O QUE É DIREITO ALTERNATIVO. 1. O que não é Direito Alternativo. forte para combatê-lo, criaram uma falsa imagem sobre ele, estereotipando-o como

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O QUE É DIREITO ALTERNATIVO. 1. O que não é Direito Alternativo. forte para combatê-lo, criaram uma falsa imagem sobre ele, estereotipando-o como"

Transcrição

1 O QUE É DIREITO ALTERNATIVO 1. O que não é Direito Alternativo. Os detratores do Direito Alternativo, na falta de um argumento inicial forte para combatê-lo, criaram uma falsa imagem sobre ele, estereotipando-o como um movimento de jurista contra a lei, pregadores do voluntarismo jurídico. O magistrado, sem limites, está livre para julgar segundo critérios próprios. Muitos textos já foram escritos sobre Direito Alternativo. Entre eles, vários cuidaram de desfazer esta falsa idéia. Entretanto, após mais de vinte anos de vida, o movimento do Direito Alternativo ainda enfrenta a mesma crítica. O pior é que dela surtiram efeitos, pois grande parte dos juristas brasileiros, neófitos no assunto, dão-lhe crédito. Alunos, professores, advogados, promotores de justiça e magistrados estão convictos do caráter anômico do alternativismo. Chegam a afirmar, por escrito, tal atitude, caindo em prática acadêmica de duvidosa ética, pois jamais mencionaram as fontes, para embasar tais acusações. Há um grave erro epistemológico nestas críticas ao Direito Alternativo, pois seus fundamentos não encontram comprovação empírica ao se analisar o discurso justificador da alternatividade. Para escrever minha tese de doutorado na Universidade de Barcelona, Espanha, li praticamente tudo o que foi escrito sobre Direito Alternativo, ressalvados alguns textos em jornais de ínfima circulação 1, e posso afirmar, categoricamente, que nenhum autor alternativo coloca como base teórica ou prática, até mesmo como um dos requisitos do Direito Alternativo, a anomia, o voluntarismo jurídico e o combate à lei em si. Sequer o método positivo é alvo central da crítica dos operadores jurídicos alternativos. Esta circunscreve-se a enfrentar a teoria e a ideologia juspositiva. Isso será visto ao final. 1 Ver meu livro Manual de Direito Alternativo Brasileiro, 2ª Ed. Editora Conceito, 2011.

2 2. Um pouco de história. O Direito Alternativo ou Movimento do Direito Alternativo é um movimento de juristas, ou seja, um grupo de pessoas com certos objetivos comuns que se organizaram, no Brasil, para produzir uma nova forma de ver, praticar e ler o Direito, a partir do ano de De início eram apenas juizes de Direito, hoje abrange também advogados, promotores de justiça, professores, estudantes, procuradores, enfim, todo profissional vinculado à Ciência Jurídica. O germe do Direito Alternativo pode ser identificado em alguns juízes de Direito que judicavam descontentes no tempo da ditadura militar brasileira e que se encontram nas reuniões efetuadas pela Associação dos Magistrados Brasileiros com o propósito de elaborar propostas ao Congresso Constituinte, que culminou com a Constituição Federal de O primeiro passo para o início do Direito Alternativo foi a criação de um grupo de estudos, organizado por alguns magistrados gaúchos, comuns e trabalhistas, liderados pelo hoje Desembargador Amilton Bueno de Carvalho. Nesse mesmo tempo, alguns juristas não magistrados, como Edmundo Lima de Arruda Júnior, Antônio Carlos Wolkmer, Miguel Pressburger, Miguel Baldez, Clèmerson Merlin Clève, entre outros, influenciados pelo movimento italiano uso alternativo do Direito, já falavam da possibilidade de criação de um Direito Alternativo, isso por volta do ano de O episódio histórico responsável pelo surgimento do movimento Direito Alternativo ocorreu no dia 25 de outubro de 1990, quando um importante jornal denominado Jornal da Tarde, de São Paulo, veiculou um artigo redigido pelo jornalista Luiz Maklouf, com a manchete JUÍZES GAÚCHOS COLOCAM DIREITO ACIMA DA LEI. A reportagem buscava desmoralizar o grupo de estudos acima mencionado. Ao contrário do desejado, acabou dando início ao movimento no mês de outubro de 1990,

