FUNDAMENTOS DE INSTRUMENTAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FUNDAMENTOS DE INSTRUMENTAÇÃO"

Transcrição

1 CAPÍTULO III FUNDAMENTOS DE INSTRUMENTAÇÃO 3.1. INTRODUÇÃO Em praticamente todos os Laboratórios de Física é necessário medir algumas grandezas eléctricas básicas, como, por exemplo, tensões, correntes e resistências. Estas grandezas podem ser originadas directamente pelo funcionamento da experiência ou resultarem da transdução para sinais eléctricos das medidas de alguns parâmetros físicos 1. Estas grandezas básicas são medidas utilizando: - Aparelhos especializados (voltímetros, amperímetros e ohmímetros); - Aparelhos integrados (multímetros e osciloscópios); - Sistemas de aquisição de dados. Este capítulo descreve os princípios de funcionamento e de utilização de alguns aparelhos básicos de um Laboratório de Física. Os sistemas computarizados de controle e aquisição de dados serão tratados no capítulo seguinte APARELHOS ANALÓGICOS E DIGITAIS Os primeiros aparelhos de medida foram construidos com base nas leis dos campos eléctrico e magnético e na electrónica analógica. Os sinais são tratados directamente pelo aparelho e os resultados das medidas são indicados por um ponteiro numa escala graduada (Figura 3.1a). Os aparelhos modernos de medida são baseados na electrónica digital. Os sinais analógicos são convertidos em sinais digitais, por um conversor analógico-digital. Os resultados das medidas são apresentados num écran (Figura 3.1b). Os aparelhos digitais têm várias vantagens: 1 Por exemplo, a temperatura de uma componente é medida por um termómetro, que deve ter uma saída eléctrica cuja intensidade é proporcional à temperatura medida. 25

2 baixa. 3 Quando pretendemos comprar um voltímetro (amperímetro) devemos fornecer os - São mais modernos; - Não há erros de leitura dos resultados pelo operador; - Podem proceder a algum processamento do sinal; - Podem ser controlados por computador; - Possuem memória própria, o que permite fazer a análise do sinal, mesmo depois do aparelho ter sido desligado. (a) (b) Figura 3.1 Aparelhos analógico (a) e digital (b) 3.3. VOLTÍMETROS E AMPERÍMETROS Introdução Os voltímetros são aparelhos que servem para medir as diferenças de potencial (tensões) entre dois pontos de um circuito eléctrico. Estes aparelhos inserem-se em paralelo com o troço aos terminais do qual pretendemos medir a tensão eléctrica e são caracterizados por uma resistência interna muito elevada. 2 Os amperímetros são aparelhos que servem para medir as correntes que percorrem os ramos de um circuito eléctrico. Estes aparelhos inserem-se em série com o ramo onde pretendemos medir a corrente eléctrica e são caracterizados por uma resistência interna muito seguintes dados ao vendedor: tipo do aparelho 4, resistência de entrada, o tipo de medida a 2 A resistência interna do voltímetro deve ser, no mínimo, 10 vezes superior à resistência do troço do circuito eléctrico que vai ser ligado aos terminais deste aparelho de medida. 3 A resistência interna do amperímetro deve ser, no mínimo, 10 vezes inferior à resistência do ramo do circuito eléctrico onde vai ser ligado este aparelho de medida. 4 Analógico ou digital 26

3 efectuar 5, valor máximo da tensão (corrente) a medir, número de escalas e precisão. Poderemos ainda especificar quais os sistemas de segurança que pretendemos 6, as fontes de alimentação do aparelho 7 e, no caso dos aparelhos digitais, as ligações a microprocessadores de controle Constituição de um aparelho de quadro móvel Um aparelho de quadro móvel, voltímetro ou amperímetro, é constituido por (Figura 3.2): - Um íman permanente (I), com um entre-ferro (EF); - Uma espira condutora, móvel no entre-ferro do íman (Esp); - Um ponteiro ligado à espira (P); - Uma escala graduada (Esc); - Uma mola para a restituição da espira à sua posição de repouso (M); - Resistências de entrada para alteração da escala (Re). Figura 3.2 Representação esquemática de um aparelho analógico de quadro móvel 5 DC ou AC, valor máximo ou valor eficaz. 6 Este tipo de aparelhos possui, normalmene, um fusivel que se funde ou um sistema electrónico que faz saltar um botão quando os valores máximos da grandeza para que foi projectado o aparelho são excedidos. 7 Baterias ou a rede de energia eléctrica. 8 Como, por exemplo, RS232 ou GPIB. 27

4 Princípio de funcionamento dos aparelhos de quadro móvel A corrente que entra no aparelho vai percorrer a espira, a qual sofre uma força que a faz rodar em torno do seu eixo, devido à Lei de Laplace F = I ds B (3.1) em que B é o campo magnético criado pelo íman. Esta corrente é proporcional à corrente ou à tensão que desejamos medir. A espira pára quando a força eléctrica que nela actua é compensada pela força de restituição da mola. Quando o aparelho é desligado, o ponteiro regressa à origem (zero) sob a acção da força de restituição da mola. Com o decorrer do funcionamento do aparelho, a mola vai-se degradando pelo que, antes de o ligarmos, é preciso verificar se o ponteiro está situado no zero da escala. Se não, é necessário proceder a este acerto através da rotação de um parafuso (Pa) (Figura 3.2) localizado no centro do aparelho junto à escala graduada OHMÍMETRO Introdução Os ohmímetros são aparelhos que permitem medir a resistência de um condutor eléctrico. Devido ao seu princípio de funcionamento, um ohmímetro não pode ser ligado aos terminais de um elemento activo. Por isso, antes de ligar o ohmímetro ao condutor cuja resistência eléctrica pretendemos medir, é preciso garantir que este elemento está isolado, isto é, não está ligado a nenhum outro elemento activo 9 ou passivo Constituição de um ohmímetro de quadro móvel Um ohmímetro de quadro móvel é constituido por todos os elementos constituintes de um aparelho deste tipo e ainda por uma bateria Princípio de funcionamento de um ohmímetro de quadro móvel O princípio de funcionamento de um ohmímetro de quadro móvel é semelhante ao anteriormente descrito para os voltímetros e amperímetros, com as seguintes diferenças: A corrente que vai percorrer a espira é agora criada pela aplicação da tensão da bateria do ohmímetro aos terminais da resistência que pretendemos medir; 9 Neste caso existiria uma tensão eléctrica que seria aplicada aos terminais do ohmímetro. 10 Neste caso, medimos a resistência de um paralelo e não de um elemento. 28

5 A escala de um ohmímetro cresce da direita para a esquerda e não em sentido inverso como acontece nos voltímetros e amperímetros. Esta diferença ocorre porque o estado de repouso destes aparelhos (circuito aberto) corresponde a tensões e correntes nulas e a uma resistência infinita; A escala de um ohmímetro não é linear porque tem de corresponder à variação da resistência desde zero (curto-circuito) até infinito (circuito aberto) Modo de utilização de um ohmímetro Para medir uma resistência eléctrica com um ohmímetro é necessário seguir os seguintes procedimentos: o Assegurar que a resistência está desligada de qualquer outro elemento; o Verificar o zero do aparelho e proceder ao seu acerto se no estado de repouso o ponteiro não indicar o infinito. Esta operação destina-se a compensar a degradação eventual da mola do aparelho; o Acertar o zero da escala, fazendo um curto-circuito aos seus terminais e rodando o botão de acerto do zero até que o ponteiro coincida com a marca do zero na escala. Esta operação destina-se a compensar uma eventual diminuição da tensão da bateria do aparelho com o tempo. Conforme a sua designação sugere, esta operação deve ser repetida cada vez que se muda a escala do ohmímetro; o Colocar a resistência a medir aos terminais do aparelho e ler o seu valor na escala. Nos dois procedimentos atrás referidos, é preciso ter o cuidado de não colocar o corpo do operador em paralelo com a resistência que pretendemos medir MULTÍMETRO Um multímetro é um aparelho integrado que faz as funções de um voltímetro, amperímetro e ohmímetro. Quando pretendemos adquirir um multímetro devemos fornecer os seguintes dados ao vendedor: tipo de aparelho, tensão e corrente máximas a medir, resistências de entrada do voltímetro e do amperímetro, tipo de medida, número de escalas das tensões, correntes e resistências e precisão. Uma vez mais, poderemos ainda especificar o tipo de fonte de alimentação, o tipo de protecção contra o uso incorrecto do aparelho e o tipo de ligação a um aparelho de monitorização da medida. 11 Para isso é preciso garantir que os dedos do operador não estão em contacto com os terminais da resistência. 29

