UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO CURSO DE MESTRADO EM ORTODONTIA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE MORDIDAS CRUZADAS POSTERIORES EM RELAÇÃO AO PADRÃO RESPIRATÓRIO, EM CRIANÇAS COM 3 A 7 ANOS DE IDADE ALESSANDRO CÉZAR PACCINI DA SILVA Dissertação apresentada à Universidade Cidade de São Paulo, como parte dos requisitos para concorrer ao título de Mestre em Ortodontia. São Paulo 2011

2 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO CURSO DE MESTRADO EM ORTODONTIA ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE MORDIDAS CRUZADAS POSTERIORES EM RELAÇÃO AO PADRÃO RESPIRATÓRIO, EM CRIANÇAS COM 3 A 7 ANOS DE IDADE ALESSANDRO CÉZAR PACCINI DA SILVA Dissertação apresentada à Universidade Cidade de São Paulo, como parte dos requisitos para concorrer ao título de Mestre em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. Helio Scavone Jr. São Paulo 2011

3 Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID S586a Silva, Alessandro Cezar Paccini da. Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, em crianças com 3 a 7 anos de idade. / Alessandro Cezar Paccini da Silva. --- São Paulo, p.; anexos. Bibliografia Dissertação (Mestrado) Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. Helio Scavone Junior. 1. Má oclusão. 2. Respiração. 3. Dentição primária. 4. Oclusão dentária. I. Scavone Junior, Helio. II. Título. BLACK D42 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. São Paulo, / / Assinatura: acpaccini@hotmail.com

4 FOLHA DE APROVAÇÃO Paccini, AC. Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, em crianças com 3 a 7 anos de idade [Dissertação]. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo; São Paulo, / / Banca Examinadora 1). Prof. Dr. Helio Scavone Junior Julgamento:... Assinatura:... 2) Prof a. Dra. Vânia Célia Vieira de Siqueira Julgamento:... Assinatura:... 3) Prof a. Dra. Rívea Inês Ferreira Julgamento:... Assinatura:... Resultado: A P R O V A D O

5 Dedicatória À minha esposa, Pauliane, pela paciência e apoio nesta longa jornada e em todos os momentos de nossa vida conjugal. Às minhas doces filhas, Amanda e Ana Luísa, pelo amor incondicional. Aos meus pais, Hélio e Maria Aparecida, por terem dado o melhor de si para que seus filhos pudessem estudar, fazendo de nossos sonhos os seus. A minha eterna gratidão e admiração. Aos meus irmãos, Cássio e Douglas, verdadeiros amigos com quem posso contar em todos os momentos, a minha gratidão. Amo todos vocês.

6 Agradecimentos Ao Prof. Dr. Helio Scavone Junior, mestre e orientador, por seu entusiasmo, perfeccionismo e dedicação, enriquecendo este trabalho com suas sugestões e correções, meu reconhecimento e minha eterna gratidão e admiração. Ao Prof. Dr. Flávio Vellini-Ferreira, coordenador dos cursos de Pós- Graduação e Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo- UNICID, pelo privilégio de seus ensinamentos e pela convivência com um dos nomes mais respeitados da Ortodontia. À Profa. Dra. Ana Carla Raphaelli Nahás, por seu apoio e seus ensinamentos durante a realização deste trabalho. Aos professores Dr. Flávio Augusto Cotrim Ferreira, Dra. Rívea Inês Ferreira, Dr. Paulo Eduardo Guedes Carvalho, Dra. Daniela Gamba Garib, Dra. Karyna Martins do Valle-Corotti, pelas experiências e ensinamentos transmitidos desta maravilhosa arte. À colega de mestrado Ana Maria da Silva, parceira nesta grande pesquisa, por sua ajuda e amizade durante a realização deste trabalho, minha admiração e gratidão. À Dra. Sulene Pirana, médica otorrinolaringologista, por seu envolvimento com a pesquisa e disponibilidade na realização dos exames, meu reconhecimento e gratidão. A todas as crianças que participaram da pesquisa e a seus familiares. Sem a colaboração destes, nada teria sido possível.

7 A todos os funcionários envolvidos no curso de Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo. Pelo carinho e ajuda em todos os momentos. Aos meus amigos, sempre presentes nos momentos importantes da minha vida, alegrando o meu viver. trabalho. A todos que direta ou indiretamente colaboraram para a realização deste Que Deus abençoe a todos vocês!

8 Paccini, A. C. Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, em crianças com 3 a 7 anos de idade [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo; RESUMO Este estudo teve como objetivo de avaliar se a prevalência de mordidas cruzadas posteriores (MCPs) apresenta relação com o padrão respiratório, em crianças com três a sete anos de idade. A amostra englobou 507 crianças, de ambos os gêneros, na fase da dentadura decídua, matriculadas em escolas da cidade de Pouso Alegre (MG). As informações acerca de hábitos respiratórios foram obtidas por meio de questionários específicos respondidos pelas mães. Os exames otorrinolaringológicos foram efetuados por uma doutora nesta especialidade, incluindo anamnese, exame físico e exame complementar por nasofibroscopia. Com base neste conjunto de características, o padrão respiratório das crianças foi classificado em nasal, misto ou bucal. A avaliação da oclusão dentária foi realizada por meio de inspeção visual direta da cavidade bucal. A metodologia estatística alicerçou-se no teste de regressão logística binária (p<0,05) para investigar a associação entre o padrão respiratório e as MCPs. Nas situações em que a significância estatística foi estabelecida, quantificou-se a razão de chances (or). Os resultados evidenciaram que as MCPs ocorreram em 18,5% das crianças, exibindo dimorfismo entre os gêneros, com uma razão de chances duas vezes maior para o feminino. Os padrões respiratórios nasal, misto e bucal revelaram prevalências de, respectivamente, 8,7%, 26% e 65,3%. Concluiu-se que o padrão respiratório exibe uma associação estatisticamente significante com as MCPs, observando-se uma razão de chances 5,2 vezes maior para a ocorrência destas maloclusões nas crianças com padrões respiratórios misto ou bucal, em relação às respiradoras nasais. Palavras-chave: Respiração; Má oclusão; Mordida Cruzada Posterior; Dentição Primária.

9 Paccini, A. C. Analysis of the prevalence of posterior crossbite in relation to breathing pattern in children 3-7 years of age [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Universidade Cidade de São Paulo, ABSTRACT This study aimed to assess the prevalence of posterior crossbite is correlated with the breathing pattern in children three to seven years old. The sample comprised 507 children of both genders in the primary dentition phase, enrolled in schools in the city of Pouso Alegre (MG). Information about breathing habits were obtained by means of specific questionnaires answered by the mothers. The examinations were performed by an ENT doctor in this specialty, including medical history, physical examination and further examination by endoscopy. Based on this set of features, the breathing pattern of children was classified as nasal, oral, or mixed. The assessment of dental occlusion was performed by direct visual inspection of the oral cavity. The statistical methodology is grounded in the binary logistic regression test (p <0.05) to investigate the association between respiratory pattern and posterior crossbite. In situations where statistical significance was established to quantify the odds ratio (OR). The results showed that the posterior crossbite occurred in 18.5% of children exhibiting sexual dimorphism, with an odds ratio two times greater for females. Breathing patterns, nasal, mixed and oral revealed prevalence of respectively 8.7%, 26% and 65.3%. It was concluded that the breathing pattern shows a statistically significant association with the posterior crossbite, observing an odds ratio 5.2 times higher for the occurrence of these malocclusions in children with mixed or oral breathing patterns in relation to nasal breathing. Key words: Breathing, Malocclusion, Posterior Crossbite, Primary Dentition.

10 LISTA DE TABELAS Tabela Distribuição das crianças conforme a idade cronológica e gênero Tabela Percepção da cor da pele segundo avaliação do examinador Tabela 5.3 Percepção da cor da pele segundo declaração materna Tabela Caracterização do grau de escolaridade dos pais Tabela Distribuição do número de filhos nas famílias participantes do estudo Tabela Distribuição da renda familiar declarada nos questionários Tabela Perfil dos pacientes quanto às mordidas cruzadas posteriores Tabela Perfil dos pacientes quanto à prevalência de algumas características respiratórias Tabela 5.9 Distribuição da prevalência de mordida cruzada posterior em relação à presença ou ausência de septo desviado na amostra total Tabela Distribuição da prevalência de mordida cruzada posterior em relação à presença ou ausência de septo desviado no gênero feminino Tabela Distribuição da prevalência de mordida cruzada posterior em relação à presença ou ausência de septo desviado no gênero masculino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de cornetos hipertróficos, na amostra total Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de cornetos hipertróficos, no gênero feminino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de cornetos hipertróficos, no gênero masculino Tabela Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, na amostra total Tabela Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, no gênero feminino... 48

11 Tabela Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de ronco noturno, informado pelas mães, no gênero masculino Tabela Distribuição da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea, na amostra total Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea, no gênero feminino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsila faríngea, no gênero masculino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, na amostra total Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, no gênero feminino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença de hipertrofia de tonsilas palatinas, no gênero masculino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, na amostra total Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, no gênero feminino Tabela Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, no gênero masculino Tabela Análise de cada variável individualmente para o grupo total de pacientes Tabela Análise de cada variável individualmente para o grupo de pacientes do gênero feminino Tabela Análise de cada variável individualmente para o grupo de pacientes do gênero masculino... 60

12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico Perfil dos pacientes em relação às mordidas cruzadas posteriores 39 Gráfico Perfil dos pacientes em relação às características respiratórias Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores, em relação à presença ou ausência de septo desviado, na amostra total Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à presença ou ausência de cornetos hipertróficos, na amostra total Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de ronco noturno, na amostra total Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de hipertrofia de tonsila faríngea (graus 3 e 4), na amostra total Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência ou não de hipertrofia de tonsilas palatinas (graus 3 e 4), na amostra total Gráfico Distribuição da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório, na amostra total... 55

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Amostra Métodos Pesquisa sobre saúde geral e hábitos respiratórios das crianças Avaliações otorrinolaringológicas Anamnese otorrinolaringológica preliminar Avaliação clínica otorrinolaringológica Exame por nasofibroscopia Exames Odontológicos Análises estatísticas RESULTADOS Caracterização da amostra Estudo das mordidas cruzadas posteriores e de algumas características respiratórias Perfil dos pacientes quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores Perfil dos pacientes quanto à prevalência de algumas características respiratórias Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação a algumas características respiratórias Análise da prevalência de mordida cruzada posterior (MCP) em relação ao desvio de septo Análise da prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de cornetos Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de cornetos Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de ronco noturno Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de ronco noturno...48

14 Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de tonsila faríngea Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de hipertrofia de tonsila faríngea Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação à hipertrofia de tonsilas palatinas Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação à ocorrência de hipertrofia de tonsilas palatinas Análise da prevalência das mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório Análise do dimorfismo entre os gêneros quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores em relação ao padrão respiratório Avaliação da influência das variáveis estudadas no aumento ou redução da probabilidade de apresentar MCP Avaliação da influência das variáveis estudadas no aumento ou redução da probabilidade de apresentar MCP, apenas para o gênero feminino Avaliação da influência das variáveis estudadas no aumento ou redução da probabilidade de apresentar MCP, apenas para o gênero masculino DISCUSSÃO Considerações sobre a amostra estudada Considerações sobre os métodos empregados para a coleta e análise dos dados Erro do método Considerações sobre os resultados deste estudo e os dados disponíveis na literatura consultada Prevalência de mordidas cruzadas posteriores na dentadura decídua Prevalência de características respiratórias Relação entre características respiratórias e a prevalência de mordidas cruzadas posteriores Considerações finais CONCLUSÕES...83 REFERÊNCIAS...85 ANEXOS...96 APÊNDICES...98

