Relatório Anual da Economia Santomense

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1 Relatório Anual da Economia Santomense 2015

2 Relatório Anual da Economia Santomense 2015 Pág. 2

3 ÍNDICE PREFÁCIO ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO INTERNACIONAL ECONOMIA NACIONAL Produção e Preços Produto Interno Bruto Níveis de Preço Políticas Macroeconómicas Política Monetária e evolução dos agregados monetários Política fiscal e execução orçamental Sector Externo Mercado Cambial Reservas Internacionais Líquidas Balança de Pagamento Dívida Pública SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Sistema bancário Estrutura e concentração Activos e Qualidade da Carteira Estrutura do Passivo Indicadores agregados Liquidez Margem Financeira Resultados e rendibilidade Solvabilidade do Sistema Actividade Seguradora em Evolução de Actividade Seguradora Estrutura da Carteira Sinistralidade Situação Financeira e Patrimonial Activo Investimentos Passivo Pág. 3

4 Provisões Técnicas Capital Próprio Margem de Solvência OUTRAS ACTIVIDADES Sistema de Pagamento Electrónico ANEXOS ESTATÍSTICOS Pág. 4

5 ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB (EM %) GRÁFICO 2 - PREÇO ANUAL DO PETRÓLEO NO MERCADO INTERNACIONAL (EM USD POR BARRIL) GRÁFICO 3 -TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB (VALORES EM %) GRÁFICO 4 - EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO ACUMULADA GRÁFICO 5 - INFLAÇÃO ACUMULADA (EVOLUÇÃO MENSAL) GRÁFICO 6 - INFLAÇÃO HOMOLOGA GRÁFICO 7 - INFLAÇÃO HOMOLOGA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, ZONA EURO E PORTUGAL GRÁFICO 8 - TAXAS DE JURO DO MERCADO GRÁFICO 9 - FACTORES DE EXPANSÃO DA MASSA MONETÁRIA (VALORES EM % DA M3 DO ANO ANTERIOR) GRÁFICO 10 - TAXA DE CRESCIMENTO DO CRÉDITO AO SECTOR PRIVADO GRÁFICO 11 - M3 EM % DO PIB GRÁFICO 12 - CRÉDITO À ECONOMIA EM % DO PIB GRÁFICO 13 CRÉDITO CONCEDIDO POR SECTORES DE ACTIVIDADE GRÁFICO 14 CRÉDITO CONCEDIDO POR SECTORES INSTITUCIONAIS GRÁFICO 15 OPERAÇÕES FINANCEIRAS DO ESTADO (EM % DO PIB) GRÁFICO 16 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO DAS PRINCIPAIS MOEDAS GRÁFICO 17 TAXA DE INFLAÇÃO HOMÓLOGA DE STP E DOS PRINCIPAIS PARCEIROS ECONÓMICOS GRÁFICO 18 TAXA DE CÂMBIO EFECTIVA REAL GRÁFICO 19 - RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS GRÁFICO 20 IMPORTAÇÃO DE BENS (MILHÕES DE USD) GRÁFICO 21 - EXPORTAÇÕES DE BENS (MILHÕES DE USD) GRÁFICO 22 - TAXA DE COBERTURA DAS EXPORTAÇÕES PELAS IMPORTAÇÕES (VALOR EM %) GRÁFICO 23 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS EXPORTAÇÕES GRÁFICO 24 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS IMPORTAÇÕES GRÁFICO 25 FLUXO DA DÍVIDA (EM MILHÕES DE USD) GRÁFICO 26 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS BALCÕES DOS BANCOS GRÁFICO 27- PARTICIPAÇÃO DOS ACTIVOS E DEPÓSITOS NO PIB GRÁFICO 28 - ESTRUTURA DO ACTIVO GRÁFICO 29 - CMP GRÁFICO 30 - CMP POR SECTORES GRÁFICO 31- RÁCIO DE COBERTURA GRÁFICO 32 - EXIGIBILIDADE DO SISTEMA BANCÁRIO GRÁFICO 33 - DEPÓSITOS VS PASSIVOS TOTAIS GRÁFICO 34 - ESTRUTURA DO PASSIVO GRÁFICO 35 - DEPÓSITOS POR MOEDA GRÁFICO 36 - MATURIDADE DE DEPÓSITOS GRÁFICO 37 - DEPÓSITOS POR TIPO GRÁFICO 38 - DEPÓSITOS POR SECTOR INSTITUCIONAL GRÁFICO 39 - RÁCIO DE LIQUIDEZ GRÁFICO 40 - GAPS DE LIQUIDEZ GRÁFICO 41 - INDICADOR DE TRANSFORMAÇÃO DOS DEPÓSITOS GRÁFICO 42 MARGEM FINANCEIRA GRÁFICO 43 - RESULTADOS E RENDIBILIDADE GRÁFICO 44 - ADEQUAÇÃO DE FUNDOS PRÓPRIOS GRÁFICO 45 - SOLVABILIDADE POR BANCOS Pág. 5

6 GRÁFICO 46 - ESTRUTURA DA CARTEIRA GRÁFICO 47- ESTRUTURA DA CARTEIRA GRÁFICO 48 - TAXAS E CUSTOS DE SINISTRALIDADE (EM MILHÕES DE DOBRAS) GRÁFICO 49 - SINISTRALIDADE POR RAMOS GRÁFICO 50 - ESTRUTURA DE CARTEIRA DE INVESTIMENTO GRÁFICO 51 PROVISÕES TÉCNICAS GRÁFICO 52 - COBERTURA DAS PROVISÕES TÉCNICAS GRÁFICO 53- RÁCIOS DE RENDIBILIDADE GRÁFICO 54- SOLVÊNCIA ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1- PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS TABELA 2 - TAXA DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA GLOBAL TABELA 3 PRODUTO INTERNO BRUTO POR SECTOR TABELA 4 BASE MONETÁRIA E SUAS COMPONENTES (EM MIL MILHÕES DE DOBRAS) TABELA 5 PRINCIPAIS AGREGADOS MONETÁRIOS (EM MILHÕES DE DOBRAS) TABELA 6 RECEITAS PÚBLICAS TABELA 7 DESPESAS PÚBLICAS TABELA 8 - HIRSHMAN E HERFINDAHL (IHH) CONCENTRAÇÃO DE CRÉDITO E DEPÓSITO TABELA 9 - EVOLUÇÃO DE PRÉMIOS EMITIDOS (MIL MILHÕES DE DOBRAS) TABELA 10 - SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL (MIL MILHÕES DE DOBRAS) TABELA 11 ALGUNS INDICADORES DO SISTEMA DE PAGAMENTOS Pág. 6

7 ABREVIATURAS AEL Activo Externo Líquido AIL Activo Interno Líquido BAD Banco Africano de Desenvolvimento BCSTP BM Base Monetária CE Crédito à Economia CLG Crédito Líquido ao Governo Dbs - Dobras DES Direito Especial de Saque EUA Estados Unidos de América EUR - Euro FMI Fundo Monetário Internacional GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais IDA Associação para o Desenvolvimento Internacional M0 Circulação monetária + reserva M1 M0 + Depósito à Ordem M2 M1 + Depósitos à Prazo M3 M2+ Depósitos em ME ME - Moeda Estrangeira MN Moeda Nacional OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico PIB Produto Interno Bruto PIP Programa de Investimento Público RIL Reservas Internacionais Líquidas RMC Reserva Mínima de Caixa TOFE - Tabela de Operações Financeiras do Estado USD Dollar Americano WEO World Economic outlook ZE Zona Euro Pág. 7

8 Conselho de Administração Governadora Maria do Carmo Trovoada Pires de Carvalho Silveira Administradores Massari Lima Fernandes Aldro Diomir Umbelina Neto Dilson de Sousa Pontes Tiny Osíris Fernandes Costa Gareth Espírito Santo Guadalupe Conselho Fiscal Manuel Alves Viana da Conceição Jaime Bruzaca de Menezes Manuel do Nascimento da Graça Will Pág. 8

9 Responsáveis pelos Órgãos de Gestão Gabinete de Consultoria Alcino Batista de Sousa Direcção de Administração e Gestão de Recursos Humanos Amadeu de Jesus Direcção de Estatísticas Económicas e Financeiras Antónia Santana Gabinete da Governadora Assis Vera Cruz Direcção de Tecnologias de Informação Ayres Costa Direcção de Estudos Económicos Esperança Santiago Direcção de Contabilidade Fernando Lázaro Quintas Gabinete Jurídico Flávio Pinto Direcção de Mercados Hermes Nascimento Direcção de Supervisão Bancária e de Seguros Lara Beirão Guadalupe Gabinete de Auditoria Interna Paulina Castelo David Direcção de Arquivo e Documentação Maria Florentina Pires Bonfim Direcção de Operações Gerais Maria Piedade Daio Gabinete da Apoio ao Consumidor Octávio Boa Morte Direcção de Tesouraria Maria Fernanda Carvalho Pág. 9

