Equilíbrio fisiológico e nutricional: pilares para produtividade e qualidade do cafeeiro
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1 I CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO CAFÉ YARA BRASIL FERTILZANTES S.A. Hotel Resort Bourbon -Atibaia MG Equilíbrio fisiológico e nutricional: pilares para produtividade e qualidade do cafeeiro Prof. José Donizeti Alves Universidade Federal de Lavras
2 Relação entre Nutrição Mineral e Fotossíntese * Minerais perturbam o metabolismo e o funcionamento vegetal * Sintoma nutricional é a expressão de distúrbios metabólicos que perturbam o funcionamento vegetal * * Crescimento e Desenvolvimento Distúrbio Metabólico Sintoma Nutricionai 2
3 Nutrientes Fazem parte de compostos de carbono Armazenamento de energia ou integridade estrutural Permanecem na forma iônica Envolvidos em reações redox 3
4 Equilíbrio Fisiológico Nutricional ATM PLANTA SOLO 4
5 Pragas e doenças Nutrição Cafeeiro Fisiologia 5
6 Do que é formada (%) uma planta de café? 5 Orgânicos Minerais Carbono Oxigenio Hidrogenio N Outros ATM Solo / ATM ATM Solo Solo 6
7 Onde conseguir os 88% dos elementos (C, O) que formam uma planta de café? 7
8 Fotossíntese CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 CO2 8
9 CRESCIMENTO DE UMA PLANTA DE CAFÉ: Se compara ao levantamento de uma parede em uma obra 95% CHO x 5% Minerais C C Zn C C C C C C C C C C C C C C C K C C P C C C P C C C B C C C C C C C C C C C S C C C C C C C C C N CCa C C C C N C C C C C C C C C C C CMg C CCC 9
10 C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O C H H H H H N N X C = 45% O = 43% H = 7% N = 3% X = 2% Do que é formada uma planta de café? 10
11 LUZ O 2 CO 2 H 2 O TEMPERATURA FOTOSSÍNTESE CARBOIDRATO RESPIRAÇÃO N-MINERAL ENERGIA CARBONO N-ORGÂNICO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO 11
12 Luz Carbono Temperatura Produção Minerais Água 12
13 . Condição favorável. Carbono abundante. Energia suficiente Produção Frutos graúdos e de boa qualidade 13
14 56,8 2, sc/ha 15 sc/ha 14
15 LUZ CLOROFILA FOTOSSINTESE 15
16 Perda da saia do cafeeiro LUZ CLOROFILA FOTOSSINTESE 16
17 Efeito da seca e calor na fotossíntese Conclusão: Quantidade de carbonos insuficientes para a granação e o crescimento de ramos simultaneamente 17
18 *I. Fotossíntese: Folhas: fonte de C (Sacarose) Frutos: drenos de C C C C C C C Folhas verdes e sadias 8X 1,4X 1,3X Quantidade de carbonos insuficientes para a granação e o crescimento de ramos simultaneamente frutos pequenos ou chochos... Queda de frutos 18
19 . Condição DESfavorável. Déficit de carbono e energia (Def. nutricional) Queda de frutos, frutos pequenos, chochos... 19
20 Nitrogênio - Componente da molécula de clorofila - Componente de centenas de moléculas * Degradação de clorofilas Queda na produção Deficiencia C 55 H 72 O 5 N 4 Mg 40, 52, 4, 3, 1 % Fotossíntese Trnaslocação Baixa Amarelecimento 20
21 Magnésio - Constituinte da clorofila previne escaldadura - Aprofundamento de raízes Tolerância a seca Eficiência na nutrição Deficiência Acumula sacarose nas folhas Aumenta parte aérea Diminui Sistema Radicular 21
22 Potássio Estresse Ambiental Regime Hídrico Fotossíntese Síntese de Proteinas K Ativação de Enzimas Alongamento Celular Transporte de Fotoassimilados 22
23 Potássio * Abertura dos estômatos Deficiência: Fechamento dos estômatos interrompe a fotossíntese e transpiração 23
24 Queda de frutos e flores Contribui para baixa produtividade Porque os frutos caem prematuramente? Quais as consequências? 24
25 Queda de flores e de frutos é um fenômeno natural do cafeeiro!!! Evolução: o cafeeiro não desenvolveu mecanismos para disponibilizar carboidratos e minerais para garantir uma boa carga de frutos. Produz muito e depaupera Produz pouco e vegeta 25
26 ANALISAR EM TERMOS DE: Intensidade e duração do estresse Situação atual da lavoura Produção desejada Mecanismos pré-existentes Estratégias: induzir mecanismos de defesas Estratégias: aumentos extras na produção Custo-benefício 26
27 ** Floração do cafeeiro Condições meteorológicas: - Período sem precipitação - Sequencia de dias chuvosos - Decréscimo na amplitude térmica Formação da semente: - Polinização: 6 a 8 horas após a abertura da flor - Fertilização/fecundação: 24 a 48 h após a florada - Formação do fruto: após 45 dias após o florada - Ideal: * Chuva leve durante 15 a 20 dias após florescimento * Temperatura de 23/18 C * Enfolhado, bem nutrido e livre de pragas/doenças 27
28 Nitrato: induzir o florescimento Nitrato Reduzido a metionina Etileno Síntese Induz 28
29 Relação flor:fruto Flores/ramo Frutos/ramo Produtividade 67,4 25,1 40,0 Bonfim Neto, Somente 37 % das flores transformaram-se em frutos... - Produtividade satisfatória 40 scs/ha Crescimento compensatório dos frutos que ficaram no ramo maior área foliar disponível para cada fruto(maior) 29
