Capítulo 7. Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita. Pontos-chave. Introdução

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 7. Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita. Pontos-chave. Introdução"

Transcrição

1 Capítulo 7 Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita Carlos Alberto Cordeiro Hossri Flávia Bernardes Morais Pontos-chave n A avaliação funcional nas crianças e adultos portadores de cardiopatia congênita é de grande importância, auxiliando no diagnóstico, no prognóstico, na determinação do tempo adequado para intervenção e reintervenção, e na orientação e liberação para prática de atividade física. n Muitas são as variáveis analisadas pelo teste ergométrico e pelo teste cardiopulmonar, desde a presença de sintomas, análise do comportamento hemodinâmico, presença de distúrbios do ritmo, consumo máximo de oxigênio (VO 2 máx), eficiência ventilatória por VE/VCO 2 Slope, OUE (Oxygen Uptake Efficiency) e suas variáveis OUES e OUEP, análise da curva de pulso de oxigênio, entre outras; tendo boa correlação com morbidade e mortalidade. n A prescrição e o incentivo à prática de atividade física nesse grupo é de grande importância, uma vez que a chance de doença cardíaca adquirida está relacionada à obesidade e ao sedentarismo. n Os pacientes que apresentam reparo completo da cardiopatia congênita e não mostram sequelas não têm restrições à prática de atividade física. n Aos pacientes que apresentam alterações residuais, sintomas, uso de anticoagulantes ou dispositivos, como marcapasso ou cardiodesfibrilador implantado, há benefício da realização de exercícios em intensidade leve a moderada, mesmo em pacientes com cardiopatias complexas. Introdução A utilização do teste ergométrico convencional (TE) e do teste cardiopulmonar (TCP) é uma ferramenta de grande valor na avaliação funcional das cardiopatias con- gênitas em crianças e adultos. Esses métodos auxiliam no diagnóstico, no prognóstico, na avaliação evolutiva do quadro por meio de testes seriados auxiliando na determinação do tempo ideal de intervenção e reintervenção, assim como na prescrição individualizada de atividade física para essa população. Esta tem como objetivo, além da melhora da qualidade de vida, a prevenção de doenças cardíacas adquiridas, como a doença arterial coronariana, que tem com um de seus principais fatores de risco o sedentarismo. O sedentarismo é uma epidemia mundial que compromete 60 a 70% da população, e está associado a 2 milhões de mortes ao ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitas são as variáveis analisadas por esses métodos, desde a presença de sintomas, análise do comportamento hemodinâmico, presença de distúrbios do ritmo e mesmo outras variáveis contempladas pelo TCP, como avaliação objetiva da capacidade de exercício por meio do consumo máximo de oxigênio (VO 2 máx), eficiência ventilatória através VE/VCO 2 Slope, OUE (Oxygen Uptake Efficiency) e suas variáveis OUES e OUEP, análise da curva de pulso de oxigênio, entre outros, tendo boa correlação com morbidade e mortalidade. Os testes de esforço e cardiopulmonar podem ser realizados em esteira, em cicloergômetro (bicicleta) ou em ergômetro de braço, este último o menos difundido e utilizado em casos específicos. O tipo de ergômetro escolhido deve levar em consideração a melhor adaptação do paciente, que deve ser avaliado e recomendado pelo seu médico assistente. Por utilizar um maior número de grupamentos musculares, a esteira é o método preferido em relação ao cicloergômetro, uma vez que este último requer a musculatura de membros inferiores (principalmente a do quadríceps) de forma mais intensa, levando a fadiga muscular precoce e raramente sendo recomendado para crianças de menor idade, salvo em casos específicos. 1 O tempo total de exercício deve ser em torno de 8 a 12 minutos, nos protocolos contínuos e incrementais. Os protocolos podem ser escalonados ou em rampa. Os proto- S19C07.indd 1

2 2 Tratado de Cardiologia SOCESP n Seção 19 Doenças congênitas d coração no adulto e na criança colos escalonados, nos quais há aumento da carga de esforço em intervalos preestabelecidos, foram desenhados previamente para avaliação de doença coronariana aterosclerótica, não sendo a melhor opção para avaliação funcional em portadores de cardiopatia congênita. 2 Nos protocolos em rampa, a elevação da carga ocorre de forma contínua pelo aumento da velocidade e da inclinação da esteira, sendo melhor para avaliação da capacidade funcional, dos limiares metabólicos e da resposta ventilatória, ou seja, o tipo de protocolo elegível para realização de TCP e TE neste grupo. Indicações e contraindicações Nos portadores de cardiopatia congênita, além da avaliação da capacidade funcional, o TE e o TCP estão indicados para a avaliação de sintomas ou sinais específicos que podem ser desencadeados ou agravados pelo esforço, identificação de respostas hemodinâmicas adaptativas inadequadas ao esforço, avaliação do comportamento de arritmias, avaliação da terapêutica clínica e/ou cirúrgica, avaliação prognóstica, prescrição de atividade física e liberação para determinadas modalidades esportivas 3 (Tabela 1). Os testes funcionais podem ser realizados na maioria dos indivíduos portadores de cardiopatia congênita. No entanto, deve-se respeitar as situações que contraindiquem a realização desse tipo de exame 3 (Tabela 2). Nos casos de estenose valvar moderada e grave em indivíduos assintomáticos ou com sintomas atípicos, doença vascular pulmonar grave e insuficiência valvar grave, o exame deve ser realizado em ambiente hospitalar, visando a segurança do paciente, além do uso de protocolos atenuados. Nesses casos a indicação é individualizada, principalmente quando há discordância clínico-laboratorial, pois o objetivo do exame será auxiliar na decisão do momento apropriado de intervenção. São patologias que se beneficiam da realização de imagem associada, como o ecocardiograma sob estresse físico, pois este possibilita a análise e a repercussão do esforço sobre o gradiente valvar, contratilidade miocárdica e função ventricular. 3 Os critérios para interrupção da prova nesse grupo populacional são os preconizados na III Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Teste Ergométrico; nos quais deve ressaltar-se a presença de sintomas desencadeados pelo esforço, como lipotímia, síncope ou sintomas de baixo débito, arritmias ventriculares complexas, queda patológica da pressão arterial e bloqueio intracardíaco desencadeado pelo esforço. Teste de esforço Tabela 1. Indicações para realização de TE e TCP em portadores decardiopatia congênita Avaliação de capacidade funcional Sinais e sintomas específicos desencadeados ou agravados pelo esforço Resposta hemodinâmica adaptativa inadequada ao esforço Avaliação do comportamento das arritmias Avaliação da resposta à terapêutica utilizada Avaliação prognóstica Prescrição de atividade física e liberação para certas modalidades esportivas Tabela 2. Contraindicações para realização de TE e TCP em portadores de cardiopatia congênita Doenças cardíacas inflamatórias agudas (p. ex., pericardite, miocardite, doença reumática aguda, Doença de Kawasaki na fase aguda, entre outras) Insuficiência cardíaca descompensada Tromboembolismo pulmonar agudo Enfermidade aguda, febril ou grave (p. ex., desordens hemorrágicas, doença renal aguda, hepatite aguda, doença pulmonar aguda) Intoxicação medicamentosa Distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos não corrigidos O teste de esforço permite, além da identificação de alterações clínicas e eletrocardiográficas, contemplando a análise e a detecção de arritmias durante o esforço, a avaliação de outros parâmetros, como o comportamento he- Arritmia ventricular complexa, especialmente quando associada a modinâmico doença cardíaca e estrutural a carga de esforço realizada, possibilitando avaliação funcional desses pacientes. Comportamento clínico Sintomas como tontura, síncope, cansaço ao esforço e dor torácica podem estar presentes nessa população, principalmente antes de procedimentos de intervenção e em patologias de maior repercussão hemodinâmica. A avaliação de sintomas prévios na tentativa de reproduzi-los na prova de esforço é de grande valia, uma vez que se pode observar ou não a correlação destes com outras variáveis analisadas no teste, como comportamento hemodinâmico inadequado (cronotropismo e inotropismo), concomitância com alteração do segmento ST (p. ex., portadores de origem anômala coronariana, shunt coronariano ou mesmo em pós-operatórios de cirurgias em que há manipulação de artérias coronarianas) e presença de arritmias desencadeadas pelo esforço ou alteração do padrão eletrocardiográfico durante esse esforço (p. ex., taquicardia catecolaminérgica, Síndrome de Wolf Parkinson White, Síndrome de Brugada, entre outros), podendo ter alteração morfológica associada ou não, e ainda outras variáveis quando acrescida a análise dos gases expirados pelo TCP, como o VO 2 máximo atingido, a eficiência ventilató- S19C07.indd 2