10 Prefácio A conjuntura macroeconómica internacional em 2015 foi marcada por um comportamento heterogéneo entre os principais parceiros económico de São Tomé e Príncipe. Se por um lado observou-se a recuperação das economias da Zona Euro, em particular de Portugal, por outro, a economia Angolana foi fortemente afectada pelas implicações adversas da queda abrupta do preço do petróleo (seu principal produto de exportação) no mercado internacional. No plano interno, a inflação prosseguiu a tendência decrescente que se vem observando desde Com efeito, a taxa de inflação acumulada que ascendera a 6,2% em 2014, fixou-se em 4% em Dezembro de 2015, contra os 5,2% inicialmente previstos. Estes resultados reflectem a continuidade do rigor e prudência das políticas monetárias e orçamentais, compatíveis com o actual regime cambial, bem como a prevalência ao nível internacional de um ambiente de inflação baixa. No âmbito da Política Monetária, BCSTP tem pautado por uma actuação prudente. Porém, com a finalidade de estimular a actividade económica, prosseguiu os esforços no sentido de melhorar a afectação de liquidez no sistema bancário e a eficácia dos mecanismos de transmissão da política monetária. Assim, criou o quadro legal para implementação do Mercado Monetário Interbancário que permite a permuta de liquidez entre as instituições bancárias e, por outro lado, baixou em Fevereiro as taxas de juro de referência e de facilidade permanente de cedência de liquidez em 2 e 1,5 pontos percentuais, respectivamente. A evolução da inflação, dos agregados monetários e das contas externas do país permitiu que o BCSTP iniciasse em Junho de 2015 a emissão de títulos de tesouro, como um dos instrumentos essenciais para influenciar a liquidez do sistema bancário e permitir ao tesouro público uma melhor gestão da sua tesouraria. No que se refere às contas nacionais segundo as estimativas 1 (INE), a economia santomense apresentou uma desaceleração do crescimento real, situando-se na ordem dos 3,9% em termos homólogos, estimulado pela recuperação dos serviços ligados ao 1 Enfatiza-se, que em 2016 introduziu-se uma nova base de cálculo para as contas nacionais, com retroacção a partir de 2014 para efeito deste relatório. Quaisquer contradições entre os dados oficiais anteriores se prendem a este facto. Pág. 10

11 ramo do turismo (alojamento e restauração) e dos transportes e comunicação, enquanto a maior parte dos sectores viram a sua contribuição no PIB a caírem. A conjuntura internacional marcada por uma débil recuperação das economias avançadas e abrandamento das emergentes, associado aos constrangimentos relacionados com a aprovação tardia do Orçamento Geral de Estados, condicionaram fortemente o desempenho do programa de investimentos públicos, particularmente, no primeiro semestre do ano. O sector financeiro continuou a ressentir-se de constrangimentos estruturais, a vários níveis, ligados a debilidades dos sectores empresarial e da justiça, o que tem vindo a reduzir o nível de eficácia da intermediação financeira. Assim, em 2015, o foco centrou-se na elaboração de uma estratégia para o desenvolvimento do sector financeiro, visando a articulação de esforços para a superação de barreiras que condicionam o funcionamento deste sector. Para 2016, as projecções apontam para um crescimento real do PIB na ordem de 5%, sustentado pela expectativa de um maior dinamismo nos sectores ligados a indústria e serviços, mais concretamente, nos ramos da construção e do turismo, dada a relevância dos investimentos já iniciados neste domínio. Apesar dos progressos conseguidos em termos de estabilidade macroeconómica, conforme indicam a tabela 1, o país continua a enfrentar desafios ingentes no processo de desenvolvimento num contexto em que persistem dificuldades em assegurar níveis de investimento público e privado necessários para a manutenção do ritmo de crescimento económico desejado. Pág. 11

12 Tabela 1- Principais Indicadores Macroeconómicos I Sector Real Unidade Produto Interno Bruto Mil milhões de STD 5.611, , ,25 PIB Nominal Milhões de USD 301,8 327,2 318,4 Produto Interno Bruto (Real) Taxa de Crescimento 5,0 6,9 3,9 Inflação Acumulada Taxa de variação em % 7,1 6,4 4,0 II Sector Monetário Activo Externo Líquido Mil milhões de STD 1.647, , ,76 Crédito Interno Mil milhões de STD 1.651, , ,10 Crédito Líquido ao Governo Mil milhões de STD (250,18) (252,12) (323,27) Crédito à Economia Mil milhões de STD 1.901, , ,36 Crédito ao Sector Privado Mil milhões de STD 1.789, , ,61 Massa Monetária (M3) Mil milhões de STD 2.147, , ,92 Base Monetária (M0) Mil milhões de STD 921, , ,85 Circulação Monetária Mil milhões de STD 226,48 266,97 315,30 Reservas Internacionais Líquidas Milhões de USD 48,95 50,59 56,34 Taxa de Juro de Referência % 14,00 12,00 10,00 III Sector Externo Reservas/Importações Meses 5,13 5,31 5,91 Importação de Bens Milhões USD (128,65) (144,63) (120,79) Exportação de Bens Milhões USD 12,89 17,22 12,29 Saldo da Balança Comercial Milhões USD (129,70) (134,36) (118,53) Saldo da Balança Comercial em % do PIB (43,97) (42,19) (38,35) Serviço da Dívida Pago/Exportação em % 28,46 13,70 33,75 IV Finanças Públicas Saldo Primário (Interno) em % do PIB 2,4 3,5 3,0 Stock da Dívida em % do PIB 75,7 74,1 86,1 Fonte: INE, Finanças, Gabinete de Dívida, BCSTP Pág. 12

13 Evolução Económica Internacional Pág. 13

14 1. Enquadramento macroeconómico internacional Face a um elevado nível de exposição externa, fruto de características intrínsecas e estruturais do país, a economia santomense é fortemente influenciada pela dinâmica da economia internacional, com particular realce a da Zona Euro, com a qual o país mantém significativas relações comerciais (turismo, importação, exportação e remessas). Assim, o enquadramento externo da economia santomense foi marcado pela recuperação da economia da Zona Euro, incluído a economia portuguesa, e o enfraquecimento da economia Angolana que representa o segundo parceiro comercial do país. Em termos globais, segundo o Fundo Monetário Internacional, o crescimento da economia mundial atingiu 3,1% em 2015 (cf. Gráfico 1), 0,3 pontos percentuais abaixo do crescimento observado em 2014, reflectindo uma relativa deterioração das condições económicas. Contudo, a evolução da economia global tem sido heterogénea quando analisada por regiões e diferentes grupos de países. Com efeito, comparativamente à 2014, observou-se uma ligeira recuperação das economias avançadas, e abrandamento da actividade económica nos países emergentes e em desenvolvimento, reflectindo a quebra de exportações particularmente dos países exportadores de petróleo. Gráfico 1 Taxa de crescimento do PIB (em %) Fonte: FMI (Tratamento do BCSTP) Pág. 14

15 África Subsariana As estatísticas disponíveis sugerem que a África Subsariana apresentou um abrandamento da actividade económica em 2015, tendo o crescimento situado em 3,4% contra 5,1% de A desaceleração do crescimento face ao ano 2014 é explicada pela combinação de factores que incluem a queda contínua de preços das mercadorias, o declínio no fluxo de capital e a diminuição da actividade económica nos principais parceiros comerciais. Angola Incluída na lista dos principais parceiros do país, Angola continuou a ressentir-se dos efeitos de significativa baixa de preços de petróleo iniciado em meados de Esta redução de preços conduziu por um lado, a cortes nos gastos públicos e consequentemente a uma desaceleração (de 1,8 pp) do crescimento do PIB que caiu de 4,8% em 2014 para 3% em 2015 e, por outro, levou a fortes pressões inflacionistas (14,3% em Dezembro) e à depreciação acentuada do kwanza. Zona Euro Na Zona Euro, a recuperação gradual da economia dos principais parceiros económicos do país, iniciada no segundo trimestre de 2013 prosseguiu ao longo de O crescimento homólogo médio situou-se em 1,6%, o que corresponde à taxa mais elevada desde A melhoria no crescimento deveu-se sobretudo ao consumo privado robusto e à aceleração das exportações, que foi relativamente generalizada a todos os países da Zona do Euro. O aumento do crescimento médio anual em 2015 foi suportado pela orientação de política monetária muito acomodatícia do BCE, que foi transmitida à economia através da liberalização das condições de financiamento, da melhoria do sentimento do mercado, de taxas de juro muito reduzidas e da depreciação do Euro. A descida dos preços do petróleo e as melhorias graduais nos mercados de trabalho da Zona do Euro deram um ímpeto adicional ao crescimento em Pág. 15

16 O BCE anunciou um aumento nos seus estímulos monetários. Adicionalmente, baixou a taxa de depósitos bancários no BCE de -0,2% para -0,3%. A principal preocupação do BCE é a baixa inflação verificada, ao longo de 2015, a inflação global na Área do Euro, foi muito reduzida ou mesmo negativa, num contexto de manutenção de preços das matérias-primas baixos. Em 2015, a inflação global medida pelo IHPC na Área do Euro situou-se, em média, em 0,2%, o que compara com -0,2% em 2014 e 0,8% em Os indicadores apontam para uma tendência contínua de crescimento, mas permanecem imensos desafios, destacando-se: a situação da Grécia, a situação financeira de grandes bancos e o elevado nível de desemprego. O positivismo até então, tem sido reflectido nos últimos dados da produção industrial. Portugal A economia portuguesa prosseguiu a sua trajectória de recuperação, com um crescimento de 1,6%, estimulado pela forte procura interna, enquanto a procura externa mais fraca tem vindo a limitar o crescimento. As previsões apontam para uma ligeira aceleração do PIB real em 2016 e As fracas pressões externas sobre os preços e a modesta recuperação da economia deverão conter a inflação a curto prazo. A dívida externa permanece muito elevada, consequência da forte acumulação de dívidas nos sectores não financeiros, tanto público como privado. Os níveis elevados e crescentes do crédito vencido no sector empresarial estão a apertar os balanços do sector financeiro e não financeiro e constituem um importante obstáculo ao investimento. Estados Unidos da América A economia norte americana testemunhou um crescimento sólido no ano 2015, estimado em 2,5%, valor anual mais alto após a crise de 2008 e 2009 em relação aos 2,4% registados no ano anterior. O incremento observado foi impulsionado pela melhoria contínua no mercado de trabalho e pela procura interna que por sua vez, foi suportada pelo consumo e pela dinâmica de investimentos nos sectores não petrolíferos. Pág. 16

