TOXOPLASMOSE FONTES DE INFECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS REVISÃO
|
|
- Maria do Pilar Araújo Marroquim
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 U UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO SANDRA REGINA DIAS MONTEIRO TOXOPLASMOSE FONTES DE INFECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS REVISÃO RECIFE-PE 2009
2 SANDRA REGINA DIAS MONTEIRO TOXOPLASMOSE FONTES DE INFECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS REVISÃO Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal. Orientadora: Prof.ª Msc. Edenilze Teles Romeiro UFRPE RECIFE - PE 2009
3 Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA M775t Monteiro, Sandra Regina Dias. Toxoplasmose fontes de infecção e contaminação dos alimentos revisão / Sandra Regina Dias Monteiro. Mossoró, f. Monografia (Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Orientadora: Prof. Msc. Edenilze Teles Romeiro. 1.Toxoplasmose. 2.Zoonose. 3.Transmissão. I.Título. CDD: Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva CRB15 120
4 SANDRA REGINA DIAS MONTEIRO TOXOPLASMOSE FONTES DE INFECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS REVISÃO Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de especialização em Higiene e Inspeção dos Alimentos de Origem Animal. APROVADO EM 07/03/2009 BANCA EXAMINADORA Prof o. D.Sc. Jean Berg Alves da Silva UFERSA Prof o. D.Sc. José Domingues Fontenele Neto UFERSA D.Sc. Glenda Mônica Luna de Holanda UFERSA
5 AGRADECIMENTOS A Deus por tudo que sou e por tudo que tenho. Por não me permitir perder a fé, por ter me dado força e saúde para chegar até o fim, e pelas amizades que conquistei; Aos meus pais Edvaldo Monteiro e Socorro Monteiro, que me ensinaram a viver, e que com muita confiança, dedicação, força e amor, me proporcionaram a realização deste sonho; À minha querida orientadora e amiga Edenilze Romeiro, pela orientação, competência, confiança e pelos ensinamentos transmitidos ao longo de nossa amizade; À minha irmã de coração Glenda Holanda, por me ensinar um pouco do seu vasto conhecimento, por estar ao meu lado nos momentos felizes e difíceis, sempre com muita paciência e palavras de otimismo. Obrigada por sua amizade; Aos meus amigos de curso, em especial, Suzana Vilela, Ludmylla Valadares e Luiz André Rodrigues, pela cumplicidade na realização dos trabalhos, pelo carinho, atenção e pelos momentos de descontração, que a nossa amizade perdure; À minha amiga Ana Rosa, que sempre esteve ao meu lado nas aulas e nos trabalhos, muito obrigada por me fazer rir, por seu apoio e estímulo em todos os momentos, que continuemos amigas; Ao meu noivo Claudecí Queiroz, que soube me compreender nos momentos de estresse, sempre com muito amor, paciência e dedicação; A todos que fazem a Equalis Recife, muito obrigada pelo excelente trabalho prestado, sempre com muita dedicação, atenção e eficiência; Aos professores da Equalis, pela seriedade e pelos valiosos ensinamentos transmitidos.
6 RESUMO A Toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial, e de grande importância na saúde pública e na saúde animal. O consumo de carne crua ou carne mal cozida, leite não pasteurizado e derivados de animais de produção infectados, podem ser considerados uma fonte potencialmente importante na infecção do Toxoplasma gondii para os humanos. O presente trabalho teve por objetivo discutir as fontes de infecção para os homens e animais, relatando o ciclo biológico do agente, transmissão, sinais clínicos, diagnóstico e medidas de prevenção e controle, como também a importância dos felídeos na cadeia epidemiológica. Palavras-chave: Toxoplasmose, zoonose, transmissão.
7 ABSTRACT Toxoplasmosis is a worldwide zoonosis of great importance to public and animal health. The consumption of raw or undercooked meat, non-pasteurized milk and livestock infected products, can be considered an important sources of Toxoplasma gondii for humans. The present work aims to discuss the source of infections to humans and animals, relating to the biological cycle, transmission, clinical signs, diagnosis and measures of prevention and control and the importance of felidae in the epidemiological chain. Keywords: Toxoplasmosis, zoonosis, transmission.
8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA HISTÓRICO O AGENTE Taxonomia Características Morfológicas e Ciclo Biológico Oocistos Bradizóitos Taquizóitos ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Prevalência Transmissão Fontes de Infecção SINAIS CLÍNICOS DA TOXOPLASMOSE HUMANA Toxoplasmose Adquirida Toxoplasmose Congênita TOXOPLASMOSE ANIMAL Toxoplasmose Felina Toxoplasmose Canina Toxoplasmose Suína Toxoplasmose Caprina Toxoplasmose Ovina Toxoplasmose Bovina Toxoplasmose Equina Toxoplasmose em Aves Toxoplasmose em Animais de Caça DIAGNÓSTICO Diagnóstico Parasitológico Inoculação em Camundongo Isolamento em Culturas de Células... 30
9 Pesquisa de Antígenos Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Diagnóstico sorológico Dye-Test Imunofluorescência Indireta Hemaglutinação Indireta Aglutinação Direta Modificada (MAT) Imunoensaio Enzimático (ELISA) MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS MATERIAIS E MÉTODOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 39
10 10 1 INTRODUÇÃO A toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, já descrito desde o início do século passado (NICOLLE ; MANCEAUX, 1909). O Toxoplasma está disseminado no homem, nos animais de produção, de companhia, silvestres e provavelmente em todos os animais homeotérmicos (TENTER et al., 2000). Os felídeos silvestres ou domésticos são os hospedeiros definitivos e neles o parasita realiza a multiplicação enteroepitelial que resulta na produção e eliminação de oocistos pelas fezes que contaminam o ambiente, desempenhando assim papel fundamental na transmissão do T. gondii (DUBEY, 1977). A forma de transmissão mais comum para o homem e os animais ocorre através do consumo de carne crua ou mal cozida contendo cistos teciduais do parasita ou a ingestão de água e alimentos contaminados com oocistos esporulados eliminados pelos felídeos (FRENKEL, 1990). Outras formas menos freqüentes da transmissão da doença é através de transplante de órgãos, acidentes laboratoriais, transfusão de sangue de indivíduos na fase aguda da infecção, leite de cabra não pasteurizado e ovos (AMATO NETO et al., 1995; DRESSEN, 1990). A infecção por T. gondii é geralmente assintomática, entretanto a toxoplasmose é mais grave nos casos de transmissão congênita e em indivíduos imunodeficientes (TENTER et al., 2000; BHOPALE, 2003; GROSS et al., 2004). As gestantes que nunca tiveram contato com o parasita são um importante grupo de risco. Quando adquirem a infecção durante a gestação, podem através da transmissão transplacentária, ocasionar lesões severas no feto (BROOKS, 1992; DRESSEN, 1990). A maioria dos recém nascidos infectados não apresenta sinais clínicos ao nascer, sendo freqüentes seqüelas da infecção congênita no decorrer da vida como corrioretinite, causando grave lesão ocular, podendo chegar à cegueira além de epilepsia ou deficiência mental leve (REMINGTON et al., 2006). No Brasil, o T. gondii infecta cerca de 70% da população adulta humana (NOGUEIRA et al., 1996). Em algumas regiões, 40 a 70% dos adultos sadios apresentam-se positivos para a toxoplasmose em testes sorológicos (KAWAZOE, 2005) e cerca de oito a cada crianças têm toxoplasmose congênita (MOZZATO ; SOILBELMANN PROCIANOY, 2003).
11 11 Em animais de produção tais como ovinos, suínos e caprinos a infecção pelo Toxoplasma gondii é comum e pode levar a problemas reprodutivos, que acarretam em prejuízos econômicos a seus produtores (BUXTON, 1998). Animais infectados possuem grande quantidade de cistos do parasita em diferentes órgãos e músculos e a viabilidade dos mesmos dependerá da espécie animal. Os cistos não são detectados durante a inspeção da carne nos abatedouros (DUBEY, 1988; TENTER et al., 2000). Os subprodutos da carne, como os embutidos frescais, também são importantes na transmissão do parasita ao homem caso sejam consumidos sem o tratamento térmico adequado (>67ºC) (DUBEY, 1988; DIAS et al., 2005). No leite e seus derivados o parasita permanece viável por 20 dias na temperatura de 4ºC, resistindo inclusive a processos de manufatura do queijo, por um período de 10 dias nas mesmas condições (HIRAMOTO et al., 2001). Devido o T. gondii ter uma gama de espécies que podem servir como hospedeiros intermediários e fonte de infecção para humanos e para outras espécies animais, este trabalho objetivou-se fazer um levantamento através de revisão bibliográfica para informar e esclarecer sobre estas potenciais fontes de transmissão. Principalmente a infecção pelo consumo de carne, leite e derivados contaminados, como também a importância dos felinos domésticos na epidemiologia da doença, principalmente em pequenas propriedades rurais de produção de carne, leite e derivados.
