 12, Figuras 25 e 26). A baixa representatividade das cianobactérias em biomassa nas águas dos pontos monitorados atende aos padrões de qualidade para os corpos de água fixados pela Resolução CONAMA n o 357/2005, as quais podem ser destinadas aos usos previstos para esta classe de água. 64

65 As cianobactérias têm recebido especial atenção de cientistas e órgãos ambientais por serem reconhecidas como um crítico problema ambiental, freqüentemente associado ao aporte alóctone de nutrientes (CHORUS & BARTHRAN, 1999; CODD et al., 2005), além do fato das cianobactérias serem capazes de produzir uma ampla variedade de toxinas, com risco potencial a saúde do homem e do ambiente. A dominância destas algas tem sido atribuída ao aumento das concentrações de nutrientes, especialmente o fósforo, à estabilidade hidrodinâmica e altas temperaturas. Florações destas algas podem provocar diminuição da diversidade e abundância de outros grupos algais (SCHEFFER et al., 1997). 8 Biovolume (mm 3.mL -1 ) Raphidophyceae Xanthophyceae Dinophyceae Zygnemaphyceae Cryptophyceae Euglenophyceae Chrysophyceae Chlorophyceae Cyanobacteria Bacillariophyceae 1 0 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 Janeiro 2011 Julho Janeiro 2012 Junho Fevereiro 2013 Setembro Figura 26. Biovolume dos grupos fitoplanctônicos nos pontos monitorados na área de influência da PCH Riachão. Tabela 12. Densidade (ind.ml -1 ) dos táxons fitoplanctônicos inventariados nos pontos de coleta da área de influência da PCH Riachão, em setembro de

66 TÁXONS PONTO 1 PONTO 2 PONTO 3 BACILLARIOPHYCEAE Achnantes exigua Grun. 3 Cyclotella meneghiniana Kütz. 5 Pennales não identificada 1 5 CYANOBACTERIA Cyanogranis ferruginea (Wawrik) Hindák 3 Snowella atomus Kom. & Hind Phormidiaceae não identificada 3 CHLOROPHYCEAE Crucigeniella pulchra (West. Et G. S. West.) Komárek 3 Crucigenia tetrapedia (Kirch.) W. e G.S. West 5 Dictyosphaerium pulchellum Wood 8 Monoraphidium contortum (Thur.) Kom. - Legn Monoraphidium komarkovae Nyg Monoraphidium tortile (W. e G.S. West) Kom.- Legn Monoraphidium sp. 5 Nephrocytium agardhianum Nägeli 5 5 Chlorophyceae não identificada 8 CHRYSOPHYCEAE Dinobryon sertularia Ehr. 5 3 Mallomonas sp EUGLENOPHYCEAE Euglena sp. 3 Euglena sp1 3 3 Trachelomonas lacustris Dezep. 3 66

67 CRYPTOPHYCEAE Cryptomonas curvata Ehr. Emend. Pen. 3 Cryptomonas marssonii Skuja Cryptomonas sp ZYGNEMAPHYCEAE Cosmarium regnesi Reins. 3 Cosmarium sp DINOPHYCEAE Peridinium sp XANTHOPHYCEAE Centritractus belenophorus Lemm ZOOPLÂNCTON Composição específica do zooplâncton As análises qualitativas das amostras zooplanctônicas, tomadas em outubro de 2013, na área de influência da PCH Riachão, evidenciaram a ocorrência de apenas 16 espécies para a área de estudo (Tabela 13), evidenciando uma redução substancial na diversidade do zooplâncton, a menor já registrada desde junho de Reduzida diversidade do zooplâncton foi também registrada naqueles primeiros períodos de amostragem (junho de 2011 e janeiro de 2012) quando foram registradas 18 e 24 espécies. Por outro lado, em junho de 2012 foram verificadas 40 espécies, e em fevereiro, 37 espécies, para a área de influência da PCH Riachão. Em outubro último, ao contrário do registrado em períodos anteriores, os rotíferos constituíram-se no grupo mais especioso, com 8 espécies, seguidos por protozoários testáceos e cladóceros, com 3 táxons cada, e copépodes, representados este mês por apenas 1 espécie (Tabela 13). Como já discutido em relatórios anteriores, em geral, os rotíferos constituem-se no grupo mais especioso do zooplâncton em ambientes 67

68 aquáticos dulcícolas (LANSAC-TÔHA et al., 1999, 2005; NOGUEIRA, 2001; SAMPAIO et al., 2002), sendo seu predomínio mais evidente em áreas lênti cas, enquanto que em ambientes lóticos, organismos oriundos dos compartimentos litorâneo e bentônico tem grande participação na estruturação da comunidade zooplanctônica. Assim, os resultados aqui obtidos parecem evidenciar uma redução da velocidade de corrente, na área amostrada, considerando a reduzida participação de testáceos na composição da comunidade zooplanctônica. Em relação à composição dos diferentes grupos, em outubro de 2013, os protozoários testáceos estiveram representados por apenas 1 família, os Arcellidae (Tabela 13), família frequentemente registrada entre as mais especiosas entre os testáceos (VELHO et al., 1999; LANSAC-TÔHA et al., 2007). Tabela 13. Inventário de espécies registradas nas amostras de zooplâncton e suas respectivas densidades, nos diferentes pontos de amostragem da área de influência da PCH Riachão, em outubro de GRUPO FAMÍLIA ESPÉCIES / PONTOS P1 P2 P3 Testáceos Arcellidae Arcella discoides 2 Arcella vulgaris 2 Arcella vulgaris undulata 30 TOTAL DE TESTÁCEOS Rotíferos Brachionidae Keratella americana 4 2 Keratella cochlearis Conochilidae Conochilus coenobasis Hexarthridae Hexarthra mira 30 Philodinidae Bdelloidea 1 Synchaetidae Polyarthra vulgaris

69 Trochosphaeridae Filinia longiseta Filinia terminalis 30 TOTAL DE ROTÍFEROS Cladóceros Bosminidae Bosminopsis deitersi Moinidae Moina minuta 1 Diaphanosoma Sididae spinulosum 1 TOTAL DE CLADÓCEROS Copépodes Cyclopidae Náuplio de Cyclopoida Copepodito de Cyclopoida Diaptomidae Náuplio de Calanoida Copepodito de Calanoida Notodiaptomus sp TOTAL DE COPÉPODES Entre os rotíferos foram registradas 06 famílias neste último período de amostragem, destacando-se este mês, as famílias Brachionidae e Trochosphaeridae (Tabela 13). A primeira família é, em geral, registrada entre as mais diversas famílias de rotíferos no plâncton tropical (LANSAC-TÔHA et al., 2005). Dentre os microcrustáceos, assim como em fevereiro, também em outubro de 2013 os cladóceros estiveram representados por 3 famílias, todas representadas por apenas um táxon. No entanto, ao contrário de fevereiro, neste último mês todas as famílias registradas eram tipicamente planctônicas. Entre os copépodes, registrou-se novamente a ocorrência das famílias Cyclopidae e Diaptomidae, sendo verificada a ocorrência de adultos apenas da segunda família, enquanto que a primeira esteve representada somente por suas formas jovens (Tabela 13). 69

70 Riqueza de espécies Em relação à riqueza de espécies, os resultados obtidos em outubro último evidenciam uma reduzida contribuição de protozoários testáceos, com o predomínio de microcrustáceos e, especialmente, rotíferos, em todos os pontos de amostragem (Figura 27) Copépodes Cladóceros Rotíferos Testáceos S P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 Jul/11 Jan/12 Jun/12 Fev/13 Out/13 Pontos/Meses de amostragem Figura 27. Variação espacial e temporal da riqueza de espécies dos diferentes grupos zooplanctônicos na área de influência da PCH Riachão. Desta forma, considerando que grupos tipicamente planctônicos, como rotíferos e microcrustáceos, se destacam sob condições de maior tempo de residência da água, os resultados obtidos em outubro último sugerem uma redução no tempo de residência da água, em relação aos últimos períodos de amostragem. Por outro lado, em outubro de 2013, foram registrados os menores valores de riqueza de espécies, desde junho de Assim, neste último período de amostragem, a análise da distribuição espacial da riqueza de espécies evidenciou valores flutuando entre 7, no ponto P2, e 12 espécies, no ponto P1 (Figura 28), com uma riqueza média aproximada de 9 espécies para a área de estudo, sendo esta média a metade daquela registrada em fevereiro 70

71 de 2012, e a menor registrada para a área de estudo, como já ressaltado anteriormente. Abundância numérica Em relação à abundância do zooplâncton, ao contrário do observado em períodos anteriores, os resultados obtidos em outubro de 2013, evidenciaram valores de densidade pouco variáveis entre os três pontos amostrados, além de bastante reduzidos. Assim, em outubro último, os valores de densidade do zooplâncton flutuaram entre 817 e 1112 indivíduos/m 3, com média de 936 indivíduos/m 3 para a área de estudo (Figura 28), valor este cerca de 1/5 da densidade média observada em fevereiro de 2013, e 1/10 daquela registrada em junho de 2012, evidenciando uma nova redução na abundância do zooplâncton, para a área de influência da PCH Riachão. Em relação a reservatórios eutróficos, e com elevado tempo de residência da água, os valore obtidos para a PCH Riachão são novamente bastante reduzidos, considerando que, estudos realizados em tais reservatórios, têm evidenciado valores de densidade do zooplâncton cerca de 1000 vezes maiores que a maior densidade registrada em outubro para a PCH Riachão, com densidades próximas a indivíduos/m 3 (LANSAC-TÔHA et al., 2005). Baixos valores de densidade do zooplâncton são, em geral, observados em ambientes lóticos, onde a velocidade de corrente é um fator fortemente limitante do desenvolvimento de populações planctônicas (BASU & PICK, 1996; KOBAYASHI et al., 1998; Layr & REYES-MARCHANT, 1997; THORP & CLASPER, 2003). Apesar dos baixos valores de densidade registrados para área de influência de Riachão, aparentemente não predominaram condições lóticas, pelo menos neste último período de amostragem, considerando-se o predomínio de grupos tipicamente planctônicos. Assim, como discutido em relatório anterior, parece que além das condições hidrodinâmica, outro fator, como a produtividade do sistema, pode estar regulando a abundância do zooplâncton na área de influência da PCH Riachão. 71