3 7 Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita 3 ria (VE/VCO 2 Slope) e o pulso de oxigênio. Assim, é possível corroborar com sinais de disfunção ventricular, bem como a OUE (eficiência da relação entre o consumo de oxigênio) e a ventilação (Oxygen uptake efficiency), por meio do seu slope (OUES) e da análise do seu plateau (OUEP), o que permite avaliar os graus de hipertensão pulmonar, além da análise objetiva da capacidade funcional. A oximetria de pulso deverá ser utilizada durante essas provas no intuito de averiguar presença de distúrbio de troca gasosa, pela queda na saturação de oxi-hemoglobina durante o esforço nesse grupo populacional. Comportamento hemodinâmico O comportamento das reservas inotrópicas e cronotrópicas são dados importantes e objetivos que refletem o desempenho ventricular ao esforço e o aumento da resposta de sensibilidade do nó sinusal ao estímulo adrenérgico durante o esforço, respectivamente; e apresentam suas implicações em relação a morbidade e mortalidade. Na avaliação da pressão arterial, o padrão ascendente da curva da pressão arterial sistólica (PAS) de acordo com o incremento das cargas é o esperado. No entanto, na população pediátrica, por conta do menor volume ventricular, sua curva pode guardar algumas particularidades. 4 Nesses casos, o comportamento inotrópico deve ser analisado individualmente, em conjunto com outros dados clínicos e outras variáveis do exame. O comportamento cronotrópico apresenta-se com o aumento linear da frequência cardíaca (FC) durante a realização da prova, e é um dos critérios de documentação de esforço máximo no TE, corroborando com outros dados para a mesma finalidade no TCP. A avaliação dessa reserva tem implicações prognósticas e diagnósticas, como em doença do nó sinusal associada a outras cardiopatias congênitas. A equação mais utilizada para sua avaliação é a Fórmula de Karvonen (FC máx = 220 idade), que tem uma boa aplicação para adultos. Na população pediátrica, os estudos mostram que as crianças não portadoras de cardiopatia atingem em torno de 95% da FC máxima estimada por essa fórmula, e em um grupo de portadores de cardiopatias congênitas em status de pós-operatório a FC máxima atingida está em torno de 69% do estimado, demonstrando comportamento deprimido neste grupo 4 (Figura 1). Figura 1. Representação gráfica da resposta cronotrópica em relação à frequência cardíaca predita (o déficit cronotrópico foi considerado significativo quando >20%). Observa-se que mais de 30%, em média, dos portadores de cardiopatias congênitas apresentaram resposta cronotrópica deprimida. grupo de pacientes. 2,4 Na Figura 2, exemplo de criança no pós-operatório tardio de cardiopatia congênita acianogênica (ventriculosseptoplastia), sendo submetida ao teste cardiopulmonar. Capacidade aeróbica (VO 2 máximo) A capacidade aeróbica é o volume máximo de oxigênio consumido pelo organismo durante uma prova de esforço. Ela pode ser aferida diretamente por meio do TCP, e estimada pelo TE. A clássica equação de Fick é formada Teste cardiopulmonar ou ergoespirométrico No teste cardiopulmonar, além da avaliação dos dados contemplados pelo teste de esforço, há a análise dos gases expirados. Permite avaliação direta do consumo de oxigênio, sendo uma forma mais acurada para avaliar a capacidade funcional do que a análise do tempo de exame realizado; além da análise de outras variáveis como VE/ CO 2 Slope, pulso de oxigênio, OUE, entre outras, e que agregam valor substancial na avaliação funcional desse Figura 2. Criança no pós-operatório tardio de cardiopatia acianogênica (ventriculosseptoplastia), em avaliação ergoespiromérica para liberação para prática de atividades recreativas. S19C07.indd 3

4 4 Tratado de Cardiologia SOCESP n Seção 19 Doenças congênitas d coração no adulto e na criança por componentes fisiológicos que influenciam na determinação do VO 2. 5 VO 2 = FC 3 Volume sistólico 3 Diferença arteriovenosa de O 2 Dessa forma, o consumo de oxigênio pode ser afetado por fatores centrais (débito cardíaco) e periféricos (diferença arteriovenosa de oxigênio). O débito cardíaco sofre influência da idade, estrutura e função cardíaca. Assim, é um bom marcador prognóstico e de evolução da doença em avaliações seriadas. A diferença arteriovenosa apresenta influência de fatores periféricos como densidade de mitocôndrias, atividade enzimática aeróbica, concentração de hemoglobina e densidade capilar da musculatura periférica. A capacidade aeróbica também pode ser aferida pela quantidade de MET (unidades metabólicas) consumidas durante a realização de um esforço máximo. Sendo assim, 1 (um) MET equivale ao consumo de oxigênio de 3,5 ml (kg.min) -1. Hossri demonstrou em estudo prévio menor capacidade aeróbica nos pacientes do grupo de cardiopatas quando comparados ao grupo controle 4 (Figura 3). Figura 3. Resposta em equivalentes metabólicos (MET) da capacidade funcional de crianças e adolescentes normais e no pós-operatório tardio de cardiopatias congênitas. Em outro estudo, Diller et al. avaliaram 335 pacientes com idade de 33±13 anos por meio de TCP, utilizando grupo controle de insuficiência cardíaca não congênita e pacientes saudáveis. Os portadores de cardiopatia congênita apresentaram VO 2 pico significativamente inferior ao grupo controle de saudáveis e, mesmo nos cardiopatas assintomáticos, o VO 2 pico foi 42% menor. Neste estudo, também foi observado relação inversamente proporcional do VO 2 pico com o número de internações e mortalidade. 6 Estudo realizado por Kempny et al. demonstrou a limitação de diversas cardiopatias congênitas em idade adulta e as correlacionou com a capacidade de exercício, tanto para o lazer, quanto para prescrição do treinamento físico e na orientação das atividades profissionais. 7 Eficiência ventilatória (VE/VCO 2 Slope) O VE/VCO 2 Slope representa a inclinação (slope) da regressão linear da relação entre a ventilação e o gás carbônico produzido. Valores elevados dessa variável (maior que 35) estão associados a casos de insuficiência cardíaca com pior prognóstico, apresentando poder discriminatório melhor que o VO 2 máximo atingido ou VO 2 pico. 8 Nos casos de hipertensão pulmonar, observam-se valores altos dessa variável. No estudo de Buys et al., 331 adultos portadores de coarctação da aorta, tetralogia de Fallot, ventrículo único ou transposição das grandes artérias foram submetidos a TCP até a exaustão. O VO 2 pico foi significativamente menor nos portadores de cardiopatia de maior complexidade. O VE/VCO 2 Slope mais alto foi associado aos casos de hipertensão pulmonar, disfunção ventricular direta e baixa capacidade ao exercício, mas pouco correlacionado com o VO 2 pico. Os autores deste estudo concluem que esta variável tem grande valor prognóstico, porém não é apropriada para avaliação da capacidade ao exercício. 9 Sua importância como fator preditivo de mortalidade foi demonstrada por Dimopoulos et al. em um estudos de 560 adultos congênitos com diagnósticos diversos, submetidos a TCP. O VE/VCO 2 Slope desses pacientes foi mais alto que nos grupos controle, e 73% mais alto nos congênitos cianóticos, de forma mais expressiva nos portadores de Síndrome de Eisenmenger (71,2±24,6). A presença de cianose foi o maior preditor de aumento do VE/VCO 2 Slope, mesmo nos pacientes sem hipertensão pulmonar. O VE/VCO 2 Slope foi considerado um preditor univariado de mortalidade no grupo não cianótico e o único preditor independente de mortalidade dentre outros parâmetros do exercício em análise multivariada. No grupo de pacientes cianóticos, nenhuma variável foi discriminatória para avaliação de mortalidade. 10 Pulso de oxigênio (VO 2 /FC) O pulso de oxigênio reflete o consumo de oxigênio a cada batimento cardíaco e representa, em última análise, o volume sistólico do ventrículo esquerdo, que deve apresentar aumento linear durante o exercício. Dessa forma, sua curva em platô ou queda infere sinal de provável disfunção ventricular durante o esforço, e deve ser analisada de forma individualizada associada a outros dados do exame e ao quadro clínico nesse grupo de pacientes. 11 OUES (Oxygen Uptake Efficiency Slope) e OUEP (Oxygen Uptake Efficiency Plateau) A eficiência de utilização de oxigênio (OUE) pode ser avaliada por essa variável por meio de outras duas derivadas desta, o OUES (Oxygen Uptake Efficiency Slope) e o OUEP (Oxygen Uptake Efficiency Plateau). S19C07.indd 4

