UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP PROFª KARIN MARIA LUDWIG DOENÇAS PARASITÁRIAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

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1 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP PROFª KARIN MARIA LUDWIG DOENÇAS PARASITÁRIAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 1. AMEBÍASE (Desinteria Amebiana, Diarréia Sanguinolenta, Enterocolite Amebiana) Caracterização A amebíase é definida como a infecção do homem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações clínicas. Agente infestante Entamoeba histolytica, classificados no Subfilo Sarcodina (Rizópodes). Biologia do agente Por ser patogênica, apresenta-se em diferentes fases: a) Trofozoítos ou forma vegetativa (forma invasiva) - mede de 20 até 40 µm, mas pode atingir 60 µm nas formas obtidas de lesões tissulares (forma invasiva); - geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visível nas formas vivas; - apresenta emissão contínua e rápida de pseudópodes; - apresentam em seu citoplasma as substâncias englobadas como: eritrócitos, bactérias, grãos de amido ou outros detritos; - aparecem raramente nas fezes, apenas em casos de diarréia ou de disenteria. b) Pré-cisto - fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto; - é oval ou ligeiramente arredondado, menor do que o trofozoíto; - núcleo semelhante ao do trofozoíto; - surgem a partir da forma não-invasiva, na luz intestinal. c) Metacisto (forma não-invasiva) - é uma forma multinucleada que emerge no intestino delgado, onde sofre sucessivas divisões dando origem aos trofozoítos-mestacísticos. Deve ser considerada a forma normal do parasito, sendo a única capaz de produzir cistos e completar o ciclo biológico da espécie. d) Cistos - são esféricos ou ovais, medindo de 8 a 20 µm de diâmetro; - em preparações a fresco, eles aparecem como corpúsculos hialinos, claros, às vezes de coloração palha, com as paredes refringentes. Os núcleos são pouco visíveis; - quando corados pelo lugol ou hematoxilina férrica, os núcleos tornam-se bem visíveis e variam de 1 a 4, tomando a cor castanho escuro. Habitat Os trofozoítos normalmente vivem na luz do intestino grosso, podendo, ocasionalmente, penetrar na mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do organismo, como fígado, pulmão, rim e mais raramente, no cérebro. Atingem ainda, em certas circunstâncias, a pele e a região anal ou vaginal (períneo).

2 Ciclo Biológico É do tipo monoxênico e relativamente simples. Podem ser observados durante o ciclo 4 estágios consecutivos: trofozoítos, pré-cistos, cistos e metacistos. Ciclo não-patogênico O ciclo inicia-se pela ingestão dos cistos maduros, através dos alimentos ou da água contaminada. O cisto passa pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico. Ao atingir a posição terminal do intestino delgado se dá o desencistamento, que pode ser influenciado pelas enzimas intestinais, bactérias e baixa tensão de oxigênio. O desencistamento se dá através de uma fenda ou poro existente na parede cística, pondo em liberdade uma ameba com 4 núcleos chamada metacisto. Em seguida, o metacisto sofre sucessivas divisões citoplasmáticas dando origem, inicialmente, a 4 e depois a 8 pequenas amebas, denominadas trofozoítos-mestacísticos. Esses trofozoítos migram para o intestino grosso, onde colonizam, crescendo e multiplicando-se aderidos à mucosa, alimentando-se de detritos e bactérias. Em condições de trânsito intestinal normal, e sob certas condições, os trofozoítos sob a ação de desidratação podem suspender suas funções vegetativas, expulsar os alimentos contidos em seu citoplasma, deixar de emitir pseudópodes, diminuir de tamanho, arredondar-se e transformar-se em pré-cistos. Em seguida secretam a parede cística, dando origem aos cistos, inicialmente mononucleados e depois tetranucleados, sendo eliminado juntamente com as fezes normais ou formadas. Os cistos podem ser ingeridos propagando dessa forma a espécie. Ciclo Patogênico Em certas situações, o equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido, e os trofozoítos invadem a mucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no interior da úlceras; através da circulação porta, podem atingir outros órgãos como fígado, posteriormente o pulmão, a pele e mais raramente o cérebro, causando a amebíase extra-intestinal. Os trofozoítos, neste caso, são chamados de invasivos e virulentos. Na integridade dos tecidos, os trofozoítos são muito ativos e hematófagos, não formando cistos. Transmissão É direta, não envolvendo um vetor. - ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos infectantes da ameba patogênica: uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos; alimentos contaminados (verduras cruas, frutas); alimentos podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e mosca. - falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação dos cistos dentro de casa; - portadores assintomáticos que manipulam alimentos são os principais disseminadores desta protozoose. Sintomas O período de incubação é muito variável, de 7 dias até 4 meses e bastante difícil de determinar. A sintomatologia da amebíase varia de acordo com a intensidade da infecção e o local em que a mesma se manifesta: intestina e extra-intestinal. Intestinal a) Forma assintomática Grande maioria das infecções humanas: 80 a 90% são infecções assintomáticas e a infecção é detectada pelo encontro de cistos nos exames de fezes. b) Forma sintomática intestinal 1. Colites não-desintéricas - manifesta-se por 2 a 4 evacuações diarréicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo muco ou sangue; - pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas e raramente manifestação febril. 2. Colites amebianas forma desintéricas - dores abdominais, em forma de cólicas violentas, bem como diarréia mucosanguinolenta escura e febre moderada; - tenesmo e tremores de frio; - pode haver de 8 a 10 evacuações por dia.

3 A liberação de sangue é conseqüência de ruptura de vasos sanguíneos nas ulcerações e abscessos amebianos da mucosa intestinal. Extra-Intestinal Caso a ameba consiga atravessara parede intestinal, pode, através da corrente sanguínea, alojar-se em órgãos como pulmões, fígado, cérebro, provocando graves lesões. Em circunstâncias mais graves determina ulcerações hepáticas (abscessos hepáticos) que ocasionam a hepatite amebiana, fatal quando não tratada a tempo e adequadamente. Podem ocorrer abscessos amebianos pulmonares, encefálicos, cutâneos e retais (fístulas retais). Profilaxia Consiste em: - evitar a contaminação fecal de alimentos e água; - educação sanitária; - hábitos de higiene pessoal; - lavagem cuidadosa dos alimentos (frutas e verduras); - uso de instalações sanitárias adequadas; - observar a origem dos alimentos (devido a irrigação e adubação com dejetos humanos). Observação: nas regiões em que dejetos humanos e lixo não tem destino sanitário adequado, a amebíase encontra condições de alastramento. Em locais bem saneados e limpos, geralmente, é baixa a incidência de amebíase. Tratamento O tratamento de escolha para a amebíase intestinal é o metronidazol (Flagil).