15 1 INTRODUÇÃO

16 1 1 INTRODUÇÃO A Ortodontia, dentre suas diversas linhas de pesquisa, concentra-se no estudo das características anatômicas e funcionais dos componentes do sistema estomatognático, em especial os dentes, a língua e os músculos da mastigação, sendo que alterações ocorridas em quaisquer desses elementos poderão favorecer o desenvolvimento de maloclusões. Deste modo, um profundo conhecimento sobre os fatores etiológicos torna-se fundamental para a prevenção, o diagnóstico precoce e a interceptação das desarmonias dentofaciais (SCAVONE JR. et al., 2009). A respiração nasal propicia adequado crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial, interagindo com outras funções como mastigação e deglutição, de acordo com a teoria da Matriz Funcional de Moss (MOSS, 1969). A essência dessa teoria baseia-se no princípio de que o crescimento craniofacial está intimamente associado à atividade funcional, representada por diferentes componentes da área da cabeça, pescoço e tecidos moles. A respiração é um elemento funcional, assim como a mastigação, deglutição, fala, audição e outros que são realizados na área da cabeça e pescoço. Considerando a doutrina das matrizes funcionais, se houver obstrução nas áreas naso e ororrespiratória, muitas influências podem ser exercidas na direção do crescimento das estruturas do esqueleto da face, devido à necessidade de adaptação e reposicionamento de tecidos moles e estruturas esqueletais (SUBTELNY, 1975). A obstrução nasal é conhecida por representar um importante fator etiológico das deformidades morfológicas, dento-faciais, alterações posturais e miofuncionais durante a fase de crescimento dos indivíduos (CHENG et al., 1988; VALERA et al., 2006; CATTONI et al., 2007; PELTOMAKI, 2007; CUCCIA et al., 2008).

17 Introdução 2 Na maioria das vezes, existe uma causa definida de respiração bucal. A hipertrofia adenoamigdaliana e rinite alérgica são as mais frequentes, conforme diversos estudos (KLEIN, 1986; DI FRANCESCO, 1999; MOTONAGA et al., 2000; GREENFELD et al., 2003; CATTONI et al., 2007). É comum a hipertrofia de tonsila faríngea estar associada com rinite alérgica, exacerbando os sintomas respiratórios (LIMA et al., 2005). Em 1968, Ricketts descreveu com detalhes as características dos indivíduos portadores de obstrução respiratória. As alterações morfológicas e dento-faciais têm sido repetidamente atribuídas ao impedimento da função naso-respiratória por diversos autores (LINDER-ARONSON, 1970; SCHENDEL et al., 1976; VIG et al., 1981; McNAMARA, 1981; WOODSIDE et al., 1991; LINDER-ARONSON et al., 1993; OULIS et al., 1994; KAWASHIMA, 2002; ZETTERGREN-WIJK et al., 2006). Os estudos mostram distúrbios de posição mandibular no sentido ânteroposterior, divergência aumentada dos planos horizontais, mudança na direção de crescimento da mandíbula, alteração nas alturas faciais anteriores e posteriores e assimetrias responsáveis pelo estreitamento maxilar. Os exames clínicos evidenciam também o comprometimento da musculatura facial, com ocorrência de hipotonia, ausência de selamento labial, alteração na postura da cabeça e coluna cervical. Há relatos também de narinas estreitas, olheiras, face alongada, gengivite marginal nos incisivos, estreitamento da arcada superior e/ou inferior, palato ogival, mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior, alteração na posição dos incisivos, distâncias inter-molares e inter-caninas alteradas, relação molar de Classe II e overjet aumentado (LINDER-ARONSON, 1970, 1979; BRESOLIN et al., 1983, 1984; UNG et al., 1990; WARREN, 1990; HULCRANTZ et al., 1991; TOURNÉ, 1991;

18 Introdução 3 GROSS et al., 1994; OULIS et al., 1994; TOURNÉ e SCHWEIGER, 1996; ZUCCONI et al., 1999; WEIDER et al., 2003; ARUN et al., 2003; LESSA et al., 2005; PELTOMAKI, 2007; GÓIS et al., 2008). A intensidade dessas alterações craniofaciais depende do período e da duração das alterações respiratórias. Nos respiradores bucais em estágios iniciais de crescimento, as maloclusões e deformidades morfofuncionais apresentam uma menor expressividade. Entretanto, se as dificuldades respiratórias persistem durante o período de crescimento, ocorre uma maior progressão das maloclusões e das deformidades morfofuncionais associadas (CHENG et al., 1988). Alguns pesquisadores acompanharam em estudos transversais e longitudinais as mudanças observadas após as cirurgias de remoção das tonsilas palatinas (tonsilectomia) e das tonsilas faríngeas (adenoidectomia), ou ambas (adenotonsilectomia), em crianças e adultos (ZUCCONI et al., 1999; GREENFELD et al., 2003; GUILEMINAUL et al., 2004; UNKEL et al., 2005; CHAUX et al., 2008). Os achados mostram que o alívio na obstrução das vias aéreas num indivíduo em crescimento favorece o desenvolvimento craniofacial, dentofacial, postural e miofuncional (LINDER-ARONSON et al., 1986, 1993; BEHFELT, 1990; WOODSIDE et al., 1991), resultando até mesmo na normalização da oclusão em crianças (LINDER- ARONSON, 1974; HULCRANTZ et al., 1991; WEIDER et al., 2003; GREENFELD et al., 2003; PELTOMAKI, 2007). Conceituados trabalhos mostram que a mandíbula cresce numa direção mais horizontal (BEHLFELT et al., 1990; AGREN et al., 1998), havendo melhora na inclinação dos incisivos superiores, nas alturas faciais anteriores e posteriores, na largura doa arco superior, assim como correção de mordidas abertas e mordidas cruzadas, alteração na profundidade sagital do espaço nasofaríngeo e na inclinação do plano mandibular (LLINDER-ARONSON, 1979;

19 Introdução 4 HULCRANTZ et al., 1991; OULIS et al., 1994; AGREN et al., 1998; WEIDER et al., 2003). Cooper (1989), Principato (1991), e Bruni (2008) indicaram a necessidade de intervenção o mais precoce possível para restabelecer a respiração nasal. A partir dos três anos de idade a maioria das alterações craniofaciais já são visíveis, porém são mais comumente detectadas após os cinco anos. Após as crianças entrarem no estágio da dentição mista, torna-se difícil uma correção ortodôntica espontânea pós adenotonsilectomia (HULCRANTZ et al., 1991). O impacto deletério das conseqüências da obstrução respiratória no desenvolvimento facial atinge seu ápice na puberdade. Consequentemente, a oportunidade para intervenção com sucesso é limitada (PRINCIPATO, 1991). Tendo em vista os diversos relatos associando alterações respiratórias e desvios no desenvolvimento craniofacial, com o consequente surgimento de maloclusões, o objetivo deste trabalho é avaliar a prevalência de mordida cruzada posterior em crianças de 3 a 7 anos de idade e sua possível relação com o padrão respiratório.

20 2 REVISÃO DE LITERATURA

21 6 2 REVISÃO DE LITERATURA ASSOCIAÇÃO ENTRE PADRÃO RESPIRATÓRIO, DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL E MALOCLUSÕES As alterações da normalidade respiratória, com desenvolvimento de obstrução nasal, têm sido frequentemente relacionadas a alterações no desenvolvimento craniofacial e ao surgimento de maloclusões. Ricketts (1968), por meio de avaliações cefalométricas, descreveu o conjunto de alterações dentoesqueléticas associadas à respiração nasal, ao qual denominou síndrome da obstrução respiratória, enumerando as seguintes características: mordida cruzada posterior unilateral ou bilateral, mordida aberta anterior, posição inferiorizada da língua, deglutição atípica, perímetro do arco superior encurtado, respiração bucal crônica, inclinação da cabeça para trás, cavidade nasal estreita e presença de tonsilas faríngeas aumentadas. Para Moss (1969), o crescimento craniofacial depende do crescimento e função das matrizes funcionais. Várias funções estão relacionadas entre si e são determinantes no desenvolvimento: olfato, respiração, visão, digestão, equilíbrio e integração neural. Estas funções são realizadas por tecidos moles protegidos por elementos esqueléticos. A função associada ao tecido mole denominou-se matriz funcional. Cada estrutura craniofacial possui sua matriz funcional relacionada e depende desta para seu desenvolvimento satisfatório. Linder-Aronson (1970), em um estudo clássico sobre os efeitos da presença de hipertrofia adenoideana no padrão respiratório e suas implicações dentoesqueléticas, enumerou as seguintes características relacionadas à respiração bucal: retrusão da maxila e da mandíbula em relação à base do crânio,

22 Revisão de literatura 7 estreitamento dos arcos dentários, tendência à mordida cruzada posterior, retroinclinação dos incisivos superiores e inferiores, aumento da altura facial anterior e posicionamento mais inferiorizado da língua. Em um estudo posterior, Linder-Aronson (1974) relatou um realinhamento espontâneo dos incisivos superiores e inferiores, posteriormente à remoção das adenóides hipertrofiadas, sugerindo uma estreita relação entre o volume do tecido adenoideano e a morfologia craniofacial. Discutindo sobre tonsilas palatinas e faríngeas, Diamond (1980) afirmou que estes tecidos linfóides aumentados têm implicações no desenvolvimento dentofacial e no desenvolvimento da morfologia facial. Para o autor, no entanto, seria clinicamente impossível aferir, diferencialmente e adequadamente, quantidades relativas de respiração nasal e/ou oral. Subtelny (1980) postulou que a respiração normal seria aquela em que o espaço nasal e o nasofaríngeo seriam adequadamente utilizados para a passagem do ar. Qualquer alteração volumétrica das estruturas circunvizinhas, como cornetos ou adenóides, poderia causar uma diminuição na coluna aérea, com consequências na função respiratória. Se o aumento volumétrico causar obstrução, estariam estabelecidas pré-condições para o desenvolvimento da respiração oral, causando adaptações posturais, com alterações no posicionamento maxilo-mandibular e no desenvolvimento da oclusão dentária. Com o objetivo de avaliar a relação entre obstrução das vias aéreas superiores e crescimento craniofacial, McNamara (1981) ressaltou que indivíduos respiradores bucais não apresentam um tipo específico de morfologia craniofacial. A variedade de configurações dentárias e esqueléticas apresentadas por estes

