VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS

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1 5 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR JOÃO BENEDITO DA SILVA ACÓRDÃO HABEAS CORPUS N" /002 Comarca de Cruz do Espírito Santo Relator : Exmo. Des. João Benedito da Silva Impetrante : Aécio Fárias Filho Paciente : Marinaldo Patrício da Cruz HABEAS CORPUS. Recurso Especial. Não recebimento. Agravo de Instrumento interposto. Efeito suspensivo solicitado. Incompetência da Corte Estadual. Não conhecimento (ART. 252, R.I.T.J.). "Quando o pedido for manifestamente ineabível, ou for manifesta a incompretência do Tribunal para dele conhecer originariamente. ou se tratar de reiteração de outro com os mesmos fundamentos. ou, ainda, não vier devidamente instruido, liminarmente dele não se conbecerá."(art. 252 do RITJPB) acima: VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os autos identificados ACORDAa Egrégia Câmara Criminal do Colendo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. em harmonia com o parecer da douta Procuradoria de Justiça. não conhecer da impetração. Unânime. RELATÓRIO Trata-se de ordem de Habeas Coipus impetrada por Aécio Fúrias Filho em favor de Marina/do Patrício da Cruz. apontando como autoridade coatora.o Exmo. Dm Juiz de Direito da Comarca de Cruz do Espírito Santo, alegando, em síntese. estar o paciente sofrendo constrangimento ilegal, eis que o Juízo de 1 grau teria determinado as providências do art. 422 e seguintes do CPP, dando seguimento normal ao processo penal a que responde. quando na realidade, a sentença de Pronúncia ainda não teria transitado em julgado, uma vez que foi interposto Agravo de Instrumento contra o despacho que não admitiu o Recurso Especial interposto contra o Acórdão desta Egrégia Corte. que deu improvimento a Recurso em Sentido Estrito interposto contra a referida decisão de Pronúncia. Busca através do presente virrit a suspensão da marcha processual, até que o Agravo de Instrumento seja ap eciado na Instância ad quem, com a

2 consequente apreciação ou não do Recurso Especial manejado. Instada a prestar informações, a autoridade dita coatora relatou que nada podia esclarecer, pois os autos não se encontravam naquela Comarca, tendo sido enviados a esta Corte de Justiça (fls. 77). Liminar indeferida às tls. 85/87. A Douta Procuradoria de Justiça, em Parecer de fls. 89/90. opinou pelo não conhecimento do writ. É o Relatório. V O T O: Exmo. Des. João Benedito da Silva presente writ. Em que pesem as razões do impetrante, não há como conhecer do Com efeito. conforme se depreende dos autos. busca o impetrante que se dê efeito suspensivo à Agravo de Instrumento interposto contra o despacho de fls. 60/62. proferido pelo Excelentíssimo Desembargador Presidente deste Colendo Tribunal, que não admitiu Recurso Especial por ele interposto. Ora, mula/is mutandi, as nossas Cortes Superiores têm entendido que "Compete ao Tribunal local a apreciação de pedido de efeito suspensivo a recurso especial pendente de admissibilidade. Incidência dos verbetes sumulares n's 634 e 635/ STF (AgRg na MC /MG, Rel. Ministra NANO' ANDRIGHL TERCEIRA TURM4, julgado em 09/082011, ;ale 17/08/2011)". Assim. no caso do efeito suspensivo solicitado para o Recurso Especial, só se admite a sua apreciação pela Corte Estadual se o referido recurso ainda estiver pendente de apreciação quanto a sua admissibilidade, pela mesma Corte, o que não é o caso dos autos, consoante se depreende do despacho supra referido. A competência desta Corte Estadual de Justiça para apreciar o pedido ora em análise se exauriu quando foi proferido o juízo de admissibilidade negativo pelo seu Excelentíssimo Desembargador Presidente. Tanto mais no que concerne ao Agravo de Instrumento interposto contra tal despacho. que é da competência do Superior Tribunal de Justiça, já tendo sido inclusive remetido àquela Corte Superior, conforme se observa da certidão de fls. 82, emitida pela GPRO. Colaciono ainda os seguintes julgados: AGRAVO REGIMENTAL. MEDIDA CAUTELAR. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO NÃO-ADMITIDO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO-CONHECIDO. AGRAVO REGIMENTAL IMP OVIDO. PRETENDIDO EFEITO SUSPENSIVO.

3 Em matéria de competência do Superior Tribunal de Justiça para examinar medida cautelar, permita-se registrar que se.é inadmissível emprestar-se efeito suspensivo a recurso especial ainda sujeito ao juízo de admissibilidade por parte do Presidente do Tribunal a quo, tampouco deve ser admitida a concessão de efeito suspensivo ao recurso que sofreu juízo negativo de admissibilidade. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg na MC 8.480/SC, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO. SEGUNDA TURMA, julgado em 24/08/2004, DJ 28/02/2005. p. 255) "A competência para analisar pedido de atribuição a efeito suspensivo a recurso especial ainda não submetido ao crivo de admissibilidade é da instância de origem, por força do óbice erigido nas Súmulas n. 634 e 635 do STF as quais se aplicam à espécie por força da analogia." (AgRg na MC /PR. Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/09/2011. DJe 19/09/2011) "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EFEITO SUSPENSIVO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE PENDENTE. SÚMULAS 634 E 635 DO STE EXCEPCIONALIDADE. FUMUS BOM IURIS E PERICULUM IN MORA PRESENTES. A concessão de efeito suspensivo a Recurso Especial antes do juízo de admissibilidade compete, em regra, à Corte local, em conformidade com as Súmulas 634 e 635 do STE" (AgRg na MC /SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN. SEGUNDA TURMA. julgado em 28/06/2011, DJe 02/08/2011) Uma vez que este Tribunal de Justiça não tem competência para analisar o pedido ora submetido à sua apreciação. deve-se proceder na forma do art. 252 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal, que assevera: "Quando o pedido for manifestamente incabível, ou for manifesta a. incompetência do Tribunal para dele conhecer originariamente, ou se tratar de reiteração de outro com os mesmos fundamentos, ou, ainda, não vier devidamente instruído. liminarmente dele não se conhecerá." (sublinhado) Assim. imperioso o não conhecimento da presente ordem. Forte em tais razões. em harmonia com o parecer da douta Procuradoria de Justiça, NÃO CONHEÇO da presente ordem de habeas corpus. ante a flagrante incompetência desta Egrégia Corte de Justiça. o que faço com supedâneo no art. 252 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal. determinando, desta feita. seu arquivamento e baixa na distribuição. É como voto.

4 Presidiu o julgamento o Exmo. Des. Luis Silvio Ramalho Junion Participaram ainda do julgamento o Exmo. Des. João Benedito da Silva, relator, o Exmo. Des. Luiz Silvio Ramalho Junior e o Exmo. Des. Carlos Martins Beltrão Filho. Presente à Sessão do julgamento o(a) Exmo.(a) Dr.(a) José Marcos Navarro Serrano. Procurador(a) de Justiça. Sala de SesSõe da Colen/da Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. e João- P.es, o. Capital. aos 09 ove) dias do mês de fevereiro do ano de ( J' cs45 Bene Ja1 or

5 TRIBUNAL DE STIÇA JU Diretoria Judiciária Re gistrad o e e