CONTEÚDO PROGRAMÁTICO BASEADO NO ÚLTIMO EDITAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONTEÚDO PROGRAMÁTICO BASEADO NO ÚLTIMO EDITAL"

Transcrição

1 ROTEIRO DE AULAS DE DIREITO PENAL (DIAS 05/07 e 09/07/11) Professora- Márcia Margarete (mmargarete2009@gmail.com) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO BASEADO NO ÚLTIMO EDITAL 5 Das penas: espécies; cominação; aplicação; da suspensão condicional da pena; do livramento condicional; efeitos da condenação e da reabilitação; das medidas de segurança. 6 Da ação penal pública e privada: da extinção da punibilidade; da execução das penas em espécie: das penas privativas de liberdade, das penas alternativas (Lei n.º 9.714/98), dos regimes, autorizações de saída, remição e incidentes da execução. 7 Dos crimes contra a fé pública. 8 Crimes contra a Administração Pública. 9 Crimes de imprensa. 9.1 Crimes de abuso de autoridade (Lei n.º 4.898/65). 9.2 Crimes contra as finanças públicas (Lei n.º /2000 que alterou o Código Penal. Das penas: espécies; cominação; aplicação; da suspensão condicional da pena; do livramento condicional; efeitos da condenação e da reabilitação; das medidas de segurança. Segundo Nucci, pena é a sanção imposta pelo Estado, valendo-se do devido processo legal, cuja finalidade é a repressão ao crime perpetrado e a prevenção a novos delitos, objetivando reeducar o delinquente, retirá-lo do convívio social enquanto for necessário, bem como reafirmar os valores protegidos pelo Direito Penal e intimidar a sociedade para que o crime seja evitado. PRINCÍPIOS DA PENA 1.-Princípio da Reserva Legal: Não há pena sem prévia cominação legal; 2.-Princípio da Personalidade (ou da Intranscendência): Nenhuma pena poderá passar da pessoa do criminoso; 3.-Princípio da Proporcionalidade: Cada crime deve ter uma sanção proporcional ao dano causado pelo agente; 4-Humanidade= (arts.1º. III e 5º. XLVII, XLIX, CRFB/88)- deduz-se a proscrição de penas cruéis e de qualquer pena que desconsidere o homem como pessoa. 5-Individualização da pena (art.5º. XLVI- CRFB/88)- a individualização e realizada nos planos abstrato, concreto e de execução. 6-Proporcionalidade- consolidou-se no período iluminista, principalmente na obra Dos Delitos e das Penas (Marquês de Beccaria), destina-se tanto ao Poder Legislativo quanto ao Juiz. O Talião era proporcional; todavia, hoje, ofende o princípio da humanidade das penas. O princípio da proporcionalidade é princípio implícito. 1

2 7-Limitação das penas (art.5º. XLVII,CRFB/88)- atende um dos fundamentos de nosso Estado Democrático de Direito, que é a dignidade da pessoa humana; em caso de guerra declarada, a pena de morte será executada por fuzilamento (art.56 do CPM); ESPÉCIES DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE. Existem três espécies de pena privativa de liberdade, são elas: reclusão, detenção e prisão simples. RECLUSÃO. Regime inicial pode ser fechado, semiaberto ou aberto. No caso de execução cumulativa de penas privativas de liberdade, executa-se primeiro a reclusão. Critério para fixação do regime prisional, art. 33 do CP: 1. A pena começará a ser cumprida em regime fechado, se a condenação for superior a 8 anos. 2. Condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 e não excedente a 8 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime semiaberto. 3. Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. JURISPUDÊNCIA Vide Súmula nº 269 STJ: É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. Súmula nº 440 do STJ: Fixada a pena base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito SÚMULA Nº 715 STF A PENA UNIFICADA PARA ATENDER AO LIMITE DE TRINTA ANOS DE CUMPRIMENTO, DETERMINADO PELO ART. 75 DO CÓDIGO PENAL, NÃO É CONSIDERADA PARA A CONCESSÃO DE OUTROS BENEFÍCIOS, COMO O LIVRAMENTO CONDICIONAL OU REGIME MAIS FAVORÁVEL DE EXECUÇÃO. SÚMULA Nº 716 STF ADMITE-SE A PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA OU A APLICAÇÃO IMEDIATA DE REGIME MENOS SEVERO NELA DETERMINADA, ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. SÚMULA Nº 717 STF NÃO IMPEDE A PROGRESSÃO DE REGIME DE EXECUÇÃO DA PENA, FIXADA EM SENTENÇA NÃO TRANSITADA EM JULGADO, O FATO DE O RÉU SE ENCONTRAR EM PRISÃO ESPECIAL. 2

3 SÚMULA Nº 718 STF A OPINIÃO DO JULGADOR SOBRE A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI MOTIVAÇÃO IDÔNEA PARA A IMPOSIÇÃO DE REGIME MAIS SEVERO DO QUE O PERMITIDO SEGUNDO A PENA APLICADA. SÚMULA Nº 719 STF A IMPOSIÇÃO DO REGIME DE CUMPRIMENTO MAIS SEVERO DO QUE A PENA APLICADA PERMITIR EXIGE MOTIVAÇÃO IDÔNEA. DETENÇÃO. Regime inicial pode ser semiaberto ou aberto. OBS: no caso de regressão, o juiz da Vara de Execuções Penais poderá determinar que a pena seja cumprida no regime fechado. Critério para fixação do regime prisional, art. 33 do CP: 1. A pena começará a ser cumprida em regime semiaberto, se a condenação for superior a 4 anos. 2. Condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. PRISÃO SIMPLES. A pena de prisão simples é destinada às contravenções penais, significando que não pode ser cumprida em regime fechado, comportando apenas os regimes semiaberto e aberto. Art. 6º LCP: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. Art. 10 LCP A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos. ESPÉCIES DE REGIMES DE CUMPRIMENTO DA PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE. Existem três espécies de regime de cumprimento da pena privativa de liberdade, são eles: regime fechado, regime semiaberto e regime aberto. Regime fechado. A execução da pena ocorre em estabelecimento de segurança máxima ou média. O condenado deve trabalhar durante o dia e fica isolado durante o repouso noturno. O trabalho deve ser realizado dentro do estabelecimento prisional, conforme as aptidões do condenado. Excepcionalmente, permite-se que o trabalho ocorra em serviços ou obras públicas fora do presídio. A LEP (Lei nº 7.210/1984, artigo 8º, "caput") é expressa no sentido de que o condenado deverá ser submetido ao exame criminológico, no início do cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime fechado. 3