23 Revisão de literatura 8 pacientes pode ser creditada a efeitos secundários de adaptações neuromusculares necessárias à manutenção de uma função respiratória adequada. A face adenoideana e o plano mandibular rotacionado em sentido horário seriam características frequentes nesses indivíduos, mas não as únicas. Este estudo demonstrou haver uma clara relação entre forma e função, isto é, obstrução respiratória e desvios no padrão de crescimento facial. O Ryan et al. (1982) defenderam que há um consenso sobre a influência da função naso-respiratória sobre o desenvolvimento do complexo craniofacial. A obstrução nasal crônica levaria ao surgimento da respiração bucal, causando alterações no posicionamento da língua e da mandíbula. Se estes eventos ocorrerem durante o período de crescimento infantil, o resultado será o desenvolvimento da face adenoideana, com alterações na morfologia dentofacial. Estes pacientes se caracterizarão por apresentar um aumento da altura facial ântero-inferior, estreitamento das bases alares, incompetência labial, arco dentário superior alongado e estreito e um aumento do ângulo do plano mandibular. Avaliando um grupo de 45 jovens com 6 a 12 anos de idade, sendo 30 diagnosticados como respiradores bucais devido a alergias e 15 respiradores nasais, Bresolin et al. (1983) constataram, no grupo de respiradores bucais, um aumento significativo da altura facial ântero-superior e da altura facial anterior total. Os ângulos relacionando a Linha SN com os planos palatino, oclusal e mandibular apresentaram-se aumentados neste grupo, assim como o ângulo goníaco. Além disso, a maxila e a mandíbula estavam retroposicionadas, a altura do palato estava aumentada, assim como o trespasse horizontal interincisivos (overjet). A distância

24 Revisão de literatura 9 intermolares superiores mostrou-se diminuída, estando associada a uma maior prevalência de mordida cruzada posterior neste grupo. Corruccini, Flander e Kaul (1985) compararam a ocorrência de alterações respiratórias e oclusais em populações rurais e urbanas do norte da Índia. Os autores observaram que os indivíduos instalados na zona urbana apresentaram maior incidência de respiração bucal (21,3%) em relação àqueles da zona rural (9,6%), o que provavelmente estaria ligado a problemas alérgicos respiratórios e asma, mais frequentes em populações urbanas. Do mesmo modo, a ocorrência de mordida cruzada posterior e alterações ântero-posteriores na relação molar (Classe II e III) mostraram-se mais frequentes na população urbana. Avaliando as alterações no crescimento facial em um grupo de crianças submetidas à adenoidectomia, em relação ao grupo controle, Kerr et al. (1987) relataram uma tendência de diminuição das diferenças angulares entre os planos faciais entre os grupos após 5 anos da realização das cirurgias, com as crianças respiradoras bucais (submetidas à adenoidectomia) apresentando medidas semelhantes às respiradoras nasais. Um estudo com 824 crianças do norte da Itália, conduzido por Melsen et al. (1987) avaliou a relação entre deglutição, padrão respiratório e desenvolvimento de maloclusões. Os autores verificaram que, na amostra estudada, as alterações na deglutição apresentaram maior impacto no surgimento das maloclusões do que as alterações respiratórias. Ainda assim, os indivíduos classificados como respiradores bucais apresentaram uma maior incidência de anomalias oclusais em relação aos respiradores nasais, notadamente a mordida cruzada posterior ( 33% vs 14%) e a mordida aberta anterior ( 10% vs 2%).

25 Revisão de literatura 10 Em um estudo com 71 indivíduos que apresentavam obstrução respiratória, comparados a igual número no grupo controle, Cheng et al. (1988) observaram discrepâncias relacionadas aos componentes verticais, associadas à face longa, com altura dentoalveolar e profundidade palatina aumentadas. Transversalmente, os indivíduos apresentaram uma diminuição das larguras craniana e palatina. Além disso, os indivíduos portadores de obstrução respiratória evidenciaram, em relação ao grupo controle, uma elevada correlação de certos tipos de alterações oclusais com alterações craniofaciais específicas. Observou-se uma elevada prevalência de palato profundo, associado com mordida cruzada posterior, mordida cruzada anterior e apinhamento dentário anterior em ambos os arcos. Entretanto, os autores ressaltaram que as alterações craniofaciais associadas à respiração bucal são variadas e podem estar associadas a diferentes padrões faciais. Em indivíduos mais jovens, essas alterações se mostraram menos pronunciadas, o que sugere a respiração bucal como um fator etiológico de alterações dentofaciais, principalmente durante o período de crescimento infantil. Oulis et al. (1994) estudaram o efeito da hipertrofia adenoideana e das amígdalas no surgimento da mordida cruzada posterior e de hábitos bucais. A amostra foi composta por 120 crianças com hipertrofia de adenóide, associada ou não à hipertrofia de amígdalas, e não submetidas à adenoidectomia. Os autores encontraram uma prevalência de 47% para mordida cruzada posterior, sendo que esta foi mais frequente nas crianças com obstrução respiratória severa, particularmente as que apresentavam hipertrofia de adenóides e amígdalas conjuntamente. Por outro lado, a maioria das crianças que apresentava mordida cruzada não tinha histórico de uso de chupeta ou de sucção digital.

26 Revisão de literatura 11 Em um estudo que avaliou as possíveis alterações cefalométricas associadas à postura labial, ao tamanho do espaço aéreo sagital e ao tamanho das adenóides, Trotman et al. (1997) relataram uma associação entre a ausência de selamento labial, maior rotação facial para baixo e para trás e aumento da altura facial inferior. A diminuição do espaço aéreo sagital esteve associada a uma relocação da maxila e da mandíbula para trás, sem alterações nos ângulos SNA e SNB, em virtude da diminuição da medida Sela-Násio. A hipertrofia de amígdalas esteve relacionada a um posicionamento e rotação para frente da maxila e mandíbula, com um aumento dos ângulos SNA e SNB. Os autores concluíram que a postura labial, o espaço aéreo e o tamanho das tonsilas representam três diferentes fenômenos, não relacionados, que atuam de forma específica, mas diferente, no crescimento e desenvolvimento craniofacial. Com o intuito de avaliar as evidências clínicas do efeito da respiração bucal no desenvolvimento facial, Vig (1998) revisou diversos estudos, encontrando uma associação entre obstrução nasal, alteração da postura labial, respiração bucal e modificações no crescimento facial. A autora relatou que estes fatores, quando atuam intensamente, podem produzir o que se denomina Síndrome da Face Longa ou Face Adenoideana, caracterizada por aumento da altura facial inferior, ausência de selamento labial, estreitamento das bases alares, profundidade palatal aumentada, mordida cruzada posterior e relação molar de Classe II. Lofstrand-Tidestrom et al. (1999) estudaram a relação entre obstrução nasal e alterações craniofaciais e oclusais em um grupo de 644 crianças de 4 anos de idade, na Suécia. Deste grupo, os autores identificaram, com base em informações paternas, 48 crianças que apresentavam ronco todas as noites e/ou relato de

27 Revisão de literatura 12 apnéias durante o sono. Estas crianças apresentaram estreitamento da maxila, aumento da profundidade palatal, diminuição do arco dentário inferior e maior incidência de mordida cruzada posterior, em relação a um grupo de crianças suecas de mesma idade, com oclusão ideal e sem obstrução respiratória. A associação entre maloclusão e obstrução respiratória foi estudada por Lopatiene e Babarskas (2002) em um grupo de 49 crianças lituanas, com idade entre sete e quinze anos. Este grupo de crianças apresentava sinais e sintomas de respiração bucal, tendo sido examinadas por otorrinolaringologistas e submetidas à rinomanometria, confirmando a obstrução do espaço aéreo. O estudo demonstrou relação significante entre resistência nasal e aumento do trespasse horizontal interincisivos (overjet), da mordida aberta e do apinhamento dentário superior. Além disso, este grupo de crianças apresentou elevada frequência de relação molar de Classe II e mordida cruzada posterior. Andrade et al. (2002) avaliaram um grupo de 30 pacientes adultos, com idade de 16 a 49 anos, que apresentavam mordida cruzada posterior e indicação de expansão maxilar cirúrgica. A mordida cruzada posterior bilateral foi diagnosticada em 25 indivíduos (83,3%) e a unilateral em apenas cinco (16,7%). No grupo total, 56,7% apresentavam relato de obstrução nasal, enquanto 43,3% não tinham queixa respiratória. A totalidade dos pacientes apresentou deformidade septal. Os autores concluíram que a presença de mordida cruzada posterior em adultos não está relacionada, necessariamente, com quadros de obstrução nasal. Em um estudo com 35 crianças com idade entre sete e 10 anos, Faria et al. (2002) compararam a morfologia dentária e esquelética em respiradores nasais e bucais. As crianças foram submetidas a avaliações ortodôntica, otorrinolaringológica

28 Revisão de literatura 13 e cefalométrica. A respiração bucal esteve associada à retrusão maxilomandibular em relação à base craniana e ao aumento dos ângulos SN.GoGn e SN.Gn. A inclinação axial dos incisivos superiores e inferiores e o ângulo interincisivos não se mostraram diferentes entre os grupos. Por meio do estudo de um grupo de 44 crianças com hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngeas e 29 crianças de um grupo controle, com três a seis anos de idade, Valera et al. (2003) observaram as seguintes características associadas: respiração bucal, bruxismo, selamento labial deficiente, posicionamento inferiorizado da língua, hipotonia labial e dos músculos bucinadores, mandíbula posicionada mais para baixo em relação à base do crânio, redução na altura facial póstero-inferior, atresia transversa do palato e padrão dolicofacial. Os autores ressaltaram que a respiração bucal por um período prolongado leva a alterações posturais e musculares, e que estas antecipam as alterações dento-esqueléticas. Juntamente com o padrão facial, estas alterações desempenharam um papel importante no desenvolvimento craniofacial infantil. Examinando 142 pacientes de 2 a 16 anos com histórico de respiração bucal, Di Francesco et al. (2004) compararam os diagnósticos de sonolência diurna, cefaléia, agitação noturna, enurese noturna, problemas escolares e bruxismo de acordo com três diagnósticos principais: rinite alérgica, hiperplasia adenoideana e hiperplasia adenoamigdaliana. Com base nos resultados, os autores relataram que bruxismo, enurese, agitação noturna e cefaléia estão relacionados com apnéia do sono, sendo mais frequentes na hiperplasia adenoamigdaliana. Sonolência diurna e cefaléia matinal se apresentaram pouco frequentes na criança com respiração oral.

