Percepção de riscos ambientais e participação na gestão das paisagens. Maria Luisa Lima, ISCTE-IUL
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- Maria Antonieta Guimarães Philippi
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1 Percepção de riscos ambientais e participação na gestão das paisagens Maria Luisa Lima, ISCTE-IUL Workshop Do envolvimento à participação: O papel da comunicação na gestão de riscos. Angra do Heroísmo, 21 de Junho de 2011
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6 Convenção Europeia da Paisagem Decreto n.º 4/2005: Florença 20 de Outubro de 2000 Artigo 1.º «Paisagem» designa uma parte do território, tal como é apreendida pelas populações, cujo carácter resulta da acção e da interacção de factores naturais e ou humanos Artigo 5.º Cada Parte compromete-se a: c) Estabelecer procedimentos para a participação do público, das autoridades locais e das autoridades regionais e de outros intervenientes interessados na definição e implementação das políticas da paisagem
7 O que vai a barragem trazer?
8 O que vai a barragem trazer? Ameaça Incerteza Oportunidade
9 Interpretar o acontecimento como oportunidade ou ameaça tem consequências para as comunidades? -Sim: Ver o evento como uma ameaça está associado a diminuição da qualidade de vida psicológica (bem estar psicológico, stress e ansiedade), especialmente para os que se identificam mais com a localidade -E provavelmente a uma maior passividade Lima, M.L. (2004). On the influence of risk perception on mental health: Living near an incinerator. Journal of Environmental Psychology, 24(1), Lima, M.L., & Marques, S. (2005). Towards successful SIA follow-up: a case study of psychosocial monitoring of a solid waste incinerator in Portugal. Impact Assessment and Project Appraisal, 23(3), Marques, S., & Lima, M.L. (in press). Living in grey areas: Industrial activity and psychological health. Journal
10 O que faz um acontecimento incerto ser visto como uma oportunidade ou como uma ameaça? - A percepção de justiça no processo: Processos transparentes e participados, em que as comunidades locais têm espaço para expressar as suas opiniões promovem uma visão de oportunidade Lima, M. L. (2006). Predictors of Attitudes towards the Construction of a Waste Incinerator: Two Case Studies. Journal of Applied Social Psychology, 36 (1),
11 O que faz um acontecimento incerto ser visto como uma oportunidade ou como uma ameaça? - A confiança nos actores do processo: Quando existe confiança entre os diversos actores sociais é mais provável que haja uma visão de oportunidade Lima, M. L. (2006). Predictors of Attitudes towards the Construction of a Waste Incinerator: Two Case Studies. Journal of Applied Social Psychology, 36 (1), Lima, M.L., Marques, S., Reis, J., & Moreira, S. (submitted). Local Identity as an Amplifier: Testing its Moderating role in the Relationship between Perceived Justice and Attitudes towards New Projects
12 Para que a barragem seja uma oportunidade local é preciso promover a confiança entre os actores sociais e o sentimento de justiça no processo. Quer dizer, promover um processo de comunicação entre as partes Lima, M.L., Moreira, S., & Marques, S. (2010). Construir barragens e construir futuros com as comunidades locais. In L. Braga da Cruz, A. Cunha, R. Maia & F. Taveira Pinto (Eds.), Aproveitamentos hidroeléctricos em Portugal Um novo ciclo (pp ). Porto: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
13 Participação publica em decisões sobre barragens Parceria Consulta Informação Desenvolvimento de metodologias para processos participados
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15 O Modelo Exclusivo e o Modelo Inclusivo (Abrams, Hogg e Marques; 2005) (Lima, Moreira & Marques, 2010) Modelo exclusivo Actores envolvidos Perspectiva sobre a decisão Ideologia de base Relação com a comunidade Representação da comunidade Participação Consequências Restrito Técnica Tecnocrática Acessória and Reactive Homogénea e simplificada Potencial ameaça Decisão empobrecida
16 O Modelo Exclusivo e o Modelo Inclusivo (Abrams, Hogg e Marques; 2005) (Lima, Moreira & Marques, 2010) Modelo exclusivo Modelo inclusivo Actores envolvidos Restrito Alargado. Perspectiva sobre a decisão Técnica Técnica e social Ideologia de base Tecnocrática Democrática Relação com a comunidade Acessória Indispensável Representação da comunidade Homogénea e simplificada Heterogénea e complexa Participação Potencial ameaça Potencial oportunidade. Consequências Decisão empobrecida Decisão enriquecida e sustentável
17 O1. Apoiar a EDP na criação de uma cultura de envolvimento na gestão da paisagem O2. Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais O3. Criar canais de comunicação e integrar os interesses locais na gestão da paisagem
18 O1. Apoiar a EDP na criação de uma cultura de envolvimento na gestão da paisagem O2. Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais O3. Criar canais de comunicação e integrar os interesses locais na gestão da paisagem
19 Para uma cultura de envolvimento 1. Definição de uma metodologia (Lima, Marques e Castro, 2008) 2. Levantamento participado de necessidades organizacionais 3. Desenho de acções de formação
20 O1. Apoiar a EDP na criação de uma cultura de envolvimento na gestão da paisagem O2. Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais O3. Criar canais de comunicação e integrar os interesses locais na gestão da paisagem