12 12 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 HISTÓRICO O Toxoplasma foi descoberto no início do século XX por Nicolle & Manceaux (1908) que relataram a presença de um parasita intracelular no baço e fígado de um roedor, no norte da África, chamado Ctenodactylus gundi Pallas, Eles acreditaram se tratar de uma forma particular de Leishmania, o denominado Leishmania gondii. No Brasil, Splendore (1908) observou o mesmo parasita no coelho, também comparando ao agente da leishmaniose visceral. Contudo, em 1909, os primeiros autores constataram que o protozoário citado não apresentava cinetoplasto, organela característica dos tripanossomatídeos e, portanto, tratava-se de um novo parasita. Renomeando, o parasita como Toxoplasma gondii em referência à sua evidenciação no roedor (NICOLLE ; MANCEAUX, 1909) Os primeiros relatos de Toxoplasma gondii em humanos datam de 1923, quando este parasita teria sido relacionado à ocorrência de cistos oculares em uma criança de 11 meses com hidrocefalia, por Janku, em Praga. Logo depois, em 1927, Torres no Rio de Janeiro descrevia a presença do microorganismo em cortes histológicos de musculatura cardíaca e esquelética e de cérebro de recém-nascido falecido com 29 dias de vida, iniciando especulações acerca da possibilidade de ocorrência da doença congênita causada pelo Toxoplasma. Mais tarde, Wolf & Cowen, em 1937 descreviam a doença congênita causada pelo Toxoplasma (AMATO NETO et al., 1995). Porém, a freqüência da infecção humana só foi conhecida a partir de 1948 com a introdução do clássico teste do corante de Sabin e Feldman. Esta reação contribuiu tanto para a realização de inquéritos epidemiológicos quanto para o diagnóstico sorológico da toxoplasmose. Neste mesmo ano, Fenkel inseriu a prova de sensibilidade cutânea à toxoplasmina no reconhecimento desta parasitose. A partir de 1957 foi introduzida a reação de hemaglutinação por Jacobs e Lunde e em 1962, a imunofluorescência indireta por Kelen e colaboradores (AMATO NETO et al., 1995). Jacobs et al.(1960) descreveram a primeira demonstração da presença de cistos do protozoário na carne de animais, dando considerável suporte à hipótese de que o homem poderia se infectar pelo consumo de carne mal cozida. Hutchion (1967) observou pela primeira vez as formas infectantes do Toxoplasma em fezes de gatos, ele acreditava que sua transmissão poderia ocorrer através de ovos do
13 13 nematóide Toxocara cati. Sua teoria foi descartada por Frenkel et al, (1970), ao observarem que a infectividade do T. gondii em fezes de gatos estava ligada a uma pequena estrutura, um oocisto coccidiano, elucidando o ciclo sexuado do parasita. No início da década de 80 ocorreram os primeiros registros de toxoplasmose no sistema nervoso central de pacientes com AIDS (LUFT et al.,1983). Sendo em 1984 reconhecido como patógeno oportunista nestes pacientes (LUFT et al., 1984) 2.2 O AGENTE TAXONOMIA O T. gondii pertence ao REINO Protista, SUBREINO Protozoa, FILO Apicomplexa, CLASSE Sporozoae, SUBCLASSE Coccidia, ORDEM Eucoccidiida, SUBORDEM Eimeriina, FAMÍLIA Sarcocystidade, SUBFAMÍLIA Toxoplasmatinae, GÊNERO Toxoplasma, ESPÉCIE gondii (KAWAZOE, 2005) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E CICLO BIOLÓGICO O Toxoplasma gondii, eucarioto intracelular obrigatório, já foi isolado em vários tecidos vivos e células nucleadas e, em líquidos orgânicos, como sangue, linfa, saliva, leite (colostro), exsudatos, esperma e líquido peritoneal (KAWAZOE, 2005; DINIZ et al, 1991; AMATO NETO et al., 1995). O mesmo é capaz de invadir e se multiplicar, ainda, em eritrócitos imaturos de mamíferos, cultura de células de peixes e insetos (KASPER ; MINEO, 1994), podendo ser facilmente mantido em diversas culturas celulares ou passagens em animais (PARK et al., 1993). Estruturalmente, o agente apresenta anel polar, conóide, microtúbulos, micronemas, microporo, grânulos densos, roptrias e membranas triplas (uma externa contínua e duas internas descontínuas) características próprias que o difere de outros protozoários. Cada uma destas estruturas é formada por proteínas relacionadas com a
14 14 invasão, formação do vacúolo parasitóforo e manutenção do parasita no interior da célula hospedeira (DUBEY, 1993; SMITH, 1995). O T. gondii possui ciclo biológico heteroxênico, ou seja, aquele que se desenvolve em hospedeiros definitivos (fase sexuada) representados pelos felídeos domésticos e selvagens, e em hospedeiros intermediários (fase assexuada) formado por diferentes espécies de mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios (DUBEY, 1994; ALVES et al., 1997). O ciclo sexuado inicia quando o hospedeiro definitivo ingere oocistos contendo esporozoítas ou cistos teciduais contendo bradizoítas. Os bradizoítas liberados dos cistos teciduais penetram nas células epiteliais, se diferenciam em taquizoítas e iniciam uma fase assexual de multiplicação por endodiogenia, produzindo micro e macrogametas. A fusão dos gametas produz o zigoto que secreta uma membrana cística rígida e este é eliminado com as fezes como oocisto não esporulado. A esporulação do oocisto ocorre de 1 a 5 dias, dependendo das condições de aeração e temperatura do meio ambiente. Quando oocistos são ingeridos pelos felídeos, os esporozoítas liberados apresentam inicialmente uma fase de multiplicação assexual em tecidos extra-intestinais, sendo que alguns parasitos migram para os tecidos intestinais e iniciam a fase sexual de reprodução (TENTER et al., 2000). Os felídeos eliminam oocistos de T. gondii nas fezes de 3 a 10 dias após a ingestão de bradizoítas, aproximadamente de 18 dias após a ingestão de oocistos esporulados e em torno de 13 dias após a ingestão de taquizoítas (DUBEY ; FRENKEL, 1976). Quando o hospedeiro intermediário ingere oocistos contendo esporozoítas ou cistos teciduais contendo bradizoítas, estes invadem o epitélio do intestino delgado, transformando-se em taquizoítas. Estes irão se multiplicar rapidamente e se disseminar pelo organismo. A resposta imune do hospedeiro limita a multiplicação dos taquizoítas, resultando na formação de cistos, os quais possuem em seu interior bradizoítas que se multiplicam lentamente (KASPER ; BOOTHPOYD, 1993) OOCISTOS Os oocistos são a forma infectante proveniente da reprodução sexuada do parasita (gametogonia) no interior das células do epitélio intestinal dos felídeos não-imunes. São esféricos, com aproximadamente 12,5 x 11,0µm de diâmetro, possuem uma parede dupla bastante resistente as condições ambientais. São eliminados nas fezes dos felinos ainda
15 15 imaturos, e no meio externo, sofrem esporulação tornando-se maduros, albergam em seu interior dois esporocistos, com quatro esporozoítos (KAWAZOE, 2005; DUBEY, 1993; AMATO NETO et al., 1995). Dependendo das condições de umidade, temperatura e local assombreado, são capazes de se manter infectante por até 18 meses (KAWAZOE, 2005). Um único felino pode liberar cerca de 100 milhões de oocistos com suas fezes, durante a fase aguda da infecção (JACKSON, 1989) BRADIZÓITOS Os bradizóitos são normalmente encontrados no interior dos cistos teciduais no organismo hospedeiro, caracterizando a forma crônica da infecção Morfologicamente são semelhantes aos taquizóitos com uma forma de lua crescente ou arco, com a extremidade anterior aguda e posterior arredondada (DUBEY et al., 1998). Sua forma de multiplicação é lenta dentro do cisto, a qual ocorre por endodiogenia ou endopoligenia. O tamanho do cisto de Toxoplasma é variável dependendo da célula parasitada e do número de bradizóitos no seu interior, podendo atingir até 200µm (KAWAZOE, 2005; REY, 2001). Os cistos teciduais apresentam alta afinidade por tecidos nervoso e muscular, localizando-se principalmente no sistema nervoso central, nos olhos e nos músculos cardíacos e esqueléticos, sendo encontrado com menor freqüência, em órgãos viscerais como pulmão, fígado e rins (DUBEY et al., 1998), podendo permanecer viáveis pelo resto da vida no hospedeiro (DUBEY ; FRENKEL, 1976), constituindo uma grave ameaça para indivíduos que venham a desenvolver uma imunodepressão ou que recebem tratamentos imunodepressores (REY, 2001). Os cistos teciduais são mais resistentes às enzimas digestivas (pepsina e tripsina) do que os taquizóitos (DUBEY et al., 1998), podem permanecer infectantes em carcaças refrigeradas de 1 a 4ºC por mais de três semanas e em peças congeladas entre -1 e -8ºC por mais de uma semana (DUBEY, 1988; KOTULA et al., 1991), sendo apenas mortos após congelamento da carne à temperatura de -20ºC ou aquecimento a 65ºC (AMATO NETO, 1995; DUBEY, 2000). Em alguns produtos cárneos o processamento por cura pode inviabilizar os cistos, dependendo da concentração de sal e temperatura de estocagem. Em condições laboratoriais, os cistos foram mortos quando em solução de 6% de NaCl em temperaturas que variavam