4 2. BALANTIDIOSE Caracterização É o único protozoário ciliado que causa doença humana, ou seja, diarréia. Seus hospedeiros naturais são o porco, o cavalo, o macaco dentre outros. No porco não aparecem sintomas. Agente infectante Balantidium coli Classificados no Filo Ciliophora, sendo considerados Ciliados. Biologia do agente Este protozoário apresenta duas formas básicas: trofozoítos e cistos. - Trofozoítos: mede cerca de 60 a 100 µm de comprimento por 50 a 80 µm de largura. O corpo é recoberto de cílios. - Cistos: é mais ou menos esférico, medindo cerca de 40 a 60 µm. Trofozoíto Cisto Habitat Na luz do intestino grosso de seu hospedeiro. Não penetram mucosas intestinais intactas, mas podem penetrar mucosas lesadas. Os cistos são observados em fezes formadas, principalmente de suínos, que são seus hospedeiros habituais. Ciclo Biológico É do tipo monoxênico, apresentando reprodução sexuada e assexuada.

5 Transmissão Humanos são infectados após ingestão de cistos em alimentos ou água e até mesmo as mãos contaminadas com fezes de animais ou humanas. Sintomas A maioria dos indivíduos infectados são assintomáticos, raramente ocorre diarréias. Pode aparecer: insônia, fraqueza, cefaléia, febre, dores abdominais, disenteria com evacuações freqüentes. Nos casos graves ocorre a formação de ulcerações superficiais da parede intestinal, capazes de evoluir para abscessos e hemorragias intensas. Profilaxia - Proteção de alimentos e água para não serem contaminados por fezes de animais domésticos; - Hábitos higiênicos adequados; - Cuidados nas lides com suínos e suas vísceras; os porcos constituem a fonte principal de contaminação do homem: higiene individual dos profissionais que têm que trabalhar com os suínos; engenharia sanitária, a fim de impedir que excrementos de suínos alcancem os abastecimentos de água de uso humano; criação de suínos em boas condições sanitárias, impedindo que suas fezes sejam disseminadas; se possível devem ser amontoadas, para que a fermentação produzida mate os cistos aí presentes. Tratamento Somente a adoção de dieta Láctea, por alguns dias, é suficiente para eliminar o Balantidium coli do organismo humano, isto porque estes protozoários alimentam-se de amido. Em alguns casos, recomenda-se metronidazol (Flaglyl) e tetraciclina. Observação A distribuição geográfica da balantidiose é mundial, pois é a mesma da dos suínos. Assim, a maioria dos casos humanos está entre tratadores, criadores, comerciantes e abatedores de suínos. O porco, portanto, é a fonte das infecções humanas.

6 3. GIARDÍASE Agente infectante Giardia lamblia (sinonímia: Giardia intestinalis, Giardia duodenalis e Lamblia intestinalis). Classificação: Filo Sarcomastigophora, subfilo Mastigophora (que possuem flagelos). É um pequeno protozoário flagelado, que parasita o homem e vários animais domésticos ou silvestres. Epidemiologia É um parasito cosmopolita que atinge ambos os sexos, sendo mais comum em grupos etários inferiores a 10 anos. Em muitos países é o parasito intestinal mais freqüente no homem, estimando-se que a incidência mundial seja da ordem de casos por ano. No Brasil, o último levantamento multicêntrico das parasitoses intestinais, em 1998, revelou uma prevalência de 28,5% em escolares com faixa etária entre 7 e 14 anos. Cimerman, em 1998, mostrou prevalência de 16% em pacientes aidéticos. Biologia do agente A Giardia lamblia apresenta duas formas: o trofozoíto e o cisto. Trofozoítos: Mede de 2,1 a 9,5 µm de comprimento por 5 a 15 µm de largura; possui forma de pêra, apresentando a extremidade anterior dilatada e a posterior afilada. Na superfície ventral encontra-se de cada lado o disco suctorial, com função de fixação do parasito às células intestinais. Dividindo o parasito ao meio, estabelecendo uma simetria bilateral, são visíveis duas formações lineares, negras, chamadas axonemas. Possui dois núcleos ovóides, próximos dos quais estão os blefaroplastos, dos quais saem 8 flagelos. No meio do corpo, cruzando os axonemas, existem 2 corpúsculos negros, em forma de vírgula, chamados corpos parabasais. Cistos: O cisto mede de 8 a 12 µm de comprimento por 7 a 9 µm de largura; possui forma ovalada, parede cística incolor e no seu interior observa-se a presença de 2 ou 4 núcleos, flagelos, axonemas e corpos parabasais. Os cistos são as formas infectantes, sendo, portanto, responsáveis pela disseminação da moléstia. São muito resistentes, permanecendo viáveis durante 2 meses no meio exterior. A cloração da água e o seu aquecimento até 60ºC, não são suficientes para sua destruição. A água fervida por 5 minutos é efetiva na inativação dos cistos, porém o congelamento não os destrói. Observação: nas evacuações líquidas (diarréias) os trofozoítos aparecem em grande número, porém em fezes formadas predominam os cistos. Milhões e até bilhões de cistos podem ser eliminados diariamente por um indivíduo infectado. Habitat O parasito pode ser encontrado em todo o intestino delgado, e excepcionalmente no intestino grosso. Localiza-se com maior freqüência nas porções mais altas do intestino, sendo o duodeno seu habitat preferencial. Eles se aderem em grande número na superfície da mucosa pelo disco suctorial e chegam a formar um revestimento extenso a tal ponto que, seria capaz de interferir na absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis, especialmente a vitamina A. Ciclo Biológico É um parasito monoxeno de ciclo biológico direto. A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos.