17 Japão No Japão, o crescimento foi significativamente inferior ao esperado ao longo do quarto trimestre de 2015, reflectindo, em particular, a queda do consumo privado. Apesar da baixa inflação, a situação económica foi relativamente frágil justificada pela redução da procura interna e do comércio externo. Em termos homólogos, em Dezembro, as exportações japonesas caíram 8,0%. De forma global, o crescimento da economia japonesa atingiu 0,5% em 2015 contra 0,0% em Reino Unido Apesar da deterioração da posição externa, a economia britânica, em 2015, registou um crescimento de 2,3%, reflectindo um abrandamento económico em 0,6 pontos percentuais comparativamente ao ano de O incremento observado em 2015, foi sustentado essencialmente pelos factores internos inerentes à política monetária acomodatícia, determinada pelo aumento do consumo privado e da resiliência do sector bancário, pela competitividade do mercado de trabalho e baixa inflação. De acordo com o índice de gestão de compra, em Dezembro, o sector industrial permaneceu no nível estável de 52,9, enquanto o sector dos serviços atingiu um nível significativo de 55,6. China Na economia chinesa, as reformas sectoriais tornaram-se mais evidentes em Acompanhado por períodos de volatilidades do sector financeiro e medidas de estímulo do governo, o crescimento em 2015 foi de 6,9%, abaixo do 7,3% do ano anterior. O abrandamento da economia notou-se ao nível das empresas que operam nos sectores imobiliário e industrial. A queda nos preços das acções e as alterações nas políticas de taxa de câmbio conduziram a uma turbulência no mercado, mas as reservas externas permaneceram constantes e a conta corrente com um superavit, reduzindo os riscos associados a saída de fluxos. No cômputo geral, o crescimento da economia chinesa está conforme as expectativas globais, mas com uma diminuição mais rápida do que a esperada nas importações e Pág. 17

18 exportações, em parte reflectindo o fraco investimento da actividade industrial. Porém, espera-se por uma diminuição do crescimento da economia chinesa para 6,3% em 2016 e 6,0% em Tabela 2 - Taxa de Crescimento da Economia Global Taxa de PIB Inflação Países e Regiões Economia Mundial 3,4 3,1 3,2 3,6 Economias Avançadas 1,8 1,9 0,7 0,8 Zona Euro 0,9 1,6-0,2* 0,2* Portugal 0,9 1,6-0,3* 0,3* EUA 2,4 2,5 1,6 1,0 Japão 0,0 0,5 2,6 0,1* Reino Unido 2,9 2,2 0,9 0,3 Economias de mercados emergentes e em desenvolvimento 4,6 4,0 5,1 5,7* China 7,3 6,9 1,5 1,8 Brasil 0,1-3,8 6,3 9,0 África Subsariana 5,1 3,4 6,4 7,0 Nigéria 6,3 2,7 8,0 9,0 Angola 4,8 3,0 7,5** 14,3** Países de baixo rendimento 6,1 4,5 7,3 7,2 Fonte: WEO, *BCE,**BNA Preços das matérias-primas De acordo com o Monthly Oil Market Report, desde Junho 2014 que o preço dos produtos petrolíferos reduziu em cerca de 65%, enquanto o crescimento económico em vários países tem diminuído progressivamente. A partir de Setembro de 2015, a queda do preço de petróleo vem reflectindo expectativas de aumento sustentável da produção pelos membros da OPEP. A queda do preço do petróleo foi favorável para os consumidores dos EUA, da Zona Euro, China e Índia, mas o défice nos investimentos e o baixo rendimento do sector petrolífero nos países produtores de petróleo contrariou alguns desses efeitos positivos. Preços de outras mercadorias, especialmente metais, também caíram. No final de 2015,o índice de preços das três principais matérias-primas, energia, metal e matérias primas da agricultura estavam em média, 45% abaixo em relação ao pico observado em Pág. 18

19 Gráfico 2 - Preço anual do Petróleo no Mercado Internacional (em USD por Barril) Fonte: OPEP e tratamento do BCSTP Pág. 19

20 Economia Nacional Pág. 20

21 2. Economia Nacional 2.1. Produção e Preços Produto Interno Bruto As estatísticas sobre as contas nacionais 2 divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), apontam que a economia santomense apresentou em 2015 uma considerável desaceleração do PIB comparativamente ao ano precedente, tendo registado em termos reais um crescimento de 3,9% contra 6,9%, o que representa uma desaceleração de 3,0 pontos percentuais. A prevalência a nível internacional de uma conjuntura adversa, caracterizado por um crescimento global lento e frágil, particularmente nos principais parceiros de São Tomé e Príncipe, conjugado com a queda do preço de petróleo nas economias exportadoras de petróleo com serias implicações nas entradas de IDE, donativos e redução das remessas, contribuíram para a desaceleração do PIB no país no ano económico findo. Acresce-se ainda, que a performance menos favorável da economia foi o reflexo das condicionantes tanto do lado da oferta como da procura. Do lado da procura, ao longo do ano, persistiram os constrangimentos ligados a aprovação tardia do Orçamento Geral do Estado, o que despoletou atrasos no lançamento de programas de investimentos públicos, condicionando em larga medida a execução dos investimentos que pudessem dinamizar a actividade económica. Com efeito, a análise desagregada do PIB, sugere uma contracção dos ramos das actividades de construção, indústrias extractivas, comércio e uma forte desaceleração nos ramos agro-pecuário, serviços e em última análise dos direitos de importação. Para além das adversidades de cariz orçamental, há também condicionantes do lado da oferta tais como, as condições climáticas que não permitiram impulsionar, em larga escala, as actividades agrícolas, mormente para a produção de cacau, com as inerentes consequências em termos de queda das exportações. 2 Dados provisórios Pág. 21

22 Gráfico 3 -Taxa de Crescimento do PIB (Valores em %) Fonte: INE STP, tratamento do BCSTP * - Dados provisórios O crescimento real do PIB (3,9%) observado em 2015 reflecte essencialmente as contribuições dos ramos ligados ao sector terciário, nomeadamente, educação (0,9%), transportes, armazenagem e comunicações com uma participação de 0,8% e os ramos ligados a actividade turística (alojamento e restauração) com uma contribuição de 0,5%. De destacar que, os ramos ligados ao alojamento e restauração e educação apresentaram uma evolução mais significativa, com um incremento de 17,5% e 18,5% respectivamente, representando um forte reforço da actividade turística, resultante dos vários investimentos que têm sido desenvolvidos nestes sectores (cf. Tabela 3). Pág. 22

23 Tabela 3 Produto Interno Bruto Por Sector Taxa de crescimento Peso do sector no PIB Contribuição do Sector no Crescimento do PIB Sector de Actividade Agricultura, prod. animal, caça e silvicultura 8,3 4,1 4,4 4,4 0,4 0,2 Pescas 2,6 4,3 3,7 3,7 0,1 0,2 Indústrias Extractivas 10,1-1,4 0,4 0,4 0,0 0,0 Indústrias Transformadoras -3,6 0,3 6,4 6,2-0,3 0,0 Produção e Dist. de Electricidade, Gás e Água -4,4 4,7 3,1 3,2-0,2 0,1 Construção 17,9-4,2 6,5 6,0 1,0-0,3 Comércio 8,2-0,1 25,9 24,9 2,1 0,0 Alojamento e Restauração -7,3 17,5 2,7 3,0-0,2 0,5 Transportes, Armazenagem e Comunicações 6,9 6,7 12,4 12,7 0,9 0,8 Actividades Financeiras 5,9 3,4 2,5 2,5 0,1 0,1 Serviços prestados as empresas e atividad.imobiliárias, Alugueres 4,2 4,0 5,6 5,6 0,2 0,2 Administração Pública, defesa e segur.social obrigatória 2,0 2,0 10,1 9,9 0,2 0,2 Educação 17,7 18,5 5,0 5,7 0,8 0,9 Saúde e Acão Social 2,0 2,5 1,0 0,9 0,0 0,0 Outras Actividades de Serviços 6,2 6,2 4,1 4,2 0,3 0,3 SIFIM 3 5,9 3,4 2,9 2,9 0,2 0,1 Impostos sobre Produtos 17,1 12,9 3,4 3,7 0,5 0,4 Direitos de Importação 18,1 5,6 5,7 5,8 0,9 0,3 Fonte: INE (Tratamento do BCSTP) 3 Serviço de intermediação financeira indiretamente medido Pág. 23

24 Níveis de Preço Em 2015, o país continuou a fazer progressos notáveis, no que diz respeito a estabilidade de preços. Assim, num contexto de desaceleração do crescimento económico, moderação orçamental e monetária e queda de preço de matérias-primas no mercado internacional, a evolução da taxa de inflação medida pela variação do índice de preços no consumidor continuou a evidenciar uma maior estabilidade nominal, em linha com os objectivos macroeconómicos. Em Dezembro do ano em referência, a inflação acumulada atingiu 4,0%, correspondendo a menos 2,4 pontos percentuais comparativamente ao observado no período homólogo de 2014 (cf. Gráfico 4). Gráfico 4 - Evolução da Inflação Acumulada Gráfico 5 - Inflação Acumulada (evolução mensal) Fonte: INE-STP Fonte: INE-STP Esta trajectória descendente da inflação reflecte a conjugação dos efeitos positivos do regime cambial em vigor, a baixa inflação importada dos principais parceiros económicos e a ausência de choques significativos tanto do lado da oferta como da procura. Os meses de maior pressão inflacionária foram os de Março (0,5%), Novembro (0,5%) e Dezembro (0,8%), reflectindo os efeitos sazonais climáticos e da quadra festiva. Por seu turno, ao longo do ano a pressão mais alta de preços foi verificada na classe habitação, energia e combustíveis (um incremento médio anual de 0,7% comparativamente a 0,1% registado em 2014) e nos vestuário e calçados (um incremento médio anual de 1,4% contra 1% registado em 2014), enquanto a classe dos Pág. 24