6 Figura 3.3 Multímetro de quadro móvel 3.6. SINAIS DC E AC Um sinal DC tem o mesmo valor em todos os instantes (Figura 3.4a), enquanto um sinal AC é variável no tempo (Figura 3.4b). Figura 3.4 Variação no tempo de um sinal DC (a) e AC (b) Um sinal variável no tempo s(t) pode ser decomposto nas suas componentes DC e AC (Figura 3.5). A componente DC corresponde à parte continua (valor médio) do sinal. A componente AC corresponde à parte puramente variável do sinal. Figura 3.5 Decomposição de um sinal s(t) (a) nas suas componentes DC (b) e AC (c) 30

7 De entre os sinais AC, os mais importantes são os sinais sinusoidais (Figura 3.6), dado que: Do ponto de vista matemático, qualquer outro sinal se pode decompor num somatório de sinais sinusoidais 12 ; Como já vimos anteriormente, a energia eléctrica é gerada nas centrais eléctricas na forma sinusoidal 13. Figura 3.6 Variação no tempo de um sinal sinusoidal Nos laboratórios de Física, de Electrónica e de Informática são muito usados sinais do tipo onda quadrada, onda triangular ou onda dente-de-serra (Figura 3.7). Figura 3.7 Variação no tempo de sinais do tipo onda quadrada (a), onda triangular (b) e onda dente-de-serra (c) 3.7. TENSÃO PICO-A-PICO E TENSÃO EFICAZ O valor pico-a-pico (Spp) de um sinal s(t) é a diferença entre os seus valores máximo e mínimo. O valor eficaz (Sef) é a raiz quadrada do valor médio do quadrado do sinal s(t). S s 2 ef = ( t) (3.2) 12 É a chamada análise de Fourier de um sinal s(t). 13 Ver secção

8 temos que e Para um sinal sinusoidal s( t) = S m cos( ω t + α) (3.3) S pp = 2S m (3.4) S = / 2 (3.5) ef S m 3.8. FONTES DE ENERGIA Introdução As seguintes fontes de energia são, correntemente, usadas nos Laboratórios: Baterias; Fontes de alimentação; Geradores de sinais (formas de onda) Baterias As baterias são aparelhos que produzem uma tensão continua, a partir de reacções químicas. Estes dispositivos são fáceis de utilizar e têm a vantagem de estarem electricamente isoladas das alimentações dos outros aparelhos. Contudo, tem duas desvantagens significativas: Cada bateria apenas fornece uma tensão, que vai diminuindo de valor com a sua utilização; A energia eléctrica fornecida por baterias, sobretudo pelas não-recargáveis, é mais cara do que a energia que pode ser fornecida por outras fontes de alimentação. No mercado existem baterias secas 14 e de electrólito líquido 15, não-reutilizáveis ou recargáveis (Figura 3.8). Para adquirirmos uma bateria devemos especificar a sua tensão, tipo e dimensões. No caso das baterias químicas é ainda necessário especificar a sua capacidade de carga (amperagem-hora) e se tem ou não manutenção As vulgares pilhas. 15 As vulgares baterias dos automóveis. 16 A manutenção das baterias químicas tem duas finalidades fundamentais: (i) manter a densidade do electrólito com um valor adequado; (ii) assegurar que as placas da bateria estão sempre cobertas por electrólito, sem o que se podem oxidar e, portanto, deixar de receber carga. 32

9 Fontes de alimentação As fontes de alimentação recebem a energia da rede pública de distribuição de energia eléctrica e transformam-na em energia continua, com tensões e correntes adequadas à aplicação pretendida e limitadas pela potência máxima que a fonte pode fornecer. As fontes de alimentação dispõem de dois botões para controle da tensão e da corrente, um voltímetro e um amperímetro e terminais para a saida da energia (Figura 3.9). Estes terminais podem ser do tipo BNC ou banana (Figura 3.10). As fontes têm, normalmente, três terminais de saída: positivo (+), negativo (-) e de massa ( ). A saida de energia de uma fonte pode ser feita em modo fluctuante ou referenciada à massa, consoante o circuito de carga esteja ligado entre os terminais (+) e (-) ou entre um destes terminais e a massa. Figura 3.9 Fonte de alimentação Figura 3.10 Terminais BNC e banana As fontes de alimentação podem trabalhar como fontes de tensão ou de corrente: Para funcionar como uma fonte de tensão, roda-se o botão da corrente todo para a direita e depois gira-se o botão da tensão até obtermos o valor pretendido; Para operar como uma fonte de corrente, roda-se o botão da tensão todo para a direita e depois gira-se o botão da corrente até obtermos o valor pretendido. Deste modo, para adquirirmos uma fonte de alimentação devemos especificar, pelo menos, as seguintes características técnicas: potência máxima, tensão e corrente máximas, impedância de saída, tipo de terminais e modo de operação. Podemos, ainda, especificar o ripple 17 máximo admissível dos sinais de saída e a existência ou não de controlo remoto 18 e/ou de uma saída para monitorização do funcionamento da fonte O ripple é a parte variável dos sinais de saída, originada pelo facto da rectificação da tensão sinusoidal de alimentação da fonte não ser perfeita. 18 Este controlo permite definir a tensão ou a corrente de saída a partir de um sistema de controlo e aquisição de dados. 19 Esta saída fornece um sinal proporcional ao sinal de saída, com uma intensidade adequada ao aparelho onde vai ser ligado: registador ou sistema de aquisição de dados. 33

10 Geradores de sinais Os geradores de sinais são aparelhos electrónicos que geram sinais com a forma de onda, frequência e amplitude pretendidas. No mercado existe uma grande variedade de geradores de sinais (Figura 3.11). Os mais simples são os chamados osciladores, que apenas geram sinais sinusoidais. Os geradores que também fornecem ondas quadradas e triangulares são designados por geradores de forma de onda. Hoje exitem geradores deste tipo que podem gerar um sinal com uma forma arbitrária a partir de um ficheiro digital criado num computador. Finalmente, referimos os geradores de impulsos, os quais são muito usados nos laboratórios de Electrónica, Telecomunicações, Sistemas Digitais e Informática. Figura 3.11 Geradores de sinais Assim, para adquirirmos um gerador de sinais, temos de definir, pelo menos, as seguintes características técnicas: tipo de gerador, banda de frequências 20, potência máxima, tensão máxima e impedância de saída. Podemos, ainda, especificar o grau de estabilidade dos sinais de saída, a existência ou não de controlo remoto e/ou de uma saída para monitorização do funcionamento do gerador e o modo de operação do aparelho. Esta última característica é particularmente importante nos osciladores, já que estes aparelhos podem fornecer sinais de uma frequência fixa (modo de frequência fixa) ou de frequência variável entre dois valores de frequência fixados pelo operador, o qual escolhe igualmente a velocidade do varrimento de entre os valores previstos pelo fabricante (modo de varrimento) A banda de frequências é o intervalo compreendido entre as frequências mínima e máxima que o aparelho pode fornecer. 21 Este modo é usado no estudo do comportamento em frequência de um circuito ou componente eléctrico. 34