7 Ao serem ingeridos, os cistos passam pelo estômago e chegam ao duodeno, onde perdem sua membrana cística, transformando-se em trofozoítos, que podem ficar livres na luz intestinal ou fixar-se a parede duodenal. As formas trofozoítas multiplicam-se ativamente por um processo de divisão binária longitudinal, surgindo grande número de novos elementos em pouco tempo. Em certo momento, sob a influência de fatores, acredita-se que possam ser: ph intestinal, estímulos de sais biliares e o deslocamento do trofozoíto da mucosa, o trofozoíto se retrai, condensa e secreta uma membrana cística (resistente e formada de quitina), transformando-se em cisto. O ciclo se completa pelo encistamento do parasito e sua eliminação para o meio exterior. Transmissão - água contaminada; sem tratamento ou deficientemente tratada; - verduras, legumes e frutas cruas contaminadas pelos cistos; - alimentos contaminados por manipuladores parasitados; - contato direto pessoa a pessoa, principalmente em creches, escolas, asilos, orfanatos e clínicas psiquiátricas, por meio de mãos contaminadas; - artrópodes, pois os cistos podem permanecer vivos durante 24 horas no intestino de moscas e 7 dias na barata. Estes são capazes de disseminar o parasito através de dejeto ou regurgitamento; - sexo anal-oral; - riachos e reservatórios contaminados pela presença de animais parasitados. (Esse fato levou a OMS a considerar a giardíase como uma zoonose). Sintomas O período de incubação costuma ser de 1 a 3 semanas, mas pode prolongar-se até 6 semanas. Os sintomas mais freqüentes são: evacuações líquidas ou pastosas; número aumentado de evacuações; mal-estar; cólicas abdominais, fraqueza e perda de peso. Os sintomas menos freqüentes são: diminuição do apetite, náuseas, vômitos, flatulência, distensão abdominal, ligeira febre, cefaléia e nervosismo. A diarréia é a manifestação mais constante e são malcheirosas, geralmente claras e acinzentadas. Em pacientes com deficiência imunológica pode-se encontrar diarréia persistente, má absorção e perda acentuada de peso. Em crianças, a sintomatologia é a mesma, constituindo por vezes uma síndrome de diarréia crônica, dor abdominal e abdome distendido, anorexia, perda de peso e crescimento retardado. Diagnóstico 1. Método direto de pesquisa de cistos e trofozoítos nas fezes diarréicas e busca de cistos nas fezes formadas. Como a eliminação de cistos não contínua, ocorrendo períodos de 7 a 10 dias durante os quais estão presentes em pequenas quantidades ou desaparecem, exames falsos-negativos são comuns. Sugere-se então, a realização de 3 exames, preferencialmente realizados um a cada 3 dias. 2. Os parasitos podem ser vistos também no conteúdo duodenal aspirado por meio de sonda, onde se encontram as formas vegetativas (trofozoítos). 3. Enterotest: conhecido como da corda encapsulada ou teste do barbante. A finalidade deste teste é obter suco duodenal a partir do qual se pesquisa os trofozoítos.

8 Tratamento O tratamento até recentemente era feito com grande sucesso empregando-se furazolidona (Giarlam), entretanto, em vista da resistência ao medicamento, novos produtos tem sido indicados: metronidazol (Flagyl), tinidazol (Flasigyn), ornidazol (Tiberal) e secnidazol (Secnidazol). Profilaxia - Fervura da água para uso doméstico, pois a cloração é ineficiente para destruição dos cistos; - Saneamento básico; - Educação sanitária e higiene pessoal; - Combate aos artrópodes.

9 4. TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA Doença de Chagas (Tripanossomose Americana) Aspectos históricos A Doença de Chagas é assim denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas. Foi descoberta em 1909, quando Carlos Chagas realizava uma campanha contra a malária que atingia operários que trabalhavam na construção de um trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil, na região norte do Estado de Minas Gerais. Carlos Chagas descreveu o agente etiológico, o transmissor e o modo de transmissão da doença. Agente infestante É o Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado (Filo Sarcomastigophora), da ordem kinetoplastida, família Trypanosomatidae, caracterizado pela presença de um flagelo e uma única mitocôndria. No sangue dos vertebrados, o Trypanosoma cruzi se apresenta sob a forma de tripomastigota e, nos interior das células de diversos tecidos, como amastigotas. Nos invertebrados (insetos vetores), ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas sanguíneos em epimastigotas, que depois se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos, que são as formas infectantes acumuladas nas fezes do inseto. Caracterização geral A Doença de Chagas era, primitivamente, uma enzootia que afetava exclusivamente animais silvestres, transmitida por triatomíneos também silvestres. O homem, ao invadir estes ecótopos naturais, possibilitou que os triatomíneos se instalassem em seus domicílios, transformando a tripanosossomíase americana em uma antropozoonose. Doença infecciosa parasitária crônica e generalizada, transmitida ao homem por um protozoário que é encontrado nas fezes do barbeiro. Esses insetos vivem geralmente, no interior de casas pobres que tem paredes e tetos com buracos, frestas ou rachaduras, por onde esses insetos podem esconder-se de dia, e sair à noite para picar o homem de preferência no rosto. Quando a doença afeta a criança na primeira infância o prognóstico é mais reservado, porque a criança pode sofrer um ataque agudo do coração como também pode acarretar alterações no sistema nervoso. Nos adultos infectados que não tiveram tratamento raramente conseguem sobreviver além dos 50 anos. Biologia do Agente Os tripanossomas apresentam uma alternância de formas celulares em seus ciclos biológicos, graças à diferenciação celular. Esse polimorfismo é particularmente evidente na transição entre os hospedeiros invertebrados e vertebrados. O cinetoplasto presente em todas as formas é uma mitocôndria modificada, rica em DNA. Conseqüentemente, as formas celulares mais importantes dos ciclos são: Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o flagelo torna-se livre a partir da porção anterior da célula; Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior ao núcleo, possui pequena membrana ondulante lateralmente disposta; Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo; o flagelo forma uma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção anterior da célula. Tripomastigotas sanguícolas são as que ficam nadando no sangue periférico dos mamíferos. Muito ágil, medindo em média 20 µm de comprimento por 2 µm de largura. Amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo curto que não se exterioriza. Epimastigota Tripomastigota Amastigota