5 7 Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita 5 O OUES representa a inclinação (slope) da regressão linear da relação entre o consumo de oxigênio (VO 2 ) e a ventilação (VE), sendo a VE transformada em uma escala linear logarítmica. 12 Observa-se declínio dessa variável nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar. 13 Estudos recentes têm avaliado outra variável, o OUEP (Oxygen Uptake Efficiency Plateau), que refere-se a OUE plotado contra o tempo de exercício realizado. Essa variável pode ser analisada em testes submáximos e também em pacientes com padrão ventilatório errático, sem prejuízo do seu valor. Tan et al. avaliaram 32 pacientes com hipertensão pulmonar e observaram redução tanto da OUES quanto do OUEP nesses pacientes quando comparados com grupo controle. No entanto, a variável OUEP foi melhor tanto em relação à reprodutibilidade quanto ao fator preditor de eventos futuros, além de apresentar menor coeficiente de variação (20,9% vs. 34,3%, p<0,0001) quando comparado a OUES. 14 Outro estudo, de Sun et al., além de confirmar os achados quanto ao OUEP, demonstra que essa variável tem potencial para distinguir a graus variados de disfunção, apresentando boa correlação com a Classificação da New York Heart Association (NYHA) e também em relação ao prognóstico, morbidade e mortalidade, tanto em pacientes com disfunção ventricular esquerda quanto direita. Dessa forma, esses dados apresentam implicações positivas na avaliação dos casos que cursam com insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar. 15,16 Na Figura 4, exemplo de adulto portador de cardiopatia congênita cianogênica que evolui para síndrome de Eisenmenger. Figura 4. Adulto jovem com Síndrome de Eisenmenger durante avaliação ergoespirométrica para mensuração da capacidade funcional e correlação com possível atividade física. Orientação para atividade física Nos tempos atuais, o sedentarismo é uma epidemia, responsável pelas crescentes morbidade e mortalidade de- correntes de doenças cardiovasculares. As doenças cardíacas adquiridas, como a arterial coronariana, têm apresentado aumento da sua incidência na população de cardiopatas congênitos, e isso se deve a dois fatores primordiais: maior expectativa de vida pelas melhorias das técnicas cirúrgicas e sedentarismo secundário ao estigma da cardiopatia congênita (levando a maior restrição à atividade física), em decorrência principalmente da insegurança dos familiares e pacientes, que acreditam na antiga e pragmática ideologia de que a atividade física seria deletéria a esse grupo. 17,18 A atividade física diária tem mostrado seus benefícios em relação ao combate à obesidade e doenças cardiovasculares, que apresentam maior prevalência em portadores de cardiopatias congênitas quando comparado à população geral. 19,20 Vários estudos demonstram que a prática de atividade física regular leva à melhora da capacidade aeróbica e da função cardiovascular, mesmo em portadores de cardiopatias congênitas complexas, sem apresentar efeitos adversos significativos. 21,22,23,24,25 Dessa forma, o desafio dos profissionais que acompanham esses pacientes está na prescrição e liberação individual adequada, para que os riscos de restrição inadequada sejam minimizados. 26 Os pacientes devem ser encorajados à prática regular de atividade física, sendo recomendado 30 minutos diários para os adultos e 60 para as crianças, conforme as orientações do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC) e American Heart Association (AHA). 27 As modalidades esportivas são compostas por componentes dinâmicos e estáticos em graus variados, e devem ser consideradas para orientação e liberação desse grupo de pacientes (Tabela 3). 28 As orientações quanto à intensidade e modalidade devem ser individualizadas, e cabe ao médico assistente orientar o paciente e seus familiares, expondo os benefícios e risco da não prática ou prática inadequada nos casos que cabem restrições. Conforme a American Heart Association (AHA) e a European Association for Cardiovascular Prevention and Rehabilitation (EACPR), 27,29 as recomendações são as seguintes: para defeitos corrigidos com sucesso e que não apresentam sequelas residuais (p.ex., sem disfunção ventricular, pressão normal da artéria pulmonar, sem dilatação aórtica, e sem arritmias), os objetivos e orientações para a prática de atividade física diária são os mesmos da população geral; aos pacientes que apresentam disfunção ventricular, obstrução da via de saída do ventrículo direito ou esquerdo, dilatação da aorta, hipertensão pulmonar (hipoxemia), arritmias, síncope, em uso de anticoagulantes, portadores de marcapasso (MP) e/ou cardiodesfibrilador implantado (CDI), os objetivos e restrições devem ser orientados com clareza e serão expostos a seguir. Nos portadores de disfunção ventricular, obstrução da via de saída do ventrículo direito ou esquerdo e dilatação da aorta, a intensidade do exercício deve ser de leve a moderada, ou seja, que permita conversar de forma confortável. As modalidades recomendadas são as que guardam S19C07.indd 5

6 6 Tratado de Cardiologia SOCESP n Seção 19 Doenças congênitas d coração no adulto e na criança participação de componentes estáticos e dinâmicos de baixa a moderada intensidade (Tabela 3). Tanto a modalidade quanto a intensidade recomendada depende da magnitude da condição cardiovascular que recomenda essa restrição. Pacientes com acometimento de maior gravidade devem ser orientados a práticas nos graus leves, pois apresentam benefícios comprovados em relação ao sedentarismo. Esse grupo em especial se beneficia da prática de atividade física supervisionada. Esportes competitivos devem ser evitados. 27 Em pacientes que apresentam hipoxemia, a avaliação por meio de TE ou TCP associado a monitoração da oximetria auxiliará da determinação da intensidade do exercício. 27 Nos pacientes que apresentam arritmias, as atividades físicas diárias devem ser de baixa intensidade, principalmente no que se refere ao componente estático 27 (Tabela 3). Os pacientes com quadros de síncope devem evitar as atividades que ponham em risco eles próprios e a outros (p. ex., mergulho, montanhismo, equitação, automobilismo, ginástica olímpica, entre outros). 27 Aqueles que fazem uso de anticoagulantes devem evitar esportes de contato intencional e de alto impacto (p. ex., boxe, artes marciais, esqui downhill, futebol americano, hóquei, entre outros). 27 Nos portadores de MP e/ou CDI, deve-se evitar atividades com alta probabilidade de impacto direto sobre o dispositivo dentro do tórax (p. ex., boxe, artes marciais, futebol americano, hóquei, entre outras). 27 Durante as consultas, as recomendações quanto à prática de atividade física devem ser abordadas e orientadas conforme a evolução do quadro. Os dados obtidos no TE e/ou no TCP auxiliarão nessa prescrição, principalmente nos casos em que há restrições. Nos pacientes que desejam se engajar em atividades físicas competitivas, a abordagem deve ser cautelosa e seguir as recomendações encontradas na 36ª Conferência de Bethesda, que contempla as diretrizes para participação de portadores de cardiopatias congênitas em esportes competitivos, pois neste cenário os treinamentos são intensos. As atividades devem ser supervisionadas com as orientações devidas para suas restrições e interrupção da atividade no surgimento de sintomas. Tabela 3. Classificação dos Esportes (Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte) Estática baixa baixa Boliche, golfe, tiro ao alvo moderada Esgrima, tênis de mesa, tênias (duplas), voleibol alta Corrida (maratona), marcha atlética, squash (continua) Tabela 3. Classificação dos Esportes (Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte) (continuação) Estática moderada Estática alta Resumo baixa Automobilismo, mergulho, equitação, motociclismo, ginástica, judô/caratê, vela, arco e flecha Alpinismo, levantamento de peso, windsurfe, esqui aquático, arremesso de peso moderada Salto atlético, patinação, lacrosse, corrida (arrancada) Luta livre, fisiculturismo, esqui na neve (montanha), body boarding alta Futebol, basquete, corrida (pista), natação, tênis (individual) Boxe, canoagem, remo, ciclismo, triatlo A avaliação funcional nas crianças e adultos portadores de cardiopatia congênita é de grande importância, auxiliando no diagnóstico, no prognóstico, na determinação do tempo adequado para intervenção e reintervenção, e na orientação e liberação para prática de atividade física. Esta última tem como objetivo a melhora da capacidade funcional e o combate ao sedentarismo, fator de risco de grande importância no desenvolvimento de doenças cardíacas adquiridas, como a doença arterial coronariana. O teste de esforço e o cardiopulmonar trazem informações de grande relevância na avaliação funcional desse grupo. Iniciando pela análise do comportamento clínico, avaliando a presença de sintomas desencadeados ou agravados pelo esforço, que podem estar ou não associados a alterações hemodinâmicas ou arrítmicas. A avaliação do comportamento hemodinâmico contempla a análise da pressão arterial ao longo do exercício (inotropismo) e da frequência cardíaca (cronotropismo). Nas crianças portadoras de cardiopatia congênita, observa-se comportamento cronotrópico deprimido, no qual a frequência cardíaca atingida fica ao redor de 69% da máxima estimada quando se utiliza a fórmula de Karvonen para seu cálculo. O comportamento de arritmias durante e após o esforço, além de sua associação com outros dados do exame também são importantes. A avaliação do consumo máximo de oxigênio (VO 2 máx) tem importante valor prognóstico e é de grande utilidade no acompanhamento seriado S19C07.indd 6