25 produtos alimentares e bebidas manteve-se em linha comparativamente ao período homólogo. Gráfico 6 - Inflação Homologa Fonte: INE (tratamento do BCSTP) Embora esteja programada para 2016, a implementação do novo cabaz do IPC representativo do padrão real de consumo nacional, perspectiva-se uma taxa de inflação a semelhança da verificada em 2015 (4%), na sequência dos objectivos macroeconómicos delineados ao abrigo do regime cambial de paridade fixa da Dobra em relação ao Euro, visando entre os demais objectivos a convergência nominal com a Zona Euro. Gráfico 7 - Inflação Homologa de São Tomé e Príncipe, Zona Euro e Portugal Fonte: INE, BCE, BP (tratamento do BCSTP) Pág. 25

26 2.2. Políticas Macroeconómicas Política Monetária e evolução dos agregados monetários O objectivo estratégico da Política Monetária nacional é a estabilidade de preços no médio prazo visando garantir a estabilidade macroeconómica, condição necessária para a promoção do bem-estar social. A materialização deste objectivo efectiva-se através de um quadro operacional de política monetária assente na âncora cambial de peg fixo ao Euro, pelo que, a eficácia da política monetária passa, por um lado, pela manutenção do nível das reservas externas compatíveis com a sustentação do peg, e por outro, pelo grau de convergência nominal com à Zona Euro. Assim, no contexto de baixa pressão inflacionista e de preservação das reservas externas em níveis confortáveis, o BCSTP fixou em Fevereiro as taxas de juro de referência e de facilidade de cedência de liquidez em 10% e 12,5%, correspondendo a uma redução em 2 e 1,5 pontos percentuais respectivamente. Com esta medida, o BCSTP pretendia fomentar a expansão do crédito ao sector privado, e consequentemente estimular a actividade económica nacional. Com intuito de promover uma eficiente gestão de liquidez, no sistema significativamente excedentário, o BCSTP viabilizou a operacionalização do Mercado Monetário Interbancário (MMI) a partir de Abril e a primeira emissão dos Bilhetes de Tesouro em finais do mês de Junho. Esta primeira emissão, que visou essencialmente o financiamento do défice da tesouraria do Estado foi bem acolhida pelo sistema bancário nacional, que demostrou uma capacidade de absorção significativamente acima dos 100%. Em 2015, eficácia da política monetária continua condicionada por um conjunto de factores, de entre os quais, o elevado nível de aversão ao risco de crédito, o sobreendividamento do sector privado, enfraquecimento da actividade económica, até mesmo os constrangimentos jurídicos inerentes à execução dos colaterais. Contudo, contrariamente aos últimos dois anos, o crédito a economia registou uma recuperação, tendo apresentado um incremento de 3,8%. As estatísticas das taxas de juros sugerem que as taxas de juros do mercado apresentam baixa elasticidade em relação a taxa de referência do BCSTP. Com efeito, observa-se no sistema bancário um spread ainda elevado (cf. Gráfico 8). Pág. 26

27 Gráfico 8 - Taxas de Juro do Mercado e Bancos Comerciais Base Monetária A Base Monetária (agregado de referência) registou em 2015, uma variação anual de 37,5%, acima do perfil da programação monetária. Constata-se, que o ritmo de expansão da liquidez conheceu uma significativa aceleração no 4º trimestre do ano. Para além do conhecido efeito sazonal (associado à época das festas), este fenómeno de expansão da base monetária no final do ano reflectiu o afluxo da ajuda externa e de outros capitais privados, que se concentrou nesse período, visível no aumento dos activos externo líquido do Banco Central. Particularmente no que toca a variação da base monetária em Moeda Nacional, esta cifrou-se em 33,5%, o que representa 16,4% acima da meta estipulada no âmbito do programa de EFC assinado com o FMI. As Notas e Moedas em Circulação apresentaram um crescimento de 18,1%, contra 17,9% verificado no período homólogo de 2014, reflectindo a concentração da realização das despesas no último trimestre do ano. As reservas dos bancos no Banco Central evidenciaram um acréscimo de 43,5% contra 25,0% observado em 2014, justificado, em parte, pela entrada do reembolso dos Bilhetes do Tesouro em Dezembro. Relativamente as suas componentes em moedas nacional e estrangeira, apresentaram uma expansão em simultâneo de 39,3% e 61,4% respectivamente. De Pág. 27

28 referir que, a persistência de elevado nível de reservas bancárias continua a ser uma das características do sistema. Tabela 4 Base Monetária e suas componentes (em mil milhões de Dobras) Stock Variação Taxa de variação em % Base Monetária Total 1.135, ,8 214,0 426,1 23,2 37,5 Base Monetária MN 970, ,7 162,1 324,8 20,0 33,5 Notas e Moedas em Circulação 267,0 315,3 40,5 48,3 17,9 18,1 Reservas dos Bancos no BCSTP 868, ,5 173,5 377,8 25,0 43,5 Reservas Bancárias MN 703,9 980,4 121,6 276,5 20,9 39,3 Reservas Bancárias ME 164,9 266,2 51,9 101,2 45,9 61,4 No final de 2015, o agregado mais amplo (M3) apresentou uma evolução moderada (13,2%) em linha com os objectivos macroeconómicos estabelecidos. Esta evolução foi essencialmente estimulada pela melhoria da posição externa do país (contribuição de aproximadamente 12%) e a recuperação do crédito à economia (contribuição de 2,8%). Gráfico 9 - Factores de Expansão da Massa Monetária (Valores em % da M3 do ano anterior) 40,0 AEL CLG CE OAP M3 30,0 20,0 10,0 10,5 20,3 14,0 16,8 13,2 0,0-10,0-20, O fluxo de divisas do país com o exterior permitiu uma acumulação da disponibilidade líquida sobre o exterior em aproximadamente 297 mil milhões de Dobras (13,3%), em relação ao ano precedente. Este aumento de Activo Externo Líquido do sistema foi determinado por um lado, pelo aumento dos depósitos (87%), decorrentes da entrada de financiamento externo e, por outro, pelo aumento das aplicações em depósitos Pág. 28

29 (37%). Como referido anteriormente, o crédito à economia no ano em análise, deu um contributo expansionista para a variação da massa monetária, quando se registaram contracções desta rubrica em 2013 (-0,9%) e 2014 (-1,0%). Com efeito, o crédito a economia apresentou uma expansão na ordem 3,8%. Esta evolução reflectiu, em certa medida, o impacto da actuação do BCSTP. A contribuir para este desempenho, concorreram o crescimento do crédito às outras sociedades financeiras (11,7%) e ao sector privado (7,3%), muito embora, este último esteja marcado pelo aumento de crédito em incumprimento, que passou de 19,2% em 2014 para 29,8% em 2015, o que representa um crescimento de 10,6 pontos percentuais. No cômputo geral, a oferta de crédito mantém-se restritiva. De salientar que, o crescimento evidenciado no sector privado, deveu-se sobretudo, à reestruturação e reclassificação das carteiras de crédito por parte de alguns bancos, tendo sido apenas uma ínfima parte consistido em novos créditos. Gráfico 10 - Taxa de crescimento do Crédito ao Sector Privado Pág. 29

30 Tabela 5 Principais Agregados Monetários (em milhões de Dobras) Stock Variação Variação em % Activo Externo Líquido ,3 13,3 Crédito Interno Líquido ,3 12,5 Crédito Líq. Governo ,8 28,2 Crédito À Economia ,0 3,8 Crédito ao S. Privado ,4 7,3 Massa Monetária ,8 13,2 e Cálculo do BCSTP A massa monetária em percentagem do PIB, indicador de referência para a avaliação da profundidade do sector financeiro, apresentou um crescimento em 1,6 pontos percentuais, passando de 38,6% em 2014 para 40,2% em Esta evolução sugere a necessidade de se elevar o nível de inclusão financeira e de bancarização na economia nacional. Este factor permitiria reduzir, em certa medida, o peso do sector informal. Gráfico 11 - M3 em % do PIB Em 2015, observou-se um abrandamento do crédito à economia em percentagem do PIB, tendo observado no período em análise um peso de 27,6% contra 29,% em 2014, o que representou uma redução de 1,3 pontos percentuais (cf. Gráfico 12). Este decréscimo deveu-se ao crescimento nominal mais acentuado do PIB (4,6%) face ao crescimento inferior do crédito à economia (3,8%). Pág. 30

31 Gráfico 12 - Crédito à Economia em % do PIB Fonte: No tocante a distribuição sectorial de crédito à economia, verifica-se que o comércio, a construção e o consumo continuam a ser os sectores com maior peso na carteira de crédito dos Bancos em 2015, com 24%, 24% e 21% respectivamente (cf Gráfico 13). De referir que, em 2015 verificou-se uma aceleração no peso do crédito ao consumo comparativamente a 2014 (19%). Importa destacar que os créditos destinam-se ao financiamento sobretudo, das empresas privadas e a particulares residentes, ambos com uma representatividade de 48%. Gráfico 13 Crédito concedido por Sectores de Actividade Gráfico 14 Crédito concedido por Sectores Institucionais Pág. 31

