1.0 Introdução No presente trabalho discutimos as implicações sintácticas da co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa à luz do Mirror

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1 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO 1.0 Introdução No presente trabalho discutimos as implicações sintácticas da co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa à luz do Mirror Principle ou Princípio de Espelho (doravante PE), um programa de pesquisa de muito sucesso iniciado por Baker (1988) no seu livro Incorporation (Incorporação). A sua proposta teórica é tomada mais a sério na teoria de Morfologia Distribucional, de acordo com a qual, na estrutura verbal, os morfemas são montados por operações sintáticas e não por operações lexicais. Deve ser por isso que Borba (1979) já defendia que os distribucionalista operam directamente com morfemas e analisam a sequência nos sintagmas. Por isso não distinguem entre Morfologia e Sintaxe. Destarte, não há divisão entre a construção de palavras e construção de frases. No entanto, segundo o autor, se se admite que há uma entidade mínima relacionável no enunciado, esta é a palavra, qualquer que seja sua complexidade mórfica. A palavra será então o constituinte último do enunciado. Essa posição leva a dizer que o enunciado consta de palavras e não de morfemas, da mesma forma que um trem consiste em vagões e não em rodas, bancos, portas e janelas. Critica-se, nessa orientação, a prioridade absoluta dada ao eixo sintagmático em detrimento do eixo paradigmático. Para Harley (s/d), o argumento forte da Morfologia Distribucional vem de fenómenos relacionados com o Princípio de Espelho visto que, nele, se defende que a ordem dos morfemas dentro de uma palavra complexa reflecte a hierarquia sintática. Um estudo sobre as implicações sintácticas da co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa em Nyungwe é um estudo de interface Morfologia e Sintaxe, pois estes morfemas fazem parte do grupo de morfemas derivacionais, geralmente chamados de extensões verbais justamente por causa do efeito que têm sobre a morfologia, a sintaxe e a semântica dos verbos em que ocorrem, (NGUNGA 2004). Nas línguas bantu, estes morfemas derivacionais desempenham um papel importante na marcação de relações de transitividade que em outras línguas, as isolantes e mesmo as 1

2 flexivas/flexionais, seriam marcadas sintaticamente. Parece ser por isso que Guthrie (1967) considera a presença das extensões verbais entre os principais critérios para se estabelecer se uma língua pertence ou não à família bantu. Porém, Coochi (2008) diz que o número e as formas das extensões verbais variam de língua para língua, e por isso não há necessidade de estudar as extensões verbais em todas as línguas para estabelecer o seu alcance. Por ser uma língua bantu, Nyungwe é um exemplo de uma língua aglutinante, isto é, pertence ao grupo de línguas em que numa palavra podemos encontrar vários morfemas que marcam aspectos tanto flexionais quanto dervacionais. Este conceito é colocado em oposição ao de línguas isolantes: que têm os seus morfemas ocorrendo como palavras de forma isolada e ao de línguas flexionais aquelas com uma tendência acentuada a recorrer à flexão, isto é, tendem a expressar relações gramaticais por meio de afixos, mas a correspondência entre os morfemas e os traços semânticos ou funções gramaticais não é tão clara quanto nas línguas aglutinantes. Elas associam vários significados a um afixo. A morfologia das línguas isolantes não é tão rica quanto a de línguas aglutinantes. Os verbos causativos e aplicativos são resultado de um processo de formação de palavras muito produtivo que faz a combinação de um verbo não-causativizado ou não-aplicado e um sufixo causativo ou aplicativo. Interessa-nos, neste trabalho, olhar para a valência dos verbos causativizados e aplicados em Nyungwe. Portanto, em termos sintácticos o nosso foco principal incidirá sobre o papel das extensões verbais na mudança das funções gramaticais da estrutura argumental do verbo em que ocorre. Defendemos que a aplicativização altera a estrutura argumental do verbo não-aplicado, adicionando um novo argumento, que desempenha a função gramatical de objecto ocorrendo adjacente ao verbo aplicado. A causativização adiciona um novo argumento, que assume a nova função gramatical de causador e, consequentemente torna-se sujeito dessa frase. Portanto, o agente-sujeito original é movido para a posição de objeto e de oblíquo. As extensões verbais em bantu têm sido destaque no estudo da sintaxe nos últimos anos (BAKER 1988a; BLISS 2009; COCCHI 2008; CHABATA 2007; DAMONTE s/d; ELWELL 2006; FERNANDO 2008; HARLEY s/d; KATUPHA 1991; KATUSHEMERERWE 2013; LAM 2007; LANGA 2007; LODHI 2002; MCHOMBO 1993; MATSINHE 1994; NGONYANI 1996; NGONYANI 1998; NGUNGA 2000, 2004; RIEDEL 2009; SIMANGO 1998; SITOE 2009; STEGEN 2002; WAWERU 2011; só para citar alguns). As razões para esse destaque são duas: em primeiro lugar, os seus efeitos sobre a estrutura argumental do verbo em que ocorrem e, em segundo 2

3 lugar, devido ao seu estatuto e lugar no estudo da Sintaxe e da gramática como um todo. Este pensamento é reafirmado por Hoffman (1991) e Mogara (2013), para quem as línguas bantu, através do seu rico sistema de ampliação de valência verbal oferecem várias perspectivas de análise sobre a variação da estrutura de objectos múltiplos e o número de sintagmas nominais (SNs) que o verbo pode selecionar. É dentro desta linha de pensamento que, nesta dissertação, descrevemos e analisamos as implicações sintáticas da co-ocorrência da extensão causativa e aplicativa em Nyungwe à luz do Princípio de Espelho visto que, tal como acontece noutras línguas, estas extensões alteram a valência do verbo em que ocorrem. Nyungwe é uma língua bantu que Greenberg (1963), escrevendo sobre a classificação das línguas bantu, afirma que pertence a família Congo-Kordofaniana. Ele estabelece uma classificação genética das línguas africanas que, apesar de algumas alterações sofridas ao longo dos tempo, continua sendo a mais citada actualmenente. Para Greenberg ( Languages_of_Africa#Classification), as línguas africanas classificam-se em quatro grandes famílias e em cada uma delas identifica as sub-famílias: Afro-asiática (sub-famílias: Semítica, Egípcia, Cushítica, Berber, Chádica); Nilo-sahariana (sub-famílias: Songhai, Sahariana, Maban, Fur, Chari-Nilo, Koman); Congo-Kordofaniana (sub-famílias: Níger-Congo e Kordofaniana); Khoi e San (sub-famílias: Khoi, San, Sandawe, Iraqw, Hatsa ou Hadza). A subfamília Niger-Congo, por ocupar a maior área geográfica, por ter o maior número de falantes e o maior número de diferentes línguas, embora a diferença de línguas seja uma questão complicada pela ambiguidade sobre o que distingue uma língua da outra, constitui um das principais conjuntos de línguas do mundo e de África. As línguas mais faladas tendo em conta o número de falantes nativos são: Yoruba, Igbo, Fula, Shona e Zulu. A língua mais falada tendo em conta o número total de falantes é Swahili. Na classificação das línguas bantu, Doke (1945), citado por Cole (1961) a língua nyungwe pertence ao grupo linguístico Nyanja (52/3/1). A este grupo linguístico, o autor inclui as línguas: Nsenga (52/3/2), Sena (52/3/3) e Nyungwe (52/3/3a). Por conseguinte, olhando-se para a classificação de Doke (1945), Nyungwe é variante de Sena. 3