29 Revisão de literatura 14 Emmerich et al. (2004) avaliaram a relação entre hábitos bucais, alterações oronasofaringeanas e maloclusões em pré-escolares de Vitória, Espírito Santo. Foram examinadas 291 crianças de ambos os gêneros, com três anos de idade, matriculadas em centros educacionais de Vitória. As análises estatísticas demonstraram maior risco relativo de que crianças com respiração bucal, deglutição atípica e fonação atípica também apresentem sobressaliência alterada, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Avaliando a influência do padrão respiratório na morfologia craniofacial, Lessa et al. (2005) compararam, por meio de análise cefalométrica, as diferenças nas proporções faciais entre respiradores nasais e bucais. Foram selecionadas 60 crianças, com idade entre 6 e 10 anos, que passaram por avaliações otorrinolaringológica e ortodôntica, por meio de radiografias cefalométricas em norma lateral. Foi constatado que os pacientes respiradores bucais apresentaram inclinação do plano mandibular (SN.GoGn) estatisticamente maior que os respiradores nasais, com tendência de crescimento vertical. Além disso, os respiradores bucais apresentaram aumento da altura facial ântero-inferior em relação aos respiradores nasais. Em um estudo com 80 pacientes ortodônticos, Di Francesco et al. (2006) analisaram a frequência de obstrução nasal e verificaram a correlação com achados faciais e problemas dentários. Observou-se incidência de 51,3% de obstrução nasal, sendo a principal causa do distúrbio respiratório a rinite inflamatória, provavelmente alérgica. Houve uma associação significante da obstrução nasal com a atresia maxilar e o palato ogival. Além disso, houve uma predominância de pacientes

30 Revisão de literatura 15 dolicofaciais - apesar de não significante - e de alterações dentárias como mordida cruzada posterior, sobressaliência aumentada e apinhamento dentário. Avaliando 50 telerradiografias laterais de crianças entre 9 e 12 anos, todas do sexo feminino, Frasson et al. (2006) relacionaram o padrão respiratório com alterações cefalométricas, comparando o grupo de respiradores bucais (n=25) com grupo controle, respirador nasal (n=25). Os autores não encontraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos quanto às medidas FMA, SN.GoGn e ângulo Y de crescimento. Da mesma forma, não houve diferenças significantes entre os valores dos ângulos SNA, SNB e ANB, assim como da altura facial anterior e posterior. Os autores postularam que a respiração bucal não pode ser considerada fator etiológico único de mudanças no padrão facial. Menezes et al. (2006) avaliaram 150 crianças de 8 a 10 anos participantes de um projeto social em Recife, Pernambuco, quanto às principais alterações faciais e comportamentais associadas à respiração bucal. Os dados foram coletados mediante a aplicação de questionários aos pais e exames clínicos. A prevalência de respiração bucal foi de 53,3%, sem diferença entre os gêneros ou idade. As alterações faciais nos respiradores orais, em relação aos nasais, foram: selamento labial inadequado (58,8% x 5,7%); olhos caídos (40,0% x 1,4%); palato ogival (38,8% x 2,9%); mordida aberta anterior (60,0% x 30,0%), lábios hipotônicos (23,8% x 0,0%) e olheiras (97,5% x 77,1%). Não houve relação entre as características comportamentais e o tipo de respiração. Através do acompanhamento de 1160 crianças de 4 a 5 anos de idade, seguidas longitudinalmente desde os quatro meses, no México, Vázquez-Nava et al. (2006) avaliaram a associação entre a rinite alérgica, o uso de mamadeira, a

31 Revisão de literatura 16 presença de hábitos de sucção não-nutritivos e as maloclusões na dentição decídua. Periodicamente, as crianças foram examinadas e seus pais responderam a questionários apropriados nesses intervalos. Os autores verificaram a ocorrência de maloclusões em 640 crianças (51,03% apresentavam mordida aberta anterior e 7,5% mordida cruzada posterior). Os resultados permitiram associar a rinite alérgica - exclusivamente ou associada com hábitos não nutritivos de sucção - com a ocorrência de mordida aberta anterior. Por outro lado, o uso de mamadeira, associado ou não com a rinite alérgica, apresentou relação estreita com mordida cruzada posterior. A mordida cruzada posterior, por sua vez, mostrou-se mais frequente em crianças com rinite alérgica e hábitos de sucção não nutritivos (10,4%). Suliano et al. (2007) avaliaram a prevalência de maloclusão em 173 escolares da região metropolitana de Recife, relacionando-a à alterações funcionais do sistema estomatognático. Do total da amostra, 82,1% apresentaram maloclusão, em diferentes graus de severidade. Concluiu-se que quanto maior a severidade da maloclusão, maior a associação com alterações na fonoarticulação, deglutição e respiração. A fim de se avaliar a influência de hábitos de sucção não-nutritivos, do padrão respiratório e da hipertrofia de adenóides no desenvolvimento de maloclusões, Góis et al. (2008) avaliaram 300 crianças, com idade entre 3 e 6 anos, selecionadas aleatoriamente de escolas públicas e privadas. O grupo de estudo (n=150) foi composto por crianças que apresentavam ao menos uma das seguintes maloclusões: mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior ou sobressaliência maior que três mm. O grupo controle (n=150) foi composto por crianças que não apresentavam maloclusões. Foram aplicados questionários aos pais para

32 Revisão de literatura 17 levantamento de informações a respeito de hábitos de sucção e sua duração. A análise do padrão respiratório foi feita por exame de sinais faciais e radiografias laterais para avaliação do grau de obstrução através do tamanho da adenóide. Os fatores de risco para a ocorrência de maloclusões foram: sucção de chupeta após dois anos de idade (OR = 14,7) e padrão respiratório bucal (OR = 10,9). Não foram encontradas associações significantes entre a hipertrofia de adenóides e a sucção digital com a ocorrência de maloclusões. Com o objetivo de avaliar a associação entre maloclusões e alterações respiratórias, Souki et al. (2009) analisaram a relação da severidade da hipertrofia de adenóides e/ou amígdalas, assim como da rinite alérgica com a ocorrência de maloclusão de classe II, mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Foram examinadas 401 crianças com idade entre dois e 12 anos, com média de idade de seis anos e seis meses. Todas as crianças foram examinadas por otorrinolaringologistas e tiveram confirmado o diagnóstico de respiração bucal. A hipertrofia de adenóides e/ou amígdalas foi detectada em 71,8% da amostra, independentemente da presença de rinite alérgica. A rinite alérgica foi detectada em 18,7% das crianças. A mordida cruzada posterior esteve presente em 30% das crianças em dentição decídua ou mista, e em 48% das crianças com dentição permanente. Durante a dentição mista e permanente, a incidência de mordida aberta anterior e de maloclusão de Classe II se mostrou elevada. Ao mesmo tempo, mais de 50% das crianças respiradoras bucais apresentaram relações oclusais normais tanto no sentido sagital, transversal e vertical. Apesar da elevada incidência de problemas oclusais, os autores chamam a atenção para o fato de não haver um padrão de maloclusão relacionado aos respiradores bucais.

33 Revisão de literatura 18 Ovsenik (2009) avaliou a relação entre alterações orofaciais e a ocorrência de mordida cruzada posterior em crianças na fase dos três aos cinco anos de idade. Foram examinadas 243 crianças, desde os três anos, com intervalos anuais, até os cinco anos. A mordida cruzada posterior esteve presente em 20% da amostra aos cinco anos, sendo que metade destas crianças usaram chupetas ou mamadeiras. Aliás, a sucção de chupeta e a respiração bucal se mostraram estatisticamente significantes em relação à presença de mordida cruzada posterior. A deglutição atípica apresentou maior prevalência no grupo das crianças com mordida cruzada posterior, em relação àquelas crianças que não apresentaram a referida maloclusão. Avaliando fatores relacionados à ocorrência de mordida cruzada posterior unilateral em 30 crianças da Eslovênia, Melink (2010) et al. buscaram identificar a relação entre hábitos de sucção, alterações funcionais orofaciais e respiratórias com a presença da maloclusão. Os resultados demonstraram haver relação significante entre uso prolongado de chupeta, freio lingual curto, diminuição da dimensão transversa do arco maxilar e aumento da largura mandibular com a ocorrência de mordida cruzada posterior unilateral. Nesse estudo, não foi encontrada relação significante entre a hipertrofia de adenóides ou amígdalas com a mordida cruzada posterior, o mesmo ocorrendo para a obstrução respiratória nasal. Coelho et al. (2010), em um estudo transversal com 40 indivíduos com maloclusão de classe II, avaliaram a relação entre as alterações transversais e o padrão respiratório, por meio de radiografias póstero-anteriores realizadas num intervalo de 30 meses. Os indivíduos apresentavam idade de 10 anos e 9 meses a 14 anos no início do acompanhamento. Do total da amostra, 23 apresentaram respiração predominantemente nasal e 17 apresentaram respiração

34 Revisão de literatura 19 predominantemente bucal. Após a análise das radiografias, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes para as dimensões craniofaciais estudadas, entre os grupos de respiradores nasais e bucais. No presente estudo, o padrão respiratório não demonstrou interferência no desenvolvimento craniofacial.

35 3 PROPOSIÇÃO

36 21 3 PROPOSIÇÃO Mediante um levantamento epidemiológico transversal em 507 crianças brasileiras, de ambos os gêneros, na faixa etária dos 3 aos 7 anos, matriculadas em escolas municipais e estaduais na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais, este estudo foi desenvolvido com os seguintes objetivos: 1) avaliar as prevalências de mordidas cruzadas posteriores na dentadura decídua e seu dimorfismo entre os gêneros; 2) analisar as prevalências dos padrões respiratórios nasal, misto e bucal, avaliando também o dimorfismo entre os gêneros; 3) investigar se há associação entre o padrão respiratório e a ocorrência de mordidas cruzadas posteriores; 4) avaliar se as alterações anatômicas e funcionais examinadas nesta pesquisa (desvio de septo, hipertrofia de cornetos, ronco noturno, hipertrofia de tonsila faríngea e hipertrofia de tonsilas palatinas), consideradas isoladamente, interferiram na prevalência das mordidas cruzadas posteriores.

37 4 MATERIAL E MÉTODOS

38 23 4 MATERIAL E MÉTODOS Este projeto foi realizado em conformidade com os preceitos e normas estabelecidos pela Comissão de Ética e Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo, obtendo sua aprovação sob número , em 26 de março de 2008 (Anexo 1). 4.1 Amostra Este estudo foi realizado em escolas municipais e estaduais localizadas na cidade de Pouso Alegre, Minas Gerais. Mediante a explanação detalhada acerca dos objetivos e delineamento deste projeto, bem como o consentimento preliminar da direção das escolas, foram enviados uma carta de apresentação e o termo de consentimento livre e esclarecido aos pais ou responsáveis pelas crianças, informando-os a respeito da pesquisa, sua importância e seus objetivos (Apêndice A). Numa amostra de 1000 questionários, 222 (22,2%) foram excluídos por não terem sido devolvidos preenchidos nas escolas. Além disso, foram também excluídos 271 crianças (27,1%), sendo que 165 foram submetidos a cirurgias e 106 entregaram os questionários incompletos e/ou sem assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido. Por isso a amostra do estudo compreendeu 507 crianças (50,7%), sendo 257 crianças do gênero masculino (50,7% da amostra) e 250 do gênero feminino (49,3 % da amostra). A idade cronológica predominante foi de 5 anos para o gênero masculino, seguida pelo grupo de crianças com 4 anos; e para o gênero feminino foi de 5 anos, seguida pelo grupo de crianças com 6 anos.