7 7 Avaliação Funcional da Criança e do Adulto com Cardiopatia Congênita 7 desses pacientes, sendo um dado mais fidedigno do que a avaliação do tempo de exame. O VE/VCO 2 Slope, que reflete a eficiência ventilatória, agrega valor prognóstico aos pacientes com insuficiência cardíaca superior ao VO 2 máximo, e da mesma forma aos portadores de hipertensão pulmonar, tem correlação com internações futuras e mortalidade. Outra variável é a OUE (Oxygen Uptake Efficiency), avaliada por meio da OUES (Oxygen Uptake Efficiency) e da OUEP (Oxygen Uptake Efficiency Plateau). Ambas apresentam implicação prognóstica nos pacientes com insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar, sendo a última avaliada em testes submáximos, em pacientes com padrão ventilatório errático, e guarda certa correlação com a classificação da New York Heart Association para insuficiência cardíaca. A prescrição e o incentivo à prática de atividade física nesse grupo são de grande importância, uma vez que a chance de doença cardíaca adquirida relacionada à obesidade está presente de forma relevante. Os pacientes com reparo completo da cardiopatia congênita e sem sequelas não têm restrições à prática de atividade física. Áqueles que apresentam disfunção ventricular, obstrução da via de saída do ventrículo direito ou esquerdo, dilatação da aorta, hipertensão pulmonar (hipoxemia), arritmias, síncope, em uso de anticoagulantes, portadores de marcapasso (MP) e/ou cardiodesfibrilador implantado (CDI), os objetivos e restrições devem ser orientados com clareza e de forma individualizada, pois há benefício da realização de exercícios em intensidade de leve a moderada, mesmo em pacientes com cardiopatias complexas. Referências bibliográficas 1. Krahenbul GS, Skinner JS, Kohrt WM. Developmental aspects of maximal aerobic power in children. Exerc Sport Sci Rev. 1985; 13: Braumgartner H, Bonhoeffer P, De Grott NMS, et al. ESC Guidelines for the management of grow-up congenital heart disease. European Heart Journal. 2010; 31: Meneghelo RS, Costa RVC, et al. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arq Bras Cardiol. 2010; 93(3supl.3): Hossri CAC. Rev DERC/SBC. 2008;42: Welsman JR, Armstrong N. The measurement and interpretation of aerobic fitness in children: current issues. J R Soc Med. 1996;89:281P. 6. Diller GP, Dimopoulos K, Okonko D, et al. Exercise intolerance in adult congenital heart disease: comparative severity, correlates and prognostic implication. Circulation. 2005;112(6): Kempny A, et al. Reference values for exercise limitations among adult with congenital heart disease. Relation to activities of daily life-single centre experience and review of publish data. European Heart Journal. 2012; 32: Arena R, Myers J, Aslam SS, Varughese EB, Peberdy MA. Peak VO2 and VE/VCO2 slope in patients with heart failure: a prognostic comparison. Am Heart J. 2004; 147(2): Buys R. Measures of exercise capacity in adults with congenital heart disease. International Journal of Cardiology.2011;153: Dimopoulos K. Abnormal ventilatory response to exercise in adults with congenital heart disease relates to cyanosis and predicts survival. Circulation.2006;113: Belardinelli R, Lacalaprice F, Carle F, et al. Exercise-induced myocardial ischaemia detected by cardiopulmonary exercise testing. Eur Heart J. 2003; 24(14): Baba R, Nagashima M, Goto M, et al. Oxygen uptake efficiency slope: a new index of cardiorespiratory functional reserve derived from the relation between oxygen uptake and minute ventilation during incremental exercise. J Am Coll Cardiol. 1996;28: Hollenberg M, Tager IB. Oxygen uptake efficiency slope: an index of exercise performance and cardiopulmonary reserve requiring only submaximal exercise. J Am Coll Cardiol. 2000;36: Tan X, Yang W, Guo J, et al. Usefulness of decrease in oxygen uptake effciency to identify gas exchange abnormality in patients with idiopathic pulmonary arterial hypertension. PLoS ONE. 2014;9(6):e doi: /journal.pone Sun XG, Hansen JE, Sringer WW. Oxygen uptake efficiency plateau: physiology and reference values. Eur J Appl Physiol. 2012;112: Sun XG, Hansen JE, Sringer WW. Oxygen uptake efficiency plateau best predicts early death in heart failure. Chest. 2012;141: Gatzoulis MA, Webb GD. Adults with congenital heart disease: a growing population. In: Gatzoulis MA, Webb GD, Daubeney PE, editors. Diagnosis and management of adult congenital heart disease. Edinburgh: Churchill Livingston; p Warnes CA, Liberthson R, Danielson Jr GK, et al. Taskforce I: the changing profile of congenital heart disease in adult life. J Am Coll Cardiol. 2001; 37: Pinto NM, Marino BS, Wernovsky G, et al. Obesity is a common comorbity in children with congenital and acquired heart disease. Pediatrics. 2007;120:e Pemberton VL, McCrindle BW, Barkin S, et al. Report of the National Heart, Lung and Blood Institute s Working Group on obesity and other cardiovascular risk factors in congenital heart disease. Circulation. 2010;121: Minamisawa S, Nakazawa M, Momma K, et al. Effect of aerobic training on exercise performance in patients after the Fontan operation. Am J Cardiol. 2001;88: Bradley LM, Galioto FMJr, Vaccaro P, et al. Effect of intense aerobic training on exercise performance in children after surgical repair of tetralogy of Fallot or complete transposition of the great arteries. Am J Cardiol. 1985;56: Opocher F, Varnier M, Sanders SP, et al. Effects of intense aerobic exercise training in children after the Fontan operation. Am J Cardiol. 2005;95: Rhodes J, Curran TJ, Camil L, et al. Impact of cardiac rehabilitation on the exercise function of children with serious congenital heart disease. Pediatrics. 2005;116: Rhodes J, Curran TJ, Camil L, et al. Sustained effects of cardiac rehabilitation in children with serious congenital heart disease. Pediatrics. 2006;118:e Dua JS, Cooper AR, Fox KR, et al. Physical activity levels in adults with congenital heart disease. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2007;14: Longmuir PE, Brothers JA, de Ferranti SD, et al. Promotion of physical activity for children and adults with congenital heart disease: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2013;127: Ghorayeb N, Costa RVC, Castro I, et al. Diretriz em Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.2): Budts W, Börjesson M, Chessa M, et al. Physical activity in adolescents and adults with congenital heart defects: individualized exercise prescription. Eur Heart J. 2013;34: Graham TPJr, Driscoll DJ, Gersony WM, et al. 36th Bethesda Conference: Task Force 2: congenital heart disease. J Am Coll Cardiol. 2005;45: S19C07.indd 7

