FONTES DE FINANCIAMENTO PARA A ESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS NA MODALIDADE PROJECT FINANCE

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1 FONTES DE FINANCIAMENTO PARA A ESTRUTURAÇÃO DE PROJETOS NA MODALIDADE PROJECT FINANCE JOSE LUIZ PEREIRA DUARTE SILVA (UFF) joseluiz.duarte@gmail.com Luis Perez Zotes (UFF) lpzotes@gmail.com Este artigo tem por objetivo tratar do financiamento de projetos na modalidade Project Finance, apresentando um breve histórico, suas principais características e exemplos de utilização. Sua abordagem predominante diz respeito às diversas ffontes de financiamento existentes para a consecução de empreendimentos neste formato. Desta forma, por intermédio da viabilização financeira de empreendimentos de infraestrutura de grande porte, espera-se que o Project Finance contribua para o crescimento econômico do Brasil e sua consolidação no cenário mundial. Palavras-chaves: Project Finance. Fontes de Financiamento. Empreendimentos. Infraestrutura.

2 1. Introdução O Project Finance é uma técnica de financiamento utilizada, geralmente, em projetos de infraestrutura de grande porte. Este tipo de financiamento pressupõe que as receitas geradas pelo empreendimento sejam capazes de fazer frente às despesas de pagamento dos recursos obtidos para sua consecução. Contudo, não se trata de uma ferramenta recente. A história relata que transações baseadas nas características deste tipo de instrumento já eram utilizadas pelos ingleses há mais de 700 anos. Um exemplo disso foi o empréstimo que a Coroa Britânica fez, em 1299, com o banco florentino Frescobaldi, um dos principais existentes no mundo na época, para exploração de minas de prata na região de Devon, na Inglaterra. Como forma de pagamento da dívida, os ingleses permitiram que os italianos extraíssem prata pelo período de um ano, sem limite de quantidade. O detalhe relevante nesta transação foi que a Inglaterra não deu qualquer garantia da qualidade da prata a ser extraída e os italianos assumiram o risco de performance da operação (FINNERTY, 1999). Apesar de ser uma ferramenta com um histórico bastante antigo, somente em tempos mais recentes, entre os anos de 1960 e 1990, se pode detectar sua utilização intensiva em projetos de grande porte ao redor do mundo. 2. Objetivo A partir de meados da década de 90, com a premissa de que o Estado Brasileiro não possuía recursos suficientes para alavancagem de vários projetos ao mesmo tempo, e de que a iniciativa privada poderia se beneficiar com retornos adequados aos níveis de investimento necessários para a implementação de projetos de interesse estratégico ou não, o Project Finance apresentou-se como ferramenta apropriada à construção deste tipo de negócio. O objetivo deste artigo, portanto, é identificar as fontes de financiamento existentes para projetos de grande porte, estruturados na modalidade Project Finance, com a utilização de recursos nacionais e internacionais, analisando as características dos principais intervenientes financeiros existentes no mercado. Para o atingimento da finalidade proposta, foi adotada a metodologia exploratória, no que diz respeito ao objetivo, e bibliográfica, no que tange ao procedimento técnico (GIL, 2009). 3. Financiamento via Project Finance Para o sucesso deste tipo de financiamento, é necessário que o empreendimento, enquanto projeto, mostre capacidade de geração de fluxos de caixa suficientemente consistentes para que os financiadores aportem seu capital em troca de uma remuneração adequada. As garantias envolvidas neste modelo de crédito são bastante complexas. É necessário um apoio jurídico constante, para que todas as amarrações contratuais possam dar o lastro garantidor ao crédito concedido. Segundo Finnerty (1999, p.2): O Project Finance pode ser definido como a captação de recursos para financiar um projeto de capital economicamente separável, no qual os provedores de recursos vêem o fluxo de caixa vindo do projeto como fonte primária de recursos para atender ao serviço de seus empréstimos e fornecer o retorno sobre seu capital investido no projeto. 2