39 Material e métodos 24 Visando atender aos propósitos desta investigação científica, as 507 crianças selecionadas, brasileiras, de ambos os gêneros, preencheram os seguintes critérios de inclusão: 1) concordância por escrito de seus pais ou responsáveis para a participação da criança no estudo, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 2) questionários respondidos adequadamente, diretamente pelas mães das crianças; 3) na faixa etária dos 3 aos 7 anos de idade, na fase de dentição decídua completa; 4) ausência de lesões de cárie extensas ou grandes destruições coronárias que pudessem acarretar interferências nas relações oclusais; 5) ausência de perdas precoces de dentes decíduos; 6) ausência de anomalias de forma, número, estrutura e erupção; 7) ausência de síndromes ou malformações craniofaciais, bem como alterações psíquicas, neurológicas ou motoras que comprometam as funções bucais e respiratórias; 8) livres de histórico de traumatismos ou cirurgias envolvendo o complexo craniofacial; 9) ausência de alterações respiratórias graves, tais como tuberculose, broncopneumonia e asma; 10) que não estivessem utilizando medicamentos como anti-histamínicos, corticosteróides e broncodilatadores nos trinta dias anteriores aos exames;

RELAÇÃO ENTRE A PREVALÊNCIA DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E O PADRÃO RESPIRATÓRIO, EM CRIANÇAS BRASILEIRAS NA DENTADURA MISTA.

RELAÇÃO ENTRE A PREVALÊNCIA DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E O PADRÃO RESPIRATÓRIO, EM CRIANÇAS BRASILEIRAS NA DENTADURA MISTA. 1 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO MESTRADO EM ORTODONTIA RELAÇÃO ENTRE A PREVALÊNCIA DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E O PADRÃO RESPIRATÓRIO, EM CRIANÇAS BRASILEIRAS NA DENTADURA MISTA. RAPHAELA LIMA BIASUTTI

Leia mais

CURSO DE ATUALIZÇÃO SOS RESPIRADOR BUCAL ANAMNESE DIRIGIDA. Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho Dr. Germano Brandão Dr. Pedro Pileggi Vinha

CURSO DE ATUALIZÇÃO SOS RESPIRADOR BUCAL ANAMNESE DIRIGIDA. Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho Dr. Germano Brandão Dr. Pedro Pileggi Vinha CURSO DE ATUALIZÇÃO SOS RESPIRADOR BUCAL ANAMNESE DIRIGIDA Dra. Gabriela Dorothy de Carvalho Dr. Germano Brandão Dr. Pedro Pileggi Vinha 2011 1 Dados Pessoais Data do exame inicial: Nome: Data de Nascimento:

Leia mais

TRATAMENTO DE MORDIDA CRUZADA ANTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO

TRATAMENTO DE MORDIDA CRUZADA ANTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO TRATAMENTO DE MORDIDA CRUZADA ANTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO Autor apresentador : Islana Cléia Carvalho VIEIRA¹ Autor: Thatiana Fernandes SANTOS¹ Autor: Milena CARVALHO Autor: Anne Maria Guimarães LESSA

Leia mais

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO EM RESPIRADORES ORAIS

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO EM RESPIRADORES ORAIS AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA E CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO EM RESPIRADORES ORAIS Julyane Feitoza Coêlho; Giorvan Ânderson dos Santos Alves Universidade

Leia mais

Mucopolissacaridose Alterações Morfofuncionais Faciais

Mucopolissacaridose Alterações Morfofuncionais Faciais Mucopolissacaridose Alterações Morfofuncionais Faciais Profª.: Viviane Marques Alunas: Évellyn Beatriz Isabella Gomes Jaqueline de Brito Kelly Alfaia Thamyres Almeida O que é Mucopolissacaridose? Glicosaminoglicanos

Leia mais

OCLUSÃO OCLUSÃO ESPECIALIZAÇÃO ORTODONTIA ORTOGEO - SJC MALOCLUSÃO OCLUSÃO OCLUSÃO 10/02/2010

OCLUSÃO OCLUSÃO ESPECIALIZAÇÃO ORTODONTIA ORTOGEO - SJC MALOCLUSÃO OCLUSÃO OCLUSÃO 10/02/2010 ESPECIALIZAÇÃO ORTODONTIA ORTOGEO - SJC Ms. Valdeci Lima OCLUSÃO Relação dinâmica, morfológica e funcional entre todos os componentes do sistema mastigatório, incluindo os dentes, tecidos moles de suporte,

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE - UNICENTRO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE - UNICENTRO PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: Avaliação miofuncional oral e de oclusão pré e pós realização de cirurgia adenoidectomia e/ou amidalectomia em sujeitos de

Leia mais

a mordida colapsada posterior com sobreoclusão. Relataram também, que se deve ser tão preciso quanto possível ao descrever a patologia para indicar se são as posições das arcadas ou dos dentes as defeituosas

Leia mais

Inalde Marília Fernandes Barp PISTAS DIRETAS PLANAS: INDICAÇÕES NA CORREÇÃO DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E OUTRAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA 1ª DENTIÇÃO

Inalde Marília Fernandes Barp PISTAS DIRETAS PLANAS: INDICAÇÕES NA CORREÇÃO DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E OUTRAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA 1ª DENTIÇÃO Inalde Marília Fernandes Barp PISTAS DIRETAS PLANAS: INDICAÇÕES NA CORREÇÃO DA MORDIDA CRUZADA POSTERIOR E OUTRAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA 1ª DENTIÇÃO CEO Santo Amaro - Prefeitura Municipal de São Paulo

Leia mais

Estudo comparativo das dimensões transversais dos arcos dentários entre jovens com oclusão normal e má oclusão de Classe II, 1ª divisão

Estudo comparativo das dimensões transversais dos arcos dentários entre jovens com oclusão normal e má oclusão de Classe II, 1ª divisão A r t i g o I n é d i t o Estudo comparativo das dimensões transversais dos arcos dentários entre jovens com oclusão normal e má oclusão de Classe II, 1ª divisão Roberto Rejman*, Décio Rodrigues Martins**,

Leia mais

Classificação das maloclusões

Classificação das maloclusões Classificação das maloclusões O que é maloclusão? Segundo Strang, maloclusão é algum desvio da oclusão normal dos dentes. Fundamentalmente, más posições dentárias são sintomas de erro de crescimento no

Leia mais

TRATAMENTO INTERCEPTATIVO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR E MORDIDA CRUZADA POSTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO

TRATAMENTO INTERCEPTATIVO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR E MORDIDA CRUZADA POSTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO TRATAMENTO INTERCEPTATIVO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR E MORDIDA CRUZADA POSTERIOR: RELATO DE CASO CLÍNICO INTERCEPTATIVE TREATMENT OF THE ANTERIOR OPEN BITE AND POSTERIOR CROSSBITE: DESCRIPTION OF A CLINICAL

Leia mais

MORDIDAS CRUZADAS. Etiologia

MORDIDAS CRUZADAS. Etiologia MORDIDAS CRUZADAS Mordida Cruzada é uma alteração da oclusão dentária normal, no sentido ântero-posterior para os dentes anteriores, ou no sentido transversal para os dentes posteriores. Etiologia Baseia-se

Leia mais

Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial

Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial Determinação do tipo facial: cefalometria, antropometria e análise facial Palavras-chave: Face; Cefalometria; Antropometria. Introdução A face humana com suas estruturas ósseas e musculares apresenta características

Leia mais

PISTAS DIRETAS PLANAS MÉTODO SIMPLES E EFICAZ NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO PRECOCE DAS MALOCLUSÕES E DAS ASSIMETRIAS FACIAIS

PISTAS DIRETAS PLANAS MÉTODO SIMPLES E EFICAZ NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO PRECOCE DAS MALOCLUSÕES E DAS ASSIMETRIAS FACIAIS PISTAS DIRETAS PLANAS MÉTODO SIMPLES E EFICAZ NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO PRECOCE DAS MALOCLUSÕES E DAS ASSIMETRIAS FACIAIS A indicação de tratamento precoce das maloclusões tem aumentado muito com o passar

Leia mais

Nely Rocha de Figueiredo. 63a 11m. Atendimento: 2/5/2014. Dr Sergio Pinho

Nely Rocha de Figueiredo. 63a 11m. Atendimento: 2/5/2014. Dr Sergio Pinho Dr Sergio Pinho Nely Rocha de Figueiredo 63a 11m Atendimento: 2/5/2014 Planos de Referência Avaliar a relação dos planos de referência com o esqueleto facial do paciente, em especial a condição de simetria

Leia mais

CONSIDERAÇÕES GERAIS

CONSIDERAÇÕES GERAIS BIOTIPOS FACIAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS MORFODIFERENCIAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS As miscigenações étnico-raciais ocorrem em larga escala, e proporciona diferentes matizes biotipológicas entre os seres humanos.

Leia mais

Alterações funcionais do sistema estomatognático. em pacientes com rinite alérgica

Alterações funcionais do sistema estomatognático. em pacientes com rinite alérgica Alterações funcionais do sistema estomatognático em pacientes com rinite alérgica Palavras chave: rinite; respiração bucal; sistema estomatognático. Introdução A respiração oral pode acarretar alterações

Leia mais

Atualmente, os conceitos de prevenção e de preservação das estruturas dentais sadias

Atualmente, os conceitos de prevenção e de preservação das estruturas dentais sadias Odontologia TCC em Re-vista 2010 107 FIOD JÚNIOR, João Alexandre 15. Avaliação da temperatura e da capacidade de corte da ponta diamantada CVDENTUS, aplicada com diferentes potências de ultrassom, após

Leia mais

(21) PI A2. (51) lnt.ci.: A61C 7/00. (22) Data de Depósito: 25/10/2011 (43) Data da Publicação: 01/04/2014 (RPI 2256)

(21) PI A2. (51) lnt.ci.: A61C 7/00. (22) Data de Depósito: 25/10/2011 (43) Data da Publicação: 01/04/2014 (RPI 2256) República Federativa do Brasil Mmistúrio lnst1!u!o (21) PI 1106508-7 A2 (22) Data de Depósito: 25/10/2011 (43) Data da Publicação: 01/04/2014 (RPI 2256) * B R P I 1 1 O 6 5 O 8 A 2 * (51) lnt.ci.: A61C

Leia mais

PROGRAMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA

PROGRAMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA PROGRAMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA OBJETIVO: Preparar cirurgiões dentistas clínicos para o atendimento ortodôntico dentro de uma técnica moderna, completa e mundialmente reconhecida. O programa

Leia mais

TÍTULO: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS FACIAIS EM CRIANÇAS ASMÁTICAS

TÍTULO: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS FACIAIS EM CRIANÇAS ASMÁTICAS TÍTULO: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS FACIAIS EM CRIANÇAS ASMÁTICAS INTRODUÇÃO Algumas doenças crônicas, especialmente a asma, têm sido implicadas como causa de alterações nutricionais, por ser uma doença inflamatória

Leia mais

PADRÃO MORFOLÓGICO E CARACTERÍSTICAS OCLUSAIS DE CRIANÇAS RESPIRADORAS BUCAIS APÓS CIRURGIA PARA HIPERTROFIA DE TONSILAS

PADRÃO MORFOLÓGICO E CARACTERÍSTICAS OCLUSAIS DE CRIANÇAS RESPIRADORAS BUCAIS APÓS CIRURGIA PARA HIPERTROFIA DE TONSILAS SARA ELISA MEDINA MATTAR PADRÃO MORFOLÓGICO E CARACTERÍSTICAS OCLUSAIS DE CRIANÇAS RESPIRADORAS BUCAIS APÓS CIRURGIA PARA HIPERTROFIA DE TONSILAS Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Ribeirão

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES RESPIRADORES ORAIS

CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES RESPIRADORES ORAIS CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES RESPIRADORES ORAIS Autores: JULYANE FEITOZA COÊLHO, FERNANDA PEREIRA FRANÇA, WALESKA OLIVEIRA

