VIDA COTIDIANA NO SÉCULO XIX Belle Époque
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- Ana Soares Faro
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1 VIDA COTIDIANA NO SÉCULO XIX Belle Époque Curso: Ensino Médio Integrado Prof. Msc. Manoel dos Passos da Silva Costa 1
2 Vida cotidiana I INTRODUÇÃO Os governos liberais europeus tentaram garantir a instrução do povo. Novas escolas foram criadas. Na defesa dos Direitos Humanos, governos estabeleceram o fim da pena de morte e a extinção da escravidão. Nas grandes cidades predominava a burguesia que vivia e se alimentava muito bem. O povo que morava nas cidades trabalhava em várias atividades e tinha uma vida e uma alimentação muito mais simples do que a da burguesia e da nobreza. 2
3 Vida cotidiana II Nas cidades, as pessoas frequentavam o teatro, a ópera, os cafés, os clubes as festas, os bailes e os jardins públicos. O vestuário da burguesia e da nobreza das cidades seguia a moda francesa. O do povo adaptava-se ao trabalho que faziam. 3
4 Vida cotidiana III As principais cidades cresceram e modernizaramse com as novas construções, com as ruas e avenidas pavimentadas, passeios e jardins públicos. Novos serviços: a iluminação pública, a coleta de lixo, a água canalizada, a rede de esgotos, os transportes públicos... 4
5 Vida cotidiana IV As melhorias na medicina e na higiene; as máquinas nas fábricas e as novas técnicas de cultivo agrícola possibilitaram uma melhoria na alimentação, originando um aumento populacional. A busca de uma vida melhor contribuiu para o êxodo rural e a emigração europeia. 5
6 A modernização das cidades Nos anos finais do século XIX, surgem os automóveis. Prédios com vários andares, lojas e escritórios. A luz elétrica começa a substituir a iluminação a gás. Continuam a circular carruagens. Os primeiros bondes elétricos surgiram em Multiplicam-se os clubes e cafés 6
7 A vida cotidiana na cidade: o trabalho Nas cidades viviam muitos burgueses, cuja importância dependia do trabalho que exerciam. A nobreza continuava a ter prestígio e muitas pessoas aspiravam a um título nobre. Profissões dos burgueses Comerciantes, industriais, deputados, médicos, juristas e militares Muitos funcionários dos serviços e do comércio Maior importância social Menor importância social
8 A vida cotidiana na cidade: o trabalho A maior parte da população da cidade dedicava-se a outras atividades: artes e ofícios, trabalhos nas fábricas e vendas ambulantes.
9 ROMANTISMO 1ª Metade do Século XIX: Liberdade, Igualdade e Fraternidade Ascensão Burguesa X Derrocada da Aristocracia Revolução Francesa Revolução Industrial Burguesia no poder Implantação definitiva do Capitalismo. Efeitos da vitória burguesa para a Literatura Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (liberdade de expressão). Novo público leitor (amplo e diversificado). Escritores livres do regime de mecenato. Livros vendidos em escala industrial. 9
10 Arte e cultura: literatura A imprensa teve uma enorme expansão e contou com a colaboração de muitos escritores do tempo. O romance, surgido nesse século, conquistou um numeroso público. São autores desta época: José de Alencar, Gonsalves Dias, Castro Alves, Joaquim Manoel de Macedo, Álvares de Azevedo... Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, entre outros. Os romances retratavam a sociedade EÇA DE QUEIRÓS de então. CAMILO CASTELO BRANCO 10
11 CONTRADIÇÕES Euforia burguesa: sociedade individualista e competitiva, voltada para a acumulação do capital. Povo (proletariado) à margem do processo capitalista industrial: miséria e opressão. CARACTERÍSTICAS DA ARTE ROMÂNTICA Liberdade de criação. Individualismo e Subjetivismo. Sentimentalismo e Idealização. Culto à natureza. Imaginação e fantasia. Religiosidade Poesia voltada para as causas sociais Brasil : Castro Alves luta pela Abolição da Escravatura. Europa : Victor Hugo defesa da causa operária. Walter Scott (Ivanhoé). Alexandre Dumas (Os três mosqueteiros), Jacob e Wilhelm Grimm (Contos de fadas para as crianças e para o lar). 11
12 Características do Romantismo no Brasil INDIANISMO SERTANISMO (REGIONALISMO) CULTO À NATUREZA BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BRASILEIRA 12
13 O REALISMO / NATURALISMO REALISMO - características Objetividade : fidelidade ao real Impessoalidade. Análise Psicossocial do personagem. Contemporaneidade. Criticidade : questionamento da burguesia. Detalhismo Descritivo Lentidão Narrativa. Sensorialismo : Exploração dos sentidos. NATURALISMO - Características Determinismo : personagem condicionado pelos três fatores : raça-meio-momento Cientificismo : aplicação do método experimental à literatura. Patológico : destaque às situações e personagens anormais, doentios e desequilibrados, mórbidos. 13