4 Todavia, para Guthrie ( ), Nyungwe é uma língua do grupo linguístico Nsenga-Sena (N40) ao qual pertencem outras línguas mutuamente inteligíveis, nomeadamente: Cinsenga (N41), Cikunda (N42) Cisena (N44), Ciruwe (N45) e Cipodzo (N46). Nesta classificação, de Guthrie ( ), Nyungwe apresenta duas variantes: Citonga e Cidema. Tendo em conta a reconstituição de Schadeberg (2003), esta língua pertence ao grupo bantu da família Niger-Kordofaniana, e ao subgrupo bantu, línguas que fazem parte da maior família de línguas Africanas: Niger-Congo. No entanto, os trabalhos recentes sobre a padronização da ortografia das línguas bantu faladas em Moçambique, Ngunga e Sitoe (2000) e, mais recentemente, Ngunga e Faquir (2011), afirmam que esta língua, não é variante de Sena como afirmara Doke (1945), mas também não tem uma variação dialectal de relevo por isso, a variante de referência deve ser a falada na cidade de Tete e nos distritos de Moatize, Changara e Cahora Bassa, por sinal, zonas onde a língua é falada na província. Para o presente trabalho, considerando-se as propostas de Ngunga e Sitoe (2000) e mais recentemente as de Ngunga e Faguir (2011), será usada a variante falada na Cidade de Tete. Portanto, variante também considerada de referência. Igualmente, tendo em conta estes estudos e o de Ngunga e Faquir (2011), Nyungwe, é uma língua bantu falada na província de Tete, concretamente, nos distritos de Moatize, Changara, Cahora Bassa e partes de Marávia por pessoas de cinco ou mais anos de idade (INE, 2010). 1.1 Apresentação do Problema de pesquisa No Princípio de Espelho defende-se que há uma relação muito estreita entre a Morfologia e a Sintaxe, dado que a derivação morfológica reflecte a derivação sintática (e vice-versa). É por isso que, a estrutura morfológica de uma palavra complexa é derivada através do movimento do núcleo da raiz lexical para os núcleos onde os morfemas são gerados, então a ordem dos morfemas irá reflectir a incorporação sintática dos núcleos que correspondem a esses morfemas, Baker (1988). Assim, a quantidade de movimento dos itens lexicais na estrutura sintáctica dependerá de quão rica ou fraca é a Morfologia dessa língua. As línguas com Morfologia rica vão licenciar mais movimentos e aquelas com uma Morfologia fraca permitirão menos movimento, o que sugere que esta teoria, mesmo tendo sido discutida por vários autores e se ter proposto inovações, é flexível e ainda pode responder à descrição de todas as línguas cuja estrutura morfológica estabelece uma relação entre a Morfologia e a Sintaxe. 4

5 Nestas línguas, o PE estabelece uma estreita relação entre a Morfologia e a Sintaxe, em virtude de esta defender que, nas línguas, o mapeamento sintáctico deve reflectir a derivação morfológica. Assim, no presente estudo, pretendemos contribuir para o debate sobre a interface Morfologia/Sintaxe através da descrição e análise das operações sintáticas espelhadas pela ordem de co-ocorrência dos morfemas causativo e aplicativo em Nyungwe. Esta língua faz parte do grupo de línguas que carecem de estudos teóricos descritivos, uma lacuna que nos propomos preencher ao discutir este tema à luz de uma das teorias usadas no estudo de fenómenos morfossintáticos como as extensões verbais. 1.2 Questões de Pesquisa A presente pesquisa é orientada pelas seguintes questões: 1. Quais são as propriedades morfológicas dos verbos em que as extensões causativa e aplicativa podem ocorrer? 2. Quais são as operações sintáticas espelhadas pela ordem dos morfemas causativo e aplicativo? 3. Até que ponto o PE responde à descrição das implicações sintácticas da co-ocorrência da extensão causativa e aplicativa nesta língua? 1.3 Hipóteses Esta pesquisa é orientada pelas seguintes hipóteses: 1. As extensões causativas e aplicativas podem ocorrer em todos os verbos transitivos e intransitivos; 2. O PE estabelece que, com a derivação morfológica, há um lugar previsto para os morfemas causativo e aplicativo e, em consequência, o agente causador passa a desempenhar a função de tema e o verbo aplicado selecciona um objecto aplicado que ocorre adjacente ao verbo e os argumentos seleccionados não podem co-ocorrer; 3. O PE satisfaz às exigências descritivas das implicações sintácticas da co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa em Nyungwe. 1.4 Objectivos da pesquisa O presente estudo tem os seguintes objetivos: 5