11 3.9. ANÁLISE NO TEMPO E NA FREQUÊNCIA Um sinal fica definido se conhecermos a sua descrição no tempo s ( t) = sen(2π ~ π 8) (3.6) ou na frequência S ( ω ) = 3δ (1000) (3.7) De facto, a Análise Matemática ensina que, se conhecermos a definição de um sinal no tempo, podemos calcular a sua descrição na frequência através da Transformada de Fourier. Inversamente, se conhecermos a descrição de um sinal na frequência, podemos obter a sua evolução no tempo através da Transformada Inversa de Fourier OSCILOSCÓPIO Introdução Um osciloscópio é um aparelho electrónico que fornece no seu écran a evolução no tempo de um sinal que está ligado aos seus terminais de entrada. No caso de um sinal periódico, o osciloscópio permite determinar o período e os valores máximo e eficaz do sinal. Estas quantidades são lidas nos aparelhos antigos pelo operador, conhecendo os valores das escalas horizontal (tempo) e vertical (tensão) do osciloscópio. Nos aparelhos modernos estes valores são calculados pelo próprio osciloscópio e disponibilizados no seu écran. Um osciloscópio mede directamente tensões e, indirectamente através de uma ponta de prova, correntes. Estes aparelhos são excelentes voltímetros devido aos seguintes factos: A sua impedância de entrada é muito elevada (no minimo 1 MΩ); Possuem uma largura de banda muito larga (desde 0 até, pelo menos, 50 MHz); Permitem medir, com igual precisão, tensões desde alguns milivolts até muitos kilovolts (nestas situações com o auxílio de uma ponta de prova) Constituição e funcionamento de um osciloscópio Num osciloscópio podemos considerar quatro blocos funcionais principais: Estrutura principal ( mainframe ); Amplificador vertical; Base de tempo; Circuito de disparo ( trigger ). Os bons osciloscópios dos anos 70 e 80 eram projectados segundo uma filosofia modular, o que permitia a utilização de módulos com características diferentes no mesmo 35

12 mainframe (Figura 3.12a). Os osciloscópios actuais voltaram a ser projectados numa filosofia compacta (Figura 3.12b). (a) (b) Figura 3.12 Osciloscópios modular (a) e compacto (b) A estrutura principal tem por função criar o feixe que vai impressionar o écran de acordo com o sinal que é aplicado ao amplificador vertical do osciloscópio e ao seu modo de funcionamento. Este bloco funcional do osciloscópio compreende: Um tubo de raios catódicos22, que fornece um feixe de electrões que vai impressionar o écran; Um écran de material fluorescente; Placas de deflexão vertical e horizontal, que controlam os movimentos para cima e para baixo e para a esquerda e para a direita do feixe de electrões; Electrónica de comando, que controla a operação (ON/OFF) e o modo de funcionamento (Interno/Externo) do aparelho, as características (Intensidade/Focagem) e a posição (Encontrar) do feixe e a luminosidade do écran (Intensidade). O varrimento horizontal do feixe de electrões pode ser feito pela base de tempo do osciloscópio ou por um sinal externo aplicado à entrada da estrutura principal, consoante o modo de funcionamento seleccionado seja interno ou externo. O amplificador vertical recebe o sinal que pretendemos analisar e vai aplicá-lo às placas de deflexão vertical, que controlam o movimento para cima e para baixo do feixe de electrões. Este bloco funcional do osciloscopio pode ter, normalmente, um, dois ou quatro canais. Em cada canal de entrada podemos controlar a escala (mv ou Volts por divisão), o tipo de análise do sinal (AC ou DC)23 e o tipo de trigger (interno - pela linha ou pelo sinal 22 Os tubos de raios catódicos são descritos na secção O osciloscópio mostra no seu écran o sinal aplicado aos seus terminais (modo DC) ou apenas a parte variável deste sinal (modo AC)

13 de um dos canais - ou externo). A escolha do tipo de trigger depende das características do sinal que pretendemos analisar: O trigger interno pela linha é adequado para sinais sinusoidais de baixa frequência, normalmente de aparelhagem relacionada com os 50 Hz da rede (ex. televisão); O trigger interno pelo sinal de um dos canais é indicado para sinais sinusoidais de frequência elevada e para sinais periódicos de qualquer outra forma de onda; O trigger externo é adequado para a análise de sinais de frequência muito elevada e de sinais aleatórios (correlacionar sinais). Quando o osciloscópio tem mais canais de entrada do que feixes de electrões, é preciso definir o modo como os sinais de entrada são entregues às placas de deflexão vertical. Existem dois modos de operação: alternate e chop. Consideremos um osciloscópio de dois canais (A e B) e um único feixe. No modo alternate o aparelho dispara alternadamente no seu écran a totalidade dos sinais aplicados aos seus dois canais (Figura 3.13a). No modo chop o osciloscópio mostra no seu écran, alternadamente, pequenos troços dos sinais aplicados aos canais A e B (Figura 3.13b). A escolha do modo adequado de operação do osciloscópio depende, obviamente, das características dos sinais que pretendemos analisar. (a) (b) Figura 3.13 Funcionamento de um osciloscópio em modo alternado (a) e chop (b) A base de tempo gera o sinal que vai ser aplicado às placas verticais de deflexão, que controlam o movimento horizontal (para a esquerda e a direita) do feixe. A base de tempo pode ser interna ou externa. 37

14 O circuito de disparo ( trigger ) controla a amplitude que o sinal de entrada deve ter para que o feixe seja disparado. O sinal de trigger pode ser interno (alimentação eléctrica do aparelho ou sinal de um dos canais verticais) ou externo. Vejamos, agora, a importância deste bloco funcional. Suponhamos que ligamos um oscilador à entrada de um canal do amplificador vertical. Na primeira passagem do feixe, o écran mostra o sinal representado a cheio na Figura Nas segunda e terceira passagens do feixe, se não existisse trigger, o feixe seria disparado logo que o feixe chegasse ao início do écran, pelo que os sinais disparados nestas passagens do feixe (a tracejado e a traco-ponto na Figura 3.14) serão diferentes do sinal da primeira passagem 24. Assim, ao fim de algumas passagens do feixe, o écran mostra uma grande confusão de sinais. A função do circuito de trigger é precisamente a de garantir que, em cada passagem, o feixe só é disparado quando o sinal de entrada tem um determinado valor definido previamente pelo operador. Figura 3.14 Sinais mostrados num écran em três passagens do feixe realizadas sem que o circuito de trigger esteja activo Tipos de osciloscópios Os osciloscópios podem ser analógicos ou digitais, de tempo real ou de amostragem (tempo virtual). A diferença entre estes dois tipos de osciloscópios reside na forma como os sinais fornecidos ao amplificador vertical são transmitidos às placas de deflexão vertical. Conforme os próprios nomes sugerem, os sinais fornecidos a um aparelho de tempo real são directamente aplicados às placas. Contudo, e à medida que as frequências dos sinais aumentam, a electrónica do osciloscópio começa a ter dificuldade em seguir a evolução dos sinais. Deste modo, e para frequências elevadas, o osciloscópio passa a fazer, em cada disparo do feixe, um certo número de amostragens. Quando se atingir um número pré-determinado de 24 Só poruma grande coincidência, o sinal teria o mesmo valor nos três instantes em que o feixe chega ao início do écran. 38

