Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica THAISA BAESSO SANTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica THAISA BAESSO SANTOS"

Transcrição

1 Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica THAISA BAESSO SANTOS MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES VIA TECNOLOGIA DE PLASMA VISANDO PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA Surfaces modification by plasma technology aiming formation prevention yeast biofilm of candida species São José dos Campos - SP 2015

2 Thaisa Baesso Santos MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES VIA TECNOLOGIA DE PLASMA VISANDO PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, como complementação dos créditos necessários para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica Orientador: Profª Drª Lúcia Vieira São José dos Campos, SP 2015

3 Ficha Catalográfica

4 Folha de Aprovação

5 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, por tudo que me tem concedido, por guiar meus passos e auxiliar minhas escolhas. Á minha mãe, pelo amor, carinho e afeto. Ao meu pai, por tudo que me deu e me ensinou, pela generosidade, simplicidade e amor incondicional. Terei sempre uma eterna gratidão. Ao meu marido, pelo companheirismo, amor e pelo exemplo de persistência, determinação e competência. Á minha orientadora Profª Drª Lúcia Vieira, pela paciência, incentivo e por dedicar seu tempo a me transmitir um pouco do seu conhecimento. Á Profª Drª Sônia Khouri por me incentivar a iniciar o mestrado e pelo apoio durante a execução deste trabalho. Á amiga Anelise C. O. C. Dória, não só pela amizade, mas por todo o auxílio durante os anos de graduação e mestrado e por estar sempre pronta para compartilhar seu conhecimento. Aos colegas e professores do laboratório de Nanotecnologia e Processos a Plasma, Profº Drº Homero Maciel, Profº Drº Rodrigo Pessoa, Drº Fabiano Pinto Pereira, Drª Pollyana Alves, Giorgio Testoni, Augusto Lopes, Jhonatan Brandão e Fernanda Lucas, por estarem sempre dispostos a me ajudar no que fosse preciso. financeiro. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES, pelo apoio Á Universidade do Vale do Paraíba, pela infraestrutura oferecida. Ao INPE e ao CNPEM pela liberação no uso de equipamentos. Á todos aqueles que colaboraram para a elaboração deste trabalho, meus sinceros agradecimentos.

6 Resumo A aderência de micro-organismos em superfícies sólidas é um fenômeno de ocorrência natural. Muitas espécies microbianas vivem e crescem sob as condições em que se encontram ligadas a superfícies naturais, frequentemente se incorporando à sua própria matriz de polímero orgânico, o biofilme. A aderência de bactérias e determinados fungos e a subsequente formação de biofilmes sobre superfícies sintéticas, tais como superfícies de equipamentos hospitalares de longo uso, como cateteres e implantes, é bem conhecida e tem efeitos indesejáveis podendo ocasionar processos infecciosos. Geralmente, a formação de biofilme protege os micro-organismos nele embutidos contra os mecanismos de defesa do hospedeiro e a antibióticos, e pode levar à sua persistência indesejável e sobrevivência em equipamentos hospitalares. Nas últimas duas décadas, a prevenção da formação de biofilmes tem sido objeto de diversas investigações que visam prevenir os efeitos indesejáveis do mesmo, como por exemplo, incrustações e degradação de polímeros industriais para aplicação em equipamentos hospitalares. Dentre as possibilidades de prevenção, tem-se a modificação da superfície visando o efeito anti-adesivo e consequentemente menos sujeito à contaminação e a formação de biofilmes, bem como a ação fungicida. Neste trabalho de mestrado, foram realizados estudos relativos ao revestimento fungicida de superfícies de materiais de uso hospitalar. Um método versátil para modificação de superfícies é o tratamento por plasma elétrico em baixa pressão com aplicação de um filme a base de carbono do tipo amorfo (do inglês Diamond-like carbon - DLC). Foi investigado o efeito do revestimento de carbono contendo um agente fungicida aplicado a substratos de poliuretano, usados na fabricação de cateteres. O revestimento desses materiais foi realizado via reator de plasma (PECVD - plasma-enhanced chemical vapor deposition) usando precursores de hexano com inserção de uma substância fungicida, a cânfora. Subsequente as deposições, os filmes foram investigados quanto suas propriedades, químicas, morfológicas e adesivas pelas técnicas de Espectroscopia Raman, Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), e Microscopia de Força Atômica (AFM) no Modo de Contato Intermitente. Por fim, foram realizados testes de crescimento e desenvolvimento de biofilmes de leveduras do gênero Candida cultivados in vitro. Foi utilizado o método quantitativo para determinação de Unidades Formadoras de Colônias (UFC/ml) e um método qualitativo utilizando a técnica de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os principais resultados observados foram que os substratos que continham revestimento de DLC com e sem cânfora tiveram um percentual de redução das UFC s bastante elevados, 99% e 91% respectivamente. O que nos leva a crer que o revestimento de materiais utilizados em dispositivos hospitalares invasivos com filmes finos de DLC dopados com alguma substância antifúngica pode se tornar uma alternativa válida para a diminuição de infecções hospitalares. Palavras-chave: Cateter. Biofilme. Candida. Plasma elétrico. Revestimento. DLC.

7 Abstract Microorganisms adherences in solid surfaces is a naturally occurring phenomenon. Many microbial species lives and grow under the conditions in which they are linked to natural surfaces, often incorporating to its own array of organic polymer, the biofilm. Bacteria adhesion of any certain fungi and the subsequent formation of biofilms on synthetic surfaces, such as medical equipment surfaces of long use, such as catheters and implants, is well known and has undesirable effects and may cause infectious processes. Generally, the formation of biofilm protects microorganisms embedded in it against mechanisms of defense of the host and the antibiotics, and can lead the microorganisms persistence and survival undesirable in hospital equipment. In the past two decades, the prevention of biofilm formation has been the subject of several investigations aimed at preventing the undesirable effects of the same, as for example, fouling and degradation of industrial polymers for use in hospital equipment. Among the possibilities for prevention, there is a surface modification to the non -adhesive effect and consequently less subject to contamination and biofilm formation, as well as the fungicide action. In this work, master's studies were carried out concerning the fungicide coating of materials surfaces for use in hospitals. A versatile method for surfaces modification is the treatment by electric plasma in low pressure with application of a carbon-based film of amorphous type Diamond-like carbon-dlc. Was investigated the effect of carbon coating containing a fungicide agent applied to polyurethane substrates, used in the manufacture of catheters. The coating was prepared via plasma reactor -plasma-enhanced chemical vapour deposition (PECVD) using hexane precursors with insertion of a fungicide substance, camphor. Subsequent depositions, the films were investigated as their chemical, morphological properties, and adhesives by Raman Spectroscopy, scanning electron microscopy techniques (MEV), and Atomic force microscopy (AFM) in Intermittent Contact mode. Finally, tests were conducted of biofilm growth and development of yeasts of the genus Candida in vitro grown. It will be used. Quantitative method was used for determination of colony-forming units of Colonies (UFC/ml) and a qualitative method using the technique of scanning electron microscopy (SEM).The main results were observed at substrates that contain DLC coating with and without camphor with a percentage of reduction of UFC were quite high 99 %and 91% respectively. Which leads us to believe the coating materials used in invasive medical devices with DLC thin films doped with some antifungal substance can become a valid alternative for reducing hospital-acquired infections. Keywords: catheter. Biofilm.Candida.Electric plasma.dlc Coating.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Reação de formação de um poliuretano Figura 2 - Esquema da estrutura química da cânfora. C10H16O Figura 3 - Segmentos de poliuretano Figura 4 - Substrato revestido de DLC em ágar Saboraund difundido para teste de esterilidade Figura 5 - Esquema do preparo do teste de halo de inibição Figura 6 - Reator de plasma atmosférico, modelo NPE-4000 PECVD Figura 7 - Dispositivo acoplado ao reator de plasma para inserção da cânfora Figura 8 - Dispositivo acoplado ao reator de plasma para inserção da cânfora Figura 9 - Incubadora shaker (Marconi) Figura 10 - Agitador tipo vórtex Figura 11 - Sistema automatizado de contagem de colônias Figura 12 - Metalizadora modelo K550X (Emitech) Figura 13 - Microscópio Eletrônico de Varredura pelo MEV - EVO MA Figura 14 - Micro Raman de Espectrometria (Renishaw 2000) Figura 15 - Microscópio de Força Atômica (Park NX10) Figura 16 Resultados de espectroscopia Raman com espectros sobrepostos do filme de DLC, DLC com canfora e Poliuretano Figura 17 - Resultados de Espectroscopia Raman de Canfora, DLC puro e Poliuretano com e sem leveduras Figura 18 - Micrografias do substrato de poliuretano puro Figura 19 - Micrografias do poliuretano com biofilme de C. albicans Figura Micrografias do substrato revestido com DLC Figura 21 - Substrato de poliuretano revestido de DLC com leveduras de C. albicans analisado por MEV em amplitude de Figura 22 - Substrato polimérico revestido com DLC com cânfora Figura 23 - Substrato polimérico revestido com DLC com cânfora e contaminado com levedura de C. albicans Figura 24 - Placas utilizadas na contagem de UFC s de substratos de poliuretano puro Figura 25 - Placas utilizadas na contagem de UFC s de substratos revestidos com DLC Figura 26- Placas utilizadas na contagem de UFC s de substratos revestidos com DLC e cânfora... 45

9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Parâmetros de deposição de DLC no reator de plasma atmosférico Tabela 2 Percentual de redução da contagem de UFC/mL... 45

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO GERAL Objetivos específicos REVISÃO DA LITERATURA EPIDEMIOLOGIA DAS CANDIDEMIAS CATETER VENOSO CENTRAL POLIURETANO BIOFILME PLASMAS ELÉTRICOS DIAMOND-LIKE CARBON CÂNFORA TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO Microscopia Eletrônica de Varredura Espectrometria Raman Microscopia de Força Atômica no Modo Contato Intermitente METODOLOGIA PREPARAÇÃO DOS SUBSTRATOS Teste de esterilidade Teste de halo de inibição PROCESSO DE DEPOSIÇÃO DOS RECOBRIMENTOS FUNGICIDAS FORMAÇÃO DO BIOFILME ANÁLISE QUANTITATIVA CARACTERIZAÇÃO DOS SUBSTRATOS POLIMÉRICOS Microscopia Eletrônica de Varredura Espectroscopia Raman Microscopia de Força Atômica RESULTADOS E DISCUSSÃO ESPECTROSCOPIA RAMAN MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E ESPECTROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA ANÁLISE QUANTITATIVA DO BIOFILME CONCLUSÃO... 46