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA QUINTA FEIRA 01/12/2016

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA QUINTA FEIRA 01/12/2016 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA QUINTA FEIRA 01/12/2016 SALA 1 08h30 10h00: 08h30 09h00 09h00 09h30 09h30 10h00 CURSO - Avaliando e Prescrevendo Exercício na Insuficiência Cardíaca Aspectos diferencias do exercício

Leia mais

Como Avaliar o Teste Ergométrico Para a Prática de Exercício. Profa. Dra. Cláudia L. M. Forjaz Escola de Educação Física e Esporte

Como Avaliar o Teste Ergométrico Para a Prática de Exercício. Profa. Dra. Cláudia L. M. Forjaz Escola de Educação Física e Esporte Como Avaliar o Teste Ergométrico Para a Prática de Exercício Profa. Dra. Cláudia L. M. Forjaz Escola de Educação Física e Esporte cforjaz@usp.br ROTINA DO CLIENTE Avaliação condição de saúde condição física

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS (existe analogia entre esta classificação e a das atividades recreativas) CATEGORIA I TRABALHO MUITO PESADO atividades que gastam 6 a 7 cal/min ou um pouco mais.

Leia mais

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda Avaliação pré participação em exercícios Prof. Dra. Bruna Oneda Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS IDADE GÊNERO HEREDITARIEDADE RAÇA MODIFICÁVEIS COLESTEROL DIABETES HIPERTENSÃO OBESIDADE

Leia mais

QUINTA FEIRA MANHÃ 23º CONGRESSO NACIONAL DO DERC RIO DE JANEIRO, 1 A 3 DE DEZEMBRO DE 2016 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

QUINTA FEIRA MANHÃ 23º CONGRESSO NACIONAL DO DERC RIO DE JANEIRO, 1 A 3 DE DEZEMBRO DE 2016 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 23º CONGRESSO NACIONAL DO DERC RIO DE JANEIRO, 1 A 3 DE DEZEMBRO DE 2016 SALA I CURSO Avaliando e prescrevendo exercício na Insuficiência Cardíaca PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA QUINTA FEIRA MANHÃ Aspectos diferencias

Leia mais

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda

Avaliação pré participação em exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda Avaliação pré participação em exercícios Prof. Dra. Bruna Oneda Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS IDADE GÊNERO HEREDITARIEDADE RAÇA MODIFICÁVEIS COLESTEROL DIABETES HIPERTENSÃO OBESIDADE

Leia mais

Atividade Física e Cardiopatia

Atividade Física e Cardiopatia AF e GR ESPECIAIS Cardiopatia Atividade Física e Cardiopatia Prof. Ivan Wallan Tertuliano E-mail: ivantertuliano@anhanguera.com Cardiopatias Anormalidade da estrutura ou função do coração. Exemplos de

Leia mais

Prognóstico na IC uso otimizado do Teste Cardiopulmonar Luiz Eduardo Ritt Doutor em Cardiologia- UNIFESP

Prognóstico na IC uso otimizado do Teste Cardiopulmonar Luiz Eduardo Ritt Doutor em Cardiologia- UNIFESP Prognóstico na IC uso otimizado do Teste Cardiopulmonar Luiz Eduardo Ritt Doutor em Cardiologia- UNIFESP Especialista em ergometria DERC/SBC/Dante Pazzanese SP Especialista em Cardiologia SBC/Dante Pazzanese-SP

Leia mais

Prova de Esforço. Ana Mota

Prova de Esforço. Ana Mota Prova de Esforço Ana Mota INTRODUÇÃO O exercício físico é umas das situações de stress ao qual o ser humano pode ser exposto. A prova de esforço em crianças e adolescentes difere em alguns aspetos das

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos - A identificação de indivíduos assintomáticos portadores de aterosclerose e sob risco de eventos

Leia mais

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 65 Estatura: 166 FC máx: 155 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Ativo FC submáx: 131 bpm. Peso: 74.

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 65 Estatura: 166 FC máx: 155 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Ativo FC submáx: 131 bpm. Peso: 74. Cardiologia Mariz e Barros Teste Ergométrico Rua Lemos Cunha 389 loja 101 2611 0805/ 2714 6626 Exame: 917 Data: 12/05/2015 Hora: 10:15 Nome: Convênio: Prontuário: Jose Joel Correia Miranda Bradesco Dados

Leia mais

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA Diogo Iulli Merten 1 Laura Jurema dos Santos 2 RESUMO O projeto de reabilitação cardiorrespiratória é realizado com pacientes de ambos gêneros, diversas

Leia mais

Recomendações de Atividade Física para crianças e adolescentes

Recomendações de Atividade Física para crianças e adolescentes Compartilhe conhecimento: Para combater os problemas relacionados ao sedentarismo e ao excesso de peso, quanto tempo de atividade física é recomendado? E quando é necessária a avaliação cardiológica? A

Leia mais

Sem conflitos de interesse

Sem conflitos de interesse O papel da prova de esforço cardiorrespiratória e da ressonância magnética cardíaca na avaliação funcional de adultos com tetralogia de Fallot corrigida Tiago Pereira-da-Silva 1, Ana Agapito 1, Lídia de

Leia mais

14 de setembro de 2012 sexta-feira

14 de setembro de 2012 sexta-feira 14 de setembro de 2012 sexta-feira MESA-REDONDA 08:30-10:30h Síndromes coronarianas agudas Auditório 02 (Térreo) 1º Andar(500) Agudas (12127) Estado da Arte no Tratamento Contemporâneo das Síndromes Coronárias

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS DAS ATIDADES OCUPACIONAIS (existe analogia entre esta classificação e a das atividades recreativas) TRABALHO MUITO PESADO atividades que gastam 6 a 7 cal/min ou um pouco mais. Ex.: levantar objetos com

Leia mais

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício SCA Estratificação de Risco Teste de exercício Bernard R Chaitman MD Professor de Medicina Diretor de Pesquisa Cardiovascular St Louis University School of Medicine Estratificação Não-Invasiva de Risco

Leia mais

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 41 Estatura: 172 FC máx: 179 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Sedentário FC submáx: 152 bpm.

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 41 Estatura: 172 FC máx: 179 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Sedentário FC submáx: 152 bpm. CARDIOLOGIA MARIZ E BARROS Teste Ergométrico Rua Lemos Cunha n 389 loja 101 (021)2714-6626 Exame: 2002 Data: 17/1/2012 Hora: 16:35 Nome: Convênio: Prontuário: Ailton Colonia da Silva Sul América Dados

Leia mais

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DE CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DE CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DE CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA 1. JUSTIFICATIVA PARA SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO DE CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA A cardiologia

Leia mais

E APÓS UM INFARTO DO CORAÇÃO, O QUE FAZER? Reabilitação Cardiovascular

E APÓS UM INFARTO DO CORAÇÃO, O QUE FAZER? Reabilitação Cardiovascular E APÓS UM INFARTO DO CORAÇÃO, O QUE FAZER? Reabilitação Cardiovascular Reabilitação Cardiovascular Recomendação de Atividade Física Recomendação populacional Todo adulto deve realizar pelo menos 30 minutos

Leia mais

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL XI JORNADA DE MEDICINA DO TRÁFEGO Belo Horizonte, 18-19 julho 2014 AMMETRA- ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE MEDICINA DO TRÁFEGO AMMETRA

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA Dr. José Maria Peixoto Introdução A síndrome da IC poder ocorrer na presença da função ventricular preservada ou não. Cerca de 20% a 50 % dos pacientes

Leia mais

XXIV Congresso Nacional do DERC. Goiânia-GO, de 21 a 23 de setembro de 2017

XXIV Congresso Nacional do DERC. Goiânia-GO, de 21 a 23 de setembro de 2017 XXIV Congresso Nacional do DERC Goiânia-GO, de 21 a 23 de setembro de 2017 21/09/17 (Quinta-Feira): Auditório Lago Azul Estimando o risco cardiovascular pelo Teste Ergométrico: 1) Quando deve ser suspensa