30 Queda de flores: causas i) Nutricionais: *Carência de Ca e B: importante no pegamento da florada formação do tubo polínico. - Mito(????) - Em lavoura bem nutrida, os níveis de B e Ca são suficientes para garantir o pegamento e fixação das peças florais. Não há necessidade de suplementação 30
31 31
32 ***Queda de frutos de café * Principal causa: baixas reservas de carboidratos na planta Agravado: seca, temperatura e deficiência nutricional 32
33 Porque os frutos cerejas caem? - Frutos maduros Perpetuação da espécie Colheita Frutos aderidos aos ramos Desprendimento de frutos dos ramos 33
34 Queda de frutos: em qualquer época Normal ou induzida: 8, 10 e até mesmo 30, 40% 34
35 Característica Novembro(%) Chumbinho Fevereiro Cres. Ativo Maio Granação Julho Maturação Frutos/roseta (80%) 14 ( 70%) 12 ( 60%) cm 2 folha/fruto CHS Carvalho Embrapa café/procafé - Queda de 40% dos frutos desde chumbinho até a colheita - Participação (%) das diferentes partes da planta na composição do peso do cafeeiro: Frutos: Folhas: Raízes: 35
36 Queda dos frutos verdese cerejas Fisiologia do Abscisão Desprende da planta mãe com o pedúnculo Desprende da planta mãe sem o pedúnculo 36
37 Força de desprendimento dos frutos (FDF) diminui a medida que o fruto amadurece 8 FDF 2 N Com pedúnculo Sem pedúnculo 37
38 Amolecimento nessas regiões Zona de abscisão Inicia-se o amolecimento nessas regiões Região amolecida 38
39 Etileno induz amadurecimento 39
40 Porque os frutos cerejas caem / prontos para serem colhidos? Fase 1 Fase 2 Fase 3 Células organizadas Início da desorganização celular Frutos aptos para colheita Células desorganizadas e/ou mortas Frutos caem 40
41 Etileno induz amadurecimento C-C-C-C-C-C-C I I I I I I I C-C-C-C-C-C-C I I I I I I I C-C-C-C-C-C-C I I I I I I I C-C-C-C-C-C-C C O L H E R 41
42 Porque os frutos cerejas caem... Fisiologia do Abscisão/queda dos Frutos Balanço entre os hormônios Auxina e Etileno Insensível ao etileno Sensibilidade ao etileno - Enzimas quebram a parede celular - Separação de células - Queda de frutos Etileno AIA AIA Etileno 42
43 Porque os frutos verdes caem prematuramente? Fisiologia do Abscisão/Queda dos Frutos Fase 1 Fase 2 Fase 3 Anormalidade Nutricional Anormalidade fisiológica Células organizadas Início da desorganização celular Frutos começam a cair Células desorganizadas e/ou mortas Frutos caem 43
44 44
45 Porque os frutos verdes caem prematuramente? Fisiologia do Abscisão/queda dos Frutos Balanço entre Auxina e Etileno Anormalidade Nutricional Anormalidade fisiológica Insensível ao etileno Sensibilidade ao etileno - Enzimas quebram a parede celular - Separação de células Etileno AIA AIA Etileno 45
46 DESORGANIZAÇÃO DE CÉLULAS i) Fatores endógenos -Queda nos níveis de auxina (AIA) - Aumentos nos níveis de etileno - Paredes celulares finas e enfraquecidas - Baixa produção e reserva de carboidratos ii) Fatores exógenos - Deficiência hídrica -Chuva e seca - Deficiência nutricional - Extremos de temperaturas -Pragas e doenças 46
47 Cálcio *Estrutura da parede celular * Sinalizador * Não há formação de novos tecidos Morte de ramos e raizes Párao crescimento Queda de flores, frutos e folhas Morte celular 47
48 Conclusão: - Queda de frutos é um fenômeno natural - Não existem perspectivas, a curto prazo, de se evitar que isso ocorra - Pode-se atenuare não zerar a queda de frutos Causas principais: i. Baixa fotossíntese: esgotamento de carboidratos na planta ii. Nutricional: carência de nutrientes iii. Físico: a roseta não consegue comportar muitos frutos pedúnculo curto iv. Causas bióticas e abióticas 48
49 Cálcio Aumentar o tamanho / espessura do pedúnculo 49
50 Calcio/ Magnésio Aprofundamento de raízes 50
51 Desequilíbrio Nutricional Anormalidades Fisiológicas A única saída é minimizar os danos Eliminá-los é impossível Se tem que cair, que caia o mínimo possível... Nutrição equilibrada é uma das saídas 51
52 Prof. José Donizeti Alves Universidade Federal de Lavras Departamento de Biologia Setor de Fisiologia Vegetal 52 (35) (35)
53 ****N no inverno 7 Área Foliar(cm 2 /dia/ramo) F M A M J J A S O N N - N + Mês Amaral,
54 2,5 2 1,5 1 0,5 0 FOLHA F M A M J J A S O N Mês N - N + 54 Metabolismo do Nitrogênio
55 Temp. (0C) F M A M J J A S O N Mês MAX. MIN. 55
56 2,5 2 1,5 1 0,5 0 RAIZ F M A M J J A S O N Mês N - N + 56 Metabolismo do Nitrogênio
57 N + N - F M A M J J A S O N 57
58 Prof. José Donizeti Alves Universidade Federal de Lavras Departamento de Biologia Setor de Fisiologia Vegetal 58 (35) (35)
culturas Milho 19,30 4,60 1,95 12,70 65,80 Batata 94,10 28,3 17,78 50,90 54,10 Trigo 14,50 1,88 0,73 11,90 82,10
FISIOLOGIA VEGETAL Conceito de estresse: Estresse Abiótico em Plantas É um fator externo que exerce uma influência desvantajosa sobre a planta Estresse abiótico em plantas Plantas sob estresse apresenta:
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