11 5.1 TRABALHOS FUTUROS REFERÊNCIAS... 50

12 12 1 INTRODUÇÃO Taxonomicamente são descritas cerca de 200 espécies de Candida pertencentes ao Reino Fungi, sendo que 10% destas leveduras são reconhecidas como agentes etiológicos em infecções humanas. 1 Candida albicans pode aderir à superfície de dispositivos médicos, como o cateter, formando biofilmes, o que facilita a infecção da corrente sanguínea pelos mesmos. Estima-se que pelo menos metade dos pacientes admitidos em hospitais receba terapias intravenosas. 2 Uma vez que os procedimentos médicos invasivos aumentaram, com eles, houve também, uma incidência maior de infecção relacionada ao uso do cateter, 3, 4, 5 sendo esta uma das causas mais frequentes de morbidade e mortalidade nos hospitais. Devido a esse fato, os plasmas elétricos vem sendo estudados para utilização na higienização das mãos de profissionais da saúde, esterilização de determinados materiais, feridas crônicas de pacientes, tratamentos odontológicos e pacientes queimados (para regeneração celular), com a grande vantagem de reduzir a carga microbiana. O plasma, quando gerado em um reator de deposição química a vapor com atmosfera e parâmetros controlados, pode depositar DLC (Diamond-like carbon) em determinados substratos e ter aplicações na área biomédica, pois esse material apresenta baixo atrito, inércia química, compatibilidade biológica, suavidade e resistência ao desgaste. Pode-se agregar ainda a todas essas vantagens, uma substância fungicida, para diminuir a infecção relacionada a materiais médico-hospitalares. 1.1 OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho foi o estudo relativo à modificação da superfície de polímeros do tipo poliuretano utilizado na fabricação de cateteres com o intuito de inibir o crescimento de biofilme fúngico Objetivos específicos a) Verificar a capacidade do revestimento de DLC de impedir a adesão fúngica no substrato polimérico;

13 13 sem canfora; b) Investigar a morfologia dos filmes finos de carbono amorfo depositados com e c) Avaliar a capacidade fungicida da cânfora (Cinnamomun camphora) em biofilmes formados por leveduras do gênero Candida.

14 14 2 REVISÃO DA LITERATURA De acordo com o ministério da Saúde do Brasil, infecção hospitalar é toda aquela adquirida após admissão do paciente no hospital e que se manifesta durante a internação ou após a alta. Geralmente aparecem de 48 a 72 horas de internação e podem ser localizadas ou sistêmicas. 6 As infecções hospitalares e a resistência aos antifúngicos são problemas crescentes na saúde pública. 7 Nas últimas décadas teve-se um grande aumento, levando ao óbito cerca de 60% dos pacientes 8,9 sobretudo em alguns grupos especiais, como neonatos e transplantados. 5 Os fatores são inúmeros e estão relacionados com a antibioticoterapia prévia, nutrição parenteral, ventilação mecânica, prematuridade, imunossupressão, uso de corticóides, neutropenia, quimioterapia, hospitalização prévia, uso de cateter venoso central e outros dispositivos invasivos. 10 Essas infecções apresentam alto custo hospitalar, pois aumentam o tempo de internação do paciente, além de causarem elevada mortalidade. 11 Cerca de 80% das infecções hospitalares causadas por fungos são originadas por espécies do gênero Candida. Estima-se que em torno de 25% a 38% dos pacientes que desenvolvem candidemia chegam ao óbito. 8 Em um estudo realizado em 2012, 12 observouse um aumento de 207% de infecções da corrente sanguínea causadas por fungos e Candida nos Estados Unidos, entre 1979 e Agravando este quadro epidemiológico, o uso incorreto de antibióticos de amplo espectro de ação tem levado ao surgimento de cepas de micro-organismos resistentes aos agentes quimioterápicos. 13 As características terapêuticas e epidemiológicas apresentadas pelas diferentes espécies de Candida revelam a necessidade de identificar as leveduras ao nível de espécie e avaliar a susceptibilidade a antifúngicos. Permitindo assim, melhor abordagem terapêutica ao paciente EPIDEMIOLOGIA DAS CANDIDEMIAS Leveduras do gênero Candida spp são micro-organismos eucariotos sem pigmentação fotossintetizantes, com parede celular composta basicamente por quitina e membrana plasmática fosfolipídica com vários esteróis, sendo o ergosterol o mais

15 15 predominante. 1 São fungos que microscopicamente apresentam-se como blastoconídeos, pseudo-hifas e/ou hifas verdadeiras; macroscopicamente, são colônias de coloração branca a creme, aspecto liso com ou sem brilho. 14 Seu crescimento é favorecido em temperaturas variando entre 20ºc a 38ºC e ph ácido, com a faixa ideal entre 2,5 até 7,5. 1 Possuem adesinas, biomoléculas que promovem a aderência do fungo às células do hospedeiro ou às células ligantes. 6 São comensais ao homem, habitam normalmente o aparelho digestivo, respiratório, mucosa vaginal, oral e tegumento cutâneo, podendo ser oportunistas em certas ocasiões 14 isto é, dependendo da idade e da imunidade do indivíduo, podem levar a severas infecções. Os fatores que precedem a infecção e a doença são alterações nas células de defesa, na fisiologia ou na microbiota normal do indivíduo. 15 A candidemia é a maior causa de infecção da corrente sanguínea em pacientes hospitalizados, representando importante problema de saúde pública mundial. 16 Pisos, alimentos, fômites, ar e outras superfícies podem ser reservatórios de Candida spp em hospitais e o modo de transmissão pode ser através do cateter, próteses e infecções cruzadas. 7,8 A Candida albicans era a espécie de maior interesse clínico, porém, evidenciou- se nos últimos anos um aumento de infecções da corrente sanguínea por espécies não- albicans (como por exemplo: C. Parapsilosis, C. Tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. guilhermondii e C. lusitaniae), a razão para esse fato pode estar relacionada com o potencial de virulência (ou patogenicidade) destes micro-organismos, que é um conjunto da capacidade da levedura de aderir, infectar e causar doença e ainda, sua resistência a antifúngicos. 8, 10 Em estudo realizado em 2012, com 91 isolados clínicos de Candida spp provenientes de pacientes internados em um hospital, obteve-se 38 de C. albicans (41,8%), 23 de C. tropicalis (25,3%), 16 de C. glabrata (17,6%), 10 de C. parapsilosis (10,9%) e quatro de C. krusei (4,4%). 10 Entretanto, uma pesquisa feita em 2014 revelou que apesar da epidemiologia da Candida albicans ser muito estudada nos Estados Unidos e na Europa, o mesmo não é feito na América Latina, sendo que no Brasil as taxas de incidência são fragmentadas ao considerar os dados de todas as regiões do país. 11 O aumento significativo das infecções nosocomiais oportunistas e terapia

16 16 antifúngica limitada resultam na necessidade de antifúngicos mais eficientes e menos tóxicos CATETER VENOSO CENTRAL Cateteres venosos centrais são dispositivos que facilitam o tratamento e o diagnóstico, sendo utilizados principalmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em pacientes sob quimioterapia para administração de medicamentos, hemoderivados e soluções de nutrição parenteral, para monitorar a condição hemodinâmica, e facilitar o acesso 4, 5, 11, 12, 16 vascular para hemodiálise. Podem ser classificados em: de curta permanência (utilizados em UTI, mono ou duplo lúmen, cateter para hemodiálise, etc) e de longa permanência (utilizados em terapia endovenosa prolongada). 16 Os de longa permanência são classificados em semi- implantáveis (indicado a crianças muito pequenas ou para indivíduos com necessidade diária de punção) ou totalmente implantáveis (geralmente inseridos na região infraclavicular). 17 Cerca de 15 milhões de CVC são utilizados por ano nos Estados Unidos em UTI s, sendo que aproximadamente 80 mil deles são infectados, aumentando o custo em saúde. 5 Aproximadamente 65% das infecções resultam da migração de micro- organismos que compõem microbiota da pele, a partir do sítio de inserção do cateter. Os fatores de risco relacionados à infecção por cateteres estão associados à duração do cateterismo, o local de inserção, o material do qual é constituído, a presença de múltiplos lumens, a repetição do cateterismo, a manipulação frequente, o tipo de curativo usado, os micro-organismos envolvidos na colonização do cateter, a doença de base, a gravidade do estado clínico do 5, 18 paciente, e a condição imunológica do mesmo. 2.3 POLIURETANO O poliuretano possui sigla comercial PU e é representado quimicamente por uma cadeia de unidades orgânicas unidas por ligações de uretano, a fórmula estrutural do monômero está representada na figura 2.

17 17 Pode ter uma variedade de densidades e de durezas, que mudam de acordo com o tipo de monômero usado na sua produção e de acordo com a adição ou não de aditivos. Os aditivos também podem melhorar a resistência à combustão e a estabilidade química, entre outras propriedades. O PU é um material versátil e utilizado em revestimentos, adesivos, elastômeros termoplásticos, compósitos e como matéria prima de vários componentes, como por exemplo: cateteres, colchões, preservativos, sapatos. 19 Alguns cateteres de iserção periférica são fabricados a partir de resinas aromáticas da família dos poliuretanos, por serem um material biocompatível e radiopaco (que facilita perfeita visualização aos raios-x). Esses materiais apresentam a mesma flexibilidade do silicone, com a vantagem de terem a parede mais fina, porém, com mais resistente. As paredes mais finas permitem que seu diâmetro interno seja maior, se comparado aos cateteres de silicone, esse diâmetro reduzido, evita flebites, tromboses e melhora o conforto do paciente. 20 Figura 1 - Reação de formação de um poliuretano Fonte: Caetano BIOFILME Biofilme (ou slime) é um conjunto de micro-organismos que convivem em associação 21 e é o responsável pela infecção relacionada ao cateter 22, 8 sua produção é considerada um fator de virulência e permite que o micro-organismo tenha maior adesão as superfícies, reduzindo a resposta imune aos fagócitos e interferindo nos mecanismos de defesa do hospedeiro. 23 A maioria dos micro-organismos, envolvidos na colonização do cateter, não são virulentos na forma planctônica, mas podem causar infecção persistente, quando estão agrupados. Estudos com Microscópio Eletrônico de Transmissão e