16 16 entre 4º a 20 ºC, mais resistiram por diversas semanas em solução de 0,85%, 2,0% e 3,3% de sal nas mesmas temperaturas (DUBEY, 1997) TAQUIZÓITOS Os taquizóitos são encontrados durante a fase aguda da infecção e possui importante função na transmissão vertical. Sua multiplicação ocorre dentro das células do hospedeiro por endodiogenia, um processo de brotamento interno em que duas células filhas são formadas dentro da célula-mãe, sendo então liberadas após ruptura. O mesmo é encontrado dentro do vacúolo citoplasmático (vacúolo parasitóforo) de várias células, como nas células do sistema mononuclear fagocitário, nos líquidos orgânicos, excreções, nas células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas e musculares. Apresenta forma de arco com uma extremidade afilada e outra arredondada, medindo aproximadamente, 2 a 6µm (KAWAZOE, 2005). São sensíveis as condições ambientais, sendo pouco resistente à ação do suco gástrico, desidratação ou variação osmótica (JACOBS et al., 1960; KAWAZOE, 2005). Contudo, estudos recentes mostraram que os taquizóitos podem sobreviver por no máximo duas horas, em pepsina, além do que a inoculação oral em altas doses podem causar infecção em gatos e ratos (DUBEY et al., 1998). 2.3 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS PREVALÊNCIA A toxoplasmose é uma zoonose que acomete milhões de pessoas no mundo, tendo sido descrita, na população humana de diversos países, soroprevalências que variam de 15% a 85% na população humana (JAMES et al., 1996) Em crianças, a soroprevalência é relativamente baixa aumentando de acordo com a idade e com a exposição a mais fatores de risco no transcorrer da vida (AMENDOEIRA et al., 1999; CANTOS et al., 2000; TENTER et
17 17 al., 2000) Nos Estados Unidos da America estima-se que a prevalência da infecção para T. gondii seja de 16% a 40%, na América do Sul e América Central e Europa estima-se que a infecção seja de 50 a 80% (DUBEY et al., 1998), enquanto que na Austrália, a prevalência é de 4%; na Finlândia, 20%; Polônia, 36%; Áustria, 37%; Itália, 40%; Etiópia, 48%; Bélgica, 53%; Panamá, 63%; e em El Salvador, 75% (McCABE ; REMINGTON, 1988; ROSS et al., 1993). No Brasil, estima-se que 70% da população adulta humana esteja infectada (NOGUEIRA et al., 1996). Em algumas regiões, 40 a 70% dos adultos sadios apresentam-se positivos para a toxoplasmose em testes sorológicos (KAWAZOE, 2005). Em Recife a taxa de soroprevalência é de 64% (COÊLHO et al., 2003), em São Paulo e Minas 68%; no Rio de Janeiro, de 79%; no Rio Grande do Sul, 74,5%; e na Região Amazônica, 71% e entre indígenas brasileiros, variou de 52% a 65% (AMENDOEIRA et al., 1999). As diferenças nas taxas de prevalência para a toxoplasmose na população humana mundial são atribuídas a fatores relacionados com: localização geográfica, condições ambientais, tipos de fauna, hábitos culturais, grau de desenvolvimento do país, infra-estrutura hídrica e sanitária (REMINGTON et al., 2006) TRANSMISSÃO A transmissão do T. gondii pode ocorrer através da via oral (por ingestão de alimentos contaminados), congênita ou transplacentária. Deve-se também considerar a transmissão por transfusão de sangue ou derivados, transplante de órgãos e acidentes laboratoriais com material biológico (KAWAZOE, 2005). A infecção por via oral é a forma mais comum de transmissão para o homem e os animais. Ocorre pela ingestão de cistos teciduais em alimentos como carne crua ou mal cozida e vísceras (DUBEY ; BEATTIE, 1988; FRENKEL, 1990; DUBEY, 2000; KAWAZOE, 2005), alimentos contaminados pelos oocistos esporulados presentes no solo e também na água (DUBEY ; BEATTIE, 1988; MORRIS, 1996) e ingestão de taquizóitos encontrados no leite e em ovos contaminados podem ser considerados uma potencial forma de transmissão do parasito (TENTER et al., 2000; HIRAMOTO et al., 2001; REY, 2001). Uma das formas mais graves de transmissão tanto para os homens quanto para os animais ocorre pela via congênita ou transplacentária, onde o agente na sua fase de taquizóito passa através da barreira transplacentária para o feto, principalmente quando as fêmeas
18 18 adquirem a infecção primária durante a gestação, ou em casos de reativação da infecção devido à imunossupressão (DUBEY et al., 1994; AMENDOEIRA et al., 1999; HILL ; DUBEY, 2002; FRENKEL, 2004). Existem relatos de transmissão através da transfusão sanguínea e transplante de órgãos de um doador soropositivo e um receptor imunocomprometido (CAMARGO, 2001). Segundo Chinchilla et al. (1994), os oocistos infectantes podem ser disseminados por vetores mecânico, como: minhocas, moscas e baratas, podendo assim contaminar água e alimentos que serão consumidos pelo homem e outros animais. Pode ainda ocorrer à transmissão por via cutânea ou percutânea (pele integra ou lesionada), através de manipulação, uso de facas ou outros utensílios com carnes cruas contaminadas, além de superfícies onde são preparados os alimentos (SMITH et al., 1992) FONTES DE INFECÇÃO Vários fatores apresentam impacto na epidemiologia da infecção por T. gondii, dentre eles o tipo de manejo e produção de animais; critérios de higiene em abatedouros; processamento e tecnologia de alimentos; densidade populacional de gatos ou felinos selvagens; condições ambientais que influenciam na esporulação dos oocistos; localização geográfica; assim como os diferentes hábitos alimentares das pessoas (FREYRE et al., 1993; TENTER et al., 2000) O gato doméstico e os felinos selvagens são provavelmente a principal fonte de contaminação ambiental, pois liberam grande quantidade de oocistos permitindo assim a continuidade do ciclo biológico do parasito. Os oocistos quando esporulados sobrevivem por longo período em condições ambientais adequadas, como em solo úmido, podendo sobreviver de meses a anos (TENTER et al., 2000; DUBEY, 2004) tornando assim uma fonte de infecção para o homem quando esses são levados diretamente a boca (comum em crianças), assim como, para outros animais como roedores e aves ou quando contaminam água e alimentos (CHINCHILLA et al., 1994). Embora, o consumo de carne crua ou mal cozida e vísceras sejam considerados uma importante fonte de infecção para o homem e os animais, o tipo de carne apontada com o maior risco varia de acordo com a situação de cada região, levando-se em conta a taxa de consumo e a soroprevalência em cada espécie animal na região estudada (COOK et al., 2000).
19 19 Dentre os animais de produção os cistos teciduais são frequentemente observados em suínos, ovinos e caprinos, e menos em aves, bovinos, coelhos e eqüinos. Os bovinos e bubalinos apresentam uma maior resistência a infecção pelo Toxoplasma (TENTER et al., 2000). Alguns autores afirmam que a criação de forma extensiva dos animais de produção pode levar a uma maior chance de contaminação destes com oocistos de T. gondii no ambiente. Além disso, o interesse pelo consumo da carne de animais selvagens como javali, lebre, urso, cervídeos e cangurus, tornou-se uma fonte importante de infecção para os humanos (OLIVEIRA et al., 2004). O leite não pasteurizado de ovelhas, cabras, vacas e camelas contendo taquizoítos, podem ser potenciais fontes de infecção do T. gondii para o homem (TENTER et al., 2000; SPALDING et al., 2003). A infecção pela ingestão de leite não pasteurizado (cru), principalmente de cabras, tem sido documentada em humanos, e a transmissão via lactação de gatas infectadas para seus filhotes foi confirmada. Existem relatos de que a infecção do T. gondii também possa ocorrer através do leite humano para os bebês em fase de aleitamento (POWELL et al., 2001) SINAIS CLÍNICOS DA TOXOPLASMOSE HUMANA A toxoplasmose humana pode ser dividida em duas formas, a toxoplasmose adquirida que pode ocorre em qualquer fase da vida do individuo e a congênita que é transmitida da mãe para o filho durante a gestação TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA A toxoplasmose adquirida em pacientes imunocompetentes é normalmente de curso benigno e a infecção na maioria das vezes é assintomática. Comumente os sintomas observados são: febre, cefaléia, mialgias, sensação de fadiga e linfadenopatia cervical ou cervical/axial. Outras manifestações menos frequente são miocardite, polimiosite, pneumonite, hepatite e encefalite (TENTER et al., 2000; YAMAMOTO, et al., 2000). Entretanto, os portadores de doenças imunossupressoras (leucemias, linfomas,
20 20 agamaglobulinemia e AIDS), ou fazendo uso de drogas imunossupressoras, podendo desenvolver doença severa e algumas vezes fatal. (SÁFADI ; FARHAT, 1998). Têm sido relatados diversos casos de retinocoroidite (toxoplasmose ocular), em indivíduos com a forma adquirida. É uma consequência de uma infecção aguda com presença de taquizoítos ou crônica com a presença de cistos contendo bradizoítos localizados na retina (MARTINS et al., 1990). Os principais sintomas incluem baixa acuidade visual, embaçamento e diminuição do campo visual, hiperemia conjuntival e ciliar, dor e fotofobia (SÁFADI ; FARHAT, 1998). Em pacientes com AIDS, somados a lesões discretas ou multifocais pode estar presentes uma necrose difusa da retina associada à leve inflamação e grande número de parasitos. As lesões podem evoluir para uma cegueira parcial ou total ou podem se curar por cicatrização (KAWAZOE, 2005). A encefalite por T. gondii é frequentemente observada em mais de 40% dos pacientes com AIDS, sendo o resultado da reativação dos cistos teciduais latentes. As manifestações clínicas incluem, cefaléia, febre, anomalias focais manifestando hemiparesias (paralisia) leve até perda da capacidade de coordenação muscular, confusão mental, convulsões,letargia, que pode progredir para estupor, coma, até a morte (TORREY ; YOLKEN, 2003; KAWAZOE, 2005) TOXOPLASMOSE CONGÊNITA A toxoplasmose congênita geralmente ocorre quando a mulher é infectada com o Toxoplasma gondii durante a gestação (REMINGTON et al., 2006). No entanto, em mulheres grávidas imunocomprometida, pode reativar uma infecção adquirida antes da gestação (SCHANTZ ; McAULEY, 1991). O risco de infecção congênita é menor quando a infecção materna é no primeiro trimestre (10 a 15%) e maior quando a infecção ocorre no terceiro trimestre (60 a 90%) (DUNN et al., 1999; FOULON et al., 1999; REMINGTON et al., 2006). Contudo, a toxoplasmose congênita é mais severa quando ocorre no primeiro trimestre de gestação (DUBEY et al., 1994; AMENDOEIRA et al., 1999; HILL ; DUBEY, 2002; FRENKEL, 2004). As conseqüências da toxoplasmose congênita irão depender do período da gestação. No primeiro trimestre da gestação, ocorrerá, na maioria das vezes um aborto espontâneo devido ao parasita ter se disseminado por todos os órgãos do feto (SPALDING,