10 Habitat No homem e nos animais o Trypanosoma cruzi, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas e no inseto transmissor, vive no tubo digestivo. Reservatório natural do Protozoário (Hospedeiro-reservatório) - Homem, - Mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais como: gato, cão, porco doméstico, rato de esgoto, rato doméstico, macaco de cheiro, sagüi. tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros. - Os mais importantes epidemiologicamente são aqueles que coabitam ou estão muito próximos do homem, como o cão, o rato, o gambá, o tatu, e até mesmo o porco doméstico. - As aves e animais de sangue frio (lagartos, sapos, outros) são refratários à infecção. Vetores Insetos da sub-família Triatominae: Triatoma infestans, Triatoma brasiliensis, Panstrongylus megistus, Triatoma pseudomaculata, Triatoma sordida, dentre outros. Destaque para: Triatoma infestans e Panstrongylus megistus. Uma descrição sucinta do Triatoma: inseto com perto de 2 centímetros de comprimento, asas achatadas, largas e listradas nas bordas, não muito diferente de uma barata doméstica comum, mas com um ferrão comprido. Ao contrário da barata, porém, é hematófago, ou seja, alimenta-se de sangue. É conhecido popularmente também como: barbeiro, chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó, bicho-deparede. No Estado de São Paulo, por exemplo, a principal espécie foi Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. Persistem ainda as espécies de menor importância como Triatoma tibiamaculata, Rhodnius neglectus, Panstrongylus megistus e Triatoma sordida amplamente distribuídos. Este inseto tem hábitos peculiares. Durante o dia, esconde-se no madeirame e nas frestas das paredes de barro de casebres, choças de pau-a-pique e parede de choupanas rurais. De noite, valendo-se da escuridão, sai de seu esconderijo e vai picar os moradores que se encontram dormindo. E além de chupar o sangue das pessoas, defeca, também, ao mesmo tempo. E é pelas fezes que transmite a doença de Chagas. Ele pica preferencialmente ao redor da boca e dos olhos, daí o nome chupão. Ciclo Biológico O ciclo biológico do T. cruzi é do tipo heteroxênico, passando o parasito por uma fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado (homem e mamíferos) e extracelular no inseto vetor (triatomíneos). O ciclo no barbeiro (macho e fêmea) começa com a ingestão de tripomastigotas do sangue do hospedeiro reservatório. No intestino do inseto, eles se multiplicam e se diferenciam primeiramente em epimastigotas e, em seguida, em tripomastigotas. Quando os insetos picam novamente, o local é contaminado com fezes contendo tripomastigotas, os quais penetram na corrente sanguínea, os quais penetram na corrente sanguínea da pessoa (ou outro reservatório) e formam amastigotas não flagelados nas células do miocárdio e reticuloendoteliais são os locais mais freqüentes. Para completar o ciclo, amastigotas se diferenciam em tripomastigotas, os quais são liberados para o sangue e ingeridos pelo barbeiro.

11 Transmissão a) Pela fezes do barbeiro Depois que pica e suga o sangue humano, o barbeiro contamina o local da picada com seus dejetos, as fezes contaminadas pelos protozoários penetram no organismo pelo local da picada, principalmente quando o indivíduo coça o local por causa da irritação (comichão) causada pela picada, ocasionando uma porta de entrada para o protozoário. A porta de entrada pode ser a pele ou os parasitas podem penetrar pela conjuntiva do olho, pelo nariz e pela boca, caso a pessoa coce estas regiões com os dedos contaminados pelas fezes do barbeiro. b) Por transfusão de sangue: caso o banco de sangue não faça os testes exigidos por lei. Esta forma tem ganhado importância em virtude da migração dos indivíduos infectados para áreas urbanas. c) Transmissão congênita: caso a mãe esteja infectada, ela pode transmitir a doença para criança ou pelo sangue durante a gravidez (placenta) ou pelo leite materno após a gravidez, mas muitos bebês tem morte prematura. d) Manipulação de caça (ingestão de carne contaminada). e) Acidentalmente em laboratório. Período de incubação e transmissibilidade Período de incubação - De 5 a 14 dias após a picada do vetor, quando existe sintomatologia. Por transfusão, o período é mais longo, de 30 a 40 dias. As formas crônicas se manifestam mais de dez anos após a infecção inicial. Período de transmissibilidade - A maioria dos portadores do T. cruzi alberga o parasito no sangue e nos tecidos por toda a vida. Entretanto, a infecção só passa de pessoa a pessoa através do sangue (transfusão ou placenta) e através da forma tripomastigota do parasito. Sintomas Descrevem-se na literatura três fases da doença de Chagas: Fase aguda: é a fase inicial, caracterizada por febre, linfadenopatia e hepato-esplenomegalia. Quando a porta de entrada dos tripanosomas é a conjuntiva ocular, pode ocorrer um edema bipalpebral, unilateral, denominado "sinal de Romaña-Mazza". Quando o parasita penetra por outros locais da superfície corporal, a lesão produzida recebe o nome de "chagoma de inoculação". Com freqüência, a fase aguda passa despercebida, pois seus sintomas podem confundir-se com os de diversas outras infecções.