72 Espacialmente, em outubro último, o maior valor de densidade foi observado no ponto P3, 3 o menor no ponto P2, sendo os microcrustáceos dominantes, em termos de abundância, em todos os pontos amostrados (Figura 28) Densidade (ind.m -3 ) Copépodes Cladóceros Rotíferos Testáceos P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3 Jul/11 Jan/12 Jun/12 Fev/13 Out/13 Pontos/Meses de amostragem Figura 28. Variação espacial e temporal da abundância dos diferentes grupos zooplanctônicos na área de influência da PCH Riachão ZOOBENTOS Em outubro de 2013 foram registrados 16 táxons da comunidade de invertebrados bentônicos registrada na área de influência direta da PCH Riachão. Entre julho de 2011 e outubro de 2013 foi verificado um aumento da diversidade gama, com variações sazonais bem marcadas entre as campanhas. A maioria dos táxons registrados é resistente à alterações ambientais, sendo identificada uma comunidade mais diversa no ponto localizado a montante do reservatório. De maneira geral a comunidade bentônica apresentou maior diversidade de insetos em todas as campanhas, que é comum em ecossistemas aquáticos (Figura 29 e Tabela 14). Em outubro foi identificado um aumento da densidade taxonômica, atribuída ao período seco, que devido proporcionar uma maior estabilidade a comunidade, favorece sua persistência. 72

73 Chironomidae e Oligochaeta foram os táxons que apresentaram a maior densidade em outubro, assim como nas campanhas anteriores. Esse já é um padrão consolidado nos ecossistemas aquáticos, tendo em vista a alta diversidade de Chironomidae e a grande resistência à alterações ambientais dos dois táxons (Figura 29 e Tabela 14). 600 Densidade total (n.ind./m²) Ostracoda Cladocera Hydracarina Nemertea Nematoda Hirudinea Oligochaeta Elmidae Ceratopogonidae Chironomidae Smicridea Julho de P1 P2 P3 Pontos 1200 Densidade total (n.ind./m²) Janeiro de 2012 Hydracarina Nemertea Oligochaeta Elmidae Coenagrionidae Chironomidae P1 P2 P3 Pontos 73

74 1200 Densidade total (n.ind./m²) Hydracarina Nemertea Cladocera Ostracoda Hirudinea Oligochaeta Hydrophilidae Elmidae Libellulidae Coenagrionidae Cloeodes Simuliidae Ceratopogonidae Chironomidae Fevereiro de P1 P2 P3 Pontos 1400 Densidade (nº.ind./m²) Hydracarina Nemertea Nematoda Bivalvia jovem Ostracoda Hirudinea Oligochaeta Elmidae adulto Elmidae Libellulidae Heteroptera Ceratopogonidae Chironomidae Cloeodes Baetodes Oecetis Outubro de P1 P2 P3 Pontos Figura 29. Densidade total da comunidade de invertebrados bentônicos. Em outubro de 2013 foi verificado um aumento da riqueza taxonômica nos pontos 1 e 2 (maiores índices de diversidade de Shannon) e redução no ponto 3, que está localizado no reservatório. Neste ponto foi identificada alta densidade de Chironomidae, além da baixa riqueza, o que gerou uma baixa equitabilidade (0,743). De maneira geral o ponto 2 tem apresentado uma comunidade mais diversa, com registro de alguns táxons sensíveis (Figura 30). 74

75 Possivelmente neste local existe uma gama de táxons sensíveis, que não são coletados decorrentes do tipo de amostrador utilizado, a draga. Além disso, além de folhiço, o ponto 2 apresenta grande concentração de areia como substrato, o que fisicamente é instável à alguns táxons. A draga é utilizada para poder realizar a comparação com o ponto do reservatório. Em outubro foi verificado um padrão diferente dos meses anteriores, onde o ponto 3 registrou a riqueza mais baixa, ao contrário do observado nas amostragens passadas (Figura 30) Julho de 2011 Riqueza taxonômica P1 P2 P3 Pontos Janeiro de 2012 Riqueza taxonômica P1 P2 P3 Pontos 75

76 12 Fevereiro de Riqueza taxonômica P1 P2 P3 Pontos Outubro de 2013 Riqueza taxonômica P1 P2 P3 Pontos Figura 30. Riqueza taxonômica registrada Em outubro de 2013, assim como em fevereiro, a maior abundância total foi registrada no ponto 3, especialmente devido a maior densidade de Chironomidae (720ind./m²; Figura 31). Por outro lado, tanto em janeiro de 2012 como em julho de 2011, a maior abundância total foi registrada no ponto 2 nos dois períodos, localizado a montante do reservatório (Figura 31). Em outubro foi observada redução da equitabilidade no ponto 3. É importante mencionar o registro de Bivalvia, porém na forma jovem, o que não permite identificação. Atualmente existem algumas espécies invasoras que além de causarem redução da diversidade da comunidade, podem gerar prejuízos aos usos múltiplos dos reservatórios. Por isso é um monitoramento importante, que deve ser realizado com frequência. 76

77 1400 Abundância total (n.ind./m²) julho de P1 P2 P3 Pontos 1400 Abundância total (n.ind./m²) Janeiro de P1 P2 P3 Pontos 1400 Outubro de 2013 Abundância total (n.ind./m²) P1 P2 P3 Pontos Figura 31. Abundância total da comunidade de invertebrados bentônicos E outubro de 2013, Chironomidae, Oligochaeta e Hydracarina foram os táxons mais freqüentes. Já em fevereiro de 2013, Chironomidae e Hirudinea 77

78 foram frequentes nos três pontos, enquanto em julho de 2011, Chironomidae e Oligochaeta foram registrados em 3 pontos e em janeiro de 2012, em 2 pontos. Além disso, em todas as amostragens esses táxons apresentaram maiores resultados para abundância média (Figura 32). 78

79 4 Frequência taxonômica julho de Smicridea Chironomidae Ceratopogonidae Elmidae Oligochaeta Hirudinea Nematoda Nemertea Hydracarina Cladocera Ostracoda Táxons 4 Janeiro de 2012 Frequência taxonômica Chironomidae Coenagrionidae Elmidae Oligochaeta Nemertea Hydracarina Táxons 4 Fevereiro de 2013 Frequência Taxonômica Chironomidae Ceratopogonidae Simuliidae Cloeodes Coenagrionidae Libellulidae Elmidae Hydrophilidae Oligochaeta Hirudinea Ostracoda Cladocera Nemertea Hydracarina Táxons 79

80 Frequência Taxonômica Outubro de Oecetis Baetodes Cloeodes Chironomidae Ceratopogonidae NI Libellulidae Elmidae Elmidae adulto Oligochaeta Hirudinea Ostracoda Bivalvia jovem Nematoda Nemertea Hydracarina Táxons Figura 32. Frequência dos táxons da comunidade de invertebrados bentônicos Os Chironomidae possuem um elevado poder adaptativo a diferentes substratos, tais como restos de folhas, gravetos, troncos submersos, pedras, macrófitas aquáticas, além do próprio sedimento. Estas larvas refletem, através da colonização destes substratos, a faixa de condições nas quais podem viver, mostrando a elevada capacidade adaptativa do grupo (TRIVINHO-STRIXINO & STRIXINO, 1999). Além disso, são freqüentemente encontrados em locais que apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido, sendo extremamente resistentes às alterações ambientais. Em reservatórios, geralmente são dominantes e abundantes. Os Oligochaeta são detritívoros e resistentes, por isso são bastante freqüentes e abundantes em reservatórios, que acabam limitando táxons mais sensíveis. O excesso de matéria orgânica e areia, aliados a maior profundidade não favorecem táxons sensíveis da comunidade bentônica. Ceratopogonidae e Bivalvia na forma jovem foram frequentes em 2 dos três locais monitorados em outubro de 2013 (Figura 33). 80

81 500 Abundância média (n.ind./m²) Julho de Smicridea Chironomidae Ceratopogonidae Elmidae Oligochaeta Hirudinea Nematoda Nemertea Hydracarina Cladocera Ostracoda Táxons 500 Abundância média (n.in./m²) Janeiro de Chironomidae Coenagrionidae Elmidae Oligochaeta Nemertea Hydracarina Táxons Chironomidae Ceratopogonidae Simuliidae Cloeodes Coenagrionidae Libellulidae Elmidae Hydrophilidae Oligochaeta Hirudinea Ostracoda Cladocera Nemertea Hydracarina Abundância média (n.ind./m²) Fevereiro de 2013 Táxons 81