4 Ainda segundo a LEP, aquele que cumpre pena em regime fechado tem direito à permissão de saída. Regime semiaberto. A execução da pena ocorre em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. O condenado fica sujeito ao trabalho durante o dia. Não há mais isolamento noturno. O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. Nos termos da Lei nº 7.210/84, artigo 8º, parágrafo único, caso o cumprimento da pena seja iniciado no regime semiaberto, a submissão do condenado ao exame criminológico é uma faculdade. Lei 7210/84- art., aquele que cumpre pena em regime semiaberto tem direito à permissão de saída e à saída temporária. Regime aberto. A execução da pena ocorre em casa de albergado ou estabelecimento adequado. O condenado deve recolher-se, durante o repouso noturno, à Casa do Albergado, ou estabelecimento similar, sem rigorismo de uma prisão, desenvolvendo atividades laborativas durante o dia. Nos dias de folga, deve ficar recolhido. Quanto à realização do exame criminológico, não há previsão legal a respeito. Dispõe o 117, da LEP, que: Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; (a idade é considerada no momento da inclusão no regime aberto) II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; (abrange o condenado, em razão do princípio da isonomia. Com relação à deficiência, ela deve ser tal que exija presença constante da mãe ou do pai) IV - condenada gestante. STJ sobre regime de cumprimento da pena privativa de liberdade: STJ (HC ): Na falta de presídio que permita o cumprimento da pena em regime semiaberto, preso deve ficar no regime aberto ou em prisão domiciliar. Esse foi o entendimento da 6ª Turma do STJ, ao conceder Habeas Corpus a um preso beneficiado com a progressão para o regime semiaberto, que continua em regime fechado por falta de local para cumprimento da pena mais branda. Os ministros determinaram que ele seja imediatamente transferido para um estabelecimento compatível com regime semiaberto ou, na falta de vaga, que aguarde em regime aberto ou prisão domiciliar. "Constitui ilegalidade submetê-lo, ainda que por pouco tempo, a local apropriado a presos em regime mais gravoso, em razão da falta de vaga em estabelecimento adequado", explicou o ministro Og Fernandes, relator do HC. O preso foi condenado por homicídio duplamente qualificado. Ele obteve a progressão prisional em outubro de 2010, e deverá cumprir pena até outubro de Até o 4

5 julgamento do HC pelo STJ, ele continuava recolhido em regime fechado na Penitenciária de Paraguaçu Paulista (SP), por falta de vaga no regime semiaberto. A Justiça paulista havia negado o HC por entender que a falta de vagas no regime semiaberto, "embora injustificável por caracterizar eventual desídia estatal", não poderia justificar uma "precipitada e temerária soltura de condenados". Contudo, o STJ considera que a manutenção da prisão em regime fechado nessas condições configura constrangimento ilegal. Trabalho. Trabalho como dever do condenado. Para o preso definitivo, o trabalho é um dever. Art. 39, da LEP: Constituem deveres do condenado: (...) V execução do trabalho, das tarefas e ordens recebidas; (...) Condenado que cumpre pena privativa de liberdade deve trabalhar durante o dia. Art. 114, da LEP: Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; (...) Remição. Remição é o resgate da pena pelo trabalho ou pelo estudo, permitindo-se o abatimento do montante da condenação, periodicamente, desde que se constate estar o preso em atividade laborativa (três dias de trabalho por um dia de pena) ou intelectual (doze horas de estudos - dividas em, pelo menos, três dias - por um dia de pena). Nova redação do art. 126, caput, da LEP: O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. Parágrafo 6º, do art. 126, da LEP (incluído pela Lei nº /11): O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela freqüência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena, ou do período de prova (...) OBS: Enquanto a remição pelo trabalho somente poderá ocorrer no cumprimento de regime fechado ou semiaberto, a remição pelo estudo poderá se dar no cumprimento de pena em regime fechado, semiaberto, aberto e no período de liberdade condicional. Súmula nº 341 do STJ: A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semiaberto. PERDA DOS DIAS REMIDOS. JURISPRUDÊNCIA 5

6 Súmula Vinculante 9 O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58. Legislação Constituição Federal de 1988, art. 5º, XXXVI e XLVI. Lei 7.210/1984, art. 58, caput ; art LEGISLAÇÃO Antiga redação do art. 127 da LEP: O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar. Nova redação do art. 127, da LEP: Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. OBS: De acordo com a nova redação do art. 127 da LEP, a revogação do tempo remido não é uma imposição legal, mas sim faculdade do juiz (o legislador, ao invés de usar a expressão o juiz revogará, usou o juiz poderá revogar ); ademais, foi acrescentado um limite, ou seja, não se perde mais todo o tempo remido, mas apenas uma parte dele (até 1/3). LEI Nº , DE29 DE JUNHO DE Altera a Lei 7210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para dispor sobre a remição de parte do tempo de execução da pena por estudo ou por trabalho. APRESIDENTADAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o Os arts. 126, 127, 128 e 129 da Lei 7210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passam a vigorar com a seguinte redação: Art O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 1 o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. 2 o As atividades de estudo a que se refere o 1 o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. 3 o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. 4 o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição. 5 o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. 6 o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de 6

7 educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do 1 o deste artigo. 7 o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. 8 o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. (NR) Art Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (NR) Art O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos. (NR) Art A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. 1 o O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar. 2 o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. (NR) Art. 2 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de junho de 2011; 190 o da Independência e 123 o da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Fernando Haddad Este texto não substitui o publicado no DOU de AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA. A autorização de saída é gênero do qual são espécies a permissão de saída e a saída temporária. Permissão de saída (arts 120 e 121 da LEP). É direito do preso provisório e os condenados que cumprem a pena privativa de liberdade em regime fechado ou semiaberto. Para a sua concessão, não é necessária autorização do juiz, pois basta a permissão do diretor do estabelecimento onde está o preso. A permissão de saída é sempre concedida mediante escolta e por prazo indeterminado (terá duração necessária à finalidade da saída). Casos em que se admite a permissão de saída: falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; necessidade de tratamento médico. Saída temporária (arts. 122 a 125 da LEP). É direito do condenado que cumpre a pena privativa de liberdade em regime semiaberto. Para a concessão, é necessário ato motivado do juiz da execução, ouvidos o MP e a administração penitenciária, e depende da satisfação dos seguintes requisitos: I- comportamento adequado; 7

8 II - cumprimento mínimo de um sexto da pena, se o condenado for primário, e um quarto, se reincidente (súmula 4 do STJ: Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado ); III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. É sempre concedida sem vigilância direta (sem escolta), mas isso não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. É concedida, em regra, por prazo determinado art. 124, da LEP: A autorização será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada por mais quatro vezes durante o ano (pode ocorrer 5 vezes no ano). Ademais, as autorizações de saída, via de regra, somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 dias de intervalo entre uma e outra. Exceção aos prazos de duração, de intervalo mínimo e ao número de renovações: no caso de saída temporária para estudar (parágrafo 2º, do art. 124, da LEP). Casos em que se admite a saída temporária: visita à família, frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do segundo grau ou superior, na comarca do Juízo da Execução; participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado no gozo do benefício; recolhimento à residência visitada no período noturno; proibição de freqüentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. Art. 125, caput, da LEP: O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso. MONITORAMENTO DE PRESOS ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA (LEI N.º /2010) Seguindo tendência internacional o Presidente da República sancionou, em 15/06/2010, a Lei n.º instituindo a denominada vigilância indireta de apenados, por meio de equipamento eletrônico de vigilância remota (tornozeleira). Trata-se de medida já adotada em outros sistemas penitenciários, como ocorre nos EUA, cujo objetivo encontra-se relacionado com a necessidade de racionalização do cumprimento da pena privativa de liberdade. Resta saber se a experiência brasileira repetirá os resultados americanos e se contará com a logística lá implementada, eis que além da necessidade de ciência da localização extramuros do apenado, deve-se ter sempre a prontidão dos serviços de captura em caso de seu envolvimento em atividades ilícitas. Segue o texto da citada lei: 8

9 LEI Nº , DE 15 DE JUNHO DE Altera o Decreto-Lei n o Mensagem de veto 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e a Lei n o 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para prever a possibilidade de utilização de equipamento de vigilância indireta pelo condenado nos casos em que especifica. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o (VETADO). Art. 2 o A Lei n o 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações: Art V... i) (VETADO);... (NR) Art (VETADO)... (NR) Art Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (NR) Art o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: I fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; II recolhimento à residência visitada, no período noturno; III proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. 2 o Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes. 3 o Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. (NR) Art o d) (VETADO) (NR) TÍTULO V CAPÍTULO I Seção VI Da Monitoração Eletrônica 9