15 amostragens, o osciloscópio mostra no seu écran um sinal por canal de entrada que, em cada instante depois do trigger, corresponde à média dos valores obtidos em cada passagem do feixe. É óbvio que, quanto maior for o número pré-determinado de amostragens: Mais o sinal mostrado no écran reflecte o sinal de entrada 25 ; Mais tempo demora o osciloscópio a mostrar o sinal no seu écran Características técnicas Para adquirirmos um osciloscópio devemos especificar as seguintes características técnicas: tipo do aparelho 26, largura de banda, número de canais verticais, número de feixe de electrões 27, número e características da(s) base(s) de tempo, escalas de medida das tensões, tempo de crescimento dos sinais aplicados ao amplificador vertical e modos de funcionamento. No caso dos aparelhos digitais é ainda necessário definir a frequência de amostragem, a dimensão da memória e o tipo de operações que o aparelho pode efectuar REGISTADOR Os registadores são aparelhos mecânicos que permitem gravar a evolução de sinais lentos (poucos Hertzs) e que foram muito utilizados nos Laboratórios até ao aparecimento dos computadores e dos sistemas de controlo e aquisição de dados. Existem dois tipos de registadores: X(t), que registam a evolução no tempo dos sinais ligados aos canais de entrada, utilizando a base de tempo própria do aparelho; X(Y), que gravam um sinal X(t) em função de um sinal Y(t) (Figura 3.15). Para adquirirmos um registador devemos especificar o tipo de aparelho pretendido, o número de canais, a impedância de entrada, as escalas da base de tempo e das tensões, as dimensões do papel de resultados 29 e as características do instrumento de escrita. 25 Por exemplo, um número baixo de amostragens faz com que um sinal sinusoidal apareça no écran como uma onda triangular. 26 Analógico ou digital, de tempo real ou de tempo virtual. 27 Um osciloscópio de dois canais pode ter um ou dois tubos de raios catódicos 28 Existem aparelhos digitais que permitem calcular o período e a frequência de um sinal sinusoidal e somar ou subtrair sinais aplicados a dois canais do amplificador vertical. 29 Os registadores dos formatos A3, A4 e papel contínuo são muito usados nos Laboratórios, sendo o último particularmente útil em medidas de sinais que é preciso monitorizar durante períodos muito longos (eventualmente contínuos). 39

16 Figura 3.15 Registador X-Y ANALISADOR ESPECTRAL Um analisador espectral calcula, directamente através de hardware, o espectro na frequência de um sinal que é fornecido ao seu terminal de entrada. Este aparelho tem três blocos funcionais principais: A estrutura principal, com uma composição e funções semelhantes às do bloco com o mesmo nome de um osciloscópio; O bloco de entrada, que recebe o sinal que pretendemos analisar e que procede à sua decomposição nas suas componentes espectrais; O bloco horizontal, que tem por funções principais as definições da escala horizontal de frequência e a velocidade de varrimento do feixe de electrões do tubo de raios catódicos. Quando pretendemos adquirir um analisador espectral devemos fornecer os seguintes dados ao vendedor: largura de banda, resolução espectral, características da base de tempo 30 e do amplificador vertical 31 e tipo de saidas auxiliares proporcionais aos sinais visualizados no écran. 30 Em especial, a velocidade de varrimento do eixo horizontal. Velocidades baixas são adequadas para a transferência dos sinais do écran para um meio auxiliar de gravação. Velocidades elevadas permitem o traçado rápido dos espectros em frequência. 31 Em particular as escalas (linear, 1 db/divisão e 10 db/divisão) e o nível máximo de sinal permitido. 40

MODELOS DE OSCILOSCÓPIO

MODELOS DE OSCILOSCÓPIO Física Laboratorial I Ano Lectivo 2000/01 MODELOS DE OSCILOSCÓPIO Seguidamente serão apresentados os painéis frontais de dois modelos de osciloscópio que serão utilizados nas aulas. Em qualquer deles,

Leia mais

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO TRABALHO PRÁTICO MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO Objectivo Este trabalho tem como objectivo a familiarização com alguns dos equipamentos e técnicas de medida

Leia mais

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO TRABALHO PRÁTICO MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO Objectivo - Este trabalho tem como objectivo a familiarização com alguns dos equipamentos e técnicas de medida

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) Área Científica de Electrónica ELECTRÓNICA GERAL

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) Área Científica de Electrónica ELECTRÓNICA GERAL INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) Área Científica de Electrónica ELECTRÓNICA GERAL Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e Mestrado Bolonha

Leia mais

EXPERIÊNCIA 1 LAB METROLOGIA ELÉTRICA. Prof: Vicente Machado Neto

EXPERIÊNCIA 1 LAB METROLOGIA ELÉTRICA. Prof: Vicente Machado Neto EXPERIÊNCIA 1 LAB METROLOGIA ELÉTRICA Prof: Vicente Machado Neto EFEITO DE CARGA DE AMPERÍMETRO E VOLTÍMETRO EFEITO DE CARGA INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO Quando utilizamos um instrumento de medição para conhecer

Leia mais

SINAIS E SISTEMAS MECATRÓNICOS

SINAIS E SISTEMAS MECATRÓNICOS SINAIS E SISTEMAS MECATRÓNICOS Laboratório #1: Introdução à utilização de aparelhos de medida e geração de sinal: multímetro, osciloscópio e gerador de sinais Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Leia mais

Figura 1 Várias formas de ondas repetitivas: (a) onda cosseno, (b) onda seno, (c) onda triangular (d) onda quadrada

Figura 1 Várias formas de ondas repetitivas: (a) onda cosseno, (b) onda seno, (c) onda triangular (d) onda quadrada ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO FACULDADE DE ENGENHARIA DE RESENDE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA Disciplina: Laboratório de Circuitos Elétricos Corrente Alternada 1. Objetivo Uma medida elétrica é a

Leia mais

Escola Técnica Liceal Salesiana de S. to António Estoril. Física e Química A 11º ano. Funcionamento do osciloscópio

Escola Técnica Liceal Salesiana de S. to António Estoril. Física e Química A 11º ano. Funcionamento do osciloscópio Escola Técnica Liceal Salesiana de S. to António Estoril Física e Química A 11º ano Funcionamento do osciloscópio APSA 3 Um osciloscópio é um aparelho que mostra sinais eléctricos num ecrã. Num osciloscópio

Leia mais

Física Laboratorial Ano Lectivo 2003/04 OSCILOSCÓPIO

Física Laboratorial Ano Lectivo 2003/04 OSCILOSCÓPIO 1. Introdução OSCILOSCÓPIO O osciloscópio (fig. 1) é o mais útil e versátil dos instrumentos utilizados para testes de circuitos electrónicos, uma vez que nos permite visualizar a evolução de uma diferença

Leia mais

O osciloscópio permite medir quaisquer grandezas variáveis no tempo traduzidas para tensões variáveis, tempos e fases. Fig.1 Osciloscópio.