3 A diversidade de aplicações da estruturação de financiamentos na modalidade Project Finance remete à necessidade de elaborar estruturas que possam, além de tornar os projetos uma realidade operacional, dar aos envolvidos, sejam eles patrocinadores (sponsors), financiadores (lenders) ou compradores (offtakers), as garantias necessárias de que os riscos incorridos são remuneráveis a taxas consideradas justas para as partes. O plano de negócios (business plan) inicial prevê o funcionamento do projeto de acordo com determinadas premissas de custos, prazos e recursos financiáveis. O suporte financeiro na fase préoperacional deve ser suprido parte com capital próprio e parte com capital de terceiros (bancos ou agências de financiamento). Esta relação é, normalmente, da ordem de 30% de recursos dos interessados na consecução do projeto e 70% de órgãos financiadores. A figura a seguir retrata a estrutura básica de uma operação de Project Finance. Figura 01 Elementos Básicos de um Project Finance Fonte: Finnerty, Formas de Financiamento Invariavelmente, os empreendimentos necessitam de aportes financeiros antes, durante e após seu planejamento. Na primeira fase, os patrocinadores do projeto criam e capitalizam uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para a elaboração do projeto-base, quando são feitos os estudos de viabilidade econômico-financeira do negócio. Na segunda etapa, depois da aferição de sua exequibilidade, inicia-se a busca pelas fontes de financiamento. Neste ponto, Borges (1998, p.5) elenca que as estruturas financeiras que servem de fontes ao projeto são o capital de risco (equity), os empréstimos (debt), os instrumentos híbridos (como debêntures conversíveis em ações) e o arrendamento (leasing). O capital de risco representa a parcela de capital próprio investida pelos acionistas do projeto. Pode ser representado por equity direto, quando os patrocinadores participam da 3

4 administração ou operação do negócio, ou indireto, caso em que delegam poderes a profissionais especializados para tal. Os empréstimos podem ser bancários, concedidos por bancos comerciais, de investimento ou de desenvolvimento, nacionais e internacionais, representados por empréstimos-pontes, bônus, créditos de médio e longo prazos, ou de mercado de capitais, por meio da emissão de debêntures simples e notas promissórias, abertura de capital ou oferta pública inicial (IPO Initial Public Offering). Normalmente, os emprestadores de recursos exigem que os tomadores aportem, em média, 30% do capital do capital total do projeto como forma de comprovar sua credibilidade no empreendimento. 5. Entidades Públicas e Privadas de Financiamento Este tópico abordará o estudo de algumas entidades públicas e privadas que ofertam financiamento e outros tipos de atividades assessórias ao ramo financeiro, a exemplo de garantias, para consecução de projetos em várias modalidades, incluindo, evidentemente, o Project Finance Banco Interamericano de Desenvolvimento O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), localizado em Washington - D.C., EUA, foi criado, em 1959, por intermédio de um acordo entre os países componentes da Organização dos Estados Americanos OEA. Um dos seus principais objetivos é apoiar o desenvolvimento dos países da América Latina e do Caribe, buscando melhorar os indicadores sociais da região. Atua conjuntamente com governos, organizações da sociedade civil e empresas privadas, concedendo empréstimos e realizando operações de cooperação técnica não reembolsáveis (subsídios). As políticas operacionais do Banco estão divididas em: gerais, que são aquelas comuns às atividades relacionadas aos financiamentos; e setoriais, que norteiam as atividades em áreas específicas. Além disso, há uma clara política de aquisições, a qual estabelece os critérios para compra de bens e serviços objeto de financiamentos e uma política de divulgação de informações, o que propicia um acompanhamento das atividades operacionais. O BID é composto por em sua totalidade por 48 países membros, divididos em mutuários e não mutuários. Os primeiros são todos da América Latina e Caribe e somam 26 nações. O restante é representado por países de diversos continentes que são membros avulsos. Os países membros não mutuários do BID são em número de 22 e sua associação se dá por meio de subscrição de capital. Os benefícios advindos desta parceria são representados pela preferência nos processos de aquisições e contratações provenientes dos projetos financiados pelo banco, pois somente países membros podem fornecer insumos (materiais, equipamentos e serviços) para o desenvolvimento de negócios dos países membros mutuários. Atualmente, o BID dispõe de recursos da ordem de US$170 bilhões. Os programas e projetos são financiados por empréstimos que, geralmente, obedecem a taxas de mercado. Contudo, alguns, dependendo de suas características e destinações, são subsidiados com recursos especiais. O BID tem uma capacidade anual de financiamento em torno de US$8 bilhões. Outra vantagem das linhas de financiamento são os prazos de repagamento, variando entre 8 e 15 anos, para o setor privado, e 15 e 25 anos, para o setor público. As taxas de juros cobradas 4

