FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DO PARANÁ: UMA ANÁLISE EMPÍRICA

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1 FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DO PARANÁ: UMA ANÁLISE EMPÍRICA Leonardo Antonio Silvano Ferreira 516 Prof. Simone Wolff 517 (Orientadora) RESUMO Com o advento de políticas neoliberais no cenário mundial, a partir da década de 1990, novos modelos de organização da produção são implantados em diversos setores da economia. Neste contexto, surgem novas formas de flexibilização dos contratos de trabalho que enseja a precarização das condições de trabalho. O objetivo desta pesquisa em andamento é mostrar dados preliminares sobre a relação destas políticas públicas de desenvolvimento do Paraná, na forma de Arranjos Produtivos Locais com os impactos que ocorrem no trabalho. Embora o Estado do Paraná seja um dos estados que assinaram o termo de compromisso de trabalho decente, faz-se importante analisar como são adotadas as políticas públicas de desenvolvimento do Paraná, com vistas ao desenvolvimento da localidade de Londrina. Diante dos efeitos gerados pelo impacto da globalização, os dados observados, apontam para uma concentração de renda, exclusão e desigualdade social, como também a perda de direitos dos trabalhadores. Para tanto, a compreensão desses fenômenos que ocorrem na economia é relevante para se pensar, quais os interesses do capital que estão por traz dessas medidas estruturais adotadas pelo Estado. Palavras chave: políticas públicas, desenvolvimento, flexibilização do trabalho. Este trabalho teve a orientação da Prof.ª Dr.ª Simone Wolff, coordenadora do GENTT Grupo de estudos sobre novas tecnologias e trabalho. O presente trabalho está relacionado ao projeto de pesquisas Para onde vai o mundo do trabalho? As formas diferenciadas de reestruturação produtiva no Brasil 2ª fase. 516 Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina, bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC/UEL), estudante do GENTT Grupo de estudos sobre novas tecnologias e trabalho. 517 Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, docente do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Mestrado em Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina, coordenadora do GENTT Grupo de estudos sobre novas tecnologias e trabalho. 1196

2 Esta pesquisa pretende analisar a relação entre as políticas públicas de desenvolvimento com a precarização do trabalho, a partir da flexibilização trabalhista. Os dados observados até o momento sobre as características do trabalho e o perfil do município de Londrina na economia, permitem algumas considerações. As características das relações de trabalho na atual configuração social apontam o seguinte: de um lado, para os trabalhadores formais e centrais ocorre a intensificação das atividades laborais e o prolongamento da jornada de trabalho a partir da criação de contratos de trabalho específicos e isentos de encargos; de outro lado, para uma grande parcela de trabalhadores ocorre o desemprego e o trabalho informal. Desse modo, faz-se necessário fazer uma análise conjuntural, para buscar explicações na tentativa de compreender o presente. A expansão do capitalismo com o advento da grande indústria, já era anunciada por Marx (1984), no século XIX, que em seu bojo, ampliava a desigualdade a partir da distribuição das riquezas, como também a manutenção da sociabilidade cultural burguesa em ascensão no mundo. Nota-se com isso, o desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação que surgiram ainda na manufatura. Essas observações já demonstravam uma exploração da classe dos trabalhadores em detrimento do desenvolvimento do capital. Os meios de comunicação e os meios de transporte contribuíram para o aumento da produção em larga escala e no crescente lançamento de massas ao grande capital e de trabalhadores em conexão a nível mundial. O surgimento da produção em cadeia tem sua origem a partir das ideias de Henry Ford, na indústria automobilística em Os princípios da racionalização da produção a qual Henry Ford aprofundou se fundamentam nas ideias de Frederick Taylor que consiste na fragmentação da produção ao máximo possível de produtividade. O conceito de Arranjo Produtivo Local, portanto, tem sua base no 1197