12 Fase de latência ou indeterminada: não apresenta sintomatologia importante do ponto de vista clínico e pode durar vários anos. Um paciente nessa fase pode desconhecer sua condição de portador assintomático da doença de Chagas e transmitir involuntariamente a infecção por mecanismos diversos. É aceita a idéia de que a maior parte dos chagásicos persiste nessa fase pelo resto de suas vidas. Fase crônica: do conjunto dos infectados, uma proporção pequena de indivíduos evolui para a fase denominada crônica, durante a qual são identificáveis sintomas de comprometimento cardíaco (miocardite grave), com aumento do volume do coração (cardiomegalia) ou digestivo, com aumento do diâmetro de regiões do trato digestivo, os "megas": megaesôfago, megacolo, etc. Há, nesta fase, gradativa redução da qualidade de vida e da capacidade de trabalho dos doentes, que passam a necessitar de atenção médica constante. E que pode levar o indivíduo à morte. Nesta fase crônica os sintomas que aparecem depois de vários anos ou décadas, sendo que em alguns casos pode chegar a 20 anos após a infecção, podem ser melhor explicados: alterações cardíacas: arritmia extra-sistólica, taquicardia,cardiomegalia acentuada, hipotensão, insuficiência cardíaca, miocardiopatia inflamatória; alterações digestivas: dificuldade de deglutição, regurgitação, dor epigástrica, tosse, disfagia, obstipação intestinal grave, hepatomegalia, megaesôfago, megacólon, megaduodeno, emagrecimento; dispnéia e soluços. Diagnóstico Os principais meios para o diagnóstico da doença de Chagas: Em sua forma aguda - é o exame microscópico de uma gota de sangue do paciente, para a eventual identificação do Trypanosoma cruzi, ou a biopsia de um gânglio linfático. Ainda se pode realizar a Reação de ELISA, que detecta anticorpos, mediante a pesquisa de IgM. Na forma crônica - os parasitos tornam-se raros na corrente sangüínea e, então, o diagnóstico deve basear-se em método indireto: verifica-se se o organismo está produzindo anticorpos contra o Trypanosoma cruzi. Para isso faz-se uma prova imunológica com o soro sangüíneo do doente, denominada "reação de fixação do complemento para a doença de Chagas" ou "reação de Guerreiro e Machado", ou de "Machado Guerreiro" como é mais comumente conhecida e o Xenodiagnóstico, que permite que um barbeiro não-infectado criado em laboratório se alimentar no paciente (colocado geralmente no braço) e, após várias semanas, examinar o conteúdo intestinal do inseto para encontrar o parasito. Tratamento As drogas hoje disponíveis (benzonidazol, nifurtimox) são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da descoberta precoce da doença. O tratamento sintomático é feito com as mesmas drogas das outras cardiopatias (cardiotônicos, diuréticos, antiarrítmicos, vasodilatadores, entre outros). Por vezes é necessária a colocação de marcapasso. Nas formas digestivas, pode-se indicar tratamento conservador (dietas, laxativos, lavagens) ou cirurgias, na dependência do estágio da doença. Profilaxia Medidas Sanitárias: - Notificação Obrigatória às Autoridades Sanitárias; - Profilaxia da transmissão por transfusão de sangue é feita pela rejeição de candidatos a doadores com sorologia positiva para a doença de Chagas; - Campanhas de prevenção à população em locais endêmicos; - Combate ao vetor nos domicílios através de inseticidas com a ajuda de uma bomba aspersora; - Borrificação das casas com inseticidas em áreas endêmicas. Medidas Gerais: - Uso de telas em janelas e portas; - Uso de mosquiteiro; - Substituir casas de "pau-a-pique" por casas de alvenaria e rebocar as paredes. - Manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores; - Construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósito afastados das casas e mantê-los limpos; - Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas; - Eliminar animais domésticos infectados. Prevenção da transmissão em laboratório: - rigoroso uso das normas de biossegurança. Observação: - Não existe forma de prevenção da forma congênita; -Ainda não se dispõe de vacina.

13 Incidência No Brasil a doença se encontra mais concentrada na zona rural, principalmente em casas construídas com barro "pau-a-pique" ou cobertas de sapé. Quanto mais ocorre precariedade das habitações maior a incidência de adquirir a doença. Os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, e os Estados da região Nordeste são os que tem mais casos da doença. No Brasil calcula-se que existam mais de 5 milhões de pessoas infectadas. É uma doença mais disseminada na população de baixo nível sócio-econômico.

14 5. MALÁRIA OU PLASMODIOSE Caracterização Apesar de muito antiga, a malária continua sendo um dos problemas principais de saúde pública no mundo. Estima-se que a doença afeta cerca de 300 milhões de pessoas nas áreas subtropicais e tropicais do planeta, resultando em mais de um milhão de mortes a cada ano, na grande maioria crianças. A malária é uma doença infecciosa, potencialmente grave, causada por um protozoário do gênero Plasmodium, que são transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos do gênero Anopheles. A malária é conhecida também como paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, e no Brasil é conhecida popularmente por mal dos pântanos, maleita, sezão, tremedeira, batedeira, ou simplesmente febre. Agente infectante Os parasitos causadores da malária pertencem ao filo Apicomplexa, família Plasmodiidae e ao gênero Plasmodium. Atualmente são conhecidas cerca de 150 espécies causadoras de malária em diferentes vertebrados. Destes apenas 4 espécies de plasmódios parasitam o homem: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale (restrito ao continente africano). A malária humana, no Brasil, é causada por uma das três seguintes espécies de plasmódios: Plasmodium malariae, Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum. Em áreas com elevada transmissão de malária, onde coexistem Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum, freqüentemente é detectada a associação dessas espécies no exame de sangue do paciente. Hospedeiro definitivo (Vetor) Todos os transmissores de malária são insetos da ordem dos dípteros, da família Culicidae e do gênero Anopheles. Este gênero compreende cerca de 400 espécies, das quais apenas reduzido número tem importância para a epidemiologia da malária em cada região. No Brasil, cinco espécies são consideradas vetores principais: Anopheles darlingi, Anopheles aquasalis, Anopheles albitarsis, Anopheles cruzi e Anopheles bellator. São conhecidos popularmente por carapanã, muriçoca, sovela, mosquito e mosquito-prego. É denominado mosquito-prego devido a posição que assume ao picar: corpo obliquo em relação à superfície. Somente o mosquito fêmea se alimenta de sangue e portanto pica o homem. É considerado hospedeiro definitivo porque nele ocorre a fase sexuada do ciclo biológico. Hospedeiro intermediário O homem é o único reservatório importante da malária humana, embora os macacos das espécies superiores possam albergar o Plasmodium malariae. É considerado hospedeiro intermediário porque nele ocorre a fase assexuada do ciclo biológico. Biologia do agente Os plasmódios variam individualmente em tamanho, forma e aparência, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento e com suas características específicas. As formas evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células hospedeiras (esporozoítos, merozoítos, oocineto), possuem um complexo apical formado de organelas como roptrias e micronemas, diretamente envolvidas no processo de interiorização da célula. Formas infestantes que aparecem durante o ciclo biológico: a) Esporozoítos - é alongado, medindo cerca de 11µm de comprimento por 1µm de largura e apresenta núcleo central único; - sua estrutura interna é semelhante nas diferentes espécies de plasmódios. b) Forma exo-eritrocitária - após a penetração do esporozoíto no hepatócito, ocorre a perda de organelas do complexo apical e o parasito se torna arredondado; - esta forma é chamada trofozoíto e após sucessivas divisões celulares dará origem ao esquizonte tissular (ou criptozoíto), composto por uma massa citoplasmática e milhares de núcleos filhos. - o seu tamanho varia de 30 a 70µm de diâmetro e isto provoca um aumento do tamanho do hepatócito infectado. - o número de merozoítos formados varia entre as espécies de plasmódios, mas é, em geral, acima de parasitos.

