CONTROLE E SUSTENTAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONTROLE E SUSTENTAÇÃO"

Transcrição

1 CAPÍTULO 4 CONTROLE E SUSTENTAÇÃO E xistem inúmeros mecanismos para proteção, controle e sustentação de relevante importância utilizados em sistemas de energia eólica. No entanto, não é o espírito deste trabalho examinar detalhadamente todos eles; ao contrário, nosso objetivo é citar os principais tipos, analisando e descrevendo brevemente suas características mais importantes, dando mais importância às soluções mais simples. Cabe salientar, ainda, que a adoção de um ou mais dos mecanismos citados dependerá basicamente de dois fatores: (1) da sofisticação do sistema eólico que se pretende implantar e do inevitável reflexo econômico daí decorrente; (2) da finalidade do sistema. Para exemplificar, um rotor simples (como o Savonius) poderá ser dotado de um sistema de frenagem menos sofisticado que o de um rotor de múltiplas lâminas; de forma semelhante, um sistema destinado ao bombeamento de água provavelmente não necessite de um dispositivo de estabilização de velocidade tão sensível quanto o de outro sistema gerador de eletricidade. 4.1 ORIENTAÇÃO Conforme se viu no capítulo anterior, os rotores de eixo horizontal sempre devem ser posicionados de forma a terem o plano de rotação de suas lâminas sempre voltado para os ventos incidentes. O mecanismo de orientação mais comum é o leme, utilizado em moinhos com rotores de até 10 m de diâmetro. Não existe um procedimento específico para o dimensionamento ou disposição deste leme; no entanto, de acordo com IGNÁCIO e LUS (1980), a prática recomenda o seguinte: o leme deve ser colocado a uma distância que varia de 75% a 100% do diâmetro do rotor, contando-se a partir do eixo de sustentação, conforme esquematizado na Figura 4.1. considerando-se a turbulência criada pelo vento logo após passar pelas lâminas, as posições mais recomendáveis para a colocação do leme são aquelas mostradas na Figura 4.2. o leme deve ter uma área que varie entre 2% e 15% da superfície varrida pelas hélices; quanto menor for o leme mais suave será a orientação do rotor, porém menor será sua precisão.

2 Figura 4.1 Distância recomendável (L) do leme de orientação em relação ao eixo de sustentação. o peso do leme deve ser suficiente para equilibrar o peso das hélices e o corpo do equipamento sobre o eixo vertical de sustentação. as pontas do leme deverão ser arredondadas, a fim de que não atraiam raios. é desejável que o leme tenha certa mobilidade, a fim de impedir orientações bruscas causadas por rajadas de vento. Figura 4.2 Posicionamentos possíveis do leme: (a) correto, evitando turbulências; (b) incorreto, com orientação ineficaz devido à inconstância do vento após passar pelas hélices; (c) correto, acima da zona de turbulência. Sistemas de maior potência utilizam outros mecanismos de orientação. Por exemplo, os grandes moinhos de vento holandeses são orientados através de hélices auxiliares; grandes unidades destinadas à geração de energia elétrica utilizam sensores que, acoplados a um motor, posicionam o rotor de forma adequada. 4.2 PROTEÇÃO Por mais simples que sejam, os equipamentos eólicos devem contar com um dispositivo que os proteja contra velocidades de vento excessivas, permitindo que o rotor seja travado ou "cortado", como é costume dizer quando necessário. É claro que o sistema de proteção a ser empregado tem estreita relação com o custo da instalação a ser protegida. Rotores simples, como o Savonius, podem ser dotados de mecanismos singelos, como freios de atrito, que podem ser acionados manualmente ou por pedal; já equipamentos mais sofisticados merecem mecanismos mais elaborados e eficientes. A proteção manual é mais intuitiva: é o operador do equipamento quem julga se as condições de vento são impróprias ou perigosas para a instalação: é ele quem aciona o

3 mecanismo de proteção. Isso implica em alguma possibilidade de insucesso, já que o operador pode não estar presente quando a velocidade do vento atinge valores elevados ou sua ação pode ser tomada demasiadamente tarde. Portanto, sempre que possível, os equipamentos eólicos devem contar com sistemas automáticos de proteção Um dos mecanismos mais simples e bastante eficaz é a chamada desorientação, que consiste em girar o plano formado pela rotação das hélices paralelamente ao plano do leme, e, portanto, à direção dos ventos. Algumas pessoas referem-se a isto com "quebrar" o catavento. Figura 4.3 Sistema manual de desorientação: (a) moinho em funcionamento normal; (b) moinho desorientado. Na Figura 4.3 é mostrado um sistema manual de desorientação. Em (a), o leme se mantém na posição normal de operação, sujeito às molas (1, 2 e 4); quando o cabo (3) é puxado, a hélice é colocada em posição paralela ao leme, como se mostra em (c); este cabo tem em sua extremidade uma mola dura (2) a fim de que, uma vez desorientado o moinho, a junção tenha alguma flexibilidade, necessária para que uma súbita rajada não venha a romper o cabo. Utilizam-se, ainda, correntes (5) como medida de segurança para o caso de rompimento das molas. A desorientação também pode ser feita automaticamente, por uma das seguintes formas: a) por eixo descentrado conforme mostrado esquematicamente na Figura 4.4(a). Consiste em afastar o eixo do rotor de uma distância d (variável de 6 a 10 cm) em relação ao eixo vertical sobre o qual repousa o rotor; desta forma, quando os ventos atingem altas velocidades,a pressão sobre as pás aumenta, produzindo um conjugado que provocará a desorientação; b) por paleta desorientadora mostrada na Figura 4.4(b), e que é solidária ao eixo do rotor, porém sobressaindo-se da superfície varrida pelo vento. Sua área pode variar entre 0-25 % da área do leme. Quando o vento é muito forte, sua pressão sobre a paleta cria um conjugado com tendência a desorientar o rotor, reduzindo a velocidade.