21 ; TENTER et al., 2000). No segundo trimestre pode ser observado aborto ou nascimento prematuro podendo a criança apresentar-se normal ou com uma das formas mais grave doença descrita síndrome ou tétrade de Sabin, assim caracterizada calcificações intracranianas, retinocoroidite e hidrocefalia. Quando a infecção ocorre no terceiro trimestre a criança pode nascer normal e apresentar seqüelas no decorrer da vida, como retinocoroidite, comprometimento ganglionar generalizado, edema, miocardite, anemia e trombocitopenia (SÁFADI ; FARHAT, 1998; KAWAZOE, 2005). 2.5 TOXOPLASMOSE ANIMAL O papel dos animais como reservatório e fonte de infecção é de suma importância na transmissão da toxoplasmose para os humanos, pelo fato desses animais coabitarem próximo ao homem e servirem de alimento para os mesmos (CAMARGO et al., 1995) TOXOPLASMOSE FELINA Os felinos são importantes na epidemiologia da toxoplasmose, pois são os únicos hospedeiros definitivos e apresentam a forma sexuada do parasito (LANGONI et al., 2001; DUBEY et al., 2004). A prevalência nestes animais tende a aumentar com a idade do indivíduo devido às maiores chances de exposição ao parasito com o passar dos anos. Assim como, o modo de vida, pois gatos semi-domiciliados e errantes tem o hábito de caçar (carnivorismo). Já os domiciliados geralmente são alimentados com produtos industrializados (ração), que são livres da forma viável do Toxoplasma gondii (DUBEY, 1994; NOGAMI et al., 1998; GARCIA et al., 1999; GONÇALVES NETO et al., 2003). Os felinos se infectam tanto pela ingestão de oocistos infectantes no ambiente, quanto pela ingestão de cistos teciduais presentes nos hospedeiros intermediários (TENTER, et al., 2000). Os sinais clínicos comumente observados no ciclo extraintestinal são enterite, linfonodos mesentéricos dilatados, pneumonia, encefalite, vômitos, febre, miocardite, irite, uveíte anterior e posterior, retinocoroidite, icterícia, anemia e aborto. A transmissão pode
22 22 ocorrer após ativação de cistos durante a prenhez (FREYRE ; FALCON, 1989; ARAÚJO, et al., 1998). Os filhotes com infecção transplacentária desenvolvem os sinais clínicos mais severos e geralmente morrem. Gatos infectados experimentalmente com T. gondii e com o vírus da imunodeficiência felina (VIF), apresentaram severa pneumonia e hepatite, ao passo que aqueles não infectados com VIF, desenvolveram corioretinite multifocal e uveíte anterior. Pneumonia é a manifestação mais importante em felinos com toxoplasmose (DUBEY et al., 2005). A toxoplasmose aguda pós-natal pode desenvolver-se em indivíduos aparentemente normais com a ingestão de grande número de oocistos esporulados ou bradizoítos levando a doença clínica (ARAÚJO, et al., 1998; DAVIDSON, 2000). Diversos trabalhos no mundo têm registrado a soroprevalência da toxoplasmose felina. Nos Estados Unidos foram realizados estudos no estado de Oklahoma, EUA, dos 618 gatos testados 22% foram positivos (RODGERS ; BALDWIN, 1990) e em Ohio dos 275 gatos submetidos a exame 48% foram soropositivos (DUBEY et al., 2002). Na Espanha a soroprevalência foi de 32,2% (MIRÓ et al., 2004). No Brasil, o estudo de Silva et al. (2002) constatou prevalência de 26,7% de anticorpos contra T. gondii em gatos na cidade de São Paulo. Analisando também soro de 191 gatos em três cidades paulistas e uma paranaense foi encontrado 19,4% de soropositividade (LANGONI et al., 2001). No Estado do Paraná de 58 gatos estudados 84,4% foram positivos para anticorpos contra T. gondii (DUBEY et al., 2004) TOXOPLASMOSE CANINA A Toxoplasmose canina foi descrita pela primeira vez por Melo (1910), em Turin na Itália, em uma cadela que apresentava febre, anorexia, emagrecimento, anemia, vômito e diarréia, ao realizar a necropsia foram observados edema generalizado, pequenos nódulos com parasitas nos pulmões, exsudato sero-sanguinolento no tórax, úlceras intestinais e ligeira hipertrofia de fígado, baço e gânglios mesentéricos. No Brasil, a infecção foi descrita logo em seguida por Carini (1911). Os animais jovens são mais susceptíveis à infecção do que os adultos, entretanto não existe conhecimento de sua transmissão congênita. As manifestações clínicas da toxoplasmose em cães são pneumonia, hepatite e encefalites (DUBEY ; LAPPIN, 2006). Os
23 23 cães se infectam pela ingestão de carne de outros animais contendo cistos de T. gondii (FRENKEL, 1990). Lindsay et al. (1997), demonstraram que cães infectados com oocistos esporulados, foram capazes de eliminar oocistos viáveis nas fezes, por dois dias após a infecção, sem apresentar sinais clínicos da doença. Desta forma, os cães estariam envolvidos com a transmissão mecânica de T. gondii ao homem. Neste mesmo experimento, outro grupo de cães teve seu pelame contaminado com oocistos não esporulados, para observar se estes esporulavam, não sendo detectada esporulação. Ishizuka & Yasuda (1981), realizaram um inquérito sorológico utilizando o teste de Imunofluorescência Indireta em 1256 amostras de soro de cães oriundo do centro de zoonose de São Paulo, sendo observado 63,80% de soropositividade. Navarro et al. (1997), analisaram 312 amostras séricas de cães provenientes do Hospital veterinário de Londrina-Paraná, encontraram uma prevalência de 23,40% de animais sororeagentes, pela técnica de Imunofluorescência Indireta. Meireles et al. (2004), encontram 50,5% de positividade em animais errante de áreas metropolitana de São Paulo TOXOPLASMOSE SUÍNA A toxoplasmose em suínos foi descrita por Farrel et al. (1952), em Ohio, nos Estados Unidos, em um rebanho que apresentava alta mortalidade em animais de diferentes faixas etárias. No Brasil, o primeiro relato dessa parasitose, nesta espécie, foi realizado por Silva (1959), que descreveu um caso no estado de Minas Gerais. A grande importância da toxoplasmose em suínos está relacionada com as perdas reprodutivas e suas implicações na saúde, uma vez que estudos epidemiológicos sugerem que a ingestão de cistos em carne crua ou mal cozida é uma fonte de transmissão importante para a população humana (FIALHO ; ARAÚJO, 2002). Os subprodutos da carne, como os embutidos, também são importantes na transmissão do parasito ao homem caso sejam consumidos sem o devido tratamento térmico (>67ºC) (DUBEY, 1996; DIAS et al., 2005). Os principais transtornos reprodutivos causados pelo Toxoplasma gondii em fêmeas suínas que se infectam pela primeira vez durante a gestação, são: aborto, natimortalidade e mumificação fetal. Entre os leitões que nasceram aparentemente normais, foram observados títulos elevados de anticorpos anti-toxoplasma (VIDOTTO ; COSTA, 1987; VIDOTTO et
24 24 al., 1987 ). Foram encontrados T. gondii viáveis em colostro e leite de fêmeas infectadas em período de aleitamento (DUBEY ; BEATTIE, 1988). A transmissão ocorre pela ingestão de água e/ou ração contaminada com oocistos presentes nas fezes de felinos, cistos em roedores, carne ou restos de alimentos infectados, ou infecção transplacentária (FRENKEL, 1990; SMITH et al., 1991; DUBEY et al., 1995; ARAÚJO, 1999). Os oocistos, provenientes das fezes de gatos, são a principal fonte de infecção para os suínos em sistema de criação com acesso a pasto. Desta forma, suínos criados em confinamento total têm menor probabilidade de se infectar pelo parasito (ASSADI-RAD et al., 1995; GAMBLE et al., 1998; TSUTSUI et al., 2003). Vidotto et al. (1987) realizaram um levantamento sorológico em suínos abatidos nos municípios da região de Londrina e apuraram uma taxa de 34,62% de soropositivos para o Toxoplasma gondii e, em estudo posterior, Vidotto et al. (1990) encontraram 37,84% de suínos sororeagentes, demonstrando o alto grau de infecção do meio ambiente por oocisto do T. gondii. Navarro et al. (1992) obtiveram um percentual de 20,26% das amostras de carne de suíno do Estado do Paraná positivas e Tsutsui et al. (2003) observaram uma prevalência de 15,35% em granjas suinícolas da mesma região. No Estado de São Paulo, Suaréz-Aranda et al. (2000), realizaram estudo em suínos abatidos em frigorífico, onde verificaram 9,6% de soropositivos TOXOPLASMOSE CAPRINA Os caprinos podem ser seriamente acometidos pelo T. gondii e a infecção causar sérios transtornos reprodutivos, como morte embrionária, morte fetal, reabsorção fetal, feto mumificado, natimortalidade, abortos ou nascimento de animais debilitados, ocasionando grande prejuízo econômico aos criadores (DUBEY, 1990). Em infecções experimentais, foi constado a eliminação do agente através do leite, saliva, urina (VITOR et al., 1991) e sêmen (DUBEY ; SHARMA, 1980), possibilitando assim a ingestão de excreções contaminadas entre animais confinados (VITOR et al., 1991). O isolamento do agente a partir de diferentes tecidos de caprinos, aparentemente saudáveis, foi descrito vários autores (HAGIWARA et al., 1978; DUBEY, 1988). Cistos tissulares permanecem viáveis por longos períodos, provavelmente, por toda a vida do