32 Política fiscal e execução orçamental A evolução das finanças públicas, em 2015, desenrolou-se num contexto de implementação de um novo programa de facilidade de crédito alargado assinado entre as autoridades nacionais e o FMI para o triénio , em Julho, tendo como pressupostos fundamentais a melhoria da capacidade interna de arrecadação de receitas fiscais, regularização dos atrasados internos, visando atingir um défice primário interno de 2,7% do PIB. Contudo, a aprovação tardia do Orçamento Geral do Estado, conjugado com factores adversos de conjuntura económica internacional, no tocante a captação de recursos externos, condicionou, em certa medida, a política orçamental do Governo. Receitas Neste contexto, verificou-se uma taxa de execução dos donativos e empréstimos de cerca de 83% e 56% em relação ao programado, contra uma execução de 65% e 35% observados no período homólogo de Esta execução dos donativos 4 e empréstimos em 2015, representou 8,4% e 6,1% do PIB, respectivamente. Os dados referentes as Operações Financeiras do Estado para 2015, apontam para um crescimento das receitas totais (receitas efectivas mais financiamento externo) em milhões de Dobras (40,0%) face ao período homólogo de 2014, correspondendo a um grau de execução de 88% em relação ao programado para 2015, o que representou 38,6% do PIB. Esta evolução das receitas deveu-se ao incremento dos desembolsos 5 em milhões de Dobras (141%), dos donativos 6 (22,4%) e das receitas correntes (18,9%), respectivamente. No tocante as receitas correntes, verificou-se uma execução de 96,9% relativamente ao programado para De destacar que, o nível de arrecadação apresentou um aumento de 18,9% comparativamente a 2014, determinado pelo incremento das receitas fiscais em 14% e não fiscais em 64%. É de notar que as receitas fiscais apresentaram um grau de execução de 93,7% do programado, o que representou 14,2% do PIB, nível ligeiramente abaixo (-0,7 pontos percentuais) da meta estabelecida ao abrigo do programa acordado com o FMI (ECF). 4 Para financiamento de projectos 5 Para financiamento de despesas correntes e projectos 6 Para financiamento de OGE e projectos Pág. 32

33 No ano em análise, as receitas fiscais apresentaram um aumento na ordem 14%, determinado pelo desempenho das Taxas em mais de 45%, e dos Impostos, nomeadamente: sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRS, +20%), sobre o Património (+ 39%) e sobre o Consumo de Produção Local (+96,8%). Quanto as Receitas não fiscais, estas registaram um nível de execução significativamente superior (+ 25 pontos percentuais) ao programado, correspondendo a um nível de arrecadação na ordem dos milhões de Dobras (+64% comparativamente a 2014). O incremento observado neste item deveu-se a entrada de receitas provenientes de bónus de assinatura e taxas de cessão de direitos sobre os blocos de petróleo. Tabela 6 Receitas Públicas Realizado Var. Execução Nominal (%) (% ) PIB Receitas Totais (efectivas + finan.externo) ,4 40,0 38,6 Receitas Efectivas (Incl. donativos) ,1 20,3 27,8 Receitas Correntes ,9 18,9 16,4 Receitas Fiscais ,7 14,1 14,2 Receitas não fiscais ,0 64,0 2,2 Donativos ,2 22,4 11,4 Fonte: Direcção do Tesouro STP Despesas Nesta rubrica, verificou-se um incremento das despesas primárias de 18,4% em relação ao 2014, atingindo a uma execução de 94,9% face ao programado, correspondendo a 18,6% do PIB. Este aumento é justificado pelo acréscimo simultâneo das despesas correntes em 26,6% e dos investimentos públicos com recursos internos em 65,8% comparativamente ao ano de No tocante as despesas correntes, estas apresentaram um grau de execução acima (+0,7 pp) do programado para 2015, correspondendo a 19,2% do PIB. Esta evolução foi impulsionada essencialmente pelo incremento das despesas de bens e serviços (aquisição dos serviços de água energia e comunicação) em cerca de 52% e outras despesas correntes (pagamento de atrasos do exercício findo e as despesas consignadas com recursos dos sectores) em 30%. Pág. 33

34 As despesas de capital registaram um crescimento de 50,7% comparativamente ao ano precedente, atingindo a um grau de execução de 75,8% do programado, representando 18,7% do PIB. Esta evolução deveu-se a melhor performance de arrecadação das receitas internas destinadas ao investimento público (65,8%), bem como, melhor captação de recursos externos para cobrir os investimentos (28,4%). Tabela 7 Despesas Públicas Realizado Execução Var. Nominal (%) (% ) PIB Despesas Totais ,7 35,1 38,6 Despesas Primárias ,9 18,4 18,6 Despesas Correntes ,7 26,6 19,2 Despesas com pessoal ,8 9,5 8,8 Bens e Serviços ,5 51,6 3,4 Transferências Correntes ,6 8,0 3,5 Despesas de capital ,8 50,7 18,7 Investimento c/financ.interno ,7 65,8 1,4 Investimento.c/Financ.Externo ,4 28,4 14,7 Fonte: Direcção do Tesouro STP Saldo Orçamental A execução orçamental até Dezembro de 2015 resultou num saldo primário deficitário de milhões de Dobras contra um défice de milhões verificados em 2014, correspondendo a um défice primário de 3% do PIB (+ 0,3 pontos percentuais acima do critério de desempenho estabelecido no âmbito do programa com o FMI). De referir que, a meta indicativa de défice primário definida para Dezembro de 2015 era num montante de 191 mil milhões de Dobras (2,7% do PIB). O saldo global apresentou, igualmente, um défice de milhões de Dobras correspondendo a 9% do PIB (cf. Gráfico 15). Pág. 34

35 Gráfico 15 Operações Financeiras do Estado (em % do PIB) Fonte: Direcção do Tesouro STP 2.3. Sector Externo Mercado Cambial Em 31 de Dezembro de 2015, a cotação de USD/Euro, no mercado internacional, situou-se em 1,09 contra 1,22 no final de Esta evolução da taxa de câmbio representou uma depreciação do Euro face ao Dólar americano de 10,5%. Este facto é o reflexo de orientação divergente da política monetária da Zona do Euro e dos EUA. Se do lado do BCE as expectativas dos agentes económicos estavam associadas a estímulos monetários, por parte do FED, estas estavam ancoradas a possibilidade de revisão em alta da taxa de juros. Com efeito, no mesmo período, a moeda nacional apresentou uma desvalorização face ao Dólar americano em 11,3% 7. Relativamente ao período de 2014, a moeda nacional apresentou igualmente uma depreciação em 13,3%. 7 Calculado com base na taxa média anual de BCSTP Pág. 35

36 Gráfico 16 - Evolução da taxa de câmbio das principais moedas Em 2015, o índice da taxa de câmbio efectiva real registou uma apreciação de aproximadamente 9% comparativamente ao ano de Esta evolução reflecte um crescimento deste índice face ao nível de apreciação (8%) observada no período homólogo de 2014, justificada pelo efeito conjugado da depreciação do Kwanza e a alta inflação angolana. Gráfico 17 Taxa de Inflação Homóloga de STP e dos principais parceiros económicos Gráfico 18 Taxa de Câmbio Efectiva Real Fonte: INE, BNA, BCE (tratamento do BCSTP) Obs: (Índices, base 100:2001) Depreciação: (-); Apreciação: (+) Pág. 36

37 Reservas Internacionais Líquidas As Reservas Internacionais Líquidas enquanto uma das variáveis fundamentais no quadro do seguimento da sustentabilidade e credibilidade do regime cambial em vigor, situaram-se em 2015, acima de 3 meses de importação. Ao facto, deveu-se à entrada de recurso externo (particularmente no segundo semestre do ano) que permitiu que a posição externa do país mantivesse em níveis satisfatórios, em linha com o critério de desempenho pré-estabelecido no quadro do Programa de Facilidade de Crédito Alargado com o FMI, consubstanciado em 50 milhões de Dólares. Esta rubrica atingiu 56,3 milhões de Dólares contra 50,6 milhões observados no final de 2014 (cf. Gráfico 19), correspondendo a uma variação positiva de 11,4%. Gráfico 19 - Reservas Internacionais Líquidas Balança de Pagamento Dados preliminares da Balança de Pagamento de 2015, sugerem uma redução dos principais défices externos quando comparados ao PIB. Era expectável que o desequilíbrio das contas externas do país tendesse para patamares elevados pela esperada deterioração do défice crónico da balança comercial. Porém, este facto não se verificou. As contas externas apresentaram Pág. 36

38 melhorias devido a uma abrupta quebra das importações de bens e uma evolução satisfatória da balança de serviços. Balança Corrente Neste contexto, o saldo da balança corrente registou um défice de 78,6 milhões de Dólares, situando-se em 24,7% do PIB contra os 31,7% do PIB verificados em Este quadro, reflecte uma melhoria do défice da balança de bens em 15% face a 2014 e um desempenho positivo da balança de serviços, tendo atingido um superavit de cerca de 1,7 milhões de Dólares contra um défice de 14,4 milhões em Apesar das exportações terem apresentado um desempenho negativo em 1,2 milhões (-12%), determinado pela contracção da exportação do cacau em cerca de 14,3%, a evolução da balança de bens, no período em análise, deveu-se à diminuição das importações (principal componente desta balança) em 25,7 milhões de Dólares (- 18%), decorrente da queda generalizada de todas as suas componentes (cf. Gráfico 20). Embora se tenha verificado uma redução das importações, recorrendo a uma análise minuciosa dos produtos importados, destaca-se a seguinte composição: (i) Nos produtos petrolíferos observou-se um crescimento de gasóleo e gasolina de 6,3% e 4,2% contra uma diminuição de petróleo e outros derivados em 62,4%, (ii) Nos bens de consumo, registou-se um crescimento das rubricas mobiliário (45,3%) e têxteis (11,4%), (iii) No tocante a bens de capital, verificou-se um crescimento da sua componente materiais de construção em 46,0%. De salientar que, a significativa queda da exportação do cacau, produto com maior peso na exportação (87%), deveu-se por um lado, a queda dos preços em 1,3 milhões de Dólares (-14,3%) relativamente a 2014, e por outro, a diminuição da quantidade em 422 toneladas (-13,2%) comparativamente ao ano precedente, resultante da escassez de matérias-primas utilizadas na estimulação da produção do cacau. Pág. 37