O osciloscópio permite medir quaisquer grandezas variáveis no tempo traduzidas para tensões variáveis, tempos e fases. Fig.1 Osciloscópio. Osciloscópio O osciloscópio permite medir quaisquer grandezas variáveis no tempo traduzidas para tensões variáveis, tempos e fases. Fig.1 Osciloscópio. Podem ser apresentadas em gráfico as variações de

Leia mais

Física Experimental Aula_4 Trabalho

Física Experimental Aula_4 Trabalho Física Experimental Aula_4 Trabalho 2 2008-2009 Circuitos AC Introdução Tensões alternadas (formas de onda) Tensão sinusoidal AC Onda quadrada Onda triangular Onda dente de serra Outras Gerador de tensão

Leia mais

APRESENTAÇÃO DISCIPLINA: Metrologia II

APRESENTAÇÃO DISCIPLINA: Metrologia II APRESENTAÇÃO DISCIPLINA: Metrologia II - 2018 OBJETIVO Expor conceitos básicos de funcionamento e aplicação dos diversos tipos de equipamentos de Medidas. CRONOGRAMA 1ºBIMESTRE OSCILOSCÓPIO CRONOGRAMA

Leia mais

. Medição de tensões contínuas (DC) : Volt [V]. Medição de tensões alternas (AC)

. Medição de tensões contínuas (DC) : Volt [V]. Medição de tensões alternas (AC) Medição de Tensões e de Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchoff 1. Objectivo: Aprender a medir tensões e correntes eléctricas com um osci1oscópio e um multímetro digital. Conceito de resistência

Leia mais

Escola Secundária. tensão = número de divisões na escala vertical tensão/divisão. tensão = 4,2 10 mv = 42 mv

Escola Secundária. tensão = número de divisões na escala vertical tensão/divisão. tensão = 4,2 10 mv = 42 mv Grupo de Trabalho: Classificação Professor Numa empresa de telecomunicações investigam-se materiais e métodos inovadores para a comunicação. O sistema de segurança da empresa é bastante rígido. A empresa

Leia mais

Instituto Politécnico do Porto Instituto Superior de Engenharia do Porto

Instituto Politécnico do Porto Instituto Superior de Engenharia do Porto Instituto Politécnico do Porto Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Electrotécnica Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores disciplina de Teoria dos Circuitos

Leia mais

Física Experimental II - Experiência E10

Física Experimental II - Experiência E10 Física Experimental II - Experiência E10 Osciloscópio e Circuitos de Corrente Alternada OBJETIVOS Aprendizado sobre funcionamento do osciloscópio e sua utilização em circuitos simples de corrente alternada.

Leia mais

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T5 Física Experimental I - 2007/08 CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 1. Objectivo Verificar as leis fundamentais de conservação da

Leia mais

Medidores de grandezas elétricas

Medidores de grandezas elétricas LEB 5030 Instrumentação e Automação para Sistemas Agrícolas Medidores de grandezas elétricas Prof. Dr. Rubens Tabile tabile@usp.br FZEA - USP INSTRUMENTOS ANALÓGICOS E DIGITAIS Instrumentos de medidas

Leia mais

Osciloscópios Analógico e Digital e Gerador de Sinais

Osciloscópios Analógico e Digital e Gerador de Sinais Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Eletrônica Básica e Projetos Eletrônicos Osciloscópios Analógico e Digital e Gerador de Sinais

Leia mais

Electrónica I. 1º Semestre 2010/2011. Equipamento e Material de Laboratório. Guia de Utilização. Fernando Gonçalves Teresa Mendes de Almeida

Electrónica I. 1º Semestre 2010/2011. Equipamento e Material de Laboratório. Guia de Utilização. Fernando Gonçalves Teresa Mendes de Almeida Electrónica I 1º Semestre 2010/2011 Equipamento e Material de Laboratório Guia de Utilização Fernando Gonçalves Teresa Mendes de Almeida INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica

Leia mais

O galvanômetro é um instrumento que pode medir correntes elétricas de baixa intensidade, ou a diferença de potencial elétrico entre dois pontos.

O galvanômetro é um instrumento que pode medir correntes elétricas de baixa intensidade, ou a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. 7-INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 7.1-GALVANÔMETRO O galvanômetro é um instrumento que pode medir correntes elétricas de baixa intensidade, ou a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. O multímetro

Leia mais

Física II. Laboratório 1 Instrumentação electrónica

Física II. Laboratório 1 Instrumentação electrónica Física II Laboratório 1 Instrumentação electrónica OBJECTIVO Utilizar instrumentos electrónicos: osciloscópios, geradores de sinais, fontes de corrente e tensão, multímetros. 1. INTRODUÇÃO Com o multímetro

Leia mais

Instrumentação e Medidas

Instrumentação e Medidas Instrumentação e Medidas Exame Escrito de 09 de Janeiro de 08 ATENÇÃO: As partes I e II devem ser resolvidas em cadernos separados PARTE I-A Medição Impedâncias Na figura da esquerda estão representadas

Leia mais

Instrumentos de Medição e Testes em Eletrônica

Instrumentos de Medição e Testes em Eletrônica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação Instrumentos de Medição e Testes em Eletrônica DCA0203 Eletrônica Heitor Medeiros 1 Tópicos da aula Instrumentos

Leia mais

LEE 2006/07. Guia de Laboratório. Trabalho 4. Circuitos Dinâmicos. Resposta em Frequência

LEE 2006/07. Guia de Laboratório. Trabalho 4. Circuitos Dinâmicos. Resposta em Frequência Análise de Circuitos LEE 2006/07 Guia de Laboratório Trabalho 4 Circuitos Dinâmicos Resposta em Frequência INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Paulo Flores

Leia mais

Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchoff

Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchoff Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchoff. Objectivo: Aprender a medir tensões e correntes eléctricas com um oscioscopio e um multímetro digital. Conceito de resistência intema

Leia mais

Física Laboratorial Ano Lectivo 2004/05 OSCILOSCÓPIO

Física Laboratorial Ano Lectivo 2004/05 OSCILOSCÓPIO 1. Introdução OSCILOSCÓPIO O osciloscópio (fig. 1) é o mais útil e versátil dos instrumentos utilizados para testes de circuitos electrónicos, uma vez que nos permite visualizar a evolução de uma diferença

Leia mais

MEDIDA DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS

MEDIDA DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS REFERENCIAIS DO CURSO CERTIFICADO DE NÍVEL 4 MEDIDA DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS (75 H) 1 MEDIDA DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS (75 H / NÍVEL 4) UFCD 6008 Análise de circuitos em corrente contínua Carga horária: 25

Leia mais

Circuitos eléctricos

Circuitos eléctricos Circuitos eléctricos O que é? n Designa-se de circuito eléctrico o caminho por onde a corrente eléctrica passa. n A corrente eléctrica é um movimento orientado de cargas, que se estabelece num circuito

Leia mais

A.L.2.1 OSCILOSCÓPIO

A.L.2.1 OSCILOSCÓPIO A.L.2. OSCILOSCÓPIO FÍSICA.ºANO QUESTÃO-PROBLEMA Perante o aumento da criminalidade tem-se especulado sobre a possibilidade de formas de identificação, alternativas à impressão digital. Uma dessas formas

Leia mais

1ª Aula Laboratorial T0 O OSCILOSCÓPIO E MULTÍMETRO DIGITAL

1ª Aula Laboratorial T0 O OSCILOSCÓPIO E MULTÍMETRO DIGITAL 1ª Aula Laboratorial T0 O OSCILOSCÓPIO E MULTÍMETRO DIGITAL 1. Apresentação Medição e medida Em Física, a descrição dos fenómenos que ocorrem no Universo é feita em termos de um certo número de características,

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Aula 5 2 GRANDEZAS ELÉTRICAS 3 GRANDEZAS ELÉTRICAS A medição elétrica permite obter

Leia mais

Analisador de Espectros

Analisador de Espectros Analisador de Espectros O analisador de espectros é um instrumento utilizado para a análise de sinais alternados no domínio da freqüência. Possui certa semelhança com um osciloscópio, uma vez que o resultado

Leia mais

Instrumentação e Medidas

Instrumentação e Medidas Impedância / ohm Ângulo / graus Instrumentação e Medidas Exame Escrito de de Julho de 4 TENÇÃO: s partes I e II devem ser resolvidas em cadernos separados PTE I. Medição Impedâncias Na figura da esquerda

Leia mais

ONDAS. Montagem e Manutenção de Microcomputadores (MMM).