6 1. Descrever as operações sintáticas espelhadas pela ocorrência dos morfemas causativo e apliactivo nos verbos transitivos e intransitivos em Nyungwe. 2. Descrever as mudanças sintáticas decorrentes da co-ocorrência dos morfemas causativo e aplicativo em Nyungwe à luz do PE. 3. Analisar as mudanças sintáticas espelhadas pela co-ocorrência dos morfemas causativo e aplicativo em Nyungwe à luz do PE. 1.5 Justificação do estudo O objetivo deste estudo é fazer uma descrição e análise das implicações morfossintáticas da co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa em Nyungwe. Esperamos que os resultados da pesquisa contribuam, ainda que de forma singela, para preencher as lacunas decorrentes da falta de estudos descritivos desta língua e respondendo, assim a constatação de Stegen (2002) para quem Nyungwe carece de estudos descritivos. Igualmente, a relevância deste estudo reside no facto de, segundo Diercks (2010), apesar de representarem uma grande percentagem de diversidade linguística do mundo, as línguas Bantu ainda serem pouco pesquisadas se comparadas às línguas faladas em regiões do mundo economicamente desenvolvidas. O estudo espera reforçar uma adequação explicativa do PE em que apesar de ter sido construído com base em dados de várias línguas entre elas o Inglês e o Chichewa, o, achamos importante testá-lo em outras línguas bantu com uma estrutura verbal complexa (NGUNGA 2004). 1.6 Metodologia de investigação Para a realização deste trabalho combinamos três métodos a saber: (a) Introspectivo, baseando-se no conhecimento da autora como falante da língua; (b) Filológico, com recurso ao material escrito, pois alguns verbos analisados foram retirados de Martins (1991) e Ngunga e Faquir (2011) para a ortografia; e (c) Entrevista, usado na recolha de dados com recurso a falantes nativos desta língua para a confirmação dos verbos em que podem ocorrer as extensões causativa e aplicativa e as características do objecto selecionado pelo verbo aplicado. As entrevistas foram feitas de duas formas: individual e colectiva (grupos focais), da seguinte maneira: Escolhemos 20 informantes, falantes nativos de Nyungwe dos quais 17 são residentes na cidade de Maputo. Dos 17 falantes 10 são militares e ex-militares residentes na zona militar, 3 líderes de 6

7 igrejas e 4 estudantes universitários de Ensino de Línguas Bantu. Os outros 3 falantes são professores de Nyungwe residentes na província de Tete. Na entrevista dos 10 militares começámos por trabalhar individualmente com cada um deles e, em seguida, os dados recolhidos foram discutidos em grupo com os 10 falantes. Esta estratégia ajudou a maior variedade de dados em relação à ordem de co-ocorrência dos argumentos selecionados pelo verbo derivado. A mesma estratégia foi usada com os outros informantes 3 líderes de igrejas e 4 estudantes universitários de Ensino de Línguas Bantu. A entrevista com os professores de Nyungwe, por serem residentes da província de Tete, foi individual. Para não viciar os dados as entrevistas foram conduzidas sem despertar a atenção dos informantes sobre o assunto pretendido. As entrevistas foram conduzidas de tal forma que os informantes produziram e discutiram a ocorrência e a co-ocorrência das extensões causativa e aplicativa em verbos de todas as estruturas (- C-, -CVC- e -CVCVC-), transitivos e intransitivos. A faixa etária dos informantes variou de 16 a 70 anos de ambos os sexos. Com a escolha desta faixa etária pretendíamos contemplar maiores variações entre os falantes. No entanto, tal como se pode ver, no grupo de informantes não constam crianças. Esta exclusão foi intencional, pois achamos que elas, sendo residentes da cidade de Maputo, ainda estão na fase de aquisição, no seu ambiente familiar e nas comunidades em que vivem, das línguas (Nyungwe / Rhonga / Changana/ Português) e em alguns casos estão em maior contacto com a Língua Portuguesa. 1.7 Organização do Estudo O presente estudo está organizado em seis capítulos, a saber: Capítulo I, Introdução, na qual apresentamos o Problema de pesquisa, as Questões de Pesquisa, as hipóteses, apresentamos os objectivos da pesquisa, a Justificação do estudo e a Metodologia de investigação usada; Capítulo II, Revisão de Literatura onde, primeiro, falamos sobre o lugar da Morfologia na Linguística, em seguida sobre a Morfologia Verbal das línguas bantu, apresentamos estudos anteriores sobre a língua Nyungwe e, no fim, falamos da estrutura do verbo nas línguas bantu; Capítulo III, apresentamos o Quadro Teórico, nele, descrevemos dois referenciais teóricos usados na discussão de dados. Assim, no primeiro ponto, o 2.1, apresentamos o Princípio de Espelho e no último, o 2.2, apresentamos a proposta de SV complexo de Larson (1988) e de Hale e Keyser (1993). No Capítulo IV, descrevemos as extensões causativa e aplicativa em Nyungwe. No entanto, para uma melhor descrição dividimos o capítulo em subcapítulos. Assim, no subcapítulo sobre as construções 7

8 causativas em 3.1 falamos sobre as construções causativas nas línguas bantu. Em descrevemos as causativas em Nyungwe, onde em falamos sobre as causativas lexicais em Nyungwe, em sobre as causativas morfológicas e em das causativas analíticas. No subcapítulo falamos sobre a causativização a partir de verbos inacusativos e, para terminar, em descrevemos a causativização a partir de verbos inergativos. A extensão aplicativa é discutida no subcapítulo 3.2. Neste subcapítulo falamos, em primeiro lugar, sobre a origem do termo na literatura linguística, em seguida no ponto falamos sobre a extensão aplicativa em Nyungwe onde descrevemos as construções aplicativas na língua. Em descrevemos a extensão aplicativa em verbos transitivos e intransitivos em Nyungwe, e em descrevemos os papéis temáticos licenciados pelo objecto aplicado em Nyungwe; Capítulo V, A coocorrência das extensões causativa e aplicativa em Nyungwe, no qual descrevemos os contextos de co-ocorrência destas extensões e em seguida mapeamos as derivações sintácticas espelhadas por essa co-ocorrência; Para terminar apresentamos no Capítulo VI, a Conclusão, nele, consta as nossas constatações e as áreas para futuras pesquisas. 8