39 Gráfico 20 Importação de bens (milhões de USD) Gráfico 21 - Exportações de bens (milhões de USD) Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP Com efeito, esta evolução da balança de bens representa uma taxa de cobertura das exportações pelas importações de 9,5%, atingindo o nível mais baixo dos últimos três anos. Gráfico 22 - Taxa de cobertura das exportações pelas importações (valor em %) Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP A melhoria do défice da balança de serviços, deveu-se essencialmente ao acentuado decréscimo das importações (21%), justificado pela menor importação de serviços técnicos relacionados com o comércio e outros serviços empresariais. No tocante as entradas de turistas, umas das componentes que permite ao país captar divisas, esta rubrica apresentou um decréscimo de 4,1 milhões de USD (7%) comparativamente ao ano precedente. No contexto geográfico, as relações comerciais permanecem fortalecidas com a Europa como o principal mercado dos produtos exportados de São Tomé e Príncipe Pág. 38

40 com um peso de 80,6% do total das exportações em 2015 contra 79,7% e 70,9% face aos anos de 2014 e 2013 respectivamente. De realçar que, os Países Baixos lideram o destino final das exportações com uma participação de 36% do total em 2015 (cf. Gráfico 23). Gráfico 23 Distribuição geográfica das Exportações Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP No panorama das importações, evidencia-se essencialmente a Europa e África com um peso de 61% e 27% dos produtos consumidos no país, enquanto que os produtos asiáticos vem ganhando peso na quota de mercado, ainda que de forma tímida, passando de 3% em 2013 e 2014 para 6% em De salientar que, Portugal e Angola totalizam 81% do total das importações, sendo que Portugal representa uma quota de 56% e Angola 25% (cf. Gráfico 24). Gráfico 24 Distribuição geográfica das Importações Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP Pág. 39

41 Relativamente as remessas de emigrante, uma das componentes que compõem o rendimento secundário, situou-se em 19,6 milhões de USD contra 25,2 milhões em 2014, o que correspondeu a um decréscimo de 5,5 milhões de Dólares (22%). Balança de Capital No que concerne ao saldo da balança de capital, este apresentou um incremento de 2,5 milhões de Dólares (8%), determinado pelo aumento do depósito na conta HIPC em 4,8 milhões de USD destinados ao financiamento dos projectos sociais. Em sentido oposto, os Donativos para o projecto de investimento público apresentaram um decréscimo de 1,5 milhões de Dólares. Esta melhoria do saldo da balança correspondeu a 10,1 % do PIB contra os 9,0% do PIB em Balança Financeira O saldo da balança financeira que representa o mecanismo através do qual se processa o financiamento do exterior a economia nacional, registou uma melhoria em 2015, passando de superavit de 16 milhões em 2014 para 19,5 milhões em 2015, traduzindo-se numa entrada líquida de fundo correspondente a 6,1% do PIB contra os 4,9% do PIB no ano precedente. O excedente da balança financeira em 2015, foi derivado, por um lado, pelo aumento da entrada de financiamentos externos em 7,5 milhões de Dólares, e por outro, pelo crescimento do IDE em 2,6 milhões em relação ao ano anterior, destacando-se as principais actividades de construção. Face ao desempenho menos conseguido na entrada de fluxos não geradores de dívida, os empréstimos constituíram a principal fonte para suprir tais necessidades, dentre os quais se destacam, os de Angola e de China Dívida Pública O stock da Dívida Pública cifrou-se em 274,1 milhões de dólares, representando um crescimento de 31,7 milhões (13,1%) comparativamente a Este acréscimo resultou essencialmente de desembolsos de empréstimos contratados pelo Estado Santomense às Repúblicas de Angola e de China no montante de 14 e 10 milhões de Dólares, respectivamente. Pág. 40

42 De salientar que, o actual stock da dívida situou-se em 86,1% do PIB, correspondendo a um aumento de 12 p.p. comparativamente ao verificado em 2014, o que representa um risco eminente de sobreendividamento do país. Gráfico 25 Fluxo da Dívida (em milhões de USD) Fonte: Gabinete da Dívida do Ministério de Plano e Finanças e tratamento do BCSTP Em termos de classificações por tipo de credores, no período em referência, foram registados desembolsos no montante de 37,9 milhões de dólares, cifra significativamente superior ao observado em 2014 (18,9 milhões de dólares), dos quais, 3,4 milhões de dólares correspondem aos credores multilaterais, 31,2 aos bilaterais e 3,3 milhões de dólares a dívida interna. No que concerne ao serviço da dívida pública, foram programados reembolsos no montante de 10,0 milhões de Dólares, sendo que 4,7 milhões para serem transferidos aos credores e 5,3 milhões para serem depositados na conta HIPC. De destacar que, foram transferidos aos credores 4,1 milhões de Dólares, gerando um atrasado na ordem de 0,6 milhões nesta rubrica. No quadro da iniciativa HIPC, foram depositados 4,8 milhões de Dólares do programado destinado a financiamento de projectos sociais e de infra-estruturas, sendo que, gerou-se neste item um atrasado de 0,5 milhões de Dólares. Em suma, foram reembolsados 8,9 milhões de Dólares, tendo gerado um atrasado de 1,1 milhões. Pág. 41

43 Sistema Financeiro Nacional Pág. 42

44 3. Sistema Financeiro Nacional 3.1 Sistema bancário 8 O sector bancário, no ano de 2015, ficou marcado uma vez mais pela deterioração da qualidade dos seus activos, o que contribuiu negativamente para a performance das instituições. Os indicadores de rendibilidade apresentaram-se crescentemente negativos com o aumento do crédito mal parado. A deterioração da qualidade dos activos levou a um incremento substancial das provisões constituídas e reconhecimento de perdas, resultado também, de uma supervisão mais contundente. Os activos do sistema cresceram cerca de 5%, sustentado pelo incremento das disponibilidades imediatas (excesso de liquidez) em detrimento do crédito. Olhando também para o peso dos activos totais em relação ao PIB, registou-se um decréscimo ligeiro saindo de 74% em 2014 para 71% no ano em análise Estrutura e concentração Após a alteração da estrutura do Sistema Financeiro Nacional em 2014, com a aquisição do Island Bank SA pelo Energy BanK STP e a administração provisória no Banco Equador resultante de recorrentes incumprimentos das Normas Regulamentares, em Janeiro de 2015 este último, foi intervencionado nos termos da Lei 9/92 Lei das Instituições Financeiras coadjuvada com a NAP 20/2009 Intervenção em Instituições Financeiras. Apesar das transformações ocorridas, o sistema bancário permaneceu, a todos títulos, altamente concentrado o que de resto é um fenómeno típico de pequenos sistemas financeiros. O sector bancário nacional que comporta 7 bancos, detém 27 agências incluindo as sedes. Não se observou abertura de nenhuma agência em 2015, continuando a persistir uma maior concentração no distrito de Água-Grande, conforme se observa no gráfico Importa referir que contrariamente as demais referências, os créditos concedidos nesta secção são calculadas numa lógica macro-prudencial. Pág. 43

45 Gráfico 26 - Distribuição Geográfica dos Balcões dos Bancos De se referir que, de acordo ao Índice de Hirshman e Herfindahl (IHH), o nível de concentração do sistema atingiu pontos para crédito concedido e para a captação de depósitos, (cf. Tabela 8). Assim, duas instituições detêm 70% da quota de crédito enquanto que, no que concerne a depósito, apenas uma instituição detém cerca de 63% da quota e metade do total dos activos do sistema. Tabela 8 - Hirshman e Herfindahl (IHH) Concentração de Crédito e Depósito IHH i Crédito Concedido Depósitos Totais Relativamente à taxa de bancarização 9, de acordo com os dados provisórios reportados pelos bancos, em 2015 registou-se uma estagnação quando comparado ao ano anterior. Com efeito, este indicador ronda agora os 46% contra cerca de 48% em 2014 e 41% em Activos e Qualidade da Carteira O activo agregado do sistema bancário representou aproximadamente 71% do produto interno bruto, contra 74% observado em Dezembro 2014, não havendo assim 9 É a relação entre o número de clintes com contas abertas nos banco e o número total da população. Pág. 44

46 alteração significativa do peso do sector financeiro na estrutura da economia nacional (cf. Gráfico 27). Gráfico 27- Participação dos Activos e Depósitos no PIB Fonte BCSTP Em termos nominais, o activo total do sistema bancário atingiu em 2015 cerca de DBS mil milhões, uma variação nominal de 5% comparativamente aos DBS mil milhões registados em Olhando para a taxa de inflação de 4% registada no final de 2015, podemos concluir que os activos totais do sector bancário nacional em termos reais, durante o período em análise, estagnaram-se. O crescimento nominal do activo total do sistema, deveu-se sobretudo ao aumento verificado nas disponibilidades imediatas em aproximadamente 19%. É de se referir que, esta rubrica abarca, maioritariamente, activos não remunerados ( Caixa e Depósitos junto ao Banco Central ), que não só representam as reservas obrigatórias como também as reservas livres. Assim, as disponibilidades imediatas passaram a representar cerca de 52% do total do activo contra 46% observadas em Importa referir que a partir de 2013 o crédito passou a representar a segunda componente. Em 2010 crédito representava cerca de 53% do activo total, e em 2015, 31% o que denota claramente a fraca dinâmica creditícia nos anos subsequentes (cf. Gráfico 28). Nesta senda, verificou-se que o crédito ao sector privado em relação ao PIB sofreu uma quebra considerável saindo de 40% em 2010 para 28,3% em 2014, comportamento semelhante ao registado em toda a África Subsaariana. Pág. 45