3 sendo o I Encontro Internacional de Direito Alternativo, realizado na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, nos dias 04 a 07 de setembro de 1991 e o livro Lições de Direito Alternativo 1, editora Acadêmica, os dois marcos históricos iniciais. Isso ocorreu em resposta à reportagem encomendada. 3. Sua proposta. O movimento não possui uma ideologia, mas pontos teóricos comuns entre seus membros, destacando-se: 1) não aceitação do sistema capitalista como modelo econômico; 2) combate ao liberalismo burguês como sistema sociopolítico; 3) combate irrestrito à miséria da grande parte da população brasileira e luta por democracia, entendida como a concretização das liberdades individuais e materialização de igualdade de oportunidades e condição mínima e digna de vida a todos; 4) uma certa simpatia de seus membros em relação à teoria crítica do Direito. Há uma unanimidade de crítica ao positivismo jurídico (paradigma liberal-legal), entendido como uma postura jurídica técnica-formal-legalista, de aparente apego irrestrito à lei e de aplicação de uma pseudo interpretação lógica dedutiva, somada a um discurso apregoador: a) da neutralidade ou avaloratividade; b) do formalismo jurídico ou anti-ideológica do Direito; c) da coerência e completude do ordenamento jurídico; d) da fonte única do Direito e da interpretação mecanicista das normas efetuada através de um método hermenêutico formal/lógico/técnico/dedutivo. Os juristas alternativos, em desacordo com a teoria e a ideologia juspositiva, denunciam: a) ser o Direito, político, parcial e valorativo, pois é a regulamentação normativa de determinada estrutura de poder; b) representar, o formalismo jurídico, uma forma de escamotear o conteúdo perverso de parte da legislação e de sua aplicação no seio da sociedade; c) não ser o Direito coerente e completo. Suas antinomias (contradições) e lacunas (vazios) são várias e explícitas; d)

4 ser a lei fonte privilegiada do Direito, mas a ideologia do intérprete dá o seu sentido, ou o sentido por ele buscado. A exegese de um texto legal não é declarativa de seu conteúdo, mas, bem ao contrário, e axiológica e representa os interesses e fins perseguidos pelo exegeta. Para sua práxis, o movimento defende: 1) Positivismo de Combate hoje chamado de positivação combativa. Trata-se de uma luta pelo cumprimento de várias leis, todas com conteúdos sociais, em pleno vigor, mas não cumpridas de fato. O Poder Judiciário, em boa parte, exerce a função de recuperação ideológica em prol das camadas privilegiadas, ou seja, por intermédio de uma interpretação restrita, no mundo real, neutraliza legislações de cunho social, impedindo a concretização de seus efeitos. Por ilustração, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, nos últimos anos, simplesmente está tornando, na prática, ineficaz o Código do Consumidor, produzindo irrecuperável prejuízo à sociedade e fortes benefícios a poderosas instituições, em particular as financeiras. Os membros do Direito Alternativo fazem exatamente o contrário, ou seja, labutam para materializar todos os direitos previstos na legislação, mas sonegados na vida cotidiana, como a maioria dos previstos no artigo 5º e seguintes da Carta Magna; 2) Uso alternativo do Direito. É uma atividade hermenêutica. Realiza-se uma exegese extensiva de todos os textos legais com cunho popular e uma interpretação restritiva das leis que privilegiam as classes mais favorecidas, isso sempre dando força máxima aos princípios estabelecidos na Constituição Federal. Trata-se de uma interpretação social ou teleológica das leis, ou seja, dar um sentido à norma buscando atender (ou favorecer) as classes sociais discriminadas por qualquer motivo (econômica, social, racial ou sexualmente) ou a maioria da sociedade civil. É o oposto do realizado pelos juristas tradicionais, quando restringem as normas populares e ampliam as beneficiadoras das

5 classes que lhes interessam; 3) Direito Alternativo em sentido estrito. É o ponto mais polêmico e extrapola os limites deste artigo. Mas é um ponto ligado à utopia de construção de uma sociedade mais justa, ou com relações de poder mais democráticas, reguladas por um Direito novo. Mas o advento da globalização econômica e todas as crises subseqüentes deixaram essa utopia um pouco no aguardo. De uma forma ou de outra, a vontade de construir algo melhor tem grande poder de unir pessoas em algum projeto político, no caso do Direito Alternativo, um projeto político jurídico. Passados vinte anos do início do Direito Alternativo, creio que o momento exige seu retorno à ordem do dia. Isso porque a luta democrática não é linear. No atual contexto histórico, muitos tribunais, em especial o STJ, praticam uma política de retrocesso, pelo menos na visão alternativa. O Direito Alternativo, um movimento que se tornou um forte capítulo da história do Direito brasileiro, é, sem a menor dúvida, o maior contraponto ideológico a esse tipo de política favorecedora das instituições financeiras e demais grandes grupos econômicos. Os operadores jurídicos alternativos já demonstraram ser fortes combatentes em defesa da sociedade civil e das pessoas menos poderosas. Quem pensou em vitória equivocou-se. Forças antidemocráticas crescem, tomam espaço no mundo jurídico e necessitam ser combatidas efusivamente. Portanto, a luta continua, companheiros.

6

O que é Direito Alternativo? Lédio Rosa de Andrade Editora Habitus Fone (48) Florianópolis/SC

O que é Direito Alternativo? Lédio Rosa de Andrade Editora Habitus Fone (48) Florianópolis/SC O que é Direito Alternativo? Lédio Rosa de Andrade Editora Habitus Fone (48) 223.3363 E-mail: habitus@habituseditora.com.br Florianópolis/SC Para iniciar o tema, creio ser importante enfatizar que o Direito

Leia mais

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma.