82 Abundância média (n.ind./m²) Fevereiro de Chironomidae Ceratopogonidae Simuliidae Cloeodes Coenagrionidae Libellulidae Elmidae Hydrophilidae Oligochaeta Hirudinea Ostracoda Cladocera Nemertea Hydracarina Táxons 500 Abundância Média (nº.ind./m²) Outubro de Oecetis Baetodes Cloeodes Chironomidae Ceratopogonidae NI Libellulidae Elmidae Elmidae adulto Oligochaeta Hirudinea Ostracoda Bivalvia jovem Nematoda Nemertea Hydracarina Táxons Figura 33. Abundância média dos táxons registrados Tabela 14. Comunidade de invertebrados bentônicos (ind./m²) encontrada na área de influência do reservatório da PCH Riachão, em outubro de 2013 TÁXONS P1 P2 P3 ABUNDÂNCIA MÉDIA FREQUÊNCIA Trichoptera Oecetis Ephemeroptera Diptera Baetodes Cloeodes Chironomidae Ceratopogonidae

83 Heteroptera NI Odonata Libellulidae Elmidae Coleoptera Elmidae adulto Oligochaeta Anellida Hirudinea Microcrustacea Ostracoda Mollusca Bivalvia jovem Nematoda Nematoda Nemertea Nemertea Aracnida Hydracarina Abundância Total Riqueza taxonômica Índice de Shannon 0,954 1,041 0,699 Legenda: Equitabilidade 0,973 0,731 0,743 P1 - jusante da barragem P2 - mais distante da barragem, localizado a montante P3 - imediatamente a montante da barragem 2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pressupondo que as águas do sistema monitorado são enquadradas na Classe 2 da Resolução nº 357 de março de 2005 do CONAMA, pode-se afirmar que, setembro de 2013, todos os locais monitorados na área de influência da PCH Riachão, apresentaram resultados compatíveis com os limites preconizados pela referida resolução. De maneira geral, o trecho monitorado do reservatório da PCH Riachão apresentou águas transparentes e com baixas concentrações de nutrientes fosfatados e nitrogenados, responsáveis pelo processo de eutrofização. 83

84 Pode se observar também a influencia da sazonalidade na região, onde os maiores valores das variáveis estudadas foram registrados nos períodos chuvosos. A comunidade fitoplanctônica amostrada na área de influência direta da PCH Riachão, localizada no rio Buritis, mostrou alta complexidade taxonômica, sendo registrados 46 táxons em setembro de 2013 que foram distribuídos entre nove grupos taxonômicos. Chlorophyceae e Zygnemaphyceae foram os grupos taxonômicos mais importantes qualitativamente. Foram registrados altos valores de riqueza, densidade e biomassa em setembro de De acordo com os critérios estabelecidos por Vollenweider (1968, apud LIND et al., 1993), os resultados de biovolume obtidos para a PCH Riachão indicaram condições oligotróficas em todos os pontos monitorados. As cianobactérias apresentaram baixos valores de densidade e biomassa, os quais estiveram abaixo dos limites estabelecidos para águas da Classe 2, segundo os padrões de qualidade para os corpos de água fixados pela Resolução n o 357/2005 do CONAMA. Em relação à contribuição das diferentes espécies para a abundância do zooplâncton, destacou-se em outubro de 2013, entre os protozoários testáceos, a espécie Arcella vulgaris undulata, e entre os rotíferos, Keratella cochlearis. Para os cladóceros, Bosminopsis deitersi representou quase 100% da abundância do grupo. Entre os copépodes destacaram-se, mais uma vez, suas formas jovens (náuplios e copepoditos), e novamente neste último mês de amostragem, principalmente os jovens de Calanoida, que representaram cerca de 80% da abundância de copépodes. Como discutido em relatório anterior, o predomínio de jovens, em relação aos adultos deste grupo constitui um padrão frequentemente observado em ambientes aquáticos dulcícolas, e está relacionado à estratégia reprodutiva do grupo (CABIANCA & SENDACZ, 1985). Também entre os adultos, registrou-se o predomínio dos calanoides, sendo registrada apenas a ocorrência de uma espécie de Diaptomidae, Notodiaptomus sp. Em geral, os diaptomideos são mais representativos em 84

85 ambientes com menor tempo de renovação da água, considerando que são copépodes maiores, e com ciclo de vida mais longo (LANSAC-TÔHA et al., 2005), sugerindo assim, mais uma vez, um maior tempo de residência da água paara a área de influência da PCH Riachão, neste último período de amostragem. Em relação à comunidade bentônica, entre julho de 2011 e outubro de 2013 foi verificado um aumento da diversidade gama, com variações sazonais bem marcadas entre as campanhas. A maioria dos táxons registrados é resistente à alterações ambientais, sendo identificada uma comunidade mais diversa no ponto localizado a montante do reservatório. De maneira geral a comunidade bentônica apresentou maior diversidade de insetos em todas as campanhas, que é comum em ecossistemas aquáticos. Em outubro foi identificado um aumento da densidade taxonômica, atribuída ao período seco. Chironomidae e Oligochaeta registraram os maiores valores de densidade em todas as amostragens realizadas, o que é um padrão já consolidado nos ecossistemas aquáticos. 85

86 3. EQUIPE TÉCNICA Coordenação: Bióloga MSc. Juliana Machado do Couto CRBIO 30921/04-D Equipe de laboratório: Bióloga Dra. Danielle Goeldner Pereira Biólogo MSc. Leonardo de Assis Ítalo CRBIO Bióloga Esp. Kátia Bittar Haddad CRBIO Biólogo Wagner Batista Xavier CRBIO Biólogo Paulício Maconi Filho CRBIO Bióloga Lívia Ferreira e Silva CRBIO Téc. Alline Caetano Luiz Análise das comunidades aquáticas: Biólogo Dr. Luiz Felipe Machado-Velho (Zooplâncton). Bióloga Dra. Luzia Cleide Rodrigues (Fitoplâncton). Bióloga MSc. Carolina B. Piva Scurciatto (Zoobentos) CRBiO CRBiO CRBIO 30696/04-D Equipe de campo: Bióloga MSc Rhuâna Thayná B. Nascimento CRBIO 4: Estagiária Anna Carolina N. Moreira Universidade Católica de Goiás 86

87 Equipe de escritório: Revisor-Geógrafo José Aloisio da Silva CREA: /D-GO 87

88 3.1. REFERÊNCIAS AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (APHA). Standard methods for the examination of water and wastewater, 19 th edn. American Public Health Association Publications, Washington DC BASU, B.K., PICK, F.R. Factors regulating phytoplankton and zooplankton biomass in temperate river. Journal of Plankton Research, 19: BAUMGARTEN, M. G. Z., POZZA, S. A. Qualidade de águas: descrição de parâmetros químicos referidos na legislação ambiental. Rio Grande: Editora FURG, 166p BICUDO, C. E. M., MENEZES, M. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil: chave para identificação e descrições. RIMA, São Carlos BORGES, P. A. F., L. C. RODRIGUES, T. A. PAGIORO, e S. TRAIN. Spatial variation of phytoplankton and other abiotic variables in the Pirapó River -PR (Brazil) in august 1999: Preliminary study. Acta Scientiarum 25(1): BORGES, P. A. F., S. TRAIN, e L. C RODRIGUES Spatial and temporal variation of phytoplankton in two subtropical Brazilian reservoirs. Hydrobiologia 607: CABIANCA, M.A.A., SENDACZ, S. Limnologia do reservatório do Borba (Pindamonhangaba,SP). II-Zooplâncton. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo 12(3): CODD, G. A. Cyanobacterial toxins, the perception of water quality, and the prioritization of eutrofication control. Ecol. Eng., 16: CONAMA, Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 357. Classificação dos corpos de água e diretrizes para o enquadramento dos corpos de água superficiais e estabelecimento das condições e padrões de lançamentos de efluentes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 53, 18 de março de Seção 1, p

89 EDLER, L. Recomendations for marine biological studies in the Baltic Sea, phytoplankton and chlorophyll. [Paris]: Unesco, 38 p. (UNESCO, Working Group, 11, Baltic Marine Biologists) EDMUNDS Jr., G.F., JENSEN, S.L., BERNER, L. The Mayflies of North and Central America. University of Minnesota Press. 330p ELMOOR-LOUREIRO, M. A. L. Manual de Identificação de cladóceros límnicos do Brasil. Brasília: Universa ESTEVES, F. A. (Fundamentos de Limnologia 2 a Interciência. ) Edicão. Rio de Janeiro: FERNÁNDEZ, H. R., DOMINGUEZ (eds.), Guia para la determinación de los artrópodos bentónicos sudamericanos. Secretaría de Ciencia y Técnica de la Universidad Nacional de Tucumán, 282p GOLTERMAN, H.L., CLYMO, R.S., OHNSTAD, M.A.M. Methods for physical and chemical analysis of freshwaters. 2 nd ed. Oxford: Blackwell Scientific. 214p. (IBP Handbook, no. 8) HUSZAR, V.L.M., SILVA, L.H.S., MARINHO, M.M., DOMINGOS, P., SANT`ANNA, C.L. Cyanoprokaryote assemblages in eight productive tropical Brazilian waters. Hydrobiologia 424: HYNES, H.B.N. The Ecology of Running Waters. Liverpool University Press, 555p KALFF, J. Limnology. New Jersey: Prentice Hall, KOBAYASHI, T.R.J. et al. Freshwater zooplankton in the Hawkesbury-Nepean River: comparison of community structure with other rivers. Hydrobiologia, v. 377, p LANSAC-TOHA, F.A. et al. Estrutura da comunidade zooplanctônica antes e após a formação do reservatório de Corumbá-GO. In: HENRY, R (Ed.). Ecologia de reservatórios: estrutura, função e aspectos sociais. Botucatu: Fundibio/Fapesp. cap. 12, p