25 25 hospedeiro e se distribuem por toda musculatura animal, atingindo inclusive os fetos nos animais gestantes (DUBEY, 1980). Além dos aspectos relacionados à sanidade animal, deve-se levar em consideração o aspecto zoonótico da toxoplasmose, sendo uma infecção muito comum em humanos (DUBEY ; BEATTIE, 1988; REMINGTON et al., 2006). A eliminação do Toxoplasma gondii pelo leite de cabra (RIEMANN et al., 1975; DUBEY et al., 1980; VITOR et al., 1991) e a persistência de cistos na musculatura dos caprinos (DUBEY, 1980) mostram a importância desta parasitose na transmissão da toxoplasmose ao homem (SACKS et al., 1982; PEPIN et al., 1997). Na Zona da Mata de Pernambuco, foram avaliados plantéis de produção leiteira e comercial, sendo encontrado 42% de positividade, destes 10% de criações leiteiras e o restante (32%) de animais criados extensivamente (OLIVEIRA et al., 1995). Recentemente, Silva et al. (2003) encontraram 40, 4% soropositivos na Zona da Mata e Agreste de Pernambuco. Sella et al. (1994), com o propósito de estudar a toxoplasmose em caprinos, colheram 153 amostras de sangue de oito propriedades leiteiras, na microrregião de Londrina - Paraná, obtendo 47 animais (30, 71%) de sororeagentes. Figliuolo et al. (2004), obtiveram uma prevalência de 28,7%, em propriedades de São Paulo TOXOPLASMOSE OVINA A infecção nos ovinos ocorre especialmente com a ingestão de oocistos presentes no pasto, ração e solo contaminado (PLANT et al., 1974; COUTINHO et al., 1982). Clinicamente os ovinos são assintomáticos, porém em ovelhas imunocomprometida que adquirem a infecção durante a gestação, podem desenvolver distúrbios reprodutivos, levando a perdas econômicas consideráveis. De acordo com Blewett & Watson (1984), a toxoplasmose é a causa primária de perdas em 10% a 20% dos rebanhos com problemas de aborto e natimortos, com uma incidência anual de 1% a 2%, taxa baixa quando comparada com alta prevalência de ovinos soropositivos. Esta infecção não só resulta em significantes perdas econômicas, mas também tem implicações para saúde pública já que a presença do parasito na carne e no leite de ovelha quando
26 26 inadequadamente preparados, constituem-se em uma fonte de infecção para o homem (LUNDÈN ; UGGLA, 1992; TENTER et al., 2000; JITTAPALAPONG et al., 2005). Dubey (1990), observou cistos viáveis do parasita em diafragma, músculos e cérebro de animais infectados congenitamente. Estes cistos permaneceram viáveis, sob refrigeração, por até 15 dias, representando uma importante fonte de infecção para o homem. A prevalência da toxoplasmose entre os ovinos é avaliada, principalmente, por inquéritos sorológicos, e as taxas variam de acordo com o teste sorológico utilizado, a região e a idade dos animais (DUBEY, 1990). Os ovinos são altamente susceptíveis à infecção pelo T.gondii e tendem a manter títulos de anticorpos por período prolongado, dessa forma a detecção destes no soro dos animais são indicadores valiosos de infecção (BLEWETT ; WATSON, 1983). No Brasil, a presença de anticorpos anti-toxoplasma na espécie ovina tem sido avaliada em inquéritos sorológicos. Larson et al. (1980) no Rio Grande do Sul, relataram positividade em 39% do rebanho estudado. Pita-Gondim et al. (1999) em estudos na Bahia encontraram uma soroprevalência de 18,75% em 240 ovelhas. Em São Manuel, São Paulo, Meireles (2001) obteve uma freqüência de 31% reagentes ao T. gondii em 200 amostras de ovinos testadas através do ensaio imunoenzimático (ELISA). Silva et al. (2003) examinaram 173 amostras de soro de animais de 10 propriedades localizadas na Zona da Mata e Agreste de Pernambuco, através da reação de imunofluorescência indireta, onde os pesquisadores obtiveram um percentual de positividade de 35,3% TOXOPLASMOSE BOVINA Os bovinos são considerados relativamente resistentes a infecção pelo Toxoplasma gondii. Os cistos presentes na musculatura desses animais são menos freqüentes, e persistem por menos tempo quando comparados a outros animais (DUBEY, 1994). Apesar de o isolamento ser difícil, ele já foi encontrado na retina e diafragma de bovinos, e a transmissão congênita foi comprovada pela presença do parasito em fetos de vacas gestantes (AMATO NETO et al., 1995), no entanto, aborto e natimortalidade não têm sido relatados (ESTEBAN- REDONDO ; INNES, 1997). A infecção nos bovinos ocorre principalmente pela ingestão de oocistos presentes nos alimentos (pastagem e ração) e solo contaminado (COUTINHO et al., 1982; DUBEY, 1986). Contudo, a infecção natural é pouco relatada, mais em estudo
27 27 experimental, utilizando novilhos inoculados com oocistos de T. gondii, os cistos permaneceram viáveis na musculatura do coração, língua e fígado desses animais, por até 1191 dias pós-infecção e título de anticorpos permanece alto durante dois anos. Após esse período, o animal permanece soronegativo (DUBEY ; THULLIEZ, 1993). Em bezerros infectados experimentalmente, foram observados febre, perda de apetite, diarréia e alterações respiratórias (FAYER ; FRENKEL, 1979; COSTA ; COSTA, 1978; DUBEY, 1983). Matsuo & Husin (1996), demonstraram uma soroprevalência de 9,0 % em 200 cabeças de gado de diferentes regiões da província de Lampung na Indonésia. Suárez- Hernández et al. (2005), realizaram estudos na Província de Ciego de Ávila em Cuba, onde analisaram soros de 1473 bovinos pela técnica de Imunofluorescência Indireta., destes 882 (60%) foram reagentes ao teste para pesquisa de anticorpos anti-t. gondii. Daguer et al. (2004), pesquisaram a participação da carne bovina na epidemiologia da toxoplasmose, para tanto coletaram amostras de soro de 348 bovinos em quatro matadouros da microrregião de Pato Branco, Estado do Paraná. As amostras apresentaram 41,4% de soropositividade pela técnica de Imunofluorescência Indireta. Marana et al. (1995) preocupados com o crescente hábito de consumir leite in natura, coletaram sangue de 503 bovinos de leite oriundos de 17 rebanhos localizados ao Norte do Paraná, onde apresentaram 48,51% de sororeagentes TOXOPLASMOSE EQUINA Das espécies de animais que apresentam toxoplasmose, os eqüinos parecem ser os mais resistentes (AL-KHALIDI et al., 1979). A infecção nestes animais geralmente é assintomática, sendo esta caracterizada pela manutenção de titulo de anticorpos e presença de cistos teciduais, que representam risco de infecção em países onde é habitual o consumo da carne (DUBEY, 1985; LANGONI et al., 2007). Contudo, alguns eqüinos apresentam manifestações clínicas desta parasitose, tais como, paresia, paralisia dos membros posteriores, hiperirritabilidade, distúrbios oculares e aborto (SILVA et al. 1981; TURNER ; SAVVA, 1991). Gazeta et al. (1997), através de exames sorológicos para detecção de anticorpos anti-toxoplasma gondii em 430 animais adultos, aparentemente saudáveis, de doze municípios do Estado do Rio de Janeiro, obtiveram 4,42% de soropositivos. Naves et al.
28 28 (2005) realizaram no município de Uberlândia, Minas Gerais, um levantamento sorológico em 117 equinos da raça Mangalarga Machador procedentes de três Haras, o resultado obtido foi de 12,82% de animais sororeagentes pela técnica de Imunofluorescência Indireta TOXOPLASMOSE EM AVES A prevalência do Toxoplasma gondii em galinhas criações extensivas pode representar risco de infecção para o homem, principalmente quando estes manipulam carnes sem higiene ou por meio do consumo de carne crua ou semicozida (LITERAK ; HEJLICEK, 1993). Em estudos realizados com galinhas poedeiras e pombas experimentalmente com o parasito, Biancifiori et al. (1986), observaram a suspensão temporária da postura e morte de embriões, especialmente durante as duas primeiras semanas após a inoculação, e sinais clínicos como diarréia, incoordenação, espasmos, hepatomegalia, esplenomegalia e morte. Kaneto et al. (1997), trabalhando com inoculação experimental do T. gondii em 84 frangos de corte do Estado do Paraná a isolaram o parasito em vários órgãos, inclusive coração e musculatura esquelética, mostrando a importância desta espécie na disseminação do parasito. Garcia et al.(2000) verificaram a ocorrência de anticorpos anti-toxoplasma gondii em 155 galinhas de criações domesticas (fundo de quintal), de 32 propriedades rurais localizadas no município de Jaguapitã, Estado do Paraná, sendo encontrado 16 (10,3%) aves positivas, pela técnica de Imunofluorescência Indireta. Em um estudo a respeito do T. gondii em avestruzes de criatórios comerciais, Dubey et al. (2000) no Canadá, encontraram apenas 2,9% de animais soro-positivos, enquanto Hove & Mukaratirwa (2005), ao pesquisarem o T. gondii no soro de 50 avestruzes selvagens do Zimbabwe, encontraram 48% dos animais sororeagentes. No Rio Grande do Sul foi realizado um estudo com 74 emas de 10 criatórios comerciais, destes animais 6 (8,10%) apresentavam sorologia positiva (MAROBIN et al., 2004). O parasito também foi isolado em 7 de 30 canários de um aviário na Nova Zelândia, os quais apresentavam problemas oftálmicos, vários taquizóitos de T. gondii foram observados retina e humor vítreo (VICKERS et al., 1992). Em Perus selvagens em 21 localidades do Sudoeste dos Estados Unidos, 10%apresentaram soroprevalência para o T.