5 são compostas pelos custos incorridos pelo Banco para captação de recursos, acrescidos de encargos e spreads. Também são cobradas comissões de análise (para definição da aprovação do pleito), comissões de manutenção de linha de crédito (para recursos não desembolsados), comissões de estruturação de financiamento e comissões de administração de recursos. Existem dois tipos de empréstimos disponibilizados pelo BID: (i) em Moeda Única (normalmente, o dólar americano) com taxa de juros ajustável e revista a cada seis meses e (ii) em Moeda Única com taxa de juros vinculada à taxa de juros do mercado interfinanceiro de Londres (LIBOR), revisitada a cada três meses. Ressalte-se que os empréstimos do BID podem ser divididos em duas tranches: BID A Loan aporte direto de recursos e BID B Loan aporte de recursos por bancos comerciais com garantia do BID Banco Mundial O Banco Mundial, criado em 1944 para financiar a reconstrução das nações devastadas pela 2ª Guerra Mundial, tem, atualmente, como função principal, prestar financiamentos para o combate à pobreza nos países em desenvolvimento. Sua composição administrativa é a de uma cooperativa, onde os países membros, num total de 186, são acionistas e sua capitalização depende da representatividade de sua economia. Os recursos disponíveis são utilizados para construção de escolas, hospitais, estradas, fontes de energia e demais projetos que visem à melhoria da qualidade de vida dos povos dos países mutuários. O Grupo Banco Mundial é composto por cinco entidades distintas: Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD) - fornece empréstimos e assistência técnica para países em desenvolvimento; Agência Internacional de Desenvolvimento (AID) - busca a redução da pobreza nos países mutuários mais pobres, através de financiamentos sem juros estes dois organismos (BIRD e AID) formam o que se chama efetivamente de Banco Mundial; Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (AMGI) - oferece garantias a investidores estrangeiros em empréstimos a países em desenvolvimento; Corporação Financeira Internacional (CFI) - objetiva o crescimento das nações em desenvolvimento através de empréstimos ao setor privado e da prestação de assessoria técnica a empresas e governos; e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI) - atua como mediador em embates jurídicos para resolução de disputas entre investidores estrangeiros e os países anfitriões, mediante decisão conciliatória ou arbitrada. O Banco Mundial aproveita-se de sua potencialidade creditícia para captar recursos no mercado financeiro internacional a taxas privilegiadas e repassá-los em condições similares a países em desenvolvimento que não teriam esta mesma possibilidade. Estes empréstimos financiam investimentos em bens, obras e serviços em infra-estrutura que gerem desenvolvimento social e econômico ao país mutuário, que, em determinadas circunstâncias, pode obter carência de até dez anos para iniciar o pagamento da dívida Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Fundado em 20 de junho de 1952, o BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e seu objetivo principal é dar apoio a empreendimentos industriais e de infra-estrutura que visem ao desenvolvimento do Brasil. Trata-se do maior financiador de longo prazo do mercado brasileiro. 5