18 18 Varredura mostraram que praticamente todos os cateteres venosos centrais inseridos são colonizados por micro-organismos incrustados em uma matriz de biofilme. 22,16 Os micro-organismos têm acesso ao cateter venoso central pela via extraluminal, ao migrarem através da pele ou por contaminação na manipulação do dispositivo. 5 A colonização de um cateter pode ocorrer em 24h em função do filme condicionante produzido pelo hospedeiro (plaquetas, plasma e proteínas tissulares). 22 Os eventos no processo de formação de biofilme são a adesão microbiana e o processo de maturação do mesmo. Após a aproximação da levedura com o substrato, inúmeros acontecimentos físico-químicos tornam possível a adesão inicial do microorganismo a esta superfície. Em um biofilme maduro coexistem muitas microcolônias, constituídas por distintas espécies de leveduras, que são envolvidas por uma matriz extracelular na qual ocorre a passagem de água e nutrientes. 16 A adesão e formação de biofilme sobre os dispositivos médicos é um grande problema na medicina. Todas as variantes morfológicas conhecidas (leveduras, pseudohifas e hifas) crescem em biofilme e geralmente expressam propriedades diferentes das suas respectivas células planctônicas PLASMAS ELÉTRICOS Plasmas elétricos comumente são descritos como o quarto estado da matéria, mas, essa definição não é muito adequada, pois, a passagem de um gás para a forma de plasma não ocorre através de uma transição de fase bem definida. 25 O termo plasma, que oriunda do grego, foi descrito pelo físico americano, Irving Langmuir em 1928, quando estudava descargas elétricas em gases. Plasmas são gases parcialmente ionizados, portanto, consistem de íons, elétrons e espécies neutras. Um gás se torna um plasma quando a adição de calor ou outra forma de energia faz com que um número significante de seus átomos libere alguns ou todos os seus elétrons. Estes átomos que perdem elétrons ficam "ionizados", ou seja, com uma carga positiva resultante, e os elétrons separados de seus átomos ficam livres para se mover pelo gás, interagindo com outros átomos e elétrons. 25

19 LTE. 25 Isso é devido a poucas ou muitas colisões, dependendo da pressão do gás; que 19 Os plasmas podem diferir em muitos aspectos, e são classificados conforme os mesmos, como por exemplo: temperatura, densidade de elétrons e íons, comprimento de Debye, etc. Outro parâmetro importante na descrição de um plasma é a presença de campos elétricos e/ou magnéticos. A maioria dos plasmas estudados é do tipo gás ionizado produzidos por descargas elétricas em gases a baixa pressão. Os plasmas são categorizados como naturais ou de laboratório, e cobrem uma grande faixa de temperatura e pressão. Como exemplos de plasmas naturais citam-se corona solar, nebulosas, vento solar, aurora boreal, descarga elétrica atmosférica, centro do Sol, ionosfera terrestre. 25 Os principais plasmas laboratoriais são os de alta temperatura (ou fusão) e os de baixa temperatura (ou descarga de gás). 23 Podem ser divididos em plasmas de equilíbrio térmico (onde a temperatura de todas as espécies é a mesma) LTE ou aqueles que não estão em equilíbrio térmico (onde as temperaturas das espécies não são as mesmas, pois as temperaturas do s elétrons são muito mais elevadas do que as partículas restantes) não- quando alta gera muitas colisões, além do comprimento de descarga ou a distância entre os eletrodos. Descargas LTE são caracterizadas por temperatura bastante elevadas e utilizadas para aplicações onde é necessário calor (por exemplo, corte, pulverização e soldadura); plasmas não-lte são usados para situações em que o calor não é necessário (por exemplo, erosão e deposição de camadas finas). 25 Os plasmas elétricos vêm sendo estudados para utilização em tratamentos odontológicos, medicina esportiva, pacientes queimados (para regeneração celular), higienização das mãos de profissionais da saúde, esterilização de determinados materiais e de feridas crônicas de pacientes, com a grande vantagem de reduzir a carga microbiana. 2.6 DIAMOND-LIKE CARBON O carbono por existir em três diferentes hibridizações, sp 3, sp 2 e sp, forma uma grande quantidade de estruturas, tanto cristalinas quanto amorfas, além disso, é um material abundante, o que torna-o, um material estratégico para estudos e aplicações tecnológicas. Assim, a pesquisa e o desenvolvimento de materiais a base de carbono com

20 20 propriedades avançadas é necessária para o avanço das indústrias aeroespaciais, biomédicas, microeletrônicas, entre outras. 23 O DLC é uma forma metaestável de carbono amorfo que contém uma parte significativa de ligações sp 3 e sp 2. Pertence a uma nova classe de material, cujas propriedades físicas e químicas são próximas às do diamante, tais como, dureza e módulos de elasticidade relativamente elevados, trazendo as vantagens de ser mais facilmente obtido e poder ser depositado em grandes áreas. Podem conter uma quantidade de hidrogênio em sua estrutura, que variam de quantidades menor que 1% (classificado como a-c) até aproximadamente 50% (classificado como a-c:h), logo suas propriedades variam de acordo com suas estruturas e composições. 22 Por conta dessas variações na composição e na estrutura, este material reúne propriedades químicas e físicas atraentes, tais como: elevada dureza mecânica, baixo coeficiente de atrito, elevada resistência ao desgaste, estabilidade química, transparência óptica (R). Devido a essas diversas propriedades, esses filmes vêm sendo utilizados em discos rígidos magnéticos, peças de motores de automóveis e aviões, revestimentos protetores em janelas ópticas e em lentes, dispositivos microeletrônicos, próteses e implantes médicos e odontológicos, como revestimento tribológico em satélites, entre outras. Obtendo-se alta qualidade e aderência desse material em substratos, podem-se ampliar ainda mais suas aplicações. 23 Existem muitas formas de se depositar DLC em um sbstrato, mas a mais comum é através do processo CVD (chemical vapor deposition), onde utiliza-se um reator constituído por dois eletrodos de área diferentes que com a adição de um gás gera um plasma. A mobilidade dos elétrons no plasma cria uma bainha ao lado dos eletrodos com excesso de íons. Esse espaço tem uma carga positiva, de modo que o plasma desenvolva uma tensão positiva no que diz respeito aos eletrodos, que equaliza os elétrons e íons. Para a deposição de DLC o plasma deve ser operado em pressão mais baixa possível, pois a espessura da camada diminui com o aumento da pressão. 23

21 CÂNFORA A cânfora é um material orgânico composto por três grupos metílicos associados em uma estrutura em forma de anel. 24 A figura 1 mostra a estrutura química dessa substância. Figura 2 - Esquema da estrutura química da cânfora. C10H16O Fonte: Ciência 37 É extraída da canfoeira Cinnamomun camphora, originárias da China, de Taiwan e do Japão. Fisicamente, são cristais brancos ou incolores, em massas cristalinas ou grânulos, com odor característico penetrante e pungente, que se volatiliza lentamente à temperatura ambiente. É praticamente solúvel em água; muito solúvel em álcool, em clorofórmio e em éter; facilmente solúvel em dissulfeto de carbono, hexano e em óleos fixos e voláteis. Sua faixa de fusão varia de 174 C a 179 C 25. A cânfora é utilizada em grandes quantidades como plastificante da nitrocelulose na indústria de celulose, na forma de álcool canforado, compressas ou injeções na área de medicina e também como desinfetante e repelentes contra traças e insetos 25. Em estudo realizado em 1979, pesquisadores estudaram a atividade antifúgica dessa substância. Foram colocadas diferentes quantidades de cristais de cânfora em placas contaminadas com Fusarium oxysporium, Macrophomina phaseolina, Phytophthora cinnamomi, Pythium aphanidermatum, Rosellinia necatrix, Sclerotium rolfsii e Rhizoctonia solani (uma espécie em cada placa), com ágar PDA. Eles observaram que a maioria dos fungos deixou de crescer quando foram expostos a concentração de 40 mg. 26

22 TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO Microscopia Eletrônica de Varredura O microscópio eletrônico de varredura é capaz de reproduzir imagens de alta resolução da superfície de uma amostra, de maneira tridimensional. Utiliza-se um feixe de elétrons de pequeno diâmetro que explora a superfície da amostra, ponto a ponto, através de linhas sucessivas que transmitem o sinal do detector a uma tela catódica, cuja varredura está em perfeita sintonia com a do feixe incidente. Através de um sistema de bobinas de deflexão, o feixe pode ser guiado para varrer a superfície da amostra conforme uma malha retangular. O sinal captado pelo detector é usado para modular o brilho do monitor, permitindo a observação Espectrometria Raman O efeito Raman foi descoberto em 1928 pelos Doutores Chandrasekhara Venkata Raman e K. S. Krishnan e está relacionado às propriedades vibracionais dos materiais através da interação com uma fonte de luz. 27 É uma técnica fotônica, amplamente utilizada na caracterização de diferentes tipos de materiais (orgânicos e inorgânicos), não necessita de preparo especial das amostras a serem analisadas, na maioria dos casos não é destrutiva e leva poucos minutos para ser realizado, o que lhe confere grande vantagem Microscopia de Força Atômica no Modo Contato Intermitente A microscopia de Força Atômica vem sendo utilizada para obter informações sobre superfícies poliméricas com resolução nanométrica. Esta técnica se baseia em uma sonda de silício que oscila em sua frequência natural de ressonância, sobre a superfície de uma amostra, tocando-a periodicamente. Durante uma varredura, as variações na interação sondaamostra resultam em mudanças na frequência, amplitude e fase da vibração da sonda. A imagem formada revelará vários tipos de heterogeneidades na capacidade de dissipação de energia mecânica da superfície polimérica. Os principais fatores de dissipação da energia da

23 23 sonda e consequente alteração de fase são as propriedades viscoelásticas, adesivas e topográficas da região que está sendo examinada. 29

24 24 3 METODOLOGIA A metodologia apresentada foi dividida nos seguintes passos: preparação dos substratos, processo de deposição do filme fino de DLC, caracterização do filme e avaliação microbiológica. 3.1 PREPARAÇÃO DOS SUBSTRATOS Utilizou-se segmentos de poliuretano de 2 cm 2, com cerca de 2 mm de espessura, da empresa 3R Plásticos que foram limpos em detergente multienzimático (da marca 3M) e lavados com água destilada estéril antes do tratamento a plasma. A figura 3 mostra uma fotografia dos substratos de poliuretano onde pode-se observar o aspecto transparente e leitoso característico dos substratos de poliuretano usados nesse trabalho, antes de qualquer tratamento. Figura 3 - Segmentos de poliuretano Fonte: Autor Teste de esterilidade Para comprovar que somente esse processo de descontaminação seria eficaz, foi realizado um teste de esterilidade onde após a limpeza do substrato com o detergente