ONDAS. Montagem e Manutenção de Microcomputadores (MMM). ONDAS Montagem e Manutenção de Microcomputadores (MMM). NATUREZA DAS ONDAS Onda é uma perturbação que se propaga, transmitindo energia sem transportar matéria. As ondas podem ser originadas a partir de

Leia mais

Ficha Técnica 4 Introdução à Eletrónica

Ficha Técnica 4 Introdução à Eletrónica Ficha Técnica 4 Introdução à Eletrónica 7. Análise de circuitos em Corrente Alternada 7. Grandezas variáveis no tempo Nas fichas técnicas anteriores, os circuitos foram analisados considerando que a fonte

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Instrumentação e Medidas. 17 de Julho de 2006

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Instrumentação e Medidas. 17 de Julho de 2006 INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Instrumentação e Medidas 7 de Julho de 6 Resolva cada grupo em FOLHAS SEPARADAS devidamente identiicadas com NOME,

Leia mais

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos Informação Prova da Disciplina de Física e Química - Módulo: 5 Circuitos eléctricos de corrente

Leia mais

! "! # " 1º Relatório $ %! & '(')'('*( +, $,! & '(')'(--(.

! ! #  1º Relatório $ %! & '(')'('*( +, $,! & '(')'(--(. !"!#" 1º Relatório $ %!&'(')'('*( +, $,!&'(')'(--(. -/ 0123 -/-/ 34+ Projectar e implementar uma montagem que permita a medida da potência consumida, na gama de 0 a 1000 W, com um erro inferior a 1%. Sensor:

Leia mais

1.9 Corrente Alternada

1.9 Corrente Alternada 1.9 Corrente Alternada Corrente alternada ou CA (AC em inglês) é a corrente elétrica na qual a intensidade e a direção das grandezas variam ciclicamente, diferentemente da corrente contínua, CC (DC em

Leia mais

O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação

O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação O osciloscópio O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação de uma diferença de potencial (ddp) com o tempo ou com outra

Leia mais

CONVERSOR CA/CC TRIFÁSICO COMANDADO

CONVERSOR CA/CC TRIFÁSICO COMANDADO Área Científica de Energia Departamento de De Engenharia Electrotécnica e de Computadores CONVERSOR CA/CC TRIFÁSICO COMANDADO (Carácter não ideal) TRABALHO Nº 2 GUIAS DE LABORATÓRIO DE ELECTRÓNICA DE ENERGIA

Leia mais

LABORATÓRIO ATIVIDADES 2013/1

LABORATÓRIO ATIVIDADES 2013/1 LABORATÓRIO ATIVIDADES 2013/1 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LABORATÓRIO MÓDULO I ELETRICIDADE BÁSICA TURNO NOITE CURSO TÉCNICO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL CARGA HORÁRIA EIXO TECNOLÓGICO CONTROLE

Leia mais

Curso de Ciência da Computação

Curso de Ciência da Computação Curso de Ciência da Computação Objetivo: Aprender sobre o funcionamento do osciloscópio e sua utilização em circuitos simples de corrente alternada. Material: Osciloscópio e gerador de sinais. Osciloscópio

Leia mais

Aprender a montar um circuito retificador de meia onda da corrente alternada medindo o sinal retificado;

Aprender a montar um circuito retificador de meia onda da corrente alternada medindo o sinal retificado; 36 Experimento 4: Osciloscópio e Circuitos Retificadores 1.4.1 Objetivos Aprender a utilizar um gerador de sinais, bem como um osciloscópio digital para medição da amplitude de uma tensão alternada, período,

Leia mais

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO TRABALHO PRÁTICO Nº 4 - QUÍMICA E QUÍMICA INDUSTRIAL MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO Objectivo - Este trabalho tem por objectivo a familiarização com alguns dos

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia

Escola Superior de Tecnologia Escola Superior de Tecnologia Departamento de Engenharia Electrotécnica Electrónica I 1º Trabalho de Laboratório Características V-I do díodo de silício, do díodo Zener e do díodo emissor de luz - LED

Leia mais

Instituto Politécnico de Tomar. Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia Electrotécnica ELECTRÓNICA DE INSTRUMENTAÇÃO

Instituto Politécnico de Tomar. Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia Electrotécnica ELECTRÓNICA DE INSTRUMENTAÇÃO Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar Departamento de Engenharia Electrotécnica EECTRÓNICA DE INSTRUMENTAÇÃO Trabalho Prático N.º 2 MEDIÇÃO DO VAOR DA INDUTÂNCIA DE UMA

Leia mais

Osciloscópio Digital. Diagrama em blocos:

Osciloscópio Digital. Diagrama em blocos: Osciloscópio Digital Neste tipo de osciloscópio, o sinal analógico de entrada é inicialmente convertido para o domínio digital através de um conversor A/D rápido, sendo em seguida armazenado em uma memória

Leia mais

Leia atentamente o texto da Aula 6, Corrente alternada: circuitos resistivos, e responda às questões que seguem.

Leia atentamente o texto da Aula 6, Corrente alternada: circuitos resistivos, e responda às questões que seguem. PRÉ-RELATÓRIO 6 Nome: turma: Leia atentamente o texto da Aula 6, Corrente alternada: circuitos resistivos, e responda às questões que seguem. 1 Explique o significado de cada um dos termos da Equação 1,

Leia mais

Técnicas Laboratoriais de Física Ano Lectivo 2010/11 MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS. UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO.

Técnicas Laboratoriais de Física Ano Lectivo 2010/11 MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS. UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO. TRABALHO PRÁTICO Nº 7 MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS. UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO. Objectivo - Este trabalho tem por objectivo a familiarização com alguns dos equipamentos utilizados num

Leia mais

Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchhoff

Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchhoff Ano lectivo: 2010 2011 Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchhoff 1. OBJECTIVO Aprender a utilizar um osciloscópio e um multímetro digital. Medição de grandezas AC e DC. Conceito

Leia mais

defi departamento de física

defi departamento de física defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Estudo de um Amperímetro Instituto Superior de Engenharia do Porto- Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida,

Leia mais

1.4. Resistência elétrica

1.4. Resistência elétrica 1.4. Resistência elétrica Resistência elétrica Vimos que há materiais que são bons condutores da corrente elétrica. Mas o facto de serem bons condutores da corrente elétrica não significa que a corrente

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DE UMA PILHA

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DE UMA PILHA TLHO PÁTCO DETEMNÇÃO D ESSTÊNC NTEN DE UM PLH Objectivo Este trabalho compreende as seguintes partes: comparação entre as resistências internas de dois voltímetros, um analógico e um digital; medida da

Leia mais

Aula 15 Instrumentos de medidas elétricas

Aula 15 Instrumentos de medidas elétricas Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III Prof. Dr. icardo Luiz Viana eferências bibliográficas: H. 29-7 S. 27-4 T. 23-3 Aula 15 Instrumentos de medidas

Leia mais

O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação

O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação O osciloscópio O osciloscópio é um aparelho de medida que utiliza um tubo de raios catódicos para vizualisar num écran fluorescente a variação de uma diferença de potencial (ddp) com o tempo ou com outra

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA EXERCÍCIOS FILTROS

INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA EXERCÍCIOS FILTROS INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA EXERCÍCIOS FILTROS 1. Num determinado sinal oriundo de um transdutor, observouse a presença de ruído de 100 Hz com a amplitude de 50 mvpp. O sinal de interesse pode apresentar

Leia mais

Electrónica Fundamental 10º ano

Electrónica Fundamental 10º ano Planificação Anual 2016/2017 Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos Electrónica Fundamental 10º ano 1 MÓDULO 1: Noções Básicas de Electricidade 24 aulas de 45 = 18h Datas:

Leia mais

MULTÍMETRO. 1- Aprender a utilizar o multímetro 2- Fazer algumas medições com o multímetro.