10 Art. 146-A. (VETADO). Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: I (VETADO); II autorizar a saída temporária no regime semiaberto; III (VETADO); IV determinar a prisão domiciliar; V (VETADO); Parágrafo único. (VETADO). Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes deveres: I receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações; II abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça; III (VETADO); Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: I a regressão do regime; II a revogação da autorização de saída temporária; III (VETADO); IV (VETADO); V (VETADO); VI a revogação da prisão domiciliar; VII advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser revogada: I quando se tornar desnecessária ou inadequada; II se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave. Art. 3 o O Poder Executivo regulamentará a implementação da monitoração eletrônica. Art. 4 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 15 de junho de 2010; 189 o da Independência e 122 o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto REGIME PROGRESSIVO DE CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. No tocante ao cumprimento da pena privativa de liberdade, o Brasil adotou o sistema Inglês ou Progressivo. Art 112, da LEP: A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 10

11 Parágrafo 1º A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. Não existe progressão em saltos. Assim, a cada um sexto em regime mais rigoroso, pode o condenado ser transferido para regime mais brando (do fechado para o semiaberto, por exemplo), caso demonstre merecer o benefício. Exame criminológico e regime progressivo. Parágrafo 2º, do art. 33, do CP: As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado (...) Súmula nº 439 do STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. Lei nº 8.072/90 PROGRESSÃO DE REGIME Parágrafo 2º, do art. 2º, da Lei nº 8.072/90: A progressão de regime no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. LEI Nº , DE 28 DE MARÇO DE Dá nova redação ao art. 2 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5 o da Constituição Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o O art. 2 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 2 o II - fiança. 1 o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. 2 o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. 3 o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. 4 o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n o 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (NR) Art. 2 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de março de 2007; 186 o da Independência e 119 o da República LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro 11

12 Súmula nº 471 do STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei /2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei de Execuções Penais para a progressão de regime prisional. Assim, os condenados por crimes hediondos ou equiparados a hediondos (tráfico de drogas, terrorismo e tortura) cometidos até o dia 28/03/2007, a progressão de regime prisional será após o cumprimento de 1/6 da pena, dentre outros requisitos. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- PROGRESSÃO DE REGIME Parágrafo 4º, do art. 33, do CP: O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. REGRESSÃO NO CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. LEP, art. 118: A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: ( Cabe regressão em saltos). I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (art.111). (a regressão é automática). PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. São penas alternativas expressamente previstas em lei, tendo por fim evitar o encarceramento de determinados criminosos, autores de infrações penais consideradas mais leves, promovendo-lhes a recuperação através de restrições a certos direitos. São sanções penais autônomas e substitutivas. São substitutivas porque derivam da permuta que se faz após a aplicação, na sentença condenatória, da pena privativa de liberdade. São autônomas porque subsistem por si mesmas após a substituição. Apesar do mencionado caráter substitutivo da pena restritiva de direitos, encontram-se exemplos de penas restritivas, com montantes próprios, aplicáveis independentemente das penas privativas de liberdade, como ocorre com o CTB. Art. 302, do CTB Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Esse dispositivo do CTB é uma exceção, pois permite a aplicação da pena privativa de liberdade + restritiva de direitos. Não é possível a substituição da pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor por outra pena restritivas de direito (Art. 12

13 44, do CP: As penas restritivas de direito são autônomas e substituem as penas privativas de liberdade ). Espécies de penas restritivas de direitos. De acordo com o art. 43 do CP, há cinco modalidades: prestação pecuniária; perda de bens e valores; prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos; limitação de fim de semana. Prestação pecuniária. Parágrafo 1º, do art. 45, do CP: A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários-mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. Perda de bens e valores. Parágrafo 3º, do art. 45, do CP: A perda de bens e valores pertencentes aos condenados, dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto o que for maior o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. Art. 46, caput, do CP: A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a 6 (seis) meses de privação da liberdade. Parágrafo 1º, do art. 46, do CP: A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. Parágrafo 4º, do art. 46, do CP: Se a pena substituída for superior a 1 (um) ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. Interdição temporária de direitos. Art. 47, do CP: As penas de interdição temporárias de direito são: I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo; IV - proibição de freqüentar determinados lugares. Limitação de fim de semana. 13

14 Art 48, caput, do CP: A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Parágrafo único, do art 48, do CP: Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. Requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Os requisitos estão previstos no art. 44 do CP - são cumulativos e, caso estejam presentes, a substituição será um direito subjetivo do réu. Art. 44, caput, do CP: As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I aplicada pena privativa de liberdade não superior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, ou qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; Informativo 456, STF, 6ª Turma: Agressão. Vias de fato. Relações domésticas. (...). Sobreveio, então, o habeas corpus, no qual se alegou que vias de fato, ou seja, a contravenção cometida pelo paciente, diferentemente da lesão corporal, não provoca ofensa à integridade física ou à saúde da vítima. Salientou-se que é perfeitamente possível substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direito, pois a violência e a grave ameaça que obstam a concessão da benesse devem resultar de crime grave que traga perigo à vida da vítima, e não de crime de menor potencial ofensivo, como no caso. (...) A Turma concedeu a ordem pelos fundamentos, entre outros, de que é razoável supor, assim como defendido na impetração, que a violência impeditiva da substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos seja aquela de maior gravidade e não, como na espécie, mera contravenção de vias de fato, chamada por alguns até mesmo de "crime anão", dada a sua baixa ou quase inexistente repercussão no meio social. Consignou-se, ademais, que, no caso, a agressão sequer deixou lesão aparente, daí porque seria desarrazoado negar ao paciente o direito à substituição da pena privativa de liberdade; pois, em última ratio, estar-se-ia negando a incidência do art. 44 do CP, visto que a violência, pela sua ínfima repercussão na própria vítima ou no meio social, não impede, antes recomenda, sejam aplicadas penas alternativas, inclusive em sintonia com a própria Lei Maria da Penha, notadamente a sua mens, expressa no seu art. 45, que promoveu alteração no parágrafo único do art. 152 da Lei n /1984. Precedente citado: HC RS, DJe 30/6/2008. HC MS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 16/11/2010. II - o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. Conflito entre o art. 44, parágrafo 2º, e o art. 60, parágrafo 2º, ambos do CP. 14

15 Art. 44, parágrafo 2º, do CP: Na condenação igual ou inferior a 1 (um) ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a 1 (um) ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. Art. 60, parágrafo 2º, do CP: A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. Tema controvertido: 1ª Corrente: O art. 44, parágrafo 2º, por ser o mais recente, revogou o art. 60, parágrafo 2º (lei posterior afasta aplicação de lei anterior aplicação do critério da sucessividade). 2ª Corrente: Trata-se de um conflito aparente de normas. Reserva-se à pena igual ou inferior a seis meses a possibilidade de substituição por multa (aplicando-se o art. 60, parágrafo 2º) ou por restritiva de direitos (aplicando-se o art. 44, parágrafo 2º), conforme o caso, bem como à pena superior a seis meses e igual ou inferior a um ano somente uma pena restritiva de direitos. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos na Lei de Drogas. O Plenário do STF declarou, incidentalmente, a inconstitucionalidade da expressão vedada a conversão em penas restritivas de direitos, constante do 4º do art. 33 da Lei /2006, e da expressão vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos, contida no referido art. 44 do mesmo Diploma Legal. MULTA. Multa é uma sanção penal consistente no pagamento de uma determinada quantia em pecúnia, previamente fixada em lei, destinada ao Fundo Penitenciário. É também uma espécie de pena. Critérios para a fixação da pena de multa: a.) firma-se o número de dias-multa (mínimo de 10 e máximo de 360), valendo-se das circunstâncias do art. 59 do CP; b.) estabelece-se o valor do dia-multa (piso de 1/30 do salário mínimo e teto de 5 vezes esse salário leva-se em conta o valor do salário-mínimo vigente ao tempo do fato), conforme a situação econômica do réu. Art. 60, parágrafo 1º, do CP: A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. Multa como dívida de valor: Art. 51 do CP: Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. Legitimidade para executar a pena de multa. 15