6 As operações de financiamento podem ser realizadas de três formas distintas: (i) direta feita diretamente pelo BNDES ou por intermédio de um mandatário, mediante apresentação de carta-consulta; (ii) indireta realizada através de uma instituição financeira credenciada; e (iii) mista feita de forma combinada, ou seja, pelo BNDES e por um agente credenciado. As operações dividem-se em: (i) operações de financiamento realizadas diretamente pelo BNDES; (ii) operações de financiamento realizadas através de instituições financeiras credenciadas; e (iii) operações de financiamento realizadas diretamente com o BNDES e/ou por meio de instituições financeiras credenciadas Empréstimo Ponte, Financiamento a Empreendimentos (FINEM) e Project Finance. As principais etapas da tramitação dos projetos são: (i) Consulta Prévia a empresa interessada envia a solicitação de apoio; (ii) Perspectiva neste nível são cadastrados como pendentes os projetos que não apresentaram todas as informações requeridas; (iii) Enquadramento fase de avaliação da viabilidade de execução do projeto e do comprometimento de aporte de recursos próprios; (iv) Apresentação do Projeto apresentação de todas as informações e documentações no prazo máximo de 60 dias a contar da data do enquadramento; (v) Análise do Projeto o BNDES tem um prazo de 60 dias para elaborar sua análise e decidir pela aprovação ou não; (vi) Contratação nesta fase, a área jurídica do Banco elabora o instrumento contratual, que deve ser firmado no prazo de até 60 dias após a data de aprovação do projeto; e, (vii) Desembolsos são as liberações de recursos de acordo com o cronograma estabelecido. O BNDES possui um programa próprio para financiamento de projetos na modalidade Project Finance. É necessário que a entidade beneficiária do programa seja uma SPE com a finalidade única de implementar o projeto a ser financiado, que os fluxos de caixa, riscos e patrimônio do projeto estejam apartados da empresa patrocinadora, que as receitas futuras projetadas sejam contratualmente cedidas em favor dos órgãos financiadores e que os fluxos de caixa futuros sejam suficientes para honrar o serviço da dívida contraída para execução do empreendimento. Uma série de garantias é requerida dos mutuários para obtenção dos recursos financiáveis pelo BNDES, a saber: (i) Garantias Pré-Operacionais na fase de implantação do projeto, o beneficiário deve comprometer-se a aportar recursos próprios, celebrar contratos que garantam a conclusão do projeto no cronograma previsto e contratar um seguro-garantia contra riscos diversos, tendo como beneficiários os financiadores do projeto (BNDES e/ou bancos credenciados); (ii) Garantias Operacionais o mutuário deve penhorar as ações da SPE em favor dos financiadores. Os financiadores ainda podem solicitar aval ou fiança do tomador do crédito; e (iii) Garantias Reais o Banco exige garantias reais de 130% do valor disponibilizado, podendo dispensá-las, caso haja o compromisso do beneficiário em não ofertar a terceiros as mesmas garantias e/ou recebíveis sem prévia consulta e expressa autorização dos financiadores. Os prazos de amortização da dívida contraída são analisados individualmente, de acordo com a capacidade de geração de caixa pela sociedade beneficiária. Realizada esta avaliação, o BNDES estipula seu nível de participação no empreendimento, que poderá alcançar até 75% do ativo total projetado Corporação Andina de Fomento 6

7 A Corporação Andina de Fomento (CAF), criada em 1970, é uma instituição financeira multilateral sediada em Caracas, na Venezuela, cujo objetivo é prestar assistência financeira a empresas públicas e privadas da América Latina, visando ao desenvolvimento sustentável e integração dos países da região. A CAF possui entre seus acionistas 16 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela), Espanha e Portugal, por seus interesses de investimento nos países de mesma língua-pátria, além de catorze bancos privados da região andina. Por meio da captação de recursos nos mercados de capitais internacionais, a CAF promove investimentos e oportunidades de negócios para a região. Assim, oferece uma vasta gama de produtos e serviços para atender as mais variadas necessidades de seus clientes, a exemplo de: Assessoria Financeira; Cooperação Técnica; Empréstimos de curto, médio e longo prazos; Financiamento Estruturado; Garantias e Avais; Garantias Parciais; Linhas de Crédito; Participações Acionárias; e Serviços de Tesouraria. Como objeto principal de abordagem deste artigo, é importante destacar que a CAF também atua na área de financiamentos estruturados do tipo Project Finance. Deste modo, são estudados projetos dirigidos ao setor de infra-estrutura e que tenham, preferencialmente, contratos de concessão já outorgados pelos poderes concedentes locais como forma de minimizar os riscos regulatórios e políticos dos empreendimentos Compagnie Française d Assurance pour le Commerce Extérieur A Compagnie Française d Assurance pour le Commerce Extérieur (COFACE) é uma empresa francesa, sediada em Paris, e faz parte de um dos maiores conglomerados financeiros da França, o Grupo Natixis Banques Populaires. A empresa, há mais de 60 anos atuando no mercado mundial e presente em mais de 60 países, possui colaboradores e 135 mil clientes ao redor do globo. Sua linha de serviços compreende: seguro de crédito doméstico e de exportação (seu carro-chefe), gestão de cobrança nacional e internacional, informações comerciais estratégicas e financiamento de recebíveis. Sua estratégia de atuação está representada no modelo de negócios abaixo: 7