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO 1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. II O valor jurídico

Leia mais

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de Regente: Miguel Nogueira de Brito

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de Regente: Miguel Nogueira de Brito PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de 2018-2019 Regente: Miguel Nogueira de Brito I NOÇÕES E PROBLEMAS ELEMENTARES 1. Direito, direitos, interesse, norma,

Leia mais

OAB 1ª Fase Final de Semana. 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos:

OAB 1ª Fase Final de Semana. 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: Professora: Carolinne Brasil Assunto: Teoria Geral Questões: OAB 1ª Fase Final de Semana 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: Art. X. As normas desta Constituição poderão

Leia mais

Disciplina: Ética e Serviço Social. Professora Ms. Márcia Rejane Oliveira de Mesquita Silva

Disciplina: Ética e Serviço Social. Professora Ms. Márcia Rejane Oliveira de Mesquita Silva Disciplina: Ética e Serviço Social Professora Ms. Márcia Rejane Oliveira de Mesquita Silva Conhecendo o Código de Ética de 1993 Duas dimensões 1) Conteúdo dos princípios: conjunto de Valores fundamentais

Leia mais

Espécies de interpretação - quanto às fontes

Espécies de interpretação - quanto às fontes Espécies de interpretação - quanto às fontes AUTÊNTICA: realizada pelo menos poder que expediu a norma, esclarecendo seu sentido e seu alcance; figura criada pelo imperador Justiniano, para a interpretação

Leia mais

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de 2017-2018 Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito I NOÇÕES E PROBLEMAS ELEMENTARES 1. Direito, direitos, interesse, norma, sistema e lei

Leia mais

NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL

NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL NORMA JURÍDICA - OBJETO CULTURAL. FORMAL LINGUÍSTICO EXPRESSÃO VERBAL NORMA JURÍDICA OBJETO CULTURAL MATERIAL SOCIOLÓGICO COMPORTAMENTO METAFÍSICO AXIOLÓGICO VALOR NORMA - VALOR - SENTIDO - INTERPRETAÇÃO.

Leia mais

TENENTISMO ( ) Prof. OTTO TERRA

TENENTISMO ( ) Prof. OTTO TERRA TENENTISMO (1922-1926) TRANSFORMAÇÕES NO BRASIL NA VIRADA DE 1920 Industrialização substitutiva de exportações Crescimento dos centros urbanos (São Paulo / Rio de Janeiro) Mudanças no cenário Nacional

Leia mais

Ensino jurídico e mudança social, de Antônio Alberto Machado

Ensino jurídico e mudança social, de Antônio Alberto Machado Ensino jurídico e mudança social, de Antônio Alberto Machado [MACHADO, Antônio Alberto. Ensino Jurídico e Mudança Social. São Paulo: Expressão Popular, 2009.] Assis da Costa Oliveira 1 Ensino jurídico

Leia mais

Modernização da Legislação Cooperativa Brasileira Cooperativas e recuperação judicial

Modernização da Legislação Cooperativa Brasileira Cooperativas e recuperação judicial 1. Contexto legal 1.1 A Lei 11.101/2005 1.2 A Lei 5.764/1971 2. As técnicas de interpretação 3. A jurisprudência Modernização da Legislação Cooperativa Brasileira 4. Argumentos para a recuperação judicial

Leia mais

IX CONGRESSO NACIONAL DE DIREITO PÚBLICO EDITAL Nº. 014/2011

IX CONGRESSO NACIONAL DE DIREITO PÚBLICO EDITAL Nº. 014/2011 IX CONGRESSO NACIONAL DE DIREITO PÚBLICO EDITAL Nº. 014/2011 Destinatários: MAGISTRADOS DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE ALAGOAS O Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça e Diretor da Escola Superior

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - As etapas francesa e americana constituem o chamado constitucionalismo clássico, influenciado por pensadores

Leia mais

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL 1. (CESPE 2013 AGU Procurador Federal) Considerando o entendimento prevalecente na doutrina e na jurisprudência do STF sobre o preâmbulo constitucional e as disposições

Leia mais

UNIDADE V PARADIGMAS PARA UMA NOVA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL. 1. Perguntas e respostas dos questionamentos para aprofundamentos e fixação (Modelo)

UNIDADE V PARADIGMAS PARA UMA NOVA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL. 1. Perguntas e respostas dos questionamentos para aprofundamentos e fixação (Modelo) 1 UNIDADE V PARADIGMAS PARA UMA NOVA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL OBS: 1. Perguntas e respostas dos questionamentos para aprofundamentos e fixação (Modelo) 1) Por que a hermenêutica clássica não é mais

Leia mais

Resumo expandido: Ativismo e Protagonismo Judicial

Resumo expandido: Ativismo e Protagonismo Judicial Resumo expandido: Ativismo e Protagonismo Judicial Mirela Maganini Ferreira O presente trabalho pretende analisar a obra do autor Lênio Luiz Streck, O que é isto - decido conforme minha consciência, e

Leia mais

Teoria da Decisão Judicial em tempos de Neoconstitucionalismo: o necessário controle do ativismo judicial no Estado de Direito 1

Teoria da Decisão Judicial em tempos de Neoconstitucionalismo: o necessário controle do ativismo judicial no Estado de Direito 1 Teoria da Decisão Judicial em tempos de Neoconstitucionalismo: o necessário controle do ativismo judicial no Estado de Direito 1 Ariel Koch Gomes 2 1. Introdução A partir de uma análise dos principais