4 Figura 4.4 Desorientação automática: (a) por eixo descentrado; (b) por paleta desorientadora. Outro sistema usado para a proteção em sistemas que utilizam hélices aerodinâmicas é o chamado freio aerodinâmico. Na Figura 4.5 é mostrado um desses freios para um rotor com 2 hélices: consiste em duas sapatas de alumínio (cada qual com área aproximadamente igual a 1% da área varrida pelas hélices) ligadas ao rotor por meio de molas. Quando em velocidade normal estas sapatas estarão "fechadas"- como se vê esquematicamente na Figura 4.5(b) -, mas quando a rotação aumenta, elas se abrem freando a hélice, como se vê na Figura 4.5(c). 4.3 CONTROLE DA VELOCIDADE (REGULAGEM) Em muitos casos, o equipamento que será ligado ao rotor deve funcionar dentro de certa faixa de velocidades, de modo que se faz necessário o controle da velocidade de rotação o que se chama regulagem. Um caso típico de necessidade de regulagem é o de um moinho destinado à geração de energia elétrica, principalmente se o gerador a ser acoplado ao rotor for do tipo síncrono. De certa forma, o freio aerodinâmico visto na seção anterior comporta-se como um regulador de velocidade, já que o rotor tem sua velocidade diminuída à medida que as sapatas se abrem. Um sistema de regulagem mais sensível é conseguido com o uso de hélices de passo variável, cujo funcionamento mostrado esquematicamente na Figura 4.6 consiste em variar o passo, mudando o chamado ângulo de ataque à medida que a velocidade do rotor aumenta. Para tanto, é necessário que as hélices tenham certo grau de liberdade em relação ao cone do rotor, ao qual se sujeitam através de molas ou pistões; assim, quando a velocidade de rotação aumenta, a força centrífuga faz com que as hélices "fujam" do cone e alterem o ângulo de ataque.

5 Figura 4.5 Freio aerodinâmico para rotor de 2 hélices: (a) vista geral; (b) rotor em funcionamento normal; (c) rotor freado. Outros sistemas de regulagem, mecânicos ou eletrônicos, têm sido experimentados. No entanto, não nos ocuparemos deles, de vez que envolvem uma tecnologia mais sofisticada. Figura 4.6 Funcionamento esquemático de uma hélice de passo variável: à medida que aumenta a velocidade do vento, o ângulo de ataque θ se reduz de 45 o (posição 1) para 0 o (posição 3). 4.4 MULTIPLICAÇÃO DE VELOCIDADE Na maioria das aplicações a velocidade de rotação não é suficiente e/ou adequada ao dispositivo a ser acionado. Por exemplo, em condições normais, um rotor de hélices aerodinâmicas tem velocidade variando entre 50 e 200 rpm; se este rotor estiver acoplado a um gerador síncrono - cuja velocidade de acionamento recai na faixa de rpm torna-se claro que o acoplamento não poderá se dar de forma direta. Em casos como esse se torna necessária a instalação de algum mecanismo de multiplicação de velocidade, tal como: transmissão por engrenagens (retas ou helicoidais); transmissão por correntes ou correias em V (trapezoidais ou denteadas); caixas de relação de multiplicação (1 ou 2 marchas) podem ser usadas as caixas de engrenagem de automóveis, motos ou tratores.

6 Na Tabela 4.1, a título de exemplo, são mostradas as principais alternativas de transmissão para sistemas de conversão de energia eólico-elétricos. Tabela Alternativa para sistemas de conversão de energia eólico-elétrica Rotor Passo variável Velocidade constante Passo variável Velocidade constante Velocidade constante Velocidade variável Velocidade variável Velocidade variável Velocidade variável Diâmetro variável Transmissão (Razão de Multiplicação) (2 marchas) Variável Gerador Gerador CC Grupo motor/gerador Gerador síncrono Transformador/retificador Inversor Grupo motor gerador 4.5 SUSTENTAÇÃO As torres para sustentação de rotores são importantes, não só por questões de segurança, solidez e custo, mas também pelo fato de que quanto mais alto estiver o rotor, maior será a potência desenvolvida (V. Seção 2.4). Basicamente existem dois tipos de torres: a) Estaiadas, como aquelas vistas na Figura 4.7(a) e (b) - baratas e de fácil manutenção, são apropriadas para pequenos rotores. b) Auto-sustentadas, semelhantes às mostradas na Figura 4.7(c) e (d) - devido ao seu custo mais elevado, só são usadas quando se torna impossível a instalação de torres estaiadas. A torre deverá ser instalada de forma a permitir que o rotor receba ventos constantes, evitando as turbulências advindas de obstáculos naturais ou artificiais, como mostra a Figura 4.8. Deve-se, também, tomar precauções quando a torre é colocada sobre uma casa, a fim de que a vibração do rotor não seja transmitida às paredes. No projeto de uma torre, várias forças devem ser consideradas. Inicialmente, existem forças as forças verticais, como o peso do rotor e de outros dispositivos a ele acoplados e que também são sustentados pela torre. Importam, também, as forças horizontais (resistência do rotor e da própria torre à força do vento), as de torção (resultantes da rotação da gávea) e as vibratórias (oriundas da passagem do vento pelo

7 rotor). Por fim, devem-se considerar os momentos fletores a que está submetida a estrutura. Figura 4.8 Colocação da torre de sustentação: (a) totalmente errada: muito baixa, com vento fraco e turbulento; (b) errada: baixa, com fumaça e vento com turbulência; (c) boa: alta, com ventos constantes; (d) muito boa: bastante alta, com ventos constantes e de alta velocidade.