8 Figura 02 Modelo de Negócios da COFACE Fonte: COFACE, 2011 Presente no Brasil desde 1998, a COFACE adquiriu, em 2009, o controle da Sociedade Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE), que possuía características de atuação semelhantes às de sua matriz. Dentro das linhas de serviços citadas anteriormente, seu Seguro de Crédito Doméstico possui coberturas para processos falimentares (falência e recuperação judicial) e mora simples; o Seguro de Crédito à Exportação cobre riscos comerciais e riscos políticos e extraordinários até o limite de 90% do limite de crédito segurado e não pago; gestão de cobrança nacional e internacional, através dos serviços de recuperação e gerenciamento de carteiras vencidas; informações comerciais estratégicas, amparadas por um banco de dados de mais de 56 milhões de empresas em todo o mundo, proporcionando um maior conhecimento dos potenciais clientes; e financiamento de recebíveis, mixando securitização, gestão e financiamento de recebíveis corporativos Japan Bank for International Cooperation É uma entidade internacional de cooperação criada em 1999 e constituída em sua totalidade por capital do governo japonês. Seu objetivo principal é fortalecer as relações econômicas entre o Japão e parceiros estrangeiros do setor privado, através de financiamento preferencial ao investimento externo e comercial de empresas japonesas. Por intermédio do mecanismo de International Financial Operations (IFO), o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) apóia, direta e indiretamente, empresas japonesas na importação, exportação e investimento em diversos países em todos os continentes. Todas as operações apoiadas por financiamentos concedidos consideram o chamado Japan Interest, ou seja, o interesse japonês de investir em outros países. No caso brasileiro, o apoio pode se dar em conjunto com outros organismos financeiros, como Banco Mundial, BID ou BNDES e devem ser destinados, prioritariamente, aos segmentos de infraestrutura, energia e recursos naturais, além de projetos chamados de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), voltados ao combate do efeito-estufa. O suporte financeiro a empresas japonesas, suas matrizes ou filiais localizadas em solo brasileiro, seja em processos de exportação ou importação de bens e serviços, é ponto-chave para o Banco. 8

9 Os passos para obtenção de um empréstimo na modalidade IFO são os seguintes: (i) contato direto com o JBIC; (ii) escolha do tipo de financiamento; (iii) análise de viabilidade do projeto; (iv) análise de risco de crédito do projeto; (v) negociação do contrato, das garantias e condições gerais de financiamento; (vi) submissão dos termos contratuais à Diretoria do JBIC; (vii) aprovação do financiamento pela Diretoria; (vii) assinatura do contrato de financiamento; e (ix) monitoramento do projeto. As operações de IFO podem ter seis modalidades distintas, tratadas a seguir: (1) Financiamento à exportação financia os exportadores japoneses, os importadores nos países de destino dos bens de capital/serviços tecnológicos ou os bancos estrangeiros responsáveis pelas transações; (2) Financiamento à importação efetua empréstimos ao importador japonês ou ao exportador estrangeiro; (3) Financiamento ao investimento externo apóia investimentos diretos de empresas ou investidores japoneses no exterior; (4) Financiamento não vinculado são recursos de longo prazo para projetos de desenvolvimento da infraestrutura sócio-econômica de países em desenvolvimento não vinculados à aquisição de bens e serviços de empresas japonesas; (5) Garantia destina-se a operações financeiras de bancos privados, lançamento de títulos de governos estrangeiros em mercado de capitais, fianças bancárias para exportações de equipamentos japoneses ou importações de recursos naturais essenciais ao Japão e empréstimos de empresas japonesas; (6) Participação acionária realiza injeção de recursos em subsidiárias de empresas japonesas com vistas à execução de projetos de interesse estratégico Banco do Brasil S.A. De acordo com Oliveira e Pacheco (2005), o Banco do Brasil (BB) é o banco mais antigo do país, criado por D. João VI, em Trata-se de uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo Federal. A participação deste, por intermédio do Tesouro Nacional, é de 59,1% das ações ordinárias, ficando a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) com 10,4%, BNDES Participações (BNDESPAR) com 0,1%, 15,5% em poder de estrangeiros e o restante, 14,9%, com os demais acionistas em mercado (CVM, 2011). Dentre suas atividades, o Banco do Brasil tem as seguintes atribuições (OLIVEIRA e PACHECO, 2005): (i) Administrador da Câmara de Compensação de Cheques e Outros Papéis; (ii) Agente financeiro do Tesouro Nacional; (iii) Executor dos serviços bancários de interesse do governo federal e de suas autarquias; e (iv) Financiador da atividade agropecuária do País, com recursos advindos de depósitos em cadernetas de poupança. Por intermédio da atuação de suas diversas áreas, principalmente a Comercial e a de Mercado de Capitais, o Banco pode estruturar operações que propiciem recursos financeiros a empresas para desenvolvimento de projetos estruturados, inclusive na modalidade Project Finance. Este apoio pode se dar através de operações financeiras lastreadas em recursos próprios (financiamento direto de longo prazo), recursos provenientes de operações igualmente de longo prazo em mercado de capitais e de fundos governamentais administrados pelo Banco, com o objetivo de alavancar o desenvolvimento regional, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) Demais Bancos Comerciais 9