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência em razão da pessoa: o foro por prerrogativa de função Parte 4 Prof. Thiago Almeida . E no caso da prática de homicídio doloso?. Tribunal do

Leia mais

STJ AMICUS CURIAE NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Um Terceiro Enigmático. Editora Saraiva. São Paulo, 2006

STJ AMICUS CURIAE NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Um Terceiro Enigmático. Editora Saraiva. São Paulo, 2006 STJ00063793 CASSIO SCARPINELLA BUENO Mestre, Doutor e Livre-docente em Direito Faculdade de Direito da PUCSP. Professor de nos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado da Faculdade de

Leia mais

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Arnoldo Wald e Ives Gandra da Silva Martins Por diversas vezes, tem sido discutido recentemente na imprensa o critério de nomeação dos ministros que integram o Supremo Tribunal

Leia mais

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão O artigo 489 do novo Código de Processo Civil, que estabelece regras para a fundamentação das

Leia mais

CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO

CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO CONHECIMENTO E INTERPRETAÇÃO Interpretação - livre exercício da razão - pensamento - pensar é interpretar Variadas formas de interpretação originaram vários conceitos de hermenêutica Não existem receitas

Leia mais

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS PREFÁCIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE ELEMENTOS E COMPOSTOS QUÍMICOS INTRODUÇÃO...

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS PREFÁCIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE ELEMENTOS E COMPOSTOS QUÍMICOS INTRODUÇÃO... SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 13 PREFÁCIO... 15 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... 19 LISTA DE ELEMENTOS E COMPOSTOS QUÍMICOS... 23 1. INTRODUÇÃO... 31 2. MODELOS JURÍDICOS TEÓRICO-IMAGÉTICOS: A IMPORTÂNCIA

Leia mais

Professora Edna Ferraresi. Aula 2

Professora Edna Ferraresi. Aula 2 Aula 2 Escolas e Teorias Jus filosóficas Modernas: a Escola da Exegese: positivismo jurídico ideológico; redução do Direito à lei; "In Claris NON cessat interpretatio"; aplicação mecânica do Direito. Escolas

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DA NORMA TRIBUTÁRIA

INTERPRETAÇÃO DA NORMA TRIBUTÁRIA JOSÉ MARIA ARRUDA DE ANDRADE Doutor pela Faculdade de Direito da USP - Departamento de Direito Econômico e Financeiro; professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Instituição Toledo de Ensino

Leia mais

Aula 10 PLURALISMO JURÍDICO E EXERCÍCIOS

Aula 10 PLURALISMO JURÍDICO E EXERCÍCIOS Curso/Disciplina: Metodologia Jurídica Aula: Metodologia Jurídica - 10 Professor : Felipe Asensi Monitor : Virgilio Aula 10 PLURALISMO JURÍDICO E EXERCÍCIOS 1. Pluralismo Jurídico. O Pluralismo Jurídico

Leia mais

DIREITO ELEITORAL FADIVALE PÓS-GRADUAÇÃO FILOSOFIA DO DIREITO. Prof. Ms. José Luciano Gabriel. lugafap@yahoo.com.br jlgabriel.blogspot.com.

DIREITO ELEITORAL FADIVALE PÓS-GRADUAÇÃO FILOSOFIA DO DIREITO. Prof. Ms. José Luciano Gabriel. lugafap@yahoo.com.br jlgabriel.blogspot.com. PÓS-GRADUAÇÃO DIREITO ELEITORAL FADIVALE FILOSOFIA DO DIREITO lugafap@yahoo.com.br jlgabriel.blogspot.com.br FINALIDADES DA FILOSOFIA DO DIREITO GABRIEL, José Luciano. Finalidades da filosofia do direito.

Leia mais

O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO-APLICAÇÃO DO DIREITO

O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO-APLICAÇÃO DO DIREITO O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO-APLICAÇÃO DO DIREITO (Construção de normas jurídicas concretas a partir de fatos, normas jurídicas abstratas, enunciados normativos e valores) Aldemario Araujo Castro Mestre

Leia mais

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS Prof. Dr. João Carlos Medeiros de Aragão Currículo Lattes: Lattes.cnpq.br/49114444160 OBJETIVOS Objetiva-se apresentar a definição de Sistema Jurídico, com base

Leia mais

Lei complementar nº 35,

Lei complementar nº 35, Lei complementar nº 35, de 14 de março de 1979 Dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Leia mais

UNIDADE I INTRODUÇÃO CONCEITUAL E HISTÓRICA AO DIREITO PROCESSUAL. CAPÍTULO 1 Processo, direito processual e teoria do processo: uma introdução

UNIDADE I INTRODUÇÃO CONCEITUAL E HISTÓRICA AO DIREITO PROCESSUAL. CAPÍTULO 1 Processo, direito processual e teoria do processo: uma introdução UNIDADE I INTRODUÇÃO CONCEITUAL E HISTÓRICA AO DIREITO PROCESSUAL CAPÍTULO 1 Processo, direito processual e teoria do processo: uma introdução conceitual 1.1 Sociedade, Estado e Direito 1.2 Formas históricas

Leia mais

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DO LIVRO ELETRÔNICO E O PROBLEMA DA INTERPRETAÇÃO EVOLUTIVA. Paulo Rosenblatt