25 25 multienzimático, o mesmo foi posicionado em uma placa estéril contendo ágar Saboraund Dextrose e incubado a 37ºC durante 48h, a fim de observar se haveria ou não crescimento de micro-organismos. O mesmo foi realizado com o substrato após o revestimento com DLC com e sem cânfora. A figura 4 mostra uma fotografia da placa de petri com ágar Saboraund difundido, contendo o substrato revestido de DLC para teste de esterilidade. Figura 4 - Substrato revestido de DLC em ágar Saboraund difundido para teste de esterilidade Fonte: Autor Teste de halo de inibição Com o intuito de confirmar o efeito fungicida da cânfora, foi realizado um teste de halo de inibição, onde foram feitas suspensões fúngicas com ATCC (American Type Culture Collection) de C.albicans (10231) na ordem de 0,5 da escala de Mac Farland, ou seja, cerca de 1,5 x 10 8 unidades formadoras de colônias (UFC)/mL. Semeou-se100 µ l dessa suspensão em ágar Saboraund Dextrose (DIFCO) através da técnica de Spread-Plate (semeadura por espalhamento), em seguida, pesou-se um tablete (2,870g) de cânfora refinada sintética (Farm. Bras.) que foi colocado no centro da placa e incubado em estufa por 48 horas a 37ºC. A figura 5 mostra duas fotografias contendo o aparato experimental

26 26 usado para o teste de halo de inibição: (a) suspensão fúngica feita com a ATCC de C. albicans em tubos de ensaio e (b) tabletes de cânfora já nas placas inoculadas. O mesmo teste foi realizado também com o substrato de poliuretano revestido com DLC com e sem cânfora. Todos os testes foram realizados em triplicata. Figura 5 - Esquema do preparo do teste de halo de inibição Nota: a) Cândida albicans ATCC 10231; b) Segmentos de cânfora em ágar Saboraund inoculado Fonte: Autor 3.2 PROCESSO DE DEPOSIÇÃO DOS RECOBRIMENTOS FUNGICIDAS. Foi utilizado o reator PECVD, equipamento profissional (modelo NPE-4000, empresa Nanomaster Inc.) com fonte DC pulsada, que está alocado no Laboratório Nanotecnologia e Processos a Plasma do Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba São José dos Campos. O procedimento de deposição do filme de DLC foi realizado em duas etapas: primeiramente o processo de limpeza utilizando argônio seguido do processo de deposição propriamente dito. A Tabela 1 ilustra todos os

27 27 parâmetros utilizados para o revestimento. Primeiramente realizou-se uma limpeza física e química no reator, a fim de garantir a boa qualidade do filme fino. Essa limpeza ocorre através de um processo de lixamento físico com lixa de granulometria 600, para remoção de possíveis filmes aderidos à sua superfície, aspira-se qualquer resíduo presente e utiliza-se álcool isopropílico. Tabela 1 Parâmetros de deposição de DLC no reator de plasma atmosférico Fonte: Autor

28 28 A cânfora foi escolhida por ser popularmente conhecida como agente fungicida e ser solúvel em precursores de carbono como, por exemplo, o hexano. A evaporação da mistura hexano e cânfora ocorreram em um dispositivo de vidro acoplado ao reator de plasma. Após ser ionizada, com controle de potência do plasma para preservar as propriedades da cânfora, essa mistura formou um filme de carbono que se depositou no substrato polimérico. As figuras 6 e 7 mostram fotografias do reator e do aparato dispersor de cânfora acoplado na lateral do reator. Figura 6 - Reator de plasma atmosférico, modelo NPE-4000 PECVD Fonte: Autor Figura 7 - Dispositivo acoplado ao reator de plasma para inserção da cânfora Fonte: Autor

29 29 O hexano é um precursor de carbono e um meio de carrear a substância fungicida para dentro do reator durante o processo de formação do filme. No interior do reator de plasma parte destas moléculas foram ionizadas e parte foi reordenada na forma cíclica. Na figura 8, mostra-se um desenho esquemático do reator de plasma atmosférico. Com marcações em vermelho realçando as regiões de: sistemas de vácuo, fontes de potência, eletrodos, câmara de processos e região de injeção de gases. Figura 8 - Dispositivo acoplado ao reator de plasma para inserção da cânfora Fonte: Grill 33

30 FORMAÇÃO DO BIOFILME A metodologia empregada consistiu na preparação de suspensões fúngicas, decepas padrão dec.albicans, da ordem 0,5 da escala de Mac Farland em caldo Sabouraud. Essas cepas foram cedidas pelo Núcleo de Estudos Farmacêuticos e Biomédicos (NUFABI) da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) e processadas e mantidas no Laboratório de Biotecnologia e Plasmas Elétricos do Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento (IP&D) da UNIVAP. Os substratos foram introduzidos em Erlenmeyers (um corpo de prova em cada) logo após o processo de deposição, com 15 ml das suspensões e incubados a 37ºC por 48 horas, sob agitação constante de 110 rpm em incubadora shaker modelo MA 420 (Marconi). A figura 9 mostra uma fotografia da a incubadora shaker utilizada.onde mostra os frascos de erlenmeyers em cultivo. Figura 9 - Incubadora shaker (Marconi) Fonte: Autor

31 31 Posteriormente, foram removidas e transferidos para tubos contendo tampão fosfato (PBS ph 7,2 ± 0,1) e homogeneizadas em vórtex durante um minuto. A figura 10 mostra o equipamento agitador tipo vórtex utilizado. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. Figura 10 - Agitador tipo vórtex Fonte: Autor 3.4 ANÁLISE QUANTITATIVA Para a análise quantitativa, cerca de 100µl da suspensão fúngica preparada anteriormente, foi semeada em placas de Petri estéreis, já contendo cerca de 20 ml de ágar Sabouraud solidificado, pela técnica de Spread-Plate. Incubou-as a 37º C por 48 horas e em seguida colocou-se as placas em um contador automático de colônias para a determinação das unidades formadoras de colônia (UFC/ml). A figura 11 mostra uma fotografia do contador automático utilizado para essa técnica.

32 32 Figura 11 - Sistema automatizado de contagem de colônias Fonte: Autor 3.5 CARACTERIZAÇÃO DOS SUBSTRATOS POLIMÉRICOS Os substratos poliméricos modificados foram investigados quanto suas propriedades morfológicas, químicas e adesivas pelas técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia Raman e Microscopia de Força Atômica (AFM) Microscopia Eletrônica de Varredura Para a análise qualitativa, os substratos foram transferidos para um recipiente estéril e colocados em estufa por aproximadamente 3 horas para a secagem, então, foram remanejados assepticamente com o auxílio de uma pinça, para um porta-amostra ( stub ), que possui um carbono coloidal para a condutividade dos elétrons e posterior preparação de metalização da superfície com banho de ouro na metalizadora modelo K550X (Emitech). Logo após, foi realizada a análise por Microscopia Eletrônica de Varredura pelo MEV - EVO MA 10, que se localiza no Laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredura do IP&D da UNIVAP. A figura 12 mostra uma fotografia da metalizadora usada na preparação de amostra para o MEV e a figura 13 mostra uma fotografia do microscópico eletrônico de varredura.

33 33 Figura 12 - Metalizadora modelo K550X (Emitech) Fonte: Autor Figura 13 - Microscópio Eletrônico de Varredura pelo MEV - EVO MA 10 Fonte: Laboratório Espectroscopia Raman A estrutura química dos filmes de DLC foi estudada através do sistema micro Raman de Espectrometria, equipamento Renishaw 2000 com laser iônico de Ar + (λ = 514,5 nm) e geometria de retroespalhamento, esse sistema está alocado no Laboratório de

34 34 Sensores e Materiais (LAS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, em São José dos Campos. A figura 15 mostra uma fotografia do sistema micro Raman de Espectrometria utilizado nas caracterizações de estrutura quimica. Figura 14 - Micro Raman de Espectrometria (Renishaw 2000) Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Laboratório associado de sensores e materiais Microscopia de Força Atômica A Microscopia de Força Atômica foi realizada com o equipamento Park NX10 que está alocado no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), localizado no CNPEM Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais. O AFM Park NX10 possui uma largura de digitalização de µ m e altura em z de até 15 µ m. A resolução de z é 0,006 nm devido a eletrônica moderna de 24 bits. Além de imagens de topografia, o equipamento possui uma grande variedade de técnicas SPM que podem ser realizadas, cabe mencionar entre elas: microscopia de força magnética(mfm), microscopia de força elétrica (EFM) e microscopia por sonda de força Kelvin (KPFMKFM). O equipamento opera também no estado líquido e pode-se aquecer amostras. O microscópio em si é montado dentro de uma caixa de acrílico, permitindo uma atmosfera controlada, especialmente a umidade pode ser variada de 0,1 a 80 saturação relativo da água. Na figura 16 observa-se microscópio de Força Atômica utilizado.

35 35 Figura 15 - Microscópio de Força Atômica (Park NX10) Fonte: LNNano 36

36 36 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A deposição de DLC pode ser feita via várias técnicas, mas entre elas uma se destaca: processo CVD (deposição química a vapor) assistido por plasma em sistema de vácuo. Neste processo é possível realizar a deposição de um filme fino de DLC que reveste todo o material, de forma tridimensional e em baixa temperatura foram: Após a realização da metodologia detalhada no item anterior, os resultados obtidos: 4.1 ESPECTROSCOPIA RAMAN A espectroscopia Raman foi utilizada para analisar o efeito da cânfora na estrutura química do filme de DLC. A figura 16 mostra um gráfico contendo 4 espectros Raman sobrepostos para comparação de bandas: linha azul: espectro característico dos filmes de DLC; linha verde: composto pela mistura de DLC e cânfora sobre poliuretano; linha preta: cânfora; linha vermelha: poliuretano puro. Pode ser observado neste gráfico, nas regiões marcadas pela faixa em azul e em amarelo, que o espectro em linha verde apresenta um alargamento de banda quando comparado com o espectro em linha azul. Esse alargamento de banda é devido a sobreposição de bandas contribuintes da cânfora e do poliuretano. O alargamento de banda em espectros pela contribuição de outras substâncias é conhecido na literatura. 30 Nos filmes de DLC para a banda D posicionada em 1350cm -1 e ocorre devido ao aumento da desordem das ligações sp2 + sp3. Para a banda G centrada em 1580cm -1 o alargamento indica o aumento da amorfização da fase grafítica.

