Latusa Digital ano 1 N 7 julho de 2004

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1 Latusa Digital ano 1 N 7 julho de 2004 Debates sobre a regulamentação Vera Lopes Besset * Em 1969, uma estudante do Departamento de Psicanálise da Universidade de Paris VIII pergunta a Lacan: Por que os estudantes de Vincennes, como conseqüência do ensino que supostamente recebem, não podem se tornar psicanalistas? Lacan responde: A psicanálise, isso não se transmite como qualquer outro saber. 1 As tentativas de regulamentação em vários países, como França, Brasil, mas também Argentina, conferem atualidade ao debate sobre a formação dos psicanalistas, em especial, e sobre a formação psi, de modo geral, em que pesem as especificidades do campo que, com J.-A. Miller nomeamos campo psi, nesses diferentes contextos. No Brasil, por exemplo, a atividade de psicoterapia é privativa dos psicólogos. Na França, onde o poder das corporações médicas é importante, busca-se fazer valer a idéia de que o médico é, por princípio, psiquiatra e, conseqüentemente, psicoterapeuta. Assim, enquanto em nosso país, as iniciativas para uma regulamentação * Analista praticante AP. Membro da Escola Brasiléia de psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP). 1 LACAN, J. Le Séminaire. Livre XVII. L Envers de la psychanalyse. Paris: Seuil. 1991, p

2 incidem diretamente sobre a profissão de psicanalista 2, de início, na França visam a prática da psicoterapia. 3 Nos anos 90, em vários pontos da Europa cresceu o interesse dos poderes públicos pela avaliação da eficácia das psicoterapias, sob o pretexto de sua relevância para a aplicação de recursos de Estado. No entanto, a inspiração desse debate, construído a partir de critérios presumidamente científicos e em exigências de cunho estritamente universitário, aparece em consonância com uma lógica de mercado, pois se ergue em nome de uma defesa do consumidor. No Campo Freudiano, ele deu origem a uma discussão sobre as relações entre a psicoterapia e a psicanálise, onde se buscava fazer valer a especificidade dessa última 4. Especificidade que não anula a zona de interseção entre a psicanálise e a psicoterapia, como J.-A. Miller se interessa em demonstrar desde então. 5 Mais recentemente, na França, a partir de uma recente tentativa de regulamentação da atividade de psicoterapia, que tornada privativa de médicos e psicólogos, deixava de fora os psicanalistas que não têm nem uma nem outra formação, além de colocar na mão do estado o controle absoluto dessa atividade, visando o ideal de uma qualidade total, J.-A. Miller mobiliza os profissionais psi. Em face de esse projeto de controle social inédito, afirma que os psicanalistas não devem se colocar à parte. Nesse contexto, recusa ao psicanalista uma posição de extimidade ou de extraterritorialidade ao campo que, em contraponto ao da medicina, seria psi, um 2 Referimo-nos aos recentes Projetos de Lei visando regulamentar a profissão de psicanalista, o último de autoria do Deputado Simão Sessim, de n 2347, datado de 22 de outubro de 2003, e o primeiro, de n 3944, 13 de dezembro de 2000, de autoria do Deputado Eber Silva. 3 A última é a Emenda 336 ao Código de Saúde Pública, de autoria do Deputado Bernard Accoyer, que dispõe sobre a prática das psicoterapias, datada de 8 de outubro de C.f. MILLER, J.-A.Carta a Bernard Accoyer e à opinião esclarecida (trad. Ribeiro, V.A., ver. Vieira, M.A.), Rio de Janeiro: EBP, Cf. Mental, Revue internationale de santé mentale et psychanalyse appliqué, n 3 e n 4, de MILLER, J.-A. Psicoterapia e Psicanálise. Em: Psicoterapia e Psicanálise. Campinas: Papirus. 1997, p