15 c) Merozoítos - independente de sua origem, se pré-eritrocítica ou sanguínea, são células similares e capazes de invadir apenas hemácias: - estruturalmente são semelhantes aos esporozoítos, sendo menores e arredondados, com 1 a 5µm de comprimento por 2µm de largura. d) Formas eritrocíticas - compreendem os estágios de trofozoíto jovem, maduro, esquizonte e gametócitos. e) Microgameta - gameta masculino, formado por uma membrana que envolve o núcleo e um flagelo. f) Macrogameta - gameta feminino, cuja célula apresenta estrutura proeminente na superfície por onde se dá a penetração do microgameta na fecundação. g) Oocineto ou zigoto - a fecundação do microgameta pelo macrogameta efetua-se poucos minutos depois de Ter o anofelino se alimentado de sangue infectado com gametócitos. - forma alongada de aspecto vermiforme, móvel, com comprimento entre 10 e 20µm, contendo núcleo e que se instala no estômago do mosquito. h) Oocistos - estrutura esférica de 40 a 80µm. - está envolto por uma cápsula e apresenta tamanho único em infecções baixas e dimensões múltiplas em infecções intensas. Em infecções antigas fixa-se a parede do intestino médio, tornando-se quitinosa. - estima-se que um único oocisto possa produzir, em média, 1000 esporozoítos. Plasmodium sp. - formas sanguíneas de trofozoíto (setas azuis), esquizonte (setas verdes) e rosácea (seta preta). Habitat O habitat varia para cada fase do ciclo do plasmódio. No homem, as formas infectantes (esporozoítos), circulam na corrente sanguínea, em seguida se desenvolve no interior dos hepatócitos e posteriormente nos eritrócitos. No inseto vetor são encontrados no trato digestivo, hemolinfa e glândulas salivares. Ciclo Biológico O vetor e o hospedeiro definitivo para os plasmódios é o mosquito fêmea do gênero Anopheles (somente a fêmea se alimenta de sangue). Há duas fases no ciclo de vida: o ciclo sexuado, o qual ocorre fundamentalmente nos mosquitos e o ciclo assexuado, o qual ocorre em humanos que são os hospedeiros intermediários. O ciclo sexuado é chamado de esporogonia porque são produzidos esporozoítos e o ciclo assexuado é chamado esquizogonia porque são formados esquizontes.

16 O ciclo de vida em humanos começa com a introdução de esporozoítos no sangue a partir da saliva do mosquito que está picando. Os esporozoítos são captados pelos hepatócitos dentro de 30 minutos. Esta fase exo-eritrocítica consiste de multiplicação celular e diferenciação para merozoíto. Os merozoítos são liberados das células hepáticas e infectam eritrócitos. Durante a fase eritrocítica, o organismo se diferencia para uma forma em anel, o trofozoíto. A forma em anel cresce transformando-se em uma forma amebóide e, então, se diferencia formando o esquizonte repleto de merozoíto. Após a liberação, os merozoítos infectam outros eritrócitos. Este ciclo nos eritrócitos repete-se em intervalos regulares, típicos para cada espécie. A liberação periódica de merozoítos causa os sintomas recorrentes típicos de calafrios, febre e sudorese vistos em pacientes com malária. O ciclo sexuado começa no eritrócito humano quando alguns merozoítos evoluem para gametócitos macho e outros para gametócitos fêmea. Os eritrócitos contendo gametócitos são ingeridos pelo mosquito fêmea Anopheles e, dentro do intestino, produzem um macrogameta fêmea e oito microgametas semelhantes a espermatozóides. Após a fertilização, o zigoto diplóide se diferencia formando um oocineto, dentro do qual muitos esporozoítos haplóides são produzidos. Os esporozoítos são liberados e migram para as glândulas salivares, prontos para completar o ciclo quando o mosquito se alimentar de sangue novamente. Transmissão A doença se transmite por uma fêmea anofelina infectante. A maioria das espécies se alimenta ao anoitecer ou nas primeiras horas da noite. A transmissão é mais comum em áreas rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas principalmente na periferia. Transmissão ao Mosquito: - Algumas espécies de Anopheles ingerem sangue humano que contém plasmódios em sua forma de gametócitos. Nas espécies suscetíveis à infecção, gametócitos macho e fêmea se unem para formar o oocineto que apresenta uma série de transformações no seu interior, no prazo de 8 a 35 dias, segundo a espécie do parasito e a temperatura a que está exposto o vetor, para formar os esporozoítos, que se concentram nas glândulas salivares. Transmissão ao Homem: - Esses esporozoítos são injetados no organismo humano cada vez que o inseto pica um indivíduo e se alimenta de sangue (repasto sanguíneo).