90 LANSAC-TOHA, F.A. et al. Zooplankton in the upper Paraná river floodplain: richness, abundance and relationships with the hydrological level and the connectivity. In: Agostinho, A. A. et al. (Org.). Structure and Function of the Paraná River and its floodplain. Eduem, Maringá: p LANSAC-TOHA, F.A., et al. Estrutura da cominidade zooplanctônica em reservatórios. In: Rodrigues, L., et al. (eds). Biocenoses em reservatórios: Padrões espaciais e temporais. São Carlos: RIMA, p LANSAC-TOHA, F.A. et al. Species richness and geographic distribution of testate amoebae (Rhizopoda) in Brazilian freshwater environments. Acta Scientiarum, 29: LAYR, N., REYES-MARCHANT, P.. The potamoplankton of the midlle Loire and the role of moving litoral in downstream transfer of algae and rotifers. Hydrobiologia, 356: LIND, O. T. Problems in reservoir trophic-state classification and implications for reservoir management. Pages in M. Straskraba, J. G. Tundisi, e A. Ducan, editors. Comparative reservoir limnology and water quality management. Kluwer Academic Press, Netherlands MERRITT, R. W., CUMMINS, K. W. An introduction to the aquatic insects of North America. Kendall/Hunt Publishing company Iwoa. 3th edition, 862p NOGUEIRA, M.G. Zooplankton composition dominance and abundance as indicators of environmental compartmentalization in Jurumirim Reservoir (Paranapanema River), São Paulo, Brasil. Hydrobiologia, 455: PADISÁK, J. Sudden and gradual responses of phytoplankton to global climate change: case studies from two large, shallow lakes (Balaton, Hungary; Neusiedlersee, Austria/Hungary). Pages in D. G. George, J. G. Jones, P. Puncochar, C. S. Reynolds, e D. W. Sutcliffe, editors. Management of lakes and reservoirs during global climate. Kluwer Academic Publishes, Dordrecht PECKARSKY, B. L., FRAISSINET, P. R., PENTON, M. A., CONKLIN Jr., D. J. Freshwater macroinvertebrates o Northeastern North America. Cornell Univ. Press. 442p

91 REID, J.W.. Chave de identificação e lista de referências bibliográficas para as espécies continentais sulamericanas de vida livre da ordem Cyclopoida (Crustacea, Copepoda). Bolm. Zool., 9: REYNOLDS, C. S. Potamoplankton: Paradigms, Paradoxes and Prognoses. Pages in F. E. Round, editor. Algae and the Aquatic Environment. Riopress, Bristol REYNOLDS, C. S. The long, the short and the stalled: on the attributes of phytoplankton selected by physical mixing in lakes and rivers. Hydrobiologia 289: REYNOLDS, C. S. River Plankton: The Paradigm Regained. Pages in D. M. Harper, A. J. D. Fergunson (Eds.). The ecological basis for river management, John Willet & Sons publishers REYNOLDS, C.S. Vegetation process in the pelagic: A model for ecosystem theory. Ecology Institute, Oldendorf REYNOLDS, C. S., DESCY, J. P. The production, biomass and structure of phytoplankton in large rivers. Archiv Hydrobiologic Supplement 113: REYNOLDS, C. S., HUSZAR, V. L. M., KRUK, C., NASELLI-FLORES, L., MELO, S. Towards a functional classification of the freshwater phytoplankton. Journal of Plankton Research, 24: RODRIGUES, L.C. et al Assembléias Fitoplanctônicas de 30 Reservatórios do estado do Paraná. In: Rodrigues, L.; Thomaz, S.M.; Agostinho, A.A.; Gomes, L.C. (Org.). Biocenoses em reservatórios: Padrões espaciais e temporais. São Carlos: RIMA, p SAMPAIO, E. V. et al. Composition and abundance of zooplankton in the limnetic zone of seven reservoirs of the Paranapanema River, Brazil. Braz. J. Biol., 62(3): SEGERS, H. Rotifera. The Hague, The Netherlands: SPC Academics, v. 2: The Lecanidae (Monogononta). (Guides to the identification of the microinvertebrates of the continental waters of the world; v.6), 42 p

92 SENDACZ, S. et al. Limnologia de reservatórios do sudeste do Estado de São Paulo, Brasil. VIII. Zooplâncton. Boletim do Instituto de Pesca, v.12, p SILVA, C.A., TRAIN, S., RODRIGUES, L.C. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplantônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum 23 (2): SILVA, C.A., TRAIN, S., RODRIGUES, L.C. Phytoplankton assemblages in a Brazilian subtropical cascading reservoir system. Hydrobiologia 537: SUN, J., LIU, D Geometric models for calculating cell biovolume and surface area for phytoplankton. Journal of Plankton Research., 25 (2): THORP, J.P., CLASPER, A.F. Importance of biotic interations in large rivers: an experiment with planktivorus fish, dreissened mussels and zooplankton in the St Lawrence river. River Researches and Applications, 19: TRAIN, S., RODRIGUES, L. Phytoplanktonic Assemblages. Pages in S. M. Thomaz, A. A. Agostinho, e N. S. Hahn, editors. The Upper Paraná River and its floodplain: Physical aspects, ecology and conservation. Backhuys, Leiden TRAIN, S., JATI, S., RODRIGUES, L. C., PIVATO, B. M. Distribuição Espacial e Temporal do Fitoplâncton em Três Reservatórios da Bacia do Rio Paraná. Pages in L. Rodrigues, S. M. Thomaz, A. A. Agostinho, e L. C. Gomes, editors. Biocenoses em reservatórios: padrões espaciais e temporais. RIMA, São Carlos TUNDISI, J. G., MATSUMURA-TUNDISI, T., CALIJURI, M. C. Limnology and management of reservoirs in Brazil. In: Straškraba, M., Tundisi, J. G., Duncan, A. Comparative reservoir limnology and water quality management. Dordrecht: Kluwer Academic. p UTERMÖHL, H. Zur Vervollkommnung der quantitativen phytoplanktonmethodic. Mitt. int. Verein. Limnol. 9:

93 VELHO, L.F.M. et al. Testate amoebae (Rhizopodea-Sarcodina) from zooplankton of the high Paraná river floodplain, State of Mato Grosso do Sul, Brazil. I. Families Arcellidae and Centropyxidae. Stud. Neotrop. Fauna Environ., 31: VUCETICH, M.C. Estudio de tecamebianos argentinos, en especial los del dominio pampasico.rev. Mus. la Plata, sér. Zool. 11(108): WETZEL, R. G., LINKENS, G.E. Limnological analyses. New York: Springer- Verlag Biol. MSc. Juliana Machado do Couto Curti Diretora Técnica CRBio n 30921/D 93

94 4. ANEXOS 4.1. CADASTRO TÉCNICO FEDERAL EMPRESA 4.2. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA 94

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 39 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA E ESTRUTURA EM TAMANHO DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES DO CÓRREGO ITYS, NO MUNICÍPIO DE MARIALVA PR

COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA E ESTRUTURA EM TAMANHO DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES DO CÓRREGO ITYS, NO MUNICÍPIO DE MARIALVA PR ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA E ESTRUTURA EM TAMANHO DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES DO CÓRREGO ITYS, NO MUNICÍPIO

Leia mais

ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA BACIA DO RIO ARAGUARI, MG: ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E RELAÇÕES COM ASPECTOS GEOGRÁFICOS E AMOSTRAIS.

ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA BACIA DO RIO ARAGUARI, MG: ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E RELAÇÕES COM ASPECTOS GEOGRÁFICOS E AMOSTRAIS. UFLA Universidade Federal de Lavras DBI Departamento de Biologia/ Setor de Ecologia e Conservação PPG Ecologia Aplicada ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA BACIA DO RIO ARAGUARI, MG: ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E RELAÇÕES

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 34 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

DADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS

DADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS DADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS Jane Piton SERRA 1 RESUMO O Planalto de Poços de Caldas é rico em corpos d água e insere-se na bacia do rio Paraná, que apresenta

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 38 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA PRESENTES EM UM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO POTIGUAR ANTES DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO.

