PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS

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1 PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS BALANTIDIUM COLI INTRODUÇÃO O protozoário Balantidium coli é o agente da balantidíase, infecção do intestino grosso, que pode produzir diarréia ou disenteria, semelhante clinicamente à amebíase. O suíno é o seu hospedeiro habitual. Foi descrito pela primeira vez por Malmstem (1857), nas fezes de dois pacientes com quadro disentérico, quando foi denominado de Paramecium coli, até Espécies de ciliados do gênero Balantidium são encontradas em numerosos hospedeiros vertebrados (porco, macacos, homem) e a que parasita o porco é indistinguível morfologicamente da encontrada no homem. No suíno a infecção é assintomática e o parasito vive como comensal. É o único ciliado conhecido como patogênico para o homem. As tentativas de contaminação experimental de voluntários sempre deram resultados negativos, quer quando a fonte de infecção fosse o porco, quer quando o próprio homem. Isto pode indicar um alto grau de resistência natural, ou grande dificuldade de adaptação do parasito às condições peculiares do organismo humano. São raros os casos de balantidíase registrados na literatura médica. É cosmopolita, mais freqüente nas regiões tropicais e subtropicais. Foram descritos diversas epidemias em instituições psiquiátricas, creches e presídios, provavelmente em conseqüência do contato fecal-oral. Outras epidemias ocorreram em áreas com precárias condições sanitárias, geralmente através de água ou alimentos contaminados. No Brasil vários casos já foram descritos nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro etc.. Capítulo 4 Balantidium coli 1

2 MORFOLOGIA São ciliados ovais com fileiras de cílios longitudinais, revestindo todo o corpo. É o maior protozoário parasito do homem. Trofozoito: mede de 40 a 80 µm de comprimento por 30 a 60 de largura. A forma é oval, a extremidade anterior sendo mais afilada do que a posterior. Anteriormente encontra-se uma fenda em forma de funil (perístoma) e posteriormente a abertura anal (citopigio). Os cílios do perístoma produzem correntes que levam os alimentos à boca do animal ou citóstoma; as partículas alimentares são englobadas pelos vacúolos digestivos, que por meio de enzimas fazem a sua digestão. Apresenta no endoplasma dois vacúolos contráteis e 2 núcleos. O macronúcleo tem a forma de um rim e na sua cavidade situa-se o micronúcleo, invisível em muitas preparações. Multiplicam-se por divisão binária simples transversal, intercalando-se, depois de um certo número de divisões, a reprodução sexuada por conjugação, através da qual dois organismos se unem temporariamente pelo citóstomo para promoverem trocas genéticas. Em certas condições, o parasito se encista, rodeando-se de um invólucro resistente. Cisto: mede 40 a 60 µm, sendo observados raramente nas fezes do homem e freqüentemente nas do porco. Tem forma esférica ou ovalada. Capítulo 4 Balantidium coli 2

3 MORFOLOGIA Capítulo 4 Balantidium coli 3

4 DIVISÃO CICLO EVOLUTIVO Os trofozoítos do B. coli vivem nos tecidos e na luz do intestino grosso, alimentando-se não somente de células dos tecidos da mucosa intestinal, como também de bactérias, protozoários, fungos, muco e restos da digestão intestinal. Já foi observado Balantidium ingerindo outro Balantidium, bem como ovos de helmintos. Os cílios levam as partículas alimentares à citofaringe, as quais passam para o citoplasma, são envolvidas por vacúolos digestivos que os digerem pelas enzimas. Os excretos são Capítulo 4 Balantidium coli 4

5 coletados nos vacúolos retais e depois expelidos pelo citopigio, que só se abre no momento da descarga destes resíduos. Em ambiente úmido, os trofizoítos podem sobreviver a 22 O C por 10 dias e os cistos resistem durante algumas semanas. Os trofozoítos, porém, são muito sensíveis e morrem rapidamente em meio ácido (ph 5) e em temperaturas acima de 34 O C. Nos vacúolos desta espécie tem-se encontrado hemácias, leucócitos, células teciduais, bem como cristais e bactérias. Movem-se ativamente através dos batimentos rítmicos dos seus cílios: a sua atividade diminui em temperaturas baixas. Produz-se a infecção pela ingestão dos cistos por meio de alimentos ou bebidas contaminados, quer por portadores da infecção, como na amebíase, quer por fezes de suínos com o parasito. Após a ingestão, as paredes dos cistos se dissolvem, liberando os trofozoítas, que podem ou não invadir a mucosa intestinal. Podem multiplicar-se por divisão binária ou se transformar em cistos que serão liberados nas fezes. Sendo B. coli parasito de suínos, o homem apresenta alta resistência ao protozoário, o que explica o pequeno número de casos registrados. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA Ainda que B. coli possa viver no cólon do homem sem determinar nenhum acidente mórbido e nenhuma sintomatologia, muitos casos apresentam uma colite indistinguível da colite amébica, mostrando o intestino grosso aparência tão semelhante à que se observa na amebíase, que o diagnóstico só pode ser firmado pelo encontro dos respectivos parasitos. As úlceras são superficiais, sem bordas definidas, encontramse os ciliados em suas partes necrosadas, assim como nos tecidos sãos que as cercam. Capítulo 4 Balantidium coli 5

6 Podem ser observados ainda na submucosa e até nos vasos e gânglios linfáticos. Nas lesões tem uma tendência para se dispor em grupos e penetram mecanicamente na mucosa entre as aberturas glandulares. Após penetrarem mais profundamente, multiplicam-se por divisão binária. Há necrose dos tecidos, e forma-se o abscesso que se abre na luz do intestino. Em alguns casos mais graves, as lesões podem estender-se por todo o cólon determinando a morte do paciente. A sintomatologia inclui diarréia, anorexia, febre, meteorismo, fraqueza, insônia, cefaléia e dores abdominais. O número de evacuações é variável, podendo ir de 6 a 15 ou mais por dia, acompanhadas ou não de tenesmo. Na maioria dos casos a sintomatogia clínica é indistinguível da disenteria amebiana. Em alguns casos descritos o doente apresenta hemorragia intestinal; foram ainda relatados casos de perfusão intestinal e peritonite. Nos doentes crônicos a diarréia é intermitente e alterna-se com períodos de constipação. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame parasitológico de fezes Constitui a melhor maneira de estabelecer o diagnóstico, pela demonstração dos trofozoítos e dos cistos nas fezes. Cultura Em casos de poucos parasitos deve ser feita a cultura das fezes em meio apropriado. TRATAMENTO É comum a cura espontânea. Pode se utilizar a Tetraciclina, 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, por 10 dias ou o Metronidazol, 400 a 700 mg 3 vezes ao dia por 10 dias. A taxa de cura para esses dois medicamentos é de %. Muitas vezes somente a adoção de dieta Láctea por alguns dias, é suficiente para eliminar o protozoário que se alimenta de amido. Capítulo 4 Balantidium coli 6

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