17 Outras formas - A malária pode transmitir-se por injeção e transfusão de sangue de pessoas infectadas, por seringas contaminadas, como as que usam os toxicômanos e acidentes de laboratório. Pode haver transmissão congênita em casos excepcionais. Período de incubação A média é de 12 dias para o P. falciparum,14 dias para o P. vivax e 30 dias para o P. malariae. Com algumas cepas de P. vivax, em zonas temperadas ou subtropicais, pode haver um período de incubação prolongado, de 8 a 10 meses. Nos casos em que a causa de infecção é uma transfusão de sangue, o período de incubação geralmente é breve, mas varia de acordo com o número de parasitos contidos no sangue. Período de transmissibilidade O homem infecta o mosquito enquanto circulem no sangue gametócitos infectantes, em número suficiente para que o mosquito, ao sugá-lo, possa ingerir gametócitos de ambos os sexos. Em casos sem tratamento ou insuficientemente tratados, pode ser fonte de infecção para o mosquito durante mais de 3 anos, na malária por Plasmodium malariae; de um a 3 anos na malária por Plasmodium vivax e, geralmente, não mais de um ano, em malária por Plasmodium falciparum. O mosquito permanece infectante durante toda a sua vida. A transmissão por transfusão sangüínea pode ocorrer enquanto permanecer no sangue circulante formas assexuadas. O sangue armazenado pode continuar infectante durante 16 dias. Sintomas O desenvolvimento das manifestações da malária, em geral, ocorre entre 9 e 40 dias (período de incubação) após a picada de um mosquito infectado, dependendo da espécie de Plasmodium. Podem, no entanto, surgir meses ou, eventualmente anos, depois da saída de uma área de transmissão de malária. As manifestações iniciais são febre, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas, vertigens, tremores violentos, intensa sensação de frio. Nas fases iniciais, é comum que a doença seja erroneamente diagnosticada como virose respiratória ("gripe"). O acesso malárico ocorre em três fases: a) fase de frio: temperatura de 39 a 41ºC, que perdura de 20 a 60 minutos; b) fase de calor: temperatura até 41ºC, que perdura até 4 horas, determinando confusão mental, delírios e apatia; c) fase do suor: temperatura em declínio até cerca de 36,1ºC, sudorese intensa e sensação de alívio. Diversos medicamentos estão disponíveis para o tratamento da malária, que pode ser tratada com sucesso, especialmente se a terapêutica for iniciada precocemente. Entretanto, o retardo do tratamento pode ter conseqüências graves. Se não for prontamente tratada, pode evoluir com anemia intensa (devido a destruição das hemácias), icterícia (olhos amarelados, semelhante às hepatites e à leptospirose). A infecção pelo Plasmodium falciparum, pode resultar em funcionamento inadequado de órgãos importantes (rins, fígado, baço, pulmões e cérebro) e levar à morte. Grávidas e crianças estão sob risco maior de desenvolver formas graves de malária. Observação: devido a hemólise intensa e dano renal a urina do paciente fica de cor escura. Tipos de Malária A duração do ciclo corresponde ao tempo que os parasitos levam para completar o mecanismo reprodutivo das hemácias. Observação: a febre terçã benigna e a quartã raramente são fatais, ao contrário da febre terçã maligna, que geralmente leva o doente à morte.

18 Profilaxia Medidas de proteção individual - Evitar o contato do mosquito com a pelo homem: evitar aproximação às áreas de risco após o entardecer e logo ao amanhecer do dia; uso de repelentes nas áreas expostas do corpo; telar portas e janelas e dormir com mosquiteiros. Observação: medicamentos ou alimentos que promovem sudorese com odor forte (por exemplo, alho)m têm sido usados para repelir o mosquito. - Diagnóstico imediato e tratamento das pessoas doentes (evitando o alastramento da infecção). Medidas de combate às larvas Combate às larvas em regiões alagadas, por meio de drenagens, larvicidas ou inimigos naturais (controle biológico), com peixes larvófagos, como o Gambusia arfiinis, conhecido como guaru, ou bactérias como Bacillus thuringiensis e o Bacillus sphericus. Medidas de combate aos vetores adultos No combate aos vetores, utilizam-se diferentes produtos químicos, como: organofosforados (Malathion e Fenitrothion, grau técnico) e piretróides (Detametrina, concentrado emulsonável, Lambda-cialotrina, pó molhável e Cipermetrina, pó molhável). Os fosforados são utilizados em nebulizações especiais e os restantes em borrifações intra-domiciliares. Medidas de saneamento ambiental Atividades de saneamento ambiental poderão ser empregadas caso haja justificativa e indicação precisa, visando a eliminação de criadouros de anofelinos (drenagem, retificação de cursos d água, pequenos aterros). Tratamento Várias drogas á base de quinino, administradas de acordo com o tipo de plasmódio encontrado. O tratamento da malária tem como objetivo principal eliminar os plasmódios do sangue (ciclo eritrócito), que são os que produzem o ataque clínico de todas as malárias, assim como as complicações orgânicas da malária por P. falciparum. Nas infecções por P. vivax e P. malariae, é necessário eliminar os plasmódios que se encontram no fígado para evitar as recaídas da doença após a cura clínica. No tratamento radical da infecção por P. vivax, empregar 25 mg/kg de peso de cloroquina-base (até o limite de mg), administrados durante três dias em dose de 10 e 7,5 mg, acrescentando primaquina na dosagem diária de 0,25mg/Kg de peso, durante 14 dias. Nas infecções por P. malariae, usar o mesmo esquema anterior menos a primaquina. Para tratamento das infecções por P. falciparum multirresistentes confirmados (predominantes nas áreas "de alto risco"), deve-se seguir outros esquemas de tratamento, tais como: 30 mg/kg de peso de sulfato de quinina, diariamente durante 3 dias, associado a uma dose diária de 4 mg/kg de peso de dedoxiciclina diariamente durante 5 dias, divididos em 2 doses a serem administradas a cada 12 horas (este esquema mantém elevado o nível de curas, porém, a doxiciclina, não pode ser administrada a menores de 8 anos, gestantes e pacientes alérgicos às tetraciclinas), mais 0,75 mg/kg de peso de primaquina administrado em dose única no 6 dia (não usar p rimaquina em gestantes). 15mg/Kg de peso de mefloquina, em uma única dose, especialmente indicada para os pacientes que não curaram com os esquemas anteriores podendo, contudo, ser empregado em pacientes com P. falciparum, habitante de área não endêmica, que adoecem de malária ocasionalmente, na Amazônia, por exemplo. Diagnóstico Diagnóstico Clínico: Quando o exame de sangue não puder ser feito ou quando permanecer negativo, apesar das razões que mantêm a suspeita, devem ser considerados como fatos sugestivos e mais freqüentemente relacionados com a malária, os seguintes: - febre com caráter intermitente, especialmente se ocorre, juntamente aos sintomas que acompanham, com regularidade cada 48 ou 72 horas; - anemia do tipo hipocrômica, com taxa de leucócitos normal ou ligeiramente baixa, alta percentagem de pigmentos; a contagem de hematócrito pode elevar-se no início da febre (fase de calafrios); - baço aumentado e doloroso; - residência ou procedência de zona endêmica, visita curta ou turismo em zona endêmica, assim como a história pregressa de exposição provável à picada de mosquitos anofelinos; e - resposta favorável e rápida aos antimaláricos.