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA PRESENTES EM UM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO POTIGUAR ANTES DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA PRESENTES EM UM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO POTIGUAR ANTES DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. Cláudio Celeso Damasceno Filho¹; Priscylla de Lima Costa¹; Luzia Geize Fernandes

Leia mais

ECOLOGIA DE PEIXES EM UM TRECHO DO ALTO RIO URU, CIDADE DE GOIÁS, GOIÁS, BRASIL

ECOLOGIA DE PEIXES EM UM TRECHO DO ALTO RIO URU, CIDADE DE GOIÁS, GOIÁS, BRASIL ECOLOGIA DE PEIXES EM UM TRECHO DO ALTO RIO URU, CIDADE DE GOIÁS, GOIÁS, BRASIL Douglas Silva Mendonça 1, Ronaldo Angelini 2 e Marcos Aurélio de Amorim Gomes 3 1 Bolsista PIBIC/CNPq/UEG, discente do curso

Leia mais

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Hemiodus unimaculatus DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Hemiodus unimaculatus DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES ESTRUTURA POPULACIONAL DE Hemiodus unimaculatus DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES Souza, N. S. (1) ; Sá-Oliveira, J. C. (1) ; Vasconcelos, H. C. G. (1) ; Barros, I. F. A (1) souza.naziel@gmail.com (1) Universidade

Leia mais

ABUNDÂNCIA RELATIVA DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

ABUNDÂNCIA RELATIVA DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES ABUNDÂNCIA RELATIVA DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES Vasconcelos, H. C. G. (1) ; Sá-Oliveira, J. C. (1) ; Souza, N. S. (1) ; Barros, I. F. A. (1) huannvasconcelos@unifap.br (1) Departamento

Leia mais

ALIMENTAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Astyanax, NO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PR

ALIMENTAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Astyanax, NO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PR 26 a 29 de outubro de 2010 ISBN 978-85-61091-69-9 ALIMENTAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Astyanax, NO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PR Jislaine Cristina da Silva 1 ; Rosilene Luciana Delariva 2 RESUMO: O estudo e conhecimento

Leia mais

TÍTULO: ICTIOFAUNA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: INVENTÁRIO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E A RELAÇÃO COM ESPÉCIES INVASORAS NA FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA

TÍTULO: ICTIOFAUNA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: INVENTÁRIO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E A RELAÇÃO COM ESPÉCIES INVASORAS NA FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ICTIOFAUNA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: INVENTÁRIO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E A RELAÇÃO COM ESPÉCIES

Leia mais

COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DO RESERVATÓRIO DE SALTO SANTIAGO, RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL.

COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DO RESERVATÓRIO DE SALTO SANTIAGO, RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL. COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DO RESERVATÓRIO DE SALTO SANTIAGO, RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL. Yuri Matheus Brunhara Contrera 1, Vitor André Frana 2, Carlos Henrique Orsi 2, Gilmar Baumgartner 3. e-mail:

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PARQUE AQÜÍCOLA XORORÓ NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU PARANÁ/BRASIL

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PARQUE AQÜÍCOLA XORORÓ NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU PARANÁ/BRASIL P P P U P MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PARQUE AQÜÍCOLA XORORÓ NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU PARANÁ/BRASIL 1 2 Angelo Ferreira PierettiP P, Gilmar BaumgartnerP P, Pedro Rogério L. da SilvaP 3 3 3 Vinícius

Leia mais

MONITORAMENTO ANUAL DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE DE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ 2005

MONITORAMENTO ANUAL DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE DE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ 2005 MONITORAMENTO ANUAL DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE DE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ 2005 RELATÓRIO FINAL USINA HIDRELÉTRICA DE MIRANDA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO ABRIL/2006

Leia mais

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL Joab Pires Santana 1 ; Emerson Machado de Carvalho 2 1 Graduando do curso de Ciências Biológicas e

Leia mais

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES ESTRUTURA POPULACIONAL DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES Barros, I. F.A. (1) ; Sá-Oliveira, J.C. (2) ; Vasconcelos, H.C.G. (3) ; Souza, N.S. (2) huannvasconcelos@unifap.br (1) Aluno

Leia mais

Conclusões e Considerações Finais

Conclusões e Considerações Finais Conclusões e Considerações Finais 70 60 Representatividade % 50 40 30 20 10 0 Onívoro Invertívoro Detritívoro Piscívoro 30 s 25 ro e 20 n 15 g ê 10 º n 5 0 S N 40 5 0 25 20 5 0 5 0 Riachos Carlos Bernardo

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ AUTORIZAÇÃO 85/2009 CGFAP/IBAMA PROCESSO

Leia mais

MONITORAMENTO ANUAL DE ICTIOFAUNA 2005

MONITORAMENTO ANUAL DE ICTIOFAUNA 2005 MONITORAMENTO ANUAL DE ICTIOFAUNA 2005 RELATÓRIO FINAL USINA HIDRELÉTRICA DE MIRANDA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO MARÇO/2005 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. Profissional

Leia mais

ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR

ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR TOZZO, R. A. 1 ; DE SOUZA F. 2 ; SANTOS, G. L. 3 ; GONÇALVES, E. A. 4 ; SILVA, R. F. 5 1 4 Graduando em Ciências

Leia mais

5ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA DAS TERRAS INDÍGENAS DO RIO TIBAGI/PR

5ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA DAS TERRAS INDÍGENAS DO RIO TIBAGI/PR 5ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA DAS TERRAS INDÍGENAS DO RIO TIBAGI/PR Interessado: CONSÓRCIO ENERGÉTICO CRUZEIRO DO SUL CPF/CNPJ: 08.587.195 /0001-20 Município: Processo: CURITIBA- PR Elaboração

Leia mais

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia Anais do I Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia IMPACTOS NA BIODIVERSIDADE: UM ESTUDO DE CASO DA CURVINA (Plagioscion squamosissimus) NO MÉDIO RIO TOCANTINS, ANTES

Leia mais

Monitoramento da Ictiofauna

Monitoramento da Ictiofauna Cemig Geração e Transmissão S.A UHE Sá Carvalho Monitoramento da Ictiofauna Instalação: Estudo: Relatório: UHE Sá Carvalho Empresa Responsável: PRB Consultoria e Projetos Ambientais Responsável Técnico:

Leia mais

1º MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA

1º MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA Interessado: CPF/CNPJ: 08.587.195 /0001-20 Município: Processo: 1º MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA CONSÓRSIO ENERGÉTICO CRUZEIRO DO SUL CURITIBA- PR Elaboração de monitoramento da ictiofauna em áreas de influência

Leia mais

CONTRATO N RELATÓRIO FINAL

CONTRATO N RELATÓRIO FINAL CONTRATO N 4570008814 RELATÓRIO FINAL MONITORAMENTO ANUAL DE ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA DE JAGUARA COMPANHIA ENÉRGETICA DE MINAS GERAIS - CEMIG PATOS DE MINAS - MG FEVEREIRO/2006 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Leia mais

Relatório de Resgate de Ictiofauna. PCH Pedra do Garrafão

Relatório de Resgate de Ictiofauna. PCH Pedra do Garrafão Relatório de Resgate de Ictiofauna PCH REL rev.: 00 Jun-2016 Relatório de Resgate de Ictiofauna PCH BELO HORIZONTE/MG Junho / 2016 RESPONSÁVEL LEGAL PELO EMPREENDIMENTO Razão Social: Rio PCH I - Grupo

Leia mais

ESTUDO DA OCORRÊNCIA DA ICTIOFAUNA EM SANTA CATARINA

ESTUDO DA OCORRÊNCIA DA ICTIOFAUNA EM SANTA CATARINA ESTUDO DA OCORRÊNCIA DA ICTIOFAUNA EM SANTA CATARINA Modalidade: ( ) Ensino ( x ) Pesquisa ( ) Extensão Nível: ( x ) Médio ( ) Superior ( ) Pós-graduação Área: ( ) Química ( ) Informática ( ) Ciências

Leia mais

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS 11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS Leandro Amorim da Silva 1, Fernando Mayer Pelicice

Leia mais

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA DO RIO CANTU, TRIBUTÁRIO DO RIO PIQUIRI, BACIA DO ALTO RIO PARANÁ.

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA DO RIO CANTU, TRIBUTÁRIO DO RIO PIQUIRI, BACIA DO ALTO RIO PARANÁ. COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA DO RIO CANTU, TRIBUTÁRIO DO RIO PIQUIRI, BACIA DO ALTO RIO PARANÁ. 1 Ricardo Soni; 1 Thales Serrano Silva; 2 Vitor André Frana; 2 Carlos Henrique Orsi; 3 Éder André Gubiani, e-mail

Leia mais

A ICTIOFAUNA DOS RIOS CAVEIRAS E CARONAS DO PLANALTO SERRANO, SUB - BACIAS DOS RIOS CANOAS E PELOTAS - BACIA DO RIO URUGUAI - SANTA CATARINA, BRASIL.

A ICTIOFAUNA DOS RIOS CAVEIRAS E CARONAS DO PLANALTO SERRANO, SUB - BACIAS DOS RIOS CANOAS E PELOTAS - BACIA DO RIO URUGUAI - SANTA CATARINA, BRASIL. 200 A ICTIOFAUNA DOS RIOS CAVEIRAS E CARONAS DO PLANALTO SERRANO, SUB - BACIAS DOS RIOS CANOAS E PELOTAS - BACIA DO RIO URUGUAI - SANTA CATARINA, BRASIL. Karla Conceição Pereira 1, José Roberto Verani

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA JANEIRO/2010 MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. RELATÓRIO FINAL AMOSTRAGEM: AGOSTO/2009 E JANEIRO/2010 PATOS DE MINAS, FEVEREIRO DE 2010. 1

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2002)

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2002) MUNDI BIOLOGIA E INTEGRAÇÃO AMBIENTAL S/C LTDA. MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2002) Relatório Final Belo Horizonte - MG Março de 2003

Leia mais

2.10. Ictiofauna. Fauna associada a bancos flutuantes de macrófitas. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 126.

2.10. Ictiofauna. Fauna associada a bancos flutuantes de macrófitas. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 126. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 126 2.10. Ictiofauna Fauna associada a bancos flutuantes de macrófitas Cíntia Karen Bulla Luiz Carlos Gomes Angelo Antonio Agostinho Introdução A

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Relatório Final / 2008 USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. PATOS DE MINAS, NOVEMBRO DE 2008. 1 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Água e Terra Planejamento

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. PATOS DE MINAS, MARÇO DE 2008. 1 FINAL / 2007 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Água e Terra Planejamento Ambiental

Leia mais

MONITORAMENTO DA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ, MG (ANO DE 2004) RELATÓRIO FINAL

MONITORAMENTO DA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ, MG (ANO DE 2004) RELATÓRIO FINAL MONITORAMENTO DA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ, MG (ANO DE 2004) RELATÓRIO FINAL Julho / 2005 SUMÁRIO 1 - Apresentação... 1 2 - Introdução... 1 3 - Objetivos...