16 1ª Corrente: a execução deve ser promovida pelo MP, na Vara das Execuções Penais, embora seguindo o procedimento da Lei nº 6.830/80, naquilo que lhe for aplicável. A multa mantém caráter penal. 2ª Corrente: a execução será realizada pela Procuradoria Fiscal na Vara das Execuções Fiscais. A multa não perde o caráter penal. Posição do STF e do STJ. 3ª Corrente: a execução será realizada pela Procuradoria Fiscal na Vara das Execuções Fiscais, porém, como dívida de valor que é, transmite-se aos herdeiros. Multa perde o caráter penal. APLICAÇÃO DA PENA. Critérios. Critério trifásico (adotado pelo CP). Na aplicação da pena, o Brasil adota o critério trifásico, também denominado de critério Nelson Hungria. Critério trifásico está descrito no art. 68 do CP: 1ª fase circunstâncias judiciais (pena base); 2ª fase circunstâncias agravantes e atenuantes (pena provisória); 3ª fase causas de aumento e de diminuição (pena definitiva). Critério bifásico. Há o critério bifásico (que não foi adotado pelo CP), defendido por Roberto Lyra, segundo o qual as circunstâncias atenuantes e agravantes merecem ser analisadas em conjunto com as circunstâncias do art. 59 do CP para a fixação da pena-base. Somente após aplicará o juiz as causas de diminuição e de aumento. Fundamentação desse critério: consiste na coincidência das circunstâncias judiciais com as legais, não havendo razões para separá-las. As três fases do critério trifásico. 1ª Fase: Fixação da pena base. O juiz leva em conta as circunstâncias judiciais. Art. 59 do CP: O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade da pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 16

17 IV - a substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Culpabilidade grau de censurabilidade da conduta, que se baseia no fato e não no autor. Antecedentes dados da vida pregressa, digam ou não respeito à vida criminal do agente. Corrente restritiva: Somente condenações penais transitadas em julgado que não servem mais para gerarem os efeitos da reincidência (pena já foi cumprida ou extinta há mais de 5 anos; crimes militares próprios e políticos; contravenção penal seguida de um crime) são consideradas maus antecedentes (princípio da presunção de inocência). Essa corrente é a que prevalece. Ar. 64 do CP: Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; II - não se consideram os crimes militares próprios e os políticos. Súmula 444 do STJ: É vedada e utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. Súmula nº 241 do STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Conduta social É o papel do réu na comunidade, inserido no contexto da família, do trabalho, da escola, da vizinhança, etc. Personalidade Trata-se do conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa, parte herdada, parte adquirida. Ex: agressividade, frieza emocional, passionalidade. Motivos do crime São os precedentes que levam à ação criminosa. Todo crime tem um motivo, que pode ser mais ou menos nobre, mais ou menos repugnante. Circunstâncias do crime Maior ou menor gravidade do delito, espelhado pelo modo de execução. Quando expressamente gravadas na lei, as circunstância são chamadas legais (causas de aumento/diminuição; agravantes/atenuantes). Quando genericamente previstas, devendo ser formadas pela análise e pelo discernimento do juiz, são chamadas de judiciais. Consequências do crime Constituem o mal causado pelo crime, transcendendo o resultado típico. 17

18 Comportamento da vítima É o modo de agir da vítima que pode levar ao crime. Algumas vezes, o ofendido, sem incorrer em injusta provocação, nem por isso deixa de acirrar ânimos; outras vezes, estimula a prática do delito. 2ª Fase: nessa fase levam-se em consideração as agravantes e as atenuantes. Agravantes e atenuantes são circunstâncias legais genéricas, previstas na Parte Geral do CP, recomendando ao juiz que eleve à pena (agravantes) ou aplique-a moderadamente (atenuantes), embora fique circunscrito aos limites mínimo e máximo previstos no tipo penal incriminador. O quantum de aumento ou de diminuição fica a critério do juiz. As agravantes estão previstas nos arts. 61 e 62 do CP. O rol das agravantes é taxativo. A reincidência (art. 61, inciso I, do CP) é aplicável aos delitos dolosos e culposos, indistintamente. As demais circunstâncias (art. 61, inciso II, do CP) somente encontram cenário propício para aplicação quando se tratar de crimes dolosos. É o entendimento predominante na doutrina e na jurisprudência. As atenuantes, por sua vez, podem ser aplicadas em todas as infrações penais (dolosas e culposas). Hipóteses em que as agravantes não agravam a pena: 1. Quando constituem ou qualificam o crime (para evitar bis in idem ). 2. Quando a pena base for fixada no máximo. 3. Quando a atenuante for preponderante (art. 67 do CP). As atenuantes estão previstas nos arts. 65 e 66 (atenuantes inominadas) do CP. O rol das atenuantes é exemplificativo. JURISPRUDÊNCIA Súmula nº 231 do STJ: A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Circunstâncias preponderantes. Art. 67 do CP: No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. *Reincidência: Ocorre quando o agente comete um novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no país ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Crime praticado no estrangeiro, para gerar reincidência em delito cometido no Brasil, não precisa ter a sentença homologada pelo STJ (art. 63 do CP: Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior ). 18

19 A prova da reincidência se faz pela apresentação da certidão cartorária comprovando a condenação anterior. Art. 7º da Lei das Contravenções Penais: Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção penal depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção. Crime (Brasil ou estrangeiro) + contravenção = reincidência Contravenção penal (Brasil) + contravenção = reincidência. Contravenção penal (Brasil) + crime= NÃO É REINCIDENTE. (falta de previsão legal- art. 63 CP ou art. 7º LCP. PRESCRIÇÃO PENAL E REINCIDÊNCIA Prescrição da pretensão punitiva não gera reincidência. Prescrição da pretensão executória gera reincidência. PERDÃO JUDICIAL E REINCIDÊNCIA Art. 120 do CP: A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. 3ª Fase: Fixação da pena definitiva. Nessa fase, levam-se em consideração as causas de aumento e de diminuição da pena, cujas quantidades são fixadas pelo próprio legislador. As causas de aumento e de diminuição, por integrarem a estrutura típica do delito, permitem a fixação da pena acima do máximo em abstrato previsto pelo legislador, como também admitem o estabelecimento da pena abaixo do mínimo. Parágrafo único, do art. 68, do CP: No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS PENAL) Trata-se de um instituto de política criminal, tendo por fim a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, evitando o recolhimento ao cárcere do condenado não reincidente, cuja pena não é superior a 2 anos (ou 4, no caso de sursis etário ou sursis humanitário), sob determinadas condições, fixadas pelo juiz, bem como dentro de um período de prova pré-definido que, se concluído sem revogação, acarreta a extinção da pena privativa de liberdade. Verdadeira medida descarcerizadora, a suspensão condicional da pena tem por finalidade evitar o aprisionamento daqueles que foram condenados a penas de curta duração, evitando-se o convívio promíscuo do cárcere. A expressão sursis é originária do francês surseoir e significa suspender. Para Fernando Capez é direito público subjetivo do réu uma vez que preenchidos todos os requisitos legais ex vi o arts. 77 e seguintes do Código Penal Brasileiro tem o direito de ter suspensa a execução da pena imposta, durante certo prazo e mediante determinadas 19