37 37 Figura 16 Resultados de espectroscopia Raman com espectros sobrepostos do filme de DLC, DLC com canfora e Poliuretano. Fonte: Autor A Figura 17 mostra um conjunto de três espectros das substâncias puras: DLC; cânfora e poliuretano. Mostra também mais três espectros da contaminação dessas substâncias com leveduras de C. albicans. Os espectros estão com as deconvoluções típicas para cada substância pura estão apresentados. Pode-se observar que o espectro de DLC apresenta as bandas D e G características nas posições de 1350cm -1 e 1580cm -1 para as bandas D e G respectivamente. O filme de DLC com cânfora mostrado na figura 16 linha verde apresentou alargamento de bandas. A presença de leveduras apresentou alargamento de banda nos espectros de poliuretano indicando que a levedura apresenta componentes característicos que podem interferir no deslocamento Raman quando comparado com os

38 38 espectros de poliuretano puro. Nesse aspecto, mais estudos via espectroscopia Raman e via técnicas com FTIR pode ser feito para especificação do tipo de ligação oriunda de leveduras. Figura 17 - Resultados de Espectroscopia Raman de Canfora, DLC puro e Poliuretano com e sem leveduras Fonte: Autor

39 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E ESPECTROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA A figura 18 (a) mostra uma fotomicrografia obtida por Microscopia Eletrônica de Varredura, do substrato de poliuretano puro. Nota-se que o substrato está totalmente limpo e sem qualquer contaminação. A figura 18 (b) mostra a mesma amostra observada via Microscopia de Força Atômica com análise de rugosidade. Na imagem de AFM foi calculado a rugosidade do poliuretano com valor de Ra (rugosidade aritmética) de 50,0 nm e (Rms) rugosidade média de 58,6nm. Figura 18 - Micrografias do substrato de poliuretano puro Nota: (a) Fotomicrografia eletrônica de varredura do poliuretano com ampliação de 1500x; (b) Imagem obtida via microscopia de força atômica (AFM) do mesmo substrato de poliuretano Fonte: Autor

40 40 A figura 19 (a) mostra uma fotomicrografia obtida por MEV do poliuretanocom o biofilme com ampliação de 1500x. Pode-se notar a presença de hifas de Candida albicans cultivadas no período de 48h em que o substrato ficou imerso em suspensão fúngica. A imagem 19 (b) mostra uma imagem de AFM com detalhamento das hifas. Pode ser observado que as hifas apresentam contraste de material em toda sua extensão. Figura 19 - Micrografias do poliuretano com biofilme de C. albicans Nota: (a) Imagem do poliuretano com biofilme fúngico obtido por MEV; (b) Imagem do poliuretano com biofilme realizada por AFM Fonte: Autor

41 40 A figura 20 mostra uma fotomicrofotografia do substrato de poliuretano com revestimento de DLC e canfora, em (a) obtida através de Microscopia Eletrônica de Varredura e em (b) obtida via Microscopia de Força Atômica. Nota-se que o substrato é mais rugoso devido ao revestimento de DLC quando comparado com a figura 18 que mostra a superfície do poliuretano puro. O poliuretano com DLC apresenta um valor de rugosidade superior a dez vezes o valor da rugosidade do poliuretano puro. O Poliuretano com DLC tem rugosidade aritmética de 650,0 nm e rugosidade média de 800,0 nm. Figura 20 - Micrografias do substrato revestido com DLC Nota: (a) Imagem da superfície do poliuretano revestido com DLC observada em MEV (b) Mesma amostra vista em AFM Fonte: Autor Em um estudo semelhante realizado com DLC dopado com prata, revestindo PMMA (polimetilmetacrilato) e subsequentemente induzindo a formação de biofilme fúngico de C. albicans, Queiroz et al (2013) chegaram a conclusão de que a modificação química do substrato, bem como a hidrofobicidade e baixa energia de superfície reduzia a formação de biofilme e não a rugosidade da amostra. 32 A figura 21, mostra uma fotomicrografia obtida por MEV do substrato de poliuretano revestido de DLC com leveduras de C. albicans em amplitude de 1500X. Pode ser observado nessa imagem a contaminação com as leveduras de C. albicans e que o fundo também é rugoso e apresenta poucas leveduras, cujas hifas se misturam com o filme fino, ficando

42 41 presas às suas tramas. As leveduras apresentadas nessa imagem foram uma das colônias encontradas após o período de incubação de 48h. Observou-se que as hifas não preencheram a superfície do substrato de poliuretano contendo DLC, podendo-se afirmar que não houve proliferação da levedura no filme de DLC quando comparado a figura 19 (a), que contém apenas o substrato de poliuretano revestido com leveduras. Os focos fúngicos não foram localizados, nas análises de AFM. Figura 21 - Substrato de poliuretano revestido de DLC com leveduras de C. albicans analisado por MEV em amplitude de 1500 Fonte: Auto r

43 42 A figura 22 mostra uma fotomicrofotografia de uma região do substrato de poliuretano com revestimento de DLC com cânfora, obtida através de Microscopia Eletrônica de Varredura em amplitude de 1500x. Pode ser visto nessa imagem a canfora não modifica a morfologia do filme de DLC quando comparado com a figura 20 na mesma ampliação. Figura 22 - Substrato polimérico revestido com DLC com cânfora Fonte: Autor A figura 23 mostra uma fotomicrografia do substrato de poliuretano revestido com DLC com cânfora contendo pequena região com fúngico, realizada em MEV. Pode-se notar que os fundos das imagens são muito semelhantes aos dos substratos anteriores, ainda que esse revestimento possua também cânfora. Pode ser observada a presença de leveduras, porém é possível verificar que visualmente aparentam estar em menor número que as dos substratos anteriores e que as leveduras não preencheram a superfície do substrato de

44 43 poliuretano contendo DLC com cânfora, podendo-se afirmar que não houve proliferação da levedura no filme de DLC com canfora quando comparado a figura 19 (a), que contém apenas o substrato de poliuretano revestido com levedura de C. albicans. Os focos fúngicos não foram localizados, nas análises de AFM. Figura 23 - Substrato polimérico revestido com DLC com cânfora e contaminado com levedura de C. albicans Fonte Autor 4.3 ANÁLISE QUANTITATIVA DO BIOFILME A figura 24 mostra as placas semeadas com suspensões fúngicas retiradas de substratos de poliuretano puro. Pode-se observar uma baixa quantidade de Unidades Formadoras de Colônias, devido ao fato de terem sido realizadas diluições em séries 1:1000.

45 44 Figura 24 - Placas utilizadas na contagem de UFC s de substratos de poliuretano puro Fonte: Autor A figura 25 mostra as placas semeadas com suspensões fúngicas retiradas de substratos que continham DLC. Pode ser observado grande quantidade de UFC s, mas deve-se levar em consideração que foi realizada diluição seriada de 1:10 apenas. Figura 25 - Placas utilizadas na contagem de UFC s de substratos revestidos com DLC Fonte: Autor A figura 26 mostra as placas semeadas com suspensões fúngicas de substratos que continham poliuretano revestidos de DLC com cânfora. Observa-se a presença de algumas UFC s, porém em número muito reduzido, quando comparado as imagens anteriores, ainda que tenha sido realizada diluição seriada de 1:10.

MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES VIA TECNOLOGIA DE PLASMA VISANDO PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA

MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES VIA TECNOLOGIA DE PLASMA VISANDO PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA MODIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES VIA TECNOLOGIA DE PLASMA VISANDO PREVENÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA T. B. Santos 1, A. C. O. C. Doria 1, G.T.C. Redi 1, F.R. Figueira 1, J.S. Brandão

Leia mais

FILMES DE DLC CONTENDO ÓLEO DE CRAVO

FILMES DE DLC CONTENDO ÓLEO DE CRAVO FILMES DE DLC CONTENDO ÓLEO DE CRAVO Larissa Cristina Sant Ana da Cruz, Thaisa Baesso Santos, Jhonatan Steffens Brandão de Lima, Polyana Alves Radi Gonçalves, Valdirene Aparecida da Silva, Homero Santiago

Leia mais

1 Introdução O diborato de titânio (TiB 2 )

1 Introdução O diborato de titânio (TiB 2 ) 1 Introdução 1.1. O diborato de titânio (TiB 2 ) O diborato de titânio (TiB 2 ) é um composto cerâmico de estrutura hexagonal onde os átomos de boro formam uma rede ligada covalentemente na matriz do titânio

Leia mais

5 Crescimento de filmes de Ti-B-N

5 Crescimento de filmes de Ti-B-N 5 Crescimento de filmes de Ti-B-N 5.1. Introdução O sistema Ti-B-N tem sido estudado há pouco mais de uma década [79-81] devido principalmente a suas boas propriedades mecânicas e tribológicas. Estes compostos

Leia mais

EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DE FILMES FINOS DE ZnO CRESCIDOS POR RF MAGNETRONS SPUTTERING

EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DE FILMES FINOS DE ZnO CRESCIDOS POR RF MAGNETRONS SPUTTERING EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DE FILMES FINOS DE ZnO CRESCIDOS POR RF MAGNETRONS SPUTTERING MORPHOLOGICAL EVOLUTION OF ZnO THIN FILMS GROWN BY RF MAGNETRON SPUTTERING Michel Chaves, Andressa M. Rosa, Érica P. da

Leia mais

Técnicas Microbiológicas

Técnicas Microbiológicas IX Semana de Biologia da UFPB Técnicas Microbiológicas e Rotina Laboratorial Laboratório de Genética de Microrganismos - DBM Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos

Leia mais

propriedades comparáveis ao diamante cristalino. Apesar disto, não existem evidências experimentais claras da formação de β C 3

propriedades comparáveis ao diamante cristalino. Apesar disto, não existem evidências experimentais claras da formação de β C 3 1 Introdução Uma das técnicas que permitem modificar as propriedades superficiais de um material consiste em aplicar sobre ele um revestimento na forma de filme fino de modo que as propriedades finais

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O EFEITO DA RADIAÇÃO UV E O PLASMA ATMOSFÉRICO PARA CONTROLE DE MICRORGANISMOS EM PAPEIS.

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O EFEITO DA RADIAÇÃO UV E O PLASMA ATMOSFÉRICO PARA CONTROLE DE MICRORGANISMOS EM PAPEIS. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O EFEITO DA RADIAÇÃO UV E O PLASMA ATMOSFÉRICO PARA CONTROLE DE MICRORGANISMOS EM PAPEIS. Mariane Zandonadi Faria da Silva 1, Michely Glenda Pereira da Silva 1, Lucas Augusto Manfroi

Leia mais

5 Influência da Tensão de Autopolarização

5 Influência da Tensão de Autopolarização 5 Influência da Tensão de Autopolarização 5.1. Introdução Neste Capítulo são apresentados os resultados obtidos no estudo da influência da tensão de autopolarização na deposição e na estrutura de filmes

Leia mais

Ciência e Tecnologia de Materiais ENG1015

Ciência e Tecnologia de Materiais ENG1015 1 Ciência e Tecnologia de Materiais ENG1015 http://www.dema.puc-rio.br/moodle DEMa - Depto. de Engenharia de Materiais última atualização em 10/02/2014 por sidnei@puc-rio.br Estrutura do Curso 2 Introdução:

Leia mais

MORFOLOGIA DA SUPERFÍCIE DE FILMES DE CARBONO TIPO DIAMANTE (DLC) OBTIDOS PELO PROCESSO DE IMERSÃO EM PLASMA PARA APLICAÇÕES BIOMÉDICAS

MORFOLOGIA DA SUPERFÍCIE DE FILMES DE CARBONO TIPO DIAMANTE (DLC) OBTIDOS PELO PROCESSO DE IMERSÃO EM PLASMA PARA APLICAÇÕES BIOMÉDICAS 1 MORFOLOGIA DA SUPERFÍCIE DE FILMES DE CARBONO TIPO DIAMANTE (DLC) OBTIDOS PELO PROCESSO DE IMERSÃO EM PLASMA PARA APLICAÇÕES BIOMÉDICAS E. T. Uzumaki 1, C. S. Lambert 2, C. A. C. Zavaglia 1 1 Departamento

Leia mais

PREPARO DE FILMES CONTENDO ACETILACETONATO DE ALUMÍNIO. PREPARATION OF FILMS CONTAINING ALUMINIUM ACETYLACETONATE.