Leia mais

Molares Decíduos Decíduos

Molares Decíduos Decíduos Ô Ô Ô Ô Osso Frontal e Ossos Próprios do Nariz. Ô Osso Frontal e Ossos Próprios do Nariz. Ossos Esfenóide e Occipital. Ô Osso Frontal e Ossos Próprios do Nariz. Ossos Esfenóide e Occipital. Meato Acústico

Leia mais

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA DA RESPIRAÇÃO COM ESCORES - PAFORE. Susanibar, F. 1ª DATA / / 2ª DATA / / OUTRAS / / ENTREVISTA ANAMNESE

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA DA RESPIRAÇÃO COM ESCORES - PAFORE. Susanibar, F. 1ª DATA / / 2ª DATA / / OUTRAS / / ENTREVISTA ANAMNESE PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA DA RESPIRAÇÃO COM ESCORES - PAFORE 1ª DATA / / 2ª DATA / / OUTRAS / / DADOS PESSOAIS NOME: D. N.: / / IDADE: Nº DO PRONTUÁRIO: ESCOLARIDADE: NOME DA ESCOLA: OCUPAÇÃO/PROFISSÃO:

Leia mais

PUCPR - O.R.T.O.D.O.N.T.I.A - GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO F I C H A C L Í N I C A Nome do/a Paciente: Número: 1.0 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 1.1 Nome: 1.2 Data de Nascimento: Sexo: F M Idade: 1.3 Peso: Kg

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE MÁ OCLUSÃO E HÁBITOS ORAIS EM RESPIRADORES ORAIS

RELAÇÃO ENTRE MÁ OCLUSÃO E HÁBITOS ORAIS EM RESPIRADORES ORAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA RELAÇÃO ENTRE MÁ OCLUSÃO E HÁBITOS

Leia mais

ANOMALIAS DENTOFACIAIS

ANOMALIAS DENTOFACIAIS ANOMALIAS DENTOFACIAIS Protocolo Dificulda e/ou inaquação da respiração Faz-se necessário o RX seios da face, para uma melhor avaliação e planejamento terapêutico, pondo observar se a obstrução nasal,

Leia mais

Aspectos posturais e morfológicos do sistema estomatognático de crianças respiradoras nasais e orais: abordagem antroposcópica

Aspectos posturais e morfológicos do sistema estomatognático de crianças respiradoras nasais e orais: abordagem antroposcópica 1 Aspectos posturais e morfológicos do sistema estomatognático de crianças respiradoras nasais e orais: abordagem antroposcópica Palavras chave: Face, Criança, Respiração bucal Objetivo: comparar os aspectos

Leia mais

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14.

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Fonoaudiologia TCC em Re-vista 2010 87 ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Verificação das respostas do potencial evocado auditivo de longa latência (P300) em sujeitos ouvintes

Leia mais

ETIOLOGIA DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR ETIOLOGY OF THE ANTERIOR OPEN BITE

ETIOLOGIA DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR ETIOLOGY OF THE ANTERIOR OPEN BITE 03 Iniciação Científica CESUMAR jul-dez. 2003, Vol. 05 n.02, pp. 03-08 ETIOLOGIA DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR Cristiane Bastiani Maria Fernanda Moron Ártico 2 Maria Daniela Jock 3 Emília Teruko Kobayashi

Leia mais

UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE

UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE Brasilia UNIP Prof. Dr. Ricardo F. Paulin ANÁLISE FACIAL ð Interdependência Beleza Facial x Oclusão ð Inadequação do padrão dento-esquelético na avaliação

Leia mais

OBSTRUÇÃO AMÍGDALA/ADENÓIDE E ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR EM RESPIRADORES NASAIS E EM RESPIRADORES ORAIS VICIOSOS E OBSTRUTIVOS

OBSTRUÇÃO AMÍGDALA/ADENÓIDE E ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR EM RESPIRADORES NASAIS E EM RESPIRADORES ORAIS VICIOSOS E OBSTRUTIVOS OBSTRUÇÃO AMÍGDALA/ADENÓIDE E ATIVIDADE ELÉTRICA MUSCULAR EM RESPIRADORES NASAIS E EM RESPIRADORES ORAIS VICIOSOS E OBSTRUTIVOS Luane de Moraes Boton, Ana Maria Toniolo da Silva, Geovana de Paula Bolzan,

Leia mais

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE UMA MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA E PERTURBAÇÃO MIOFUNCIONAL ATRAVÉS DA ORTODONTIA E TERAPIA DA FALA

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE UMA MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA E PERTURBAÇÃO MIOFUNCIONAL ATRAVÉS DA ORTODONTIA E TERAPIA DA FALA * Dr. Miguel Stanley ** Dra. Ana Paz *** Dra. Alessandra Curto **** Dra. Rita Fernandes ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE UMA MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA E PERTURBAÇÃO MIOFUNCIONAL ATRAVÉS DA ORTODONTIA E TERAPIA

Leia mais

Cronograma de palestras

Cronograma de palestras Cronograma de palestras Dia 15 de Março de 2019 08:00 08:30 09:00 Entrega das credenciais Cerimônia abertura Adriana Lira Ortega 09:50 Coffe Break Oclusão e bruxismo: o que as pesquisas dizem sobre essa

Leia mais

(038) Pós-Graduandos em Ortodontia pela UNINGÁ- Varginha- MG 3 Professor Mestre da UNINGÁ- Varginha-MG R E V I S T A U N I N G Á

(038) Pós-Graduandos em Ortodontia pela UNINGÁ- Varginha- MG 3 Professor Mestre da UNINGÁ- Varginha-MG R E V I S T A U N I N G Á Estudo longitudinal das alterações cefalométricas transversais e altura nasal, em crianças portadoras de oclusão normal Longitudial study of transversal cephalometric alteration and nasal height in carrying

Leia mais

RESPIRAÇÃO BUCAL A RELAÇÃO CAUSAL ENTRE A RESPIRAÇÃO

RESPIRAÇÃO BUCAL A RELAÇÃO CAUSAL ENTRE A RESPIRAÇÃO CEFAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL RESPIRAÇÃO BUCAL A RELAÇÃO CAUSAL ENTRE A RESPIRAÇÃO BUCAL E A MÁ-OCLUSÃO DÉBORA MARIA SOBRAL LUNA RECIFE 1998 CEFAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

Leia mais

Avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial em crianças pré e pós adenotonsilectomia.

Avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial em crianças pré e pós adenotonsilectomia. Roberto Amaral Leite de Alencar Avaliação do crescimento e desenvolvimento craniofacial em crianças pré e pós adenotonsilectomia. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Bases

Leia mais

TCC em Re vista FERREIRA, Marília Alves 17. Palavras-chave: dente molar; coroa dentária; dentição permanente; dentição decídua.

TCC em Re vista FERREIRA, Marília Alves 17. Palavras-chave: dente molar; coroa dentária; dentição permanente; dentição decídua. TCC em Re vista 2009 109 FERREIRA, Marília Alves 17. Presença e morfologia do tubérculo molar de acordo com a dentição, hemiarco e sexo. 2009. 8 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia)

Leia mais

Diagnóstico e Tratamento da Mordida Aberta Dentária com Aparatologia Removível

Diagnóstico e Tratamento da Mordida Aberta Dentária com Aparatologia Removível UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA CENTRO REGIONAL DAS BEIRAS PÓLO DE VISEU DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Diagnóstico e Tratamento da Mordida Aberta Dentária com Aparatologia Removível Dissertação apresentada

Leia mais

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Dores na mandíbula e na face.

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Dores na mandíbula e na face. ODONTOLOGIA PREVENTIVA Saúde Bucal Dores na mandíbula e na face. O que é ATM? ATM significa articulação temporomandibular, que é a articulação entre a mandíbula e o crânio. Portanto, temos duas ATM, cada

Leia mais

APRESENTAÇÃO DO APARELHO (FIG. 1) a) base acrílica b) mola coffin c) arco vestibular d) alças bucinadoras FIGURA 5 FIGURA 6

APRESENTAÇÃO DO APARELHO (FIG. 1) a) base acrílica b) mola coffin c) arco vestibular d) alças bucinadoras FIGURA 5 FIGURA 6 Série Aparelhos Ortodônticos BIONATOR INTRODUÇÃO As más oclusões de Classe II apresentam etiologias distintas, de natureza esquelética, dentária ou a combinação de ambas. O diagnóstico diferencial é de

Leia mais

1) grade fixa 2) arco palatino 3) banda 4) solda para unir a banda ao arco FIGURA 1 FIGURA 2

1) grade fixa 2) arco palatino 3) banda 4) solda para unir a banda ao arco FIGURA 1 FIGURA 2 Série Aparelhos Ortodônticos GRADE PALATINA GRADE PALATINA A grande preocupação atual em identificar-se as características de uma má oclusão nos sentidos transversal e vertical, deve-se ao fato de que

Leia mais

Avaliação das características faciais e intrabucais em crianças respiradoras bucais na faixa etária de 6 a 10 anos

Avaliação das características faciais e intrabucais em crianças respiradoras bucais na faixa etária de 6 a 10 anos ANA CRISTINA MAIA DE OLIVEIRA BARRETO cirurgiã dentista Avaliação das características faciais e intrabucais em crianças respiradoras bucais na faixa etária de 6 a 10 anos Marília 2007 ANA CRISTINA MAIA

Leia mais

RESUMO UNITERMOS INTRODUÇÃO

RESUMO UNITERMOS INTRODUÇÃO Avaliação do tamanho da adenóide por meio da radiografia cefalométrica em norma lateral em indivíduos com má oclusão de Classe I, II e III de Angle Evaluation of adenoid s size by lateral cephalometric

Leia mais

Respirar pela boca prejudica o desenvolvimento do rosto

Respirar pela boca prejudica o desenvolvimento do rosto Respirar pela boca prejudica o desenvolvimento do rosto Respirar pela boca pode causar anomalias dentofaciais (ortopédicas e ortodônticas) e distúrbios do sono. Evitar isto é fundamental, tanto na infância

Leia mais

AULA: RESPIRAÇÃO BUCAL CRÔNICA NA INFÂNCIA PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA

AULA: RESPIRAÇÃO BUCAL CRÔNICA NA INFÂNCIA PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA AULA: RESPIRAÇÃO BUCAL CRÔNICA NA INFÂNCIA PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA TRANSCRIÇÃO: Luís Felipe Visconde EDIÇÃO: Sara Caixeta INTRODUÇÃO A respiração fisiológica deve acontecer pelo nariz. A criança

Leia mais

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO CURSO DE MESTRADO EM ORTODONTIA ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO INFANTIL, MÁS OCLUSÕES E PADRÃO FACIAL NA DENTADURA DECÍDUA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM ZONAS RURAL E URBANA

Leia mais

TRATAMENTO PRECOCE DA CLASSE II: RELATO DE CASO

TRATAMENTO PRECOCE DA CLASSE II: RELATO DE CASO TRATAMENTO PRECOCE DA CLASSE II: RELATO DE CASO Login: rtarruda Senha: 123654 Rafael Tibaldi de ARRUDA 1 Carolina Mattar CRUZ 2 Marcus Vinicius CREPALDI 3 Ana Paula de SANTANA 4 Carlos Henrique GUIMARAES