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DO LIVRO ELETRÔNICO E O PROBLEMA DA INTERPRETAÇÃO EVOLUTIVA. Paulo Rosenblatt IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DO LIVRO ELETRÔNICO E O PROBLEMA DA INTERPRETAÇÃO EVOLUTIVA Paulo Rosenblatt Direitos Fundamentais e Tributação e tecnologias disruptivas 1. Imunidade tributária de imprensa ou cultural

Leia mais

LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)... 4 Introdução...4 Vigência da Lei...4 2. APLICAÇÃO E

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação ÍNDICE SISTEMÁTICO Abreviaturas e siglas usadas Apresentação Capítulo 1 Gênese do direito 1. Escola jusnaturalista ou do direito natural 1.1. Origem do jusnaturalismo 2. Escola teológica 2.1. Origem da

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DO MUNCÍPIO DE ARACAJU APMAJU, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

Leia mais

Anexo. A pesquisa. Maria Tereza Sadek (org.)

Anexo. A pesquisa. Maria Tereza Sadek (org.) Anexo A pesquisa Maria Tereza Sadek (org.) SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SADEK, MT., org. O judiciário em debate [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010. Anexo:

Leia mais

O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais

O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais Sheila Lyrio Cruz Zelma 1 Arthur de Souza Gomes 2 Carla Luz da Silva 3 David de Melo Oliveira

Leia mais

QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO

QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO QUESTÃO 1 Considere a seguinte afirmação de Aristóteles: Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária

Leia mais

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES Sequência da Jurisprudência Teleológica, de Jhering: Direito vinculado a um determinado fim desejado pela sociedade. Decisões judiciais: objetivam satisfazer as necessidades

Leia mais

O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA ESTADO Conjunto de regras, pessoas e organizações que se separam da sociedade para organizá-la. - Só passa a existir quando o comando da comunidade

Leia mais

Considerando que não foi alcançado quórum mínimo para a tramitação em caráter urgente do PL 6787/2016, na data de 19 de Abril de 2017;

Considerando que não foi alcançado quórum mínimo para a tramitação em caráter urgente do PL 6787/2016, na data de 19 de Abril de 2017; Brasília (DF), 24 de Abril de 2017. Ofício 04/2017 Ao Ilustríssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados Deputado Federal Rodrigo Maia O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil OAB NACIONAL,

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL

FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL Página 1 de 5 FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL RESUMO EXECUTIVO O Curso de Pós-Graduação lato sensu em Direito Constitucional da FDSM visa formar profissionais

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho (s).

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho (s). CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO DIREITO I CARGA HORÁRIA: 80h/a CRÉDITOS: 04 AULA: Teórica EMENTA O Direito como sistema. As disciplinas auxiliares do Direito. A construção histórica do Direito.

Leia mais

Era Vargas. Do Governo Provisório ao Estado Novo

Era Vargas. Do Governo Provisório ao Estado Novo Era Vargas Do Governo Provisório ao Estado Novo Períodos Governo provisório (1930-1934) Tomada de poder contra as oligarquias tradicionais Governo Constitucional (1934-1937) Período legalista entre dois

Leia mais

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Direito Constitucional Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Art. 103-B: O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida

Leia mais

Primado do Direito e Julgamento Justo

Primado do Direito e Julgamento Justo Federal Ministry for Foreign Affairs of Austria O primado do Direito é mais do que o uso formal dos instrumentos jurídicos, é também o Primado da Justiça e da Proteção para todos os membros da sociedade

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização do Poder Judiciário Superior Tribunal de Justiça. Profª. Liz Rodrigues - Superior Tribunal de Justiça: guardião das leis federais. - Composição: no mínimo, 33 ministros

Leia mais

O ESTADO CONTEMPORÂNEO E A CORRUPÇÃO

O ESTADO CONTEMPORÂNEO E A CORRUPÇÃO O ESTADO CONTEMPORÂNEO E A CORRUPÇÃO Helio Saul Mileski Autores Prefácio Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Área específica Direito Administrativo. Neste Livro, como indica o próprio título O Estado contemporâneo

Leia mais

ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII

ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII SUMÁRIO ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS... XIII Capítulo I GÊNESE DO DIREITO... 1 1. Escola Jusnaturalista ou do Direito Natural... 2 1.1. Origem do jusnaturalismo... 2 2. Escola Teológica... 3 2.1. Origem

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Aplicação da Lei Estrangeira: Professora Raquel Perrota 1. Natureza Jurídica - Até o final do século XIX, o direito estrangeiro era considerado matéria de fato. - A partir

Leia mais

Marcos Augusto Maliska Professor de Direito Constitucional da UniBrasil, em Curitiba

Marcos Augusto Maliska Professor de Direito Constitucional da UniBrasil, em Curitiba Marcos Augusto Maliska Professor de Direito Constitucional da UniBrasil, em Curitiba ESTADO E SÉCULO XXI A integração supranacional sob a ótica do Direito Constitucional Editora RENOVAR Rio de Janeiro

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Reforma o Currículo do Programa de Pósgraduação em Educação Mestrado e Doutorado, e dá outras providências. O CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Leia mais

DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DIGNO

DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DIGNO GABRIELA NEVES DELGADO Doutora em Filosofia do Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora Adjunta

Leia mais

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli O pensamento sociológico no séc. XIX Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli Avisos Horário de Bate Papo: sextas-feiras, 17hs às 17hs:30 Atenção com o prazo de envio das respostas das atividades eletrônicas.