9 CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA 2.0 Introdução Como foi dito na secção introdutória, neste capítulo, apresentamos a discussão já existente sobre a co-ocorrência das extensões verbais em Nyungwe. Com vista a alcançar os nossos objectivos, dividimos a revisão da literatura em três partes. Na primeira, identificamos o lugar da morfologia na linguística, pois o nosso tema é interface Morfologia-Sintaxe. Na segunda, apresentamos os estudos existentes sobre a Morfologia derivacional nas línguas bantu. Na terceira e última parte, apresentamos estudos anteriores de Nyungwe. 2.1 O lugar da Morfologia na Linguística Na literatura recente, a Morfologia é definida como sendo o estudo da estrutura interna das palavras e da sua formação, Lyons (1968). Igualmente, para Lieber (2010) e Dubois et al (2006) o termo Morfologia tem dois significados. Para além de estudar a formação das palavras, ele dedica-se à análise da forma como as novas palavras são intoduzidas numa determinada língua e descreve as regras de combinação dos sintagmas em frases. Portanto, o estudo morfológico de uma língua tem por objectivo mostrar a sua estrutura e os processos de formação e combinação de palavras, isto é, mostrar a função e a combinação dos morfemas derivacionais e flexionais (MBANGALE s/d). Segundo Katamba (1993), a Morfologia só surgiu como um dos sub-ramos da Linguística no século XIX quando esta desempenhou um papel fundamental na reconstrução do indo-europeu. Segundo o autor, em 1816, Franz Bopp publicou os resultados de um estudo que sustentavam o que Sir William Jones afirmara em 1786 dizendo que Sânscrito, Latim, Persa e as línguas germânicas eram descendentes de uma língua ancestral comum. Este estudo foi baseado na comparação entre as terminações gramaticais das palavras nestas línguas. Em Fiorin (2012), podemos encontrar este pensamento reforçado pois, segundo este autor, o conceito de Morfologia, na Linguística, começou a ser utilizado no século XIX, sob influência do seu uso no modelo evolucionista de Darwin. Nessa época, acreditava-se que o estudo da evolução das quatrocentas ou quinhentas raízes básicas do indo-europeu podia levar à solução do problema da época: a origem da linguagem. 9

10 O estudo comparativo das línguas daquele século permitiu que August Von Schegel (1818) formulasse uma tipologia morfológica, reorganizada por August Schleicher ( ), segundo a qual todas as línguas organizam-se morfologicamente em três tipos: isolantes, aglutinantes e flexionais. As línguas isolantes: em que as palavras não podem ser segmentadas em elementos menores, portadores de informação gramatical e/ou significado lexical. A língua que, citando Crystal (1987), o autor traz para servir de exemplo é o Chinês. As aglutinantes: em que as palavras combinam raízes e afixos distintos para expressar as diferentes relações gramaticais. A língua usada para exemplificação é o Turco. As línguas flexionais seriam aquelas em que as raízes se combinam a elementos gramaticais indicando a função das palavras e não podem ser segmentados na base de um som/ significado ou afixo para cada significado gramatical, como nas línguas aglutinantes. O exemplo de uma língua flexional, segundo o autor, é o Latim, pois a desinênsias casuais trazem informações de: caso, número e género. A esta classificação das línguas tendo em conta as suas organizações morfológicas, junta-se a de Humbolt (1836), para quem existiam também línguas polissintéticas (igualmente chamadas de incorporantes): de morfologia complexa, capazes de colocar numa única palavra muitos morfemas que seriam palavras independentes em línguas analíticas. Ainda sobre este assunto, Fiorin (2012) diz que apesar das críticas a esta classificação, no início do século XX, Whitney, Franz Boas e Sapir realizaram estudos sobre estas línguas, a maioria delas concentradas na América do Norte, nas famílias Esquimó-Aleúte, Algonquina, Iroquesa e Na-Dene. Carstairs (1992) diz que o renascimento da Morfologia como objecto de estudo por linguistas teóricos foi anunciado mais de uma vez, enquanto isso, a Fonologia e a Sintaxe continuavam como os dois módulos indispensáveis da gramática. Segundo Waweru (2011), o termo morfologia começou a entrar na gramática entre 1920 e Isso aconteceu porque os estruturalistas americanos desenvolveram e refinaram a teoria do fonema que mais tarde, com os trabalhos de (BLOOMFIELD 1933, HARRIS 1942, HOCKETT 1952 e 1954), resultou na mudança de foco e gradualmente transferido para a Morfologia e assim, muitos estruturalistas começaram a investigar questões relacionadas com a teoria da estrutura da palavra. Portanto, como se pode ver, uma das principais contribuições dos estruturalistas foi o reconhecimento de que as palavras podem ter uma estrutura interna complexa. Pois, na gramática 10

11 tradicional, a análise linguística tinha tratado a palavra como a unidade básica da estrutura da língua, mas os estruturalistas mostraram que as palavras são analisáveis em morfemas, introduzindo desta forma a Morfologia como um ramo separado da Linguística. No entanto, apesar deste avanço, se é que assim se pode considerar, a teoria gerativa transformacional, que seguiu ao estruturalismo, veio tirar da gramática a componente morfológica enquanto entidade autónima assemelhando-se, assim, aos modelos clássicos de análise gramatical. Esta retirada deveu-se ao facto de, segundo Katamba (1993), na gramática gerativa considerar-se que a formação das palavras poderia ser adequadamente discutida na Fonologia e na Sintaxe, achando-se desnecessário um nível morfológico, na gramática. Perante esta situação, encontraram-se formas para descrever a estrutura das palavras num modelo de gramática que tinha como componentes os níveis fonológicos, sintáticos e semânticos. Hoje, esta situação não persiste e já há bastante tempo que o léxico vem sendo estudado dentro da teoria gerativa transformacional. Um exemplo disto é o estudo de Baker (1988) o qual relaciona a Morfologia à Sintaxe e analisa os processos morfológicos em termos de funções sintáticas. Para ele, os processos de incorporação são mudanças de funções gramaticais tratadas como movimentos de núcleos lexicais para o verbo. Baker diz que é a Morfologia que determina se o resultado da incorporação numa língua é gramaticalmente aceitável ou não e avança com o Princípio do Espelho (Mirror Principle) que afirma que a ordem dos afixos tem implicações na ordem das operações sintáticas. Pensamento semelhante pode ser encontrado em Good (2005) para quem a existência das extensões verbais e as suas formas de ocorrência sempre foi considerado como muito significativo para a discussão da natureza de interacção entre a Morfologia e Sintaxe. Segundo o autor, o comportamento das extensões verbais tem sido usado para argumentar a favor de uma arquitetura gramatical na qual a Morfologia e a Sintaxe estão intrinsecamente relacionadas. Antes de Baker (1988), em Chomsky (1970) já se traçava uma dicotomia entre as abordagens lexicalistas e transformacionistas, dando assim destaque à Morfologia dentro da Gramática Gerativa Transformacional. A Teoria de Regência e de Ligação (TRL) de Chomsky surgiu como uma teoria derivacional. É por isso que Marantz (1984), citado por Waweru (2011), argumenta que a Morfologia deve ser considerada como sendo uma sub-teoria da TRL e acrescenta que os morfemas influenciam directamente na estrutura semântica de uma frase. Neste modelo, o léxico tem raízes, afixos e 11

