CURSO DE FILOSOFIA DA TFCA DATA: 22/09/2013 TEMA: O CRIADO E O NÃO CRIADO APRESENTAÇÃO DO ENTEDIMENTO: ADÔNIS [FAO] BIANCA [MAO] / A FILOSOFIA DA TFCA

Transcrição

1 CURSO DE FILOSOFIA DA TFCA DATA: 22/09/2013 TEMA: O CRIADO E O NÃO CRIADO APRESENTAÇÃO DO ENTEDIMENTO: ADÔNIS [FAO] BIANCA [MAO] / A FILOSOFIA DA TFCA Identificar algo que não é criatura alguma no Universo, nos remete a perceber, intimamente, o que chamamos de Deus, Criador, Pai, Força Criadora, Jeová (Javé, Jehová), Alá (Allah), o Não-Criado, entre outras designações. O ser humano ao usar a lógica, seja categórica ou científica, atinge o que é Criado. O raciocínio humano capta a realidade objetiva e explica o temporal. Mesmo assim, o Ser Humano, por ter o registro da criação em si, tenta mensurar o antes, a origem da Criação pela lógica categórica. É uma tentativa natural do racionínio, pois é o seu mecanismo de capacidade. Página 1

2 Quando o Ser Humano não usa a lógica, e sim a fé religiosa, pode ele então, se perder de si mesmo, e entrar no campo da fantasia, da imaginação. Em laboratório, ou seja, científicamente, não se chega a um consenso. No entanto, a hipótese mais aceita é a do BigBang que tenta explicar o surgimento do Universo e do Ser Humano nele. Nomear o que não existe e designá-lo como nada para explicar o surgimento do Criado pelo Não Criado é uma tentativa em vão, pois a mente humana atinge somente o existente, o Universo Criado. O nada então, é um ser ainda não nomeado e atribuído assim pois não se sabe a sua essência, a sua composição, a sua localização, o seu efeito, a sua causa e nem a sua temporalidade. Página 2

3 Temos a capacidade de sentir e ela é individual. Ao voltarmos para nós mesmos, podemos perceber o Criador no silêncio do raciocínio. Karran, falando sobre o Criador diz: Quando fomos criados, todos nós, inclusive você, já nascemos com capacidade para entender o Criador, como Criador de todas as coisas. Isso é registrado na memória, já por natureza. No entanto, toda a pesquisa, que fazemos na sua terra, a respeito do Criador, já não é a mesma. O Criador não é espírito, pois o espírito é uma criação dele, e, sendo ele o criador do espírito, mostra-nos que ele está muito além de sua própria criação. Tudo o que existe entre céu e terra, foi criado por uma só vontade. Seja essa criação, em sua concepção, perfeita ou não, ela é criação do criador e ele não vê defeito em sua obra. Tudo o que ele criou é necessário. O Criador se manifesta pela própria criação. Página 3

4 Visto que em palavras não conseguimos explicar o Não Criado, só nos resta reconher em nós mesmos pela percepção interna a sua presença e então, tentar sentir o Não Falado, o Não Nomeado, o Não Raciocínado. O Misticismo surgiu na tentativa de explicar o que se imagina e o que é fruto da hipótese. Daí as religiões, os grupos baseados na fé e os discípulos da ciência dogmática. Quando o ser humano perceber o Não Criado em si, e/ou também ter acesso a frequencia extrafísica, não precisará mais de intermediários para conduzir a sua consciência*. Daí, arrisco-me a dizer, se passarão as Instituições e ficará o Ser Humano, que é permanente. *ou de explicações confusas, pois os tempos são outros e o entendimento também. Página 4

5 Cabe sim e talvez o silêncio do pensamento, a pausa na fala, a falta de verbo, a admiração da Obra, a contemplação de si e do outro, do meu semelhante e do Universo. É nesse sentir, é na percepção individual que podemos chegar a Ele. Não necessitamos ser convencidos para sentir à sua Presença. Livros contam suas histórias e notícias tentam narrar o fatos como eles seriam. No entanto, o Ser Humano já tem em si esses registros por sua natureza. Podemos mistificar, podemos dogmatizar cientificamente e podemos até negar, mas é na probabilidade do improvável, na possibilidade do impossível, ou seja, no caminho ainda não tentado, que temos então a chance de ousar e descobrir por nós mesmos o que sentimos, sem a interferência do raciocínio e de pensamentos externos! Página 5

6 Existir, etimologicamente, significa estar fora de uma causa, daí se diz que Ele não existe, pois é anterior a Criação. Teríamos uma contradição lógica se afirmassemos que o Não Criado existe, pois ele não é criatura, não é sua Obra. Ele não tem essência, nem forma, nem tempo, nem substância, e muito menos origem. Sentimos à sua manifestação porque vivemos, existimos. Percebemos sim o efeito do seu ato de criar, pois ele se manifesta pela própria criação. E o que é o nada? Um conjunto vazio? O inexistente? É a ausência de Ente? É o que deu origem ao Big Bang? Página 6