10 Os bancos comerciais privados têm como função principal o suprimento de fundos em quantidade adequada para financiar, a curto, médio e longo prazos, atividades comerciais, industriais, de prestação de serviços e pessoas físicas. Esses bancos nada mais são do que intermediários financeiros, ou seja, captam recursos de quem os tem de sobra, os chamados poupadores, remunerando seu capital a uma determinada taxa, e emprestando esses mesmos recursos a quem deles necessita, chamados de tomadores de recursos, cobrando uma taxa superior à paga aos aplicadores. Desta forma, fica estabelecido o spread bancário, que é a diferença entre as taxas de captação e de aplicação de recursos. Basicamente, é deste modo que os bancos auferem seu lucro. Segundo Fortuna (2002), para atender esses objetivos, os bancos podem: captar depósitos à vista e a prazo; descontar títulos comerciais; efetuar a prestação de serviços à sua clientela; obter recursos externos para repasse a clientes; obter recursos junto a instituições oficiais para repasse aos clientes; promover a abertura de limites de créditos; realizar a abertura de contascorrentes; e realizar operações financeiras especiais, incluindo crédito rural, de câmbio e de comércio exterior. Bancos comerciais nacionais ou estrangeiros, principalmente os de médio e grande porte, possuem em seu portfólio de serviços, como visto acima, a realização de operações específicas, as quais incluem o financiamento de projetos. Muitos deles suportam linhas creditícias próprias para Project Finance, operam em mercado de capitais para obtenção de recursos de terceiros, lançando títulos ou montando operações estruturadas, ou, simplesmente, atuam como intermediários em repasses de bancos de fomento. 6. Conclusão A estruturação de empreendimentos mediante a aplicação da técnica do Project Finance necessita de amplo apoio financeiro para sua execução. Organismos internos e externos encontram-se aptos a prover financiamentos nesta modalidade, sendo necessário um esforço de unicidade na consecução dos tratamentos individuais para obtenção de linhas de financiamento adequadas, em volumes, taxas e prazos, para empreitadas deste tipo. Com a experiência adquirida ao longo dos últimos 20 anos, o BNDES, como principal agente de fomento do governo federal, assim como outras entidades públicas e privadas, já assimilaram conceitualmente as características do Project Finance e podem dar o apoio financeiro necessário a estruturações do gênero. As agências externas de financiamento, como BID e JBIC, também têm muito a contribuir na alavancagem de projetos que se mostrem economicamente viáveis, vis-à-vis a larga experiência obtida ao longo de décadas de apoio a empreendimentos estruturados na modalidade Project Finance. O quadro a seguir resume as entidades abordadas neste artigo: 10

11 Quadro 01 Financiadores em Project Finance Por isso, crê-se que este modelo de financiamento possa ser utilizado de forma bastante intensa por investidores brasileiros e estrangeiros, de modo a proporcionar condições de desenvolvimento da infraestrutura nacional, viabilizando a construção de usinas de energia, estradas, portos, aeroportos e, assim, permitindo a continuidade do crescimento do País. Referências BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID. Disponível em: < Acesso em: 20 dez BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES. Disponível em: < Acessos em diversas datas. BORGES, LUIZ F. X. Project Finance e Infra-estrutura: Descrição e Críticas. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS CVM. Disponível em: < Acesso em 21 dez FINNERTY, JOHN D. Project Finance: Engenharia Financeira baseada em ativos. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., FORTUNA, EDUARDO. Mercado Financeiro: produtos e serviços / 15ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., GIL, ANTONIO C.; Como Elaborar Projetos de Pesquisa / 4ª ed. São Paulo: Atlas, JAPAN BANK FOR INTERNATIONAL COOPERATION - JBIC. Disponível em: < Acesso em: 23 set OLIVEIRA, GILSON A. & PACHECO, MARCELO M.. Mercado Financeiro. São Paulo: Editora Fundamento Educacional,

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