29 29 gondii. Outros grupos de aves como pombos (BIANCIFIORI et al., 1986), codornas (ALBUQUERQUE et al., 2002) e faisões (DUBEY et al., 1994) demonstraram ser susceptíveis à infecção quando experimentalmente inoculados TOXOPLASMOSE EM ANIMAIS DE CAÇA Estudos epidemiológicos de diversos surtos de toxoplasmose têm identificado que o consumo ou manuseio de carnes de animais de caça crua ou mal-cozinhada como uma fonte de infecção para o homem (Mc DONALD et al., 1990; COOK et al., 2000; ROSS et al., 2001; CARME et al., 2002; DUBEY ; JONES, 2008). Estudos sorológicos mostram 44% dos veados de cauda branca são positivos para T. gondii, no Estado do Alabama, Estados Unidos. Os veados são estritamente herbívoros e a alta prevalência do parasito nestes animais sugere contaminação ambiental com oocistos (LINDSAY et al., 1991; DUBEY ; JONES, 2008). Entre 8% a 38% dos javalis testados na Europa são soropositivos para o parasito (LUTZ, 1997; GAUSS et al., 2005; BARTOVA et al., 2006; ANTOLOVA et al., 2007). Um surto de toxoplasmose foi relatado nos países baixos, em cangurus adultos de face negra (Macropus fuliginosus melanops) em cativeiro. Dos 25 cangurus 8 (32%) foram soropositivos, através da técnica de Aglutinação Direta Modificada (MAT) (DUBEY et al., 1988). Canõn-Franco et al. (2003) encontraram anticorpos contra Toxoplasma gondi em 104 (69,8%) de 149 capivaras, utilizando a Imunofluorescência Indireta 2.6 DIAGNÓSTICO O diagnóstico clínico torna-se difícil, pois os sinais clínicos da toxoplasmose não são específicos e nem suficientemente característicos, podendo assim confundir a toxoplasmose com outras doenças infecciosas, sendo necessário o uso de técnicas laboratoriais para sua confirmação (HILL ; DUBEY, 2002) DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
30 INOCULAÇÃO EM CAMUNDONGO A inoculação em camundongos utiliza o sangue do paciente, de preferência a camada leucocitária, ou sedimento do centrifugado de líquido cefalorraquiano, líquido amniótico, lavado brônquico-alveolar, suspensões de triturados de biópsia ou de placenta, que são inoculados via intraperitoneal em camundongos isogênicos (REMINGTON et al., 2006). A positividade é indicada pela soroconversão do animal e confirmada pelo achado de taquizoítos no líquido peritoneal ou, mais freqüentemente, de cistos no cérebro e outros órgãos, evidenciados em cortes de tecido por imunohistoquímica, o que, entretanto, pode exigir passagens cegas para novos camundongos, inoculados com triturados de órgãos do primeiro. Os prazos longos para a obtenção dos resultados, de 30 ou mais dias, são compensados pela alta sensibilidade do teste (CAMARGO, 2001) ISOLAMENTO EM CULTURAS DE CÉLULAS O método consiste no crescimento e isolamento do patógeno em culturas de células, para tanto, os materiais suspeitos serão semeados em culturas de células, como fibroblastos humanos ou de várias outras linhagens celulares. O desenvolvimento de T. gondii no interior das células pode ser evidenciado com facilidade por Imunofluorescência no tecido em prazos curtos de até uma semana. Porém, essa técnica é menos sensível do que a inoculação no camundongo (DEROUIN et al., 1987) PESQUISA DE ANTÍGENOS O parasito ou seus antígenos podem ser evidenciados em cortes de tecidos por Imunohistoquímica, utilizando-se anticorpos específicos e coloração imunofluorescente ou imunoenzimática. Métodos de diagnóstico Imunohistoquímico são 18 específicos e se deram a partir do desenvolvimento do método da peroxidase-antiperoxidase (PAP) (STERNBERGER
Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial
Toxoplasmose Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii Único agente causal da toxoplasmose Distribuição geográfica: Mundial Hospedeiros: a) Hospedeiros finais ou definitivos: - felideos (gato doméstico
Leia maisProfa. Carolina G. P. Beyrodt
Profa. Carolina G. P. Beyrodt Agente etiológico: Toxoplasma gondii (Protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa) Histórico Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii 1923 descrição do primeiro
Leia maisToxoplasmose. Filo: Apicomplexa (porque possui complexo apical)
Toxoplasmose Parasito Reino: Protozoa Filo: Apicomplexa (porque possui complexo apical) Ordem: Eucoccidiida Família: Sarcocystidae Gênero: Toxoplasma Espécie: Toxoplasma gondii - É uma doença cosmopolita.
Leia maisToxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn
Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência
Leia maisUniversidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública
Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Nos EUA,
Leia maisToxoplasma gondii. Ciclo de vida e patogênese com foco para imunodeprimidos
Toxoplasma gondii Ciclo de vida e patogênese com foco para imunodeprimidos INTRODUÇÃO O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório, para que seu ciclo de vida esteja completo, precisa
Leia maisToxoplasma gondii e Toxoplasmose. Nicolle e Manceaux, 1909
Nicolle e Manceaux, 1909 A toxoplasmose é uma zoonose, muito freqüente em várias espécies animais(+ de 300), mamíferos e aves, domésticos ou silvestres, de distribuição geográfica mundial, atinge 60% da
Leia maisToxoplasmose Roteiro da Aula
Doenças de veiculação hídrica e ingestão de alimento contaminado Toxoplasmose oocisto/cisto Ascaridíase - ovos Amebíase - cistos Giardíase - cistos Oxiuríase - ovos Teníase / cisticercose cisto/ovos Ancilostomíase
Leia maisFilo Apicomplexa, continuação da aula anterior...
Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior... (Aves e anfíbios) (Cachorro e gato) (Gado) (Gado e galinha) (Ungulados) Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie Protozoa Apicomplexa Taxonomia Sporozoa
Leia maisMorfologia Forma taquizoíta
Toxoplasma gondii e Toxoplasmose Filo Apicomplexa Classe Sporozoea Subclasse Coccidia Ordem Eucocciida Subordem Eimeriina Família Eimeriidae Isospora belli Família Sarcocystidae Sarcocystis hominis Toxoplasma
Leia maisPARASITOSES EMERGENTES e OPORTUNISTAS
PARASITOSES EMERGENTES e OPORTUNISTAS Parasitoses emergentes: Doenças parasitárias comuns em animais e que têm sido assinaladas com maior frequência no homem ultimamente. Parasitoses emergentes Motivos:
Leia maisDISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019
DISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019 14 de março TOXOPLASMOSE Docente: Profa. Dra. Juliana Q. Reimão SOCRATIVE (SALA JULIANA2019) Quiz eletrônico sobre as possíveis formas de transmissão da toxoplasmose VÍDEO
Leia maisTOXOPLASMOSE. Prof. Sérvio Túlio Stinghen
TOXOPLASMOSE Prof. Sérvio Túlio Stinghen 1 Toxoplasmose: histórico 1908: Charles Nicolle e Louis Hubert Manceaux Toxoplasma gondii em roedores 1932: doença infecciosa 1939: Wolf et al infecção congênita
Leia maisDisciplina de Parasitologia
Disciplina de Parasitologia Curso de Medicina 2018 Tema: Toxoplasmose Profa. Dra. Juliana Quero Reimão Toxoplasmose Generalidades Zoonose cujo quadro clínico no homem varia desde infecção assintomática
Leia maisIMPORTÂNCIA DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO NA INFECÇÃO POR TOXOPLASMA GONDII
IMPORTÂNCIA DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO NA INFECÇÃO POR TOXOPLASMA GONDII INTRODUÇÃO A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial, que acomete o homem e outros animais de sangue quente. Os felídeos
Leia maisSAIBA COMO SE PREVENIR CONTRA A TOXOPLASMOSE
SAIBA COMO SE PREVENIR CONTRA A TOXOPLASMOSE Antônio Marcos Guimarães* Do Woong Kim** Gizela Melina Galindo** Maria de Lourdes Oliveira Souza*** Milton Carlos Grim Costa** Miriam Aparecida dos Santos**
Leia maisHeterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain
67 4.2 Estudo II Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain Enquanto anticorpos anti-t. gondii são
Leia maisPROTOZOÁRIOS DO SANGUE E DOS TECIDOS
PROTOZOÁRIOS DO SANGUE E DOS TECIDOS Gênero: Toxoplasma Espécie: Toxoplasma gondii INTRODUÇÃO A toxoplasmose é uma zoonose de felídeos, universalmente disseminada, infectando principalmente aves e mamíferos
Leia maisToxocara canis Toxocara cati
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA INTRODUÇÃO Toxocara canis Toxocara cati Toxocara canis - Parasito de cães
Leia maisENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos
ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Tétano Acidental: causa: ação exotoxinas produzidas pelo bacilo tetânico = provoca hiperexcitabilidade do sistema nervoso
Leia mais20/08/2015 TOXOPLASMOSE CLASSIFICAÇÃO. Doença de aspectos clínicos variados que ocorre em pessoas e animais infectadas pelo
TOXOPLASMOSE Doença de aspectos clínicos variados que ocorre em pessoas e animais infectadas pelo Toxoplasma gondii Uma das zoonoses mais difundidas no mundo CLASSIFICAÇÃO Toxoplasma gondii ( forma de
Leia maisTOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii. Profª Ma. Anny C. G. Granzoto
TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii Profª Ma. Anny C. G. Granzoto Classificação Filo Classe Ordem Família Sf. Gênero Espécie Apicomplexa Sporozoea Eucoccidia Sarcocystidae Toxoplasmatinae Toxoplasma gondii
Leia maisDra Daniela Pontes Chiebao, médica veterinária, Pesquisadora Cientifica da Apta Regional Sorocaba
TOXOPLASMOSE Dra Daniela Pontes Chiebao, médica veterinária, Pesquisadora Cientifica da Apta Regional Sorocaba DEFINIÇÂO Doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, parasita intracelular
Leia maisZoonoses SALMONELOSE ETIOLOGIA ETIOLOGIA ETIOLOGIA 17/06/2011. Salmonelose Leptospirose Tuberculose
Zoonoses Salmonelose Leptospirose Tuberculose SALMONELOSE EDINAIDY SUIANNY ROCHA DE MOURA MENEZES É uma doença infecciosa provocada por um grupo de bactérias do gênero Salmonella, que pertencem à família
Leia maisTrypanosoma cruzi Doença de Chagas
Disciplina de Parasitologia Trypanosoma cruzi Doença de Chagas Profa. Joyce Fonteles Histórico Histórico 1908- Carlos Chagas MG encontrou o parasito no intestino de triatomíneos. 1909- descrição do primeiro
Leia maisSibele Borsuk /