21 Fridão Alvito
22 Para caracterizar os agentes locais 1. Estudo de Adesão (Inquérito) 2. Identificação de actores (Entrevista) 3. Identificação de valores na paisagem (LOAMs) 4. Identificação de utilização (Observação) 5. Ligação ao lugar (Entrevista, Redes Sociais)
23 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais ADESÃO AO PROJECTO
24 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais ADESÃO AO PROJECTO Distribuição da Atitude Trotalmente contra Trotalmente a favor
25 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais ADESÃO AO PROJECTO Distribuição da Atitude 36% 27% Trotalmente contra Trotalmente a favor
26 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais ADESÃO AO PROJECTO Modelo de previsão da adesão
27 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais ADESÃO AO PROJECTO Expectativas de melhoria de qualidade de vida beta= 0.26 Amarante Modelo de previsão da adesão Percepção de risco beta= Atitude Equilíbrio Entre custos e benefícios beta= 0.19 R2adj=0,63 F(14,141)=19,12; p<0,000
28 Para caracterizar os agentes locais 1. Estudo de Adesão (Inquérito) 2. Identificação de actores (Entrevista) 3. Identificação de valores na paisagem (LOAMs) 4. Identificação de utilização (Observação) 5. Ligação ao lugar (Entrevista, Redes Sociais)
29 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais 1. Identificar - Quem são? Responsabilidade Representatividade Influência Proximidade 2. Caracterizar - O que pensam? Entrevistas presenciais Validação STAKEHOLDERS
30 Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais STAKEHOLDERS Barragem Identificados Entrevistados % contra % a favor Fridão (N) % 45% Alvito (S) % 85%
31 Para caracterizar os agentes locais 1. Estudo de Adesão (Inquérito) 2. Identificação de actores (Entrevista) 3. Identificação de valores na paisagem (LOAMs) 4. Identificação de utilização (Observação) 5. Ligação ao lugar (Entrevista, Redes Sociais)
32 Moreira, S., & Lima, M.L. (in prep). A participative tool to map social values in the landscape Objectivo 2 Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais VALORES LOCAIS Landscape Outcomes Assessment Methodology (LOAM, WWF, Aldrich et al., 2007)
33 Landscape Outcomes Assessment Methodology (LOAM, WWF, Aldrich et al., 2007)
34 Relação com o Tâmega Canoagem Vinha
35 Praias Fluviais Ribeira do Cobrão
36 Para caracterizar os agentes locais 1. Estudo de Adesão (Inquérito) 2. Identificação de actores (Entrevista) 3. Identificação de valores na paisagem (LOAMs) 4. Identificação de utilização (Observação) 5. Ligação ao lugar (Entrevista, Redes Sociais)
37 Moreira, S., Reis, J., Lima, M.L., Marques, S., & Rodrigues, L. (submitted). The uses of public spaces: Behavioural maps in social impact assessment. Estudo de Observação do padrão de comportamento em espaços públicos
38 Estudo de Observação do padrão de comportamento em espaços públicos
39 Objectivo 2 Caracterizar as preoc e os interesses dos agentes locais UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO Quem utiliza os espaços públicos? Cr/jovens Adultos Idosos Verão Inverno
40 Para caracterizar os agentes locais 1. Estudo de Adesão (Inquérito) 2. Identificação de actores (Entrevista) 3. Identificação de valores na paisagem (LOAMs) 4. Identificação de utilização (Observação) 5. Ligação ao lugar (Entrevista, Redes Sociais)
41 Objectivo 2 Caracterizar as preoc e os interesses dos agentes locais LIGAÇÂO AO LUGAR Observação do terreno, Entrevista de grupo Entrevista individual, Questionários Análise das redes sociais
42 Objectivo 2 Caracterizar as preoc e os interesses dos agentes locais LIGAÇÂO AO LUGAR
43 Objectivo 2 Caracterizar as preoc e os interesses dos agentes locais LIGAÇÂO AO LUGAR Indicador de Vulnerabilidade Social (IVuS) IVuS= Média dos factores de risco Média dos factores de protecção e.g. Proporção de pessoas com mais de 65 anos Propriedade fortemente associada à historia pessoal/familiar Proporção de amigos/família na própria freguesia e.g. Proporção de amigos ou família noutras freguesias; Já considerou alternativas ao actual alojamento
44 O1. Apoiar a EDP na criação de uma cultura de envolvimento na gestão da paisagem O2. Caracterizar as preocupações e os interesses dos agentes locais O3. Criar canais de comunicação e integrar os interesses locais na gestão da paisagem
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46 Objectivo 3 Promover a participação pública de modo a integrar os interesses locais na decisão final 1. Discussão de resultados com a EDP 2. Integração dos resultados no EIA 3. Mobilização para o processo de consulta pública
47 Para concluiro Workshop Do envolvimento à participação: O papel da comunicação na gestão de riscos. Angra do Heroísmo, 21 de Junho de 2011
48 Modelo exclusivo Modelo inclusivo
49 Metodologias de investigação que promovem o processo de participação
50 e Percepção de risco era um dos tópicos da comunicação, particularmente relevante nalguns contextos apenas
51 Luisa Lima Sibila Marques Sérgio Moreira Susana Batel Joana Reis Liliana Rodrigues e Isabel Lourenço António Neves de Carvalho Sérgio Figueiredo Isabel Marques
52 Percepção de riscos ambientais e participação na gestão das paisagens Maria Luisa Lima, ISCTE-IUL Workshop Do envolvimento à participação: O papel da comunicação na gestão de riscos. Angra do Heroísmo, 21 de Junho de 2011
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