12 informações sobre estruturas de argumento, transitividade e papéis semânticos. Os afixos como os causativos, aplicativos entre outros fundem-se com a raiz do verbo principal e constroem um novo radical verbal com novas relações sintáticas e lógico-semânticas. O estudo de Pollock (1989), citado por Waweru (2011), mostrou igualmente que a presença ou ausência de condições morfológicas pode trazer diferenças na estrutura das frases das línguas. Ele investigou a Morfologia do verbo em francês e mostrou evidências de que o movimento do verbo requer uma flexão da frase que cause ou force esse movimento. A concordância verbal é um complemento de tempo e negação. Estes conceitos foram incorporados no PM. Com a Morfologia readmitida na gramática interessa-nos, a seguir, falar sobre o seu objecto de estudo. Segundo Fiorin (2012), considerar o morfema ou a palavra como objecto de estudo da Morfologia reflecte os modos diferentes de abordar a Morfologia. A noção de morfema está relacionada com o estruturalismo, que tinha como problema central a identificação dos morfemas nas diferentes línguas do mundo. A de palavra está relacionada com a gramática tradicional, a que se dedicava aos estudos sobre a estrutura das palavras e a relação destas com outras palavras em construções maiores: sentenças, e com o vocabulário das línguas. A Linguística do século XX retirou a noção de palavra a favor da noção de morfema. O morfema tornou-se, assim, a unidade básica da gramática e da Morfologia, Rosa (2013). Ainda segundo a autora, a primeira definição de morfema foi feita por Bloomfield (1926). Para ele, o morfema era a forma recorrente (com significado) que não pode ser analisada em formas recorrentes (significativas) menores. Bloomfield (1933), voltou a definir o morfema como sendo uma forma linguística que não mantém semelhança fonéticosemântica com qualquer outra forma. Portanto, o morfema é visto sob duas perspectivas. A primeira, a de segmentação, na qual serão isoladas sequências fónicas mínimas que apresentam significados e a segunda, a de classificação onde serão considerados membros do mesmo morfema os morfes que apresentam distintividade fonético-semântica comum. Seguindo o pensamento estruturalista, em estudos recentes, e por extensão neste estudo, o morfema é tido como base de análise da Morfologia. Segundo Cunha e Cintra (1999) e Ngunga (2004), os morfemas são unidades mínimas significativas. Eles podem ser livres e presos, conforme possam constituir sozinhos uma palavra ou precisem de juntar-se a outro morfema. Portanto, os morfemas presos são aqueles que não podem ocorrer se não na condição de estarem ligados a outros, Ngunga (2004:99-100), isto é, são aqueles sem autonomia de ocorrência e os livres são 12

13 aqueles aos quais os presos são afixados. O autor afirma igualmente que por vezes, os morfemas livres são chamados de lexicais dado que reside neles a informação lexical da palavra e os presos gramaticais uma vez que são usados para marcar tempo, aspecto, sujeito, objecto, número, classe, etc. 2.2 Morfologia Verbal das línguas bantu Com o lugar e objecto de estudo da Morfologia discutidos, em seguida, passaremos a apresentar alguns estudos existentes sobre a derivação verbal nas línguas bantu. Nas línguas bantu, o estudo das extensões verbais enquadra-se no campo da morfologia do verbo que, segundo Mateus et al (2007) e Faria (1999), é defiinido como palavra de forma variável que exprime o que se passa, isto é, exprime um acontecimento representado no tempo e pode fazer a indicação de pessoa, número, tempo, modo e voz. Neste trabalho, interessa-nos uma análise teórico-descritiva das implicações sintácticas da co-ocorrência dos morfemas usados para derivar palavras que possam exprimir o que se passa, ou seja, palavras usadas para formar, em alguns casos, novos verbos. As extensões causativa e aplicativa, nosso objecto de análise neste trabalho, fazem parte da categoria de morfemas que podem derivar novos verbos. Segundo Cocchi (2008), as extensões verbais são sufixos colocados entre o radical e a parte final da flexão do verbo, por forma a estender o radical e formar verbos derivados. Para Sitoe (2009), as extensões verbais são elementos obtidos pela subtracção do radical simples ao extenso com ele relacionado. Estas duas definições complementam-se na medida em que, para estes autores, extensão verbal é material linguístico que se junta a um radical simples para formar um radical extenso, relacionado com o primeiro. Como se pode ver, para estes autores, a definição de extensões verbais é feita através do lugar que elas ocupam no processo de derivação. No entanto, apesar do consenso entre estes dois autores, a definição de Sitoe (2009) parece estar mais próxima da definição de Matsinhe (1994), segundo a qual as extensões verbais, para ele afixos verbais, são morfemas presos que se hospedam no radical verbal. Elas dividem-se em derivacionais (as que podem alterar a estrutura argumental do verbo em que ocorrem) e flexionais (não alteram a estrutura argumental do verbo em que ocorrem). Posição similar é defendida por Jefferies (2000), Ngunga (2004) e Sitoe (2009), pois para estes autores, as extensões verbais criam diferentes tipos de verbos a partir de palavras que já são 13