Leia mais

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA Doutor Paulo Ricardo Nazario Viecili INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE CRUZ ALTA www.icca-rs.com.br DECLARO NÃO HAVER CONFLITOS DE INTERESSE E NÃO POSSUO VÍNCULOS

Leia mais

Teste Cardiopulmonar de Exercício na Hipertensão Pulmonar

Teste Cardiopulmonar de Exercício na Hipertensão Pulmonar 390 International Journal of Cardiovascular Sciences. 2016;29(5):390-395 ARTIGO DE REVISÃO Teste Cardiopulmonar de Exercício na Hipertensão Pulmonar Cardiopulmonary Exercise Testing in Pulmonary Hypertension

Leia mais

25/05/2017. Avaliação da aptidão aeróbia. Avaliação da potência aeróbia. Medida direta do consumo máximo de oxigênio Ergoespirometria (Padrão-ouro)

25/05/2017. Avaliação da aptidão aeróbia. Avaliação da potência aeróbia. Medida direta do consumo máximo de oxigênio Ergoespirometria (Padrão-ouro) Escola de Educação Física e Esporte da USP Disciplina EFB 0303 - Medidas e Avaliação da Atividade Motora Avaliação da potência aeróbia Avaliação da aptidão aeróbia Conceito: Capacidade máxima de se exercitar

Leia mais

POTÊNCIA CIRCULATÓRIA - MARCADOR PROGNÓSTICO NÃO-INVASIVO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

POTÊNCIA CIRCULATÓRIA - MARCADOR PROGNÓSTICO NÃO-INVASIVO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 65 POTÊNCIA CIRCULATÓRIA - MARCADOR PROGNÓSTICO NÃO-INVASIVO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Henrique Güths Resumo A busca incessante pelo melhor marcador de prognóstico para pacientes com insuficiência

Leia mais

Aula 2 : Avaliação pré participação em exercícios

Aula 2 : Avaliação pré participação em exercícios Exercícios Físicos para Grupos Especiais Aula 2 : Avaliação pré participação em exercícios Prof. Dra. Bruna Oneda Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS IDADE GÊNERO HEREDITARIEDADE RAÇA MODIFICÁVEIS

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,

Leia mais

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Sérgio Madeira, João Brito, Maria Salomé Carvalho, Mariana Castro, António Tralhão, Francisco Costa,

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA

PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA PROGRAMAÇÃO DE ESTÁGIO CARDIOLOGIA 2019 Estágio em Cardiologia Reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Essa programação objetiva promover os conhecimentos necessários ao primeiro ano de Estágio

Leia mais

22 de Junho de :00-10:30 AUDITÓRIO 6 AUDITÓRIO 7

22 de Junho de :00-10:30 AUDITÓRIO 6 AUDITÓRIO 7 22 de Junho de 2019 SE9 - CUIDADOS PALIATIVOS 09:00-10:30 AUDITÓRIO 6 CUIDADOS PALIATIVOS EM CARDIOLOGIA Cuidados Paliativos no século XXI: evidências e desafios Cardiopata crônico: a parceria com paliativistas

Leia mais

Redução da PA (8 a 10 mmhg da PA sistólica e diastólica) Aumento do tonus venoso periférico volume plasmático

Redução da PA (8 a 10 mmhg da PA sistólica e diastólica) Aumento do tonus venoso periférico volume plasmático Notícias do LV Congresso SBC On Line Como prescrever exercício na insuficiência cardíaca Até os anos 60-70, recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes que se recuperavam de IAM, baseando-se no

Leia mais

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Fóruns 28 de setembro de 2013 15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Insuficiência Cardíaca Como abordar na: IC Fração de ejeção reduzida / normal IC descompensada IC Crônica IC Chagásica

Leia mais

TVNS ao esforço e coração normal. Significado clínico? Libero atividade física? Maurício Lavigne Mota

TVNS ao esforço e coração normal. Significado clínico? Libero atividade física? Maurício Lavigne Mota Maurício Lavigne Mota Conflitos de interesse Declaro não possuir conflitos de interesse sobre esse tema O aparecimento de arritmias ventriculares, requer avaliação antes da liberação para a prática de

Leia mais

16º Fórum de Fisioterapia em Cardiologia Auditório 12

16º Fórum de Fisioterapia em Cardiologia Auditório 12 Fóruns 26 de setembro de 2014 16º Fórum de Fisioterapia em Cardiologia Auditório 12 11h00 12h00 - Mesa Redonda: Fisioterapia nas Cardiopatias Congênitas 11h00 11h20 - Cardiopatias Congênitas 11h20 11h40

Leia mais

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Curso de Reciclagem em Cardiologia SBC- Florianópolis 2006 ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Miguel De Patta ESTENOSE AÓRTICA- ETIOLOGIA Em todo o mundo : DR USA/ Europa Válvula aórtica tricúspide calcificada: senil

Leia mais

TREINAMENTO FÍSICO E INDUÇÃO DE ISQUEMIA

TREINAMENTO FÍSICO E INDUÇÃO DE ISQUEMIA DERC Rev DERC 2018;24(3):88-92 DERC EM PERSPECTIVA A Rev DERC destacou um espaço para a discussão de temas considerados polêmicos e/ou interessantes nas suas áreas de atuação: exercício, ergometria, ergoespirometria,

Leia mais

ESTRUTURA FREQUÊNCIA CARDÍACA 09/06/2013. O número de batimentos cardíacos por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm).

ESTRUTURA FREQUÊNCIA CARDÍACA 09/06/2013. O número de batimentos cardíacos por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm). Revisar alguns conceitos da fisiologia cardiovascular; Revisar alguns conceitos da fisiologia do exercício do sistema cardiovascular; Estudar as adaptações do treinamento aeróbico e de força no sistema

Leia mais

Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial. Helcio Garcia Nascimento

Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial. Helcio Garcia Nascimento Monitorização Eletrocardiográfica Ambulatorial Helcio Garcia Nascimento Norman Jefferis Holter 1914-1983 Helena Montana EUA Norman Jefferis Holter (desenvolvimento) 1947 até 1965 JAMA Detection of phantom

Leia mais

Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia

Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia Programação Preliminar do 71º Congresso Brasileiro de Cardiologia Sexta-Feira, 23 de Setembro de 2016 Auditório 01 (Capacidade 250) (21338) Atualização Ergometria, Reabilitação Cardíaca e Cardiologia Desportiva

Leia mais

05/04/2017. Avaliação inicial (screening do estado de saúde) EFB Medidas e Avaliação da Atividade Motora. Objetivos da aula: Por onde começar?

05/04/2017. Avaliação inicial (screening do estado de saúde) EFB Medidas e Avaliação da Atividade Motora. Objetivos da aula: Por onde começar? 1ª. parte EFB0303 - Medidas e Avaliação da Atividade Motora Avaliação inicial (screening do estado de saúde) Maria Urbana Rondon urbana@usp.br 1º. Semestre/ 2017 Objetivos da aula: Por onde começar? Avaliação

Leia mais

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRELIMINAR

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRELIMINAR Rev DERC 2018;24(3):97-104 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRELIMINAR 25 OUTUBRO QUINTA-FEIRA SÃO MIGUEL 14h00-15h30 SIMPÓSIO Situações especiais dos testes de exercício (ergométrico e cardiopulmonar). 14h00-14h15

Leia mais

ATIVIDADE FÍSICA E CORAÇÃO AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO. Rev SOCERJ Vol XIII N O 4 Out / Nov / Dez

ATIVIDADE FÍSICA E CORAÇÃO AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO. Rev SOCERJ Vol XIII N O 4 Out / Nov / Dez III ATIVIDADE FÍSICA E CORAÇÃO AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO Rev SOCERJ Vol XIII N O 4 Out / Nov / Dez 2000 37 ARTIGO DE REVISÃO III.1 Avaliação pré-participação MAURÍCIO RACHID A avaliação pré-participação tem

Leia mais

TAQUICARDIAS DE QRS LARGO

TAQUICARDIAS DE QRS LARGO Página: 1 de 9 1. Diagnóstico - Arritmias com frequência 100 bpm e QRS com duração >120 ms. - O correto diagnóstico pode ser estabelecido com o eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações em 90% dos casos,