8

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. website:

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S.   website: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. Email: vigoderis@yahoo.com.br website: www.vigoderis.tk Suméria por volta de 4.000 A.C. Egípcios

Leia mais

Tecnologia Eólica para Produção de Energia Eléctrica

Tecnologia Eólica para Produção de Energia Eléctrica Apresentação Tecnologia Eólica para Produção de Energia Eléctrica Mafalda Antunes mafaldaa@portugalmail.pt Departamento de Electrónica Industrial O que é a Energia Eólica? E A energia eólica, é a energia

Leia mais

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila Turbinas Eólicas FORÇAS AERODINÂMICAS: Arrasto : força na direção do vento Sustentação

Leia mais

PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aula 9 Fontes Renováveis de Energia. Energia Eólica

PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aula 9 Fontes Renováveis de Energia. Energia Eólica PEA 3100 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Aula 9 Fontes Renováveis de Energia Energia Eólica slide 1 / 27 Produção de Energia Elétrica Geração Eólica Parque Eólico Osório Osório/RS Foto: Carlos

Leia mais

Aplicações Mecânicas Aula 3

Aplicações Mecânicas Aula 3 Aplicações Mecânicas Aula 3 Ementa CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2. Correias 2.1. Tipos 2.2. Características geométricas da transmissão por correia Elementos flexíveis - Correia A correia é um elemento de transmissão

Leia mais

Características do MCU

Características do MCU ESCOLA ESTADUAL JOÃO XXIII A Escola que a gente quer é a Escola que a gente faz! Características do MCU APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS - ENEM FÍSICA O MCU é periódico. Apresenta velocidade angular e velocidade

Leia mais

Energia Eólica. Prof. Titular Departamento de Engenharia Elétrica - UFMG CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DE TURBINAS EÓLICAS

Energia Eólica. Prof. Titular Departamento de Engenharia Elétrica - UFMG CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DE TURBINAS EÓLICAS Energia Eólica Prof. Selênio Rocha Silva Prof. Titular Departamento de Engenharia Elétrica - UFMG CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DE TURBINAS EÓLICAS 07/04/013 1 Porque todos tropeçamos em muitas coisas.

Leia mais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Quanto ao nível energético de pressão: Baixa pressão: até 0,0 kgf/cm (00 mmca) Média pressão: de

Leia mais

Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos

Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos Aula 04 - Atuadores pneumáticos atuadores lineares e rotativos 1 - INTRODUÇÃO Os atuadores pneumáticos são componentes que transformam a energia do ar comprimido em energia mecânica, isto é, são elementos

Leia mais

Permissível na instalação

Permissível na instalação Acoplamento de corrente KAISHIN consiste em duas engrenagens e uma extensão de corrente de rolo dupla. É muito simples e flexível, com as seguintes características: FÁCIL INSTALAÇÃO: A flexibilidade deste

Leia mais

Alternador. Professor Diogo Santos Campos

Alternador. Professor Diogo Santos Campos 4. SISTEMA ELÉTRICO O sistema elétrico dos motores dos tratores agrícolas pode ser dividido em três partes, são elas: Produção: gerador e dispositivos de controle de corrente e tensão; Armazenamento: bateria;

Leia mais

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão PEA 5002- ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão Componentes de um aerogerador de eixo horizontal Pás + Rotor Transmissão Mecânica

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1 MOTOR SÍNCRONO Joaquim Eloir Rocha 1 Os motores síncronos são usados para a conversão da energia elétrica em mecânica. A rotação do seu eixo está em sincronismo com a frequência da rede. n = 120 p f f

Leia mais

MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE

MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE AULA 8 ACIONAMENTO E MECANISMOS DE ELEVAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Acionamento Manual e Alavanca de Comando Um acionamento manual pode ser empregado em mecanismos de baixa

Leia mais

Fundamentos de Automação. Hidráulica

Fundamentos de Automação. Hidráulica Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Hidráulica

Leia mais

Resistência dos Materiais. Aula 6 Estudo de Torção, Transmissão de Potência e Torque

Resistência dos Materiais. Aula 6 Estudo de Torção, Transmissão de Potência e Torque Aula 6 Estudo de Torção, Transmissão de Potência e Torque Definição de Torque Torque é o momento que tende a torcer a peça em torno de seu eixo longitudinal. Seu efeito é de interesse principal no projeto

Leia mais

1. INTRODUÇÃO. Figura 1.1 Classificação das máquinas de fluido [adaptado de BRASIL, 2010, p.21] mca metros de coluna d água. 1 1

1. INTRODUÇÃO. Figura 1.1 Classificação das máquinas de fluido [adaptado de BRASIL, 2010, p.21] mca metros de coluna d água. 1 1 1. INTRODUÇÃO Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido ou

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip As máquinas de corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto como gerador. 1 Uma vez que as fontes retificadoras de potência podem gerar tensão contínua de maneira controlada a partir

Leia mais

(72) Inventor(es): (74) Mandatário:

(72) Inventor(es): (74) Mandatário: (11) Número de Publicação: PT 105079 A (51) Classificação Internacional: F04B 9/02 (2006.01) (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO (22) Data de pedido: 2010.04.26 (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação

Leia mais

Aproveitamento da energia eólica. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia eólica 1

Aproveitamento da energia eólica. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia eólica 1 Aproveitamento da energia eólica Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia eólica 1 Formas de aproveitamento Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento

Leia mais

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi PEA 2200 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Energia Eólica Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi slide 1 / 30 Detalhes de um aerogerador de eixo horizontal Pás de rotor Caixa de multiplicação

Leia mais

Acionamento de máquinas elétricas

Acionamento de máquinas elétricas Acionamento de máquinas elétricas Botoeiras Fim de curso e pressostato Relés Temporizadores Contatores Fusíveis Disjuntores Relé térmico ou de sobrecarga Partida direta de motores trifásicos Chave

Leia mais

Física I Prova 2 20/02/2016

Física I Prova 2 20/02/2016 Física I Prova 2 20/02/2016 NOME MATRÍCULA TURMA PROF. Lembrete: A prova consta de 3 questões discursivas (que deverão ter respostas justificadas, desenvolvidas e demonstradas matematicamente) e 10 questões

Leia mais

Aula 09. Turbinas Eólicas

Aula 09. Turbinas Eólicas Aula 09 Turbinas Eólicas Prof. Heverton Augusto Pereira Universidade Federal de Viçosa - UFV Departamento de Engenharia Elétrica - DEL Gerência de Especialistas em Sistemas Elétricos de Potência Gesep

Leia mais

Figura 1. Combustão externa: calor é produzido fora do motor em caldeiras.

Figura 1. Combustão externa: calor é produzido fora do motor em caldeiras. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO IT Departamento de Engenharia ÁREA DE MÁQUINAS E ENERGIA NA AGRICULTURA IT 154- MOTORES E TRATORES INTRODUÇÃO CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES Carlos Alberto Alves

Leia mais

Transmissão hidráulica de força e energia

Transmissão hidráulica de força e energia Líquidos Transmissão de força Intensificador de pressão Pressão em uma coluna de fluido Velocidade e vazão Tipos de fluxo Geração de calor Diferencial de pressão Transmissão Hidráulica de Força e Energia

Leia mais

Prática de Acionamentos e Comandos Elétricos I

Prática de Acionamentos e Comandos Elétricos I Data: / / 20 Aluno(a): Aula 4 : Motores de indução trifásicos (MIT). Partida manual, reversão e ligação em estrela/triângulo. 1 - Introdução: Chaves manuais de partida de motores de indução trifásicos

Leia mais

TRANSPALETES MANUAIS DE KG, KG E KG. 1 TRANSPALETE MANUAL COMBALANÇA E IMPRESSORA. 2 TRANSPALETE MANUAL COM ELEVAÇÃO HIDRÁULICA

TRANSPALETES MANUAIS DE KG, KG E KG. 1 TRANSPALETE MANUAL COMBALANÇA E IMPRESSORA. 2 TRANSPALETE MANUAL COM ELEVAÇÃO HIDRÁULICA ÍNDICE TRANSPALETES MANUAIS DE 2.000 KG, 2.500 KG E 3.000 KG... 1 TRANSPALETE MANUAL COMBALANÇA E IMPRESSORA... 2 TRANSPALETE MANUAL COM ELEVAÇÃO HIDRÁULICA... 3 MESAS PANTOGRÁFICAS MANUAL HIDRÁULICA...

Leia mais

Acionamento de motores de indução

Acionamento de motores de indução Acionamento de motores de indução Acionamento de motores de indução Vantagens dos motores de indução Baixo custo Robustez construtiva 1 Controle da velocidade de motores de indução Através de conversores

Leia mais

CONTROLE E MOVIMENTAÇÃO DO HELICÓPTERO

CONTROLE E MOVIMENTAÇÃO DO HELICÓPTERO 1 CONTROLE E MOVIMENTAÇÃO DO HELICÓPTERO O helicóptero é um veículo aéreo composto por um corpo e duas hélices: uma hélice principal de grande porte horizontal e outra de pequeno porte vertical na cauda

Leia mais

Motores de Alto Rendimento. - Utilizam chapas magnéticas de aço silício que reduzem as correntes de magnetização;

Motores de Alto Rendimento. - Utilizam chapas magnéticas de aço silício que reduzem as correntes de magnetização; 1 Motores de Alto Rendimento - Utilizam chapas magnéticas de aço silício que reduzem as correntes de magnetização; - Mais cobre nos enrolamentos, diminuindo as perdas por efeito Joule; - Alto fator de

Leia mais

ELEVADORES MECAN PARA MATERIAIS OU PASSAGEIROS

ELEVADORES MECAN PARA MATERIAIS OU PASSAGEIROS ELEVADOR UM SISTEMA MECAN DE ELEVADOR E CABINA FECHADA OU SEMIFECHADA PARA O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS OU MATERIAIS EM CANTEIRO DE OBRAS EQUIPADO COM FREIO DE SEGURANÇA AUTOMÁTICO E MANUAL TIPO CUNHA ELEVADORES

Leia mais

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi

Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi PEA 2200 Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade Energia Eólica Profa. Eliane Fadigas Prof. Alberto Bianchi slide 1 / 30 Potencial energético do vento Energia Cinética: ocasionada pelo movimento de massas

Leia mais

FICHA TÉCNICA Energia Eólica. nº Maio Nº Pág.s: 5. Copyright Construlink.com - Todos os direitos reservados.