Protozoários Sibele Borsuk sibele@ufpel.tche.br / sibeleborsuk@gmail.com Classificação Protozoa Helminta Sarcodina Mastigophora Ciliata Sporozoa Trematoda Cestoda Nematoda Artropoda Insecta Protozoários
Leia maisUniversidade Federal de Pernambuco Centro de Ciência da Saúda Departamento de Parasitologia. Toxoplasmose
Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciência da Saúda Departamento de Parasitologia Toxoplasmose Aluna: Adélia Karla Falcão Soares Curso: Enfermagem Introdução : É um protozoário de distribuição
Leia maisAvaliação do conhecimento sobre a toxoplasmose em mulheres na região metropolitana de Goiânia, Goiás
Avaliação do conhecimento sobre a toxoplasmose em mulheres na região metropolitana de Goiânia, Goiás Bárbara Maria de Oliveira ¹* (IC), Carlos Henrique Rodrigues Rocha ¹ (IC), Wignes Estácio Sousa da Silva¹
Leia maisCRYPTOSPORIDIUM PARVUM/CRIPTOSPORIDIOSE
INFORME-NET DTA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Coordenadoria dos Institutos de Pesquisa - CIP Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE MANUAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS CRYPTOSPORIDIUM
Leia maisParasitologia VET05596 REINO PROTOZOA
Parasitologia REINO VET05596 PROTOZOA Classificação Reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Filo Apicomplexa Classes: Sarcodina Mastigophora Classes: Coccidia Piroplasmasida Filo Apicomplexa Classes: Coccidea
Leia maisCOCCIDIOSES COCCIDIOSES. COCCIDIOSES (Isospora REINO: Protista SUB-REINO: Protozoa FILO: CLASSE: ORDEM:
PROTOZOÁRIOS Sarcomastigophora Apicomplexa Ciliophora Mastigophora Sarcodina Babesia Balantidium Trypanosoma Leishmania Giardia Entamoeba Acanthamoeba Naegleria Eimeria Isospora Sarcocystis Trichomonas
Leia maisInfecções congênitas. Prof. Regia Lira
Infecções congênitas Prof. Regia Lira 12 de maio de 2015 ADAPTAÇÃO IMUNOLÓGICA MATERNO-FETAL Interpretação de resultados dos imunoensaios: Feto ou necém-nascido: sistema imune em desenvolvimento (fora
Leia maisTOXOPLASMOSE. Gláucia Manzan Queiroz Andrade. Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais
TOXOPLASMOSE Controle da toxoplasmose congênita em Minas Gerais Gláucia Manzan Queiroz Andrade Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Ericka Viana
Leia maisPROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA
PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA Contaminação por ovos e larvas de helmintos em areia de praças públicas na cidade de Taguatinga-DF BRASÍLIA 2012 PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA
Leia maisProtozoários. Paramecium. Plasmódio. Trichomonas vaginalis. Tripanossomo
Protozoários Paramecium Plasmódio Trichomonas vaginalis Tripanossomo Características gerais Eucariontes Unicelulares Heterótrofos Locomoção: cílios, flagelos, pseudópodes ou não possuem nenhuma estrutura
Leia maisAvaliação do conhecimento das medidas profiláticas sobre toxoplasmose em proprietários de gatos da região de Goiânia, Goiás
Avaliação do conhecimento das medidas profiláticas sobre toxoplasmose em proprietários de gatos da região de Goiânia, Goiás Carlos Henrique Rodrigues Rocha* ¹(IC), Osvaldo Jose da Silveira Neto ²(PQ),
Leia maisRenato Andreotti NEOSPOROSE: UM POSSÍVEL PROBLEMA REPRODUTIVO PARA O REBANHO BOVINO
Renato Andreotti NEOSPOROSE: UM POSSÍVEL PROBLEMA REPRODUTIVO PARA O REBANHO BOVINO Campo Grande, MS 2001 Embrapa Gado de Corte. Documentos, 104 Tiragem: 1.000 exemplares COMITÊ DE PUBLICAÇÕES Cacilda
Leia maisO complexo teníase-cisticercose engloba, na realidade, duas doenças distintas,
O que é? O complexo teníase-cisticercose engloba, na realidade, duas doenças distintas, com sintomatologia e epidemiologia totalmente diferentes: as cisticercoses correspondem, no estádio adulto, aos cestódios
Leia maisGiardíase. - É a principal parasitose intestinal (com maior incidência do que a ascaridíase e a amebíase).
Giardíase Parasito Reino: Protozoa Filo: Sarcomastigophora (porque possui flagelo) Ordem: Diplomonadida Família: Hexamitidae Gênero: Giardia Espécie: Giardia lamblia - É a principal parasitose intestinal
Leia maisTOXOPLASMOSE EM ASPECTOS GERAIS: UMA REVISÃO. Toxoplasmosis in general aspects: a review
RESUMO TOXOPLASMOSE EM ASPECTOS GERAIS: UMA REVISÃO Toxoplasmosis in general aspects: a review SANTOS, Adriele 1 ; SCHÜTZ, Cassiana 2 ;, Raquel L. 3 A toxoplasmose é uma doença geralmente assintomática,
Leia maisSOROPREVALÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM SUÍNOS ENCAMINHADOS PARA ABATE E, PCR PARA T. gondii EM SALAMES ARTESANAIS
SOROPREVALÊNCIA DE Toxoplasma gondii EM SUÍNOS ENCAMINHADOS PARA ABATE E, PCR PARA T. gondii EM SALAMES ARTESANAIS Doglas Ernani Vansetto 1, Elci Dickel 1, Suelen Priscila Santos 1, Ezequiel Davi dos Santos
Leia maisVírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A)
Vírus associados à surtos alimentares (Rotavirus, Norovirus e Hepatite A) Disciplina : Microbiologia Curso: Nutrição Professora: Adriana de Abreu Corrêa (adrianacorrea@id.uff.br) DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS Adriéli Wendlant Hepatites virais Grave problema de saúde pública No Brasil, as hepatites virais
Leia maisINVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO
INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO Gilcilene Maria dos Santos, Simonne Almeida e Silva, Alverne Passos Barbosa
Leia maisCiência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil
Ciência Rural ISSN: 0103-8478 cienciarural@mail.ufsm.br Universidade Federal de Santa Maria Brasil Garcia, João Luis; Navarro, Italmar Teodorico; Ogawa, Liza; Marangoni Marana, Elisabete Regina Soroprevalência
Leia maisINFECÇÕES. Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto
INFECÇÕES Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto Definição É a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Numa infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para
Leia maisCryptosporidium Do grego Kryptos = escondido, spora = Semente
1 2 Cryptosporidium Cryptosporidium spp Cryptosporidium Do grego Kryptos = escondido, spora = Semente Coccídio ~ 4 a 8 µm de diâmetro Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoea Ordem: Eucoccidiida Família: Cryptosporididae
Leia maisCarteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h.
Carteira de Carteira de VETPRADO Hospital Veterinário 24h www.vetprado.com.br Esquema de VacinaçãoGatos V5 Panleucopenia - Rinotraqueíte - Calicivirose Clamidiose - Leucemia Felina 90Dias 111Dias Raiva
Leia maisAgente etiológico. Leishmania brasiliensis
Leishmaniose Agente etiológico A leishmaniose é causada por protozoários flagelados chamados Leishmania brasiliensis e Leishmania chagasi, que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte
Leia maisOS VÍRUS. Um Caso à Parte
OS VÍRUS Um Caso à Parte CARACTERÍSTICAS São extremamente pequenos (medem menos que 0,2 um) e acelulares São considerados como a nova descoberta de seres vivos, porém possuem muitas características de
Leia mais[ERLICHIOSE CANINA]
[ERLICHIOSE CANINA] 2 Erlichiose Canina A Erlichiose Canina é uma hemoparasitose causada pela bactéria Erlichia sp. Essa bactéria parasita, geralmente, os glóbulos brancos (neste caso, Erlichia canis)
Leia maisFebre maculosa febre carrapato
A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é intracelular obrigatória e tem como vetor biológico o carrapato
Leia maisHepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb.
Hepatites A e E Hepatite E Fábio Gregori Taxonomia Características do vírus Não envelopado 27-35 nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb Diagnóstico Diagnóstico Infecção: a) sorodiagnóstico IgM e IgG*. b)
Leia maisParasitologia - 2/ Relatório de Avaliação
2011-06-30 Parasitologia - 2/11 Agradecemos a participação no 2º ensaio do Programa de Avaliação Externa da Qualidade em Parasitologia de 2011. Foram distribuídas amostras a 92 participantes para a serologia
Leia maisprotozoonoses AMEBÍASE MALÁRIA DOENÇA DE CHAGAS Saúde, higiene & saneamento básico 003 Doenças adquiridas transmissíveis Transmissão & profilaxia
protozoonoses Saúde, higiene & saneamento básico 003 Doenças adquiridas transmissíveis Transmissão & profilaxia AMEBÍASE MALÁRIA DOENÇA DE CHAGAS Infecção caracterizada por manifestações clínicas intestinais
Leia maisGênero Leishmania. século XIX a febre negra ou Kala-azar era temida na Índia. doença semelhante matava crianças no Mediterrâneo
Leishmaniose Leishmaniose é um espectro de doenças produzidas por Leishmania sp. cuja manifestação clínica varia de infecção assintomática tica à morte Gênero Leishmania Histórico século XIX a febre negra
Leia maisPROTOZOOLOGIA. Filo CILIOPHORA
Filo CILIOPHORA Filo CILIOPHORA Família BALANTIDIIDAE Balantidium coli Habitat: Intestino grosso PROTOZOOLOGIA Morfologia: organismo revestido por cílios, bastante móvel, mede 300µm, na parte anterior
Leia maisToxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada
Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada Dra. Jaqueline Dario Capobiango Universidade Estadual de Londrina 2018 = 110 anos de história Nos EUA a toxoplasmose é considerada uma das cinco
Leia maisCiência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil
Ciência Rural ISSN: 0103-8478 cienciarural@mail.ufsm.br Universidade Federal de Santa Maria Brasil Daguer, Heitor; Vicente Trigueiro, Regiane; da Costa, Tatiana; Virmond, Maurício Paulo; Hamann, Waldir;
Leia maisGiardia lamblia. Profª Me. Anny C. G. Granzoto
Giardia lamblia Profª Me. Anny C. G. Granzoto 1 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Reino Protista Subreino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Classe Zoomastigophora Ordem Diplomonadida Flagelos
Leia maisComparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma
Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 6, n. 1, p.13-18, 2005. 13 ISSN 1982-2111 Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma em gestantes 1
Leia maisIndicadores de ocorrência de doenças em populações
Indicadores de ocorrência de doenças em populações Considerações gerais Principais indicadores de ocorrência de doenças Mortalidade: mede o risco de um indivíduo da população morrer Letalidade: mede o