Leia mais

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA AULA 9 PG 1 Este material é parte integrante da disciplina Linguagem e Argumentação Jurídica oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão

Leia mais

GRIJALBO FERNANDES COUTINHO

GRIJALBO FERNANDES COUTINHO GRIJALBO FERNANDES COUTINHO Juiz Titular da 19ª Vara do Trabalho do Distrito Federal do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Especializando em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp (Cesit).

Leia mais

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Submeto à consideração dos nobres pares este Projeto de Lei, que visa à concessão do título de Cidadão de Porto Alegre ao desembargador federal Nylson Paim de Abreu, em conformidade

Leia mais

JORNALíSTICA COMO LIMITE ÀPROVA NO PROCESSO PENAL

JORNALíSTICA COMO LIMITE ÀPROVA NO PROCESSO PENAL ANA LÚCIA MENEZES VIEIRA Doutora e Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo Procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo osigilo DA FONTE DE INFORMAÇÃO JORNALíSTICA COMO LIMITE ÀPROVA

Leia mais

índice CAPÍTULO I O PARADOXO DO CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI

índice CAPÍTULO I O PARADOXO DO CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI índice CAPÍTULO I O PARADOXO DO CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI 1. O paradoxo do constitucionalismo atual e a tentação das respostas simplistas e lineares 7 2. O sucesso tendencialmente

Leia mais

Thinkr: Faculdade Legale

Thinkr: Faculdade Legale Thinkr: Faculdade Legale Curso: PÓS EM DIREITO CONSTITUCIONAL - TURMA ON-LINE 01 (2019.1) Disciplina: PÓS EM DIREITO CONSTITUCIONAL - TURMA ON-LINE 01 (2019-1) Aula: 01 - AULA 01-15/02/2019 - PARTE 01/01

Leia mais

Movimento para o Direito Livre

Movimento para o Direito Livre Movimento para o Direito Livre Reação ao conceitualismo e formalismo do Direito da pandectista alemã. Não era um grupo específico, mas eram iniciativas isoladas de juristas alemães. Direito = lei + conjunto

Leia mais

Parecer PEC 241. Assim, buscando uma melhor compreensão do tema, procuramos estruturar o parecer no formato de perguntas e respostas.

Parecer PEC 241. Assim, buscando uma melhor compreensão do tema, procuramos estruturar o parecer no formato de perguntas e respostas. Parecer PEC 241 Na qualidade de assessor jurídico da ADUSB, nos fora solicitado a emissão de um parecer contendo as nossas primeiras impressões sobre a PEC 241 que tramita no Congresso Nacional. Assim,

Leia mais

A Justiça e o Imaginário Social 1

A Justiça e o Imaginário Social 1 A Justiça e o Imaginário Social 1 Gilmar Cavalheri * A Doutora Maria da Graça dos Santos Dias graduou-se em Serviço Social em 1969 e Direito em 1970. Recebeu o grau de Mestre em Serviço Social em 1987

Leia mais

A IMUNIDADE DO LIVRO DIGITAL E DO SEU SUPORTE DE FIXAÇÃO Homenagem ao jurista Hugo de Brito Machado

A IMUNIDADE DO LIVRO DIGITAL E DO SEU SUPORTE DE FIXAÇÃO Homenagem ao jurista Hugo de Brito Machado Coordenador Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho A IMUNIDADE DO LIVRO DIGITAL E DO SEU SUPORTE DE FIXAÇÃO Homenagem ao jurista Hugo de Brito Machado Neste livro, vinte e um expoentes do Direito Tributário

Leia mais

Noções de Direito Administrativo e Constitucional

Noções de Direito Administrativo e Constitucional Considerações iniciais Considera-se Direito como um sistema normativo do qual são extraídos imperativos de conduta. Embora seja único e indivisível, a subdivisão se torna uma prática importante para o

Leia mais

TIPOS DE CONCLUSÃO. Prof. Sandra

TIPOS DE CONCLUSÃO. Prof. Sandra TIPOS DE CONCLUSÃO Prof. Sandra Comentário referente redações já elaboradas Quantidade de parágrafos de argumentação: três? Dois? Um? Principal problema: coesão nível de frase, nas retomadas anafóricas

Leia mais

AULA 03 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

AULA 03 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 1 AULA 03 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Movimento teórico de revalorização do direito constitucional, de uma nova abordagem do papel da constituição no sistema jurídico 2 Surgiu a partir da segunda metade do

Leia mais

Sobre o Curso de Direito.