7 Bianca, falando sobre o que é o criador diz: Nós, seres humanos, não temos acesso a algo que não podemos entender. Nós só entendemos aquilo que faz parte do nosso registro natural, por isso não compreendemos a Força Criadora, pois nunca tivemos acesso a ela, mas sabemos, por registro natural, que essa Força tem constante acesso a nós. Nós somos conscientes da grandeza do nosso Criador, e pelo princípio lógico, sabemos que o que existe de melhor é a visão e o calor. E também aceitamos a claridade como princípio de visão, e o calor, como princípio do amor e da luz. Quando refiro-me à autoconsciência, estou referindo-me a um conhecimento universal, que nos foi dado pelo Criador, e não ao conhecimento planetário, que temos aqui em nossa terra, conturbado pelo acidente. Em aula no mundo extrafísico, Bianca relata o seguinte, sobre Deus e Pai, ouvindo o sermão do padre no Hospital Católico do mundo extrafísico: Sendo a noite escura, a visão é limitada, e cabe a nós, que estamos deste outro lado, portanto no dia, construirmos, com a força que Deus, nosso Pai nos deu, a ponte de luz que liga o dia e a noite. A ponte que livrará o homem da inconsciência e o colocará em contato com o universo e a eternidade, que lhe pertencem, e assim, estaremos fazendo valer a palavra eterno, como sempre Deus, nosso Pai, quis que fôssemos. BIANCA [MAO] / A FILOSOFIA DA TFCA Página 7

8 Grupos se formaram pela área de funcionamento cerebral após o acidente solar, como citado no No livro As Possibilidades do Infinito, pág. 84/85 - Edição. 2011, temos: Com a inibição energética no plano físico, o entendimento tornou-se diverso. O esquecimento de quem estava no plano físico, com relação ao plano espiritual, foi total. E o ser humano, quando em estrutura física, começou a se dividir em grupos de acordo com o funcionamento de suas áreas energéticas. Isto porque a igualdade das áreas energéticas em funcionamento lhes dava também visão, raciocínio e entendimento parecidos, e isso determinou a formação de grupos. Página 8

9 A busca do si mesmo e da origem do Universo levou o Ser Humano a achar respostas na ciência e na religião. A limitação da ciência em explicar a origem do Universo a partir do nada e a Fé em algo exterior ao ser humano (Deus) personificado na forma humana contribuiu para o entorpecimento de sua percepção, levando-o as mais diversas confusões por não olhar para si. Página 9

10 Muitas pessoas começam às suas buscas, ou seja, à da sua origem e a do Universo, procurando entender Deus. Naturalmente nos levamos a buscar respostas externamente, fora de nós, seja na ciência, na lógica ou na religião. Ficamos confusos, às apalpadelas no escuro, entre crer e duvidar, entre aquilo que é e aquilo que pensamos ser ou é. Quando nos exaurimos em buscar externamente o significado ou a explicação dessas questões, somos levados pelos nossos pensamentos a uma busca interna, a busca pelo sentido da vida. Então descobrimos em nós mesmos as nossas respostas. Essa busca interna se inicia justamente quando a busca externa pelo sentido da vida falhou! Página 10

11 Em nossa cultura, quando pensamos sobre Deus ou Criador? Quando crianças nos contam histórias fantasiosas, cessamos o nosso raciocínio e cremos no que somos instruídos. Na escola, principalmente no segundo grau, temos a chance de por a fé de lado e usar o raciocínio científico. Ao passo da vida, são usadas diversas expressões para se referir ao assunto "Deus", ouvimos até com certa frequência: "Aí meu Deus", "Deus me livre", "Vai com Deus" entre outras. Geralmente são falas não raciocinadas. O Ser Humano inconsciente caminha entre crenças, e com muita sorte, como num estalo, passa a questionar a própria realidade, os conceitos e a vida. Muitos nem saem do conforto mental implantado, e a vida passa. Página 11

12 Há os que apenas negam, pois o assunto extrapola o raciocínio, e passa para o campo do "eu acho que", ou seja, o da opinião. Há momentos em que perdemos alguém que nos é querido e passamos a questionar o verdadeiro sentido das coisas, dos porquês, do como é isso, como é aquilo. Os questionamentos sobre a nossa origem ocorrem nas mais variadas ocasiões da vida, os momentos em que nos deparamos com esses questionamentos temos a chance de mudar a nossa percepção sobre o que é criação, sobre o criador, sobre nós mesmos e sobre o sentido da vida. Quando nos damos à chance de buscar internamente respostas às nossas indagações chegamos ao objetivo. Daí dizer-se que fulano é iluminado ou que tem a paz de espírito, pois ele reconhece dentro de si e na realidade que o cerca, a presença do Não-Criado, ou seja, na natureza, nas coisas criadas, em sua consciência e no seu semelhante. Página 12

13 Foi-nos dito que há diversas formas de se buscar a autoconsciência. Desejo então, a todo Ser Humano que ao buscar respostas às suas indagações, tenha a felicidade de encontrar a si mesmo e reconhecer a Presença do Divino que está em um e em todos. Nota: Sugiro aos alunos a audição da música do Raul Seixas, de título Gita, pois fala da percepção do Criador. Link Página 13