Leia maisParasitologia VET05596 REINO PROTOZOA. Jankerle Neves Boeloni
Parasitologia VET05596 REINO PROTOZOA Jankerle Neves Boeloni Classificação Reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Filo Apicomplexa Classes: Sarcodina Mastigophora Classes: Coccidia Piroplasmasida Filo Apicomplexa
Leia maisUM ESTUDO SOBRE MODELOS EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVENDO EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
UM ESTUDO SOBRE MODELOS EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVENDO EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Valdir Junior Florentin de Aguiar 1 ; Maristela Missio 1 Estudante do curso de Matemática da UEMS, Unidade Universitária
Leia maisHIMENOLEPÍASE RA:
HIMENOLEPÍASE Grupo 12 Nomes: Amanda Chelala Manuela de Queiroz Belardi Bianca Zorge Vasconcelos Bruna Moraes Camargo Fernanda Sayuri Watanabe Nakakogue RA: 1801038 1801163 1801165 1801170 1801171 CARACTERÍSTICAS
Leia maisJULIANA BIANCA ROCHA DE SOUZA. ESTUDO SOROLÓGICO DE Toxoplasma gundii em BOVINOS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Universidade Camilo Castelo Branco Programa de Pós-Graduação em Produção Animal, Campus Descalvado JULIANA BIANCA ROCHA DE SOUZA ESTUDO SOROLÓGICO DE Toxoplasma gundii em BOVINOS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Leia maisUNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOEXPERIMENTAÇÃO
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOEXPERIMENTAÇÃO DETECÇÃO SOROLÓGICA DE Toxoplasma gondii EM SUÍNOS DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE
Leia maisSORODIAGNÓSTICO DE ANTICORPOS ANTI-Neospora caninum EM CÃES DA ÁREA URBANA E RURAL DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
SORODIAGNÓSTICO DE ANTICORPOS ANTI-Neospora caninum EM CÃES DA ÁREA URBANA E RURAL DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL CUNHA, Filho Nilton Azevedo 1 ; LUCAS, Andréia da Silveira 2 ; PAPPEN, Felipe 2 ; RUAS, Jerônimo
Leia maisCLOSTRIDIOSES EM AVES
CLOSTRIDIOSES EM AVES Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa CLOSTRIDIOSE Infecções provocadas por toxinas ou bactérias do gênero
Leia maisDisciplina de Parasitologia
Faculdade de Medicina de Jundiaí Disciplina de Parasitologia Curso de Medicina 2018 Tema: Coccídios intestinais Profa. Dra. Juliana Quero Reimão Coccídios intestinais Generalidades Parasitas intracelulares
Leia maisDiagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral
Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia
Leia maisAnemia Infecciosa das Galinhas
Anemia Infecciosa das Galinhas Leonardo Bozzi Miglino Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2010 Histórico: Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de agente da anemia das
Leia maisInquérito sorológico para toxoplasmose em equinos na região de Botucatu-SP
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.62, n.2, p.484-488, 2010 Comunicação [Communication] Inquérito sorológico para toxoplasmose em equinos na região de Botucatu-SP [Serological survey of toxoplasmosis in horses
Leia maisENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos
ENFERMAGEM Doenças Infecciosas e Parasitárias Hepatites Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos degeneração do fígado = vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para reprodução. Fonte: www.google.com.br/imagens
Leia maisENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos
ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 1 Profª. Tatiane da Silva Campos Parasitoses intestinais: Giardíase: infecção do Intestino delgado causada por protozoário = Giárdia lamblia = formas
Leia maisSÍFILIS MATERIAL DE APOIO.
SÍFILIS MATERIAL DE APOIO www.hilab.com.br Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis, em sua forma adquirida, teve um crescimento de 5.174% entre 2010 e 2015. A forma congênita, transmitida da mãe para
Leia maisEnfermidades Micóticas
Enfermidades Micóticas Msc. Larissa Pickler Departamento de Medicina Veterinária Universidade Federal do Paraná Disciplina de Doenças das Aves Curitiba Paraná Brasil 2011 Enfermidades Micóticas Infecções
Leia maisEstrutura celular PROTOZOÁRIOS PROTOZOÁRIOS - CARACTERÍSTICAS
PROTOZOÁRIOS REINO PROTOCTISTA UNICELULARES e HETERÓTROFOS. PROTOZOÁRIOS - CARACTERÍSTICAS Estrutura celular REINO PROTOCTISTA (PROTISTA). EUCARIOTOS (célula animal) e UNICELULARES. HETERÓTROFOS. Nutrição:
Leia maisDoenças Transmitidas por Alimentos. Prof.: Alessandra Miranda
Doenças Transmitidas por Alimentos Prof.: Alessandra Miranda Origem das Doenças Biológica Química Físicas Grupos Vulneráveis Crianças de 0 a 5 anos Mulheres grávidas Doentes e pessoas com baixa imunidade
Leia mais1.Toxoplasmose alimentar: diferentes agravos e diagnósticos. 1.Feed toxoplasmose: grave differences and diagnostics
1.Toxoplasmose alimentar: diferentes agravos e diagnósticos 1.Feed toxoplasmose: grave differences and diagnostics Sandra Oliveira Santos 1 Juliana Figueiredo Garcia 2 Norma Sueli da Silva 3 RESUMO Objetivo:
Leia maisENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia
ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2 Profª. Lívia Bahia Sífilis Agente Etiológico: Treponema pallidum Morfologicamente o Treponema pallidum é uma bactéria espiral fina
Leia maisBIOLOGIA. Qualidade de Vida das Populações Humanas. Principais doenças endêmicas no Brasil. Prof. ª Daniele Duó.
BIOLOGIA Qualidade de Vida das Populações Humanas Principais doenças endêmicas no Brasil Prof. ª Daniele Duó - História da Epidemiologia Hipócrates (mais de 2000 anos) fatores ambientais influenciam a
Leia maisEPIDEMIOLOGIA DA TOXOPLASMOSE EM ANIMAIS DOMÉSTICOS DE DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO
Débora Picanço Aureliano EPIDEMIOLOGIA DA TOXOPLASMOSE EM ANIMAIS DOMÉSTICOS DE DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Coordenadoria
Leia maisMecanismo de invasão do Toxoplasma gondii
Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Departamento de Parasitologia Mecanismo de invasão do Toxoplasma gondii Aluna: Adélia Karla F. Soares Acadêmica de Enfermagem Introdução:
Leia maisGiardíase Giardia lamblia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Campus Itaqui Curso de Nutrição Parasitologia Giardíase Giardia lamblia Mestrando : Félix Munieweg felix_muniewe@hotmail.com Classificação taxonômica G. lamblia G. intestinalis
Leia maisDOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria DOENÇAS INFECCIOSAS MUITO COMUNS DE CÃES NO RS VERMINOSE
Leia maisTRYPANOSOMA EVANSI EM EQUINOS
TRYPANOSOMA EVANSI EM EQUINOS INTRODUÇÃO A trypanosomose equina, também conhecida como mal-das-cadeiras ou surra é uma doença que tem uma distribuição geográfica extremamente ampla. Ela ocorre no norte
Leia maisNÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A TOXOPLASMOSE NO AMBIENTE ACADÊMICO DO IFC-CAMPUS ARAQUARI.
NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE A TOXOPLASMOSE NO AMBIENTE ACADÊMICO DO IFC-CAMPUS ARAQUARI. Modalidade: ( ) Ensino ( X ) Pesquisa ( ) Extensão Nível: ( ) Médio (X ) Superior ( ) Pós-graduação Área: ( ) Química
Leia maisROTAVÍRUS Juliana Aquino
Juliana Aquino A infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada à quadros graves com desidratação, febre e vômitos. Estima-se que essa doença seja responsável por
Leia maisToxoplasma gondii, pois essas carnes quando ingeridas cruas, podem servir como fonte importante de infecção por Toxoplasma gondii.
1 INTRODUÇÃO No Brasil, o consumo da carne suína representa na escala da dieta alimentar o terceiro lugar com um consumo per capita de 14,56 kg/habitante/ano (ABIPECS, 2014a ). Em relação ao comércio mundial
Leia maisMicrobiota Normal do Corpo Humano
Microbiota Normal do Corpo Humano Microbiota Microbiota Microflora Flora indígena São termos usados para denominar os microrganismos que habitam o corpo humano e interagem de forma benéfica. Flora normal
Leia maisTOXOPLASMOSE: A CULPA É DE QUEM?
TOXOPLASMOSE: A CULPA É DE QUEM? Amanda Gomes Wittizorecki Carla Eliane Nunes da Silva Sabrina Gussuli Kruel Sergio Murilo Pereira Gil RESUMO Este artigo tem como finalidade de expor, qual é a relação
Leia maisREINO PROTISTA PROTOZOÁRIOS ALGAS
REINO PROTISTA PROTOZOÁRIOS 7º ANO - CIÊNCIAS PROFESSORA LISIANE VIEL ALGAS PROTOZOÁRIOS Vivem em ambientes variados água e solo, com vida livre ou associados com outros seres vivos. Parasitismo = retiram
Leia maisSOROPREVALÊNCIA DA TOXOPLASMOSE EM OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA ES
SOROPREVALÊNCIA DA TOXOPLASMOSE EM OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA ES Graziela Barioni 1, Pauliana Tesoline 2, Marcus Alexandre Vaillant Beltrame 3, Lívia Volpe Pereira 2 e Marcos
Leia maisVÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM
VÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético,
Leia maisAVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE DO FIO NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN SOBRE A TOXOPLASMOSE
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS MORADORES DA COMUNIDADE DO FIO NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN SOBRE A TOXOPLASMOSE Knowledge evaluation of citizens in community of Fio in Mossoró/ RN about Toxoplasmosis Raphael
Leia maisDOENÇAS ABORTIVAS EM VACAS: FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS
DOENÇAS ABORTIVAS EM VACAS: FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS As doenças reprodutivas em bovinos constituem uma grande importância para a pecuária. Apesar de apresentarem baixa mortalidade, essas afecções influenciam
Leia maisRESSALVA. Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 04/04/2016.
RESSALVA Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 04/04/2016. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Leia maisSub-Reino Metazoa. - Esse sub-reino possui 30 filos, sendo 2 de importância médica. São os filos Platyhelminthes e Nemathelminthes.
Sub-Reino Metazoa - Esse sub-reino possui 30 filos, sendo 2 de importância médica. São os filos Platyhelminthes e Nemathelminthes. - Suspeita-se que 20% da população mundial esteja infectada com algum
Leia mais