FICHA TÉCNICA Energia Eólica. nº Maio Nº Pág.s: 5. Copyright Construlink.com - Todos os direitos reservados. FICHA TÉCNICA Energia Eólica Nº Pág.s: 5 nº 24 29. Maio. 2007 Energia Eólica 01 A energia eólica encontra-se na categoria das Fontes de Energia Renováveis (FER), em que mais se tem apostado na Europa durante

Leia mais

Torção. Deformação por torção de um eixo circular. Deformação por torção de um eixo circular. Capítulo 5:

Torção. Deformação por torção de um eixo circular. Deformação por torção de um eixo circular. Capítulo 5: Capítulo 5: Torção Adaptado pela prof. Dra. Danielle Bond Deformação por torção de um eixo circular Torque é um momento que tende a torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal: preocupação no

Leia mais

Dinâmica Circular Força Centrípeta

Dinâmica Circular Força Centrípeta Dinâmica Circular Força Centrípeta Quando um móvel realiza um MCU, a resultante das forças que atuam nesse móvel é radial CENTRÍPETA, ou seja, tem a direção do raio da curva e sentido para o centro. Globo

Leia mais

Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Eólica Pesquisa em aerodinâmica básica

Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Eólica Pesquisa em aerodinâmica básica Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Eólica Pesquisa em aerodinâmica básica Os engenheiros de aerogeradores utilizam técnicas como a de perda de sustentação que os projetistas de aviões tratam de evitar

Leia mais

14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento)

14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento) 14ª Aula Bombas Hidráulicas (Complemento) Bombas de Pistão As bombas de pistão geram uma ação de bombeamento, fazendo com que os pistões se alterem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento

Leia mais

DRIVER PARA MOTOR DE PASSO G2 Tensão: 42,00 Vdc Corrente: 4,20 A

DRIVER PARA MOTOR DE PASSO G2 Tensão: 42,00 Vdc Corrente: 4,20 A DRIVER PARA MOTOR DE PASSO G2 Tensão: 42,00 Vdc Corrente: 4,20 A Projetado para aplicações industriais, é um driver robusto com garantia de um ano. Possui flexibilidade de alimentação entre 20 Vcc até

Leia mais

1 03 Ge G om o etr t i r a i do o A v A iã i o, o, Fo F r o ç r as A e A ro r d o in i â n mic i as Prof. Diego Pablo

1 03 Ge G om o etr t i r a i do o A v A iã i o, o, Fo F r o ç r as A e A ro r d o in i â n mic i as Prof. Diego Pablo 1 03 Geometria do Avião, Forças Aerodinâmicas Prof. Diego Pablo 2 - Asa - Hélice - Spinner - Carenagem da Roda - Roda - Trem de Pouso do Nariz / Bequilha - Trem de Pouso Principal - Trem de pouso - Fuselagem

Leia mais

Geração Elétrica Centrais Eólicas para Geração de Energia Elétrica

Geração Elétrica Centrais Eólicas para Geração de Energia Elétrica Geração Elétrica Centrais Eólicas para Geração de Energia Elétrica Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 GERAÇÃO EÓLICA Introdução A utilização da energia contida no vento, ou eólica, para o acionamento

Leia mais

MECATRÔNICA MANIPULADORES ROBÓTICOS

MECATRÔNICA MANIPULADORES ROBÓTICOS MANIPULADORES ROBÓTICOS O grande escritor americano de ficção científica Isaac Asimov estabeleceu quatro leis muito simples para a robótica: A robótica abrange tecnologia de mecânica, eletrônica e computação.

Leia mais

FÍSICA Bruno Nascimento MOVIMENTO CIRCULAR

FÍSICA Bruno Nascimento MOVIMENTO CIRCULAR FÍSICA Bruno Nascimento MOVIMENTO CIRCULAR QUESTÃO 01 Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste

Leia mais

DLB MAQ CE - Comandos elétricos. Contatores

DLB MAQ CE - Comandos elétricos. Contatores Contatores Q uando falamos sobre os botões de comando, ficou evidente que aquele pequeno botão era o responsável direto pela alimentação e manobra de uma máquina independente do seu tipo e porte. Ou seja,

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. Relação TDP x rotor constante Elevada desagregação do solo Quebra de órgãos ativos e das transmissões

1 INTRODUÇÃO. Relação TDP x rotor constante Elevada desagregação do solo Quebra de órgãos ativos e das transmissões 1 INTRODUÇÃO Equipamento de preparo do solo Única operação Utilização mais comum Eliminação de plantas daninhas Preparo do solo (horticultura) Possibilidade de controle do grau de desagregação do solo

Leia mais

DInstruções para. Implementadores. Características Construtivas Tomada de Força VM. Volvo Truck Corporation Curitiba, Brazil 5.

DInstruções para. Implementadores. Características Construtivas Tomada de Força VM. Volvo Truck Corporation Curitiba, Brazil 5. Volvo Truck Corporation Curitiba, Brazil DInstruções para Implementadores Data Grupo Edição Pág. 5.09 95 04 1(5) Características Construtivas Tomada de Força VM BRA36614.ihval 88930164 Portuguese/Brazil

Leia mais

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação Acoplamento Introdução Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, percebeu um estranho ruído na roda. Preocupada, procurou um mecânico. Ao analisar o problema, o mecânico concluiu que o defeito estava

Leia mais

Física I Prova 2 25/10/2014

Física I Prova 2 25/10/2014 Física I Prova 2 25/10/2014 NOME MATRÍCULA TURMA PROF. Lembrete: A prova consta de 6 questões discursivas (que deverão ter respostas justificadas, desenvolvidas e demonstradas matematicamente) e 8 questões

Leia mais

PARTE II REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE NAVIOS IDENTIFICADOS POR SUAS MISSÕES TÍTULO 42 REBOCADOR/EMPURRADOR CAPÍTULOS ABORDAGEM