20 condições. Corroborando nesse sentido de ser direito público subjetivo do sentenciado podemos destacar: STF, RTJ 98/138, 118/917 e STF, HC , TJSP RJTJSP 101/495; TACrimSP, RJDTACrim 7/215; Celso Delmanto, Direitos públicos subjetivos do réu do CP, RT 554/466. Em se tratando de crime ambiental pode-se conceder sursis nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos (art. 16, da Lei 9.605/98). Apesar de ser admissível também o sursis nos concursos de crimes, a jurisprudência afirma que se deve operar a soma das penas ou considerar a exasperação da pena (no crime continuado ou no concurso formal) não podendo a pena final exceder a dois anos. Não se estende à pena de multa e às penas restritivas de direitos (art. 80 do CP). Não poderá o condenado ser reincidente em crime doloso, de sorte que se houver condenação anterior por crime culposo não impede a concessão do benefício, e nem mesmo a condenação à pena de multa. O CP vigente é omisso quanto aos direitos políticos, mas a CF em seu art. 15, III dispõe que a perda ou suspensão de tais direitos dar-se-á no caso de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Significando que o sursis implica na suspensão dos direitos políticos até que se declare extinta a punibilidade pelo decurso do período de prova. Todavia, o STF já decidiu que a condenação, uma vez concedido o sursis não implica a suspensão dos direitos políticos (RTJ 82/647). O prazo do sursis começa a correr da audiência admonitória, conta-se o dia do início, já que se trata de matéria penal. DIFERENÇA ENTRE O SURSIS E A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (ART. 89 LEI 9099/95) A suspensão condicional do processo é um instituto jurídico que tem por finalidade evitar a aplicação de pena privativa de liberdade nos crimes em que a pena mínim cominada for igual ou inferior a um ano (ou seja, cabe tanto em crime de menor e médio potencial ofensivo). Diversamente do que ocorre com o sursis, na suspensão condicional do processo não há condenação do réu. SURSIS PENAL (ART. 77 CP) SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO O agente foi condenado e a concessão da suspensão condicional da pena somente ocorrerá após o trânsito em julgado da O juiz somente recebe a denúncia, sendo que os demais atos do processo ficarão suspensos, não havendo que se falar em condenação do sentença condenatória, na audiência réu. 20

21 admonitória. A vítima que figurou no processo no qual foi concedido o sursis tem direito a seu título executivo judicial, nos termos do inciso II do art. 475-N do CPC. O beneficiário com o sursis, depois do período de prova, não apaga seus dados criminais, servindo a condenação em que houve a suspensão condicional da pena para forjar a reincidência ou os maus antecedentes do agente. A vítima que figura no processo que houve a suspensão, como não existe condenação com trânsito em julgado, não tem direito a qualquer título executivo judicial. Como não há condenação, uma vez cumpridas as condições especificadas na sentença que concedeu a suspensão condicional do processo, expirado o prazo sem revogação, o juiz declarará a extinção da punibilidade, não servindo tal declaração para fins de reincidência ou mesmo maus antecedentes. SISTEMA ADOTADO O nosso CP adotou o Sistema Franco-Belga ou Europeu Continental, pelo qual o agente é processado, reconhecido culpado, condenado e, depois, ocorre à suspensão da execução da pena privativa de liberdade. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO. 1º. Condenado não reincidente em crime doloso. A reincidência em crime culposo não impede o sursis. Se a pena anterior for de multa, permite-se a concessão do sursis. Súmula nº 499 do STF: Não obsta à concessão do sursis condenação anterior a pena de multa. 2º. Circunstâncias judiciais favoráveis. 3º. Não ser indicada a substituição por pena restritiva de direitos. o sursis somente será avaliado e concedido se não for possível conceder ao condenado a substituição por pena restritiva de direitos. ESPÉCIES DE SURSIS. Sursis simples Além dos requisitos supramencionados, a aplicação de pena privativa de liberdade não superior a 02 anos (período de prova será de 02 a 04 anos). Condições: prestação de serviços à comunidade ou limitação de fim de semana, no primeiro ano do prazo (art. 78, parágrafo 1º, do CP). Sursis especial Além dos requisitos acima arrolados, tem que obedecer as seguintes condições: o condenado tenha reparado o dano (antes da sentença), salvo impossibilidade de fazê-lo, e as circunstâncias judiciais lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz estabelecerá as seguintes condições, aplicadas cumulativamente: proibição de frequentar determinados lugares, proibição de ausenta-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades (art. 78, parágrafo 2º, do CP). 21

22 Sursis etário Além dos requisitos gerais, há mais dois específicos: condenado maior de setenta anos de idade (na data da condenação que se verifica a idade) e aplicação de pena privativa de liberdade não superior a 4 anos (período de prova será de 4 a 6 anos). Condições: Art. 78, parágrafo 1º ou parágrafo 2º, do CP. Sursis humanitário Além dos requisitos gerais, há mais dois específicos: razões de doença justificam a suspensão e aplicação de pena privativa de liberdade não superior a 4 anos (período de prova será de 4 a 6 anos. Condições: Art. 78, parágrafo 1º ou parágrafo 2º, do CP. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SURSIS. A) Condenado, em sentença irrecorrível por crime doloso (a infração pode ter sido praticada antes ou durante o benefício). Há divergência na jurisprudência quanto ao fato da revogação ser ou não automática (ou seja, se deve ou não ser ouvido o réu). B) Frustra, embora solvente, a execução da pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano. Quanto à multa, a posição doutrinária majoritária é que sua frustração a converte em dívida de valor, assim não mais revoga o sursis. C) Descumprimento da condição prevista no art. 78, parágrafo 1º, do CP. REVOGAÇÃO FACULTATIVA DO SURSIS. A) Beneficiado descumpre qualquer outra condição imposta (art. 78, parágrafo 2º, e art. 79, ambos do CP). B) Beneficiado é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. PRORROGAÇÃO DO SURSIS. Parágrafo 2º, art. 81, do CP: Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. A existência de inquérito policial não é causa de prorrogação do sursis. LIVRAMENTO CONDICIONAL. 22

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas restritivas de direito. Substituição concessão. Prof.ª Maria Cristina Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I aplicada

Leia mais

Das Penas Parte IV. Aula 4

Das Penas Parte IV. Aula 4 Das Penas Parte IV Aula 4 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Art 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade [...] Conceito Elas perfazem uma espécie de pena,

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica.

Ponto 11 do plano de ensino. Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. Ponto 11 do plano de ensino Suspensão condicional da pena: conceito e jurídica. natureza Comparação da suspensão condicional da pena e da suspensão condicional do processo do artigo 89 da Lei 9.099/95.

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts.

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. 77 ao 82, CP) Conceito A suspensão condicional da pena, também conhecida por sursis, pode ser conceituada como a suspensão parcial da execução da pena privativa

Leia mais

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA S U R S I S SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA arts. 77 a 82 do CP e 156 e s. da LEP. Deriva do verbo surseoir (suspender). Quer dizer suspensão. Expressão já utilizada pelo CP/1940. Conceitos: É o ato pelo

Leia mais

Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito.

Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito. Ponto 6 do plano de ensino: Penas restritivas de direito. Espécies: prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena

Direito Penal. Teoria da Pena Direito Penal Teoria da Pena Conceito Pena é a sanção, consistente na privação de determinados bens jurídicos, que o Estado impõe contra a prática de um fato definido na lei como crime (Aníbal Bruno).

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Crise do Sistema Penitenciário versus Direito Penal Mínimo As penas restritivas de direitos são: Prestação pecuniária Perda de bens e valores Limitação de fim de semana.

Leia mais

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5

Suspensão Condicional da Pena. Aula 5 Suspensão Condicional da Pena Aula 5 SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Conceito Instituto importado do direito francês consistente na possibilidade de o juiz liberar o condenado do cumprimento da pena privativa

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena II

Direito Penal. Teoria da Pena II Direito Penal Teoria da Pena II Direitos do Preso Art. 38: O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física

Leia mais

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica SUMÁRIO 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de execução penal 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO

Aula nº. 05 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO Curso/Disciplina: DIREITO PENAL (PARTE GERAL) MODULO TEORIA DA PENA Aula: SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO AULA 05 Professor(a): CLÁUDIA BARROS Monitor(a): PAULA

Leia mais

Aula 03. O que é a remição prevista na LEP a partir do art. 126? Remição é o abatimento na pena privativa de liberdade pelo trabalho ou pelo estudo.

Aula 03. O que é a remição prevista na LEP a partir do art. 126? Remição é o abatimento na pena privativa de liberdade pelo trabalho ou pelo estudo. Turma e Ano: Execução Penal / 2016 Matéria / Aula: Execução de Pena de Multa / Aula 03 Professor: Elisa Pittaro Monitora: Kelly Silva Aula 03 O que é a remição prevista na LEP a partir do art. 126? Remição

Leia mais

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1.2 Pena 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Livramento condicional

Livramento condicional Livramento condicional CONDICIONAL ART. 83 E SEGUINTES DO CP CONCEITO CARACTERÍSTICAS ANTECIPADA LIBERDADE CONDICIONAL PRECÁRIA NATUREZA JURÍDICA DIREITO SUBJETIVO DO APENADO - NÃO SE PODE NEGAR A LIBERDADE

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ

LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ LIVRAMENTO CONDICIONAL LUANNA TOMAZ CONCEITO Incidente na execução da pena privativa de liberdade que possibilita a liberdade antecipada, mediante a existência de pressupostos e condicionada a determinadas

Leia mais

Ponto 12 do plano de ensino

Ponto 12 do plano de ensino Ponto 12 do plano de ensino Livramento condicional: conceito e natureza jurídica, requisitos (objetivos e subjetivos), concessão, condições, revogação obrigatória e revogação facultativa, prorrogação,

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL

LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL Arts. 83 a 90 do CP e 131 e s. da LEP. Consagrado no CP de 1890, mas com efetiva aplicação pelo Decreto 16.665 de 1924. É mais uma tentativa de diminuir os efeitos negativos da prisão.

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CAPÍTULO IV DO CÓDIGO PENAL Marlon Ricardo Lima Chaves CONCEITUAÇÃO: penal. Suspensão condicional da pena é mais conhecido como SURSIS O termo sursis é uma palavra francesa

Leia mais

Penas Restritivas de Direitos. (continuação)

Penas Restritivas de Direitos. (continuação) LEGALE Penas Restritivas de Direitos (continuação) Penas Restritivas de Direitos Espécies O Código Penal traz cinco espécies de penas alternativa: Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação de serviços

Leia mais

Não se o crime tiver sido cometido com violência/grave ameaça a pessoa.

Não se o crime tiver sido cometido com violência/grave ameaça a pessoa. 1 Direito Penal Sala 207 UNIP Professor: Otávio Serra Negra Penas restritivas de direitos (art. 43 ao 48) Características: *substitutividade *autonomia *conversibilidade Crimes dolosos: *PPL aplicado menor

Leia mais

Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL Direito de execução penal e direito penitenciário

Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL Direito de execução penal e direito penitenciário Sumário CAPÍTULO 1 OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 DIREITO DE EXECUÇÃO PENAL 1.1.1 Direito de execução penal e direito penitenciário 1.1.2 Autonomia do direito de execução penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE Regime inicial O artigo 33 do CP prevê que o Juiz, no momento de aplicação da pena deverá dizer QUAL O REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DE PENA. O regime inicial poderá ser: Regime inicial Fechado

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VII Direito Penal Teoria da Pena Parte VII 1 - Conceito. - Instrumento alternativo de sanção penal, que objetiva a suspensão da execução da pena privativa de liberdade, mediante compromisso prestado pelo condenado

Leia mais

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE DO CP Pena privativa de liberdade Art. 33 CP Reclusão CP Detenção CP Prisão Simples Dec. Lei 3688/41 Sanções penais Penas Art. 32

Leia mais

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1.1 Sanções penais: 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL * Penas: a) Pena Privativa de Liberdade b) Pena Restritiva

Leia mais

Direito Penal. Progressão de Regime Penitenciário. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Progressão de Regime Penitenciário.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Progressão de Regime Penitenciário Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PROGRESSÃO DE REGIME Visa

Leia mais

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11 Sumário Notas Preliminares Finalidade do Direito Penal...2 Bens que podem ser protegidos pelo Direito Penal...2 Códigos do Brasil...3 Código Penal atual...3 Direito Penal...3 Garantismo...3 Garantias...4

Leia mais

Aplicação da Pena. (continuação)

Aplicação da Pena. (continuação) LEGALE Aplicação da Pena (continuação) Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação

Leia mais

Profª. Ms Simone Schroeder

Profª. Ms Simone Schroeder Profª. Ms Simone Schroeder Base legal: Artigos 109 ao 119 do Código Penal Conceito: É a perda do poder de punir ou de executar a sanção imposta pelo Estado, causada pelo decurso de tempo fixado em Lei

Leia mais

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal DAS PENAS FINALIDADES DA PENA Por que punir? O que é pena? O que se entende por pena justa? Teorias sobre as finalidades da pena: 1) Absolutas: a finalidade da pena é eminentemente retributiva. A pena

Leia mais

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas

CEM. Magistratura Federal. Direito Penal. Das Penas CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE - JF TRF2/TRF 2/2013 A respeito de aspectos diversos relacionados às penas, assinale a opção correta. a) No concurso formal perfeito,

Leia mais

EXECUÇÃO PENAL. Lei /2015

EXECUÇÃO PENAL. Lei /2015 EXECUÇÃO PENAL Lei 13.167/2015 REGRA GERAL: O preso provisório ficará separado do preso condenado por sentença transitada em julgado. O preso provisório ficará recolhido em cela diferente do preso já condenado

Leia mais

Rogério Greco. C u r s o d e. Direito Penal. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. A rt s. 1 0 a d o C P. Atualização Curso de Direito Penal Vol.

Rogério Greco. C u r s o d e. Direito Penal. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. A rt s. 1 0 a d o C P. Atualização Curso de Direito Penal Vol. Rogério Greco C u r s o d e Direito Penal P a r t e G e r a l V ol u m e I A rt s. 1 0 a 1 2 0 d o C P Atualização Curso de Direito Penal Vol. I Págs. 481 e 482 Substituição do 3º parágrafo e alteração

Leia mais

Falta Grave. Prescrição: por ausência legal se utiliza o menor prazo: 3 anos (no caso de fuga conta-se da captura do preso).