Sobre o Curso de Direito. Sobre o Curso de Direito. O Curso Superior de Bacharelado em Direito das Faculdades Integradas ASMEC Ouro Fino-MG, autorizado pelo Ministério da Educação MEC através da Portaria MEC/SERES Nº 154 de 08

Leia mais

HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL I. Marcelo Leonardo Tavares

HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL I. Marcelo Leonardo Tavares HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL I Marcelo Leonardo Tavares NORMAS CONSTITUCIONAIS Classificação (JAS) Orgânicas Limitativas de Estabilização Constitucional de Aplicabilidade da Constituição Peculiaridades

Leia mais

RESPOSTA DE ALTO NÍVEL

RESPOSTA DE ALTO NÍVEL RESPOSTA DE ALTO NÍVEL ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO* Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça Federal O Presidente do STJ, Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, expõe à CONSULEX como,

Leia mais

AS INOVAÇÕES QUE A PEC 10/2013 TRAZ SOBRE O INSTITUTO DO FORO PRIVILEGIADO

AS INOVAÇÕES QUE A PEC 10/2013 TRAZ SOBRE O INSTITUTO DO FORO PRIVILEGIADO 1 AS INOVAÇÕES QUE A PEC 10/2013 TRAZ SOBRE O INSTITUTO DO FORO PRIVILEGIADO ZACARIAS VAZ DA SILVA FILHO 1 JOÃO THALES VASCONCELOS MARTINS 2 GABRIELLA CAMELO PINHEIRO 3 RESUMO: Discussão do nosso trabalho

Leia mais

Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Turma e Ano: 2016 (Master A) Matéria / Aula: Teoria da Constituição - 01 Professor: Marcelo Leonardo Tavares Monitor: Paula Ferreira Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 1. Conceito de Constituição Sob um aspecto

Leia mais

DECLARAÇÃO POLITICA UCID 25 DE JANEIRO DE

DECLARAÇÃO POLITICA UCID 25 DE JANEIRO DE DECLARAÇÃO POLITICA UCID 25 DE JANEIRO DE 2017 A Democracia não rima com o silêncio. É o regime da réplica, do contraditório e da divergência. É a vitória da autoridade do argumento e jamais do argumento

Leia mais

Para uma nova cultura política dos direitos humanos

Para uma nova cultura política dos direitos humanos Resenha Para uma nova cultura política dos direitos humanos Ludmila Cerqueira Correia 1 Resenha: ESCRIVÃO FILHO, Antonio Escrivão Filho; SOUSA JUNIOR, José Geraldo de. Para um debate teórico-conceitual

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE O ADVOGADO E A ADVOCACIA

REFLEXÕES SOBRE O ADVOGADO E A ADVOCACIA PALESTRA : REFLEXÕES SOBRE O ADVOGADO E A ADVOCACIA PROF.DR. CESAR LUIZ PASOLD Doutor em Direito do Estado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP; Pós Doutor em Direito das Relações Sociais

Leia mais

UMA NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL COMO BASE PARA A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

UMA NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL COMO BASE PARA A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO UMA NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL COMO BASE PARA A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO A NEW CONSTITUTIONAL INTERPRETATION AS BASIS FOR THE EFFECTIVATION OF THE

Leia mais

CURSO DE DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL

CURSO DE DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL DANIEL CASTRO GOMES DA COSTA CURSO DE DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL Prefácio Tarcísio Vieira de Carvalho Neto Apresentação Reynaldo Soares da Fonseca Área específica O Curso de Direito Processual Eleitoral

Leia mais

DISCUSSÃO SOBRE O CÓDIGO CIVIL ALEMÃO

DISCUSSÃO SOBRE O CÓDIGO CIVIL ALEMÃO ESCOLA HISTÓRICA Em 1802, ao iniciar sua atividade como jurista, Savigny ensinava que a ciência da legislação era histórica e filosófica (sistemática). Demonstrava simpatia pelo positivismo legalista francês

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br (Artigos) poder normativo do juiz Newton Garcia Faustino Sabemos que o juiz é um agente político que detém parcela do poder do Estado e que possui ampla liberdade de atuação funcional,

Leia mais

PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: UMA ESTUDO ACERCA DO MOVIMENTO POSITIVISTA E PÓS POSITIVISTA

PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: UMA ESTUDO ACERCA DO MOVIMENTO POSITIVISTA E PÓS POSITIVISTA PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: UMA ESTUDO ACERCA DO MOVIMENTO POSITIVISTA E PÓS POSITIVISTA Autor: Laiza Cristina de Souza 1 Orientador: Sayonara Saukoski 2 Resumo: O presente trabalho apresenta

Leia mais

Parte I Filosofia do Direito. Teoria Geral do Direito e da Política

Parte I Filosofia do Direito. Teoria Geral do Direito e da Política S u m á r i o Parte I Filosofia do Direito. Teoria Geral do Direito e da Política CAPÍTULO I Filosofia do Direito I: O Conceito de Justiça, O Conceito de Direito, Equidade, Direito e Moral...3 I. O conceito

Leia mais

Introdução ao Estudo do Direito

Introdução ao Estudo do Direito Introdução ao Estudo do Direito Interpretação e Hermenêutica Jurídica Prof. Rosane Terra Noções Introdutórias Para a aplicação justa do Direito, é imperioso que o intérprete lance mão de métodos, ou seja,

Leia mais

SANTA CATARINA E A PROPOSTA CURRICULAR: em pauta os projetos educacionais populares

SANTA CATARINA E A PROPOSTA CURRICULAR: em pauta os projetos educacionais populares SANTA CATARINA E A PROPOSTA CURRICULAR: em pauta os projetos educacionais populares Nelita Bortolotto 1 Luciane Maria Schlindwein 2 HENTZ, Paulo. Projetos educacionais populares no contexto do Estado:

Leia mais

PLANO DE ENSINO. TDI0011 Carga horária

PLANO DE ENSINO. TDI0011 Carga horária PLANO DE ENSINO I Identificação Disciplina Introdução ao Estudo do Direito Código TDI0011 Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 1º II Ementário O direito como fenômeno social e universal.