3 funcionamento da produção em cadeias produtivas, ou seja, o surgimento de empresas de um determinado ramo da economia faz gerar um fluxo de relações entre elas. A caracterização de Arranjo Produtivo Local surge quando há um fluxo de relações entre as empresas e representa a propensão de uma localidade para determinado tipo de produção. As mudanças no processo produtivo visam a um enxugamento de gastos trabalhistas pelas empresas. De tal modo, Wallerstein (2001) destaca que a economia capitalista, tem como objetivo intensificar a acumulação de capital, com o objetivo de garantir a crescente compra de mercadorias, além de visualizar o lucro, através da redução dos custos da produção, como a matéria prima e os trabalhadores. Há de se notar também, que a composição do governo, representa os interesses de classes sociais, a quem o político se identifica. Em tal medida, quando trata-se das políticas públicas de desenvolvimento, deve-se considerar a quem de fato interessa as modificações proporcionadas. O modelo de produção, nas últimas décadas do século XX, foi percebido por um novo regime de acumulação política e social, nesta fase do capitalismo. A acumulação flexível, termo utilizado por David Harvey (1992). Com o advento da acumulação flexível, em meio a um cenário de reestruturação econômica e reajustamento social, surgiram novas formas de organização da produção. Houve o aumento dos setores da economia, que favoreceram a flexibilização dos processos de produção. De acordo com Harvey (1992) houve também a compressão espaçotempo, especialmente a partir do advento da globalização. A acumulação flexível, como vou chamá-la, é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, 1198

4 novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. A acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego no chamado setor de serviços, bom como conjuntos industriais completamente novos em regiões até então subdesenvolvidas (tais como a Terceira Itália, Flandres, os vários vales e gargantas do silício, para não falar da vasta profusão de atividades dos países recém-industrializados). Ela também envolve um novo movimento que chamarei de compressão do espaço-tempo no mundo capitalista os horizontes temporais da tomada de decisões privada e pública se estreitaram, enquanto a comunicação via satélite e a queda dos custos de transporte possibilitaram cada vez mais a difusão imediata dessas decisões num espaço cada vez mais amplo e variegado. (HARVEY, 1992, p. 140) A flexibilidade e a mobilidade nas relações de produção garantem aos empregadores maior controle e coerção sobre o trabalho realizado. No decorrer da década de 1980, houve um aumento da subcontratação e do trabalho temporário em diversos lugares do mundo. Em meio à crise econômica em que os países subdesenvolvidos se encontravam nas últimas décadas do século XX, o FMI e o Banco Mundial propuseram algumas medidas para os países devedores. Com o Consenso de Washington, cria-se um conjunto de medidas elaboradas para os países subdesenvolvidos, na tentativa de se realizar uma reforma política e econômica, cujo objetivo principal era o ajuste estrutural na economia, se adequando ao modelo econômico neoliberal, em ascensão na política e na economia internacional. 1199

5 A filosofia política explicitada em O Caminho da Servidão de F. Hayek, conhecido como neoliberalismo, começa a surgir como uma proposta de alternativa com vistas ao aumento de lucro dos empresários no processo produtivo, fundamentado na ausência do Estado e na presença do mercado nas relações econômicas na sociedade. A política econômica neoliberal, cuja proposta de desenvolvimento consiste pelo princípio da liberdade de mercado, se torna cada vez mais presentes no cenário mundial. Na década de 1980, os EUA e a Inglaterra protagonizaram a abertura comercial nos países de industrialização avançada. Este quadro gerou a intensificação das relações econômicas internacionais, o que tornou o mercado de trabalho cada vez mais globalizado. O modelo econômico neoliberal serviria de modelo a ser seguido aos demais países do mundo, sobretudo aos países em desenvolvimento. No Brasil, o governo de Fernando Henrique Cardoso foi marcado por estas características das políticas neoliberais. Iniciou-se o processo de privatizações, em que houve a valorização do mercado na economia e ausência do Estado. As influências políticas neoliberais na conjuntura econômica internacional espraiaram-se por diversos lugares do mundo, inclusive no governo brasileiro. Essas medidas estruturais adotadas são percebidas no Brasil, na década de 1990, a partir da abertura econômica, da desregulamentação financeira e de privatizações, que transformaram as cadeias produtivas de diversos setores da economia, ocasionando impactos negativos para a classe trabalhadora. A empresa com o intuito de inserção na economia internacional a partir das medidas estruturais passam a ter um aumento das taxas de lucros; em contrapartida, do ponto de vista do trabalhador, essas medidas trouxeram prejuízos e colocaram em xeque, direitos trabalhistas conquistados ao longo da história. Com o advento de grandes companhias, a partir dos anos 1990, as relações de mercado são 1200