Falta Grave. Prescrição: por ausência legal se utiliza o menor prazo: 3 anos (no caso de fuga conta-se da captura do preso). Falta Grave Prescrição: por ausência legal se utiliza o menor prazo: 3 anos (no caso de fuga conta-se da captura do preso). Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) Art. 52. A prática de fato previsto como

Leia mais

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Pena-Base Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal PENA-BASE TÍTULO V Das Penas CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO III DA APLICAÇÃO DA PENA Fixação da

Leia mais

CRIMES DE TRÂNSITO I

CRIMES DE TRÂNSITO I Crimes de Trânsito I LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO CRIMES DE TRÂNSITO I Neste curso, vamos trabalhar os crimes de trânsito previstos na Lei n. 9.503/1997. DOS CRIMES DE TRÂNSITO (ARTS. 291 AO 312 DO CTB) Art.

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

FIXAÇÃO DE REGIME INICIAL

FIXAÇÃO DE REGIME INICIAL FIXAÇÃO DE REGIME INICIAL Regime Inicial de Cumprimento de Pena É estabelecido pelo conjunto do artigo 33, 2º, a, b, c (levam em conta o tempo de pena e a primariedade e a reincidência) e o artigo 59,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Execução de Sentença e Incidentes de Execução Parte 2 Prof. Pablo Cruz Facultativas I - freqüentar curso de habilitação profissional ou de instrução escolar; (Inciso incluído

Leia mais

Direito Penal. Regimes penitenciários. Fixação do regime inicial da pena privativa de liberdade. Professor Adriano Kot

Direito Penal. Regimes penitenciários. Fixação do regime inicial da pena privativa de liberdade.  Professor Adriano Kot Direito Penal Regimes penitenciários. Fixação do regime inicial da pena privativa de liberdade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL PENAS PRIVATIVAS

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 4 Prof. Rodrigo Mesquita Art. 8º As penas restritivas de direito são: I - prestação de serviços à comunidade;

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VIII

Direito Penal. Teoria da Pena Parte VIII Direito Penal Teoria da Pena Parte VIII 1 - Conceito. - Etapa final da execução da pena privativa de liberdade que permite a desinstitucionalização, ou seja, o cumprimento fora do cárcere sob determinadas

Leia mais

Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes

Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes LEGALE Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais

Leia mais

Roberto Motta Segurança Pública. Esboço de projeto de lei (reforma da legislação penal) versão 2

Roberto Motta Segurança Pública. Esboço de projeto de lei (reforma da legislação penal) versão 2 Roberto Motta 2030 - Segurança Pública Esboço de projeto de lei (reforma da legislação penal) versão 2 Justificação Este projeto de lei tem por objetivo principal extinguir o regime semiaberto de execução

Leia mais

Execução Penal. Prof. Pietro Chidichimo LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI N /84 CONTINUAÇÃO DA AULA DE EXECUÇÃO PENAL

Execução Penal. Prof. Pietro Chidichimo LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI N /84 CONTINUAÇÃO DA AULA DE EXECUÇÃO PENAL LEI DE EXECUÇÃO PENAL LEI N. 7.210/84 CONTINUAÇÃO DA AULA DE EXECUÇÃO PENAL Progressão de Regime Carcerário (art.112da LEP): Obs.: matéria iniciada na aula 1. Quanto à necessidade da realização do exame

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE REMIÇÃO Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei 12.433/11) Remição Principais alterações:

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE REMIÇÃO Penas Privativas de Liberdade Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei 12.433/11)

Leia mais

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP Rogério Greco Curso de Direito Penal Parte Geral Volume I Arts. 1 o a 120 do CP Atualização OBS: As páginas citadas são referentes à 14 a edição. A t u a l i z a ç ã o Página 187 Nota de rodapé n o 13

Leia mais

Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017

Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017 Extinção de Punibilidade - Aula IV - 13/03/2017 Continuação Sursis Revogação *obrigatória: * nova CTJ por crime doloso * não reparação de dano, salvo... *descumprimento da condição do artigo 78, 1º *facultativo:

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE REMIÇÃO Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei 12.433/11) Remição Principais alterações:

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - Critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos)

PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos) LEGALE PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos) As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão) As penas restritivas de direitos

Leia mais

Direito Penal. Suspensão Condicional da Pena. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Suspensão Condicional da Pena. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Suspensão Condicional da Pena Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CÓDIGO PENAL TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO IV DA SUSPENSÃO

Leia mais

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto

CRIMES HEDIONDOS. Conceito. Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Conceito Sistema Legal (art. 5º, inc. XLIII, CF) Sistema Judicial Sistema Misto Sistema legal temperado? Habeas Corpus (HC) 118533 tráfico privilegiado; Crimes militares Art. 5º, XLIII - a lei considerará

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Das penas restritivas de direito As penas restritivas de direito são sanções autônomas, que substituem as penas privativas de liberdade por certas restrições ou obrigações, quando preenchidas as condições

Leia mais

Direito Penal. Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova. Professor Adriano Kot

Direito Penal. Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova. Professor Adriano Kot Direito Penal Livramento Condicional: Conceito e Consequências, Requisitos para a Concessão e Prorrogação do Período de Prova Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de 7-12-1940) Contagem Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Imposição

Leia mais

O RDD é o mesmo que transferência para presídio federal? (leia a lei 11671/08) O que justifica a transferência do preso para presídio federal?

O RDD é o mesmo que transferência para presídio federal? (leia a lei 11671/08) O que justifica a transferência do preso para presídio federal? Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 21 (em 26/09/14) Professora: Elisa Pittaro Conteúdo: (cont. questões polêmicas) Execução penal Monitor: Joanes EXECUÇÃO PENAL (Continuação)

Leia mais

Introdução. Principais alterações:

Introdução. Principais alterações: LEI 12.403/11 Lei 12.403/11 A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera dispositivos do Código de Processo Penal no que diz respeito a: - Prisões Provisórias - Liberdade Provisória - Relaxamento da Prisão

Leia mais

Pena de Multa. A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual?

Pena de Multa. A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual? LEGALE Pena de Multa Pena de Multa A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual? Pena de Multa O réu tem dez dias para pagar a multa espontaneamente no juízo criminal mesmo (não

Leia mais

Vou comentar todas as questões sobre a Lei de Execução

Vou comentar todas as questões sobre a Lei de Execução Penal. Vamos lá! Olá, meus amigos! Vou comentar todas as questões sobre a Lei de Execução O art. 52 da LEP menciona que a prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione

Leia mais

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Regimes penitenciários. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Regimes penitenciários. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas privativas de liberdade. Prof.ª Maria Cristina - : a) fechado b) Semi-aberto c) Aberto. Art. 33 (...) 1º - Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança

Leia mais

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL... 13 1. Noções preliminares...13 2. Peculiaridades dos princípios do Direito Penal...13 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal...14 3.1 Abrangência do princípio

Leia mais

Direito Penal. Livramento Condicional. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Livramento Condicional. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Livramento Condicional Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LIVRAMENTO CONDICIONAL CÓDIGO PENAL TÍTULO V DAS PENAS CAPÍTULO V DO LIVRAMENTO CONDICIONAL Requisitos

Leia mais

STJ SUMÁRIO. APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo... APRESENTAÇAO À I." EDlÇAo...

STJ SUMÁRIO. APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo... APRESENTAÇAO À I. EDlÇAo... STJ00071445 SUMÁRIO APRESENTAÇAO À 2.' EDlÇAo.............................. 9 APRESENTAÇAO À I." EDlÇAo......... 1. Princípios de direito penal......... 25 l.1 Conceito, alcance e relevãncia dos princípios...