Leia mais

Sobre o Curso de Direito.

Sobre o Curso de Direito. Sobre o Curso de Direito. O Curso Superior de Bacharelado em Direito do Instituto de Educação Superior de Pouso Alegre MG Faculdade ASMEC Pouso Alegre, autorizado pelo Ministério da Educação MEC através

Leia mais

LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V

LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V IV DIREITO CONSTITUCIONAL (continuação) 1. Poder Constituinte Poder Constituinte é o poder que o povo atribui aos Constituintes, pessoas eleitas com o poder-obrigação

Leia mais

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INTERPRETAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO. Período 4º Período. Eixo de Formação Fundamental

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INTERPRETAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO. Período 4º Período. Eixo de Formação Fundamental Página 1 de 5 Curso Graduação DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INTERPRETAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO Eixo de Formação Básica Período 4º Período Eixo de Formação Fundamental Docente: Prof. Dr. Rafael Lazzarotto

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO INDIVIDUAL E PROCESSUAL DO TRABALHO ATHA BUGHAI

FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO INDIVIDUAL E PROCESSUAL DO TRABALHO ATHA BUGHAI FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO INDIVIDUAL E PROCESSUAL DO TRABALHO ATHA BUGHAI A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA NO DIREITO DO TRABALHO BRASILEIRO: HISTÓRICO, ANÁLISE CRÍTICA

Leia mais

INTRODUÇÃO CRíTICA AO DIREITO

INTRODUÇÃO CRíTICA AO DIREITO STJ00097208 Michel Miaille INTRODUÇÃO CRíTICA AO DIREITO 3." edição 2005 EDITORIAL ESTAMPA FICHA TÉCNICA Título original: Une llltroductioll Critique au Droit Tradução: Ana Prata Capa: José Antunes Ilustração

Leia mais

I SOCIOLOGIA DO DIREITO...

I SOCIOLOGIA DO DIREITO... SUMÁRIO Capítulo I... 19 SOCIOLOGIA DO DIREITO... 19 1. Introdução à sociologia da administração judiciária... 19 1.1. Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia)... 19 1.2.

Leia mais

HANS KELSEN ( )

HANS KELSEN ( ) HANS KELSEN (1881-1973) TEORIA PURA DO DIREITO Contextualização: O Movimento para o Direito Livre estava em plena ascensão na Alemanha e parecia que o formalismo jurídico havia sido superado. A diversidade

Leia mais

A importância do psicopedagogo estar sindicalizado. Por Ana Luísa Cunha /DME do Estado do Maranhão Psicopedagoga CRPp Sindical 015

A importância do psicopedagogo estar sindicalizado. Por Ana Luísa Cunha /DME do Estado do Maranhão Psicopedagoga CRPp Sindical 015 A importância do psicopedagogo estar sindicalizado Por Ana Luísa Cunha /DME do Estado do Maranhão Psicopedagoga CRPp Sindical 015 Pp Ana Luísa Alves Vieira Cunha Graduada em Arte Educação pela UNIVERSIDADE

Leia mais

Capítulo I SOCIOLOGIA DO DIREITO... 3

Capítulo I SOCIOLOGIA DO DIREITO... 3 SUMÁRIO Capítulo I SOCIOLOGIA DO DIREITO... 3 1. Introdução à sociologia da administração judiciária... 23 1.1. Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia)... 23 1.2. Gestão...

Leia mais

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO Prof. Me. Edson Guedes 1. Introdução ao Direito 1.1 Origem do Direito: Conflitos humanos; Evitar a luta de todos contra todos; 1. Introdução ao Direito 1.2 Conceito de

Leia mais

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA HERMENÊUTICA Hermenêutica faz parte das teorias do conhecimento humano. Interpretar é uma das funções produtoras do conhecimento: pensar é interpretar. O conceito da hermenêutica

Leia mais

AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO

AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO Hermenêutica Jurídica e Interpretação do Direito. Origem grega: hermeneuein. Filosofia da interpretação. Muito associado ao deus grego Hermes (mensageiro,

Leia mais

ACESSO AO DIREITO / ACESSO À JUSTIÇA AS DUAS FACES DE JANUS

ACESSO AO DIREITO / ACESSO À JUSTIÇA AS DUAS FACES DE JANUS ACESSO AO DIREITO / ACESSO À JUSTIÇA AS DUAS FACES DE JANUS I - Introdução Debater a Reforma da Justiça é, reflectir também sobre o seu governo e, necessariamente, sobre o Estado. Hoje, a luta pela justiça

Leia mais