14 verbos, afectando desta maneira o significado de um verbo de radical simples. Elas originam novos verbos e, em alguns casos, podem originar a mudança de relações de transitividade. Este tema, tal como nos referimos anteriormente, já mereceu atenção por parte de linguistas que trabalham na área da Morfologia das línguas bantu. No entanto, segundo Fernando (2008), citando Voeltz (1977), Meinhof foi um dos primeiros estudiosos a analisar os afixos verbais nas línguas bantu. De entre os afixos reconstituídos por Meinhof constam: o causativo e o passivo. A este estudo, seguiu-se o de Meeussen (1967), considerado como um dos precursores da reconstrução do Proto-Bantu (PB). Ele distinguiu dois tipos de afixos: os expansionais e os deverbativos. Os expansionais são aqueles com a estrutura [V (N) C], onde V pode ser qualquer vogal e derivacionais os que têm a estrutura [-VC-]. O mérito deste trabalho é ter fornecido diretrizes sólidas do PB que são amplamente utilizadas até hoje (ver NGUNGA 2000, MITI 2006, entre outros).outro estudioso que contribuiu para o estudo das extensões verbais nas línguas bantu foi Guthrie ( ). Guthrie analisou um maior número de línguas bantu, baseando-se em exemplos nas línguas que analisou. Schadeberg (2003), baseando-se em estudos realizados em várias línguas bantu, reconstituiu onze extensões verbais do PB que, na sua óptica, ocorrem em todas as línguas e tem a mesma estrutura canónica -VC-. As extensões reconstituídas são: causativa *-i-/-ici-; dativa ou aplicativa *- il-; impositiva *-ik-; neutra -ik-; extensão posicional ou estativa *-am-; extensão associativa ou recíproca *-an-; extensão repetitiva * -ag-; -ang-; extensão extensiva *-al-; extensão contactiva *- at-; extensões separativas ou reversivas *-ul-; -uk- e a extensão passiva *-u/-ibu-. Estas extensões têm um sistema vocálico reduzido a cinco vogais, diferem na produtividade e algumas podem coocorrer no mesmo radical. As vogais médias (*e, *o) ocorrem apenas como resultado da harmonia vocálica com extensões possuindo uma vogal de segundo grau (*i *Ʋ), a ausência de *u pode ser uma coincidência, uma vez que ocorre nas expansões. A harmonia afecta igualmente, as consoantes *l e *k. As extensões verbais com a estrutura -VC- tem uma tonalidade neutra (ou alternativamente baixa) e há uma leve evidência de que o tom das duas extensões com a estrutura -V- *-i- e -*u- pode ter sido alta. Nesta reconstituição, acerca da extensão aplicativa, o autor diz que ela é também conhecida como sendo dativa *-il-. Segundo ele, os verbos dativos são transitivos e o seu objecto preenche os papéis semânticos de (i) beneficiário, (ii) lugar e, por extensão, tempo, causa e razão e (iii) instrumento. No entanto, o papel de beneficiário é o mais produtivo. Estes verbos podem ser 14

15 derivados de qualquer outro verbo. Contudo, quando o verbo básico é transitivo, o objeto deste normalmente perder suas propriedades de objecto na construção dativa. Igualmente, sobre as extensões causativas *-i-/-ici-, o autor citando Bastin (1986) diz que estas foram reconstituídas através de uma distribuição complementar, sendo que *-i- ocorre depois de uma consoante (C) e *-icil- depois de uma vogal (V). Elas podem ser usadas nos verbos transitivos e intransitivos de estrutura -CV- ou -CVC- para introduzir um novo argumento que tem como função sintática indicar o sujeito e semanticamente indicar o agente causador. A par de estudos reconstrutivos, realizaram-se igualmente estudos meramente descritivos sobre as propriedades morfossintácticas das extensões verbais. Em seguida apresentamos uma parte destes estudos. Mchombo (1993) estudou as extensões reflexiva e recíproca em Chichewa. Segundo ele, a distribuição assimétrica destes morfemas nos verbos deve ser explicada dentro de uma teoria adequada que não os vai tratar como anáforas presas. Para ele, as versões recentes da TRL não poderiam explicar essas assimetrias. Este estudo ajuda-nos a destacar as insuficiências da TRL na análise da extensão recíproca. Elwell (2006) também discute as extensões verbais em Chichewa. Ele usa o tema para discutir vários pontos importantes da teoria de Princípio da Integridade Lexical relacionando-os com a análise sintáctica. O autor afirma que esta teoria é desvantajosa. No entanto, para ele, o tratamento de extensões verbais na sintaxe permite a selecção de argumento adequado e mostrar a relação de dependência. Ngonyani (1996), no seu artigo sobre a tipologia do aplicativo em bantu afirma que há três tipos de aplicativos: benefactivo, instrumental e locativo. Para o autor, em construções aplicadas há dois SVs envolvidos: um em que ocorre o tema/paciente que é fundido num outro SV que contém o objecto aplicado. O autor conclui igualmente que o morfema aplicativo é um núcleo predicado que selecciona um SV menor e um objecto aplicado. Para ele, as diferenças de mapeamento dos argumentos na frase tem a ver com a diferença de significado dos vários tipos de aplicativos. O estudo de Simango (1998) mostra que em construções em que o afixo aplicativo aparece, o verbo passa a expressar afetação e por isso pertence à classe geral de construções benefactivas. Este estudo irá ajudar-nos a perceber a natureza dos argumentos selecionados pelo verbo aplicado. Um outro estudo foi realizado por Ngonyani (1998), nele, ele analisa os objetos que são selecionados pelo afixo aplicativo em Kindendeule e Kiswahili. Segundo o autor, os dados mostram 15