6 caracterizadas por uma intensa competitividade. As grandes companhias passam por profundas mudanças na organização da produção. Nos empregos centrais, há a compressão dos níveis hierárquicos, pela generalização de processos de terceirização, subcontratação e trabalhos temporários. Percebe-se que houve uma variedade de formas de contrato de trabalho, cujo objetivo do empregador era reduzir com o custo da produção e assim reduzir o trabalho morto. A inserção das (TIC s) Tecnologias de Informação e Comunicação, nos modelos de empresa rede, reforça o controle social da produção exercido pela empresa, semelhantes ao toyotismo. A partir de então, o trabalhador sujeitado as novas tecnologias está cada vez mais vulnerável ao controle e coerção. A partir de mudanças tomadas com a política econômica e organização da produção de cunho neoliberal, implantadas nos países periféricos na década de 1990, novas medidas foram tomadas para garantir o crescimento econômico que valorizou a maior confiança nas forças de mercado, associada à desregulação e à luta contra a rigidez do planejamento estatal e das intervenções protetoras no mercado de trabalho (Pochmann; Moretto, 2002, p ). Tais mudanças reverberaram na legislação trabalhista trazendo à baila uma ampliação e difusão de processos de terceirizações estimuladas, sobretudo, pelas privatizações das grandes empresas estatais. Em conseqüência dessas modificações no âmbito do capitalismo, bem como o fenômeno da globalização, Chesnais (1996) destaca que o progresso benéfico e necessário da globalização era apresentado como modelo a ser seguido pelos demais países. Em vista da internacionalização do capital, decorrente da mundialização no comércio internacional, a adaptação aos modos de produção e intercâmbio que estavam emergindo 1201

7 era sugerida pela OCDE, aos países que gostariam de obter um futuro promissor no cenário da economia internacional. O fenômeno da alta liberação do comércio exterior contribuiu para facilitar as operações dos grupos industriais multinacionalizados. Chesnais (1996) aponta dois fatores que aceleraram a internacionalização do capital: por um lado, a desregulamentação financeira e o desenvolvimento cada vez mais acelerado da globalização financeira; por outro lado, o papel das novas tecnologias que intensificaram a globalização. A mundialização é considerada como um período específico do processo de internacionalização do capital e de sua valorização em regiões que possibilitam grande quantidade de recursos e de mercados. A perda, para a esmagadora maioria dos países capitalistas, de boa parte de sua capacidade de conduzir um desenvolvimento parcialmente autocentrado e independente; o desaparecimento de certa especificidade dos mercados nacionais e a destruição, para muitos Estados, da possibilidade de levar adiante políticas próprias, não são conseqüência mecânica da globalização, intervindo como processo externo, sempre mais coercitivo, impondo a cada país, a seus partidos e a seus governos Thatcher e Reagan; e também do conjunto dos governos que aceitaram não resistir a eles, e sem a implementação de políticas de desregulamentação, de privatização e de liberalização do comércio, o capital financeiro internacional e os grandes grupos multinacionais não teriam podido destruir tão depressa e tão rapidamente os entraves e freios à liberdade deles de se expandirem à vontade e de explorarem os recursos econômicos, humanos e naturais, onde lhes for conveniente. (CHESNAIS, 1996, p. 34). Nessa perspectiva, o aumento de redes de empresas se torna cada vez mais comum no cenário mundial. Nesse sentido, o termo usado 1202