Leia mais

Monitoramento da Ictiofauna

Monitoramento da Ictiofauna Cemig Geração e Transmissão S.A PCH Tronqueiras Monitoramento da Ictiofauna Instalação: Estudo: Relatório: PCH Tronqueiras Empresa Responsável: PRB Consultoria e Projetos Ambientais Responsável Técnico:

Leia mais

ICTIOFAUNA DO RIO DA PRATA (MICROBACIA DO RIO APORÉ, BACIA DO PARANAÍBA)

ICTIOFAUNA DO RIO DA PRATA (MICROBACIA DO RIO APORÉ, BACIA DO PARANAÍBA) ISSN 2236-3866 2012 Evolução e Conservação da Biodiversidade e autores Acesso livre em www.simposiodabiodiversidade.com.br/ecb 1 ICTIOFAU DO RIO DA PRATA (MICROBACIA DO RIO APORÉ, BACIA DO PARAÍBA) Ichthyofauna

Leia mais

OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DA ICTIOFAUNA DE ÁGUA-DOCE NO ESTADO DE SANTA CATARINA

OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DA ICTIOFAUNA DE ÁGUA-DOCE NO ESTADO DE SANTA CATARINA OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DA ICTIOFAUNA DE ÁGUA-DOCE NO ESTADO DE SANTA CATARINA Autores : Luana Bolsoni BORGES 1 ; Hiago William PETRIS 2 ; Daniel Meneguello LIMEIRA 3 ; Paulo de Almeida CORREIA JR. 4

Leia mais

LEVANTAMENTO RÁPIDO DA ICTIOFAUNA NO RIACHO SECO, BREJÃO - PE

LEVANTAMENTO RÁPIDO DA ICTIOFAUNA NO RIACHO SECO, BREJÃO - PE LEVANTAMENTO RÁPIDO DA ICTIOFAUNA NO RIACHO SECO, BREJÃO - PE Santana, J.R. (1) ; Lima, E.N. (2) ; Dantas, R.S. (3) ; Melo, D.C.M. (1) ; Cunha, A.G. (4) ribeiro.pesca@gmail.com (1) Universidade Federal

Leia mais

G e o l o g i a M i n e r a ç ã o e A s s e s s o r i a L t d a. E-mail : geominas@terra.com.br Fone 55 65 3682-7603 Fone Fax 3682-3273

G e o l o g i a M i n e r a ç ã o e A s s e s s o r i a L t d a. E-mail : geominas@terra.com.br Fone 55 65 3682-7603 Fone Fax 3682-3273 159 2.2. ICTIOFAUNA 2.2.1. Introdução Mais de 20 mil espécies de peixes são conhecidas no mundo, a maioria das quais vivem em águas tropicais. Cerca de 42% deste total ocorre em água doce, sendo a maior

Leia mais

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH POQUIM

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH POQUIM RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. DATAS DAS COLETAS: 29 de agosto de 2011 e 27 de fevereiro de 2012 DATA DA EMISSÃO DO RELATÓRIO: 20 de maio de 2012 N DO CONTRATO:

Leia mais

Peixes do rio Turvo bacia do rio Paranapanema, São Paulo, Brasil

Peixes do rio Turvo bacia do rio Paranapanema, São Paulo, Brasil Peixes do rio Turvo bacia do rio Paranapanema, São Paulo, Brasil Evelini Arsego 1, Vinicius Valiente dos Santos 1, Tiago Debona 1, Danielle Zanerato Damaceno 2, Fabiane Cristina Armiliato 3, João Henrique

Leia mais

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA PCH LUIZ DIAS SOBRE A COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA NO RIO LOURENÇO VELHO, MG

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA PCH LUIZ DIAS SOBRE A COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA NO RIO LOURENÇO VELHO, MG TÍTULO: INFLUÊNCIA DA PCH LUIZ DIAS SOBRE A COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA NO RIO LOURENÇO VELHO, MG CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: CENTRO

Leia mais

J. R. S. VITULE 2. Acta Biol. Par., Curitiba, 36 (3-4): F. F. GAZOLA-SILVA 3 & J. M. R. ARANHA 4

J. R. S. VITULE 2. Acta Biol. Par., Curitiba, 36 (3-4): F. F. GAZOLA-SILVA 3 & J. M. R. ARANHA 4 Acta Biol. Par., Curitiba, 36 (3-4): 113-119. 2007. 113 Desenvolvimento gonadal de Deuterodon langei Travassos (Teleostei: Characidae) 1 Gonadal development of Deuterodon langei Travassos (Teleostei: Characidae)¹

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO RESERVATÓRIO E SISTEMA DE TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES DA UHE IGARAPAVA

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO RESERVATÓRIO E SISTEMA DE TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES DA UHE IGARAPAVA MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO RESERVATÓRIO E SISTEMA DE TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES DA UHE IGARAPAVA Empresa Responsável: LUPA Consultoria Ambiental Ltda. Responsáveis Técnicos: Lucas Borges de Resende Brener

Leia mais

Monitoramento da Ictiofauna

Monitoramento da Ictiofauna Cemig Geração e Transmissão S.A PCH Dona Rita Monitoramento da Ictiofauna Instalação: Estudo: Relatório: PCH Dona Rita Empresa Responsável: PRB Consultoria e Projetos Ambientais Responsável Técnico: Luiz

Leia mais

- Gerenciamento de Recursos Hídricos - Convênio de Cooperação Técnica CBH Araguari / ABHA

- Gerenciamento de Recursos Hídricos - Convênio de Cooperação Técnica CBH Araguari / ABHA HISTÓRICO Programa sugerido no Plano de Controle Ambiental: - Gerenciamento de Recursos Hídricos - Convênio de Cooperação Técnica CBH Araguari / ABHA Condicionantes de Licença de Operação Amador Aguiar

Leia mais

LEVANTAMENTO DA ICTIOFUNA DE TRÊS RICHOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE TOLEDO PARANÁ

LEVANTAMENTO DA ICTIOFUNA DE TRÊS RICHOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE TOLEDO PARANÁ LEVANTAMENTO DA ICTIOFUNA DE TRÊS RICHOS URBANOS DO MUNICÍPIO DE TOLEDO PARANÁ Alex Grazzioli Bonami, Atielli Crislan de Oliveira, Vanessa Salete Daga, Cleodimar Fernandes, Éder André Gubiani (Orientador/UNIOESTE),

Leia mais

RESUMO O presente estudo tem por finalidade a caracterização das comunidades de peixes e da pesca de um trecho de aproximadamente 32 km do rio Pará, situado entre a jusante da UHE Cajuru e sua confluência

Leia mais

A Ictiofauna do Rio Santa Maria do Rio Doce. Guilherme P. Fadini 1*

A Ictiofauna do Rio Santa Maria do Rio Doce. Guilherme P. Fadini 1* III SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA. 2014 379 A Ictiofauna do Rio Santa Maria do Rio Doce. Guilherme P. Fadini 1* 1 Museu de Biologia Mello Leitão. Av. José Ruschi, Nº 4, Santa Teresa-ES.

Leia mais

Levantamento das espécies de peixes da bacia hidrográfica do rio Iquiri no município de Capixaba

Levantamento das espécies de peixes da bacia hidrográfica do rio Iquiri no município de Capixaba Levantamento das espécies de peixes da bacia hidrográfica do rio Iquiri no município de Capixaba Jônatas Sampaio NOGUEIRA (1), Luis Pedro de Melo PLESE (2), Lisandro Juno Soares VIEIRA (3) (1) Centro de

Leia mais

Monitoramento da Ictiofauna

Monitoramento da Ictiofauna Cemig Geração e Transmissão S.A UHE Salto Grande Monitoramento da Ictiofauna Instalação: Estudo: Relatório: UHE Salto Grande Empresa Responsável: PRB Consultoria e Projetos Ambientais Responsável Técnico:

Leia mais

Estudo do Comportamento a jusante de barragens:

Estudo do Comportamento a jusante de barragens: Estudo do Comportamento a jusante de barragens: subsídios a conservação da ictiofauna Fábio Mineo Suzuki Biólogo Doutorando Ecologia Aplicada - UFLA Introdução Usinas hidrelétricas no Brasil Maioria dos

Leia mais

RELATÓRIO DA 11ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - UHE MONJOLINHO -

RELATÓRIO DA 11ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - UHE MONJOLINHO - RELATÓRIO DA 11ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - - APRESENTAÇÃO Este documento apresenta os resultados de onze campanhas de monitoramento da comunidade de peixes e de ictioplâncton

Leia mais

RELATÓRIO FINAL REFERENTE ÀS CAMPANHAS DE CAMPO

RELATÓRIO FINAL REFERENTE ÀS CAMPANHAS DE CAMPO COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO DA UHE NOVA PONTE, RIO ARAGUARI-MG (ANO DE 2003) RELATÓRIO FINAL REFERENTE ÀS CAMPANHAS DE CAMPO N.º ST-674-D-RE-Z08-002

Leia mais

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia Anais do I Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia A ESTRUTURA DAS ASSEMBLÉIAS DE PEIXES EM HABITATS ARTIFICIAIS DE LAGOS DO MÉDIO RIO NEGRO (AMAZONAS BRASIL) Kedma