Leia mais

A INCIDÊNCIA DE RESPIRADORES BUCAIS EM INDIVÍDUOS COM OCLUSÃO CLASSE II

A INCIDÊNCIA DE RESPIRADORES BUCAIS EM INDIVÍDUOS COM OCLUSÃO CLASSE II CEFAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL A INCIDÊNCIA DE RESPIRADORES BUCAIS EM INDIVÍDUOS COM OCLUSÃO CLASSE II Monografia de conclusão do curso de especialização em Motricidade

Leia mais

Incidência de distúrbio articulatório em crianças na idade escolar que tiveram ou têm hábitos orais de sucção

Incidência de distúrbio articulatório em crianças na idade escolar que tiveram ou têm hábitos orais de sucção Incidência de distúrbio articulatório em crianças na idade escolar que tiveram ou têm hábitos orais de sucção LUCIANA FRACALOSSI VIEIRA(UNINGÁ)¹ ALESSANDRA MICHELE SILGAIL(G-UNINGÁ) 2 VÂNIA DA SILVA CONEGLIAN(G-UNINGÁ)

Leia mais

Análise cefalométrica respiratória de crianças em fase de dentição mista portadoras de má-oclusão Classe II divisão 1ª com retrognatismo mandibular

Análise cefalométrica respiratória de crianças em fase de dentição mista portadoras de má-oclusão Classe II divisão 1ª com retrognatismo mandibular Rev Inst Ciênc Saúde 2008;26(2):221-5 Análise cefalométrica respiratória de crianças em fase de dentição mista portadoras de má-oclusão Classe II divisão 1ª com retrognatismo mandibular Cephalometric analysis

Leia mais

LEONARDO PUCCI STANGLER

LEONARDO PUCCI STANGLER LEONARDO PUCCI STANGLER POSIÇÃO MAXILOMANDIBULAR E DIMENSÕES DA OROFARINGE DE PACIENTES CLASSE II ANTES E APÓS EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA E USO DO APARELHO EXTRABUCAL Dissertação apresentada como parte

Leia mais

CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL ALTERAÇÕES MUSCULARES E ESQUELÉTICAS NO RESPIRADOR BUCAL

CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL ALTERAÇÕES MUSCULARES E ESQUELÉTICAS NO RESPIRADOR BUCAL CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL ALTERAÇÕES MUSCULARES E ESQUELÉTICAS NO RESPIRADOR BUCAL Mariana Freire Oliveira SÃO PAULO 1999 1 RESUMO O presente estudo tem

Leia mais

Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães

Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães A R T I G O I NÉDITO Relação clínica entre hábitos de sucção, má oclusão, aleitamento e grau de informação prévia das mães Daniela Feu Rosa Kroeff de Souza*, Marly Almeida Saleme do Valle**, Maria Christina

Leia mais

GRASIELLE VIEIRA CARNEIRO LEVANTAMENTO DA INCIDÊNCIA DE AGENESIAS DENTÁRIAS ENTRE 7 A 16 ANOS EM PACIENTES NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE - MS

GRASIELLE VIEIRA CARNEIRO LEVANTAMENTO DA INCIDÊNCIA DE AGENESIAS DENTÁRIAS ENTRE 7 A 16 ANOS EM PACIENTES NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE - MS GRASIELLE VIEIRA CARNEIRO LEVANTAMENTO DA INCIDÊNCIA DE AGENESIAS DENTÁRIAS ENTRE 7 A 16 ANOS EM PACIENTES NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE - MS CAMPO GRANDE - MS 2008 GRASIELLE VIEIRA CARNEIRO LEVANTAMENTO DA

Leia mais

Análise da deflexão, do comprimento anterior e posterior da base do crânio, em indivíduos dolicofaciais, com má oclusão de Classe III esquelética

Análise da deflexão, do comprimento anterior e posterior da base do crânio, em indivíduos dolicofaciais, com má oclusão de Classe III esquelética A r t i g o I n é d i t o Análise da deflexão, do comprimento anterior e posterior da base do crânio, em indivíduos dolicofaciais, com má oclusão de Classe III esquelética Fernando Antonio Gonçalves*,

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Maloclusão de Angle Classe ll; Ortodontia corretiva; Aparelhos ortodônticos funcionais.

PALAVRAS-CHAVE: Maloclusão de Angle Classe ll; Ortodontia corretiva; Aparelhos ortodônticos funcionais. CASO CLÍNICO Tratamento da Má-oclusão de Classe II, Divisão 1 a, com Aparelho Ortopédico Funcional de Avanço Mandibular e Aparelho Ortodôntico Fixo: Relato de Caso Clínico Class II, Division 1 Malocclusion,

Leia mais

Efeitos dos Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares nos Distúrbios Relacionados ao Sono: Ronco e Bruxismo

Efeitos dos Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares nos Distúrbios Relacionados ao Sono: Ronco e Bruxismo Efeitos dos Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares nos Distúrbios Relacionados ao Sono: Ronco e Bruxismo Denise Fernandes Barbosa - Cirurgiã Dentista Juliano ML; Carvalho LBC; Prado LBF; MAC Machado;

Leia mais

JAZMIN KAISER LIAÑO FRACASSO AVALIAÇÃO DA VIA DE RESPIRAÇÃO, POSTURA LABIAL E INTERPOSIÇÃO LINGUAL EM RECÉM NASCIDOS

JAZMIN KAISER LIAÑO FRACASSO AVALIAÇÃO DA VIA DE RESPIRAÇÃO, POSTURA LABIAL E INTERPOSIÇÃO LINGUAL EM RECÉM NASCIDOS JAZMIN KAISER LIAÑO FRACASSO AVALIAÇÃO DA VIA DE RESPIRAÇÃO, POSTURA LABIAL E INTERPOSIÇÃO LINGUAL EM RECÉM NASCIDOS CAMPINAS 2009 JAZMIN KAISER LIAÑO FRACASSO AVALIAÇÃO DA VIA DE RESPIRAÇÃO, POSTURA LABIAL

Leia mais

BITE BLOCK. Série Aparelhos Ortodônticos. A mordida aberta é uma má oclusão que preocupa o ortodontista desde os primórdios

BITE BLOCK. Série Aparelhos Ortodônticos. A mordida aberta é uma má oclusão que preocupa o ortodontista desde os primórdios Série Aparelhos Ortodônticos BITE BLOCK A mordida aberta é uma má oclusão que preocupa o ortodontista desde os primórdios da ortodontia. Persiste uma preocupação, não só quanto ao diagnóstico e planificação

Leia mais

CIRURGIA DE ADENOAMIGDALECTOMIA. Informações sobre a cirurgia

CIRURGIA DE ADENOAMIGDALECTOMIA. Informações sobre a cirurgia CIRURGIA DE ADENOAMIGDALECTOMIA Informações sobre a cirurgia É a retirada em um mesmo ato cirúrgico das amigdalas e da adenoide. A amigdalectomia é ainda uma das cirurgias mais efetuadas, sendo que nos

Leia mais

Variações cefalométricas e sua correlação com o vedamento labial Interface Fonoaudiologia e Ortodontia

Variações cefalométricas e sua correlação com o vedamento labial Interface Fonoaudiologia e Ortodontia Variações cefalométricas e sua correlação com o vedamento labial Interface Fonoaudiologia e Ortodontia Palavras chave: Pesquisa interdisciplinar, Cefalometria, Sistema Estomatognático. INTRODUÇÃO A Fonoaudiologia

Leia mais

Estudo Cefalométrico das Vias Aéreas Superiores e das Alturas Dentoalveolares em Pacientes com Mordida Aberta

Estudo Cefalométrico das Vias Aéreas Superiores e das Alturas Dentoalveolares em Pacientes com Mordida Aberta INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - NORTE Estudo Cefalométrico das Vias Aéreas Superiores e das Alturas Dentoalveolares em Pacientes com Mordida Aberta Filipe Manuel Manso Laranjo 2008 INSTITUTO

Leia mais

CASO 2. SNA = 85 o - maxila moderadamente protruída em relação à base do crânio. Po SNA

CASO 2. SNA = 85 o - maxila moderadamente protruída em relação à base do crânio. Po SNA 1 - - Interseção das linhas e. Determina uma medida angular que mostra o posicionamento ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio. Valor padrão de normalidade = 82 o na dentadura permanente

Leia mais

AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE PALATINA NOS PACIENTES PORTADORES DE MORDIDA CRUZADA POSTERIOR*

AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE PALATINA NOS PACIENTES PORTADORES DE MORDIDA CRUZADA POSTERIOR* ARTIGO AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE PALATINA NOS PACIENTES PORTADORES DE MORDIDA CRUZADA POSTERIOR* EVALUATION OF DEPTH PALATINE IN POSTERIOR CROSSBITE PATIENTS Braga, Fábio Leivas** Letti, Helen Carolina

Leia mais

PRINCIPAIS HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS E SUAS REPERCUSSÕES NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DO PACIENTE INFANTIL

PRINCIPAIS HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS E SUAS REPERCUSSÕES NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DO PACIENTE INFANTIL PRINCIPAIS HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS E SUAS REPERCUSSÕES NO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DO PACIENTE INFANTIL Gleycielly Mota Oliveira Souza 1 Guiherme Souza 2 Thaysa Onofre de Melo 3 Kátia Virginia Guerra

Leia mais

recomendações Atualização de Condutas em Pediatria

recomendações Atualização de Condutas em Pediatria recomendações Atualização de Condutas em Pediatria nº 33 Departamentos Científicos da SPSP, gestão 2007-2009. Departamento de Alergia e Imunologia Respirador oral Departamento de Terapia Intensiva Uso

Leia mais

ANÁLISE CEFALOMÉTRICA COMPARATIVA DA MORFOLOGIA FACIAL EM PACIENTES COM RESPIRAÇÃO NASAL E BUCAL

ANÁLISE CEFALOMÉTRICA COMPARATIVA DA MORFOLOGIA FACIAL EM PACIENTES COM RESPIRAÇÃO NASAL E BUCAL CAMPUS VIII PROFESSORA MARIA DA PENHA ARARUNA CENTRO DE CIENCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA ANÁLISE CEFALOMÉTRICA COMPARATIVA DA MORFOLOGIA FACIAL EM PACIENTES COM RESPIRAÇÃO NASAL E BUCAL

Leia mais

AVALIAÇÃO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS SUBMETIDAS A AMIGDALECTOMIA E ADENOIDECTOMIA

AVALIAÇÃO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS SUBMETIDAS A AMIGDALECTOMIA E ADENOIDECTOMIA AVALIAÇÃO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DE CRIANÇAS RESPIRADORAS ORAIS SUBMETIDAS A AMIGDALECTOMIA E ADENOIDECTOMIA Área Temática: Ciências da Saúde - Fonoaudiologia Autor(es): Claudia Bednarz 1 (UNICENTRO),

Leia mais

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA ORTODONTIA AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DO ESPAÇO AÉREO NASO E BUCOFARÍNGEO E SUA IMPORTÂNCIA SOBRE O PADRÃO DE CRESCIMENTO E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