8 por Chesnais (1996) de oligopólio mundial, retoma a ideia de uma sociedade globalizada cada vez mais desigual social e economicamente. É assim, que o termo oligopólio mundial vem à tona. Mas o termo oligopólio mundial refere-se igualmente ao atual modo principal de organização das relações entre as maiores firmas mundiais. Preferimos defini-lo, não tanto como uma forma de mercado ou uma estrutura de oferta, e sim como um espaço de rivalidade industrial. Esse espaço forma-se sobre a base da expansão mundial dos grandes grupos, de seus investimentos cruzados intratriádicos e da concentração internacional resultante das aquisições e fusões que efetuam para esse fim. É delimitado por um tipo peculiar de relações de interdependência, que ligam o pequeno número de grandes grupos que chegam a adquirir e manter uma posição de concorrente efetivo a nível mundial, em determinada indústria (ou complexo de indústrias de tecnologia genérica comum). Esse espaço é um lugar de concorrência encarniçada, mas também de colaboração entre os grupos. A ele pertencem, essencialmente, grupos originários de um dos três pólos da Tríade, pois as relações constitutivas do oligopólio são por si mesmas, de modo intrínseco, um importante fator de barreira de entrada, ao qual podem agregar-se, depois, outros elementos. (CHESNAIS, 1996, p. 36 e 37). As técnicas de exploração com vistas a otimização de ganhos reais levaram todos os grandes grupos, ou seja, as grandes corporações a adotarem essas medidas coercitivas no mundo do trabalho. A busca pelo lucro levou as corporações a alterarem vários níveis do processo da produção. Como por exemplo, instalar indústrias em países periféricos da economia mundial, para reduzir gastos com pessoal. Nessa perspectiva, o cenário mundial se tornou baseado numa rede de relações de mercado, em relação com os países desenvolvidos. 1203

9 A reestruturação produtiva foi uma alternativa atraente para empresas de vários segmentos da economia do Brasil de modelo de produção, baseada numa reorganização da força de trabalho. Este exemplo foi seguido e adotado por dirigentes destes setores. A tendência da reestruturação produtiva seguida pela precarização do trabalho está relacionada ao contexto político e econômico do modo de produção capitalista, do final do século XX, sob a perspectiva de uma política econômica neoliberal. A partir de então, a reestruturação do mercado de trabalho e a acumulação flexível, ocasionaram em diversos fatores que contribuíram para sucessiva degradação do mundo do trabalho. Houve um aumento no desemprego estrutural, os ganhos dos trabalhadores foram modestos e o período foi marcado também por um retrocesso do poder sindical, reduzindo significativamente o poder dos trabalhadores, enquanto categoria organizada. No que tange ao mercado de trabalho, viu-se a redução no número de trabalhadores centrais em detrimento do aumento de contratos flexíveis de trabalho a partir da qual a relação contratual de milhares de profissionais empregados formalmente podia agora ser facilmente desfeita. A acumulação flexível também ensejou novas técnicas e modelos de organização que propiciaram uma nova configuração das relações de trabalho que substituíram o rígido sistema fordista pela flexibilização da produção. Os rearranjos setoriais e a reestruturação produtiva marcada pela flexibilização do mercado de trabalho, acompanhadas pelo atual movimento de expansão capitalista, vão além das grandes transnacionais, porém reverberam-se por toda a sociedade, em que as relações de trabalho são caracterizadas pela desregulamentação de direitos trabalhistas e, por conseguinte, pelo aumento da informalidade e da precarização do trabalho. 1204

10 Os impactos que assolaram o mundo do trabalho nas últimas décadas relacionam-se diretamente com a reestruturação produtiva ocorrida em vários setores da economia. A reestruturação da produção reconfigurou formas da organização produtiva nesta nova fase do capitalismo, que permitiu aos empregadores, alternativas atraentes para uma melhora de seus ganhos. No período marcado pela globalização, o capitalismo busca legitimar a sociabilidade cultural burguesa marcada pelo consumo e circulação de mercadorias numa escala global. A organização do trabalho nas cadeias de produção é redefinida pelas relações econômicas e políticas que ocorrem na sociedade ao longo do tempo. As cadeias de produção redefinem os arranjos produtivos estabelecidos entre os diversos setores econômicos e localidades em que atuam como uma forma de ampliar a acumulação do capital. A contra-face deste processo de redefinição, é a flexibilização da legislação trabalhista responsável pelo emprego precário, com contratos informais, em tempo parcial, horário flexível, etc. O Estado, por sua vez, a partir das políticas públicas, reiteram a perda trabalhista no sentido de tornar legal, a flexibilização do contrato de trabalho. Além disso, há também a responsabilização ao pequeno e micro empresário para os gastos trabalhistas. No parágrafo IV da Súmula 331 do TST, no que diz respeito a terceirização, há uma transferência de responsabilidade ao tomador de serviços e não ao empregador. O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, quanto àquelas obrigações (SÚMULAS, p. A-92). Há, portanto uma transferência de responsabilidade ao tomador de serviços na cadeia produtiva para as micro e pequenas empresas, sobre os trabalhadores. Além disso, o parágrafo I da Súmula garante a contratação de trabalho por tempo 1205