47 Gráfico 28 - Estrutura do Activo Fonte BCSTP Em termos brutos, o crédito concedido cresceu cerca de 11%, contudo, face aos níveis de provisões constituídas diante dos incumprimentos registados, o crédito líquido diminuiu em cerca de 3%, tal como em Em termos de estrutura, os sectores com maior peso em matéria de crédito têm sido sobretudo, comércio, construção e consumo com 24%, 24% e 21%, respectivamente. Em termos de sectores institucionais, de acordo com a nomenclatura das Contas Nacionais, o crédito tem-se destinado sobretudo às empresas privadas e a particulares. No que diz respeito a crédito mal parado (CMP), este registou um aumento considerável, tendo atingido 29,8% em 2015 contra 19,2% registados no ano 2014 (cf. Gráfico 29), sendo o comércio e o consumo os sectores mais afectados (cf. Gráfico 30). Este comportamento deveu-se uma vez mais a várias condicionantes, como por exemplo a fraca capacidade dos agentes económicos honrarem os seus compromissos junto às instituições de crédito e a difícil execução de garantias junto ao poder judicial. Além disso, a correcta classificação de créditos imposta pelo Banco Central de São Tomé e Príncipe, de acordo com a regulamentação vigente, nas respectivas classes, estiveram na base dos actuais níveis do crédito em incumprimento. Pág. 46

48 Gráfico 29 - CMP Gráfico 30 - CMP por sectores Fonte BCSTP Fonte BCSTP Consequentemente, as provisões em percentagem dos créditos malparados (rácio de cobertura) aumentaram para 77,9% (cf. Gráfico 31). Note-se que, através de uma supervisão mais intensiva, as instituições viram-se cada vez mais, obrigadas a cumprir com o estabelecido na regulamentação em matéria de classificação dos seus activos num contexto em que o crédito mal parado aumentou substancialmente. Gráfico 31- Rácio de cobertura Neste cenário de risco de crédito acrescido observou-se que as instituições, de uma forma em geral, têm adoptado práticas mais adequadas no que se refere à análise e avaliação no processo de concessão de crédito. Igualmente, a operacionalização do Sistema de Central de Risco de Crédito, tem também contribuído para o efeito. Pág. 47

49 Estrutura do Passivo O passivo exigível da banca totalizou cerca de DBS mil milhões em Dezembro de 2015, revelando um acréscimo nominal de 11%, comparativamente aos DBS mil milhões (cf. Gráfico 32), no ano precedente. Gráfico 32 - Exigibilidade do Sistema Bancário Gráfico 33 - Depósitos vs Passivos Totais Relativamente à estrutura do passivo, os depósitos de clientes continuam a representar a principal fonte de financiamento dos bancos em Esses recursos que corresponderam a cerca de 75% (DBS mil milhões) do passivo total, registaram um crescimento de 21%, comparativamente aos DBS mil milhões observados no período homólogo anterior (cf. Gráfico 34). Gráfico 34 - Estrutura do Passivo Pág. 48

50 Os depósitos em moeda nacional (MN), mantiveram a tendência crescente, atingindo um peso substancial de cerca de 60% do seu total em Note-se que até 2012, os depósitos em moeda estrangeira (ME) representavam a maior fatia do total dos depósitos (mais de 60% em média) (cf. Gráfico 35). Gráfico 35 - Depósitos Por Moeda Quando se observa a estrutura dos depósitos por maturidade e por tipo, constata-se que 68% constituem exigibilidade de curto prazo, ou seja, depósitos à ordem (cf. Gráficos 36 e 37). Gráfico 36 - Maturidade de Depósitos Gráfico 37 - Depósitos por Tipo Pág. 49

51 De se referir que, os depósitos têm sido captados sobretudo junto do sector privado, nomeadamente famílias e empresas com 47% e 41%, respectivamente (cf. Gráfico 38). A estrutura pouco se alterou nos últimos anos, sendo que estes dois sectores somam 88% do total dos depósitos, por sector institucional. Gráfico 38 - Depósitos Por Sector Institucional Indicadores agregados Liquidez O rácio de liquidez posicionou-se em 2015 em 62%, contra 57% em 2014, níveis muito acima dos 20% estabelecidos como mínimos de acordo com a NAP 04/2007 Norma Sobre Liquidez Bancária (cf. Gráfico 39). A gestão actual de liquidez permite que as instituições sejam capazes de honrar com as suas obrigações, uma vez que as disponibilidades imediatas cobrem os depósitos de clientes em cerca de 83%. Gráfico 39 - Rácio de Liquidez Pág. 50

52 Apesar do sector bancário nacional dispor de nível de liquidez de acordo com o estabelecido nos dispositivos legais vigentes, para que exerçam as suas actividades creditícias, importa enfatizar os riscos inerentes, ao se presenciar a concessão de crédito a médio e longo prazos, num contexto em que os depósitos são maioritariamente de curto prazo (cf. Gráfico 40). Gráfico 40 - Gaps de Liquidez Gráfico 41 - Indicador de Transformação dos depósitos De salientar que o excesso de liquidez registado é assimétrico, quando analisamos as instituições individualmente. O rácio de transformação (crédito total sobre depósitos totais) situou-se em média nos 64% em 2015 contra 70% em 2014, como resultado do aumento registado no nível de depósitos, não acompanhado pela evolução creditícia, colocando em evidência o excesso de liquidez. A persistência do excesso de liquidez no sistema indica que pode-se tratar de uma característica estrutural do sector bancário de pequenas economias. Sendo pouco significativo o crescimento do crédito, as instituições financeiras não dispunham de distintos canais de investimento alternativos. Em 2015, com a efectiva implementação do mercado de títulos da dívida pública com sinalização de preços, abriu-se-lhes uma janela importante enquanto alternativa de investimento. O bom desempenho deste mercado, repercutirá no fomento do mercado da dívida privada. Pág. 51

53 Margem Financeira A margem financeira continuou a deteriorar-se ao longo do período em análise verificando-se uma redução em cerca de 18% (cf. Gráfico 42), posicionando-se em Dbs 138 mil milhões valor não observado desde De se referir que o peso do crédito no total do activo tem diminuído significativamente, condicionando em grande medida os níveis de proveitos a serem obtidos. Outrossim, a deterioração da qualidade da carteira espelhada no aumento do incumprimento, traduziu-se numa redução acentuada de proveito de juros. Gráfico 42 Margem Financeira Resultados e rendibilidade Os resultados do exercício atingiram em 2015 valores negativos de DBS 226 mil milhões, o que corresponde a um agravamento substancial face ao ano transacto (135 mil milhões de Dobras), traduzindo-se numa significativa deterioração da rendibilidade dos activos e dos fundos próprios. De se realçar que em 2015 o retorno sobre os activos e sobre os fundos próprios atingiram -4,71% e -25,43%, respectivamente contra -2,95% e -15,93% do ano transacto (cf. Gráfico 43). O sistema financeiro nacional, no seu todo, não tem sido capaz de gerar lucros face aos seus activos. Pág. 52

54 Gráfico 43 - Resultados e Rendibilidade O agravamento do nível de rentabilidade do sistema bancário está associado a uma conjugação de factores, destacando-se a fraca qualidade da carteira de crédito com implicações na constituição de elevados níveis de provisões, bem como, o reconhecimento de perdas, por parte de algumas instituições, sobretudo a instituição intervencionada. A elevada concentração do sistema financeiro nacional bem como o peso de custos de funcionamento também condicionam a rendibilidade das instituições, sobretudo as menos resilientes Solvabilidade do Sistema O rácio de solvabilidade do sistema bancário encontra-se acima dos mínimos exigidos pela NAP 10/2007 Adequação de Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade, sendo que em 2015 este indicador fixou-se em 24%. Embora este rácio se encontre acima dos mínimos exigidos, a situação dos bancos é heterogénea. Com efeito, 2 das instituições apresentam o rácio entre 20 e 30%, 1 instituição encontra-se entre 12 e 20% e com níveis abaixo dos 12% regulamentados, 1 instituição. De salientar que 3 das sete instituições, apresentam o rácio de solvabilidade acima dos 30%. Se por um lado registou-se em 2015 a acumulação de avultados prejuízos, por outro, registou-se um aumento de capital por parte de pelo menos 3 instituições o que permitiu mitigar, de certa forma, os efeitos inerentes à corrosão dos fundos próprios. Pág. 53

55 Gráfico 44 - Adequação de Fundos Próprios Gráfico 45 - Solvabilidade por Bancos 3.2. Actividade Seguradora em Evolução de Actividade Seguradora O mercado segurador santomense, reactivado em 2001, tem conhecido pequenos progressos apesar das inúmeras dificuldades encontradas no mercado. Contudo, a contribuição desse sector no produto interno bruto do país ainda é insignificante, registando valor abaixo de 1%. O número de empresas a operar no mercado não vária desde 2008, ano em que se licenciou uma segunda seguradora em São Tomé e Príncipe. Em termos de concorrência no mercado, regista-se alguma competitividade para os serviços ligados ao ramo não vida, o que já não acontece para o ramo vida que é recente e monopolizado pela seguradora que possui licença para operar nos dois ramos. O volume de negócios das seguradoras que operam em São Tomé e Príncipe tem aumentado paulatinamente nos últimos anos. No exercício de 2015 registou-se um crescimento da produção global de 16% relativamente ao ano anterior. Como se pode verificar na tabela 9, a produção deste exercício ascendeu aos 50,9 mil milhões de Pág. 54