3 campo claramente distinto e desde há muito tempo autônomo. Nesse momento, sublinha o aumento da demanda de escuta psi, observado nos últimos dez anos em seu país. Fala do fenômeno psi como um fenômeno de civilização, que estaria em consonância com a: Destradicionalização, perda de balizas, desarvoramento das identificações, desumanização do desejo, violência... 6 No contexto desse debate, lançou um Comunicado ao público sobre a psicanálise, sob o pretexto de alertar a opinião pública de seu país sobre uma campanha que provocou sobressalto entre pacientes e terapeutas. Houve muita repercussão na mídia, mas o próprio autor conseguiu espaço para refutar alguns exageros, segundo afirma. Trata-se, na citada iniciativa, de propagar uma suposta ameaça à saúde pública que a prática da psicoterapia representaria. Sobre o assunto, Miller afirma: A psicanálise, a psicologia clinica, as psicoterapias, não são medicina. Esta última, por tornar-se cada vez mais científica, tecnológica, o que é bom, torna-se cada vez mais muda. Isto explica o fato de que depois de Freud a psicanálise tenha se desenvolvido por toda parte, tendo-o feito de forma independente da medicina. As psicoterapias, a psicologia clínica seguiram (esse movimento). Querer, por um golpe de força legislativo, medicalizar bruscamente este campo e ameaçar os terapeutas não médicos é um projeto louco, digno de Big Brother. Parece ter germinado no cérebro de augustos acadêmicos, com certeza respeitáveis, mas cegos e surdos ao fenômeno psi, que é um fenômeno da civilização. Ao mesmo tempo, o eterno fariseu diz: São todos charlatões! Menos eu e meus amigos. 7 Atualmente, no Brasil, os psicanalistas de várias instituições e orientações diversas mobilizam-se contra a tentativa de regulamentação da psicanálise, promovida curiosamente por iniciativa de religiosos, evangélicos. Ao mesmo tempo, à contra-corrente dessa movimentação, alguns psicólogos, sob a égide do Conselho Federal de Psicologia, trabalham na proposta de uma regulamentação para a atividade de psicoterapia. O primeiro número de uma 6 MILLER, J.-A. Op. cit., p MILLER, J.-A. Curso de orientação lacaniana II. Inédito, aula de 19 de novembro

4 publicação dessa entidade é inteiramente dedicado ao tema. Nele, o responsável pelo projeto de diretrizes brasileiras para a psicoterapia do CFP, advoga pela criação de regras sensatas de avaliação em nome do impacto social da psicoterapia. 8 O ponto de todas essas iniciativas, que nos interessa ressaltar, é justamente a proposta de avaliação das práticas psi, com base em parâmetros pseudocientíficos de exatidão ou de certeza, da demonstração, a serviço de um controle social. Não se trata, evidentemente, de negar o valor de previsão que pode ter uma avaliação, mas lembrar que, na psicanálise é questão daquilo que Lacan introduziu como uma exigência de certeza. 9 Distintamente da ciência, que pode transmitir a certeza pelo ensino, a psicanálise só a pode transmitir pela experiência. Isso, porque o real em jogo na psicanálise, distintamente do real da ciência, é o da não-relação sexual : A transmissão analítica se faz pela fuga do sentido, pelo que escoa, pelo que corre e não pelo que se move, por aquilo que permanece parado em seu lugar; que não pode ser de outro modo 10. Ela releva do contingente, que é suscetível de demonstrar o impossível. Isso que não se transmite como qualquer outro saber, Lacan busca cingir forjando a noção de desejo do analista. Em 1969, tenta apreendê-lo referindose ao ser analista. Não um ser transcendental, mas algo ligado a um ofício ou a um fazer, um saber-fazer que busca explicitar, no final de seu ensino, com os nós e a topologia. Desejo que, segundo Miller, permitiria ao analista, a despeito de ocupar o lugar do grande Outro, recusar-se a ser o mestre 11, tal como nos indicou Freud, nos alertando contra o desejo de curar. 8 Entrevista Luiz Alberto Hanns. Regulamentação em Debate. Psicologia. Ciência e Profissão - Diálogos. N. 01. Abril de (Publicado pelo CFP e dedicado inteiramente a esse tema.) 9 MILLER, J.-A. Um real para a psicanálise. Em: Opção Lacaniana. Dezembro de 2001, p Idem, ibidem, p MILLER, J.-A. Psicoterapia e Psicanálise, op.cit., p

5 A psicanálise construiu-se, como sabemos, a partir de um sofrimento que interpelou o saber médico, acadêmico, no corpo das histéricas. Gradativamente capturada pelo discurso da ciência, a medicina, renunciando ao poder das palavras, ficou muda, abrindo espaço para a psicanálise e para as psicoterapias. Trata-se, nesse momento, para os psicanalistas de Orientação Lacaniana, de delimitar os princípios de sua clínica e envidarem esforços para fazer ex-sistir a psicanálise na cidade. Em suma, de não recuar diante do desafio de dialogar com as outras disciplinas, numa tentativa que, distinta da união, pode ter as características de um enlaçamento, amarração. Fazer valer, diríamos, frente à política do medo 12, que parece dirigir nossa civilização, o lugar da angústia, que sinaliza o singular do falasser, que nos compete acolher. 12 Significantes recolhidos no Seminário de Graciela Brodsky em 25 de abril de 2004, no Hotel Glória, Rio de Janeiro, que foram tomados como tema das XV Jornadas Clínicas da Seção Rio da EBP-ECF a serem realizadas em novembro de

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