11 determinado, fato que agrava os direitos do trabalho, uma vez que não há a mais a relação formal de emprego. 518 Em relação as políticas de desenvolvimento, assim como consta nos cadernos setoriais da Companhia de Desenvolvimento de Londrina da Prefeitura Municipal de Londrina, observa-se o incentivo aos investidores para qualquer setor da economia para atuar em Londrina, ou seja, tem como objetivo municiar os investidores de informações sobre a região, a indústria e o perfil do trabalhador para investimento de diversos empreendimentos. Há, portanto um desemprego estrutural de trabalhadores, constituindo um exército de reserva, evidenciados em novas formas de contrato de trabalho. A flexibilização das relações de trabalho, como por exemplo, o trabalho informal ou a reestruturação da cadeia produtiva, por meio da criação de cooperativas e terceirizadas nos elos da produção, evidenciam a perda de direitos do trabalhador, tendo em comum a desregulamentação das leis trabalhistas. O trabalho precarizado é compreendido a partir de uma crescente redução nos postos de trabalho em empresas centrais, em que os trabalhadores são realocados via terceirização, cooperativas e/ou trabalho informal. Os Arranjos Produtivos Locais, ou seja, a propensão de uma determinada região para o desenvolvimento em um setor específico da economia emprega muitos trabalhadores em uma localidade. O Estado, por sua vez, apoia e incentiva a economia, a partir das políticas públicas de desenvolvimento e, assim reverberam o desenvolvimento das empresas nos arranjos produtivos locais. Entretanto deve-se refletir sobre 518 De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, no que tange ao tipo da movimentação entre a empresa e o trabalhador, houve o total de desligamentos no setor têxtil do vestuário e artefatos de tecidos na micro região de Londrina. Desse total, tiveram o desligamento por demissão sem justa causa, por término de contrato, ou por término de contrato de trabalho por prazo determinado, ou seja, 68,5% dos desligamentos fazem alguma referência ao contrato de trabalho temporário. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. 1206

12 em que medida, essas políticas públicas de desenvolvimento reproduzem formas de exploração dos trabalhadores, por meio da flexibilização do trabalho. Em suma, quais os elementos que estão por trás e incentiva a redução da desigualdade social, como a política pública da Agenda Nacional do Trabalho Decente, da Organização Internacional do Trabalho e Brasil. Em suma, embora a pesquisa esteja inconclusa, pode-se perceber que essas transformações do trabalho no caráter do processo de produção da empresa, baseadas no interesse de altos lucros são acompanhados de uma redução nos direitos e condições de trabalho dos trabalhadores. 1207

13 Referências bibliográficas BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED:.Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2009a. Disponível em: < Acesso em: 15 jul Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual De Informações Sociais - RAIS:. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2009b. Disponível em: < Acesso em: 15 jul CHESNAIS, François. Capítulo 1: Decifrar palavras carregadas de ideologia. In:. A Mundialização do Capital. São Paulo: Xamã, HARVEY, David. Parte II: As transformações político-econômicas do capitalismo no final do século XX. In:. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, LONDRINA. Prefeitura Municipal. Instituto de Desenvolvimento de Londrina Codel. Caderno setorial. Disponível em: < Acesso em: 15 jul MARX, Karl. O Capital Crítica da Economia Política (volume 1, tomo 2). São Paulo: Abril Cultural, POCHMANN, Marcio. O emprego na globalização: a nova divisão internacional do trabalho e os caminhos que o Brasil escolheu. São Paulo: Boitempo, WALLERSTEIN, I. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro, Contraponto,

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