MULTÍMETRO. 1- Aprender a utilizar o multímetro 2- Fazer algumas medições com o multímetro. MULTÍMETRO OBJETIVOS 1- Aprender a utilizar o multímetro 2- Fazer algumas medições com o multímetro. INTRODUÇÃO O multímetro (figura 1) é um dispositivo eletrônico normalmente utilizado para medir tensão

Leia mais

Física Experimental Aula_5

Física Experimental Aula_5 Física Experimental Aula_5 Trabalho 3 Circuitos básicos -L-C 2008-2009 Circuitos AC Introdução (evisão) Tensões alternadas (formas de onda) Tensão sinusoidal AC Onda quadrada Onda triangular Onda dente

Leia mais

Guia de Utilização do Equipamento e Material de Laboratório

Guia de Utilização do Equipamento e Material de Laboratório Circuitos Eléctricos e Introdução à Electrónica Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial Teoria dos Circuitos e Fundamentos de Electrónica Mestrado Integrado em Engenharia Física Tecnológica Mestrado

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA UNVESDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHAA DE SÃO CALOS DEPATAMENTO DE ENGENHAA MECÂNCA SEM5921 nstrumentação e Sistemas de Medidas Prof. Assoc. Mário Luiz Tronco Princípios de nstrumentos de Medição nstrumentos

Leia mais

/LFHQFLDWXUDHP(QJHQKDULDGH 6LVWHPDVH&RPSXWDGRUHV,QVWUXPHQWDomRH0HGLGDV

/LFHQFLDWXUDHP(QJHQKDULDGH 6LVWHPDVH&RPSXWDGRUHV,QVWUXPHQWDomRH0HGLGDV ([HUFtFLRVDUHVROYHUQDDXOD Pretende-se medir o tempo de subida de uma forma de onda, utilizando um contador digital. Para isso a onda é comparada com os níveis de tensão correspondentes a 10% e 90% da diferença

Leia mais

Laboratório 6 Gerador de Funções e Osciloscópio

Laboratório 6 Gerador de Funções e Osciloscópio Laboratório 6 Gerador de Funções e Osciloscópio Objetivo Familiarizar-se com a utilização do gerador de funções e do osciloscópio. Material utilizado Gerador de funções Osciloscópio 1. Gerador de Funções

Leia mais

2º Trabalho Prático: Ruído Intrínseco de um amplificador: montagem, caracterização e medição de um amplificador sob a perspectiva do ruído intrínseco.

2º Trabalho Prático: Ruído Intrínseco de um amplificador: montagem, caracterização e medição de um amplificador sob a perspectiva do ruído intrínseco. INSTRUMENTAÇÃO ELECTRÓNICA 999/000 º ANO ELECTROTECNIA º Semestre º Trabalho Prático: Ruído Intrínseco de um amplificador: montagem, caracterização e medição de um amplificador sob a perspectiva do ruído

Leia mais

ANÁLISE DE CIRCUITOS I ( AULA 01)

ANÁLISE DE CIRCUITOS I ( AULA 01) ANÁLISE DE CIRCUITOS I ( AULA 01) 1.0 Instrumentos e Medições: O MULTITESTE O multiteste é um instrumento de medida elétrica que, geralmente, permite executar medidas de diversas grandezas elétricas: tensão,

Leia mais

Fundamentos de Eletrônica

Fundamentos de Eletrônica 6872 - Fundamentos de Eletrônica Elvio J. Leonardo Universidade Estadual de Maringá Departamento de Informática Bacharelado em Ciência da Computação 2014 Roteiro Revisão Matemática Função matemática, função

Leia mais

PROTOCOLOS DAS AULAS PRÁTICAS. LABORATÓRIOS 2 - Campos e ondas

PROTOCOLOS DAS AULAS PRÁTICAS. LABORATÓRIOS 2 - Campos e ondas PROTOCOLOS DAS AULAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIOS 2 - Campos e ondas Conteúdo P1 - Amplificador operacional...3 P2 - RTEC....5 P3 - RTET e RTEC....7 P4 - Realimentação positiva...9 P5 - Intensidade luminosa....11

Leia mais

1 INTRODUÇÃO 2 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 3 GRANDEZAS DERIVADAS 4 SIMBOLOGIA 5 PRINCIPAIS ELEMENTOS 6 INSTRUMENTOS DE MEDIDA 7 GALVANÔMETRO 8 AMPERÍMETRO

1 INTRODUÇÃO 2 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 3 GRANDEZAS DERIVADAS 4 SIMBOLOGIA 5 PRINCIPAIS ELEMENTOS 6 INSTRUMENTOS DE MEDIDA 7 GALVANÔMETRO 8 AMPERÍMETRO 1 INTRODUÇÃO 2 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS 3 GRANDEZAS DERIVADAS 4 SIMBOLOGIA 5 PRINCIPAIS ELEMENTOS 6 INSTRUMENTOS DE MEDIDA 7 GALVANÔMETRO 8 AMPERÍMETRO 9 VOLTÍMETRO 10 PONTE DE WHEATSTONE 11 SIMULADOR (PONTE

Leia mais

ANALISADOR DE ESPECTROS

ANALISADOR DE ESPECTROS Sistemas de Medida em Radiofrequência ANALISADOR DE ESPECTROS Prof. Francisco Alegria Outubro de 2003 Analisador de Espectros Visualização e análise de um sinal no domínio da frequência. Determinação do

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. Instrumentação e Medidas. 30 de Janeiro de 2006 GRUPO I

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. Instrumentação e Medidas. 30 de Janeiro de 2006 GRUPO I INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Instrumentação e Medidas 30 de Janeiro de 006 Resolva cada grupo em FOLHAS SEPARADAS devidamente identiicadas com

Leia mais

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Eletrônica Básica. Prof. Clóvis Antônio Petry.

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Eletrônica Básica. Prof. Clóvis Antônio Petry. Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento de Eletrônica Eletrônica Básica Osciloscópios Analógicos e Digitais Prof. Clóvis Antônio Petry. Florianópolis, setembro de 2007. Nesta

Leia mais

Montagens Básicas com Díodos

Montagens Básicas com Díodos Instituto Politécnico de Tomar Escola Superior de Tecnologia de Tomar Departamento de Engenharia Electrotécnica ELECTRÓNICA I Trabalho Prático N.º 2 Montagens Básicas com Díodos Efectuado pelos alunos:

Leia mais

1. LABORATÓRIO 1 - A FORMA DE ONDA DA CORRENTE ALTERNADA

1. LABORATÓRIO 1 - A FORMA DE ONDA DA CORRENTE ALTERNADA 1-1 1. LABORATÓRIO 1 - A FORMA DE ONDA DA CORRENTE ALTERNADA 1.1 OBJETIVOS Após completar essas atividades de laboratório, você deverá ser capaz de: (a) (b) (c) (d) Medir os valores da tensão de pico com

Leia mais

1º BIMESTRE. Metrologia II

1º BIMESTRE. Metrologia II 1º BIMESTRE Metrologia II . OBJETIVO Expor conceitos básicos de funcionamento e aplicação dos diversos tipos de equipamentos de Medidas. Preparar o aluno para utilização dos equipamentos de medidas para

Leia mais

Circuitos Elétricos. É um movimento orientado de partículas com carga elétrica.

Circuitos Elétricos. É um movimento orientado de partículas com carga elétrica. Governo da República Portuguesa O que é uma corrente elétrica? Circuitos Elétricos É um movimento orientado de partículas com carga elétrica. Condutores Elétricos Bons Condutores Elétricos são materiais

Leia mais

CAPÍTULO 2 MÉTODOS DE MEDIÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

CAPÍTULO 2 MÉTODOS DE MEDIÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO CAPÍTULO 2 MÉTODOS DE MEDIÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO 2.1. Métodos de Medição Definição: Um método de medição é uma sequência lógica de operações, descritas genericamente, utilizadas na execução de medições [VIM

Leia mais

dt dq dt Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Exemplos: V -5A -3 A Unidades: Watt (W)

dt dq dt Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Exemplos: V -5A -3 A Unidades: Watt (W) POTÊNCIA Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Unidades: Watt (W) Exemplos: 2A dwab dwab dq p ( t ) v ( t)* i ( t ) dt dq dt - + -5A Qual o sentido

Leia mais

Vantagens: circuito não precisa ser interrompido; perturbação desprezível no campo.