16 que o morfema aplicativo pode ocorrer em todos os verbos derivando verbos transitivos de verbos intransitivos, verbos bitransitivas de verbos transitivos. Os objectos aplicados podem ser interpretados como beneficiário, maleficiário, objectivo (goal), instrumento, razão (reason), motivo (motive), ingrediente (ingrediente), localização (location) ou tema. Portanto, apenas o agente não pode ser selecionado por este sufixo. Além disso, o autor, baseando-se na ordem e marcação de objecto, na passivização, reciprocidade e reflexividade, diz que os objectos são classificados em três tipos: os do tipo benefactivo, instrumental e locativo. Segundo Good (2005), nas línguas bantu, o morfema aplicativo torna os verbos intransitivos em transitivos e se transitivos supertransitivos, isto é, com dois objetos directos. Por outro lado, para o autor, o morfema causativo em bantu é semanticamente semelhante ao de outras línguas. O processo de causativização dá a semântica de causador ao verbo e pode incluir, entre outras coisas um argumento sujeito causador da acção descrita pelo verbo. Quando este for o caso, o tema do verbo não causativizado realiza-se como objecto. Chabata (2007), na sua investigação sobre a causativização em Nambya, uma língua bantu falada no Noroeste do Zimbabwe, afirma que o morfema causativo altera a estrutura argumental do verbo não-causal. Ele adiciona um novo argumento, que assume a nova função gramatical de causador e, consequentemente, torna-se sujeito dessa frase. O autor afirma igualmente que no processo, o agente-sujeito original é movido para a posição de objeto e de oblíquo. Este estudo é importante porque mostra a natureza e características das extensões verbais. Segundo Lam (2007), a aplicativização é um processo morfológico altamente produtivo em Chichewa, dado que o afixo aplicativo aumenta um argumento à estrutura verbal trazendo, consequentemente, um outro papel temático, frequentemente um benefactivo, instrumento ou locativo. No artigo, a autora mostra que a estrutura da palavra pode ser representada numa árvore, ou seja, interface Morfologia Sintaxe, pois torna possível referir-se não só as partes da palavra, mas também aos níveis de representação que estão associados a cada morfema. Esta conclusão assemelha-se a de Riedel (2009) para quem o morfema aplicativo pode, em verbos transitivos, adicionar um objeto benefactivo ou introduzir outros tipos de argumentos: locativos e, de forma muito limitada, instrumentais. O estudo de Bliss (2009) mostra que a extensão aplicativa em Shona aumenta a valência do verbo por introduzir um objecto aplicado. Segundo o autor, há diferenças no tipo de objectos aplicados introduzidos por esta extensão. Os objectos aplicados recebem o caso acusativo em v (no 16

17 núcleo verbal), mas os objetos aplicados locativos são ilegíveis para a verificação caso por lhes ser atribuídos o caso locativo lexical pelos prefixos locativos da classe do nome. Jeong (2006) diz que aplicativização é geralmente entendido como uma construção em que um verbo tem um morfema específico que licencia um argumento oblíquo que não seria argumento do verbo não derivado. Lodhi (2002) faz uma descrição introdutória sobre as extensões verbais em Swahili e Nyamwezi. Ele identifica dezasseis extensões verbais entre elas a causativa, a aplicativa, a passiva, a recíproca e a reversiva. Segundo ele, as extensões verbais são um fenômeno mais complexo do que o que parece ser, pois no sistema aparentemente regular de harmonia vocálica e assimilação, existem algumas modificações complexas. Igualmente, Cocchi (2008), falando das extensões verbais em Tshiluba, defende que elas, tendo em conta a influência que exercem no verbo, podem ser divididas em dois grupos: as sintácticas e lexicais. As sintácticas não só mudam a semântica do verbo, mas também acrescentam ou reduzem o argumento do verbo em que ocorrem. Neste grupo constam: causativa, aplicativa, passiva, reciproca e estativa. Estas extensões alteram as funções gramaticais. Por outro lado, as extensões lexicais são sufixos simples que apenas acrescentam um significado extra ao radical verbal. Pertencem a este grupo as seguintes extensões: contactiva, extensiva, reversiva e repetitiva. Stegen (2002) escreveu sobre os processos derivacionais em Rangi, uma língua bantu falada na zona Central de Tanzânia. Ele confirma que, apesar de muitos trabalhos linguísticos sobre as línguas bantu, ainda existem lacunas descritivas na morfologia destas línguas. O estudo descreve as extensões que ocorrem em Rangi. Para o autor, a derivação do verbo em Rangi é restrita para o compartimento/posição da extensão verbal na estrutura do verbo. Damonte (2007) analisa a ordem das extensões verbais em Pular à luz do Princípio de Espelho, para responder a seguinte questão: como é que a Sintaxe e a Morfologia interagem? Segundo ele, esta pergunta pode ser respondida em parte por se olhar para as características visíveis nos afixos e nas frases, pois mesmo em abordagens lexicalistas fortes como as de Di Sciullo e Williams (1987) admite-se que algumas características lexicais se tornam visíveis à Sintaxe. Para o autor, a Sintaxe tem acesso a informação lexical porque o léxico tem projecções funcionais próprias e todos os itens lexicais que transportam essa característica devem ser incorporados nessa projecção. Segundo o autor, esta hipótese já foi aplicada com êxito para as modificações de tempo, modo e aspecto (TMA) por Cinque (1999, 2006) e Schweikert (2005) e, para ele, uma análise similar 17

18 pode ser feita em relação aos afixos de mudança da estrutura argumental. Assim, os afixos de mudança da estrutura argumental em Pular são fundidos numa hierarquia fixa de núcleos funcionais theta relacionados e os complementos por eles introduzidos são fundidos nos especificadores dessas projecções funcionais. O estudo de Fernando (2008), à luz da GLF, explora a função e a ordem de seis afixos verbais em Kikongo. O estudo mostra que os afixos aplicativos e causativos aumentam a valência do verbo em Kikongo e os passivos, recíprocos, reflexivos e estativos decrescem a valência e, por isso, reduzem a valência do verbo por um objeto. Segundo o autor, a ordem e a co-ocorrência de afixos verbais podem ser explicadas sob três perspectivas amplas, a saber: sintática Baker (1985), semântica Bybee (1985) e Rice (2000) e morfológica Hyman (2002). O ponto de vista sintático é atribuído a Baker (1985), pois para ele a ordem dos afixos derivacionais reflecte a ordem correspondente das derivações sintácticas. A perspectiva semântica defende que a ordem dos afixos é determinada pela abrangência e função semântica de cada afixo, Bybee (1985) e Rice (2000). Segundo eles, os afixos com maior relevância para a acção da raiz do verbo aparecerão mais perto dele. No entanto, mesmo que sob mesma perspectiva, Bybee referia-se a afixos flexionais e Rice (op. cit.) afirma que, tendo em conta que o âmbito semântico é amplo, procura explicar os casos em que os afixos não são rigidamente ordenados. Para terminar, a perspectiva morfológica, Hyman (2002), defende que a ordenação dos afixos na estrutura verbal não tem motivações sintáticas nem semânticas. Portanto, para Hyman, a ordenação dos morfemas é determinada pela Morfologia e são as línguas que impõem restrições morfotácticas específicas para as quais não há uma explicação extra-morfológica sincrônica. As restrições morfotácticas podem representar uma relação entre pares de morfemas específicos ou podem definir um modelo através do qual vários afixos são automaticamente ordenados. Este estudo, apesar de usar uma perspectiva teórica diferente, irá ajudar-nos a melhor discutir a alteração da estrutura argumental dos verbos em que ocorrem as extensões causativas e aplicativas, nosso objecto de análise. Para além dos estudos acima apresentados, achamos necessário trazer ao debate o estudo de Mogara (2013) sobre a morfologia verbal das línguas do grupo Khoesan. Esta acção justifica-se pelo facto de, o autor, chamar de extensões verbais morfemas livres que ao ocorrem adjacentes ao verbo alteram a estrutura argumental deste. Segundo o autor, tal como o estudo da morfologia verbal das 18