Leia mais

PARECER TÉCNICO Nº. 001/08 NCA/TEC GOIÂNIA, GO, 18 DE JULHO DE REFERÊNCIA: GRADE ANTI CARDUMES UHE FOZ DO RIO CLARO OBJETIVO DO DOCUMENTO

PARECER TÉCNICO Nº. 001/08 NCA/TEC GOIÂNIA, GO, 18 DE JULHO DE REFERÊNCIA: GRADE ANTI CARDUMES UHE FOZ DO RIO CLARO OBJETIVO DO DOCUMENTO PARECER TÉCNICO Nº. 001/08 NCA/TEC GOIÂNIA, GO, 18 DE JULHO DE 2008. REFERÊNCIA: GRADE ANTI CARDUMES UHE FOZ DO RIO CLARO OBJETIVO DO DOCUMENTO Este documento faz uma avaliação técnica sobre o dimensionamento

Leia mais

Estudo da alimentação dos peixes no rio Grande à jusante da usina hidrelétrica de Itutinga, Minas Gerais, Brasil

Estudo da alimentação dos peixes no rio Grande à jusante da usina hidrelétrica de Itutinga, Minas Gerais, Brasil 56 Gandini et al. Estudo da alimentação dos peixes no rio Grande à jusante da usina hidrelétrica de Itutinga, Minas Gerais, Brasil Cíntia V. Gandini, Igor A. Boratto, Daniela C. Fagundes & Paulo S. Pompeu

Leia mais

RELATÓRIO DA 12ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - UHE MONJOLINHO - OUTUBRO DE 2017.

RELATÓRIO DA 12ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - UHE MONJOLINHO - OUTUBRO DE 2017. RELATÓRIO DA 12ª CAMPANHA DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA PERÍODO PÓS-ENCHIMENTO - -. APRESENTAÇÃO Este documento apresenta os resultados de doze campanhas de monitoramento da comunidade de peixes e de

Leia mais

STUDY OF THE ICTIOFAUNA IN JURAMENTO RIVER RESERVOIR, JURAMENTO/ MG,BRAZIL

STUDY OF THE ICTIOFAUNA IN JURAMENTO RIVER RESERVOIR, JURAMENTO/ MG,BRAZIL ESTUDO DA ICTIOFAUNA NA BARRAGEM DO RIO JURAMENTO, JURAMENTO/MG, BRASIL * STUDY OF THE ICTIOFAUNA IN JURAMENTO RIVER RESERVOIR, JURAMENTO/ MG,BRAZIL Maria Beatriz Gomes e Souza Dabés ** Gilmar Bastos Santos

Leia mais

Variações espaciais na estrutura da comunidade de peixes do reservatório de Nova Ponte.

Variações espaciais na estrutura da comunidade de peixes do reservatório de Nova Ponte. Variações espaciais na estrutura da comunidade de peixes do reservatório de Nova Ponte. Bárbara O. Sanches, Gilmar B. Santos, Robert M. Hughes Março de 2011 Gradiente longitudinal Thornton (1990) Região

Leia mais

ANÁLISE CROMOSSÔMICA EM HOPLIAS MALABARICUS (CHARACIFORMES, ERYTHRINIDAE) NO RIO SARANDI, EM REALEZA PARANÁ. BOROWSKI PIETRICOSKI 2

ANÁLISE CROMOSSÔMICA EM HOPLIAS MALABARICUS (CHARACIFORMES, ERYTHRINIDAE) NO RIO SARANDI, EM REALEZA PARANÁ. BOROWSKI PIETRICOSKI 2 ANÁLISE CROMOSSÔMICA EM HOPLIAS MALABARICUS (CHARACIFORMES, ERYTHRINIDAE) NO RIO SARANDI, EM REALEZA PARANÁ. DIANA PAULA PERIN 1*, ALIFER PALHANO¹, SANDIELI BIANCHIN¹, LUCIANA BOROWSKI PIETRICOSKI 2 1

Leia mais

Manejo pesqueiro: compromisso ético com conservação

Manejo pesqueiro: compromisso ético com conservação Manejo Pesqueiro Manejo pesqueiro A formação de reservatórios afeta as características físicas, químicas e biológicas dos rios. Podem ocorrer alterações na abundância das espécies, com proliferação excessiva

Leia mais

RELATÓRIO DA ICTIOFAUNA DA UHE SALTO GRANDE

RELATÓRIO DA ICTIOFAUNA DA UHE SALTO GRANDE RELATÓRIO DA ICTIOFAUNA DA UHE SALTO GRANDE CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A DATA DAS COLETAS: 28 de agosto a 1 de setembro/21, 22 a 24 de outubro/21, 21 e 22 de janeiro/211 e 6 a 8 de maio/211. DATA DA

Leia mais

Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre FAFIA Alegre ES. 2

Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre FAFIA Alegre ES. 2 AVALIAÇÃO GONADOSSOMÁTICA (IGS), EM ESPÉCIES DE CASCUDOS VIOLA (Harttia loricariformis) E CASCUDO PINTADO (Hypostomus sp) EM AMBIENTE LÓTICO E LÊNTICO NO RIO ITAPEMIRIM, ALEGRE-ES. Fabrício Martins Dutra

Leia mais

RELATÓRIO FINAL MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA UHE MIRANDA

RELATÓRIO FINAL MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA UHE MIRANDA O) RELATÓRIO FINAL - 2000 MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA UHE MIRANDA Julho / 2001 índice 1 - Apresentação 1 2 - Introdução / Objetivos 1 3 - Procedimentos metolológicos 2 3.1 - Periodicidade das coletas

Leia mais

[T] Caracterização da assembleia de peixes em um reservatório recém-formado no Sul do Brasil

[T] Caracterização da assembleia de peixes em um reservatório recém-formado no Sul do Brasil [T] Caracterização da assembleia de peixes em um reservatório recém-formado no Sul do Brasil TÍTULO [I] Characterization of the fish assemblage in a recent impoundment in Southern Brazil [A] Elton Celton

Leia mais

ECOMORFOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PEIXES SILURIFORMES NA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ EM GOIÁS

ECOMORFOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PEIXES SILURIFORMES NA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ EM GOIÁS Categoria Simpósio Temático 02 - Bacia Hidrográfica, Geoprocessamento e Cerrado ECOMORFOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PEIXES SILURIFORMES NA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ EM GOIÁS Karise Mamede Macedo (PUC-GO);

Leia mais

Teleostei) de ribeirões da bacia do rio

Teleostei) de ribeirões da bacia do rio Composição em tamanho dos peixes es (Actinopterygii, Teleostei) de ribeirões da bacia do rio Tibagi, Paraná, aná, Brasil Oscar A. Shibatta & Carolina C. Cheida Museu de Zoologia, Departamento de Biologia

Leia mais

GUIA DIDÁTICO ILUSTRADO DE PEIXES DA ESEC SERRA DAS ARARAS: a divulgação científica na formação de licenciandos em Biologia

GUIA DIDÁTICO ILUSTRADO DE PEIXES DA ESEC SERRA DAS ARARAS: a divulgação científica na formação de licenciandos em Biologia GUIA DIDÁTICO ILUSTRADO DE PEIXES DA ESEC SERRA DAS ARARAS: a divulgação científica na formação de licenciandos em Biologia Nelson Antunes de Moura; Vanessa Cardoso Nunes; Auclar Felipe Botini; Juciley

Leia mais

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO CAMPANHA MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. PATOS DE MINAS, MARÇO DE 2008. 1 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Água e Terra Planejamento Ambiental

Leia mais

Geração e Transmissão S.A

Geração e Transmissão S.A Cemig Geração e Transmissão S.A Usina Hidrelétrica de Miranda Monitoramento da Ictiofaunaa Relatório Final Instalação: Estudo: Relatório: UHE Miranda Empresa Responsável: MANNA & TOLEDO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Leia mais

ECOLOGIA TRÓFICA DA TRAIRA Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) INTRODUZIDA NO RESERVATÓRIO DE CACHOEIRA DOURADA GO/MG

ECOLOGIA TRÓFICA DA TRAIRA Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) INTRODUZIDA NO RESERVATÓRIO DE CACHOEIRA DOURADA GO/MG 184 ECOLOGIA TRÓFICA DA TRAIRA Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) INTRODUZIDA NO RESERVATÓRIO DE CACHOEIRA DOURADA GO/MG Tatiane F. Luiz 1*, Marcela R. Velludo 1, Daniela Fernandes 1, Elisa M. de Oliveira

Leia mais

Macroinvertebrados bentônicos em riachos de cabeceira: Múltiplas abordagens de estudos ecológicos em bacias hidrográficas

Macroinvertebrados bentônicos em riachos de cabeceira: Múltiplas abordagens de estudos ecológicos em bacias hidrográficas Macroinvertebrados bentônicos em riachos de cabeceira: Múltiplas abordagens de estudos ecológicos em bacias hidrográficas Laboratório de Ecologia e Conservação ICB - UFPA Condições ecológicas em bacias

Leia mais

Mecanismo de transposição de peixes de pequena central hidrelétrica

Mecanismo de transposição de peixes de pequena central hidrelétrica Ciência Rural, Santa Maria, Online Mecanismo de transposição de peixes de pequena central hidrelétrica. ISSN 0103-8478 1 Mecanismo de transposição de peixes de pequena central hidrelétrica Mechanism of