PREPARO DE FILMES CONTENDO ACETILACETONATO DE ALUMÍNIO. PREPARATION OF FILMS CONTAINING ALUMINIUM ACETYLACETONATE. PREPARO DE FILMES CONTENDO ACETILACETONATO DE ALUMÍNIO. PREPARATION OF FILMS CONTAINING ALUMINIUM ACETYLACETONATE. Leonardo A. D. Bandeira, Elidiane Cipriano Rangel Campus de Sorocaba Engenharia de Controle

Leia mais

Influence of dispersion of graphene oxide and reduced graphene oxide on polyurethane in gas permeation

Influence of dispersion of graphene oxide and reduced graphene oxide on polyurethane in gas permeation Influence of dispersion of graphene oxide and reduced graphene oxide on polyurethane in gas permeation Alessandro Eronides de Lima Silva Orientadores: José Brant de Campos Suzana B. Peripolli Universidade

Leia mais

Oxidação térmica e processos PECVD

Oxidação térmica e processos PECVD 5 Oxidação térmica e processos PECVD 2012 5.1. Introdução Contexto (das aulas) Contexto (nosso processo) 5.2. Oxidação Térmica do Silício 5.3. Deposição de SiO 2 por PECVD 1 Contexto da aula Obtenção de

Leia mais

Cerâmicos encontrados na natureza como a argila. Utilizado basicamente para peças de cerâmica tradicional.

Cerâmicos encontrados na natureza como a argila. Utilizado basicamente para peças de cerâmica tradicional. PROCESSAMENTO DE CERÂMICOS 1. Características de materiais cerâmicos - alta dureza (resistência à abrasão) e resistência a elevadas temperaturas - alta fragilidade - grande diferença entre resistência

Leia mais

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nesta seção serão apresentados e discutidos os resultados em relação à influência da temperatura e do tempo espacial sobre as características dos pósproduzidos. Os pós de nitreto

Leia mais

QUÍMICA DE MATERIAIS CRISTALINOS AMORFOS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS

QUÍMICA DE MATERIAIS CRISTALINOS AMORFOS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS QUÍMICA DE MATERIAIS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS TÓPICO 04: SÓLIDOS AMORFOS E CRISTALINOS Os sólidos têm forma e volume definidos, possuem baixa compressibilidade, são densos, e apresentam

Leia mais

FILMES FINOS DE DLC: CÂNFORA ADERENTES EM SUBSTRATOS DE POLIURETANO

FILMES FINOS DE DLC: CÂNFORA ADERENTES EM SUBSTRATOS DE POLIURETANO FILMES FINOS DE DLC: CÂNFORA ADERENTES EM SUBSTRATOS DE POLIURETANO Thaisa Baesso Santos 1, Homero Santiago Maciel 1,2, Rodrigo Pessoa 1,2, Lúcia Vieira 1,2 1 Universidade do Vale do Paraíba UNIVAP. Grupo

Leia mais

AÇÃO ANTIFÚNGICA DE UM JATO DE PLASMA NÃO-TERMICO DE HÉLIO/AR COMPRIMIDO SOBRE BIOFILMES DE CANDIDA ALBICANS

AÇÃO ANTIFÚNGICA DE UM JATO DE PLASMA NÃO-TERMICO DE HÉLIO/AR COMPRIMIDO SOBRE BIOFILMES DE CANDIDA ALBICANS AÇÃO ANTIFÚNGICA DE UM JATO DE PLASMA NÃO-TERMICO DE HÉLIO/AR COMPRIMIDO SOBRE BIOFILMES DE CANDIDA ALBICANS Figueira, F.R. 1, Torello, G.R. 1, Oliveira, A.L.S. 1, Lima, J.S.B. 1,2, Figueira, J.A.N. 3,

Leia mais

QUESTIONÁRIO MÍDIA 2

QUESTIONÁRIO MÍDIA 2 QUESTIONÁRIO MÍDIA 2 QUESTIONÁRIO 1- Em que gêneros bacterianos e por que utilizamos a coloração de Ziehl-Neelsen? 2- Com que finalidade utilizamos a coloração de Albert- Layborn? 3- Qual o método de coloração

Leia mais

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo lavagem das mãos foi substituído por higienização

Leia mais

FILME DE DLC+Ag EM CERÂMICA PARA PROTEÇÃO CORROSIVA

FILME DE DLC+Ag EM CERÂMICA PARA PROTEÇÃO CORROSIVA FILME DE DLC+Ag EM CERÂMICA PARA PROTEÇÃO CORROSIVA Angela Aparecida Vieira¹, Lucas Augusto Manfroi¹, Michely Glenda Pereira da Silva¹, Thaisa Baesso Santos¹, Polyana Radi Gonçalves², Sérgio Francisco

Leia mais

Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos

Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos Prof. Adj. Ary Fernandes Junior Departamento de Microbiologia e Imunologia Instituto de Biociências UNESP Tel. 14 3880.0412/0413 ary@ibb.unesp.br

Leia mais

6 Efeito da Temperatura do Substrato

6 Efeito da Temperatura do Substrato 6 Efeito da Temperatura do Substrato 6.1. Introdução Neste Capítulo são apresentados os resultados obtidos no estudo da influência da temperatura do substrato na deposição e na estrutura de filmes de a-c:h.

Leia mais

2 Deposição por PECVD e Mecanismos de Deposição

2 Deposição por PECVD e Mecanismos de Deposição 2 Deposição por PECVD e Mecanismos de Deposição 2.1 Introdução Neste capítulo será feito uma pequena revisão bibliográfica sobre filmes de carbono amorfo hidrogenado e carbono amorfo fluorado. Será brevemente

Leia mais

Lubrificação. 8. Lubrificantes sólidos e gasosos

Lubrificação. 8. Lubrificantes sólidos e gasosos Lubrificação 8. Lubrificantes sólidos e gasosos Lubrificação a seco Requisitos: Baixo coeficiente de atrito Pequena resistência ao cisalhamento Forte aderência a metais Estabilidade a altas temperaturas

Leia mais

4 Deposição dos Filmes de a-c:h e a-c:h(n)

4 Deposição dos Filmes de a-c:h e a-c:h(n) 4 Deposição dos Filmes de a-c:h e a-c:h(n) O objetivo desta parte do trabalho é descrever o procedimento para a deposição dos filmes de carbono amorfo hidrogenado a C : H e carbono amorfo hidrogenado nitrogenado

Leia mais

6 Autorrecuperação Adicional

6 Autorrecuperação Adicional 6 Autorrecuperação Adicional Nos capítulos anteriores apresentamos um estudo do processo de deformação dos filmes de GaN e sugerimos um mecanismo de deformação para este material. Um dos pontos importantes

Leia mais

Figura Fluxograma para produção das cavidades seladas e respectivos testes; A = HMDS ou HFE; Int. = intermixing, HMDS/HFE

Figura Fluxograma para produção das cavidades seladas e respectivos testes; A = HMDS ou HFE; Int. = intermixing, HMDS/HFE 59 Figura 4.8 - Fluxograma para produção das cavidades seladas e respectivos testes; A = HMDS ou HFE; Int. = intermixing, HMDS/HFE Foi definido um grupo de 50 condições distintas para serem testadas. Estas

Leia mais

Plásticos para Cultivo Celular

Plásticos para Cultivo Celular Plásticos para Cultivo Celular Linha Cultivo de Células e Tecidos Fabricada em poliestireno cristal virgem (GPPS), esta linha oferece produtos com alta transparência para ótima visualização e sem presença

Leia mais

5 A Influência dos dopantes na deformação mecânica do Nitreto de Gálio por nanoindentação

5 A Influência dos dopantes na deformação mecânica do Nitreto de Gálio por nanoindentação 5 A Influência dos dopantes na deformação mecânica do Nitreto de Gálio por nanoindentação Neste capítulo será apresentado o estudo sobre a influência da dopagem nas propriedades mecânicas de filmes de

Leia mais

SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA AOS ANTIFÚNGICOS

SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA AOS ANTIFÚNGICOS SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA AOS ANTIFÚNGICOS ANTIFÚNGICOS Entende-se por antifúngico ou antimicótico a toda a substância que tem a capacidade de evitar o crescimento de alguns tipos de fungos ou inclusive

Leia mais

Plásticos para Cultivo Celular

Plásticos para Cultivo Celular Plásticos para Cultivo Celular Linha Cultivo de Células e Tecidos Fabricada em poliestireno cristal virgem (GPPS), oferece produtos com alta transparência para ótima visualização e sem presença de contaminantes,

Leia mais

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4. MATERIAIS E MÉTODOS 58 4. MATERIAIS E MÉTODOS Neste capitulo são apresentados, os materiais, reagentes e equipamentos utilizados no estudo do processo de biossorção/flotação para a remoção de metais como, Mercúrio usando

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Câmaras Frigoríficas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Técnicas Analíticas. PROFESSORA: Me. Erika Liz

Técnicas Analíticas. PROFESSORA: Me. Erika Liz Técnicas Analíticas PROFESSORA: Me. Erika Liz Normas e ensaios de identidade Tem por objetivo comprovar que a amostra a ser examinada é a da substância que deve ser. Observação visual cor, aspecto (pó

Leia mais

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes Professora Ligia Pauline Tintas Suspensão de partículas opacas (pigmentos) em veículo fluido; Função das partículas: cobrir e decorar as superfícies; Função do veículo:

Leia mais

LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO. Em Sistemas Críticos de Alta Pureza

LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO. Em Sistemas Críticos de Alta Pureza LIMPEZA QUÍMICA E PASSIVAÇÃO Em Sistemas Críticos de Alta Pureza TIPOS DE CONTAMINAÇÃO (FONTES) Contaminação Orgânica Sujidade oriunda de resíduos dos produtos, gorduras, proteínas, óleos, etc. Contaminação

Leia mais

Microscopia e o Espectro Eletromagnético

Microscopia e o Espectro Eletromagnético Microscopia e o Espectro Eletromagnético O limite de resolução inferior de um microscópio é determinado pelo fato de que, nestes instrumentos, se utiliza ondas eletromagnéticas para a visualização Não