19 línguas bantu, é importante por afetar o número de SNs na configuração sintática, o mesmo pode ser dito em relação à morfologia verbal das línguas Khoesan. Assim, para o autor, os sufixos podem ser divididos em dois grupos, aqueles que aumentam em um o número de SNs que podem aparecer na estrutura sintáctica e aqueles que podem reduzir em um a quantidade correspondente ao número de SNs que o verbo derivado pode suportar. Para o autor, a única diferença entre as línguas bantu e as línguas Khoesan é que naquelas as extensões são sufixos enquanto nestas línguas eles ocorrem como morfemas livres. À luz da teoria da Gramática Léxico-Funcional (GLF) Matsinhe (1994) analisou a valência dos verbos em que os afixos derivacionais ocorrem em Tsonga. No mesmo estudo, falou igualmente da concatenação de afixos verbais, bem como das restrições aplicáveis à sua co-ocorrência. Segundo ele, a língua Tsonga, também falada em Moçambique, tem os seguintes afixos derivacionais: aplicativa -el-, causativa -is-, passiva -iw-, reflexiva -ti-, reciproca -an- e a estativa -ek-. O afixo aplicativo aumenta a valência do radical verbal transitivo ou intransitivo por um argumento, por exemplo, kusweka cozinhar kuswekela cozinhar por, aqui temos (sujeito) <agente> (OBJ2) <beneficiente> OBJ1 <tema>. Quando ocorre num verbo transitivo, o resultado do causativo é um outro verbo que pede um segundo objecto. Para exemplificar, o autor traz o seguinte exemplo kurima tem (SUJ) <agente> (OBJ) <tema>; kurimisa (SUJ) <agente> (OBJ2) <exp> (OBJ1) <tema>. Sobre o afixo neutro-estativo e passivo o autor diz que quando adicionado à raiz verbal, introduz dois argumentos, o agente e o tema. Os afixos -ek- e -iw- têm um resultado idêntico na estrutura argumental do verbo. Todos afectam o sujeito (agente). Acerca dos afixos recíprocos e reflexivos o autor diz que o recíproco muda a estrutura argumental do predicado em que ocorre por ligar o objecto (tema), ao sujeito (agente) criando coreferência, o que faz com que produza um verbo formado por mais de um sujeito (agente). O afixo reflexo -ti- faz com que o verbo não tenha mais de um agente. O verbo recíproco pode ser representado assim, kubanana 'bater-se um ao outro' (SUJ) <agente/tema> (OBJ) <ø>; Verbo reflexivo kutiluma 'morder-se' (SUJ) <agente/tema> (OBJ) <ø>. Para o autor, o termo extensão é usado, em estudos das línguas bantu, para se referir aos afixos como causativos e aplicativos que estendem ou incrementam a valência do verbo. Além deste estudo, Ngunga (2004), Sitoe (2009) e Langa (2007), apesar de não adiantarem nenhuma teoria para a descrição que fazem das extensões verbais, apresentam a seguinte lista de extensões verbais existentes nas línguas bantu faladas em Moçambique e em Changana, respectivamente: aplicativa/benefativa -el-, causativa -is-, recíproca -an-, passiva -iw-, intensiva - 19

20 isis-, estativa/ pseudo-passiva -ek-, frequentativa -etel-, reversiva -ul- e impositiva -ik-. Destas, segundo os autores, as +O são: aplicativa, causativa e impositiva. As =O, isto é, as que mantém o número de argumentos são: frequentativa, perfectiva, intensiva e reversiva. As extensões que reduzem o número de argumentos são: estativa, passiva e recíproca. Sitoe (2009), na sua descrição apresenta mais duas extensões a classificação de Ngunga (2004): a perfectiva -elel- e a diminutiva -nyana. Por outro lado, Katupha (1991) discute as extensões verbais e suas implicações à luz do quadro teórico da Morfologia Lexical. Para o autor, as extensões verbais operam em níveis diferentes, por isso é que algumas não se ajuntam logo às raízes verbais porque não estão no mesmo nível. O autor apoia-se igualmente nos argumentos de Mchombo (1978) e Bresnan (1977, 78, 82), segundo os quais a derivação morfológica é uma derivação sintáctica, isto é, quando se afixa uma extensão verbal na estrutura verbal, o verbo derivado pode ter mais argumentos, pode ter menos argumentos, ou então manter os seus argumentos sintácticos. Segundo o autor, em Emakhuwa encontram-se duas subdivisões de extensões: temáticas e modais. As extensões temáticas são: -ana (reciproca); -ela (aplic.); -eya (estat.); -iha (caus.); -iya (passiv.). Estas interferem na estrutura temática da matriz do verbo e as extensões modais são aquelas que não afectam a estrutura argumental do verbo. Tais extensões são: -aca (interativa/dual); -akaca (interativa /frequentativa); - esa (intensiva /frequentativa). 2.3 Estudos anteriores sobre a língua Nyungwe Não obstante o facto de todos os séculos serem importantes na vida do ser humano porque cada um deles constitui uma base sobre a qual o século seguinte se desenvolveu, o século XIX ocupa um lugar muito particular na história da humanidade devido aos progressos alcançados no campo das ciências naturais (NGUNGA 2004:19). Segundo o autor, foi, igualmente, neste século em que se assistiu ao nascimento da Linguística como sendo o estudo da ciência da linguagem. Este ganho contribuiu para que cientistas europeus, através do método histórico-comparativo, identificassem algumas semelhanças, entre as línguas clássicas europeias e o Sânscrito. A partir deste estudo conclui-se que estas três línguas surgiram da mesma língua que provavelmente não exista mais. O estudo desta língua e de outras línguas bantu começou na segunda metade do século XIX quando estudiosos europeus aplicaram às línguas africanas o método histórico-comparativo, usando 20

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