AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES Prof: Alan de Souza Araujo
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1 AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES Prof: Alan de Souza Araujo
2 Introdução Segundo Carvalho (2003), amputação é uma palavra derivada do latim tendo o significado de ambi = ao redor de/em torno de e putatio = podar/retirar. De acordo com Lianza (1995), a mais antiga descrição técnica de amputação é de Hipócrates ( a.c.),considerado o pai da medicina científica. Realizavam-se amputações ao nível das articulações com guilhotinas, sempre em tecidos necróticos sem sensibilidade. Quando necessária, a cauterização era feita com óleo ou ferro quente.
3 Definição: Amputação é a retirada parcial ou total de algum membro, sendo considerada um processo reconstrutivo de uma extremidade sem função ou com função limitada.
4 Etiologia e Epidemiologia Trauma: agente mecânico, elétrico, térmico ou químico Doença vascular periférica/infecção Tumores Infecção Úlceras tróficas Malformação congênita
5 Doença Vascular Periférica 70% dos casos amputação MMI Diabetes mellitus, doença aterosclerótica e tromboangeite obliterante (doença Buerger) Principal sintoma: dor na panturrilha ao caminhar Outros sinais: pele seca, descamativa; crescimento anormal das unhas Obstrução aguda: aspecto pálido ou azulado
6 Diabetes: lesão vascular, motora, sensorial e autonômica pé de risco para mal perfurante plantar. (15 vezes) Mal Perfurante Plantar Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados com anormalidade neurológicas e vários graus de doença vascular periférica.
7 Amputação Traumática 22%doscasos Faixa etária: 21-30anos Membro residual após implantação pouco funcional amputação deve ser levada em consideração Múltiplos danos
8 Deformidade Congênita 3% casos Membro malformado não funcional considerar cirurgia (amputação ou reconstrução) Associação de outras má-formações congênitas
9 Tumor 5% casos Faixa etária anos Amputação proximal à lesão Aumento recente na ressecção segmentar do membro Flutuação no volume do coto durante quimioterapia
10 Princípios da Técnica Cirúrgica Cirurgias eletivas ou de urgência Cirurgia 02 tempos: ablação e reconstrução Cotos fisiológicos Extremidade óssea Cotos nervosos e vasos Retalhos musculares (mioplastia/miodese) Fechamento da pele Nível amputação: localização anatômica Desarticulação/ transdiafisária Aproximadamente 85% das amputações ocorrem em membro inferior.
11 Um adequado exame clínico do paciente determinará o nível adequado para a amputação. Quanto mais distal for à amputação, menor será o gasto energético do paciente ao efetuar manobras, assim as próteses se adaptam com mais facilidade e os custos financeiros poderão ser menores com o retorno mais rápido do amputado ao convívio social e profissional. Carvalho (2003)diz que a ponta do coto deve ser bem trabalhada, não devendo ter massa muscular muito volumosa e "solta", o que pode prejudicar a ancoragem da prótese. Deve-se obter uma camada regular do músculo para proteção da extremidade óssea. O COTO DEVE SER LEVEMENTE CÔNICO, mais finos na ponta do que na base para facilitar o encaixe na prótese.
12 MELHORES NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO
13 Complicações pós amputações DEISCÊNCIA DE SUTURA RETRAÇÃO CICATRICIAL EDEMA CONTRATURAS SENSAÇÃO FANTASMA DOR FANTASMA NEUROMAS PROBLEMAS CUTÂNEOS INFECÇÕES ALTERAÇÕES ÓSSEAS (ESPICULAS OU ESPORÃO) HIPERTROFIA CICATRICIAL (QUELÓIDES) RESTRIÇÃO DA MOBILIDADE DA ARTICULAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO NÍVEL DE AMPUTAÇÃO DOR NO COTO VARISMO DO COTO DE AMPUTAÇÃO
14 Principais amputações de MMII Falangectomia Amputação transmetatársica (diáfise do metatarso).
15 Amputação de Lisfranc (desarticulação tarso-metatarso) Amputação de Chopart (desarticulação entre o retro pé e o médio pé). OBS: As amputações de Chopart e de Lisfranc raramente são utilizadas pois causam deformidade em eqüinovaro e eqüino respectivamente. Isto ocorre porque os músculos antagonistas (dorsiflexores) pendem suas inserções.
16 Amputação de Pirogoff (ressecção bímaleolar e de todos os ossos do pé com exceção do calcâneo que é seccionado verticalmente, eliminando sua parte anterior e artrodesado-o a tíbia após uma rotação superior de 90 graus). Amputação de Boyd (ressecção de todos os ossos do pé com exceção do calcâneo que é seccionado verticalmente)
17 Amputação de Syme (desarticulação do tornozelo com ressecção bimaleolar).
18 Amputação abaixo do joelho (transtibial).
19 Amputação através do joelho (desarticulação do joelho).
20 Amputação acima do joelho (transfemoral).
21 Amputação através do quadril (desarticulação do quadril)
22 Hemipelvectomia
23 INCIDÊNCIA DAS AMPUTAÇÕES Próteses para membros superiores: São próteses não funcionais (próteses estéticas ou passivas).
24 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Cuidados pós operatório no leito: Evitar o posicionamento inadequado no leito de flexão, abdução, rotação externa de coxa e flexão de joelho quando amputado de perna (transtibial); manter o membro inferior alinhado ; Não colocar travesseiro em baixo do coto e entre as pernas, pois evitará contraturas musculares; Evitar ficar na cama com o coto fletido; Evitar flexionar o joelho em amputações transtibiais quando estiver sentado ; Não apoiar o coto sobre a muleta.
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26 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Objetivos principais Evitar complicações e condicionamento geral Reduzir dor e edema Prevenir contraturas e problemas secundários Manter e aumentar a amplitude articular Aumentar a força e a resistência de forma global Treinar marcha com muletas Esclarecer e instruir o paciente quanto as cuidados com o coto
27 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Período ambulatorial fase pré-prótese: (REALIZADO DE FORMA EVOLUTIVA) DESSENSIBILIZAÇÃO ENFAIXAMENTO ALONGAMENTOS GLOBAIS CINESIOTERAPIA PASSIVA E ATIVA (OU ASSISTIDA) FORTALECIMENTO MUSCULAR DESCARGA DE PESO (TRANSFERÊNCIA DE PESO: EM QUATRO APOIOS, DE PÉ) TREINO DE MARCHA (COM MULETAS)
28 Dessensibilização Etapas de Dessensibilização : 1º - Algodão (gase) 2º - Esponja de face fina 3º - Esponja de face grossa 4º - Lixa fina 5º - Lixa grossa 6º - Calor superficial pode ser utilizado, com o objetivo pré-cinético Objetivo: diminuir hipersensibilidade e dor local (sensação e dor fantasma)
29 Enfaixamento Atadura de crepom (somente quando estiver com pontos) Elástica (após retirada dos pontos) Colocar o máximo de tempo possível Objetivo : diminuição de edema e formar o cone para prótese
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Níveis de Amputação APOSTILA 14
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