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ AULA VIII DIREITO PENAL II TEMA: LIVRAMENTO CONDICIONAL PROFª: PAOLA JULIEN O. SANTOS Conceito: consiste em uma antecipação provisória da liberdade do condenado, satisfeitos certos requisitos e mediante

Leia mais

Capítulo II DA ASSISTÊNCIA Seção I Disposições Gerais Art Tratamento penitenciário 10.2 Tratamento e assistência 10.3 Assistência ao egresso

Capítulo II DA ASSISTÊNCIA Seção I Disposições Gerais Art Tratamento penitenciário 10.2 Tratamento e assistência 10.3 Assistência ao egresso SUMÁRIO GERAL Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 Título I DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL Art. 1º 1.1 Natureza da execução penal 1.2 Autonomia do direito penitenciário 1.3 Direito penitenciário

Leia mais

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Atualização OBS: As páginas citadas neste arquivo são da 1 a edição. Pág. 163 MONITORAMENTO ELETRÔNICO (ARTS. 146-B, 146-C E 146-D DA LEP) Existe a possibilidade

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 SUMÁRIO Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal... 20 3.1. Abrangência

Leia mais

Direito Penal. Causas de Extinc a o da Punibilidade. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Causas de Extinc a o da Punibilidade.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Causas de Extinc a o da Punibilidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ROL CAUSAS DE EXTINÇÃO

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE Regime inicial O artigo 33 do CP prevê que o Juiz, no momento de aplicação da pena deverá dizer QUAL O REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DE PENA. O regime inicial poderá ser: Regime inicial Fechado

Leia mais

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS -LCA

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS -LCA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS -LCA PARTE II A Desconsideração da P.J É o enfoque dado à figura do sócio para a ineficácia ou a regulamentação de um ato condenável praticado em nome da sociedade, ignorando-lhe

Leia mais

Direito Penal. C u r s o d e. R ogério Greco. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. At u a l i z a ç ã o. A rt s. 1 o a d o C P

Direito Penal. C u r s o d e. R ogério Greco. P a r t e G e r a l. V ol u m e I. At u a l i z a ç ã o. A rt s. 1 o a d o C P R ogério Greco C u r s o d e Direito Penal P a r t e G e r a l V ol u m e I A rt s. 1 o a 1 2 0 d o C P At u a l i z a ç ã o OB S : A s pá g i n a s c i ta d a s s ã o r e f e r e n t e s à 1 3 a e d i

Leia mais

ESPÉCIES DE PENAS. Direito Penal II Professora Paola Santos

ESPÉCIES DE PENAS. Direito Penal II Professora Paola Santos ESPÉCIES DE PENAS Direito Penal II Professora Paola Santos Espécies de penas (art.32 do CP) Privativas de Liberdade Alternativas DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Reclusão: Pode começar a ser cumprida

Leia mais

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 10ª fase Período 2006-2016 1) VUNESP Juiz Estadual - TJ/RJ - 2011 Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo. Diante

Leia mais

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Extraterritorialidade Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. Tentativa

Leia mais

Penas Privativas de Liberdade

Penas Privativas de Liberdade LEGALE SURSIS Sursis é a suspensão condicional da pena Sursis Não se confunde com a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95) Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão,

Leia mais

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema:

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema: Turma e Ano: Juizado Especiais Criminais (2016) Matéria / Aula: Juizados Especiais Criminais 03 Professora: Elisa Pittaro Monitor: Gabriel Desterro e Silva Pereira Aula 03 Continuação: Juizados Especiais

Leia mais

1. Aplicação da Pena: 3ª Fase de aplicação da pena Pena Definitiva: - Majorantes/minorantes causas de aumento ou de diminuição da pena.

1. Aplicação da Pena: 3ª Fase de aplicação da pena Pena Definitiva: - Majorantes/minorantes causas de aumento ou de diminuição da pena. 1 PONTO 1: Aplicação da Pena PONTO 2: Aplicação da pena de multa PONTO 3: Fixação do Regime inicial de cumprimento de pena PONTO 4: Penas restritivas de direito 1. Aplicação da Pena: Sistema trifásico

Leia mais

Direito Processual Penal Prof. Pietro Chidichimo

Direito Processual Penal Prof. Pietro Chidichimo EXECUÇÃO PENAL 1. Conceito: É a relação jurídica que se inicia após a sentença penal condenatória transitada em julgado, podendo abarcar ainda a relação que se desenvolve caso o juiz decida prender provisoriamente

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte III

Direito Penal. Teoria da Pena Parte III Direito Penal Teoria da Pena Parte III Pena de Multa Definição (art. 49 do CP). Consiste no pagamento, ao fundo penitenciário, da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Espécies Quanto a

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale LEI 12.403/11 (continuação) Introdução Principais alterações: Da Prisão Domiciliar O Capítulo IV mudou o seu foco. Da Prisão Domiciliar O Capítulo IV mudou o seu foco.

Leia mais

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis;

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis; DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 16 Descrição 1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente; b) as medidas de segurança

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 5 Prof. Rodrigo Mesquita art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo

Leia mais

TORRES PARECER Nº, DE

TORRES PARECER Nº, DE SENADO FEDERAL Gabinete do Senador DEMÓSTENES TORRES PARECER Nº, DE 2009 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em caráter terminativo, sobre os Projetos de Lei do Senado n os 30, de 2008, que

Leia mais

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência.

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Ponto 13 do plano de ensino Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Efeitos da Condenação Art. 91/92 Condenação 1 Efeitos da Condenação

Leia mais

MATERIAL DIDÁTICO n. 6: Estudo da Teoria da pena no Direito Penal Brasileiro. Produzido por Gisele Alves e Vânia Camacho.

MATERIAL DIDÁTICO n. 6: Estudo da Teoria da pena no Direito Penal Brasileiro. Produzido por Gisele Alves e Vânia Camacho. MATERIAL DIDÁTICO n. 6: Estudo da Teoria da pena no Direito Penal Brasileiro. Produzido por Gisele Alves e Vânia Camacho. 2014 SUMÁRIO 1. ESPÉCIES DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 1.1 Reclusão 1.2 Detenção

Leia mais

Com a devida vênia da douta maioria, tenho que o recurso merece ser conhecido em parte e na parte conhecida provido, pelas seguintes razões.

Com a devida vênia da douta maioria, tenho que o recurso merece ser conhecido em parte e na parte conhecida provido, pelas seguintes razões. APELAÇÃO CRIMINAL Nº. 0024887-34.2014.8.16.0035, DA 1ª VARA CRIMINAL DO FORO REGIONAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA. APELANTE: INACIO NERY ALVES APELADO: MINISTÉRIO

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 SUMÁRIO Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal... 20 3.1. Abrangência

Leia mais

Prof. Marcelo Lebre. Crimes Hediondos. Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990

Prof. Marcelo Lebre. Crimes Hediondos. Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990 Prof. Marcelo Lebre Crimes Hediondos Noções Gerais sobre a Lei nº 8.071/1990 1. INTRODUÇÃO 1.1. Previsão Constitucional art. 5º, inciso XLIII CF/1988 - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR Prof:Davi ferraz DIREITO PENAL MILITAR LIVRAMENTO CONDICIONAL DA PENA Aqui bisonho observe os detalhes em vermelho e faça um bom desempenho. Requisitos Condenado a pena acima de dois anos ou ate mesmo

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

Súmula 520-STJ. Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO PROCESSUAL PENAL. EXECUÇÃO PENAL Saída temporária

Súmula 520-STJ. Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO PROCESSUAL PENAL. EXECUÇÃO PENAL Saída temporária Súmula 520-STJ Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO PROCESSUAL PENAL EXECUÇÃO PENAL Saída temporária Súmula 520-STJ: O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível

Leia mais