Leia mais

Descargas Luminescentes e Sputtering

Descargas Luminescentes e Sputtering Descargas Luminescentes e Sputtering (Disciplina CTFF Prof. Humberto. Adaptado de Smith, Caps. 8 e 9) 8.5.4 Sputtering O sputtering é um tipo de bombardeamento iônico o qual afeta a superfície de um material

Leia mais

Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico

Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico Guilherme H. S. Alves¹* (PG), Olacir A. Araujo¹ (PQ). guilherme-hsa@hotmail.com ¹Universidade

Leia mais

5 Discussão dos resultados

5 Discussão dos resultados 103 5 Discussão dos resultados É importante observar a ausência de dados na literatura sobre soldagem de poliamida 12 pelo processo de termofusão, para comparação específica com os dados obtidos nesta

Leia mais

DEPOSIÇÃO DE FILMES DE CARBONO AMORFO SOB EFEITO DE CAMPO MAGNÉTICO INTENSO

DEPOSIÇÃO DE FILMES DE CARBONO AMORFO SOB EFEITO DE CAMPO MAGNÉTICO INTENSO Anais do 12 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XII ENCITA / 6 Instituto Tecnológico de Aeronáutica São José dos Campos SP Brasil Outubro 23 a 26 6 DEPOSIÇÃO DE FILMES DE CARBONO

Leia mais

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 - Diagrama das principais regiões em plasmas DC e as características mais importantes para o processo de deposição... 004 Figura 02 - Diagrama esquemático da montagem para

Leia mais

combinando e integrando técnicas diversas, para exercer funções sistêmicas

combinando e integrando técnicas diversas, para exercer funções sistêmicas TECNOLOGIAS HÍBRIDAS Estas tecnologias permitem a implementação de módulos funcionais, combinando e integrando técnicas diversas, para exercer funções sistêmicas como recepção, aquisição, processamento

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR Atualizado em Agosto/2014 PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR 1- FATORES PREDISPONENTES Individuais Relacionados à cateterização vascular - Idade - Gravidade da doença de base -

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS: CME

CONCEITOS BÁSICOS: CME Enfª Juliana Aquino CONCEITOS BÁSICOS: CME O Centro de Material Esterilizado é uma unidade voltada à prestação de serviços, onde é realizado o trabalho de limpeza, montagem, embalagem, esterilização e

Leia mais

72175 Material Área de crescimento (cm²) Volume (ml) Tipo de tampa Superfície de Cultura Estéril Embalagem

72175 Material Área de crescimento (cm²) Volume (ml) Tipo de tampa Superfície de Cultura Estéril Embalagem CULTURA CELULAR frascos de cultura celular Frascos de cultura celular ergonomicamente desenvolvidos para fácil manuseio e mínima contaminação durante a cultura celular. O gargalo curto e largo permite

Leia mais

Introdução Conceitos Gerais. Profa. Daniela Becker

Introdução Conceitos Gerais. Profa. Daniela Becker Introdução Conceitos Gerais Profa. Daniela Becker O que são materiais? materiais são substâncias com propriedades que as tornam úteis na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos. Em

Leia mais

03/02/2018 MÉTODOS DE ESTUDO: CÉLULAS E TECIDOS

03/02/2018 MÉTODOS DE ESTUDO: CÉLULAS E TECIDOS MÉTODOS DE ESTUDO: CÉLULAS E TECIDOS 1 2 Etapas na preparação de amostras de tecidos para estudo histológico 3 Fixação Finalidades: Evitar a autólise; Impedir a atividade e proliferação de bactérias; Endurecer

Leia mais

RESUMOS COM RESULTADOS RESUMOS DE PROJETOS

RESUMOS COM RESULTADOS RESUMOS DE PROJETOS 253 RESUMOS COM RESULTADOS... 254 RESUMOS DE PROJETOS... 256 RESUMOS COM RESULTADOS 254 PREPARAÇÃO E ANALISE DO FILME COMPÓSITO PVDF COM BAZRO3... 255 255 Pesquisa (ENAPI ) Comunicação oral UNIVERSIDADE

Leia mais

Síntese e Caracterização dos Compósitos de Fosfato Dicálcio Anidro/Óxido de Silício e avaliação da estabilidade química

Síntese e Caracterização dos Compósitos de Fosfato Dicálcio Anidro/Óxido de Silício e avaliação da estabilidade química Síntese e Caracterização dos Compósitos de Fosfato Dicálcio Anidro/Óxido de Silício e avaliação da estabilidade química Ane Josana Dantas Fernandes, José Hundemberg Pereira Barbosa *Maria Gardênnia da

Leia mais

Deposição Física de Vapores Physical Vapour Deposition (PVD)

Deposição Física de Vapores Physical Vapour Deposition (PVD) Deposição Física de Vapores Physical Vapour Deposition (PVD) Microelectrónica III Mestrado em Eng.ª Microelectrónica e Nanotecnologia 1 Sumário Tecnologia de Vácuo para Microfabricação Revisões de Física

Leia mais

PEEK. O PEEK é considerado um Termoplástico de mais alta Performance do Mundo. Produzido a partir da resina de polieteretercetona.

PEEK. O PEEK é considerado um Termoplástico de mais alta Performance do Mundo. Produzido a partir da resina de polieteretercetona. PEEK O PEEK é considerado um Termoplástico de mais alta Performance do Mundo. Produzido a partir da resina de polieteretercetona. Destaca se por sua resistência a altas temperaturas de trabalho e Excelente

Leia mais

TIAGO GHIGGI CAETANO DA SILVA

TIAGO GHIGGI CAETANO DA SILVA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS - PGCEM TIAGO GHIGGI

Leia mais

Introdução à ciência e engenharia dos materiais e classificação dos materiais. Profa. Daniela Becker

Introdução à ciência e engenharia dos materiais e classificação dos materiais. Profa. Daniela Becker Introdução à ciência e engenharia dos materiais e classificação dos materiais Profa. Daniela Becker Referências Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, cap 1, 5ed.,

Leia mais

FUVEST ª Fase (Questões 8 a 13)

FUVEST ª Fase (Questões 8 a 13) 1ª Fase (Questões 8 a 13) 1. (Questão 8) Um funcionário de uma empresa ficou encarregado de remover resíduos de diferentes polímeros que estavam aderidos a diversas peças. Após alguma investigação, o funcionário

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Física FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1 1.A luz do Sol no limite superior da atmosfera terrestre tem uma intensidade de

Leia mais

Definição e Classificação dos Materiais

Definição e Classificação dos Materiais Definição e Classificação dos Materiais PMT 5783 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais Prof. Douglas Gouvêa Objetivos Apresentar a relação entre Ciência dos Materiais e Engenharia de Materiais.

Leia mais

21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil

21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE COMPÓSITO DE SISAL-POLIURETANO DERIVADO DE ÓLEO DE MAMONA COM VARIAÇÃO DE PROPORÇÃO NCO/OH ATRAVÉS DE ENSAIOS DE FLEXÃO M. C. Vasco (1), F. H. de Souza (1), S. Claro

Leia mais

Cateter Venoso Farmacológico e Contaminação Microbiana. Dra. Cristhieni Rodrigues

Cateter Venoso Farmacológico e Contaminação Microbiana. Dra. Cristhieni Rodrigues Cateter Venoso Farmacológico e Contaminação Microbiana Dra. Cristhieni Rodrigues Uso de Cateteres Intravasculares Prática Médica São essenciais e indiscutíveis: - Administração de medicamentos e fluídos

Leia mais

INFLUENCIA DA MICROESTRUTURA DE AÇOS API NA FORMAÇÃO DE BIOFILMES

INFLUENCIA DA MICROESTRUTURA DE AÇOS API NA FORMAÇÃO DE BIOFILMES INFLUENCIA DA MICROESTRUTURA DE AÇOS API NA FORMAÇÃO DE BIOFILMES Alunas: Ellen Trindade dos Santos Orientador: Ivani de S. Bott. Introdução A corrosão influenciada por microrganismos (CIM) é atualmente

Leia mais

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle.

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle. INFORME TÉCNICO XXXVII Outubro 2010 Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle. Definição de microorganismos multi-resistentes: São microrganismos resistentes

Leia mais

2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: CONFORMAÇÃO

2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: CONFORMAÇÃO SLIP CASTING SLIP CASTING SLIP CASTING Fatores Importantes Reologia - grau de defloculação da barbotina; Viscosidade; ph; Concentração de sólidos; Granulometria Vantagens Produção de componentes de forma

Leia mais

Física dos Materiais FMT0502 ( )

Física dos Materiais FMT0502 ( ) Física dos Materiais FMT0502 (4300502) 1º Semestre de 2010 Instituto de Física Universidade de São Paulo Professor: Antonio Dominguesdos Santos E-mail: adsantos@if.usp.br Fone: 3091.6886 http://plato.if.usp.br/~fmt0502n/

Leia mais

9.1. Introdução Contexto (das aulas) Contexto (nosso processo)

9.1. Introdução Contexto (das aulas) Contexto (nosso processo) Técnicas de Metalização 2012 9.1. Introdução Contexto (das aulas) Contexto (nosso processo) 9.2. Evaporação 9.3. Sputtering 1 Contexto da aula Método Czochralski : Si (lâminas) Obtenção de Materiais Filmes

Leia mais

CRESCIMENTO DE FILMES DE DIAMANTE CVD EM VÁRIAS ETAPAS

CRESCIMENTO DE FILMES DE DIAMANTE CVD EM VÁRIAS ETAPAS CRESCIMENTO DE FILMES DE DIAMANTE CVD EM VÁRIAS ETAPAS A. R. Alves 1, A. Amorim 1, J. Eichenberg Neto 1, V. J. Trava-Airoldi 2, E. J. Corat 2 e J. R. Moro 1. R. Alexandre R. Barbosa,45 Itatiba SP CEP 13.251-900

Leia mais

2 Procedimento experimental

2 Procedimento experimental 2 Procedimento experimental 2.1 Medição de viscosidade dinâmica A viscosidade dinâmica foi medida em um reômetro modelo DV-III da marca Brookfield, com geometria de cilindro-copo. O aquecimento do fluido

Leia mais

5 Filmes de Carbono Amorfo Fluorados

5 Filmes de Carbono Amorfo Fluorados 5 Filmes de Carbono Amorfo Fluorados 5.1 Introdução Neste capítulo descreve-se os parâmetros de deposição e resultados da deposição dos filmes de a-c:f:h, utilizando como substratos aço inoxidável 316L.