PARTE II REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE NAVIOS IDENTIFICADOS POR SUAS MISSÕES TÍTULO 42 REBOCADOR/EMPURRADOR CAPÍTULOS ABORDAGEM PARTE II REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE NAVIOS IDENTIFICADOS POR SUAS MISSÕES TÍTULO 42 REBOCADOR/EMPURRADOR SEÇÃO 3 EQUIPAMENTO DE CASCO CAPÍTULOS A ABORDAGEM B DOCUMENTOS, REGULAMENTAÇÃO E

Leia mais

Lista de Exercícios 4

Lista de Exercícios 4 Lista de Exercícios 4 Leis da Indução Exercícios Sugeridos A numeração corresponde ao Livros Textos A e B. A23.1 Uma espira plana com 8,00 cm 2 de área consistindo de uma única volta de fio é perpendicular

Leia mais

Recursos Eólicos De onde vem a energia eólica? A energia eólica é a energia cinética dos deslocamentos de massas de ar, gerados pelas diferenças de temperatura na superfície do planeta. Resultado da associação

Leia mais

INVERSORES DE FREQÜÊNCIA

INVERSORES DE FREQÜÊNCIA INVERSORES DE FREQÜÊNCIA 1. INTRODUÇÃO A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais barato) o acionamento em velocidade variável de motores elétricos. Com isto, sistemas

Leia mais

FIS-14 Lista-04 Setembro/2012

FIS-14 Lista-04 Setembro/2012 FIS-14 Lista-04 Setembro/2012 1. A posição de uma partícula é descrita por r = 300e 0,500t mm e θ = 0,300t 2 rad, onde t é dado em segundos. Determine as intensidades da velocidade e da aceleração da partícula

Leia mais

FIS-14 Lista-01 Novembro/2017

FIS-14 Lista-01 Novembro/2017 FIS-14 Lista-01 Novembro/2017 1. A rotação do braço robótico ocorre em virtude do movimento linear dos cilindros hidráulicos A e B. Se esse movimento faz com que a engrenagem em D gire no sentido horário

Leia mais

TRANSMISSÃO. Caixa de cambio

TRANSMISSÃO. Caixa de cambio TRANSMISSÃO Caixa de cambio CAIXA DE CAMBIO A velocidade máxima de um automóvel depende da potência máxima do seu motor, desenvolvendo-se, está próximo do número máximo de rotações do motor. As rodas do

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS FÍSICA - 1º EM CAPÍTULO 07 LEIS DE NEWTON E APLICAÇÕES PROF. BETO E PH

LISTA DE EXERCÍCIOS FÍSICA - 1º EM CAPÍTULO 07 LEIS DE NEWTON E APLICAÇÕES PROF. BETO E PH LISTA DE EXERCÍCIOS FÍSICA - 1º EM CAPÍTULO 07 LEIS DE NEWTON E APLICAÇÕES PROF. BETO E PH 1) Um paraquedista salta de um avião e cai até sua velocidade de queda se tornar constante. Podemos afirmar que

Leia mais

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados 4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados Com o objetivo de avaliar e complementar a análise das equações matemáticas desenvolvidas no capítulo 2, faz-se necessário realizar práticas experimentais. Com

Leia mais

AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve.

AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve. AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve. CONCEITOS 1. Massa: Quantidade de matéria que forma um corpo ; Invariável.

Leia mais

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA ª EXPERIÊNCIA - ESTUDO DAS BOMBAS APLICAÇÃO DA ANÁLISE DIMENSIONAL E DA TEORIA DA SEMELHANÇA 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MÁQUINAS DE FLUXO ( BOMBAS, TURBINAS, COMPRESSORES, VENTILADORES) As máquinas que

Leia mais

Página 1

Página 1 1. Analise as afirmativas a seguir sobre fluidos hidráulicos. I - É um meio de transmissão de energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de transferência de calor. II - Quando formulado a partir

Leia mais

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 12 de março de 2013

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 12 de março de 2013 GIROSCÓPIO Mecânica II (FIS-26) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA 12 de março de 2013 Roteiro 1 2 Roteiro 1 2 Dinâmica F (ext) = M a CM τ (ext) = d L dt L = M r CM v CM + L CM τ (ext) CM = d L

Leia mais

Cada questão objetiva vale 0,7 ponto

Cada questão objetiva vale 0,7 ponto Instituto de Física Segunda Prova de Física I 2017/1 Nas questões em que for necessário, considere que: todos os fios e molas são ideais; os fios permanecem esticados durante todo o tempo; a resistência

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Tecnologia Kopelrot

1 Introdução. 1.1 Tecnologia Kopelrot 1 Introdução O presente trabalho trata do projeto, construção e teste preliminar de um novo compressor rotativo, com a tecnologia Kopelrot. A tecnologia Kopelrot diz respeito à máquina de deslocamento

Leia mais

Máquinas Elétricas. Máquinas Indução Parte I. Motores

Máquinas Elétricas. Máquinas Indução Parte I. Motores Máquinas Elétricas Máquinas Indução Parte I Motores Motor indução Motor indução conjugado induzido Motor indução conjugado induzido Motor indução conjugado induzido Motor indução conjugado induzido Motor

Leia mais

MOVIMENTO CIRCULAR. centrípeta, e seu vetor sempre aponta para o centro da trajetória.

MOVIMENTO CIRCULAR. centrípeta, e seu vetor sempre aponta para o centro da trajetória. No Movimento Circular a partícula em questão efetua uma trajetória circular de raio R e, à medida que o tempo passa, o deslocamento S da partícula ao longo dessa trajetória aumenta. centrípeta, e seu vetor

Leia mais

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Joaquim Eloir Rocha 1 As máquinas de corrente alternada podem ser síncronas ou assíncronas. São síncronas quando a velocidade no eixo estiver em sincronismo com a frequência.