Leia mais

MONITORAMENTOS DE PEIXES EM RESERVATÓRIOS: COMPREENDENDO PADRÕES ESPAÇO-TEMPORAIS

MONITORAMENTOS DE PEIXES EM RESERVATÓRIOS: COMPREENDENDO PADRÕES ESPAÇO-TEMPORAIS MONITORAMENTOS DE PEIXES EM RESERVATÓRIOS: COMPREENDENDO PADRÕES ESPAÇO-TEMPORAIS Raquel Loures 5º Seminário Estratégias para Conservação de peixes em Minas Gerais INTRODUÇÃO 1268 hidrelétricas no Brasil

Leia mais

Estrutura trófica da ictiofauna a jusante de hidrelétricas. Alexandre Peressin IV Seminário Estratégias para conservação de peixes em Minas Gerais

Estrutura trófica da ictiofauna a jusante de hidrelétricas. Alexandre Peressin IV Seminário Estratégias para conservação de peixes em Minas Gerais Estrutura trófica da ictiofauna a jusante de hidrelétricas Alexandre Peressin IV Seminário Estratégias para conservação de peixes em Minas Gerais Conhecimento sobre a dieta de peixes em UHEs Reservatório

Leia mais

REPRODUÇÃO DE PEIXES (OSTEICHTHYES) EM AFLUENTES DO RESERVATÓRIO DE VOLTA GRANDE, RIO GRANDE, SUDESTE DO BRASIL INTRODUÇÃO

REPRODUÇÃO DE PEIXES (OSTEICHTHYES) EM AFLUENTES DO RESERVATÓRIO DE VOLTA GRANDE, RIO GRANDE, SUDESTE DO BRASIL INTRODUÇÃO Reprodução de peixes (Osteichthyes) em afluentes do reservatório... 67 REPRODUÇÃO DE PEIXES (OSTEICHTHYES) EM AFLUENTES DO RESERVATÓRIO DE VOLTA GRANDE, RIO GRANDE, SUDESTE DO BRASIL ABSTRACT Francisco

Leia mais

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE PEIXES NA FAZENDA SANTO ANTONIO, AGUDOS, SÃO PAULO

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE PEIXES NA FAZENDA SANTO ANTONIO, AGUDOS, SÃO PAULO TÍTULO: LEVANTAMENTO DE PEIXES NA FAZENDA SANTO ANTONIO, AGUDOS, SÃO PAULO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU

Leia mais

Migração e reprodução de Prochilodus costatus no alto rio São Francisco. Como conservar esta população se barragens forem instaladas?

Migração e reprodução de Prochilodus costatus no alto rio São Francisco. Como conservar esta população se barragens forem instaladas? Migração e reprodução de Prochilodus costatus no alto rio São Francisco. Como conservar esta população se barragens forem instaladas? Sub-Projeto: Análise da dinâmica migratória de populações de Curimatá-Pioa

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 44 2012 COORDENAÇÃO

Leia mais

O programa Aliança EcoÁgua Pantanal e sua contribuição para o Pacto em defesa das cabeceiras do Pantanal. Maitê Tambelini Ibraim Fantin da Cruz

O programa Aliança EcoÁgua Pantanal e sua contribuição para o Pacto em defesa das cabeceiras do Pantanal. Maitê Tambelini Ibraim Fantin da Cruz O programa Aliança EcoÁgua Pantanal e sua contribuição para o Pacto em defesa das cabeceiras do Pantanal Maitê Tambelini Ibraim Fantin da Cruz APRESENTAÇÃO Iniciativa Objetivo Atividades ELOHA Estudo de

Leia mais

Composição e diver. Nicelly B. Araújo 1 & Francisco L. Tejerina-Garro 2

Composição e diver. Nicelly B. Araújo 1 & Francisco L. Tejerina-Garro 2 Composição e diver ersidade da ictiofauna em riachos do Cerrado, bacia do ribeirão Ouvidor, alto rio Paraná, aná, Goiás, Brasil Nicelly B. Araújo 1 & Francisco L. Tejerina-Garro 2 1 Programa de Pós-Graduação

Leia mais

Ictiofauna da Estação Ecológica do Tapacurá

Ictiofauna da Estação Ecológica do Tapacurá Ictiofauna da Estação Ecológica do Tapacurá Ana Carla Asfora El-Deir 1, Karina Maria de Souza Silva 2, Carolina Alves Collier 3, Miguel Santana de Almeida Neto 4, Heiko Brunken 5, William Severi 6 1 Professora

Leia mais

AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ÍCTICA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - (ADA) E ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE ALZIR DOS SANTOS ANTUNES, NONOAI, RS.

AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ÍCTICA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - (ADA) E ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE ALZIR DOS SANTOS ANTUNES, NONOAI, RS. AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ÍCTICA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - (ADA) E ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE ALZIR DOS SANTOS ANTUNES, NONOAI, RS. ELABORADO POR: Fevereiro de 2015 SUMÁRIO 1 EQUIPE... 3

Leia mais

DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2003)

DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2003) RELATÓRIO FINAL PROJETO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, MG (ANO DE 2003) RELATÓRIO SUBMETIDO AO GA/PA DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS-CEMIG

Leia mais

Relatório conclusivo do monitoramento do bagre Rhamdia jequitinhonha - Silfvergrip, 1996 (condicionante 21)

Relatório conclusivo do monitoramento do bagre Rhamdia jequitinhonha - Silfvergrip, 1996 (condicionante 21) Relatório conclusivo do monitoramento do bagre Rhamdia jequitinhonha - Silfvergrip, 1996 (condicionante 21) Biólogo Francisco Ricardo de Andrade Neto (CRBio 44968/04) Maio 2014 1 ÍNDICE APRESENTAÇÃO...

Leia mais

Monitoramento da Ictiofauna

Monitoramento da Ictiofauna Cemig Geração e Transmissão S.A Pequena Central Hidrelétrica Poquim Monitoramento da Ictiofauna Instalação: Estudo: Relatório: PCH Poquim Empresa Responsável: PRB Consultoria e Projetos Ambientais Responsável

Leia mais

LEVANTAMENTO RÁPIDO DE PEIXES EM UMA LAGOA MARGINAL DO RIO IMBITUVA NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI, PARANÁ, BRASIL

LEVANTAMENTO RÁPIDO DE PEIXES EM UMA LAGOA MARGINAL DO RIO IMBITUVA NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI, PARANÁ, BRASIL CDD: 597 LEVANTAMENTO RÁPIDO DE PEIXES EM UMA LAGOA MARGINAL DO RIO IMBITUVA NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI, PARANÁ, BRASIL A QUICK SURVEY OF THE FISH COMMUNITY IN A MARGINAL LAGOON OF THE IMBITUVA RIVER,

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON NO MÉDIO RIO URUGUAI: INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS REGIONAIS E LOCAIS

DISTRIBUIÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON NO MÉDIO RIO URUGUAI: INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS REGIONAIS E LOCAIS DISTRIBUIÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON NO MÉDIO RIO URUGUAI: INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS REGIONAIS E LOCAIS ÍSIS TAMARA DE VLIEGER 1,2, DAVID AUGUSTO REYNALTE TATAJE 1,2 1 Universidade Federal da Fronteira Sul, campus

Leia mais

A utilização de índices baseados em assembleias de peixes (RFAI) em reservatórios do Sudeste brasileiro

A utilização de índices baseados em assembleias de peixes (RFAI) em reservatórios do Sudeste brasileiro A utilização de índices baseados em assembleias de peixes (RFAI) em reservatórios do Sudeste brasileiro Gilmar B. Santos PPG - Biologia de Vertebrados PUCMinas email: gilmarsantos4@hotmail.com INTRODUÇÃO

Leia mais

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH PETI

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH PETI RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. RELATÓRIO FINAL 2011/2012 DATAS DAS COLETAS: 02 e 03 de setembro de 2011 e 29 de fevereiro e 01 de março de 2012 DATA DO RELATÓRIO:

Leia mais

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ RELATÓRIO TÉCNICO Nº 45 2013 COORDENAÇÃO

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA RENAN DE ARAUJO COSTA MATANGRANO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA RENAN DE ARAUJO COSTA MATANGRANO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA RENAN DE ARAUJO COSTA MATANGRANO Biodiversidade da ictiofauna na Microbacia do Rio Praquiquara, Médio Apeú, Amazônia Oriental BELÉM 2018 RENAN

Leia mais

Importância do Monitoramento de Ictiofauna no processo de Licenciamento de empreendimentos Hidrelétricos

Importância do Monitoramento de Ictiofauna no processo de Licenciamento de empreendimentos Hidrelétricos Importância do Monitoramento de Ictiofauna no processo de Licenciamento de empreendimentos Hidrelétricos 5º Seminário Estratégias para Conservação de Peixes em Minas Gerais / 1º Workshop sobre Remoção

Leia mais

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas CONTRIBUIÇÃO DA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA NO CÓRREGO BREJO COMPRIDO, PALMAS-TO, PARA O RESERVATÓRIO DA UHE LUIS EDUARDO MAGALHÃES NO MÉDIO TOCANTINS - TO. Nome dos autores: Cecília Marques T. Pereira 1

Leia mais

COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DO SISTEMA LACUSTRE DO VALE DO RIO DOCE (MG), BRASIL.

COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DO SISTEMA LACUSTRE DO VALE DO RIO DOCE (MG), BRASIL. 206 COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DO SISTEMA LACUSTRE DO VALE DO RIO DOCE (MG), BRASIL. Marcelo Grombone Vasconcellos 2 ; José Valdecir de Lucca 1 ; Odete Rocha 1 ; Nelsy Fenerich Verani 2 e José Roberto

Leia mais