Leia mais

Tecnicas analiticas para Joias

Tecnicas analiticas para Joias Tecnicas analiticas para Joias Técnicas avançadas de analise A caracterização de gemas e metais da área de gemologia exige a utilização de técnicas analíticas sofisticadas. Estas técnicas devem ser capazes

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DE HEMOCULTURAS E CATETERES POSITIVOS PARA LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA DE ORIGEM HOSPITALAR

ESTUDO COMPARATIVO DE HEMOCULTURAS E CATETERES POSITIVOS PARA LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA DE ORIGEM HOSPITALAR 46 Recebido em 10/2015. Aceito para publicação em 12/2015. ESTUDO COMPARATIVO DE HEMOCULTURAS E CATETERES POSITIVOS PARA LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA DE ORIGEM HOSPITALAR COMPARATIVE STUDY OF BLOOD CULTURES

Leia mais

Profa. Márcia A. Silva Spinacé

Profa. Márcia A. Silva Spinacé 1º Quadrimestre 2017 Profa. Márcia A. Silva Spinacé AULA 05 Introdução à formulação Componentes de uma formulação Cargas Diferentes tipos de Aditivos e suas características Discussão sobre um tipo específico

Leia mais

DANIELLE LETÍCIA DA SILVA. ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS EM AMOSTRAS DE Candida albicans ISOLADAS DE MUCOSA BUCAL

DANIELLE LETÍCIA DA SILVA. ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS EM AMOSTRAS DE Candida albicans ISOLADAS DE MUCOSA BUCAL DANIELLE LETÍCIA DA SILVA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS EM AMOSTRAS DE Candida albicans ISOLADAS DE MUCOSA BUCAL BELO HORIZONTE 2009 DANIELLE LETÍCIA DA SILVA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA

Leia mais

RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE)

RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC/CNPq/INPE) Otimização dos parâmetros de deposição de filmes de DLC (Diamond-like Carbon) como função da polarização e largura do pulso em superfície de Ti 6 Al 4 V RELATÓRIO FINAL DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Leia mais

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ( CCD) Bruno Henrique Ferreira José Roberto Ambrósio Jr.

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ( CCD) Bruno Henrique Ferreira José Roberto Ambrósio Jr. CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ( CCD) Bruno Henrique Ferreira José Roberto Ambrósio Jr. CROMATOGRAFIA Método usado para separar, identificar e quantificar componentes de uma mistura; Método físico-químico

Leia mais

4 Materiais e Métodos

4 Materiais e Métodos 62 4 Materiais e Métodos Neste capítulo serão apresentados os materiais, reagentes e equipamentos, assim como as metodologias experimentais utilizadas na realização deste trabalho. 4.1. Obtenção e preparo

Leia mais

INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES

INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES Cateteres vasculares são fundamentais para terapia intravenosa e monitorização hemodinâmica. EUA: 150 milhões de cateteres vasculares/ano Os cateteres provocam

Leia mais

Materiais Poliméricos. Conceitos Gerais

Materiais Poliméricos. Conceitos Gerais Materiais Poliméricos Conceitos Gerais ESTRUTURA DOS POLIMEROS DEFINIÇÃO São moléculas muito grandes (macromoléculas) formadas pela repetição de pequenas e simples unidades químicas (monômeros), ligadas

Leia mais

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan 32 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PUC Goiás ESCOLA DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Aula nº 7 e 8 Quantificação de Microrganismos: Diluição e Plaqueamento Spreader Plate e Pour

Leia mais

44. Com relação aos compostos representados abaixo, é INCORRETO afirmar que: N(CH 2 CH 3 ) 3 CH 3 CO 2 H ClCH 2 CO 2 H I II III

44. Com relação aos compostos representados abaixo, é INCORRETO afirmar que: N(CH 2 CH 3 ) 3 CH 3 CO 2 H ClCH 2 CO 2 H I II III 22 GABARITO 1 1º DIA 2º Processo Seletivo/2004 44. Com relação aos compostos representados abaixo, é INCORRETO afirmar que: N(CH 2 CH 3 ) 3 CH 3 CO 2 H ClCH 2 CO 2 H I II III a) o composto III é um ácido

Leia mais

INTRODUÇÃO À QUÍMICA

INTRODUÇÃO À QUÍMICA INTRODUÇÃO À QUÍMICA O QUE É QUÍMICA? É a ciência que estuda a matéria, suas propriedades, transformações e interações, bem como a energia envolvida nestes processos. QUAL A IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA? Entender

Leia mais

Eixo Temático ET Educação Ambiental

Eixo Temático ET Educação Ambiental 879 Eixo Temático ET-09-001 - Educação Ambiental EDUCAÇÃO AMBIENTAL E REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE GRANITO, MÁRMORE E CAULIM NA PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS Joseanne de Lima Sales¹, Crislene Rodrigues

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de Prova de Conhecimentos Gerais em Química

Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de Prova de Conhecimentos Gerais em Química Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de 2014 Prova de Conhecimentos Gerais em Química Nome do candidato: Instruções: Escreva seu nome de forma legível no espaço acima.

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E FISICO- QUÍMICA DE FILMES DE BLENDAS DE AMIDO E CARBOXIMETILCELULOSE.

CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E FISICO- QUÍMICA DE FILMES DE BLENDAS DE AMIDO E CARBOXIMETILCELULOSE. CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E FISICO- QUÍMICA DE FILMES DE BLENDAS DE AMIDO E CARBOXIMETILCELULOSE. C. H. FERREIRA 1, E. F. PASSOS 1, P. T. MARQUES 1 1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Pato

Leia mais

Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização. Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues

Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização. Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues ELETRODIÁLISE Fluxograma do funcionamento de uma planta de Eletrodiálise na recuperação de Metais MEMBRANAS

Leia mais

QUI 072 Química Analítica V. Aula 5 - Espectrometria de absorção atômica

QUI 072 Química Analítica V. Aula 5 - Espectrometria de absorção atômica Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química QUI 072 Química Analítica V Aula 5 - Espectrometria de absorção atômica Julio C. J. Silva Juiz de Fora, 2014 Métodos

Leia mais

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE BLENDAS DE POLI(m-FENILENO. SANTOS, Sandra Cruz dos; LOGUERCIO, Lara Fernandes; GARCIA, Irene Teresinha Santos 1 ;

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE BLENDAS DE POLI(m-FENILENO. SANTOS, Sandra Cruz dos; LOGUERCIO, Lara Fernandes; GARCIA, Irene Teresinha Santos 1 ; OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE BLENDAS DE POLI(m-FENILENO ISOFTALAMIDA) E POLI(p-CRESOLFORMALDEÍDO) SANTOS, Sandra Cruz dos; LOGUERCIO, Lara Fernandes; GARCIA, Irene Teresinha Santos 1 ; 1 Deptº de Química

Leia mais

PROPRIEDADES ÓPTICAS DE FILMES FINOS PRODUZIDOS POR PECVD E PIIID OPTICAL PROPERTIES OF THIN FILMS PRODUCED BY PECVD AND PIIID

PROPRIEDADES ÓPTICAS DE FILMES FINOS PRODUZIDOS POR PECVD E PIIID OPTICAL PROPERTIES OF THIN FILMS PRODUCED BY PECVD AND PIIID PROPRIEDADES ÓPTICAS DE FILMES FINOS PRODUZIDOS POR PECVD E PIIID OPTICAL PROPERTIES OF THIN FILMS PRODUCED BY PECVD AND PIIID Ricardo Martins Santos, Steven F. Durrant, Rafael Gustavo Turri Campus de

Leia mais

Título: Influência da umidade na estabilidade dimensional de bioespumas.

Título: Influência da umidade na estabilidade dimensional de bioespumas. Título: Influência da umidade na estabilidade dimensional de bioespumas. Autores: Amanda Maria Griebeler dos Santos (1), Mariana Oliveira Engler (2) & Ruth Marlene Campomanes Santana Filiação: Depto Engenharia

Leia mais

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan 10 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PUC Goiás ESCOLA DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Aula nº 2- Preparações Microscópicas: Preparações a Fresco Introdução O olho humano é incapaz

Leia mais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais

Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Introdução a Engenharia e Ciência dos Materiais Estrutura Cristalina Prof. Vera L Arantes 2014 25/3/2014 ESTRUTURA CRISTALINA 2 ARRANJO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão

Leia mais

5. PROPRIEDADES. O que são propriedades? Você conhece alguma propriedade dos vidro?

5. PROPRIEDADES. O que são propriedades? Você conhece alguma propriedade dos vidro? 5. PROPRIEDADES O que são propriedades? Você conhece alguma propriedade dos vidro? As propriedades intrínsecas e essenciais do vidro são transparência e durabilidade. Outras propriedades tornam-se significantes

Leia mais

Minicursos CRQ-IV

Minicursos CRQ-IV MECANISMOS DE CURA DE TINTAS Princípios Básicos B para Formação de Filmes LUIZ ANTONIO PEREIRA MARTINHO Setembro 2010 AGENDA FILME SOBRE TINTAS DEFINIÇÃO DE SECAGEM E CURA COMPONENTES DE UM FILME CURADO

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-056 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

SECAGEM E TAMISAÇÃO MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem)

SECAGEM E TAMISAÇÃO MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem) SECAGEM E TAMISAÇÃO Lembrando MOAGEM - ETAPAS NA PREPARAÇÃO DOS PÓS: 1. operações preliminares (SECAGEM) 2. operações principais (moagem) 3. operações acessórias (TAMISAÇÃO) TAMISAÇÃO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Leia mais

Fita Dupla Face com Adhesive 200MP

Fita Dupla Face com Adhesive 200MP Fita Dupla Face com Adhesive 200MP Boletim Técnico Maio, 2016 Descrição do Produto A fita com adesivo 3M 200MP possui um filme de poliéster fino para estabilidade dimensional e um melhor manuseio com a

Leia mais

Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini

Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Adriana Teixeira Machado Marcela Dias da Silva Matheus Gibbin Zanzini Filtração Fonte de aquecimento Destilação Correção do ponto de ebulição OBJETIVO: Remover impurezas

Leia mais

4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL 4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL A descrição dos procedimentos de laboratório e da linha experimental e métodos de análise serão apresentados neste capítulo, correlacionando os fundamentos teóricos com as soluções

Leia mais

Higienização das Mãos

Higienização das Mãos Atenção! Esta aula é narrada. Utilize fones de ouvido ou alto-falantes para acompanhar o material! Higienização das Mãos FURG / Enfermagem Semiologia e Semiotécnica II 2012 / 1 Profa. Taís Nauderer Embora

Leia mais

Avaliação e melhoria no processo de injeção de PEAD

Avaliação e melhoria no processo de injeção de PEAD Avaliação e melhoria no processo de injeção de PEAD G.CORRÊA 1 e P. J. MELO 1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química E-mail: guilherme.correa95@gmail.com RESUMO

Leia mais