Leia mais

A bradicardia como sinal de elevada performance do atleta. Virginia Fonseca Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

A bradicardia como sinal de elevada performance do atleta. Virginia Fonseca Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa A bradicardia como sinal de elevada performance do atleta Virginia Fonseca Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Atleta Aquele que participa numa equipa desportiva organizada ou de forma individual,

Leia mais

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Insuficiência Cardíaca e DPOC Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Potencial conflito de interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 CREMESP : 38357 Nos últimos doze meses

Leia mais

APLICABILIDADE DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO RESPIRATÓRIO: revisão integrativa

APLICABILIDADE DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO RESPIRATÓRIO: revisão integrativa Autores: Cintia Aline Martins; Laís Leite Ferreira, Jéssica Caroline Arruda Silva, Susilaine Alves, Amanda Araújo Dias, Viviane Ferreira. APLICABILIDADE DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS NA AVALIAÇÃO

Leia mais

LINHA DE CUIDADO EM CARDIOLOGIA PNEUMOLOGIA E DOENÇAS METABÓLICAS

LINHA DE CUIDADO EM CARDIOLOGIA PNEUMOLOGIA E DOENÇAS METABÓLICAS LINHA DE CUIDADO EM CARDIOLOGIA PNEUMOLOGIA E DOENÇAS METABÓLICAS Nome da atividade: Estágio Supervisionado em Fisioterapia Cardiovascular Tipo de atividade: Disciplina de Graduação Responsáveis: Profª

Leia mais

XIX CONGRESSO NACIONAL DO DERC PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

XIX CONGRESSO NACIONAL DO DERC PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA XIX CONGRESSO NACIONAL DO DERC PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 12 de outubro - Sexta-feira 12/10/12: 08:00 às 09:00 Mesas redondas 08:00 às 09:00 - Mesa redonda: Aspectos Legais do Teste Ergométrico e Valorização

Leia mais

Fisiologia do exercício

Fisiologia do exercício Fisiologia do exercício Fernanda C. Lanza Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP. Doutora em Ciências Aplicadas à Pediatria pela

Leia mais

PROGRAMA. 8h30-8h45 Ressincronização Cardíaca: evidências científicas e perfil clínico ideal

PROGRAMA. 8h30-8h45 Ressincronização Cardíaca: evidências científicas e perfil clínico ideal PROGRAMA DIA 04 DE SETEMBRO DE 2015 SALA 01 (Sala Adib Jatene) 8h30 12h SIMPÓSIO DEAC Atualização em arritmias cardíacas 8h30-8h45 Ressincronização Cardíaca: evidências científicas e perfil clínico ideal

Leia mais

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA

SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos Professores! Como assistir suas aulas e provas no seu PC ou Notebook Semiologia -

Leia mais

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO

JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO JANEIRO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS EM 34 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 EXTENSIVO 22/01 Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos Professores! Como assistir suas aulas

Leia mais

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares ARRITMIAS CARDÍACAS Dr. Vinício Elia Soares Arritmias cardíacas classificações freqüência cardíaca sítio anatômico mecanismo fisiopatológico da gênese ocorrência em surtos duração do evento 1 CONDIÇÕES

Leia mais

Atualização Rápida CardioAula 2019

Atualização Rápida CardioAula 2019 CRONOGRAMA Atualização Rápida CardioAula 2019 ABRIL A SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 25 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS) ENVIO

Leia mais

Hipertensão pulmonar. tromboembólica crônica: do diagnóstico ao tratamento. Roberta Pulcheri Ramos. Pneumologista - Unifesp

Hipertensão pulmonar. tromboembólica crônica: do diagnóstico ao tratamento. Roberta Pulcheri Ramos. Pneumologista - Unifesp Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica: do diagnóstico ao tratamento Roberta Pulcheri Ramos Gr Pneumologista - Unifesp TEP Agudo TEP Agudo Fatores Clínicos Alteração da fibrinólise Inflamação TEP

Leia mais

ECG nas Cardiopatias Congénitas. Maria Emanuel Amaral

ECG nas Cardiopatias Congénitas. Maria Emanuel Amaral ECG nas Cardiopatias Congénitas Maria Emanuel Amaral Sumário Introdução Padrões de sobrecarga de Volume Cavidades direitas: CIA- OS, insuficiência tricúspide Cavidades esquerdas: CIV, PCA, insuficiência

Leia mais

25/4/2011 MUSCULAÇÃO E DIABETES. -Estudos epidemiológicos sugerem redução de 30% a 58% o risco de desenvolver diabetes

25/4/2011 MUSCULAÇÃO E DIABETES. -Estudos epidemiológicos sugerem redução de 30% a 58% o risco de desenvolver diabetes MUSCULAÇÃO E DIABETES -Estudos epidemiológicos sugerem redução de 30% a 58% o risco de desenvolver diabetes -Alguns trabalhos demonstram que os exercícios de força (3 a 6 séries semanais, 10-15 repetições

Leia mais

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas.

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas. Mst.. Sandro de Souza A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas. Para a aptidão cardiorrespiratória,

Leia mais

Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria

Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser efectuada sistematicamente? Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria Detecção precoce de cardiotoxicidade no doente oncológico deve ser

Leia mais

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira 08:30-09:15h COMO EU FAÇO Auditório 10(114) (5995) Abordagem do paciente com insuficiência cardíaca descompensada 08:30-08:45h Uso racional dos diuréticos, vasodilatadores e beta-bloqueadores 08:45-09:00h

Leia mais

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani

II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste. Dr. Maurício Milani Teste ergométrico II Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Centro-Oeste Dr. Maurício Milani 15/08/2009 Teste ergométrico Método para avaliar a resposta cardiovascular ao esforço físico

Leia mais

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR Março de 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 3 2. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS... 3 3. ESTRATIFICAÇÃO INDIVIDUAL DE RISCO CARDIOVASCULAR... 4 4. CALCULE O SEU RISCO E DE SEUS

Leia mais

ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte

ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte ROBERTO MAX LOPES Hospital Biocor e Santa Casa de Belo Horizonte Corresponde a 5 a 10 % das DCC Cardiopatia congênita mais encontrada no adulto Pode estar associada a patologia do sistema de condução em

Leia mais

Teste ergométrico em pacientes com cardiopatias congênitas com shunt esquerdo-direito tratados previamente

Teste ergométrico em pacientes com cardiopatias congênitas com shunt esquerdo-direito tratados previamente Bruno Leal Alves da Silva Teste ergométrico em pacientes com cardiopatias congênitas com shunt esquerdo-direito tratados previamente Recife PE 2011 Bruno Leal Alves da Silva Teste ergométrico em pacientes

Leia mais

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS

CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO. JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS CRONOGRAMA PRÉVIO CARDIOAULA TEC 2019 EXTENSIVO JANEIRO A SETEMBRO. PROVA: SETEMBRO. 350 horas/aulas. EM 35 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) 28/01 Aula inaugural CardioAula

Leia mais

XVI Congresso de Cardiologia. de Mato Grosso do Sul

XVI Congresso de Cardiologia. de Mato Grosso do Sul XVI Congresso de Cardiologia de Mato Grosso do Sul ANGINA ESTÁVEL IDENTIFICAÇÃ ÇÃO O E ABORDAGEM Campo Grande, outubro de 2010 nsmorais@cardiol.br Epidemiologia da DAC Estável Suécia 80 França Escócia

Leia mais

VALVOPATIAS: ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTE

VALVOPATIAS: ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTE VALVOPATIAS: ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTE TARASOUTCHI F FLÁVIO TARASOUTCHI, MARCELO KATZ, TARSO A. D. ACCORSI, MAX GRINBERG Unidade Clínica de Valvopatias Instituto do Coração (InCor) HC-FMUSP Endereço

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) 09/04 Aula Inaugural CardioAula 2018 e apresentação dos

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO. ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO. ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2019 INTENSIVO ABRIL A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 25 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) Semiologia - Aula 10 - Sopros Especiais /

Leia mais

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I)

DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) DR. CARLOS ROBERTO CAMPOS CURSO INSUFICIÊNCIA NACIONAL MITRAL DE RECICLAGEM (I.M.I) EM CARDIOLOGIA - SUL INSUFICIÊNCIA MITRAL (I.M.I) APARELHO VALVAR MITRAL FOLHETOS CORDAS TENDÍNEAS MÚSCULOS PAPILARES

Leia mais

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 Insuficiência ncia Cardíaca aca Tratamento Nenhum conflito de interesse Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 nsmorais@cardiol.br Conceitos Fisiopatológicos A IC é uma síndrome com múltiplas

Leia mais

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina

PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP. Programa de PG em Medicina PRODUÇÃO TÉCNICA DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO OU INSTRUCIONAL FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU- UNESP Programa de PG em Medicina Mestrado Profissional Associado à Residência Médica MEPAREM AUTORA:

Leia mais

julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS

julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS julho A SETEMBRO. PROVA: OUTUBRO. 360 horas/aulas. EM 14 SEMANAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS) Semiologia - Aula 1 - Introdução

Leia mais

Complexidades do Recém-Nascido

Complexidades do Recém-Nascido Manejo da Enfer rmagem frente às Complexidades do Recém-Nascido Cardi iopata Josielson Costa da Silva Enfermeiro. Mestre em Enfermagem UFBA. Intensivista Neonatal e Pediátrico. Docente do Centro Universitário

Leia mais

Rua Afonso Celso, Vila Mariana - São Paulo/SP. Telefone: (11) Fax: (11)

Rua Afonso Celso, Vila Mariana - São Paulo/SP. Telefone: (11) Fax: (11) Boletim Científico SBCCV Data: 07/12/2015 Número 05 Angioplastia coronária não adiciona benefícios a longo prazo, em comparação ao tratamento clínico de pacientes com doença coronária estável, aponta análise

Leia mais

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Departamento de Fisiologia Laboratório de Farmacologia Cardiovascular - LAFAC Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício Prof. André Sales Barreto Desafio

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Para a avaliação do risco cardiovascular, adotam-se: Fase 1: presença de doença aterosclerótica

Leia mais

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Página: 1 de 8 1. Diagnóstico - História clínica + exame físico - FC

Leia mais

Tabela I Resumo dos estudos incluídos (n = 8). Autor Ano Método Objetivo Protocolo Resultado Babu et al. [15]

Tabela I Resumo dos estudos incluídos (n = 8). Autor Ano Método Objetivo Protocolo Resultado Babu et al. [15] Tabela I Resumo dos estudos incluídos (n = 8). Autor Ano Método Objetivo Protocolo Resultado Babu et al. [15] 2010 Caso-controle Investigar os efeitos benéficos do protocolo da fase I de Reabilitação Cardíaca

Leia mais

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD 1 Qual é o objetivo funcional do sistema CV? Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar

Leia mais

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício Bacharelado em Educação Física Função Cardio-vascular e Exercício Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD Qual é o objetivo funcional do sistema CV? Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar

Leia mais

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório André P. Schmidt, MD, PhD, TSA/SBA Co-responsável pelo CET do Serviço de Anestesia e Medicina Perioperatória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Leia mais

SISTEMA CARDIOVASCULAR

SISTEMA CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA SISTEMA CARDIOVASCULAR Paulo do Nascimento Junior Departamento de Anestesiologia Faculdade de Medicina de Botucatu AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA: OBJETIVOS GERAIS ESCLARECIMENTO DO

Leia mais

Conteúdo ONLINE. Temas. Duração. Professor: Wilson Mathias Jr. Professor: Wilson Mathias Jr. Professor: Wilson Mathias Jr.

Conteúdo ONLINE. Temas. Duração. Professor: Wilson Mathias Jr. Professor: Wilson Mathias Jr. Professor: Wilson Mathias Jr. Conteúdo ONLINE Módulo I: Princípios do US, Função Sistólica e Diastólica Princípios físicos do ultrassom I Princípios físicos do ultrassom II Princípios físicos do ultrassom III Princípios físicos do

Leia mais

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358: ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:1547-59 Alexandre Alessi Doutor em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do

Leia mais

Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um

Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um Este material visa informar os pontos fortes da realização destes exames na clínica/hospital, de forma a contribuir ao profissional da saúde a ter um maior conhecimento destes exames, para melhor benefício

Leia mais

Avaliação Pré Teste. Anamnese Estratificação de Risco Cardíaco Questionário PAR-Q e Triagem autoorientada. Medidas de repouso: FC e PA

Avaliação Pré Teste. Anamnese Estratificação de Risco Cardíaco Questionário PAR-Q e Triagem autoorientada. Medidas de repouso: FC e PA Avaliação Pré Teste Anamnese Estratificação de Risco Cardíaco Questionário PAR-Q e Triagem autoorientada para atividade física. Medidas de repouso: FC e PA 1 ANAMNESE Aná = trazer de novo; Mnesis = memória

Leia mais

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica José R. Jardim Pneumologia Universidade Federal de São Paulo Dispnéia : principal sintoma Reabilitação pulmonar Definição Reabilitação pulmonar é uma

Leia mais

Desmistificando a ecocardiografia

Desmistificando a ecocardiografia Desmistificando a ecocardiografia O que fazer quando o ecocardiograma diz que o meu doente tem um achado cujo significado desconheço? - setembro de 2016 - Liliana Marta Serviço de Cardiologia, Hospital

Leia mais

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho Angiotomografia Coronária Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho S Aterosclerose S A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão

Leia mais

Papel da monitorização prolongada no diagnóstico da Fibrilação Arterial

Papel da monitorização prolongada no diagnóstico da Fibrilação Arterial Papel da monitorização prolongada no diagnóstico da Fibrilação Arterial Rogério Andalaft Médico assistente setor de Eletrofisiologia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Médico Hospital Israelita

Leia mais

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. JOSÉ MÁRIO FERNANDES MATTOS¹ -UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO- UNIVASF, e-mail: zemabio@gmail.com RESUMO

Leia mais

Síndrome Coronariana Aguda

Síndrome Coronariana Aguda Síndrome Coronariana Aguda Wilson Braz Corrêa Filho Rio de Janeiro, 2010 Curso de Capacitação de Urgência e Emergência Objetivos: Apresentar a epidemiologia da síndrome coronariana aguda nas unidades de

Leia mais

1969: Miocardiopatia - IECAC

1969: Miocardiopatia - IECAC 1969: Miocardiopatia - IECAC 1969:Estado da Guanabara IECAC Moderador da Seção Anatomo- Clinica 20.08.1969 1969: 5 aulas no curso de Hemodinâmica e Angiocardiografia - IECAC 1969:Estado da Guanabara IECAC

Leia mais

ARTERIAL PULMONAR XXXIV CONGRESSO DA SBHCI Roberto Max Lopes Belo Horizonte MG

ARTERIAL PULMONAR XXXIV CONGRESSO DA SBHCI Roberto Max Lopes Belo Horizonte MG CATETERISMO CARDÍACO NO MANEJO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR XXXIV CONGRESSO DA SBHCI 2012 Roberto Max Lopes Belo Horizonte MG Hipertensão pulmonar HP é um estado patofisiológico e hemodinâmico caracterizado

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL: QUANDO INCAPACITA? Julizar Dantas

HIPERTENSÃO ARTERIAL: QUANDO INCAPACITA? Julizar Dantas HIPERTENSÃO ARTERIAL: QUANDO INCAPACITA? Julizar Dantas DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE Declaro não ter conflito de interesses. Currículo Lattes no site CNPQ (Plataforma Lattes) http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=k4434590a5

Leia mais

Boletim Científico SBCCV

Boletim Científico SBCCV 1 2 Boletim Científico SBCCV 4-2013 Intervenção percutânea versus cirurgia de coronária nos Estados Unidos em pacientes com diabetes. Percutaneous Coronary Intervention Versus Coronary Bypass Surgery in

Leia mais

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS

CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS CRONOGRAMA CARDIOAULA TEC 2018 SUPER INTENSIVO JUNHO A SETEMBRO PROVA: SETEMBRO 257 AULAS E PROVAS ENVIO DA APOSTILA VOLUME 01 (SEMIOLOGIA E FISIOLOGIA) ENVIO DA APOSTILA VOLUME 02 (HAS E DISLIPIDEMIAS)

Leia mais