14 2ª Metade do Século XIX Contexto histórico-cultural Choques ideológicos de classe Industrial X Proletariado Manifesto comunista - Karl Marx e Engels Capitalismo industrial (burguesia) Princípio do lucro empresarial Avanço tecnológico Mecanização dos centros industriais 14
15 2ª Metade do Século XIX Contexto histórico-cultural Na segunda metade do século XIX, a ciência impõe-se como única explicação para todos os problemas da humanidade. A visão idealizada do mundo e da sociedade é substituída por uma concepção de vida pautada em atitudes materialistas e cientificistas. Desenvolvem-se novas correntes filosóficas e científicas e disseminam-se as ideias liberais, socialistas e anarquistas. A literatura, como expressão do homem em seu tempo, torna-se analista: a pena, transformada em bisturi, corta e recorta o comportamento humano em busca de uma explicação metódica. 15
16 Destaques literários 2ª Metade do Século XIX Contexto histórico-cultural Honoré de Balzac (romances e contos) Gustave Flaubert (Madame Bovary) Émile Zola (Germinal) Eu tenho uma religião, e mesmo até mais do que todos eles, com suas momices e charlatanices. Eu creio em Deus! Creio no Ente Supremo, num Criador, qualquer que seja, pouco importa, que nos pôs neste mundo para desempenharmos os nossos deveres de cidadãos e de pais de família; mas o que não preciso é ir a uma igreja beijar salvas de prata, engordar com a minha algibeira uma súcia de farsantes que vivem muito melhor que nós! (Fala de Homais, personagem de Madame Bovary, Gustave Flaubert) 16
17 2ª Metade do Século XIX Contexto histórico-cultural Impressionismo Foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. O termo impressionismo foi aplicado ao trabalho de um grupo de artistas que acreditavam na impressão do momento como algo tão expressivo que bastava para superar as técnicas tradicionais acadêmicas. 17
18 2ª Metade do Século XIX Contexto histórico-cultural Destaques impressionistas Claude Monet, Camille Pissaro, Berthe Morisot, Mary Cassat, Pierre-Auguste Renoir, Edgar Degas, Édouard Manet. Foram inicialmente ridicularizados pela crítica e opinião publica por não seguirem as tradições pictóricas que vinham sendo solidificadas desde o renascimento. Valorizavam os objetos retratados ao ar livre, sob os efeitos do olhar e das mudanças de luz diária. 18
19 Claude Monet 19
20 Pierre Auguste Renoir 20
21 Degas 21
22 Pissarro 22
23 Édouard Manet 23
24 Die Brucke Alemão Fauves Francês EXPRESSIONISMO Expressão é o contrário de impressão. A impressão é um movimento do exterior para o interior. A expressão é um movimento do interior para o exterior. Ambos os movimentos são realistas e exigem a dedicação total do artista à Realidade. 24
25 Expressionismo Denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva. 25
26 Expressionismo Esse movimento artístico teve origem na Alemanha entre 1904 e 1905 com um grupo chamado Die Brucke A ponte Reação ao Impressionismo. Procurava retratar as inquietações do ser humano no início do século XX. Inspiração: Edward Munch O grito 26
27 CUBISMO A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade. Pablo Picasso 27
28 Cubismo Representação dos objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e mostrassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. 28
29 Belle Époque Período entre as últimas décadas do século XIX e o início da 1ª GG. Época dourada, de grande tranquilidade, prosperidade e bem-estar, resultantes da 2ª Revolução Industrial (eletricidade), do incremento do comércio em nível mundial, da expansão e grande desenvolvimento dos bancos. Foi uma época de grandes obras públicas com a eletrificação das cidades, obras de saneamento, abertura de boulevards, praças, jardins e construção de mercados. Melhoraram-se os transportes; surgiram a bicicleta, o automóvel, o avião. 29
30 30
31 31
32 Referências COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, FIGUEIRA, Garcia Divalte. História. São Paulo: Ática, (Série: Novo Ensino Médio). MORAES, José Geraldo V. de. Caminhos das Civilizações. São Paulo: Atual, MOTA, M. B. e BRAICK, P. R. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, VAINFAS, Ronaldo et al. HISTÓRIA:das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas. São Paulo: Saraiva, V.1,
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