Vantagens: circuito não precisa ser interrompido; perturbação desprezível no campo. A sonda de efeito Hall é o elemento mais utilizado para essa aplicação pois possibilita a medida de campos estáticos (CC) além de possuir alta linearidade. É baseado na força de Lorentz que aparece transversalmente

Leia mais

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS USP KELEN CRISTIANE TEIXEIRA VIVALDINI AULA 3 PWM MATERIAL COMPLEMENTAR

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS USP KELEN CRISTIANE TEIXEIRA VIVALDINI AULA 3 PWM MATERIAL COMPLEMENTAR ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS USP KELEN CRISTIANE TEIXEIRA VIVALDINI AULA 3 PWM MATERIAL COMPLEMENTAR SÃO CARLOS 2009 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Representação de duas formas de onda tipo PWM...5

Leia mais

Curso: Ortoprotesia Disciplina: Electrotecnologia Ano lectivo: 2016/17 Guia de laboratório nº 2

Curso: Ortoprotesia Disciplina: Electrotecnologia Ano lectivo: 2016/17 Guia de laboratório nº 2 Curso: Ortoprotesia Disciplina: Electrotecnologia Ano lectivo: 2016/17 Guia de laboratório nº 2 Construção de um circuito comparador com amplificadores operacionais Objectivo: Este guia laboratorial tem

Leia mais

Associações de componentes elétricos em série e em paralelo

Associações de componentes elétricos em série e em paralelo Componentes de um circuito elétrico Gerador Transforma qualquer tipo de energia em energia elétrica, fornecendo-a ao circuito elétrico. As pilhas são geradores de tensão contínua. Símbolo de gerador. Um

Leia mais

Sistemas de Medição EXERCÍCIOS

Sistemas de Medição EXERCÍCIOS Sistemas de Medição EXERCÍCIOS Assunto: Condicionadores e Medição de Tensão e Corrente 1. O gráfico abaixo mostra a curva de calibração de um dado instrumento. Que componentes de erro você consegue identificar?

Leia mais

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. :

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. : Física Teórica II Terceira Prova 2º. semestre de 2017 09/11/2017 ALUNO : Gabarito TURMA: PROF. : NOTA DA PROVA ATENÇÃO LEIA ANTES DE FAZER A PROVA 1 Assine a prova antes de começar. 2 Os professores não

Leia mais

Energia e fenómenos elétricos

Energia e fenómenos elétricos Energia e fenómenos elétricos 1. Associa o número do item da coluna I à letra identificativa do elemento da coluna II. Estabelece a correspondência correta entre as grandezas elétricas e os seus significados.

Leia mais

MEDIDAS ELÉTRICAS CONCEITOS BÁSICOS

MEDIDAS ELÉTRICAS CONCEITOS BÁSICOS MEDIDAS ELÉRICAS CONCEIOS BÁSICOS Os sistemas mecânicos de medidas são muito limitados devido a fatores tais como atrito, inércia, etc. ambém, a necessidade de rigidez faz com que estes sistemas tornem-se

Leia mais

Instrumentação e Medidas

Instrumentação e Medidas Instrumentação e Medidas Exame Escrito de de Fevereiro de 27 ATENÇÃO: As partes I e II devem ser resolvidas em cadernos separados Justifique todas as respostas PATE IA Medição Impedâncias Na figura da

Leia mais

Técnicas de Manutenção Eletrônica

Técnicas de Manutenção Eletrônica Técnicas de Manutenção Eletrônica AI32E e ET231 Prof. Dr. Hugo Valadares Siqueira Ementa Parte I Aprendizagem do uso de instrumentos de medição. - Testes em componentes eletrônicos. - Equipamentos eletrônicos

Leia mais

Medição de Características de Circuitos Atenuadores

Medição de Características de Circuitos Atenuadores Identificação: Alunos: 1. 2. Turma 3EEC Data: / / Classificação: (0-5) Medição de Características de Circuitos Atenuadores Trabalho Laboratorial 4 Objectivos Estudo de métodos de medição de: tensão, tempo,

Leia mais

INDUÇÃO MAGNÉTICA. 1 Resumo. 2 Fundamento Teórico

INDUÇÃO MAGNÉTICA. 1 Resumo. 2 Fundamento Teórico Protocolos das Aulas Práticas 6/7 INDUÇÃO MAGNÉTICA 1 Resumo Um campo magnético de intensidade e frequência variáveis é produzido num solenóide longo. Dentro deste último são introduzidos enrolamentos

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE INDUSTRIAL I. Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0063-A Horário: 6N ENCONTRO DE 16/03/2018

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE INDUSTRIAL I. Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0063-A Horário: 6N ENCONTRO DE 16/03/2018 INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE INDUSTRIAL I Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0063-A Horário: 6N ENCONTRO DE 16/03/2018 Roteiro Padrão 4-20mA Sistemas de Aquisição de Dados Medidores de Grandezas Elétricas Padrão

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA - SANTIAGO DO CACÉM

ESCOLA SECUNDÁRIA MANUEL DA FONSECA - SANTIAGO DO CACÉM Disciplina: Electricidade e Electrónica Módulo 1 Corrente Contínua PLANIFICAÇÃO Grupo Disciplinar: 50 Duração: 0 h / 0 blocos Ano Lectivo: 008/009 As grandezas mais importantes do circuito eléctrico. A

Leia mais

TRABALHO 1 Leis de Kirchhoff, Equivalente de Thévenin e Princípio de Sobreposição

TRABALHO 1 Leis de Kirchhoff, Equivalente de Thévenin e Princípio de Sobreposição GUIA DE LABORATÓRIO Análise de Circuitos - LEE TRABALHO 1 Leis de Kirchhoff, Equivalente de Thévenin e Princípio de Sobreposição INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de

Leia mais

Electromagnetismo. Campo Magnético:

Electromagnetismo. Campo Magnético: Campo Magnético: http://www.cartoonstock.com/lowres/hkh0154l.jpg Campo Magnético: Existência de ímans Corrente eléctrica A bússola é desviada http://bugman123.com/physics/oppositepoles large.jpg Observação

Leia mais

Noções básicas de circuitos elétricos: Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff

Noções básicas de circuitos elétricos: Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff Noções básicas de circuitos elétricos: Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff Material 2 Resistores de 3.3kΩ; 2 Resistores de 10kΩ; Fonte de alimentação; Multímetro digital; Amperímetro; Introdução Existem duas

Leia mais

Identificação do Valor Nominal do Resistor

Identificação do Valor Nominal do Resistor Conteúdo complementar 1: Identificação do Valor Nominal do Resistor Os resistores são identificados por um código de cores ou por um carimbo de identificação impresso no seu corpo. O código de cores consiste

Leia mais

Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada

Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada Reprografia proibida Exp 3 Comparação entre tensão contínua e tensão alternada Característica da tensão contínua Quando a tensão, medida em qualquer ponto de um circuito, não muda conforme o tempo passa,

Leia mais

LISTA 12 - Eletromagnetismo

LISTA 12 - Eletromagnetismo LISTA 12 - Eletromagnetismo 1. (UFMG) Em uma aula, o Prof. Antônio apresenta uma montagem com dois anéis dependurados, como representado na figura a seguir. Um dos anéis é de plástico material isolante

Leia mais