19 Diagnóstico Laboratorial: A confirmação do diagnóstico se faz mediante a demonstração dos parasitos da malária em amostras de sangue examinadas ao microscópio. Método da Gota Espessa: - Este é um método sensível e um bom microscopista detecta 0,001% de parasitenia, ou seja 1 parasita/106 hemácias. - Permite a identificação da espécie e o estágio de desenvolvimento do plasmódio, fornece informações sobre a viabilidade do parasita e é quantificável. - Quando os sintomas de um paciente febril se devem a uma infecção malárica, os parasitas são abundantes, talvez um ou mais em cada campo microscópico. Na rotina, adotou-se o exame de, pelo menos, 100 campos microscópios em gota espessa uniforme, bem desemoglobinizada e bem corada. Observações importantes: 1. Recrudescência e Recaídas: - No caso de infecções por P. falciparum, não ocorrem recaídas porque, depois da primeira esquizogonia hepática (ciclo exo-eritrocítico), não permanecem plasmódios no fígado, como sucede com o P. vivax. - Entretanto, se o tratamento não é suficiente e completo, podem ficar parasitas na circulação sangüínea que, posteriormente, produzem recidivas e novos ataques clínicos. - Também algumas cepas de P. falciparum que são resistentes a medicamentos antimaláricos, quando não eliminadas do sangue, posteriormente produzem novas manifestações clínicas. - Nas infecções por P. vivax, os hipnozoítos que ficaram no fígado vão "acordando" periodicamente, depois da primeira infecção e vão produzindo novos ataques clínicos conhecidos como "recaídas". - Algumas cepas produzem recaídas "precoces" (entre oito e dez semanas), outras são responsáveis por recaídas "tardias" (30 a 40 semanas). 2. Suscetibilidade e Resistência: - De um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis à infecção. - Os adultos de uma coletividade altamente endêmica, onde a exposição aos anofelinos infectantes continua por muitos anos, desenvolvem tolerância ou resistência a infecção. 3. Áreas de Risco - Cerca de 40% da população mundial vive em áreas com risco de transmissão de malária, resultando em não menos que 300 milhões de pessoas infectadas no mundo a cada ano. - A transmissão ocorre em países da América Central, América do Sul, América do Norte (México), África subsaariana, da Índia, do Sudeste da Ásia, do Oriente Médio, e da Oceania, entretanto, mais de 90% dos casos ocorrem em países africanos, com um número de mortes entre 1 e 1,5 milhões. Brasil: - A transmissão da malária está basicamente restrita à Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins). Nas capitais dessa região, em geral o risco é pequeno, mas pode haver transmissão nos arredores das cidades. - Nos Estados do Sudeste e do Sul, a não ser esporadicamente, não ocorre transmissão.

20 6. TOXOPLASMOSE Caracterização É uma zoonose de distribuição geográfica mundial, com alta prevalência sorológica do parasito, podendo atingir mais de 60% da população em determinados países, no entanto, os casos de doença clínica são menos freqüentes. Nestes a forma mais grave é encontrada em crianças recém-nascidas. A toxoplasmose vem apresentando quadro grave de evolução em indivíduos com o sistema imune severamente comprometido (receptores de órgãos, indivíduos em tratamento quimioterápico e os aidéticos), constituindo-se em infecção oportunista. É um parasitismo intracelular e ocorre com muita freqüência na população humana sob a forma de infecção crônica. Agente infectante Toxoplasma gondii. Classificados no Filo Apicomplexa, sendo considerados Esporozoários. Biologia do agente As formas que o parasito apresenta durante o ciclo biológico são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos. Estas três formas apresentam organelas citoplasmáticas características que constituem o complexo apical: conóide, anel polar (2), microtúbulos subpeliculares, roptrias, micronemas e grânulos densos. Sendo as três últimas relacionadas ao mecanismo de invasão do toxoplasma na célula hospedeira. As formas infestantes: a) Taquizoítos - é a forma encontrada durante a fase aguda da infecção, sendo também denominada proliferativa, forma livre ou trofozoíto; - apresenta a forma grosseira de uma banana ou meia lua, com uma extremidade mais afilada e outra arredondada; - é uma forma móvel, de multiplicação rápida, encontrada dentro de um vacúolo citoplasmático (vacúolo parasitóforo) de várias células (hepáticas, pulmonares, nervosas, músculos e submucosas) e líquidos orgânicos; - são pouco resistentes ao suco gástrico. b) Bradizoítos - é a forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso e retina), geralmente durante a fase crônica da infecção; - são também chamados cistozoítos e são encontrados dentro do vacúolo parasitóforo de uma célula; - são muito resistentes e podem permanecer viáveis por vários anos. c) Oocistos (cistos) - é a forma de resistência que possui uma parede bastante resistente às condições ambientais; - são produzidos nas células intestinais de felinos não imunes e eliminados junto com as fezes; - são esféricos e contém os esporozoítos. trofozoíto Habitat No homem pode ser encontrado: - em vários tecidos e células (musculares esqueléticos e cardíacos, hepáticas, nervoso e retina). Só não é encontrado nas hemácias; - líquidos orgânicos (saliva, leite, esperma, líquido peritoneal, etc); Nos felinos não imunes: - durante ciclo sexuado: células do epitélio intestinal; - durante ciclo assexuado: outros locais do hospedeiro; - formas de resistência: junto com as fezes destes animais.

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