Leia mais

RESPIRAÇÃO BUCAL: REVISÃO DA LITERATURA

RESPIRAÇÃO BUCAL: REVISÃO DA LITERATURA 28 http://sotau.sind.googlepages.com/revista RESPIRAÇÃO BUCAL: REVISÃO DA LITERATURA Mouth breath: literature review Anahi Magalhães de Almeida Eiras Lara * Michelle de Fatíma Carvalho Silva * Lara AMAE,

Leia mais

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO CURSO DE MESTRADO EM ORTODONTIA HÁBITOS DE SUCÇÃO VERSUS MORDIDA ABERTA ANTERIOR NA DENTADURA DECÍDUA: ESTUDO COMPARATIVO EM VENEZUELANOS E BRASILEIROS ANDRÉIA CARVALHO

Leia mais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO, MALOCLUSÃO E HÁBITOS BUCAIS DELETÉRIOS DE CRIANÇAS ATENDIDAS NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA UFSC Maria Eduarda

Leia mais

VIRGÍNIA MACHADO PADRÃO RESPIRATÓRIO E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES ORTODÔNTICOS PORTO ALEGRE

VIRGÍNIA MACHADO PADRÃO RESPIRATÓRIO E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES ORTODÔNTICOS PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ODONTOLOGIA DEPARTAMENTO DE CIRURGIA E ORTOPEDIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA VIRGÍNIA MACHADO PADRÃO RESPIRATÓRIO E FATORES ASSOCIADOS EM

Leia mais

LÂMINAS SOBRE ALEITAMENTO MATERNO E A ODONTOLOGIA MATERIAL EDUCATIVO PARA PUÉRPERAS

LÂMINAS SOBRE ALEITAMENTO MATERNO E A ODONTOLOGIA MATERIAL EDUCATIVO PARA PUÉRPERAS 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO LÂMINAS SOBRE ALEITAMENTO

Leia mais

DISJUNÇÃO RÁPIDA DA MAXILA REVISÃO DE LITERATURA

DISJUNÇÃO RÁPIDA DA MAXILA REVISÃO DE LITERATURA DISJUNÇÃO RÁPIDA DA MAXILA REVISÃO DE LITERATURA USINGER, Rafael Luís 1 DALLANORA, Lea Maria Franceschi 2 Resumo A atresia maxilar é uma deformidade dentofacial cada vez mais presente, ela é caracterizada

Leia mais

DÊNIS CLAY LOPES DOS SANTOS

DÊNIS CLAY LOPES DOS SANTOS DÊNIS CLAY LOPES DOS SANTOS ESTUDO DA PREVALÊNCIA DA RESPIRAÇÃO PREDOMINANTEMENTE BUCAL E POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES COM O ALEITAMENTO MATERNO EM ESCOLARES DE SÃO CAETANO DO SUL SP BRASIL CAMPINAS 2004 i DÊNIS

Leia mais

TRATAMENTO COM TRAINER PRÉ- ORTODÔNTICO ASSOCIADO À TERAPIA MIOFUNCIONAL EM PACIENTE COM RESPIRAÇÃO ORAL E MÁ OCLUSÃO: RELATO DE CASO

TRATAMENTO COM TRAINER PRÉ- ORTODÔNTICO ASSOCIADO À TERAPIA MIOFUNCIONAL EM PACIENTE COM RESPIRAÇÃO ORAL E MÁ OCLUSÃO: RELATO DE CASO TRATAMENTO COM TRAINER PRÉ- ORTODÔNTICO ASSOCIADO À TERAPIA MIOFUNCIONAL EM PACIENTE COM RESPIRAÇÃO ORAL E MÁ OCLUSÃO: RELATO DE CASO por Denise Diettrich Monografia apresentada ao Curso de Especialização

Leia mais

Qual das seguintes teorias nos diz que o condocrânio domina o desmocrânio?

Qual das seguintes teorias nos diz que o condocrânio domina o desmocrânio? Relativamente aos níveis de controlo do crescimento: a) Centro de crescimento é a zona na qual se produz o crescimento; b) Lugar de crescimento é a zona onde se produz um crescimento independente; c) Todos

Leia mais

e Apneia na Reabilitação Oral - parte I

e Apneia na Reabilitação Oral - parte I A Oclusão e a Postura, a patologia do Ronco e Apneia na Reabilitação Oral - parte I 0 Dr. Raul Vaz de Carvalho introduz o tema, chamando a atenção para a intervenção do médico dentista face a pacientes

Leia mais

Mordida Aberta Anterior

Mordida Aberta Anterior 1 Marcelo Montanare Mordida Aberta Anterior ARAÇATUBA, SP 2013 2 Marcelo Montanare Mordida Aberta Anterior Trabalho de Conclusão de Curso, parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em

Leia mais

ESTUDO DE CASO CLÍNICO

ESTUDO DE CASO CLÍNICO Universidade Estadual do Oeste do Paraná Unioeste/ Cascavel PR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde CCBS Curso de Odontologia Disciplina de Semiologia Bucal e Radiológica ESTUDO DE CASO CLÍNICO DISCIPLINA

Leia mais

da cefalometria em 1931 por Broadbent longitudinalmente procurado estruturas referência longitudinal se tornasse

da cefalometria em 1931 por Broadbent longitudinalmente procurado estruturas referência longitudinal se tornasse SOREPOSIÇÃO CEFALOMÉTRICA Desde a introdução da cefalometria em 1931 por roadbent os pequisadores e ortodontistas clínicos que estudam o desenvolvimento craniofacial longitudinalmente têm procurado estruturas

Leia mais

Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono

Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Data: 08/08/13 Horário: 13:00 hs Local: Anfiteatro 1 Apresentação: Ana Júlia Rizatto (2º ano) Bárbara Camilo (3º ano) Orientação:

Leia mais

RESPIRAÇÃO ORAL: UM PROBLEMA QUE PODE COMPROMETER O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

RESPIRAÇÃO ORAL: UM PROBLEMA QUE PODE COMPROMETER O DESENVOLVIMENTO INFANTIL RESPIRAÇÃO ORAL: UM PROBLEMA QUE PODE COMPROMETER O DESENVOLVIMENTO INFANTIL FURTUOSO, Patrícia (UEM) KAJIHARA, Olinda Teruko (Orientadora/UEM) Introdução A respiração é a função vital que possibilita

Leia mais

SAMIR MOHAMAD ALI GEHA

SAMIR MOHAMAD ALI GEHA SAMIR MOHAMAD ALI GEHA LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS HÁBITOS BUCAIS E SUA ASSOCIAÇÃO COM A PREVALÊNCIA DE OCLUSÃO NORMAL E MÁS OCLUSÕES EM PRÉ-ESCOLARES DE 3 A 5 ANOS DE IDADE, NA CIDADE DE LONDRINA-PR

Leia mais

SABRINA DOS REIS ZINSLY

SABRINA DOS REIS ZINSLY 0 SABRINA DOS REIS ZINSLY AVALIAÇÃO DIMENSIONAL DO ESPAÇO AÉREO FARÍNGEO EM CRIANÇAS COM DIFERENTES MORFOLOGIAS FACIAIS POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO 1 SABRINA DOS REIS ZINSLY

Leia mais

IV Curso Especialização em Ortodontia Clínica

IV Curso Especialização em Ortodontia Clínica IV Curso Especialização em Ortodontia Clínica Outubro 2017 Quinta-feira 12 1.Apresentação do programa/material/regras nas aulas teóricas/práticas / 2.Avaliação 3.Evolução da ortodontia 1.Terminologia em

Leia mais

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA RELAÇÃO ENTRE TRANSTORNOS DE HÁBITOS ORAIS COM AS MALOCLUSÃO DE ANGLE E

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA RELAÇÃO ENTRE TRANSTORNOS DE HÁBITOS ORAIS COM AS MALOCLUSÃO DE ANGLE E UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA RELAÇÃO ENTRE TRANSTORNOS DE HÁBITOS ORAIS COM AS MALOCLUSÃO DE ANGLE E TIPOS FACIAIS NELSON JOSE CARRIERI ROSSI São Bernardo

Leia mais

HERANÇA MULTIFATORIAL

HERANÇA MULTIFATORIAL HERANÇA MULTIFATORIAL Resulta de uma combinação de PEQUENAS VARIAÇÕES nos genes que juntas podem produzir ou predispor a um grave defeito, em geral EM CONJUNTO COM FATORES AMBIENTAIS. Tendem a recorrer

Leia mais

Rita Maria Bastos de Jesus Relógio

Rita Maria Bastos de Jesus Relógio Rita Maria Bastos de Jesus Relógio RECIDIVA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO POR RESPIRAÇÃO BUCAL Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências da Saúde Porto, 2016 Rita Maria Bastos de Jesus Relógio RECIDIVA

Leia mais

EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA: RELATO DE CASO CLÍNICO

EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA: RELATO DE CASO CLÍNICO EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA: RELATO DE CASO CLÍNICO Rapid Jaw Expansion: Clinical Case Report Vitor Felipe RUIZ1 Carolina Mattar CRUZ2 Darklê FERREIRA3 Ana Paula AGUIAR4 Leonardo Monteiro da SILVA5 RESUMO

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE DEFORMIDADES DENTOFACIAS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY-UFPB

AVALIAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE DEFORMIDADES DENTOFACIAS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY-UFPB AVALIAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE DEFORMIDADES DENTOFACIAS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY-UFPB Autores: LUNA, Aníbal H. B.; ALVES, Giorvan Â. dos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA RAFAELLA CRISTINA CARVALHO SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA RAFAELLA CRISTINA CARVALHO SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA RAFAELLA CRISTINA CARVALHO SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA UBERLÂNDIA 2017 2 RAFAELLA CRISTINA CARVALHO SÍNDROME DO RESPIRADOR

Leia mais

Prevalence of Malocclusion in children from three to five years of Family Health Strategy of Nova Brasília, Complexo do Alemão, Rio de Janeiro

Prevalence of Malocclusion in children from three to five years of Family Health Strategy of Nova Brasília, Complexo do Alemão, Rio de Janeiro Cristina Durce Maciel 1 Prevalence of Malocclusion in children from three to five years of Family Health Strategy of Nova Brasília, Complexo do Alemão, Rio de Janeiro Estudo da prevalência de maloclusões

Leia mais

relato de um caso clínico

relato de um caso clínico Mordidas cruzadas anteriores: diagnóstico e tratamento da pseudoclasse 111 relato de um caso clínico Anterior cross-bite: diagnosis and treatment of pseudoclass 111- clinical case report Djalma Roque vvoitchunss'

Leia mais

Especificação dos Casos quanto às Categorias

Especificação dos Casos quanto às Categorias Manual DO CANDIDATO Especificação dos Casos quanto às Categorias A escolha dos casos a serem apresentados deverá seguir os seguintes critérios: 1 - Maloclusão Classe II ou III de Angle, tratada sem extração

Leia mais

- ORTODONTIA - O que é Ortodontia?

- ORTODONTIA - O que é Ortodontia? - ORTODONTIA - O que é Ortodontia? Ortodontia é a especialidade da odontologia que estuda o crescimento e desenvolvimento da face, bem como o desenvolvimento das dentições decídua (de leite), mista e permanente

Leia mais