56 Dobras, aproximadamente Dbs 7,0 mil milhões acima do ano transacto. O ramo vida com um aumento na ordem de 2,9 mil milhões de Dobras deu um significativo contributo para o crescimento da actividade seguradora global em Tabela 9 - Evolução de Prémios Emitidos (mil milhões de Dobras) Var.15/14 34,8 39, 1 39,4 43, 9 50,9 16% Ramo Vida - - 0,3 1,7 4,6 170% Ramo Não Vida 34,8 39,1 39,1 42,2 46,3 10% Estrutura da Carteira Relativamente à composição da carteira, verificou-se pequenas variações percentuais no peso de alguns produtos, alterando apenas a classificação nos seguros menos importantes inerente a arrecadação de receitas. No gráfico 46 pode-se aferir que o seguro Automóvel continua a dominar a carteira com 46%. Contudo, o sistema começa a depender menos deste produto, uma vez que ao longo dos últimos anos o seu peso tem diminuído visivelmente sobretudo em virtude dos seguros - ramo vida, em Gráfico 46 - Estrutura da Carteira Gráfico 47- Estrutura da Carteira Pág. 55

57 Importa ressaltar que o Ramo Vida que começou a ser explorado no exercício de 2013 passou a ter mais importância na carteira do sistema segurador. Neste ramo de seguros, a modalidade mais transaccionada é a Garantia de Créditos Bancários com 83%, seguido da modalidade Seguro de Vida Colectivo com 11%. Tendo em conta que o principal produto do ramo vida é a garantia de créditos bancários, a dinâmica deste ramo poderia ser maior se efectivamente se registasse uma maior actividade creditícia neste período. No entanto, o mercado santomense ainda possui oportunidades para a ampliação de negócios nesta área. No tocante a operação de resseguros, verificou-se um decréscimo da taxa de cedência dos prémios, situando-se nos 11% contra os 15% dos três últimos anos Sinistralidade Analisando o comportamento da sinistralidade no mercado segurador santomense, verifica-se que os custos com sinistros registaram uma diminuição de 5% em 2015 quando comparado com o exercício anterior, passando a contabilizar-se em 9,9 mil milhões de Dobras. A evolução desta rubrica ao nível de produtos, evidencia o desempenho dos ramos Transporte e Automóvel com diminuições significativas de 73% e 12%, respectivamente. Pese embora a diminuição registada nos custos com sinistros no ramo Automóvel, o montante das indeminizações pagas referentes a esta modalidade de seguros em 2015 estão dentro do intervalo daquilo que tem sido as indeminizações do ramo Automóvel nos últimos 4 anos que se limita entre os 4 a 5 mil milhões de Dobras. A redução discreta do montante dos custos com sinistros, combinado com o aumento dos prémios adquiridos proporcionaram a queda da taxa de sinistralidade em 2015 para 27%, estando ligeiramente abaixo da média da sinistralidade nos últimos 4 anos (30%). Pág. 56

58 Gráfico 48 - Taxas e custos de sinistralidade (em milhões de Dobras) Relativamente a sinistralidade por ramos de actividade, nos últimos quatro anos destaca-se a modalidade Transporte que após a elevada taxa verificada no exercício de 2011, registou diminuições graduais estando agora com uma taxa de sinistralidade de 9%. Em contrapartida Incêndio e Outros Danos tem ganho maior peso, chegando em 2015 a ser o ramo mais sinistrado. Gráfico 49 - Sinistralidade por Ramos O seguro Automóvel, principal produto do sistema segurador, que desde 2012 apresentava a maior taxa de sinistralidade, passa em 2015 a representar o segundo ramo em matéria de sinistralidade. Pág. 57

59 Situação Financeira e Patrimonial Activo Em 31 de Dezembro de 2015 o balanço patrimonial das empresas de seguros autorizadas a operar em São Tomé e Príncipe, contabilizou activos totais equivalentes a 111,3 mil milhões de Dobras correspondendo a um aumento de 5% relativo ao período homólogo anterior. Tabela 10 - Situação Financeira e Patrimonial (mil milhões de Dobras) Var. 15/14 Activo Total 102,1 102,6 103,2 106,1 111,3 5% Passivo 51,9 51,6 50,9 48,7 48,6-0,2% Capital Próprio 50,2 51,0 52,3 57,3 62,7 9% Através da tabela 10 pode-se observar que o crescimento do activo tem sido muito discreto nos últimos quatro anos tendo sido condicionado pelo ambiente difícil que atravessa a economia mundial e consequentemente, a nacional. No decorrer do exercício de 2015 as seguradoras conseguiram aumentar os seus activos numa proporção superior ao período homólogo anterior. No entanto, ao analisar-se esse aumento sem desconsiderar a taxa de 4% relativa a inflação acumulada até Dezembro de 2015, conclui-se que o crescimento real do património das seguradoras ainda é insignificante. Concernente à estrutura, os Investimentos continuam a ser o principal activo das seguradoras com uma participação de 69% seguidos de Prémios em Cobrança com 12% Investimentos O mercado financeiro nacional possui algumas limitações que dificultam a aplicação de activos ao nível local por parte das seguradoras. A insularidade das Ilhas e a Pág. 58

60 reduzida dimensão do país exigem das seguradoras mais criatividade e determinação na busca de novos investimentos. No último trimestre do ano 2015, o mercado financeiro santomense conheceu uma inovação com a emissão de títulos de bilhetes de tesouro pelo Banco Central. A activação do mercado da dívida pública pode trazer uma alternativa a política de investimentos das seguradoras locais. Em 2015, os investimentos das seguradoras estavam compostos por terrenos e edifícios (41%), títulos de rendimento variável (43%) e depósitos a prazo (16%). No período em análise os investimentos contabilizam-se em 76,7 mil milhões de Dobras correspondendo a um aumento de 13% relativo ao ano anterior. A maior variação verificou-se no montante de depósitos a prazo que registou um valor três vezes maior que o do ano precedente. Contudo, ainda registam-se fragilidades em matéria de aplicação de recursos, havendo assim necessidade de maior diversificação. Gráfico 50 - Estrutura de Carteira de Investimento Passivo O passivo das seguradoras ascendeu aos 48,6 mil milhões de Dobras correspondendo a uma ligeira diminuição em termos globais. Contudo, algumas rubricas conheceram variações significativas no sentido diferente como as provisões técnicas que aumentaram numa proporção de 40% e empréstimo bancário que decresceu 34%. Pág. 59

61 Provisões Técnicas De acordo com o regulamento em vigor, as seguradoras autorizadas devem constituir algumas provisões que servirão de garantias financeiras para casos de sinistralidade. Nesta senda, e face aos riscos acrescidos registados nos últimos dois anos, em matéria de sinistralidade, as Instituições aumentaram os níveis de provisões técnicas em 5,0 mil milhões comparativamente ao período homólogo anterior, atingindo 17,2 mil milhões de Dobras em No final do exercício de 2015, as provisões técnicas das seguradoras estavam compostas por 73% de provisões para riscos em curso, 10% de provisões matemáticas e 17% de provisões para sinistros, quando em 2014 eram de 86%, 6% e 7%, respectivamente. Gráfico 51 Provisões Técnicas Neste mesmo exercício, as provisões técnicas do ramo não vida contabilizaram-se em 15,4 mil milhões de Dobras contra os 11,4 mil milhões do ano anterior e as mesmas estão cobertas por activos representativos que ascendem aos 45,2 mil milhões de Dobras. A relação entre as duas rubricas gera a taxa de cobertura das provisões técnicas cuja série está representada no gráfico 52. Pág. 60

62 Gráfico 52 - Cobertura das Provisões Técnicas De acordo com o gráfico 52 acima ilustrado, as provisões técnicas do ramo não vida possuem uma boa cobertura não obstante ter-se registado uma ligeira queda da mesma taxa motivada pelo aumento das provisões numa proporção superior ao dos activos representativos Capital Próprio A maior parte dos activos das seguradoras é financiado pelos fundos próprios que representam 56% destes. No exercício de 2015, os capitais próprios das seguradoras contabilizavam em 62,6 mil milhões de Dobras, correspondendo a um aumento de 25% relativo ao ano anterior. Dentre as rubricas constitutivas dos capitais próprios, as que mais cresceram foram os resultados líquidos do exercício de 2015 e as reservas legais constituídas com base nos resultados positivos do exercício anterior. No exercício de 2015, o sistema segurador contabilizou um resultado líquido de 7,7 mil milhões de Dobras correspondendo a um aumento de 25% relativo ao exercício anterior. O sistema tem demonstrado claramente uma melhoria no seu desempenho financeiro tal como se espelha no gráfico 53. Pág. 61

63 Gráfico 53- Rácios de Rendibilidade Margem de Solvência No tocante à solvabilidade, verificou-se uma recuperação do sistema após a oscilação registada nos últimos anos. A taxa de cobertura da margem de solvência ascendeu aos 144% contra os 131% do ano transacto. Esta recuperação deveu-se principalmente pela melhoria significativa de resultados por parte de uma das seguradoras do mercado que acumulou resultados negativos durante alguns exercícios. Os resultados positivos registados por todas as seguradoras do sistema proporcionaram um aumento dos fundos próprios destas empresas que reflectiu na melhoria da solvência do sistema. Gráfico 54- Solvência Pág. 62

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