Leia mais

Composição do servoacionamento

Composição do servoacionamento SERVOACIONAMENTO Composição do servoacionamento O servoacionamento é constituído dos seguintes componentes: Um servomotor, um servoconversor e um transdutor de posição Os Servoacionamentos são utilizados

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Departamento de Matemática e Física Coordenador da Área de Física

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Departamento de Matemática e Física Coordenador da Área de Física UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Departamento de Matemática e Física Coordenador da Área de Física Disciplina: Física Geral e Experimental II (MAF 2202) L I S T A I Capítulo 16 Oscilações 1. Um oscilador

Leia mais

PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS

PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS ROGÉRIO LÚCIO LIMA Sinop Novembro de 2016 Introdução O relé diferencial caracteriza-se

Leia mais

MODELOS DE MOTORES DA MODELIX

MODELOS DE MOTORES DA MODELIX MODELOS DE MOTORES DA MODELIX O MOTOR DE CC REVISÃO TÉCNICA. Aspectos Construtivos O motor de corrente contínua é composto de duas estruturas magnéticas: 1 / 5 Estator (enrolamento de campo ou ímã permanente);

Leia mais

Exercício 1. Exercício 2.

Exercício 1. Exercício 2. Exercício 1. Em um barbeador elétrico, a lâmina se move para frente e para trás ao longo de uma distância de 2,0 mm em movimento harmônico simples, com frequência de 120 Hz. Encontre: (a) a amplitude,

Leia mais

INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS

INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS - MÁQUINA HIDRÁULICA MOTRIZ OU TURBINA: máquina hidráulica que fornece energia mecânica para ser transformada em energia elétrica. 1. Definição INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS - MÁQUINA HIDRÁULICA:

Leia mais

Física MCU. Questão 01 - (UERN/2015)

Física MCU. Questão 01 - (UERN/2015) Questão 01 - (UERN/2015) Dois exaustores eólicos instalados no telhado de um galpão se encontram em movimento circular uniforme com frequências iguais a 2,0 Hz e 2,5 Hz. A diferença entre os períodos desses

Leia mais

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Atuadores

Leia mais

2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos. 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido

2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos. 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido 2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido Uma máquina pode ser definida como um transformador de energia. Nas máquinas de fluido ocorre a

Leia mais

BOMBAS. Definições. ALTURA DE SUCÇÃO (H S ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba.

BOMBAS. Definições. ALTURA DE SUCÇÃO (H S ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba. BOMBAS Definições ALTURA DE SUCÇÃO (H S ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba. OBS.: Em bombas centrífugas normais, instaladas ao nível

Leia mais

Processamento da Energia Eólica

Processamento da Energia Eólica Processamento da Energia Eólica Professor: Marcello Mezaroba Dr. Email: marcello.mezaroba@udesc.br Maio de 2016 Sumário I. Componentes de um aerogerador de eixo horizontal II. Funcionamento de um gerador

Leia mais

3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA 8 3. TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA Os mecanismos de transmissão estão presentes em várias partes das máquinas e implementos agrícolas, transferindo potência e movimento, podendo atuar também como elemento de

Leia mais

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Unidade 3 Roscas e Elementos de Máquinas Professor: Leonardo Mendes da Silva 1. Engrenagens: Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento

Leia mais

Informações sobre estacionamentos automáticos e manuais GARAGEM AUTOMATIZADA INTELIGENTE MODELO CARROSSEL

Informações sobre estacionamentos automáticos e manuais GARAGEM AUTOMATIZADA INTELIGENTE MODELO CARROSSEL Informações sobre estacionamentos automáticos e manuais GARAGEM AUTOMATIZADA INTELIGENTE MODELO CARROSSEL 1. Objetivo Ampliar um maior número de vagas para carros no espaço horizontal ou vertical disponível

Leia mais

Paulo Moisés Almeida da Costa. As Máquinas Primárias

Paulo Moisés Almeida da Costa. As Máquinas Primárias Almeida da Costa As Máquinas Primárias Escola Superior de Tecnologia de Viseu - 1999 Estes pequenos apontamentos destinam-se a auxiliar os alunos no estudo das máquinas primárias utilizadas nos aproveitamentos

Leia mais

3 Veículos Terrestres

3 Veículos Terrestres 3 Veículos Terrestres Por se tratar de uma das primeiras dissertações do Programa de metrologia com aplicação à área veicular, optou-se pela inclusão neste capítulo de conceitos básicos que serão utilizados

Leia mais

Descritivo Técnico Adaptador Sensor Hall

Descritivo Técnico Adaptador Sensor Hall Folha 1 de 7 Folha 2 de 7 Sumário 1 Descrição geral... 3 2 Funcionamento... 3 2.1 Operação... 3 2.2 Programação, configuração e comunicação... 3 2.3 Descritivo de aplicação... 3 2.4 Exemplo de aplicação...

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Lista de Exercícios 2_2 BIMESTRE Nome: Nº Turma: 1 EM Profa Kelly Data: Conteúdo: Força elástica; Plano inclinado. 1 Uma criança desliza em um tobogã muito longo,

Leia mais

A B. a força conjunta. (a) Qual é a força que Saulo faz? (b) Se o ângulo mudar para 150, qual será a força aplicada

A B. a força conjunta. (a) Qual é a força que Saulo faz? (b) Se o ângulo mudar para 150, qual será a força aplicada Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciencias Físicas e Matemáticas Departamento de Física Física I (FSC 5101) Prof. Emmanuel G. de Oliveira Lista de exercício I Versão de 11 de agosto de 2017

Leia mais

Homework #1 Introdução aos Acionamentos Elétricos

Homework #1 Introdução aos Acionamentos Elétricos Data de entrega: 06/09 ACE Acionamentos Eletricos 2017-2 Nomes (máx. 3): Homework #1 Introdução aos Acionamentos Elétricos Nota: Por favor, preencha as respostas no espaço definido para cada questão para

Leia mais

= 36 = (m/s) = 10m/s. 2) Sendo o movimento uniformemente variado, vem: V = V 0 0 = 10 4,0. T T = 2,5s

= 36 = (m/s) = 10m/s. 2) Sendo o movimento uniformemente variado, vem: V = V 0 0 = 10 4,0. T T = 2,5s 11 FÍSICA Um veículo está rodando à velocidade de 36 km/h numa estrada reta e horizontal, quando o motorista aciona o freio. Supondo que a velocidade do veículo se reduz uniformemente à razão de 4 m/s

Leia mais

TEORIA DE VOO E AERODINÂMICA MÓDULO 2

TEORIA DE VOO E AERODINÂMICA MÓDULO 2 1 TEORIA DE VOO E AERODINÂMICA MÓDULO 2 Aula 2 www.aerocurso.com 2 6 DISPOSITIVOS HIPERSUSTENTADORES. São dispositivos capazes de aumentar, consideravelmente, o coeficiente de sustentação de uma aeronave.

Leia mais

REGULADOR COMPACTO PARA TURBINAS HIDRÁULICAS VOITH HYDRO

REGULADOR COMPACTO PARA TURBINAS HIDRÁULICAS VOITH HYDRO GGH / 05 17 a 22 de Outubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil GRUPO I GRUPO DE ESTUDO DE GERAÇÃO HIDRÁULICA (GGH) REGULADOR COMPACTO PARA TURBINAS HIDRÁULICAS José Cláudio Mazzoleni* Jorge Izukawa

Leia mais

Corte por serra de fita

Corte por serra de fita Corte por serra de fita Corte por serra de fita Formação do cavaco O processo de formação de cavaco no corte por serra de fita é feito em duas fases: Na primeira fase, o dente comprime e curva as fibras

Leia mais

FÍSICA - 1 o ANO MÓDULO 24 FORÇA CENTRÍPETA REVISÃO

FÍSICA - 1 o ANO MÓDULO 24 FORÇA CENTRÍPETA REVISÃO FÍSICA - 1 o ANO MÓDULO 24 FORÇA CENTRÍPETA REVISÃO Fixação 1) Um pêndulo é abandonado na posição A e atinge a posição E, como mostra a figura abaixo. Assinale a alternativa que melhor indica a direção

Leia mais

Guia de Projetos V1.00 R0.00 Setembro 2012

Guia de Projetos V1.00 R0.00 Setembro 2012 Guia de Projetos V1.00 R0.00 Setembro 2012 ibus - Guia de Projetos Este documento traz orientações gerais sobre o dimensionamento do sistema ibus. Importante: as orientações contidas neste documento não

Leia mais

Lista de exercícios 1 Mecânica Geral III

Lista de exercícios 1 Mecânica Geral III UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Tecnologia Departamento de Construção Civil TC027 Mecânica Geral III 1 0 Semestre de 2018 Ressalta-se que os testes serão baseados nas listas de exercícios. Portanto,

Leia mais

BCJ Lista de Exercícios 7

BCJ Lista de Exercícios 7 BCJ0204-2016.1 Lista de Exercícios 7 1. Um dos primeiros métodos para se medir a velocidade da luz utilizava a rotação de uma roda dentada com velocidade angular constante. Um feixe de luz passava através

Leia mais

COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO Unidade I Ensino Fundamental e Ensino Médio

COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO Unidade I Ensino Fundamental e Ensino Médio COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO Unidade I - 2008 Ensino Fundamental e Ensino Médio Aluno (a): nº Classe: 2-2 Lista de exercícios para estudos de recuperação de Física Trimestre: 2º Data: / /2008 1. (Ufpr)

Leia mais

PROVA PARA ALUNOS DO 1 E 2 ANO

PROVA PARA ALUNOS DO 1 E 2 ANO LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: a 2 FASE o o PROVA PARA ALUNOS DO 1 E 2 ANO 1 Essa prova destina-se exclusivamente para alunos do 1 o e 2 o ano e contém vinte (20) questões. 2 Os alunos do 1 o ano

Leia mais

Bombas Hidráulicas. Professor: Andouglas Gonçalves da Silva Júnior. Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Bombas Hidráulicas. Professor: Andouglas Gonçalves da Silva Júnior. Instituto Federal do Rio Grande do Norte Professor: Andouglas Gonçalves da Silva Júnior Instituto Federal do Rio Grande do Norte Curso: Técnico em Mecânica Disciplina: Mecânica dos Fluidos 28 de Setembro de 2016 (Instituto Mecânica dos Fluidos

Leia mais

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO

TURBINAS. Engenharia Elétrica Especializada. Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO 1 TURBINAS Eng. Vlamir Botelho Ferreira 1 INTRODUÇÃO Turbinas são equipamentos mecânicos que transformam energia de algum fluido (água, vento, gás, etc) que se move através dela, convertendo ou a energia

Leia mais

Transmissão. Embreagem

Transmissão. Embreagem Transmissão Embreagem Prefácio Este módulo de treinamento refere-se à embreagem. O módulo de treinamento é parte de uma série de módulos destinados ao treinamento Básico de Transmissão. Este módulo deve

Leia mais